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ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO II

Prof.ª Erika Marinho Cap. 1 – Pilares


OBSERVAÇÃO
Neste material, serão estudados pilares de concreto do grupo I de resistência (C20 a
C50), ou seja, com fck entre 20 e 50MPa.
Para concreto com fck> 50MPa, alguns parâmetros de cálculo sofrem alterações,
segundo a NBR 6118 (2014).
1. DEFINIÇÃO DE PILAR
Pilares são barras retas, verticais,
em que os esforços solicitantes
predominantes são forças normais de
compressão. A despeito do fato dessa
definição enfatizar o esforço normal como
predominante, no dimensionamento de
pilares deverão ser considerados efeitos de
flexão, sobretudo momentos fletores, que
podem ter diversas origens e que, em geral,
poderão ser tratados como excentricidade
“e” da força normal de compressão na
seção transversal, sendo e=M/N.
Fonte: Graziano e Siqueira (2011)
2. DIMENSIONAMENTO DE PILARES
Para dimensionar pilares em concreto armado sob flexo-compressão (= flexão
composta), têm-se as mesmas hipóteses e domínios de dimensionamento das vigas.
Também é permitido o uso do diagrama retangular simplificado para tensão-
deformação.

a) Hipóteses:

1 – Seções planas permanecem planas;


2 – Aderência perfeita aço-concreto;
3 – Resistência à tração do concreto é desprezada.
2. DIMENSIONAMENTO DE PILARES
b) Diagrama tensão-deformação do concreto:

Para concretos de fck ≤ 50MPa:

εc2 = 2,0 %0
εcu = 3,5 %0

Diagrama tensão-deformação idealizado (Fonte: NBR 6118:2014)


2. DIMENSIONAMENTO DE PILARES
A NBR6118:2014 permite substituir o diagrama parábola-retângulo por um diagrama
retangular equivalente de profundidade y = λx, onde x é a profundidade da linha neutra
(LN):

Se fck ≤ 50MPa:

• λ = 0,8;
• σcd = 0,85 fcd se a largura da seção
medida paralelamente à LN não
diminui desta para a borda
comprimira;
• σcd = 0,9 x 0,85 fcd, caso contrário.
2. DIMENSIONAMENTO DE PILARES
c) Dmínios de Dimensionamento:

máximos permitidos de εc2, εcu e εsu, que valem 0,002, 0,0035 e 0,01 no caso de fck ≤ 50MPa.
A NBR 6118 (2014) apresenta domínios de dimensionamento, caracterizados pelos valores

Domínios de Dimensionamento (Fonte: NBR 6118:2014)


2. DIMENSIONAMENTO DE PILARES
Com este limites de deformação, têm-se três regiões bem definidas dentre os domínios
de dimensionamento, são elas:
• Região I (engloba os domínios 1 e 2; nesta região, a fibra de concreto menos tracionada por ter
deformação entre -0,01 e 0,0035);
• Região II (engloba os domínios 3, 4 e 4a);
• Região III (igual ao domínio 5).

Regiões de Dimensionamento para Pilares


2.1- FLEXO-COMPRESSÃO NORMAL
Neste tipo de solicitação, também chamada de flexão composta reta ou flexão
normal composta (FNC), existe um momento fletor (análogo ao da flexão simples) e uma
força normal (N). Este tipo de flexão é encontrado em pilares.
A força normal é aplicada com uma excentricidade e, em relação ao CG da seção
transversal.
2.1- FLEXO-COMPRESSÃO NORMAL
Os esforços Nd e Md causam tensão normal nesta seção:
 
+ xLN
 
σ=

A orientação da LN é conhecida (paralela ao eixo de flexão), mas, sua profundidade


xLN, em relação à borda comprimida é uma incógnita, que poderia ser obtida igualando
σ a zero na expressão acima.
Porém, Nd e Md também dependem da profundidade xLN, como será demonstrado a
seguir.
2.1- FLEXO-COMPRESSÃO NORMAL
Seja Rcc a força resultante de compressão no concreto, e Rsi a força resultante atuante
em cada camada i de armadura (que pode estar comprimida ou tracionada).

Nesta figura, a carga de compressão foi


posicionada no centroide da seção, mas foi
adicionado um momento fletor, causada
pela excentricidade da carga.

Vista lateral do pilar, Utilizando o diagrama retangular


mostrando o ponto de equivalente, tem-se que a tensão de
aplicação da carga. compressão se distribui ao longo da
distância 0,8xLN, medida a partir da borda
mais comprimida do pilar.
2.1- FLEXO-COMPRESSÃO NORMAL
Para haver equilíbrio nesta seção, a resultante de forças e de
momentos deve ser nula, ou seja:

 = 0
Nd + Rs2 = Rs1 + Rcc

∑     = 0



Md + (Rs1 · d’) + (Rcc · 0,4xLN) = (Nd · ) + [Rs2 · (h-d’)]

E pode-se observar que:
Rcc = 0,85 fcd · 0,8xLN · b

Portanto, Nd e Md são dependentes de xLN c.q.d.


