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EXPERIMENTO 3 – MOVIMENTO DE PROJÉTEIS: CASO BIDIMENSIONAL

OBJETIVOS:
Estudar o movimento de projéteis em duas dimensões, realizando um
experimento; construir e analisar o gráfico da função y = f(x), examinado cada uma de
suas componentes; identificar essa função, linearizá-la e determinar seus parâmetros;
calcular a velocidade inicial e a aceleração a partir dos parâmetros e equações do
movimento y = f(t) e x = f(t).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
O movimento de projéteis é um movimento que ocorre em duas dimensões,
descrito pela composição vetorial de um movimento retilíneo uniforme, na direção
horizontal (eixo x), e de um movimento retilíneo uniformemente variado, na direção
vertical (eixo y).

As forças consideradas, que atuam sobre a partícula, alteram seu movimento de


forma independente em relação a cada uma das duas direções. O movimento na vertical
sofre a ação da força gravitacional, a qual - em nível de estudos - não influencia a
componente horizontal, que - por sua vez - tem as forças de atrito com o plano e com o
ar desconsideradas. Desta forma, é possível decompor o movimento como se fossem
dois deslocamentos “independentes”.

Assim, usam-se os princípios do MRU na caracterização do movimento


horizontal, visto que, como as forças de atrito são desprezadas, não há força que
influencie o movimento da partícula em relação a seu eixo horizontal. Para especificar o
movimento vertical, usam-se os princípios do MRUV, devido à força gravitacional
(aceleração) atuante sobre a partícula. Consequentemente, deve-se trabalhar com o
movimento através da seguinte expressão matemática:

, sendo o vetor posição da partícula, onde

descreve o movimento na horizontal e descreve o movimento na


vertical.

Considerando um lançamento horizontal, com: , obtêm-


se:

, onde . Essa função é da natureza:

, onde: .

Com esta função, será possível determinar o parâmetro c através da linearização


da mesma, e poderemos obter o caso a aceleração seja conhecida. Com esses
dados, será possível - através da função horária da posição x - relacionar valores de
tempo para posições conhecidas. A aceleração será tratada de forma especial neste
experimento, pois parte da energia potencial gravitacional que é empregada sobre a
partícula, é utilizada para girá-la, então, a aceleração é expressa matematicamente por
,onde o ângulo corresponde à inclinação do plano com relação à
horizontal.

MATERIAL UTILIZADO:
Para realização do experimento, devemos utilizar os seguintes materiais:

 Plano inclinado com mola para lançamento de


projétil (plano de Packard);
 Esfera de aço;
 Papel Carbono;
 Transferidor;
 Papel milimetrado;
 Papel di-log;
 Calculadora científica.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Após ciência das expressões e material que será necessário para realização do
experimento, podemos começar a executá-lo. Tendo um plano inclinado (Plano de
Packard), com inclinação de 5° < 𝜃 < 10º na horizontal, posicionamos sobre ele,
primeiramente, o papel milimetrado e, em cima deste, o papel carbono. Feito isso,
colocamos a esfera de aço junto à mola, comprimindo-a e, em seguida, a soltamos para
esta ser lançada horizontalmente no plano.

O papel carbono fez com que a trajetória da esfera ficasse descrita no papel
milimetrado quando esta descia o plano, descrevendo uma trajetória parabólica
realizada pela mesma. O procedimento está esquematizado na Figura 1 a seguir:

Figura 1- Esquematização do experimento.


Com a trajetória da esfera de aço tracejada no papel milimetrado, que segue em
anexo (anexo 1), marcamos 10 pontos - igualmente espaçados - no eixo x e os valores
correspondentes no eixo y. Os valores obtidos estão expostos na Tabela 1 a seguir:

Pontos Y (m) X(m)


P1 0,01 0,025
P2 0,015 0,035
P3 0,02 0,045
P4 0,029 0,06
P5 0,051 0,085
P6 0,055 0,089
P7 0,065 0,1
P8 0,095 0,125
P9 0,114 0,14
P10 0,13 0,15

Tabela 1 – Marcação dos pontos.

Ao analisarmos o gráfico, observamos que o traçado descrito pela esfera de aço é


uma parábola, o que indica que se trata de uma função potência, indicada por: Y = c𝑥 𝑛 .

Para determinarmos os parâmetros c e 𝑛 da função, linearizamos y = f(x) e


aplicamos os resultados obtidos em papel di-log, que segue em anexo (anexo 2). Os
cálculos realizados, para obtenção do parâmetro n, seguem abaixo.

