a) Hipóteses:
εc2 = 2,0 %0
εcu = 3,5 %0
Se fck ≤ 50MPa:
• λ = 0,8;
• σcd = 0,85 fcd se a largura da seção
medida paralelamente à LN não
diminui desta para a borda
comprimira;
• σcd = 0,9 x 0,85 fcd, caso contrário.
2. DIMENSIONAMENTO DE PILARES
c) Dmínios de Dimensionamento:
máximos permitidos de εc2, εcu e εsu, que valem 0,002, 0,0035 e 0,01 no caso de fck ≤ 50MPa.
A NBR 6118 (2014) apresenta domínios de dimensionamento, caracterizados pelos valores
Conforme foi mostrado, Nd e Md dependem de xLN. Logo, para cada valor de xLN,
tem-se um par Nd, Md correspondente. Portanto, a solicitação depende de xLN, que
depende da solicitação. Este problema pode ser resolvido por meio de um processo
iterativo, até se obter a área de armadura necessária.
- ∞ ≤ xLN ≤ xA : Região I
xA ≤ xLN ≤ h : Região II
anotar
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Dada uma posição xLN, define-se a qual região de dimensionamento ela pertence e,
por meio de semelhança de triângulos, encontra-se o valor de deformação específica de
cada barra de armadura (εs). Com o valor deformação específica da barra, é possível
calcular a tensão normal que atua nela.
anotar
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
barra, tem-se a força que atua nesta barra (F = σ · A). Portanto, a força resultante nas
Conhecida a tensão normal atuante em cada barra, e área da seção transversal da
Rs = ∑(! · σ )
NR = RCC + RS
(força normal resistente)
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Ainda, estas forças RS e RC causam momento fletor no centroide da seção:
MR = MC + MS
Dados: ASL = 6 φ16; c = 1,0cm; AST = φ5 c/ 15; fyk = 500MPa, fck = 40MPa; γc = 1,4;
γs = 1,15; Es = 210GPa
Respostas:
%& +&
'()*& '(²)*&
ν= (força normal reduzida) µ= (momento fletor reduzido)
Cada curva, que representa o lugar geométrico dos pares de esforços ν-µ que
levam a seção ao ELU, corresponde a uma taxa mecânica de armadura ω.
-. /0&
'()*&
ω= (taxa mecânica e armadura)
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Este tipo de gráfico apresenta algumas limitações, tais como:
Fios - diâmetro (mm) Barras - diâmetro (mm) Área da seção (cm²) Massa linear (kg/m) Perímetro (cm)
• No lugar dos ábacos, podem ser utilizadas tabelas, que contêm os mesmos valores
dos gráficos. O Apêndice 1 do Volume 3 do livro Curso de Concreto Armado – José
Milton de Araújo apresenta estas tabelas.
• Para uma seção sob flexo-compressão normal, a solução ideal seria com uma
disposição assimétrica armadura. Porém, isso só é recomendável quando se tem
certeza do sentido do momento fletor e, em geral, não é o caso. Armaduras
assimétricas, além de dificultar a execução, exigem cuidados especiais para se
evitar a inversão da disposição das barras. Por isso, usualmente, pilares em
concreto armado não projetados com armaduras simétricas.
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Exercício 3:
Resposta:
As = 15,85cm² = 4 φ 16
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Exercício 4:
Resposta:
As = 25,25cm² = 8 φ 20
2.2- FLEXO-COMPRESSÃO OBLÍQUA
Este tipo de solicitação, também chamada de flexão composta oblíqua, ocorre se:
Ponto situado
Situação ideal
sobre a curva
(esforços solicitantes = esforços resistentes no ELU)
2.2.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO NA FCO
Os ábacos contendo diversos diagramas utilizam grandezas adimensionais:
%&
ν=
1 )*&
(esforço normal reduzido)
4
(momentos fletores reduzidos)
2
1 2 31 1 4 31
μx = e μy =
5 64
1 31
ω= (taxa mecânica e armadura)
27 4
7
2 4
δ= = (parâmetro geométrico)
• No lugar dos ábacos, podem ser utilizadas tabelas, que contêm os mesmos valores
dos gráficos. O Apêndice 2 do Volume 3 do livro Curso de Concreto Armado – José
Milton de Araújo apresenta estas tabelas.
As ≅ 20cm²
Resposta:
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Efeitos de 1ª ordem: o equilíbrio da estrutura é estudado na configuração geométrica inicial
(que inclui as imperfeições geométricas);
Efeitos de 2ª ordem: são aqueles que se somam aos obtidos em uma análise de primeira
ordem, quando a análise do equilíbrio passa a ser efetuada considerando a
configuração deformada.