2.1- FLEXO-COMPRESSÃO NORMAL
Voltando à expressão da tensão normal:
 
+ xLN
 
σ=

Conforme foi mostrado, Nd e Md dependem de xLN. Logo, para cada valor de xLN,
tem-se um par Nd, Md correspondente. Portanto, a solicitação depende de xLN, que
depende da solicitação. Este problema pode ser resolvido por meio de um processo
iterativo, até se obter a área de armadura necessária.

Alternativamente, pode-se utilizar o Diagrama de Interação N, M, que consiste na


representação gráfica de diversos pares N, M, ou seja, de diversas posições xLN. Neste
método, faz-se um pré-dimensionamento da seção, e verifica-se, no diagrama, se esta
seção suporta a solicitação Nd, Md.
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Para encontrar valores do par N, M, a fim de se traçar o Diagrama de Interação N,
M de um pilar (com seção, materiais e armadura conhecidos), devemos posicionar a linha
neutra em diversos pontos ao longo da seção transversal. Dependendo de onde a LN
cortar a seção, tem-se a Região de Dimensionamento em que o pilar se encontra:

- ∞ ≤ xLN ≤ xA : Região I

xA ≤ xLN ≤ h : Região II

h ≤ xLN ≤ ∞: Região III

anotar
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Dada uma posição xLN, define-se a qual região de dimensionamento ela pertence e,
por meio de semelhança de triângulos, encontra-se o valor de deformação específica de
cada barra de armadura (εs). Com o valor deformação específica da barra, é possível
calcular a tensão normal que atua nela.

Sabe-se que o limite de deformação à tração do aço é de 0,01, conforme os

constituídas de concreto armado, se o aço atingisse ε de 0,01, o concreto que o envolve já


domínios de dimensionamento. Este valor também seria válido na compressão. Nas peças

teria se rompido, pois εcu = 0,0035. Portanto, na compressão, a deformação do aço se


limitará a 0,0035 e, a deformação que dá início ao escoamento do aço é εyd = fyd/Es.
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Sendo assim, temos:

Se εbarra ≥ εyd σbarra = fyd (compressão)

Se εyd > εbarra ≥ - εyd σbarra = εbarra · Es

Se εbarra ≤ - εyd σbarra = fyd (tração)

anotar
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M

barra, tem-se a força que atua nesta barra (F = σ · A). Portanto, a força resultante nas
Conhecida a tensão normal atuante em cada barra, e área da seção transversal da

barras de aço do pilar é igual a:

Rs = ∑(!  · σ  )

Esta força Rs, juntamente com a força resistente do concreto Rcc,


resultam na força normal total, que deve resistir à solicitação Nd.
Portanto:

NR = RCC + RS
(força normal resistente)
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Ainda, estas forças RS e RC causam momento fletor no centroide da seção:

MS = ∑(!  · σ  · #  )

MC= RC · (0,5h – 0,4xLN)

Juntos, estes momentos resultam no momento fletor total, que


deve resistir à solicitação Md. Portanto:

MR = MC + MS

(momento fletor resistente)


2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M

A união de vários pares de valores NR, MR, em


um gráfico Normal x Momento Fletor, fornece o
diagrama de interação N, M do pilar em questão,
com formato semelhante ao da figura ao lado.

A região interna ao diagrama de interação


contém todos os pares de esforços solicitantes (Nd ,
Md) simultâneos que podem ser aplicados na seção
de forma segura.
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Exercício 1:

Encontre os pares de valores N, M correspondentes às posições de xLN iguais a: 2cm


(Região I), 6,8cm (Região II) e 18cm (Região III).

Dados: ASL = 6 φ16; c = 1,0cm; AST = φ5 c/ 15; fyk = 500MPa, fck = 40MPa; γc = 1,4;
γs = 1,15; Es = 210GPa

Respostas:

xLN = 2cm: N = -200,7kN, M = ±1829kNcm;


xLN = 6,8cm: N = 330,3kN, M = ±4307kNcm;
xLN = 18cm: N = 1253kN, M = ±1022kNcm;
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Alguns pontos do diagrama merecem atenção especial:

• Ponto A (compressão axial):


o Ponto de excentricidade igual a 0;
o Maior força de compressão que a seção pode suportar e
que somente poderá ser aplicada de forma centrada na
seção;

• Ponto B (balance point):


o Ponto em que o aço escoa (εyd) no instante em que o
concreto rompe à compressão (εcu);
o Maior momento fletor que a seção pode suportar;
o Reta entre os domínios 3 e 4;
o Seção normalmente armada.
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
• Ponto C (flexão simples):
o Ponto de força normal igual a 0;
o Corresponde a uma posição da LN em que as forças resistente
do aço e do concreto se equilibram sozinhas, o que não dá
espaço para a existência de nenhuma força normal adicional.
Para isso, a LN deve cortar a seção (não pode ser na Região III),
de modo que parte dela fique comprimida e outra parte
tracionada, possibilitando que as resultantes de anulem.

