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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº. : 0168786-33.2016.8.05.0001


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : BANCO ECONOMICO - AG. CALCADA (ATUAL
BRADESCO)

Recorrido(s) : WIDNEY BRUNO DE SOUZA

Origem : 16ª VSJE DO CONSUMIDOR (VESPERTINO


Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

VOTO EMENTA

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR.BANCO. SERVIÇOS. DESCONTO


INDEVIDO DE VALORES REFERENTES A CONTRATO INEXISTENTE. FALHA NA
PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. PRÁTICA ABUSIVA.RESPONSABILIDADE
OBJETIVA E SOLIDÁRIA. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM
ARBITADO DE ACORDO COM OS PARÃMETROS DA RAZOABIULIDADE E
PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA MANTIDA.

1. Trata-se de recurso inominado interposto contra sentença que julgou


procedente o pedido, nestes termos: “Posto isto, e por mais que consta dos autos, nos
termos do Art. 6° da lei n° 9.099/95 c/c Art.487, I, do CPC, JULGO, POR SENTENÇA,
PROCEDENTE, EM PARTE, o pedido, para condenar o réu a pagar à parte acionante, a
título de indenização por danos morais, levando-se em conta a extensão do dano e critérios
de razoabilidade, a quantia de R$ 2.000,00 (Dois mil reais), a ser devidamente acrescido de
juros e correção monetária, a partir deste preceito, em conformidade com a Súmula 362, do
STJ.” .

A parte recorrente busca a reforma da sentença, aduzindo, em


síntese, que não houve ato ilícito, e nem falha na prestação dos serviços, que
não fora demonstrado qualquer prejuízo pela parte acionante, inexistindo dever
de indenizar, bem como que não encontram-se presentes os requisitos
ensejadores do dano moral.

Em que pese o quanto alegado pelo réu, não constam dos autos a
prova de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da parte
autora.Com efeito, diante da alegação da parte acionante de que não firmara o
contrato pelo qual sofrera o desconto, no valor de R$ 405,00 ( quatrocentos e
cinco reais), incumbia à parte a demonstração de que este se devem em
virtude de relação jurídica legitimamente constituída, o que não logrou fazer no
presente caso.

É sabido que em se tratando da prestação de serviços bancários,


todas as empresas que compõem o elo da cadeira de fornecimento do serviço
se responsabilizam, de forma solidária, pelos prejuízos causados aos
consumidores usuários de tais serviços, com base na teoria do risco do
negócio, em consonância com toda a principiologia do Direito consumerista,
que salvaguarda a parte hipossuficiente na relação de consumo.

Patente a falha na prestação dos serviços, e presentes, ademais, os


requisitos caracterizadores da responsabilidade objetiva O art. 14 do CDC,
dispondo sobre a responsabilização do fornecedor pelo fato do produto ou
serviço, preleciona que: “Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.”

O conjunto probatório demonstrou cabalmente a ocorrência do dano


moral que muito mais que aborrecimento e contratempo, resultou em situação
que lhe causara constrangimentos, o que possui o condão de violar direitos da
personalidade, máxime em se tratando de restrição havida nos valores
disponíveis em conta da parte acioannte, sendo assente em sede
jurisprudencial que tais práticas são manifestamente abusivas, sendo mister o
reconhecimento do dano moral na presente hipótese.
O valor da indenização fixado pelo juiz sentenciante, a título de
danos morais, guarda compatibilidade com o comportamento do recorrente e
com a repercussão do fato na esfera pessoal da vítima e, ainda, está em
harmonia com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, devendo ser
mantida.

ISTO POSTO, voto no sentido de CONHECER DO RECURSO


INTERPOSTO E NEGO-LHE PROVIMENTO, para manter a sentença objurgada
pelos próprios fundamentos. Custas processuais e honorários advocatícios pelo
recorrente, que arbitro em 20% sobre o valor da condenação.

Salvador, Sala das Sessões, 13 de JULHO de 2017


BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA


2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº. : 0168786-33.2016.8.05.0001


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : BANCO ECONOMICO - AG. CALCADA (ATUAL
BRADESCO)

Recorrido(s) : WIDNEY BRUNO DE SOUZA

Origem : 16ª VSJE DO CONSUMIDOR (VESPERTINO


Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

ACÓRDÃO
Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia,
CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ –Presidente, MARIA
AUXILIADORA SOBRAL LEITE – Relatora e ALBÊNIO LIMA DA SILVA
HONÓRIO, em proferir a seguinte decisão: RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO . UNÂNIME, de acordo com a ata do julgamento. Custas
processuais e honorários advocatícios pelo recorrente, que arbitro em 20%
sobre o valor da condenação.
Salvador, Sala das Sessões, 13 de JULHO de 2017
BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente

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