𝒍𝒐𝒈 𝒚𝟐– 𝒍𝒐𝒈𝒚𝟏


𝒏=
𝒍𝒐𝒈𝒙𝟐 – 𝒍𝒐𝒈𝒙𝟏
𝑙𝑜𝑔0,015 – 𝑙𝑜𝑔0,01
𝑛1 = 𝑙𝑜𝑔0,035 –𝑙𝑜𝑔0,025 = 1,205

𝑙𝑜𝑔0,02 – 𝑙𝑜𝑔0,015
𝑛2 = 𝑙𝑜𝑔0,045 –𝑙𝑜𝑔0,035 = 1,145

𝑙𝑜𝑔0,029 – 𝑙𝑜𝑔0,02
𝑛3 = = 1,291
𝑙𝑜𝑔0,06 –𝑙𝑜𝑔0,045

𝑙𝑜𝑔0,051 – 𝑙𝑜𝑔0,029
𝑛4 = = 1,621
𝑙𝑜𝑔0,085 –𝑙𝑜𝑔0,06

𝑙𝑜𝑔0,055 – 𝑙𝑜𝑔0,051
𝑛5 = = 1,642
𝑙𝑜𝑔0,089 –𝑙𝑜𝑔0,085

𝑙𝑜𝑔0,065 – 𝑙𝑜𝑔0,055
𝑛6 = = 1,433
𝑙𝑜𝑔0,1 –𝑙𝑜𝑔0,089

𝑙𝑜𝑔0,095 – 𝑙𝑜𝑔0,065
𝑛7 = = 1,701
𝑙𝑜𝑔0,125 –𝑙𝑜𝑔0,1

𝑙𝑜𝑔0,114 – 𝑙𝑜𝑔0,095
𝑛8 = = 1,608
𝑙𝑜𝑔0,14 –𝑙𝑜𝑔0,125

𝑙𝑜𝑔0,13 – 𝑙𝑜𝑔0,114
𝑛9 = = 1,904
𝑙𝑜𝑔0,15 –𝑙𝑜𝑔0,14

𝒏𝑻 = 𝒏𝟏 + 𝒏𝟐 + ... + 𝒏𝒏

1,205+1,145+1,291+1,621+1,642+1,433+1,701+1,608+1,904
𝑛𝑇 = = 1,505
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Após calcularmos o valor do parâmetro 𝑛, substituímos um ponto qualquer na


função potência, para calcularmos o parâmetro c.
Y = c𝒙𝒏

Substituindo P1 na função:

0,01= c . 0,0251,505

0,01= c . 0,003
0,01
c = 0,003

c = 3,333

Y = 3,33x1, 505

Feito isso, o próximo passo é calcular a velocidade da esfera de aço ao longo do


eixo x, em cada ponto marcado. Os valores obtidos se encontram na Tabela 2. Para a
realização dos cálculos utilizamos as seguintes fórmulas:

𝟏 𝒂𝒚
 c = 𝟐 . 𝒗𝟐 , em que c = 3,333.
𝒐𝒙

𝟏 𝒂𝒚
 𝑽𝟎𝒙 =√𝟐 . . 𝒙𝟐 , em que 𝑎𝑦 é a aceleração em y.
𝒚


𝑎𝑦 = 1,19 m/𝑠 2

x = pontos da tabela 1 correspondentes ao eixo das abcissas

y = pontos da tabela 1 correspondentes ao eixo das ordenadas.

𝑥 2 = 𝑥 𝑛 onde 𝑛 é o valor teoricamente esperado para o parâmetro.

1 1,19
P1: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,01 . (0,025)2 = 0,193 m/s

1 1,19
P2: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,015 . (0,035)2 = 0,220 m/s

1 1,19
P3: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,02 . (0,045)2 = 0,245 m/s

1 1,19
P4: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,029 . (0,06)2 = 0,272 m/s

1 1,19
P5: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,051 . (0,085)2 = 0290 m/s
1 1,19
P6: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,055 . (0,089)2 = 0,293 m/s

1 1,19
P7: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,065 . (0,1)2 = 0,302 m/s

1 1,19
P8: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,095 . (0,125)2 = 0,313 m/s

1 1,19
P9: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,144 . (0,14)2 = 0,302 m/s

1 1,19
P10: 𝑽𝟎𝒙 =√2 . 0,13 . (0,15)2 = 0,321 m/s

𝑉𝑜𝑥𝑚𝑒𝑑 = 0,277 m/s

Pontos Y (m) X (m) 𝑽𝟎𝒙 (m/s)


P1 0,01 0,025 0,193
P2 0,015 0,035 0,220
P3 0,02 0,045 0,245
P4 0,029 0,06 0,272
P5 0,051 0,085 0,290
P6 0,055 0,089 0,293
P7 0,065 0,1 0,302
P8 0,095 0,125 0,313
P9 0,114 0,14 0,320
P10 0,13 0,15 0,321

Tabela 2 - Velocidade da esfera de aço ao longo do eixo x.

Tendo como dados os pontos x (correspondentes ao eixo das abcissas) e a


velocidade em cada um destes pontos, calculamos o tempo correspondente às posições x
e y da tabela 1. Os valores obtidos encontram-se na Tabela 3.

