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A INTERPRETAÇÃO DAS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS DO ARTIGO 150, VI, DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

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As imunidades tributárias elencadas no art. 150, VI, da Constituição Federal de 1988,


convencionalmente denominadas imunidades genéricas ou gerais, limitam, latu sensu, o poder
de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Deste modo, impedem
a instituição de impostos sobre: (i) o patrimônio, a renda e os serviços dos entes políticos de
forma recíproca; (ii) os templos; (iii) os partidos políticos, as instituições de educação e de
assistência social sem fins lucrativos; (iv) os livros, jornais, periódicos e sobre o papel destinado
à sua impressão; e (v) sobre a produção musical brasileira.
2. CONCEITO DAS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 2.1 Natureza jurídica das regras de
imunidade. Tal doutrina, embora tenha abordado todas as limitações ao poder de tributar, muito
contribuiu para a determinação de alguns parâmetros no tocante às imunidades e entre eles,
destaca-se o entendimento segundo o qual as imunidades tributárias possuem natureza
jurídica de limitação constitucional ao poder de tributar 4. 3 BALEEIRO, Aliomar. Limitações
Constitucionais ao Poder de Tributar. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, BALEEIRO, op. cit. p. 13

I. Imunidade recíproca (art. 150, VI, a): um ente federativo tem incompetência para
cobrar impostos dos outros entes federativos, entendendo-se às autarquias e
fundações de direito público. Logo, um ente federativo não pode ser contribuinte
de outro ente. Aqui, temos como valor protegido a forma federativa de Estado.
(A imunidade recíproca (art. 150, VI, a, da CF) estatui ser vedado às pessoas
políticas instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços umas das outras.
Essa é a mais antiga das exonerações tributárias e fundamenta-se na proteção ao
pacto federativo, danificando, portanto, os princípios federativos: o princípio
federal e o princípio da igualdade. Então, a manutenção da federação e da
igualdade são as razões pelas quais se impede que os entes políticos tributem-se
reciprocamente. Desse modo, a imunidade recíproca é tida como um cânon
fundamental à sobrevivência da forma federativa de Estado. Este entendimento
prevalece tanto na doutrina, quanto na jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, conforme extrai-se de trecho da ementa da Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 939: Direito Constitucional e Tributário. Ação Direta de
Inconstitucionalidade de Emenda Constitucional e de Lei Complementar. I.P.M.F.
Imposto Provisório sobre a Movimentação ou a Transmissão de Valores e de
Créditos e Direitos de Natureza Financeira - I.P.M.F. (...) 2. - o princípio da
imunidade tributária reciproca (que veda a União, aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios a instituição de impostos sobre o patrimônio, rendas ou serviços
uns dos outros) e que e garantia da Federação (art. 60, par. 4. Inciso I, e art. 150,
VI, "a", da C.F.); (...) 4. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente,
em parte, para tais fins, por maioria, nos termos do voto do Relator, mantida, com
relação a todos os contribuintes, em caráter definitivo, a medida cautelar, que
suspendera a cobrança do tributo no ano de (grifou-se) Surgiu com a primeira
Constituição Republicana, que adotou a forma federativa de Estado (1891, art. 10)
COSTA, Regina Helena. )

II. Imunidade dos templos de qualquer culto (art. 150, VI, b): por meio desta fica proibida a
incidência de tributos sobre os tempos e atividades religiosas. Assim, por exemplo, não se
cobra imposto sobre dízimo, venda de imagens de santos, terços, bem como IPTU do
imóvel de propriedade do templo utilizado para atividades ligadas ao culto. Temos como
valor protegido a liberdade religiosa.

III. Imunidade sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, fundações,
entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de educação e de assistência social, sem
fins lucrativos (art. 150, VI, c): fica vedada a cobrança de imposto sobre renda, patrimônio
e serviços das entidades acima mencionadas, tendo como valor protegido a liberdade de
expressão. Vale ressaltar que para fins de aproveitamento desta imunidade as instituições
devem, nos termos do art. 14 do CTN: a) não distribuírem qualquer parcela de seu
patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; b) aplicarem integralmente, no País, os
seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; e c) manterem escrituração
de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua
exatidão.

IV. Imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (art.
150, VI, d): por meio desta restam isentos de impostos incidentes na produção, na
circulação e na importação dos itens supramencionados. Tem-se como valor protegido a
liberdade de pensamento e liberdade de expressão artística e científica. Importante
mencionar que a proteção é sobre o conteúdo e não sobre a matéria no qual o conteúdo é
trazido, de modo que a interpretação da CF deve acompanhar as evoluções tecnológicas.
Assim, o STF já decidiu pela imunidade dos livros virtuais, bem como tente a estender a
imunidade à CDs, Kiddle, arquivos em nuvem, revistas de qualquer gênero, lista telefônica,
etc.

V. Imunidade sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil


contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais
que os contenham (art. 150, VI, e): inserida pela EC 75/13, estabelece-se a impossibilidade
de cobrar tributos sobre os itens acima expostos. Tem como valor protegido a liberdade de
expressão artística nacional.

Cumpre apontar, todavia, que os tributos não incidem, somente, na produção do CD ou


DVD musical, não se estendendo à reprodução destes, conforme a última parte da
competente alínea: “salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a
laser”.

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