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INDEPENDÊNCIA DOS

ESTADOS UNIDOS
Em 1620, um grupo de colonos ingleses deixava a Inglaterra. Seu destino, a América.
Seus objetivos, os mais variados. Mas, todos aqueles “perigrinos” que viajavam no
Mayflower tinham algo em comum: por diversas razões, queriam reestruturar suas
vidas. Muitos eram protestantes devotos, puritanos perseguidos pelas suas convicções
religiosas. Havia gente endividada, provavelmente, um ou outro condenado, mas todos
buscavam um recomeço numa terra onde nenhum
homem branco tinha ainda posto os pés.
Começa aí uma história que seria repetida, ao
longo de mais de 200 por gente de todo o mundo.
A América era a terra da esperança, do recomeço.
Ao contrário do desejo de exploração e riqueza que Mayflower na Baía de Plymouth por
levou portugueses e espanhóis a se aventurarem William Halsall (1882)
naquele continente, na sua parte centro-
meridional, os que vinham para a América do
Norte, pelo menos, naquele primeiro momento, tinham, predominantemente, o
objetivo de construir uma vida nova. Evidente que o desejo do lucro estava implícito
nessa empreitada, mas era a liberdade o bem mais desejado por eles.
Por isso, a colonização que vai se estruturar ao longo de cerca de 150 anos e promoverá
a formação de 13 núcleos coloniais, é chamada de colonização de povoamento,
distinguindo-se da forma de colonização que se deu na América Latina, a colonização de
exploração.
Traçando um quadro comparativo, em linhas gerais observa=se que:
Nas colônias de exploração predominou:

 O latifúndio
 A produção voltada para o mercado externo
 A monocultura
 A mão de obra escrava
 A total dependência política e econômica para com a metrópole
Já nas colônias de povoamento, predominaram:

 O minifúndio
 A produção mais voltada para a subsistência
 A policultura e o comércio
 A mão de obra livre e assalariada
 Uma grande autonomia das colônias
As colônias estavam assim distribuídas:

Mesmo assim, não devemos fantasiar a realidade. Nesse processo de ocupação, milhões
de indígenas serão massacrados e expulsos de suas terras. Em 1622, vendo suas terras
invadidas por plantadores de fumo, cerca de 300 colonos foram massacrados na Virgínia
pelos índios da região. O resultado disso, como admitiu John Smith foi que “muitos
colonizadores julgaram o massacre bom para a plantação, porque agora temos uma
justa causa para destruí-los por todos os meios possíveis”.i Não é à toa que o secretário
da Companhia de Colonização da Virgínia, Edward Waterhouse chegou a afirmar “o
caminho da conquista das populações nativas é muito mais fácil que civilizá-las por
meios justos”ii
Deve-se observar ainda que, ao longo do processo de colonização, as quatro colônias do
sul (Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Georgia) terminaram desenvolvendo
uma estrutura econômica agroexportadora e escravista, muito semelhante às colônias
de exploração da América Latina. Isso se deveu pelo clima e solos ideais para o cultivo
do fumo, da cana-de-açúcar e do algodão.
O fato é que esse ambiente de liberdade, a pouca intervenção por parte da Coroa Inglesa
e a disponibilidade de capitais da burguesia inglesa aliada à contingentes expressivos de
imigrantes, garantiram um rápido crescimento das colônias. Muitos desses imigrantes
eram artesãos, vindos, inclusive, de outros países europeus, que, em pequenas oficinas,
produziam para o mercado local, chegando, inclusive, a exportar para o mercado
europeu.
Outro fator que permitiu um desenvolvimento rápido das colônias foi o chamado
“comércio triangular” com as colônias das Antilhas. Os norte-americanos importavam o
Havard
melaço da cana e com ele
produziam rum. Trocavam essa
bebida por escravos, na África,
revendendo os negros aos
mercados antilhanos com
grandes lucros.
Fundada em 1636 pela Assembleia Estadual de
A indústria colonial alcançou Massachusetts e logo depois nomeada em
homenagem a John Havard (seu primeiro
um desenvolvimento tamanho
benfeitor), Harvard é a mais antiga instituição
que, a partir de 1699, a de ensino superior dos Estados Unidos.
Inglaterra começou a
Inicialmente, a instituição oferecia um currículo
estabelecer restrições às clássico no modelo de universidades inglesas, já
exportações coloniais, como a que muitos líderes da colônia haviam
frequentado a Universidade de Cambridge, mais
proibição para o comércio de lã
voltado para a formação de pastores para as
ou de tecidos de lã entre as igrejas puritanas da colônia. Ao longo do século
colônias ou a exportação para XVIII, o currículo da Harvard foi se tornando mais
secular e já no século XIX emerge como o
qualquer país que não fosse a
estabelecimento centrado na formação cultural
Inglaterra, restrições ao da elite de Boston.
comércio das peles e a não-
Hoje, soma mais de 323 mil alunos diplomados,
permissão para produzir entre eles oito presidentes americanos – John
artefatos de ferro. Kennedy, George W. Bush e Barack Obama são
os mais recentes –, importantes intelectuais,
Entretanto, essas restrições cientistas, líderes políticos, príncipes e
celebridades. Do total de estudantes formados
não foram obedecidas,
em Harvard, cerca de 52 mil são estrangeiros
particularmente, pela vindos de mais de 200 países.
burguesia das colônias do
norte, o que lhe permitiu um
processo de acumulação e fortalecimento de seu capital. As cidades cresciam e a
educação e a educação começa a ter atenção por parte dos colonos.
Por isso, nos meados do século XVIII, o governo inglês começa a enxergar com temor, o
crescimento econômico das colônias.
Não é a toa que, nessa época, William Pitt, Ministro Inglês, afirmou:
“se os norte-americanos manufaturarem um novelo ou uma ferradura, encherão seus
portos de navios e suas cidades de tropas”.iii Com o tempo, essas restrições só tenderiam
a aumentar, e isso seria o estopim para o processo de emancipação dessas colônias.

