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PROF.

EVANDRO ZILLMER
1/2018
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1 - ESTADO
Pessoa Jurídica de Direito Público, capaz de adquirir direitos e obrigações. O
conceito de Estado não é fixo no tempo ou no espaço. A figura do Estado só
se faz presente a partir da constituição, nessa ordem, por um POVO, por um
TERRITÓRIO e por um GOVERNO SOBERANO.

1 – POVO
ELEMENTOS DO
2 – TERRITÓRIO
ESTADO
3 – GOVERNO SOBERANO

OBS: alguns autores incluem a FINALIDADE (produzir o bem comum) como


sendo elemento do Estado, porém, nem todos possuem essa posição.
OBS: a UNIFORMIDADE LINGUÍSTICA não é elemento de formação dos
Estados.

EXCECUTIVO
DESCONCENTRAÇÃO LEGISLATIVO
POLÍTICA JUDICIÁRIO
ESTADO

UNIÃO
DESCENTRALIZAÇÃO ESTADOS
POLÍTICA DF
MUNICÍPIOS

1.1 - FORMAS DE ESTADO


A Federação é a Forma de Estado adotada no Brasil. (Fe = FE)

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1 – CONFEDERAÇÃO: é a reunião de Estados


Soberanos . Ex. EUA

2 – ESTADO UNITÁRIO: único centro de


Poder, responsável por todas as atribuições
FORMAS DE políticas. Ex. Uruguai
ESTADO
3 – ESTADO FEDERAL: diferentes pólos de
poder político que atuam de forma
autônoma entre si. Ex. Brasil

OBS: todos os entes federativos são AUTÔNOMOS, ou seja, podem criar


suas próprias normas (legislar), mas não são SOBERANOS ou
INDEPENDENTES.
A soberania é atributo da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, atributo
que significa o reconhecimento que os Estado brasileiro tem perante os
demais Estados Soberanos.
OBS: a FORMA FEDERATIVA DE ESTADO é cláusula pétrea prevista no
§4º do art. 60 da CF/88.

1 – AUTO-ORGANIZAÇÃO (criar a sua própria


Constituição)
UNIÃO
ESTADOS
2 – AUTOGOVERNO (eleger os seus
DISTRITO FEDERAL
dirigentes)
MUNICÍPIOS
3 – AUTOADMINISTRAÇÃO (organizar os seus
serviços)

2 – GOVERNO
Trata-se do conjunto de Poderes e órgãos responsáveis pela função
política do Estado, cujas atribuições decorrem diretamente da Constituição.
Assim, o conceito de Governo, enquanto responsável pela função política do
Estado, está relacionado ao comando, coordenação, direção e fixação de
objetivos, diretrizes e de planos para a atuação estatal (as
denominadas políticas públicas). Difere do conceito de Administração

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Pública, pois esta, como veremos, se resume ao aparelhamento de que


dispõe o Estado para a mera execução das políticas de Governo.

2.1 - FORMA DE GOVERNO


É a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre
governantes e governados.

1 – REPÚBLICA
FORMA DE
2 – MONARQUIA
GOVERNO
FO GO – RE MO

REPÚBLICA MONARQUIA
1 – elegibilidade dos 1 – hereditariedade dos
governantes governantes
2 - temporariedade do 2 – vitaliciedade dos mandatos
mandatos 3 – não prestação de contas
3 – prestação de contas

STF – RE 229.096: no direito internacional, apenas a República Federativa


do Brasil tem competência para firmar tratados, dela não dispondo a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. O Presidente não subscreve
tratados como chefe de Governo, mas sim, como chefe de Estado.

2.2 - SISTEMA DE GOVERNO


No Presidencialismo, existe independência entre Poderes. O chefe do
Executivo é Chefe de Estado e Chefe de Governo.
No Parlamentarismo, há colaboração entre os Poderes. A chefia de Estado é
exercida pelo Presidente ou pelo Monarca, e a chefia de Governo, pelo 1º
Ministro ou pelo Conselho de Ministros.

1 – PRESIDENCIALISMO
SISTEMA DE
2 – PARLAMENTARISMO
GOVERNO
SI GO– PRE PAR

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3 - ESTADO DE DIREITO
O Estado cria as leis (sentido amplo – normas) para que a todos sejam
impostas, inclusive a si mesmo.
OBS: a presunção de legitimidade, aplicável a todo e qualquer ato praticado
pelo Estado, deriva do Estado de Direito. De fato, se o Estado é de Direito e,
assim, pressupõem-se que cumpra a lei, todo e qualquer ato proveniente do
Estado é produzido, presumidamente, de acordo com a ordem jurídica e,
portanto, é legítimo.

4 - ESTADO DEMOCRÁTICO
Compromisso formal de evolução para a ideia de Constituição Dirigente,
preocupada com os direitos de primeira e segunda gerações.

