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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS


Processo Nº. : 0135139-81.2015.8.05.0001
Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : MAURICIO MARCIEL SANDES DE SANTANA

Recorrido(s) : BANCO PSA FINANCE BRASIL S/A


CRESPO E CAIRES ADVOGADOS ASSOCIADOS

Origem : 8ª VSJE DO CONSUMIDOR (VESPERTINO)

Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

VOTO- E M E N T A

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. BANCO.FINANCIAMENTO


DE VEÍCULO. ALEGAÇÃO DE COBRANÇA INDEVIDA RELATIVA A
PARCELA. ENCARGOS DECORRENTES DA MORA LASTREADOS EM
CONTRATO. AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.
VALORES DEVIDOS. AUSÊNCIA DE PROVAS ACERCA DA COBRANÇA
EXCESSIVA. ( ART.373, INCISO I DO CPC ). INEXISTÊNICA DE ATO
ILÍCITO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA.

1. Trata-se de recurso inominado manejado contra sentença proferida pelo


Juízo de 1º grau que julgou improcedentes os pedidos contidos na exordial, por
entender o magistrado sentenciante que: “ É inconteste que o autor estava em mora ao
tempo do ajuizamento da ação de busca e apreensão e não se verifica qualquer abusividade da
empresa no valor das parcelas, cobrança de juros e encargos, tampouco honorários de
advogado.Isto porque a prova documental produzida nos autos indica claramente o
inadimplemento do consumidor que foi PRÉVIA E DEVIDAMENTE INFORMADO acerca da
taxa de juros pactuada, bem como sobre os encargos de mora cabíveis para o caso de
inadimplemento, restando, portanto, devidamente atendidos os Princípios Consumeristas da
Informação e da Transparência pela instituição financeira Ré, princípios estes previstos
respectivamente nos Arts. 6º, inciso III e 46, caput, ambos do Código de Defesa do Consumidor
(Lei nº 8.078/90).”
2. A parte recorrente pugna pela reforma da sentença, aduzindo, em síntese,
que são indevidos os valores cobrados relativos à mora do pagamento da parcela
de financiamento de veículo, aduzindo serem ilegítimas tais cobranças, pugnando
portanto pela declaração de ilegalidade das cobranças dos encargos da mora, a
restituição do pagamento da diferença entre o que entende devido e o que fora
cobrado, e pleiteia indenização a título de danos morais.

1. A sentença vergastada não merece reforma. A demonstração do fato


básico para o acolhimento da pretensão é ônus do autor, segundo o entendimento
do art. 373, inciso I, do CPC, partindo daí a análise dos pressupostos da ocorrência
do dato gerador do direito que alega fazer jus.

2. Com efeito, a despeito das alegações da acionante, de tudo quanto exposto


nos autos, não houve a prova da ilegalidade na cobrança de encargos oriundos do
atraso no pagamento do débito. A parte autora admite o inadimplemento de uma
parcela do financiamento contraído junto à ré, o que acarretou a cobrança de
encargos que estão previstos em contrato. As rés lograram êxito na comprovação
de que a parcela de número 40 , vencida em 23/03/2015, não havia sido paga, o
que ensejou o ajuizamento de ação de busca e apreensão, fato este que justificou
a cobrança . Outrossim, não há comprovação de ter sido a cobrança de tal parcela
realizada com abuso, ou em desconformidade com os limites da razoabilidade e
proporcionalidade, o que constitui ônus da parte autora, nos termos do art; 373,
inciso I do CPC.

3. A conduta narrada, assim, não configura cobrança abusiva, estando


lastreada em base contratual, pelo quê não há que se falar em falha na prestação
dos serviços, sendo mister a manutenção da sentença.

4. Logo, a sentença fustigada é incensurável, e por isso merece confirmação


pelos seus próprios fundamentos. Em assim sendo, servirá de acórdão a súmula
do julgamento, conforme determinação expressa do art. 46, da lei n°. 9099/95,
segunda parte:“O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com
indicação suficiente do processo sucinta e dispositiva. Se a sentença for confirmada
pelos seus próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão”.
5. ISTO POSTO, voto no sentido de CONHECER DO RECURSO E NEGAR-
LHE PROVIMENTO, para manter a sentença objurgada pelos próprios
fundamentos. Sem custas processuais e honorários advocatícios por ser a
parte beneficiária da justiça gratuita.

Salvador, Sala das Sessões, 13 de JULHO de 2017


BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS


Processo Nº. : 0135139-81.2015.8.05.0001
Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : MAURICIO MARCIEL SANDES DE
SANTANA

Recorrido(s) : BANCO PSA FINANCE BRASIL S/A


CRESPO E CAIRES ADVOGADOS
ASSOCIADOS

Origem : 8ª VSJE DO CONSUMIDOR


(VESPERTINO)
Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL
LEITE

ACÓRDÃO
Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, CÉLIA MARIA
CARDOZO DOS REIS QUEIROZ –Presidente, MARIA AUXILIADORA SOBRAL
LEITE – Relatora e ALBÊNIO LIMA DA SILVA HONÓRIO, em proferir a seguinte
decisão: RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO . UNÂNIME, de acordo com a ata
do julgamento. Sem custas processuais e honorários advocatícios por ser a parte
beneficiária da justiça gratuita.

Salvador, Sala das Sessões, 13 de JULHO de 2017


BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente

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