• Ponto D (tração axial):


o Ponto de excentricidade igual a 0;
o Maior força de tração que a seção pode suportar e que
somente poderá ser aplicada de forma centrada na seção;
o Somente as armaduras resistem à solicitação (concreto
desprezado à tração).
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Exercício 2:
Resposta:
Para o mesmo pilar do exercício 1, encontre os
pares de valores N, M correspondentes aos pontos
A, B, C e D, e trace o diagrama de interação N, M.

Dados: ASL = 6 φ16; c = 1,0cm; AST = φ5 c/ 15; fyk = 500MPa,


fck = 40MPa; γc = 1,4; γs = 1,15; Es = 210GPa
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Diversos autores oferecem ábacos para dimensionamento ou verificação de forma
direta. Estes ábacos apresentam um conjunto de curvas representadas no sistema de
eixos dos esforços reduzidos ν-µ:

%& +&
'()*& '(²)*&
ν= (força normal reduzida) µ= (momento fletor reduzido)

Cada curva, que representa o lugar geométrico dos pares de esforços ν-µ que
levam a seção ao ELU, corresponde a uma taxa mecânica de armadura ω.

-. /0&
'()*&
ω= (taxa mecânica e armadura)
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Este tipo de gráfico apresenta algumas limitações, tais como:

• Servem somente para a categoria de aço e arranjo de armação indicados (sempre


com armadura simétrica);

• Só se aplicam ao valor de d’/h para o qual foram previstos;

• É obrigatório que h-d seja igual a d’.

• Padecem da imprecisão inerente a todo e qualquer ábaco.


2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Na figura ao lado, tem-se
o exemplo de um ábaco de
flexão normal composta de
uma seção retangular com duas
camadas de armadura de aço
CA-50 e relação d’/h=0,1.
Para dimensionamento,
basta entrar com os esforços
reduzidos (ν e μ) e ler o valor
de ω diretamente no
diagrama, com o qual se pode
calcular As e escolher as bitolas
e disposições das barras.
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Características das barras e fios de acordo com a NBR-7480

Fios - diâmetro (mm) Barras - diâmetro (mm) Área da seção (cm²) Massa linear (kg/m) Perímetro (cm)

2,4 0,045 0,036 0,75


3,4 0,091 0,071 1,07
3,8 0,113 0,089 1,19
4,2 0,139 0,109 1,32
4,6 0,166 0,130 1,45
5 0,196 0,154 1,57
5,5 0,238 0,187 1,73
6 0,283 0,222 1,88
6,3 0,312 0,245 1,98
6,4 0,322 0,253 2,01
7 0,385 0,302 2,20
8 8 0,503 0,395 2,51
9,5 0,709 0,556 2,98
10 10 0,785 0,617 3,14
12,5 1,227 0,963 3,93
16 2,011 1,578 5,03
20 3,142 2,466 6,28
22 3,801 2,984 6,91
25 4,909 3,853 7,85
32 8,042 6,313 10,05
40 12,566 9,865 12,57
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Observações:

• No lugar dos ábacos, podem ser utilizadas tabelas, que contêm os mesmos valores
dos gráficos. O Apêndice 1 do Volume 3 do livro Curso de Concreto Armado – José
Milton de Araújo apresenta estas tabelas.

• Para uma seção sob flexo-compressão normal, a solução ideal seria com uma
disposição assimétrica armadura. Porém, isso só é recomendável quando se tem
certeza do sentido do momento fletor e, em geral, não é o caso. Armaduras
assimétricas, além de dificultar a execução, exigem cuidados especiais para se
evitar a inversão da disposição das barras. Por isso, usualmente, pilares em
concreto armado não projetados com armaduras simétricas.
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Exercício 3:

Dimensione a seção transversal da figura, submetida a um esforço normal de


serviço Nk com excentricidade e. Dados: fck = 20MPa; Aço CA-50; fyk = 500MPa.

Resposta:
As = 15,85cm² = 4 φ 16
2.1.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO N, M
Exercício 4:

Dimensione a seção transversal da figura, submetida a um esforço normal de


serviço Nk com excentricidade e. Dados: fck = 20MPa; Aço CA-50; fyk = 500MPa.

Resposta:
As = 25,25cm² = 8 φ 20
2.2- FLEXO-COMPRESSÃO OBLÍQUA
Este tipo de solicitação, também chamada de flexão composta oblíqua, ocorre se:

a) A força normal age b) A força normal atua em c) A seção não possui


fora dos eixos de um dos eixos de simetria, um eixo de simetria.
simetria da seção, porém, o arranjo das
causando momento fletor barras não é simétrico em
em duas direções; relação a este eixo;
2.2- FLEXO-COMPRESSÃO OBLÍQUA
Neste tipo de solicitação, para caracterizar a LN é necessário encontrar sua
profundidade e sua orientação. Em geral, a LN não é perpendicular ao plano de ação do
momento fletor, surgindo assim uma nova incógnita (α), o que torna a solução mais
complexa.
2.2- FLEXO-COMPRESSÃO OBLÍQUA
Com estas incógnitas, o dimensionamento fica muito difícil, porém, a verificação da
capacidade resistente é relativamente simples.