5 - TRIPARTIÇÃO DOS PODERES


O Poder de um Estado é UNO, indivisível. No entanto, o Poder pode ser
exercido por outros órgãos, com o objetivo de possibilitar um controle
recíproco, constituindo o que chamamos na doutrina constitucionalista como
sistema de “FREIOS E CONTRAPESOS”.
O exercício do Poder, no Brasil, dá-se por precipuidade
(preponderância, especialização) de função, portanto, não há
exclusividade.
OBS: Não foi adotado o modelo de separação estanque entre os
poderes.
FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA
PODER EXECUTIVO Administrar Legislar
PODER LEGISLATIVO Legislar e Fiscalizar Administrar e Julgar
PODER JUDICIÁRIO Julgar Administrar e Legislar

OBS: apenas o Poder Executivo não possui função jurisdicional (não julga
com definitividade), julga apenas administrativamente. Ex. PAD.
OBS: a Jurisdição é quase totalmente monopolizada pelo Poder Judiciário e
apenas em casos excepcionais pode ser exercida pelo Legislativo. Ex. Julgar o
Presidente da República nos crimes de responsabilidade.

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OBS: todos os poderes exercem atividades de natureza administrativa, e não


apenas o Executivo.
OBS: O Ministério Público não é considerado um novo Poder, para fins de
prova.

6 - RAMOS DO DIREITO
DIREITO
PRIVADO PÚBLICO
- regula as relações entre os homens - regula o interesse da sociedade
- governado pela autonomia de (interesse público)
vontade - trata da organização do Estado
- Direito Civil - Direito Constitucional
- Direito Comercial - Direito Administrativo
- Direito Tributário

A característica marcante do direito privado é a igualdade nas relações


jurídicas, eis que se ocupa de situações nas quais os interesses da
coletividade não estão em jogo, tutelando apenas interesses particulares.
A característica marcante do direito público é a desigualdade nas relações
jurídicas, decorrente do princípio amplamente aceito de que o interesse
público (da coletividade) deve prevalecer sobre os interesses
individuais.

7 – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Em sentido estrito, o conceito de administração pública envolve todo o
aparelhamento estatal voltado à execução das políticas públicas. Contrapõe-
se, portanto, ao conceito de Governo: enquanto este estabelece, aquela
executa as políticas públicas. Nas palavras de Hely Lopes Meireles, “a
Administração não pratica atos de governo; pratica tão-somente, atos de
execução, os chamados atos administrativos, com poderes de decisão
limitados a atribuições de natureza executiva, conforme definidos em lei”.
Em sentido subjetivo, orgânico ou formal (quem), a expressão
Administração Pública designa os entes (sujeitos) que exercem a atividade
administrativa e compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos.

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Em sentido objetivo, funcional ou material (o que), a expressão


administração pública designa a natureza da atividade exercida e corresponde
à própria função administrativa, compreendendo as atividades de polícia
administrativa, serviço público, fomento e intervenção.
As funções de governo são aquelas relacionadas com a atividade política do
Estado, ações de comando, coordenação, direção e fixação das diretrizes
políticas, desempenhada pelo conjunto de Poderes e órgãos de estatura
constitucional; portanto, é mais afeta ao direito constitucional. Já a funções
administrativas se referem às atividades concretas e imediatas
desempenhadas pelos órgãos administrativos para executar as diretrizes
políticas, visando à satisfação dos interesses públicos; constitui, portanto,
matéria objeto do direito administrativo.
A expressão administração pública, quando tomada em sentido amplo, e
considerando seu aspecto objetivo, engloba as funções administrativas e as
funções de governo; quando tomada em sentido estrito, abrange apenas as
funções administrativas.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SENTIDO
AMPLO RESTRITO

SUBJETIVO, ORGÃOS
ORGÂNICO OU GOVERNAMENTAIS APENAS ÓRGÃOS
FORMAL (FOS) E ADMINISTRATIVOS
(QUEM) ADMINISTRATIVOS
OBJETIVO, MATERIAL FUNÇÕES POLÍTICAS
OU FUNCIONAL APENAS FUNÇÕES
(FuMOb) E
ADMINISTRATIVAS
(O QUÊ) ADMINISTRATIVAS

Polícia administrativa: abrange as atividades administrativas que implicam


restrições ou condicionamentos aos direitos individuais impostos em prol do
interesse de toda coletividade, como ordens, notificações, licenças,
autorizações, fiscalização, sanções.
Serviço público: toda atividade executada diretamente pela Administração
Pública formal ou por particulares delegatários que tenham por fim satisfazer
as necessidades coletivas, sob regime predominantemente público. Exemplos:

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serviço postal, serviços de telecomunicações, transporte ferroviário,


rodoviário e aéreo etc.
Fomento: compreende a atividade administrativa de incentivo à iniciativa
privada de utilidade ou interesse público, tais como o financiamento sob
condições especiais, a concessão de benefícios ou incentivos fiscais etc.
Intervenção: é entendida como sendo a regulamentação e fiscalização da
atividade econômica de natureza privada (intervenção indireta), por exemplo,
mediante a atuação de agências reguladoras, bem assim a atuação do Estado
diretamente na ordem econômica, geralmente por meio das empresas
estatais (intervenção direta).

8 – DIREITO ADMINISTRATIVO
É o ramo do Direito Público que tem por objeto os órgãos, agentes e
pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza
para a consecução de seus fins, de natureza pública.

ESCOLAS E
CONCEITO E OBJETO
CRITÉRIOS
Regras de organização e gestão do serviços
Serviço Público
públicos, em sentido amplo e estrito.
Disciplina a organização e a atividade do Poder
Poder Executivo
Executivo, apenas.
Conjunto de normas que regem as relações entre a
Relações Jurídicas
Administração e os administrados.
Sistema de princípios jurídicos e de normas que
Teleológico
regulam a atividade do Estado
Toda atividade do Estado que não esteja
Negativo ou Residual compreendida na função legislativa ou na
jurisdicional.
Distinção entre Regula a atividade jurídica não contenciosa do
atividade jurídica e Estado e a constituição dos órgãos e meios de sua
social do Estado ação em geral.

