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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

Secretaria de Gestão Pública


Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal
Coordenação-Geral de Extintos Territórios, Empregados Públicos e Militares

NOTA INFORMATIVA Nº411/2014/CGEXT/DENOP/SEGEP/MP


Assunto: Auxílio fardamento.

SUMÁRIO EXECUTIVO

1. Em virtude do levantamento do passivo existente nesta Coordenação-Geral de


Extintos Territórios, Empregados Públicos e Militares, objeto do Plano de Ação deste
DENOP/SEGEP, foram localizados os autos do processo nº xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx,
remetidos pela então Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda –
COGRH/MF, motivo pelo qual é necessário o exame de eventual pagamento de auxílio-
fardamento a policial militar do extinto Território Federal do Amapá.

2. Impossibilidade de pagamento do auxílio-fardamento proposto pelo militar, haja


vista que para ter direito a tal vantagem deveria se enquadrar nas hipóteses elencadas na
Tabela II do Anexo IV, da Lei n° 10.486, de 2002.

3. Pelo encaminhamento dos autos à COGEP/MF, para conhecimento e adoção das


providências que o caso requer.

INFORMAÇÕES

4. Em síntese, os autos tratam de requerimento formulado pelo Subtenente José de


Ribamar Coelho Pereira, oriundo do extinto Território Federal do Amapá, no tocante ao
pagamento do auxílio-fardamento, a contar de 21 de agosto de 2004, em virtude de sua
promoção, conforme documentos de fls. 1/15.

5. Assim, em face da solicitação da Diretoria de Pessoal da PMAP, fl. 16, a então


Gerência Regional de Administração do Ministério da Fazenda no Amapá – GRA/MF-AP
submeteu o assunto à Procuradoria da Fazenda Nacional no Estado do Amapá – PFN/AP, para
pronunciamento quanto a legalidade do pleito.
6. Por sua vez, a PFN/AP por intermédio do Despacho de fls. 20/27 manifestou-se
da seguinte forma:
Dessa forma, não detendo o Governador do Estado do Amapá e o
Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Amapá poderes para
conceder promoção a policial militar pertencente ao extinto Território
Federal do Amapá, com aumento de despesa para a União, nem restando
demonstrado nos presentes autos a existência de vaga, proponho à
GERÊNCIA REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DO MINISTÉRIO
DA FAZENDA NO ESTADO DO AMAPÁ:
a) adotar as providências para que seja efetivado o registro do ato de
admissão do interessado junto ao Tribunal de Contas da União;
b) abster-se de promover alteração no SIAPE, relativamente à promoção
concedida pelo Governador do Estado do Amapá ou pelo Comandante-
Geral da Polícia Militar do Estado do Amapá, por não deterem competência
para editar referido ato administrativo (Lei nº 4.717/64, art. 2º, alínea a,
parágrafo único, alínea a);
c) comunicar tal ocorrência ao Ministério Público Federal, Tribunal de
Contas da União e Controladoria-Geral da União.

7. De saída, convém ressaltar que em cumprimento ao Despacho acima


mencionado foi providenciado a inserção dos dados de admissão do militar no SISAC –
Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de Admissão e Concessões, fls. 55/56.

8. Destaque-se que a PFN/AP juntou aos autos cópia de manifestação do


Ministério Público Federal proferida na Ação Cível Originária nº 737-6, de 20 de setembro de
2004, fls. 45/51, bem como na Ação Cível Originária nº 751-5/10, de 16 de março de 2005,
fls. 38/44.

9. Nesse sentido, cumpre-nos informar que em consulta ao endereço eletrônico -


www.stf.jus.br, as referidas ACO 737 e 751 foram extintas sem resolução de mérito, nos
termos do art. 267, VI do CPC, cópias anexas.

