Les Berceaux
Gabriel Fauré
Sumário
Partitura 6 - 9
Letra e Tradução 10
Análise da obra 11 - 15
Conclusão 16
Referências Bibliográficas 17
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Iniciou seus estudos musicais tendo aulas de piano com Camille Saint-Saëns
na escola de Louis Niedermeyer. Trabalhou em diversas paróquias em Paris,
como organista, mas foi em 1977 que foi concedido a ele o trabalho de maestro
de coro na Igreja Madeleine, ao mesmo tempo em que começou a lecionar
como professor de música no Conservatório de Paris. Em 1905 recebeu a
proposta de diretor da instituição, porém, em 1920 acabou renunciando por
causa de sua surdez, que nessa época já era quase completa.
Partitura
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Partitura
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Partitura
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Partitura
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Letra e Tradução
Análise
Les Berceaux foi uma música composta por Fauré para piano e voz,
originalmente em Bbm, porém em minha banca, apresentarei em Cm. A
extensão vocal da peça é de Sib2 a Sol4, ambientando a maior parte do tempo
na região média. Ritmicamente, a peça é em doze por oito e apresenta um
andamento calmo e leve, que é característico do movimento retratado. A forma
da música é ternária simples (A B A’) onde o A representa a exposição do tema
(melodia), a parte B, que ocorre um desenvolvimento de uma melodia diferente
do A, e volta para a parte A’ onde ocorre a reexposição do tema melódico.
A harmonia, nessa sessão, começa a explorar outros acordes que ainda não
apareceram, como o Bb (VII), D°7 (ii°), Fm (iv) e Eb (III). Além disso, ocorre o
empréstimo de acordes de outras tonalidades, trazendo maior destaque para a
sessão. E no final da sessão, entre o compasso 20 e 21, ocorre o empréstimo
dos acordes G°7 e Bbm7 da tonalidade Fm, porém, diferente do compasso 13
para o 14, o Fm aparece de modo implícito, pois ao invés de voltar para o
quarto grau, ele volta para Cm apenas colocando um bequadro no Ré e
passando o acorde de Bbm para Bb para iniciar a próxima sessão A’
(reexposição do tema) novamente por Cm.
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Nessa sessão a poesia descreve o dia que chegará das despedidas, e que
fazem as mulheres chorarem, e todo um sofrimento, mas que ao mesmo
tempo, os homens vão curiosos, atraídos pelo mar e que isso marca o ápice da
música, sendo a atração dos homens pelo mar (o berço), pelo horizonte, e pela
palavra “qui leurrent” (atraídos) ocorre a nota mais aguda da música (seu
ápice).
A frase “des lointains berceaux” (os distantes berços), é repetida duas vezes no
final, dando ênfase de que cada uma das vezes, os homens que se encontram
nas embarcações estão cada vez mais longe de seus berços (família).
Dinamicamente, retoma aquela questão de cada vez mais distante e de que
ocorre uma aceitação de seus destinos, e cada vez mais vai diminuindo, junto
da harmonia, que cada vez mais vai se aproximando do repouso. Que
finalmente ocorre no compasso 35 ao 37, com três compassos de Cm.
Conclusão
Com base na análise feita, pretendo usar isso na minha interpretação de forma
que fique claro, tanto o silêncio das águas (retratado no início da peça), como a
despedida e dor das mulheres que esperam que seus maridos voltem, e os
homens que partem para descobrir os horizontes e toda essa história que o
poema conta, envolvida de um acompanhamento que retrata exatamente o
ambiente de um cais, das embarcações e do movimento de um berço.
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Referências Bibliográficas
http://www.geocities.ws/musicaeruditabr/biografias/F/faure.htm
http://www.biografiasyvidas.com/biografia/f/faure.htm
http://oscarbrisolara.blogspot.com.br/2014/03/sully-prudhomme-
primeiro-premio-nobel.html
http://www.tsf36.fr/hors/faure.htm