Administração Conjunto de princípios que regem a Administração


Pública Pública, considerando as atividades, os órgãos e
entidades, sua organização e as relações com os

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particulares (critério mais aceito pela doutrina).


Conjunto de regras positivadas em leis e
regulamentos que tratam de Administração Pública,
Legalista, exegética
interpretadas pelos tribunais administrativos
(França).

9 - OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO:


- Todas as relações internas à administração pública – entre os órgãos e
entidades administrativas, uns com os outros, e entre a administração e seus
agentes;
- Todas as relações entre a administração e os administrados, regidas pelo
direito público ou pelo privado;
- As atividades de administração pública em sentido material exercidas por
particulares sob regime de direito público, a exemplo da prestação de
serviços públicos mediante contratos de concessão ou de permissão.

10 – FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO


As fontes indicam a origem/procedência das normas e princípios de Direito
Administrativo. Constituem, assim, todos os elementos, de onde surgem
normas de direito administrativo, compreendendo quaisquer manifestações,
escritas ou não, que surtam efeitos jurídico-administrativos.
LEI – A lei é fonte primária e principal do direito administrativo. Deve ser
considerada em sentido amplo (vai desde a constituição até os atos
administrativos inferiores)
DOUTRINA – teses e teorias (fonte secundária ou indireta).
JURISPRUDÊNCIA – reiteradas (várias) decisões semelhantes não
vinculantes (fonte secundária e não escrita); decisões vinculantes e com
eficácia erga omnes (fontes principais).
COSTUMES E PRAXES ADMINISTRATIVAS – apenas se não forem contra a
lei (fonte secundária e não escrita).
OBS: em decorrência do princípio da Legalidade, a Lei é a fonte mais
importante do Direito Administrativo.
OBS: alguns doutrinadores incluem os Princípios como fontes também.

11 – SISTEMAS ADMINISTRATIVOS

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Forma adotada pelo Estado para solucionar os litígios decorrentes da sua


atuação.
Sistema francês ou do contencioso administrativo:
- dualidade de jurisdição;
- o Poder Judiciário não pode intervir nas funções administrativas;
- a própria Administração resolve as lides administrativas.
Sistema inglês ou de jurisdição única:
- todos os litígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único competente
para proferir decisões com autoridade final e conclusiva, com força de coisa
julgada.
Sistema administrativo brasileiro:
- sistema inglês ou de jurisdição única. As decisões dos órgãos
administrativos, em regra, não tem caráter conclusivo perante o Poder
Judiciário, podendo ser revistas na via judicial.
OBS: o que caracteriza o sistema é a predominância da jurisdição comum
(formada pelos órgãos do Poder Judiciário) ou da especial (formada pelos
tribunais de natureza administrativa), e não a exclusividade de uma ou
outra. Isso porque, segundo ensina Hely Lopes Meireles, nenhum país possui
um sistema de controle puro, seja através do Poder Judiciário, seja através de
tribunais administrativos.
OBS: embora todos os atos administrativos possam ser submetidos à
apreciação judicial, os chamados atos políticos, em regra, não se sujeitam a
esse controle. Como exemplo, pode-se citar a sanção/veto a um projeto de lei
ou o estabelecimento das políticas públicas pelo Chefe do Poder Executivo; e
o julgamento dos processos de impeachment do Presidente da República pelo
Senado Federal.
OBS: necessidade de esgotar a via administrativa:
- justiça desportiva
- reclamação contra descumprimento de súmula vinculante
- habeas data
- mandado de segurança, caso seja possível interpor recurso administrativo
com efeito suspensivo.

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12 – QUESTÕES
01 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual)
São fontes do Direito Administrativo:
I. lei.
II. razoabilidade.
III. moralidade.
IV. jurisprudência.
V. proporcionalidade.
Está correto o que consta APENAS ema) I e II.
b) II e IV.
c) I e IV.
d) III e V.
e) IV e V.

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02 (2011/FCC/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária)
No que concerne às fontes do Direito Administrativo, é correto afirmar que:
a) o costume não é considerado fonte do Direito Administrativo.
b) uma das características da jurisprudência é o seu universalismo, ou seja,
enquanto a doutrina tende a nacionalizar-se, a jurisprudência tende a
universalizar-se.
c) embora não influa na elaboração das leis, a doutrina exerce papel
fundamental apenas nas decisões contenciosas, ordenando, assim, o próprio
Direito Administrativo.
d) tanto a Constituição Federal como a lei em sentido estrito constituem
fontes primárias do Direito Administrativo.
e) tendo em vista a relevância jurídica da jurisprudência, ela sempre obriga a
Administração Pública.

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03 (2010/FCC/AL-SP/Procurador)
Em relação às Fontes do Direito Objetivo, considere:

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I - Legislação, lato sensu, é modo de formação de normas jurídicas por meio


de atos competentes.
II - Lei, no sentido material, designa o conjunto de normas que estabelecem
os meios judiciais de se fazerem valer direitos e obrigações.
III - Os costumes são primordiais para o preenchimento de lacunas da lei,
pois muitos não se opõem à lei, mas disciplinam matérias que a lei não
conhece.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I
b) I e II.
c) II.
d) II e III.
e) III.