Onde 𝑽𝟎𝒙 é a velocidade média.


𝑥(𝑡)
Considerando um lançamento horizontal, com 𝒙𝟎 = 0, obtemos t = 𝑉 . Assim:
0𝑥

0,025
𝒕𝟏 = 0,277 = 0,090s

0,035−0,025
𝒕𝟐 = = 0,036s
0,277
0,045−0,035
𝒕𝟑 = = 0,036s
0,277

0,06−0,045
𝒕𝟒 = = 0,054s
0,277

0,085−0,06
𝒕𝟓 = = 0,090s
0,277

0,089−0,085
𝒕𝟔 = = 0,014s
0,277

0,1−0,089
𝒕𝟕 = = 0,040s
0,277

0,125−0,1
𝒕𝟖 = = 0,090s
0,277

0,14−0,125
𝒕𝟗 = = 0,054s
0,277

0,15−0,14
𝒕𝟏𝟎 = = 0,036s
0,277

Pontos Y (m) X (m) 𝑽𝟎𝒙 (m/s) t (s)


P1 0,01 0,025 0,193 0,090
P2 0,015 0,035 0,220 0.036
P3 0,02 0,045 0,245 0,036
P4 0,029 0,06 0,272 0,054
P5 0,051 0,085 0,290 0,090
P6 0,055 0,089 0,293 0,014
P7 0,065 0,1 0,302 0,040
P8 0,095 0,125 0,313 0,090
P9 0,114 0,14 0,320 0,054
P10 0,13 0,15 0,321 0,036

Tabela 3 - Tempo correspondente às posições x e y.

Calculado o tempo correspondente às posições x e y, representamos graficamente


em papel milimetrado as funções x(t) - posição horizontal da esfera de aço em função
do tempo (anexo 3) - e y(t) - posição vertical em função do tempo (anexo 4).

Utilizando o gráfico de x(t), calculamos o valor de 𝑉0𝑥 , que representa,


graficamente, o coeficiente angular da reta; e comparamos o mesmo com o valor
encontrado para a velocidade média da esfera de aço, ao longo do eixo x, com base no
valor do parâmetro c.

∆𝑥
𝑉0𝑥 = ∆𝑡

0,035−0,025
𝑉0𝑥 = 0,072−0,036 = 0,278m/s
ANÁLISE DOS RESULTADOS:

Através dos resultados, comprova-se que o procedimento está dentro dos


parâmetros de um movimento bidimensional. Tal afirmativa pode ser verificada ao
analisarmos as componentes verticais e horizontais do movimento.

O gráfico de y = f(x) é um arco de parábola com concavidade voltada para cima, o


que indica que está função é potencial y = c𝒙𝒏 , com aceleração em y positiva e expressa
matematicamente por y = 3,33x1, 505. O valor de 𝑛 calculado é menor que o valor
teoricamente esperado (𝑛= 2), isto é justificado pelo fato da esfera de aço ter perdido
energia em seu trajeto, se tornando assim, vulnerável a qualquer atrito, ou seja, qualquer
atrito poderia alterar a sua trajetória.

Ao analisarmos os gráficos das funções x(t) e y(t), verificamos que ao longo do


eixo x, a esfera executa um movimento retilíneo uniforme, obtendo um gráfico que
descreve uma reta, indicando que a velocidade é constante. Ao longo do eixo y, a esfera
se comporta com um movimento retilíneo uniformemente variado, obtendo um gráfico
que descreve um arco de parábola, indicando que o movimento na vertical sofre ação da
aceleração.

Demonstrou-se também que o valor de 𝑉0𝑥 calculado em relação ao parâmetro c, e


o encontrado calculando o coeficiente angular de x(t), possuem uma pequena diferença -
0,277m/s para 0,278m/s. Isso ocorreu devido à utilização do parâmetro 𝑛 teoricamente
esperado, e não o valor de 𝑛 calculado. Assim, pode-se concluir que se fosse utilizado o
valor do parâmetro calculado, encontrar-se-ia um valor mais preciso.

CONCLUSÃO:

Após a realização do experimento e análise dos gráficos, concluiu-se que a esfera


de aço descreve um movimento bidimensional, composto de dois tipos de movimentos
que independem um do outro. Na horizontal (eixo x), a esfera descreve um movimento
retilíneo uniforme, já na vertical (eixo y), a mesma descreve um movimento retilíneo
uniformemente variado, onde sua aceleração é constante e não nula. O gráfico de y =
f(x) representa um arco de parábola com concavidade para cima, o que significa que a
função é potencial e a aceleração em y é positiva.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:

http://www.ufsm.br/gef/Dinamica/dinami10.pdf, 26/10/2011.

www.fsc.ufsc.br/~tati/webfisica/movimentos/f1a-aula11/movproj.pdf,
26/10/2011.

http://www.ufv.br/dpf/120/Projeteis.pdf, 26/10/2011.

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