 O Processo da Independência
Em 1763, acabava uma das guerras mais custosas da história da Inglaterra, a guerra dos
Sete Anos contra a França. Embora a Inglaterra tivesse vencido o conflito, o governo
desse país se via diante de dois problemas cruciais: de um lado, os altos custos da guerra
tinham colocado a Inglaterra em enormes dificuldades econômicas. O governo tinha
comprado, à crédito, grandes quantidades de produtos ao longo do conflito e agora
tinha que pagar suas dívidas ou levar sua burguesia à uma situação de quase falência.
Por outro lado, havia uma enorme área, nos vales dos rios Ohio e Mississípi, que a
Inglaterra tinha ganho da França em razão de sua vitória na guerra e que era necessário
ocupar e defender.
Para se ter uma ideia, os juros com as dívidas adquiridas ao longo da guerra, saltaram
de 70 para 130 milhões de libras e a despesas com suprimento para as tropas saíram de
14,5 milhões para 145 milhões de libras.iv Para consegui fundos para cobrir tais
despesas, o governo inglês aumentou a fiscalização sobre os produtos importados e
exportados, cobrando impostos que antes eram sonegados pelos colonos.
Além disso, para manter os lucros da burguesia inglesa, as mercadorias importadas
desse país sofriam constantes elevações de preços; por outro lado, as restrições
impostas pelo governo britânico e a tentativa de refrear o comércio das colônias para
não concorrer com os produtos metropolitanos, punha a burguesia americana em
grandes dificuldades.
Para agravar esse cenário, em 1764, o Parlamento Inglês aprova a Lei do Açúcar,
cobrando um alto imposto sobre o melaço importado das Antilhas. Ora, esse era um
ingrediente essencial para a fabricação do rum e, como vimos, era esse produto a moeda
usada para comprara escravos na África.
Dessa forma, cobrar imposto sobre o açúcar era, indiretamente, taxar o comércio de
escravos, o mais lucrativo feito pela burguesia colonial. Além disso, a lei aumentava os
impostos que os colonos deviam pagar sobre o melaço, o vinho, o café, a seda, roupas
brancas, artigos de luxo e o linho. A medida foi considerada por grande parte dos
colonos, uma clara prova do absolutismo inglês.
Apesar disso, os colonos concordaram em pagar o imposto, num prova de lealdade à
metrópole que, as lideranças moderadas, esperavam ver valoradas pelo governo da
Inglaterra. Más o que aconteceu foi exatamente o contrário.
Em 1765, o governo inglês resolveu impor a Lei do Selo. Segundo essa lei, todo jornal,
cartaz, livros, contratos e qualquer documento público deveria ter um selo
(obviamente, pago) da metrópole. A reação à lei foi violenta. O comércio entre as
colônias e a metrópole foi interrompido. Protestos, sobretudo dos comerciantes,
tomaram várias colônias. No dizer de uma dessas lideranças coloniais, Thomas
Macaulay, essa era uma lei que “seria recordada enquanto esse planeta durasse”.
A reação colonial e as perdas com a interrupção do comércio colonial levaram à
revogação da lei do Selo, em 1766. Más, nesse mesmo ano, uma nova provocação surgiu
com a edição da lei de Aquartelamento. Por essa lei, caberia, na prática, aos colonos, a
sustentação das despesas dos soldados ingleses nas colônias. A reação das colônias foi
imediata. Um exemplo foi a da colônia de Nova Iorque, onde a Assembleia local recusou-
se a dar cumprimento à lei inglesa.
Do outro lado do Atlântico, diante da reação colonial, o Primeiro-ministro, Charles
Townshend vociferou: “Se nós um dia perdemos o controle das colônias, esta nação (a
Inglaterra) será destruída”. v
Visivelmente, a Inglaterra queria dobrar os colonos e estes, claramente, não se
deixariam dobrar. Cada vez mais se difundia o argumento de que não era justo se taxar
as colônias, já que estas não tinham o direito de escolherem alguém para representa-
las no Parlamento. Era o princípio da “não taxação sem representação”, contida na
própria Declaração dos Direitos da Inglaterra, de 1689.
Townshend se mostraria particularmente inábil ao aprovar, em 1767, uma série de taxas
sobre a importação do vidro, papel, corantes e chá. A panela de pressão estava sobre o
fogo e breve começaria a chiar.
Foi em março de 1770 que a temperatura subiu bastante. Um grupo de colonos
começou a ofender um soldado britânico que chamou oito colegas, que também foram
verbalmente agredidos além de terem sido atingidos por objetos atirados pelo grupo.
Num ato despropositado, eles atiraram contra a multidão, matando três pessoas e
ferindo outras tantas.
A repercussão foi a pior possível. A imprensa colonial divulgou o incidente como um
massacre e desenhos do americano Paul Revere, onde se mostra a cena de um
verdadeiro massacre, se espalharam pela colônia.