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04 (2008/FCC/TCE-CE/Analista de Controle Externo - Auditoria de
Obras Públicas)
No Brasil, o Direito Administrativo é ramo do Direito que tem como
característica, no que diz respeito a suas fontes,
a) a codificação em nível federal, em respeito ao princípio da estrita
legalidade.
b) o papel da jurisprudência como criadora de normas aplicáveis à
Administração e integradora de lacunas legais.
c) a pluralidade de leis em níveis federal, estadual e municipal e o papel
precípuo da doutrina na unificação da respectiva interpretação.
d) o papel integrativo da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do
direito, mesmo em caráter praeter legem ou contra legem.
e) a prevalência de normas de caráter administrativo, como decretos,
portarias e resoluções, ainda que em face da aplicação da lei formal.

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05 (2007/FCC/MPU/Analista – Orçamento)
A reiteração dos julgamentos num mesmo sentido, influenciando a construção
do Direito, sendo também fonte do Direito Administrativo, diz respeito à

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a) jurisprudência.
b) doutrina.
c) prática costumeira.
d) analogia.
e) lei.

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06 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
Acerca do direito administrativo, julgue o item que se segue.
A possibilidade de realização de obras para a passagem de cabos de energia
elétrica sobre uma propriedade privada, a fim de beneficiar determinado
bairro, expressa a concepção do regime jurídico-administrativo, o qual dá
prerrogativas à administração para agir em prol da coletividade, ainda que
contra os direitos individuais.

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07 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
Acerca do direito administrativo, julgue o item que se segue.
A regulação das relações jurídicas entre agentes públicos, entidades e órgãos
estatais cabe ao direito administrativo, ao passo que a regulação das relações
entre Estado e sociedade compete aos ramos do direito privado, que regulam,
por exemplo, as ações judiciais de responsabilização civil do Estado.

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08 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
Acerca do direito administrativo, julgue o item que se segue.
Conforme a doutrina, diferentemente do que ocorre no âmbito do direito
privado, os costumes não constituem fonte do direito administrativo, visto
que a administração pública deve obediência estrita ao princípio da
legalidade.

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09 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa)

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O direito administrativo é
a) um ramo estanque do direito, formado e consolidado cientificamente.
b) um ramo do direito proximamente relacionado ao direito constitucional e
possui interfaces com os direitos processual, penal, tributário, do trabalho,
civil e empresarial.
c) um sub-ramo do direito público, ao qual está subordinado.
d) um conjunto esparso de normas que, por possuir características próprias,
deve ser considerado de maneira dissociada das demais regras e princípios.
e)um sistema de regras e princípios restritos à regulação interna das relações
jurídicas entre agentes públicos e órgãos do Estado.

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10 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia)
A respeito de Estado, governo e administração pública, assinale a opção
correta.
a) Governo é o órgão central máximo que formula a política em determinado
momento.
b) A organização da administração pública como um todo é de competência
dos dirigentes de cada órgão, os quais são escolhidos pelo chefe do Poder
Executivo.
c) Poder hierárquico consiste na faculdade de punir as infrações funcionais
dos servidores.
d) Território e povo são elementos suficientes para a constituição de um
território.
e) República é a forma de governo em que o povo governa no interesse do
povo.

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11 (2016/CESPE/PC-PE/Agente de Polícia)
Considerando as fontes do direito administrativo como sendo aquelas regras
ou aqueles comportamentos que provocam o surgimento de uma norma
posta, assinale a opção correta.
a) A lei é uma fonte primária e deve ser considerada em seu sentido amplo
para abranger inclusive os regulamentos administrativos.

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b) O acordo é uma importante fonte do direito administrativo por ser forma


de regulamentar a convivência mediante a harmonização de pensamentos.
c) Os costumes, pela falta de norma escrita, não podem ser considerados
como fonte do direito administrativo.
d) A jurisprudência é compreendida como sendo aquela emanada por
estudiosos ao publicarem suas pesquisas acerca de determinada questão
jurídica.
e) Uma doutrina se consolida com reiteradas decisões judiciais sobre o
mesmo tema.

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12 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil)
Acerca de conceitos inerentes ao direito administrativo e à administração
pública, assinale a opção correta.
a) O objeto do direito administrativo são as relações de natureza
eminentemente privada.
b) A divisão de poderes no Estado, segundo a clássica teoria de Montesquieu,
é adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, com divisão absoluta de
funções.
c) Segundo o delineamento constitucional, os poderes do Estado são
independentes e harmônicos entre si e suas funções são reciprocamente
indelegáveis.
d) A jurisprudência e os costumes não são fontes do direito administrativo.
e) Pelo critério legalista, o direito administrativo compreende os direitos
respectivos e as obrigações mútuas da administração e dos administrados.

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13 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
A respeito dos elementos do Estado, assinale a opção correta.
a) Povo, território e governo soberano são elementos indissociáveis do
Estado.
b) O Estado é um ente despersonalizado.
c) São elementos do Estado o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder
Executivo.
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d) Os elementos do Estado podem se dividir em presidencialista ou


parlamentarista.
e) A União, o estado, os municípios e o Distrito Federal são elementos do
Estado brasileiro.