A consideração das ações de vento e desaprumo deve ser realizada de acordo com as seguintes
possibilidades:
a) Quando 30 % da ação do vento for maior que a ação do desaprumo, considera-se somente a ação do
vento.
b) Quando a ação do vento for inferior a 30 % da ação do desaprumo, considera-se somente o desaprumo
respeitando a consideração de θ1mín, conforme definido anteriormente.
c) Nos demais casos, combina-se a ação do vento e desaprumo, sem necessidade da consideração do θ1mín.
A comparação pode ser feita com os momentos totais na base da construção e em cada direção e sentido da
aplicação da ação do vento, com desaprumo calculado com θa, sem a consideração do θ1mín.
NOTA: O desaprumo não precisa ser considerado para os Estados Limites de Serviço.
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
No caso do dimensionamento ou verificação de um lance
Imperfeições locais de pilar, deve ser considerado o efeito do desaprumo ou
da falta de retilineidade do eixo do pilar.
: >? ;
tg θ1 ≅ θ1 = ∴
;/
ea =
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Estruturas de nós fixos: os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos e, por
decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis (inferiores a 10 % dos
respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, basta considerar os efeitos locais e
localizados de 2ª ordem.
Estruturas de nós móveis: são aquelas onde os deslocamentos horizontais não são pequenos
e, em decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são importantes (superiores a 10 % dos
respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas devem ser considerados tanto os esforços
de 2ª ordem globais como os locais e localizados.
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Comprimento de Flambagem ou Comprimento Efetivo (le): depende de suas vinculações na
base e no topo.
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Índice de Esbeltez (λ): é a razão entre este comprimento de flambagem e o raio de giração:
@A
B
λ=
Onde:
C
D
i= é o raio de giração;
I é o momento de inércia da seção transversal;
Obs.: para seções retangulares:
@A EF
A é a área da seção transversal;
(
Le é o comprimento de flambagem. λ=
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Quanto maior o índice de esbeltez do pilar, λ, maior é a possibilidade de ocorrer flambagem
em torno do eixo de menor inércia.
4- PROJETO DE PILARES EM CONCRETO ARMADO
Quando o ponto de aplicação da carga não coincide com o centro de gravidade do pilar, há
excentricidade de 1ª ordem. Existe ainda a excentricidade acidental, que se deve ao
desaprumo ou falta de retilineidade do eixo do pilar, e quando o pilar é esbelto surge a
excentricidade local de 2ª ordem.
Para levar em conta a excentricidade acidental causada pelas imperfeições locais em
estruturas reticuladas, a NBR 6118 (2014) recomenda a consideração de um momento mínimo
de 1ª ordem:
M1d,mín = Nd (0,015 + 0,03h)
onde h é a altura total da seção transversal na direção considerada, expressa em metros (m).
Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja
atendido se for respeitado esse valor de momento total mínimo. A este momento devem ser
acrescidos os momentos de 2ª ordem definidos adiante.
4- PROJETO DE PILARES EM CONCRETO ARMADO
Os efeitos globais de 2ª ordem podem ser desprezados quando o acréscimo nas
reações e solicitações, em relação à teoria de 1ª ordem, não excederem 10%. Neste
caso, a estrutura é considerada de nós fixos, e basta considerar os efeitos locais de
2ª ordem.
Estes efeitos locais de 2ª ordem em um pilar podem ser desprezados quando seu
índice de esbeltez for menor que λ1 (valor limite da esbeltez):
A
FGHEF,G (E
J'
λ1=
35≤ λ1 ≤90;
Onde:
K
≥ 0,4
L
αb = 0,6 +0,4
Sendo 0,4 ≤αb ≤1,0, onde MA e MB são momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar. Deve
ser adotado para MA o maior valor absoluto ao longo do pilar biapoiado e para MB o sinal
positivo, se tracionar a mesma face que MA, e negativo caso contrário.
αb = 1,0
4- PROJETO DE PILARES EM CONCRETO ARMADO
• Pilares em balanço:
M
≥ 0,85
L
αb = 0,8 +0,2
• Pilares robustos ou pouco esbeltos: λ ≤ λ1; (não precisa considerar efeitos locais de 2ª
ordem)
Como foi visto, nas estruturas de nós fixos, consideram-se apenas os efeitos locais
de 2ª ordem. No caso de barras submetidas à flexão composta reta, estes efeitos
Método Geral:
Método Geral:
QS T T U,UUW U,UUW
e2 = TUR V , onde V = X (YHU,W) ≤
λ ≤ 90;
Pré-requisitos:
X
seção transversal qualquer constante;
armadura simétrica e constante ao longo do eixo. Logo, o momento total máximo no pilar é dado por:
bFc E
Md,tot = ([\ ]E^,_ + a^ Ed e ) ≥ M1d,A ≥M1d,mín
Supõe-se que a configuração da barra seja
senoidal, para se levar em conta a não-
linearidade geométrica de forma aproximada. h é a altura da seção na direção considerada;
Já a não-linearidade física é considerada por ν = NSd / (Ac fcd) é a força normal adimensional;
meio de uma expressão aproximada da M1d,A é o valor de cálculo de 1ª ordem do
curvatura (1/r) na seção crítica: momento MA.