Um retrato sensacionalista das escaramuças


entre soldados britânicos e cidadãos de Boston
em 5 de março de 1770, mais tarde conhecido
como o "Massacre de Boston". À direita, um
grupo de sete soldados britãnicos, com o sinal
do oficial, disparam para uma multidão de civis
à esquerda. Do lado das vítimas, há um cão,
símbolo da lealdade; Atrás das tropas britânicas
está outra fileira de edifícios, num deles, a placa
"Butcher's Hall" (casa do açogueiro)

A situação só piorava e a inabilidade dos políticos ingleses aliado ao total


desconhecimento do povo que eles insistiam em governar, só vai jogar mais lenha na
fogueira. Numa prova de refinada imbecilidade, em 1773, o Parlamento aprovou a Lei
do Chá.
O chá era, podemos dizer, a “bebida nacional” das colônias. Um milhão de americanos
bebiam chá duas vezes ao dia, e de acordo com um relatório da época “as mulheres
americanas estão a tal ponto habituadas a essa bebida que preferem não jantar a ter
que abrir mão de sua bebida”.
Em 1773, o parlamento britânico autorizou o monopólio, isto é, a exclusividade de
venda, do comércio do chá à companhia Britânica das Índias Orientais, sediada em
Londres. Evidentemente, os colonos se enfureceram porque eles teriam que comprar o
chá dessa companhia, não podendo mais escolher de quem comprar e quanto pagar
pelo produto. Além disso, os comerciantes coloniais seriam expurgados de um comércio
extremamente lucrativo.
A resposta dos colonos veio através de um incidente conhecido como “A Festa do Chá
de Boston”. Quando o primeiro navio carregado de chá, proveniente da Inglaterra,
chegou ao porto de Boston, um grupo de colonos invadiu o barco, destruiu a carga e
incendiou o navio.
A reação britânica foi enérgica.
Em 1774, a Inglaterra baixa as
Leis Intoleráveis fechando o
porto de Boston e impondo
aos colonos o pagamento dos
prejuízos da carga e do navio.