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14 (2016/CESPE/DPU/Analista Técnico – Administrativo)
Acerca da organização administrativa da União, da organização e da
responsabilidade civil do Estado, bem como do exercício do poder de polícia
administrativa, julgue o item que se segue.
A repartição do poder estatal em funções — legislativa, executiva e
jurisdicional — não descaracteriza a sua unicidade e indivisibilidade.

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15 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais)
Em relação à administração pública direta e indireta e às funções
administrativas, julgue o item a seguir.
A função administrativa é exclusiva do Poder Executivo, não sendo possível
seu exercício pelos outros poderes da República.

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16 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais)
Em relação à administração pública direta e indireta e às funções
administrativas, julgue o item a seguir.
A aplicação da lei pelo Poder Executivo, no exercício da função administrativa,
depende de provocação do interessado, sendo vedada a aplicação de ofício.

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17 (2015/CESPE/TRE-MT/Analista)
Com relação ao direito administrativo e à administração pública, assinale a
opção correta.
a) A administração pública em sentido estrito abrange os órgãos
governamentais, encarregados de traçar políticas públicas, bem como os
órgãos administrativos, aos quais cabe executar os planos governamentais.

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b) As atividades de polícia administrativa, de prestação de serviço público e


de fomento são próprias da administração pública em sentido objetivo.
c) Consoante o critério do Poder Executivo, o direito administrativo pode ser
conceituado como o conjunto de normas que regem as relações entre a
administração pública e os administrados.
d) As principais fontes do direito administrativo brasileiro, que não foi
codificado, são o costume e a jurisprudência.
e) A administração pública em sentido subjetivo não se faz presente nos
Poderes Legislativo e Judiciário.

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18 (2015/CESPE/STJ/Técnico Judiciário – Administrativo)
Julgue o item seguinte, acerca do direito administrativo e da prática dos atos
administrativos.
Conceitualmente, é correto considerar que o direito administrativo abarca um
conjunto de normas jurídicas de direito público que disciplina as atividades
administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais da
coletividade.

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19 (2014/CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros)
Considerando os conceitos do direito administrativo e os princípios do regime
jurídico-administrativo, assinale a opção correta.
a) O princípio da proteção à confiança legitima a possibilidade de manutenção
de atos administrativos inválidos.
b) Consoante o critério da administração pública, o direito administrativo é o
ramo do direito que tem por objeto as atividades desenvolvidas para a
consecução dos fins estatais, excluídas a legislação e a jurisdição.
c) Adotando-se o critério do serviço público, define-se direito administrativo
como o conjunto de princípios jurídicos que disciplinam a organização e a
atividade do Poder Executivo e de órgãos descentralizados, além das
atividades tipicamente administrativas exercidas pelos outros poderes.
d) São fontes primárias do direito administrativo os regulamentos, a doutrina
e os costumes.

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e) Dado o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, é


possível à administração pública, mediante portaria, impor vedações ou criar
obrigações aos administrados.

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20 (2014/CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros)
A respeito dos princípios, das fontes e do conceito de direito administrativo,
assinale a opção correta.
a) De acordo com o STF, os tratados internacionais de direito administrativo
serão fontes do direito administrativo pátrio desde que sejam incorporados ao
ordenamento jurídico interno mediante o mesmo procedimento previsto na CF
para a incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos.
b) O princípio administrativo da autotutela é considerado um princípio
onivalente.
c) O princípio administrativo do interesse público é um princípio implícito da
administração pública.
d) De acordo com o critério das relações jurídicas, o direito administrativo
pode ser visto como o sistema dos princípios jurídicos que regulam a
atividade do Estado para o cumprimento de seus fins.
e) Consoante o critério da distinção entre atividade jurídica e social do
Estado, o direito administrativo é o conjunto dos princípios que regulam a
atividade jurídica não contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos e
meios de sua ação em geral.

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21 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa)
No que se refere ao Estado, governo e à administração pública, assinale a
opção correta.
a) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte
intervenção na sociedade e na economia.
b) No Brasil, vigora um sistema de governo em que as funções de chefe de
Estado e de chefe de governo não são concentradas na pessoa do chefe do
Poder Executivo.
c) A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a
administrativa.

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d) A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade


administrativa exercida pelas pessoas jurídicas, pelos órgãos e agentes
públicos que exercem a função administrativa.
e) A existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com
que são exercidas as atividades executivas, legislativas e judiciais.

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22 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Com relação ao conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo,
assinale a opção correta.
a) Consoante o critério negativo, o direito administrativo compreende as
atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, incluindo as
atividades jurisdicionais, porém excluindo as atividades legislativas.
b) Pelo critério teleológico, o direito administrativo é o conjunto de princípios
que regem a administração pública.
c) Para a escola exegética, o direito administrativo tinha por objeto a
compilação das leis existentes e a sua interpretação com base principalmente
na jurisprudência dos tribunais administrativos.
d) São considerados fontes primárias do direito administrativo os atos
legislativos, os atos infralegais e os costumes.
e) De acordo com o critério do Poder Executivo, o direito administrativo é
conceituado como o conjunto de normas que regem as relações entre a
administração e os administrados.