10. Tal extinção se deve em razão da edição da Lei nº 11.490, de 2007, bem como
a celebração do Convênio nº 1, de 15 de abril de 2008, cabendo transcrever trechos da
Decisão do STF. Vejamos:
O Convênio Nº 1, de 15 de abril de 2008, celebrado entre a União e o
Estado do Amapá, dispôs sobre delegação de competência a este Estado-
Membro para a “prática de atos relativos à promoção, movimentação,

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reforma, licenciamento, exclusão, exoneração e outros atos administrativos
e disciplinares previstos no regulamento da corporação, referentes aos
militares integrantes da carreira policial e bombeiro militar, oriundos do
extinto Território Federal do Amapá, e cedidos ao Estado do Amapá na
forma do art. 31, § 1º, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de
1998” (cópia às fls. 297/303).
(...)
Importante frisar que a celebração do convênio e a disciplina de seus
efeitos encontram-se amparadas no art. 29 da Lei 11.490/2007, que dispõe
sobre a delegação de competências, o respeito às dotações orçamentárias e
a convalidação dos atos administrativos do Governador do Estado do
Amapá, desde a Emenda Constitucional 19, de 4 de junho de 1998.

11. É pertinente mencionar que no tocante à promoção de policiais militares pagos


pela União, ao apreciar representação – TC-014.740/2006-5, o Tribunal de Contas da União
exarou o Acórdão nº 2545/2007 – TCU – Plenário, cópia anexa, o qual conheceu da
representação, por preencher os requisitos de admissibilidade, para, no mérito, considerá-la
improcedente, ou seja, possibilidade de promoção por ato do Governador – legalidade.

12. Nessa senda, oportuno informar que encontra-se em trâmite no âmbito do


Ministério da Fazenda os autos do processo nº 04500.008682/2007-01, que trata de Projeto de
Decreto de regulamentação da promoção dos militares dos extintos Territórios Federais do
Amapá, Rondônia e de Roraima.

13. Voltando ao caso concreto, cabe esclarecer que a Procuradoria para Assuntos
da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, por meio do Parecer 020/07 – PMAP/CBMAP, de
07 de novembro de 2007, fls. 61/64, entendeu que o militar em apreço faz jus ao auxílio-
fardamento e que as despesas são ônus da União Federal.

14. Em prosseguimento, a Diretoria de Pessoal da PMAP mediante Ofício nº


194/2008 – DP, de 16 de fevereiro de 2008, dirigido ao Gerente Regional de Administração
do Ministério da Fazenda no Amapá, sugeriu a análise dos autos em conjunto com despacho
exarado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, fls. 57/59.

15. Instada a se manifestar, a GRA/MF-AP emitiu a Nota Técnica nº 51/2009, de


20 de novembro de 2009, nestes termos:
4 – No entanto, analisando os autos, foi constatado que é necessário
observar o que preceitua a Lei 10.486/02, de 04 de julho de 2002, no que
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tange em sua tabela anexo IV, tabela II, item “B” – Militar declarado
Aspirante-a-Oficial ou promovido a 3º SGT, item “C” – Oficiais nomeados
Capelães Militares e dos Quadro de Saúde e Complementar, ocorre que a
Lei não menciona outras graduações e postos, porém no Parecer do MPOG,
em anexo, fls. 57 a 59, do entendimento do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, a que se refere ao item 6, em que o requerente ao ser
promovido ao novo posto terá que renovar seu enxoval com uniformes
relativos a sua nova graduação.
5 – Considerando que o posto do militar a época da promoção era de 1º
SGT PM a SUBTEN PM, fls. 06, não está inserido na Tabela e anexo da
Lei 10.486/02.
6 – Finalmente, quais as medidas a serem tomadas com relação ao assunto
em pauta, se o militar faz jus a tal pedido.

16. Por conseguinte, a então COGRH/MF por meio do despacho de fls. 68/71
submeteu o assunto à extinta Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação
das Normas, solicitando reexame da matéria em apreço em face de não constar na Tabela II –
Auxílio – Fardamento outras graduações, a exemplo do caso concreto – SUBTENENTE, e
demais postos, para fazer jus à percepção do referido auxílio.