Na verificação, a armadura é conhecida e procuram-se os pares de momentos


fletores (Mxdr, Mydr) que, juntamente com o esforço normal Nd, levam a seção ao ELU. Para
isso, podem ser utilizados Diagramas de Interação na Flexo-Compressão Oblíqua. Estes
diagramas são elaborados para uma determinada seção transversal, com um dada
disposição de barras, e para um valor fixo de Nd.
2.2.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO NA FCO
De posse de um diagrama de interação de uma determinada seção transversal e
para um dado valor de Nd, a verificação da segurança é imediata. Se o ponto que
representa o par Mxdr, Mydr cair dentro da envoltória, a segurança é garantida, ou seja, a
seção possui armadura maior que a necessária. Se o ponto cair fora da envoltória, é
preciso aumentar a área de aço.

Ponto situado
Situação ideal
sobre a curva
(esforços solicitantes = esforços resistentes no ELU)
2.2.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO NA FCO
Os ábacos contendo diversos diagramas utilizam grandezas adimensionais:
%&
ν=
1 )*&
(esforço normal reduzido)

4
(momentos fletores reduzidos)
2
1 2 31 1 4 31
μx = e μy =

5 64
1 31
ω= (taxa mecânica e armadura)

27 4
7

2 4
δ= = (parâmetro geométrico)

Obs.: Ac = hx hy e σcd = 0,8 fcd (a favor da segurança)


2.2.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO NA FCO
2.2.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO NA FCO
Observações:

• No lugar dos ábacos, podem ser utilizadas tabelas, que contêm os mesmos valores
dos gráficos. O Apêndice 2 do Volume 3 do livro Curso de Concreto Armado – José
Milton de Araújo apresenta estas tabelas.

• Diversos processos simplificados de dimensionamento à FCO podem ser


encontrados na bibliografia. Todos eles procuram substituir a FCO por uma FNC
equivalente. O ideal, para se ter menor erro, é usar os ábacos, ou usar
implementação computacional de um algoritmo de dimensionamento.
2.2.1- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO NA FCO
Exercício 5:

Dimensione a seção transversal da figura, submetida a um esforço normal de serviço


Nk = 800kN e momentos fletores de serviço Mxk = 2000kNcm e Myk = 4000kNcm.
Dados: fck = 20MPa; Aço CA-50; fyk = 500MPa.

As ≅ 20cm²
Resposta:
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Efeitos de 1ª ordem: o equilíbrio da estrutura é estudado na configuração geométrica inicial
(que inclui as imperfeições geométricas);

Efeitos de 2ª ordem: são aqueles que se somam aos obtidos em uma análise de primeira
ordem, quando a análise do equilíbrio passa a ser efetuada considerando a
configuração deformada.

Os efeitos globais de 2ª ordem podem ser desprezados sempre que não


representarem acréscimo superior a 10 % nas reações e nas solicitações
relevantes na estrutura.
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Não-linearidade física: é uma propriedade intrínseca do
material, diferentemente da não linearidade geométrica. Ela
pode ocorrer mesmo na teoria de primeira ordem, ou seja, na
configuração indeformada da estrutura. Ocorre quando não
existe proporcionalidade entre tensão e deformação, ou seja,
não obedece à Lei de Hooke.

Não-linearidade geométrica: mudanças na geometria da


estrutura levam a uma relação força-deslocamento não linear,
mesmo quando o material apresenta comportamento elástico-
linear.
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Imperfeições geométricas: Na verificação do estado limite último das estruturas
reticuladas, devem ser consideradas as excentricidades acidentais, que decorrem das
imperfeições geométricas (efeitos de 1ª ordem) do eixo dos elementos estruturais da
estrutura descarregada, que se dividem em imperfeições globais e locais.

Imperfeições globais Desaprumos dos elementos verticais

θ1mín = 1/300 para estruturas reticuladas e


imperfeições locais;
θ1máx = 1/200;
H = altura total da edificação, expressa em
metros (m);
n = nº de prumadas de pilares no pórtico
plano.
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Imperfeições globais

A consideração das ações de vento e desaprumo deve ser realizada de acordo com as seguintes
possibilidades:

a) Quando 30 % da ação do vento for maior que a ação do desaprumo, considera-se somente a ação do
vento.
b) Quando a ação do vento for inferior a 30 % da ação do desaprumo, considera-se somente o desaprumo
respeitando a consideração de θ1mín, conforme definido anteriormente.
c) Nos demais casos, combina-se a ação do vento e desaprumo, sem necessidade da consideração do θ1mín.