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23 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Judiciária)
No que se refere ao regime jurídico administrativo, assinale a opção correta.
a) A criação de órgão público deve ser feita, necessariamente, por lei; a
extinção de órgão, entretanto, dado não implicar aumento de despesa, pode
ser realizada mediante decreto.
b) A autotutela administrativa compreende tanto o controle de legalidade ou
legitimidade quanto o controle de mérito.
c) A motivação deve ser apresentada concomitantemente à prática do ato
administrativo.

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d) De acordo com o princípio da publicidade, que tem origem constitucional,


os atos administrativos devem ser publicados em diário oficial.
e) No Brasil, ao contrário do que ocorre nos países de origem anglo-saxã, o
costume não é fonte do direito administrativo.

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GABARITO

1-C 2-D 3-D 4-C 5-A 6-C 7-E 8-E 9-B 10-E
11-A 12-C 13-A 14-C 15-E 16-E 17-B 18-C 19-A 20-E
21-E 22-C 23-B

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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1 – REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO
Regime quer dizer o conjunto de normas e de princípios aplicáveis a uma
determinada situação.
A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para
designar, em sentido amplo, os regimes de direito público e de direito privado
a que pode submeter-se a Administração Pública. Já a expressão regime
jurídico-administrativo é reservada tão somente para abranger o conjunto
de traços, de conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocando a
Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídico-
administrativa.

REGIME DE DIREITO PRIVADO


- Horizontalidade
- Não tem prerrogativas e sim, restrições de Direito
Público.
- Art. 173 CF/88
Regime Jurídico da - Ex. Petrobrás
Administração
(Regime Jurídico
Administrativo – em
sentido amplo )
REGIME DE DIREITO PÚBLICO (Regime Jurídico
Administrativo – em sentido estrito)
- Verticalidade
- Tem prerrogativas e restrições
- Ex. INSS, BACEN
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO

O Regime Jurídico-administrativo é um conjunto de prerrogativas e


sujeições concedido à Administração Pública, para melhor cumprimento dos
interesses públicos.
CESPE/TCU/2009 – O Regime jurídico-administrativo fundamenta-se,
conforme entende a doutrina, nos princípios da supremacia do interesse
público sobre o privado e na indisponibilidade do interesse público.

1.1 – SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO


Significa que a Administração Pública é colocada em posição VERTICAL
(diferenciada) quando comparada aos particulares, ou seja, ela possuirá

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prerrogativas (privilégios). No caso de confronto entre o interesse individual


e o público, será o público que prevalecerá.
É princípio implícito da Administração Pública.
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado não é
absoluto, comportando limites e relativizações. Ex. direitos individuais,
direito adquirido, coisa julgada, ato jurídico perfeito, etc.

1.2 – INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO


Esse princípio faz com que a Administração, por intermédio de seus agentes,
não tenha vontade própria, por estar investida no papel de satisfazer a
vontade de terceiros, quais sejam, o coletivo, a sociedade. Assim, diz-se que
a Administração Pública sofre restrições em sua atuação. Ex. Licitação,
concurso público, etc.
Interesse público primário: representa a Administração Pública no sentido
finalístico, extroverso, ou seja, é o interesse público propriamente dito, pois
dirigido diretamente aos cidadãos (de dentro do Estado para fora –
Administração Extroversa)
Interesse público secundário: diz respeito aos interesses do próprio
Estado, internos, introversos, portanto inconfundíveis com os primários. Ex.
locação de imóvel para guardar livros enquanto a biblioteca seja reformada.
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino asseveram que o princípio da
indisponibilidade do interesse público está diretamente presente em
toda e qualquer atuação da Administração Pública, ao contrário do que ocorre
com o princípio da supremacia do interesse público, que, de forma direta,
fundamenta essencialmente os atos de império do Poder Público, nos quais
ele se coloca em posição vertical em relação aos administrados.
Por fim, Maria Slvia Di Pietro afirma que, por não ser possível à Administração
dispor dos interesses públicos, “os poderes que lhe são atribuídos têm o
caráter de poder-dever; são poderes que ela não pode deixar de exercer,
sob pena de responder por omissão. Assim, a autoridade não pode renunciar
ao exercício das competências que lhe são outorgadas por lei; não pode
deixar de punir quando constate a prática de ilícito administrativo; não pode
deixar de exercer o poder de polícia para coibir o exercício dos direito
individuais em conflito com o bem-estar coletivo; não pode deixar de exercer
os poderes decorrentes da hierarquia; não pode fazer liberalidade com o
dinheiro público. Cada vez que ela se omite no exercício dos seus poderes, é
o interesse público que está sendo prejudicado.
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PRINCÍPIOS EXPRESSOS PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

São aqueles que estão escritos com


todas as letras em uma norma de São aqueles que não estão expressos
caráter geral (se aplica a toda a em uma norma de caráter geral. Ex.
Adm Pub Brasileira) Razoabilidade.
Ex. Legalidade

OBS: A lei 9.784/99, art 2º, traz expressamente o princípio da


razoabilidade, porém, essa lei é de caráter geral apenas para a
Administração Pública Federal, e não para toda a Administração Pública
brasileira, por isso esse princípio é considerado implícito.

Colisão entre princípios:


No caso de conflito entre princípios, haverá uma ponderação de valores.
OBS: NÃO há hierarquia entre os princípios da Administração Pública.

PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRINCÍPIOS GERAIS
(EXPRESSOS OU EXPLÍCITOS)

LIMPE – art 37, caput, CF/88 Todos os demais princípios:Ex.


