O redesenho do continente
Após a 2ª Guerra Mundial e a péssima situação econômica da África, as potências europeias se retiraram,
desencadeando em verdadeiro redesenho do continente africano, proporcionando a disputa pelo poder.
Alguns intelectuais africanos como Kwane Nkrumah, de Gana (formador do pan-africanismo) e Edem Kodjo
(ex-primeiro-ministro do Togo e ex-secretário-geral da OUA) defendiam a reordenação das fronteiras. Porém
os líderes da independência do continente prometiam não interferir nas fronteiras dos estados vizinhos, ação
feita na Conferência de Berlim.
Conferência de Berlim: contou com 12 países (Alemanha, Inglaterra, França, Espanha, Itália, Bélgica e
Portugal são os mais importantes), onde se estabeleceram regras para manter e ampliar as áreas de domínio
na África.
Apartheid: regime político de segregação racial
em que se negava aos negros o acesso a espaços
ocupados e frequentados pelos brancos
(praticava-se desde 1910, foi oficializada em
1948 e vigorou até 1994). A lei era muito
rigorosa: os negros eram a maior parte da
população, não podiam ter terras, participar da
política e viver em zonas residenciais separadas
(bantustões). Enfim, com o apoio da ONU, e
depois de muitos anos de luta da população
negra pela igualdade racial, Nelson Mandela foi
eleito o primeiro presidente negro da África do
Sul. Ele foi um dos mais importantes líderes do
movimento antiapartheid e ficou 27 anos preso.
Depois da independência
Assim, muito se gastavam com a industrialização, numa região onde não havia trabalhadores preparados.
Surgindo o desemprego, a fome da população que estava na zona rural e não migrou para as cidades.
A África na nova DIT (Divisão Internacional do Trabalho): para participar da nova DIT, os países têm que
ser pobres, de baixa industrialização, pouca tecnologia, mão-de-obra barata, matéria-prima (insalubre,
poluída e rejeitada).
A posição da África em relação a esses países, é pior ainda. Seus recursos naturais são muitos explorados
e as exportações de produtos industrializados são insignificantes e estão concentrados na África do Sul,
Marrocos e Tunísia.
Há má distribuição de renda devido a políticos corruptos.
As dificuldades de acesso às novas tecnologias: enquanto na África que consumia 288 KW, países
emergentes da América Latina consomem 536 KW e nos países desenvolvidos 4600 KW.
Linha telefônica → África = 6 linhas, a cada 1000 pessoas
Países emergentes como México = 104 linhas, a cada 1000 habitantes.
EUA = 661 linhas, a cada 1000 habitantes.
Computador → África = 1 computador, a cada 1000 habitantes
Austrália = 412 computadores, a cada 1000 habitantes
A ausência de tecnologia na África, resulta na impossibilidade de investimentos, afastando os postos de
trabalho que demandam uma mão-de-obra qualificada, incluindo o continente entre o ciclo da pobreza.
A África à margem da globalização
Com a chegada da globalização, a tecnologia não fica atrás, e pode se observar que quem não conseguir se
inserir de maneira competitiva nessa nova ordem mundial, não conseguirá obter progresso algum.
Os países que detêm o conhecimento das novas tecnologias estão no alto em relação ao poder econômico
mundial.