17. Em que pese o caso tratado nos autos do processo nº xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx,


apenso às fls. 57/59, não se aplica ao caso em estudo, haja vista que naquela situação havia
previsão legal para pagamento de auxílio-fardamento por motivo de promoção de cabo para 3º
Sargento.

18. Sobre o assunto, cumpre-nos informar, que o conceito do auxílio-fardamento


em epígrafe está disposto no inciso XII do art. 3° da Lei n° 10.486, de 2002, que assim prevê:
“o auxílio-fardamento é direito pecuniário devido ao militar para custear gastos com
fardamento, conforme Tabela II do Anexo IV, regulamentado pelo Distrito Federal”.

19. Em conformidade com o conceito supra, verifica-se que a vantagem em tela é


devida ao militar, com a finalidade de renovar seu enxoval.

20. Dessa feita, o auxílio poderá ser disponibilizado nas seguintes hipóteses: “ao
Cadete e o Soldado de 2ª classe; Militar declarado Aspirante-a-Oficial ou promovido a 3°
Sargento; Oficiais nomeados Capelães Militares e dos Quadros de Saúde e Complementar;
Anualmente, quando permanecer no mesmo posto ou graduação; O militar que retornar à

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ativa por convocação, designação ou reinclusão, desde que há mais de seis meses na
inatividade; e, o militar que perder o uniforme em sinistro, ocorrência ou em caso de
calamidade”.

21. Portanto, para que um militar faça jus ao auxílio-fardamento, este deverá
enquadrar-se em uma das hipóteses previstas na Tabela II do Anexo IV, da Lei n° 10.486, de
2002, acima transcritos.

22. Ressalte-se, que no caso em tela, o militar pertencia a graduação de


1° Sargento e foi promovido a graduação de Subtenente e que, na Lei supra, não há previsão
de pagamento do auxílio-fardamento para tal hipótese.

23. Acrescente-se que, no intuito de dirimir dúvidas acerca dos procedimentos a


serem adotados acerca da Lei n°10.486, de 2002, quanto aos militares dos ex-Territórios
Federais, a Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas
exarou a Nota Técnica n° 46/2005/COGES/SRH/MP, cópia anexa.

24. No que tange ao Auxílio-fardamento, a referida Nota reitera o objetivo de tal


vantagem e assevera que esta deverá ser paga conforme o estabelecido em Lei “e ainda
amparados no PARECER/MP/CONJUR/RA/n° 0138-2.9/2005, que em seu item 3.2, declara
que de acordo com a legislação vigente, o ônus da remuneração referente à cessão daqueles
servidores civis e militares cedidos ao Estado, é da União”.

25. Dessa forma, não há que falar em pagamento do auxílio-fardamento, haja vista
que, para ter direito a tal vantagem, a situação do militar em epígrafe, deveria constar
naquelas hipóteses estabelecidas pela Lei supra.

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26. Com tais informações, submetemos à consideração superior; sugerindo o
encaminhamento dos autos à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da
Fazenda – COGEP/MF, para conhecimento e posterior remessa à Superintendência de
Administração daquela Pasta no Estado do Amapá, para adoção das providências de sua
alçada.

À consideração do Coordenador-Geral de Extintos Territórios, Empregados


Públicos e Militares.

Brasília, 05 de novembro de 2014.

NÚBIA PASSOS RAIMUNDO BELARMINO COSTA


Estagiária Matrícula SIAPE nº 1052423

CLEVER PEREIRA FIALHO


Chefe de Divisão de Extintos Territórios

De acordo. À consideração do Senhor Diretor.


Brasília, 10 de novembro de 2014.

PAULO ROBERTO PEREIRA DAS NEVES BORGES


Coordenador-Geral de Extintos Territórios, Empregados Públicos e Militares

Aprovo. Encaminhem-se os autos à COGEP/MF, na forma proposta.

Brasília, 10 de novembro de 2014.

ROGÉRIO XAVIER ROCHA


Diretor do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal

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