- Legalidade - Razoabilidade e Proporcionalidade
- Impessoalidade - Supremacia do interesse público
- Moralidade - Indisponibilidade de interesse
- Publicidade público

- Eficiência - Autotutela

OBS:o princípio da EFICIÊNCIA, foi - Continuidade


incluído na CF/88 pela EC 19/98, - etc
tornando-se princípio expresso.

COPESE/UFT/DPE-TO/2012 - A administração pública direta e indireta de


qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

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OBS: os princípios constitucionais se aplicam a toda Administração Pública,


ou seja, tanto a administração direta como a indireta de todos os poderes
(executivo, legislativo e judiciário) e de todos os entes federativos (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios).

2 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

2.1 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE


O princípio da Legalidade significa a subordinação da Administração Pública à
vontade popular, sendo assim, a Administração Pública só pode praticar as
condutas previstas em lei.
Possui duas asserções:

EM RELAÇÃO AOS PARTICULARES EM RELAÇÃO À ADM PUB

- Art 5°, II, CF/88 = Ninguém será - A Administração Pública só poderá


obrigado a fazer ou deixar de fazer fazer o que a lei permitir (vontade
alguma coisa senão em virtude de lei. legal)
- o particular só deixará de agir
quando a lei proibir.
- o particular poderá fazer tudo o que
a lei não proíbe (autonomia de
vontade)

OBS: surge como decorrência natural da indisponibilidade do interesse


público.
OBS: pode sofrer CONSTRIÇÕES em virtude de situações excepcionais. É o
que ocorre quando tem que se cumprir um ato mesmo não previsto em lei em
sentido estrito (criada pelo Poder Legislativo). Ex.: Medidas Provisórias e
Decretos Autônomos, não são Leis criadas pelo Poder Legislativo, mas
possuem força de lei. O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE NÃO É ABSOLUTO.
OBS: A atividade administrativa não pode ser exercida contra legem nem
praeter legem, mas apenas secundum legem.
ESAF: Em face da sistemática constitucional do Estado brasileiro, regido que
é pelo fundamento do Estado Democrático de Direito, a plenitude da vigência

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do princípio da legalidade (art. 37, caput, CF/88) pode sofrer constrição


provisória e excepcional.
CESPE/2010: Em decorrência do princípio da legalidade, a Administração
Pública não pode, por simples ato administrativo, conceder direitos de
qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados, para
tanto, ela depende de lei.
CESPE/IBAMA/2012 - De acordo com a CF, a medida provisória, o estado
de defesa e o estado de sítio constituem exceção ao princípio da legalidade na
administração pública.
CESPE/MPE-RR/2012 - Segundo jurisprudência do STJ, a administração,
por estar submetida ao princípio da legalidade, não pode levar a termo
interpretação extensiva ou restritiva de direitos, quando a lei assim não o
dispuser de forma expressa.

2.2 - PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE


Pode ser estudado sob 3 aspectos (acepções) distintos:
1 – dever de tratamento isonômico aos administrados
O princípio da impessoalidade, para fins de concurso público, pode ser
confundido com o princípio da isonomia, ou seja, eles se confundem. A
realização e concurso público é conseqüência da aplicação do princípio da
impessoalidade/isonomia.

2 – dever de sempre satisfazer o interesse público


O administrador público deve sempre buscar a satisfação do interesse
público, isto é, deve seguir a finalidade de todas a leis. O princípio da
impessoalidade é sinônimo do princípio da finalidade.

3 – imputação dos atos praticados pelos agente públicos à pessoa


jurídica em que atuam.
Art 37 § 1° - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou
de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
OBS: o princípio que justifica a manutenção dos efeitos dos atos praticados
por um funcionário de fato é o princípio da impessoalidade. É o caso do
servidor que ingressou no serviço público para um cargo de nível superior e

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depois de algum tempo foi descoberto que ele apresentou um diploma falso
no ato da posse. Os atos praticados por esse servidor continuam valendo,
pois, apesar de não ser um servidor de direito, ele era um servidor de fato,
agindo em nome do Estado.
ESAF/2008 – O princípio constitucional do direito administrativo, cuja
observância forçosa, na prática dos atos administrativos, importa assegurar
que, o seu resultado, efetivamente, atinja o seu fim legal, de interesse
público, é o da impessoalidade.
CESPE/TJ-AL/2012 - Em decorrência dos princípios da impessoalidade e da
boa-fé, reconhecem-se como válidos os atos praticados por agente de fato,
ainda que este tivesse ciência do ilícito praticado.
ESAF/SEFAZ-CE/2007 – São exemplos da aplicação do princípio da
impessoalidade, exceto
a)licitação
b)concurso público
c)precatório
d)otimização da relação custo/benefício (eficiência)
e)ato legislativo perfeito

2.3 – PRINCÍPIO DA MORALIDADE


Impõe que os agentes públicos atuem com honestidade, boa-fé e lealdade,
respeitando a isonomia e demais preceitos éticos, sempre perseguindo a boa
administração.

MORAL ADMINISTRATIVA MORAL COMUM

- são as condutas que o agente


- são as condutas que o agente público deve tomar fora da
público deve tomar no exercício da administração pública, fora do
função pública. Ex: não chegar exercício da atividade. Apesar de
atrasado, agir com discrição, em várias situações as duas se
probidade, etc. interligarem, elas não se
confundem.