A comparação pode ser feita com os momentos totais na base da construção e em cada direção e sentido da
aplicação da ação do vento, com desaprumo calculado com θa, sem a consideração do θ1mín.

NOTA: O desaprumo não precisa ser considerado para os Estados Limites de Serviço.
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
No caso do dimensionamento ou verificação de um lance
Imperfeições locais de pilar, deve ser considerado o efeito do desaprumo ou
da falta de retilineidade do eixo do pilar.

Nos casos usuais de estruturas reticuladas, a


consideração apenas da falta de retilineidade ao
longo do lance de pilar é suficiente.

: >? ;
tg θ1 ≅ θ1 = ∴
;/ 
ea =
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Estruturas de nós fixos: os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos e, por
decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis (inferiores a 10 % dos
respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, basta considerar os efeitos locais e
localizados de 2ª ordem.

Estruturas de nós móveis: são aquelas onde os deslocamentos horizontais não são pequenos
e, em decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são importantes (superiores a 10 % dos
respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas devem ser considerados tanto os esforços
de 2ª ordem globais como os locais e localizados.
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Comprimento de Flambagem ou Comprimento Efetivo (le): depende de suas vinculações na
base e no topo.
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Índice de Esbeltez (λ): é a razão entre este comprimento de flambagem e o raio de giração:

@A
B
λ=

Onde:
C
D
i= é o raio de giração;
I é o momento de inércia da seção transversal;
Obs.: para seções retangulares:
@A EF
A é a área da seção transversal;
(
Le é o comprimento de flambagem. λ=
3- CONCEITOS BÁSICOS EM PROJETOS DE PILARES
Quanto maior o índice de esbeltez do pilar, λ, maior é a possibilidade de ocorrer flambagem
em torno do eixo de menor inércia.
4- PROJETO DE PILARES EM CONCRETO ARMADO
Quando o ponto de aplicação da carga não coincide com o centro de gravidade do pilar, há
excentricidade de 1ª ordem. Existe ainda a excentricidade acidental, que se deve ao
desaprumo ou falta de retilineidade do eixo do pilar, e quando o pilar é esbelto surge a
excentricidade local de 2ª ordem.
Para levar em conta a excentricidade acidental causada pelas imperfeições locais em
estruturas reticuladas, a NBR 6118 (2014) recomenda a consideração de um momento mínimo
de 1ª ordem:
M1d,mín = Nd (0,015 + 0,03h)

onde h é a altura total da seção transversal na direção considerada, expressa em metros (m).

Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja
atendido se for respeitado esse valor de momento total mínimo. A este momento devem ser
acrescidos os momentos de 2ª ordem definidos adiante.
4- PROJETO DE PILARES EM CONCRETO ARMADO
Os efeitos globais de 2ª ordem podem ser desprezados quando o acréscimo nas
reações e solicitações, em relação à teoria de 1ª ordem, não excederem 10%. Neste
caso, a estrutura é considerada de nós fixos, e basta considerar os efeitos locais de
2ª ordem.
Estes efeitos locais de 2ª ordem em um pilar podem ser desprezados quando seu
índice de esbeltez for menor que λ1 (valor limite da esbeltez):
A
FGHEF,G (E
J'
λ1=

35≤ λ1 ≤90;
Onde:

e1 é a excentricidade de primeira ordem;


valores de αb devem ser obtidos conforme estabelecido a seguir.
4- PROJETO DE PILARES EM CONCRETO ARMADO
• Pilares biapoiados sem forças transversais:

K
≥ 0,4
L
αb = 0,6 +0,4

Sendo 0,4 ≤αb ≤1,0, onde MA e MB são momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar. Deve
ser adotado para MA o maior valor absoluto ao longo do pilar biapoiado e para MB o sinal
positivo, se tracionar a mesma face que MA, e negativo caso contrário.

• Pilares biapoiados com cargas transversais significativas ao longo da altura:

αb = 1,0
4- PROJETO DE PILARES EM CONCRETO ARMADO
• Pilares em balanço:

M
≥ 0,85
L
αb = 0,8 +0,2

Sendo 1,0 ≥αb ≥0,85, onde MA é o momento de 1ª ordem no engaste; e MC é o momento de


1ª ordem no meio do pilar em balanço.

• Pilares biapoiados ou em balanço com momentos menores que o momento mínimo


M1d,mín:
αb = 1,0
4- PROJETO DE PILARES EM CONCRETO ARMADO
Os pilares podem ser classificados quanto à esbeltez, conforme segue:

• Pilares robustos ou pouco esbeltos: λ ≤ λ1; (não precisa considerar efeitos locais de 2ª
ordem)

• Pilares de esbeltez média: λ1 < λ ≤ 90;

• Pilares esbeltos ou muito esbeltos: 90 < λ ≤ 140;

• Pilares excessivamente esbeltos: 140 < λ ≤ 200.