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM
hij,klk
k = 32 1 + 5
λ ≤ 90;
Pré-requisitos:
X mj
ν
[\ ]E^,_
≥ M1d,A
seção transversal retangular constante;
oF
armadura simétrica e constante ao longo do eixo. onde MSd,tot =
En
EFd p/q
nH ²nt
a r,
+ b r, + c = 0 → r, =
Onde:
a = 5h;
uvS
b = h² · Nd - – 5h · αb · M1d,A
wU
c = - Nd · h² · αb · M1d,A
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM
Exercício 6:
ou
Direção x: Onde:
Md,tot = momento total máximo na direção x, em torno de y;
Md,tot = M1d,mín + Nd e2x
M1d,mín = Nd (0,015 + 0,03hx)
e2x = excentricidade de 2ª ordem na direção x, calculada por método aproximado.
Direção y:
Onde:
Md,tot = M1d,mín + Nd e2y
Md,tot = momento total máximo na direção x, em torno de y;
M1d,mín = Nd (0,015 + 0,03hy)
e2y = excentricidade de 2ª ordem na direção y, calculada por método aproximado.
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de extremidade: Nesta situação, admite-se que a força normal de cálculo
atua com uma excentricidade inicial segundo um dos eixos
de simetria.
ou
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de extremidade:
Estas excentricidades causam momentos iniciais nas extremidades do pilar, em uma
única direção, que chamaremos de x:
(Com estes valores, fazer dimensionamento das armaduras à FCO para esta 1ª situação de cálculo)
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de canto:
(Com estes valores, fazer dimensionamento das armaduras à FCO para esta 2ª situação de cálculo)
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de canto:
(Com estes valores, fazer dimensionamento das armaduras à FCO para esta 3ª situação de cálculo)
• Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a
360 cm².
• O diâmetro das barras longitudinais não pode ser inferior a 10 mm nem superior a
1/8 da menor dimensão transversal.
64
As,mín = (0,15 ) ≥ 0,004 Ac
• Em seções poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; em
seções circulares, no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro.
• Devem ser colocadas em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação
na região de cruzamento com vigas e lajes;
• O diâmetro dos estribos em pilares não pode ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do
diâmetro da barra longitudinal:
5,0||
φt ≥ z T
φ~
t
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras transversais (estribos):
20|;
s≤ |
|ã
çã
;
24 φ~ ! 25
12φ~ ! 50
* Quando houver necessidade de armaduras transversais para forças cortantes e torção, esses
valores devem ser comparados com os mínimos especificados para vigas, adotando-se o menor
dos limites especificados.
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras transversais (estribos):
• Pode ser adotado o valor φT < φL/4, desde que as armaduras sejam constituídas
do mesmo tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação:
S T
64
smáx = 90000 com fyk, em MPa.
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras transversais (estribos):
• O estribos garantem que não ocorra flambagem nas barras longitudinais situadas
em seus cantos e nas barras longitudinais por eles abrangidas, situadas a uma
distância máxima de 20φ do canto se, neste trecho de comprimento 20φ não
houver mais de duas barras, sem contar a do canto. Quando houver mais de duas
barras neste trecho, ou barras fora dele, deve haver grampos suplementares.
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Exemplo de projeto de um pilar:
4.5 – EXERCÍCIOS
Exercício 7 – pilar intermediário:
ASL ≅ 26,3cm²
Resposta:
4.5 – EXERCÍCIOS
Exercício 8 – pilar de extremidade:
ASL ≅ 22cm²
Resposta:
4.5 – EXERCÍCIOS
Exercício 9 – pilar de canto:
ASL ≅ cm²
Resposta:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 - Projeto de Estruturas
de Concreto - Procedimento, Rio de Janeiro, 2014.
José Milton de Araújo, Curso de Concreto Armado. Rio Grande, Editora Dunas, 3. Ed.,
2010.
Wilson S. Venturini e Rogério O. Rodrigues, Dimensionamento de Peças Retangulares
de Concreto Armado Solicitadas à Flexão Reta. São Carlos, 1987.
Pedro Wellington G. N. Teixeira, Notas de aula, 2011.
Apostila de Projeto de Estruturas de Concreto II – Pilares, Curso de Especialização
em Estruturas, Universidade Federal de Minas Gerais, 2013.