Foi nesse cenário que as treze


colônias britânicas passarão
de um punhado de
comunidades separadas que
mal se comunicavam entre si

para um corpo coerente de Indivíduos que, a partir de 1774, passaram a afrontar, de forma
clara, o país mais poderoso do mundo.
Em setembro de 1774, representantes de todas as colônias, exceto a Georgia, se
reuniram no Primeiro Congresso de Filadélfia, e decidiram:

 Criar um exército colonial, sob o comando de George Washington, para se


defenderem dos ingleses.
 A elaboração de uma carta ao Parlamento, na qual os colonos juravam lealdade
ao rei Jorge III, mas exigiam que seus direitos fossem respeitados,
especialmente, o de fazer suas leis e escolher seus governantes.

Deve-se salientar que este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia
apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela
metrópole e autonomia na vida política da colônia. Entretanto, a Inglaterra viu nesse
congresso, um ato de traição e a essa altura, a repressão pura e simples se tornara uma
ideia aceita no Parlamento Inglês como indispensável para manter a ordem.
O último suspiro de bom senso veio do maior estadista inglês daquela época, o velho
William Pitt, duque de Chatham. Em janeiro de 1775, num memorável discurso no
parlamento ele disse: “estabelecer despotismo numa poderosa nação é empresa vã,
fatal. Seremos obrigados a nos redimir. Que o façamos, pois, enquanto podemos; não
quando nos virmos obrigados a isso”vi.
Mas o parlamento não queria realismo; queria chicotear os americanos. A proposta de
Pitt obteve 18 “sim” contra 68 “não”. O Parlamento não duvidava que a rebeldia
americana sucumbiria ante a simples ameaça de guerra contra a Inglaterra. A insensatez
tomava conta das mentes dos políticos e, quando isso acontece, não há muito a fazer. A
repressão e o autoritarismo ingleses se tornavam cada vez mais fortes e presentes na
vida dos colonos.
Em janeiro de 1776, um panfleto revolucionário iria incendiar a América: “Senso
Comum”, de Thomas Peine. A obra consistia num documento repleto de argumentos
poderosos, persuasivos e veementes contra o sistema colonial e favoráveis à
independência da América. O domínio britânico era considerado ilegítimo e, portanto,
insustentável. “Nada poderá resolver as nossas questões, de maneira imediata, quanto
uma declaração aberta e determinada de independência”. (...) “Suponhamos que
fizéssemos as pazes – o que ocorreria? Eu respondo, a mais completa ruína do continente
americano”.
A sorte estava lançada. Em 1776, dessa vez com a presença de representantes das treze
colônias, um Segundo Congresso se reuniria em Filadélfia e, dessa vez, se proclamaria a
independência. A arrogância inglesa tinha transformado pacíficos e colaborativos
colonos em revolucionários.
Vão se seguir dez anos de guerra e nela, a Inglaterra vai descobrir a tenacidade de um
povo em busca de sua liberdade. A guerra prolongada, a milhares de quilômetros de
casa e num território que não conhecia vai se mostrar excessivamente cara e
improdutiva.
Além disso, os revolucionários contarão com o apoio da França, que não perderá a
oportunidade de se vingar pela derrota na guerra dos Sete Anos e de enfraquecer sua
maior inimiga.
A grande conclusão é que, quando a incapacidade se junta à falta de bom senso, o
resultado é sempre o pior. A Inglaterra não esquecerá isso.
Por outro lado, nascia um país jovem, de economia forte e progressista, cujos ideais de
liberdade e empreendedorismo terminariam fazendo dele uma das nações mais ricas do
planeta em muito pouco tempo.
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são
criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a
vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos,
governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento
dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais
fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em
ii tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente
iii
iv
para realizar-lhe a segurança e a felicidade.

DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA


AMÉRICA – 4/7/1776

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