Em pilares esbeltos e medianamente esbeltos, os efeitos de 2ª ordem são importantes e não
podem ser desprezados, mas podem ser obtidos por métodos aproximados. Nos pilares
excessivamente esbeltos, é exigida uma análise rigorosa destes efeitos.
4.1 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS GLOBAIS DE 2ª ORDEM
Como foi visto, nas estruturas de nós móveis, consideram-se os efeitos locais e
globais de 2ª ordem. Para a análise dos esforços globais de 2ª ordem, em estruturas
reticuladas com no mínimo quatro andares, pode ser considerada a não linearidade
física de maneira aproximada, tomando-se como rigidez dos elementos estruturais os
valores seguintes:

• lajes: (EI)sec = 0,3 EciIc


• vigas: (EI)sec = 0,4 EciIc para As’ ≠ As
(EI)sec = 0,5 EciIc para As’ = As
• pilares: (EI)sec = 0,8 EciIc

onde Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto, incluindo, quando for o


caso, as mesas colaborantes e Eci = 5600 NO .
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM

Como foi visto, nas estruturas de nós fixos, consideram-se apenas os efeitos locais
de 2ª ordem. No caso de barras submetidas à flexão composta reta, estes efeitos

que estes efeitos podem ser desconsiderados se λ ≤ λE .


podem ser obtidos pelo Método Geral ou por Métodos Aproximados. Vale lembrar

A seguir, serão apresentados o Método Geral e os dois métodos aproximados


mais utilizados, que são baseados no Pilar-Padrão.
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM
Método Geral:

Para se determinar a carga crítica, o


carregamento é aplicado por incrementos
progressivos e, para cada etapa, calcula-se o
deslocamento (flecha) correspondente ao
efeito de 2ª ordem, em uma determinada
seção. Este valor é utilizado no cálculo do
momento da etapa posterior. O valor crítico é
aquele para o qual o diagrama carga x
deslocamento tende assintoticamente.
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM

Método Geral:

O Método Geral também pode ser


utilizado com acréscimos de excentricidades,
obedecendo à mesma sequência citada
anteriormente, mas com cargas constantes e
excentricidades de 1ª ordem variáveis. O
valor crítico da excentricidade é o valor
assintótico do diagrama excentricidade x
deslocamento.
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM

Método Geral:

Este é um método complexo, que, para ser aplicado, necessita do uso de


ferramentas computacionais, o que o torna pouco usual.

Entretanto, segundo a NBR 6118 (2014), o Método Geral é obrigatório para


verificação de pilares com λ > 140.
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM

Método do Pilar-Padrão com Curvatura Aproximada:

QS T T U,UUW U,UUW
e2 = TUR V , onde V = X (YHU,W) ≤
λ ≤ 90;
Pré-requisitos:
X
seção transversal qualquer constante;
armadura simétrica e constante ao longo do eixo. Logo, o momento total máximo no pilar é dado por:

bFc E
Md,tot = ([\ ]E^,_ + a^ Ed e ) ≥ M1d,A ≥M1d,mín
Supõe-se que a configuração da barra seja
senoidal, para se levar em conta a não-
linearidade geométrica de forma aproximada. h é a altura da seção na direção considerada;
Já a não-linearidade física é considerada por ν = NSd / (Ac fcd) é a força normal adimensional;
meio de uma expressão aproximada da M1d,A é o valor de cálculo de 1ª ordem do
curvatura (1/r) na seção crítica: momento MA.
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM

Método do Pilar-Padrão com Rigidez k Aproximada:

hij,klk
k = 32 1 + 5
λ ≤ 90;
Pré-requisitos:
X mj
ν

[\ ]E^,_
≥ M1d,A
seção transversal retangular constante;
oF
armadura simétrica e constante ao longo do eixo. onde MSd,tot =
En
EFd p/q

A não-linearidade geométrica é considerada de


maneira aproximada, supondo a deformada K e Md,tot são dependentes entre si. Pode-se optar
senoidal da barra, enquanto a física é levada em por um cálculo iterativo, no qual duas ou três
conta por meio da expressão aproximada da iterações são suficientes, ou pela formulação
rigidez: direta sugerida pela NBR 6118:2014.
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM

Método do Pilar-Padrão com Rigidez k Aproximada:

Formulação direta sugerida pela NBR 6118 (2014):

nH ²nt  
a r,

+ b r, + c = 0 → r, = 

Onde:

a = 5h;
 uvS
b = h² · Nd - – 5h · αb · M1d,A
wU
c = - Nd · h² · αb · M1d,A
4.2 –OBTENÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM
Exercício 6:

Calcule o momento fletor solicitante de cálculo de um pilar submetido à flexão


composta reta, utilizando:

a) Método do Pilar-Padrão com Curvatura Aproximada;


b) Método do Pilar-Padrão com Rigidez k Aproximada.

Dados: seção 20x40cm², fck = 20MPa, Le = 2,8m, N= 500kN, M = 1000kNcm, αb = 1,0,


estrutura de nós fixos.
Resposta:
a) 2702 kNcm
b) 2230 kNcm
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
As solicitações às quais os pilares estão sujeitos dependem da posição que eles
ocupam na estrutura. As situações de projetos classificam os pilares em três tipos
diferentes:
• Pilar intermediário ou interno: sob compressão simples, ou
seja, sem excentricidade de carga; mesmo assim, devem ser
dimensionados à flexão composta reta;

• Pilar de extremidade ou de borda: sob flexão composta reta,


que decorre da interrupção, sobre o pilar, da viga
perpendicular à borda ou extremidade;

• Pilar de canto: sob flexão composta oblíqua, que decorre da


interrupção das vigas perpendiculares às bordas do pilar.
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares intermediários:

Mesmo estando em situação de projeto de compressão


centrada, devem ser dimensionados à flexão composta reta:

ou

(Calcular para as duas situações)


4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares intermediários:

Direção x: Onde:
Md,tot = momento total máximo na direção x, em torno de y;
Md,tot = M1d,mín + Nd e2x
M1d,mín = Nd (0,015 + 0,03hx)
e2x = excentricidade de 2ª ordem na direção x, calculada por método aproximado.
Direção y:
Onde:
Md,tot = M1d,mín + Nd e2y
Md,tot = momento total máximo na direção x, em torno de y;
M1d,mín = Nd (0,015 + 0,03hy)
e2y = excentricidade de 2ª ordem na direção y, calculada por método aproximado.
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de extremidade: Nesta situação, admite-se que a força normal de cálculo
atua com uma excentricidade inicial segundo um dos eixos
de simetria.

ou
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de extremidade:
Estas excentricidades causam momentos iniciais nas extremidades do pilar, em uma
única direção, que chamaremos de x:

O dimensionamento deve ser feito


para o momento total máximo, mas
ou não se sabe, a priori, qual é a seção
mais solicitada. Portanto, deve-se
verificar as extremidades e a seção
intermediária, adotando o maior
momento encontrado.
MA > MB
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de extremidade:
Direção x (eixo sobre o qual se tem a excentricidade inicial):
• Seção de extremidade: Basta considerar M1d,A = 1,4 MA, que deve ser ≥ M1d,mín
• Seção intermediária:
se λ < λ1
Onde:
L K L
≥ 0,4
Md,tot = Nd (ei + ea)
se λ ≥ λ1   
ei = 0,6 + 0,4 (excentricidade inicial)
Md,tot = Nd (ei + ea) + Nd e2x
(em ambos os casos, verificar se Nd (ei + ea) ≥ M1d,mín) ea = θ1
;

(devido a imperfeições locais),
Portanto, M1d,tot, na direção x, será o maior dentre o onde θ1 = 1/(100 y); θ1mín = 1/300;
valor de extremidade e o valor de seção intermediária.
θ1máx = 1/200; H =Le.
Direção y (eixo sobre o qual não existe
excentricidade inicial): M = M
d,tot 1d,mín + Nd e2y
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de canto:
Há duas excentricidade iniciais, em eixos ortogonais:

O dimensionamento deve ser feito para o momento total máximo,


mas não se sabe, a priori, qual é a seção mais solicitada. Portanto,
deve-se verificar as extremidades (topo e base) e a seção
intermediária, adotando o maior momento encontrado.
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de canto:

1ª situação de cálculo – seção de extremidade (topo):

Direção x: M1d,A = 1,4 MA ≥ M1d,mín (calculado com hx)


Direção y: M1d,A = 1,4 MA ≥ M1d,mín (calculado com hy)

(Com estes valores, fazer dimensionamento das armaduras à FCO para esta 1ª situação de cálculo)
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de canto:

2ª situação de cálculo – seção de extremidade (base):

Direção x: M1d,B = 1,4 MB ≥ M1d,mín (calculado com hx)


Direção y: M1d,B = 1,4 MB ≥ M1d,mín (calculado com hy)

(Com estes valores, fazer dimensionamento das armaduras à FCO para esta 2ª situação de cálculo)
4.3 – SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES
Pilares de canto:

3ª situação de cálculo – seção intermediária: Onde:


L K L
ei = 0,6 
+ 0,4 
≥ 0,4 
(excentricidade inicial)
Direção x: Md,tot = Nd (ei + ea) + Nd e2x
; T T
Direção y: Md,tot = Nd (ei + ea) + Nd e2y ea = θ1 
(devido a imperfeições locais), onde θ1 = ≤
TUU ; UU

Nd (ei + ea) ≥ M1d,mín (calculado com h da direção considerada)

(Com estes valores, fazer dimensionamento das armaduras à FCO para esta 3ª situação de cálculo)

A armadura a ser adotada é a maior encontrada nas 3 situações de cálculo.


4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Dimensões-limites:

• A seção transversal de pilares e pilares-parede* maciços, qualquer que seja a sua


forma, não pode apresentar dimensão menor que 19 cm.

• Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm,


desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo por um coeficiente
adicional γn, de acordo com o indicado na tabela a seguir.

• Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a
360 cm².

* Pilar-parede: quando a maior dimensão é maior que 5 vezes a menor dimensão.


4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Dimensões-limites:
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras longitudinais:

• O diâmetro das barras longitudinais não pode ser inferior a 10 mm nem superior a
1/8 da menor dimensão transversal.

• A área de armadura deve respeitar os valores máximos e mínimos a seguir:


64
As,mín = (0,15 ) ≥ 0,004 Ac

A máxima armadura permitida em pilares


As,máx = 0,08 Ac deve considerar inclusive a sobreposição de
armadura existente em regiões de emenda.
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras longitudinais:

• Em seções poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; em
seções circulares, no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro.

• O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais, medido no


plano da seção transversal, fora da região de emendas, deve ser igual ou superior
ao maior dos seguintes valores:
- 20 mm;
- diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
- 1,2 vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
Esses valores se aplicam também às regiões de emendas por traspasse das barras
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras longitudinais:

• O espaçamento máximo entre eixos das barras, ou de centros de feixes de barras,


deve ser menor ou igual a duas vezes a menor dimensão da seção no trecho
considerado, sem exceder 400 mm.

* b = menor dimensão da seção


4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras transversais (estribos):

• Devem ser colocadas em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação
na região de cruzamento com vigas e lajes;

• O diâmetro dos estribos em pilares não pode ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do
diâmetro da barra longitudinal:

5,0||
φt ≥ z T
φ~
t
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras transversais (estribos):

• O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar,


para garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e
garantir a costura das emendas de barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser
igual ou inferior ao menor dos seguintes valores:

20|;
s≤ |ƒ„…† ‡ˆ|ƒ„‰ã… ‡‹ ‰ƒçã…;
24 φ~ Ž‹†‹ ! 25 … 12φ~ Ž‹†‹ ! 50
* Quando houver necessidade de armaduras transversais para forças cortantes e torção, esses
valores devem ser comparados com os mínimos especificados para vigas, adotando-se o menor
dos limites especificados.
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras transversais (estribos):

• Pode ser adotado o valor φT < φL/4, desde que as armaduras sejam constituídas
do mesmo tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação:

‘S’ T
‘“ 64”
smáx = 90000 com fyk, em MPa.
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Armaduras transversais (estribos):

• O estribos garantem que não ocorra flambagem nas barras longitudinais situadas
em seus cantos e nas barras longitudinais por eles abrangidas, situadas a uma
distância máxima de 20φ • do canto se, neste trecho de comprimento 20φ • não
houver mais de duas barras, sem contar a do canto. Quando houver mais de duas
barras neste trecho, ou barras fora dele, deve haver grampos suplementares.
4.4 – PRESCRIÇÕES DE NORMA
Exemplo de projeto de um pilar:
4.5 – EXERCÍCIOS
Exercício 7 – pilar intermediário:

Pede-se o dimensionamento e detalhamento do pilar biapoiado, cuja seção


transversal é mostrada na figura abaixo.

Dados: fck = 20MPa


aço CA 50
Le = 4,0m (nas duas direções)
N = 875kN

ASL ≅ 26,3cm²
Resposta:
4.5 – EXERCÍCIOS
Exercício 8 – pilar de extremidade:

Pede-se o dimensionamento e detalhamento do pilar biapoiado, cuja seção


transversal é mostrada na figura abaixo.

Dados: fck = 25MPa


aço CA 50
Le = 4,0m (nas duas direções)
N = 1070N

ASL ≅ 22cm²
Resposta:
4.5 – EXERCÍCIOS
Exercício 9 – pilar de canto:

Pede-se o dimensionamento e detalhamento do pilar biapoiado, cuja seção


transversal é mostrada na figura abaixo.

Dados: fck = 25MPa


aço CA 50
Le = 3,0m (nas duas direções)
N = 1600kN

ASL ≅ cm²
Resposta:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 - Projeto de Estruturas
de Concreto - Procedimento, Rio de Janeiro, 2014.
José Milton de Araújo, Curso de Concreto Armado. Rio Grande, Editora Dunas, 3. Ed.,
2010.
Wilson S. Venturini e Rogério O. Rodrigues, Dimensionamento de Peças Retangulares
de Concreto Armado Solicitadas à Flexão Reta. São Carlos, 1987.
Pedro Wellington G. N. Teixeira, Notas de aula, 2011.
Apostila de Projeto de Estruturas de Concreto II – Pilares, Curso de Especialização
em Estruturas, Universidade Federal de Minas Gerais, 2013.

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