Moralidade administrativa (relacionada a boa-fé, lealdade e justeza) X


Probidade administrativa (relacionada a má qualidade da administração).

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A moralidade é o gênero e a probidade é uma das espécies da moralidade


administrativa. A probidade é um aspecto da moralidade
administrativa. A moralidade e a probidade não são sinônimas.
OBS: a moralidade administrativa constitui requisito de validade do ato
administrativo.

2.4 – PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE


Apresenta uma dupla acepção, a saber:
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos
atos administrativos que devam produzir efeitos externos e dos atos que
impliquem ônus para o patrimônio público.
b) exigência de transparência da autuação administrativa.
Art 5° XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado.
OBS: Em regra os atos da Administração Pública devem ser divulgados pelo
Diário Oficial. Se o município não tiver DO, publica em quadro de avisos. Caso
o ato do município seja de publicação obrigatória em DO, o ato será publicado
no DO do estado ao qual pertence o referido município.
OBS: a publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não é
condição de sua validade, mas sim de condição de eficácia e moralidade.
CESPE/TJ-AL/2012 - O princípio da publicidade assegura a divulgação
ampla dos atos praticados pela administração pública, quer tratem eles de
assuntos de interesse particular, quer tratem de assuntos de interesse
coletivo ou geral, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei.

2.5 – PINCÍPIO DA EFICIÊNCIA


Somente foi incorporado na CF/88 pela EC-19/98, tornando o princípio da
eficiência expresso para toda a Administração Pública brasileira.
Impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas
atribuições com rapidez, perfeição e rendimento.
OBS: O princípio da eficiência relaciona-se com a Administração gerencial,
enquanto o princípio da legalidade relaciona-se com a Administração
burocrática.

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O princípio da eficiência é uma conseqüência do princípio da economicidade,


essa economia está diretamente relacionada com o custo-benefício.
A ênfase se dá nos resultados alcançados pela Administração Pública e não
nos meios para alcançar os resultados.

Pode ser estudado sob dois aspectos:


1) em relação ao modo de atuação do agente público; e
2) em relação ao modo de estruturar e disciplinar a Administração Pública
(administração gerencial).

3 –PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

3.1 – PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE


Em regra esses princípios são implícitos.
O princípio da razoabilidade é conseqüência do devido processo legal, e se
reflete no bom senso das atividades administrativas.
O princípio da proporcionalidade impõe à administração a adequação
entre meios e fins, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público (lei 9.784/99, art 2°, VI).
Um ato razoável deve ser um ato adequado, necessário e proporcional,
ocorrendo dessa forma que alguns autores dizem que o princípio da
proporcionalidade deriva do princípio da razoabilidade.
CESPE/TER-RJ/2012 - No âmbito da administração pública, a correlação
entre meios e fins é uma expressão cujos sentido e alcance costumam ser
diretamente associados ao princípio da eficiência. (FALSO – AO PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE)

3.2 – PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA


SÚMULA 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos quando
eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
Os atos ilegais devem ser anulados e os legais podem ser revogados.

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SÚMULA 346 STF – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos


seus próprios atos.
O Poder Judiciário não pode revogar atos administrativos editados pela
Administração Pública, mas poderá revogar os seus próprios atos quando
editados no exercício da função administrativa, quando inconvenientes ou
inoportunos.

PRINCÍPIO DA TUTELA
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
ADMINISTRATIVA

- é a Adm Pub como um todo - também é chamado de princípio do


revendo os seus próprios atos, controle.
anulando-os ou revogando-os. - controle finalístico, tutela administrativa
ou supervisão ministerial.
- tem relação de vinculação, e não de
subordinação.
- está presente na administração pública
indireta.

ESAF/ATRF/2012 - A Súmula n. 473 do Supremo Tribunal Federal – STF


enuncia: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
Por meio da Súmula n. 473, o STF consagrou o princípio da autotutela.
ESAF/AFRF/2012 - A possibilidade jurídica de submeter-se efetivamente
qualquer lesão de direito e, por extensão, as ameaças de lesão de direito a
algum tipo de controle denomina-se princípio da sindicabilidade.
ESAF/CGU/2012 - O princípio que instrumentaliza a Administração para a
revisão de seus próprios atos, consubstanciando um meio adicional de
controle da sua atuação e, no que toca ao controle de legalidade,
representando potencial redução do congestionamento do Poder Judiciário,
denomina-se autotutela.

3.3 – PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA


CF/88 art 5°, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada.

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Lei 9.784/99, art 2° Parágrafo único. Nos processos administrativos serão


observados, entre outros, os critérios de: XIII - interpretação da norma
administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a
que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
CESPE/2004 – A vedação de aplicação retroativa de nova interpretação de
norma administrativa encontra-se consagrada no ordenamento jurídico pátrio
e decorre do princípio da segurança jurídica.
CESPE/ANATEL/2012 - O princípio da segurança jurídica resguarda a
estabilidade das relações no âmbito da administração; um de seus reflexos é
a vedação à aplicação retroativa de nova interpretação de norma em processo
administrativo.

3.4 – PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS


LEI 8985/95, art 6°, § 3o - Não se caracteriza como descontinuidade do
serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso,
quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
ESAF/2012/CGU – A impossibilidade de o particular prestador de serviço
público por delegação interromper sua prestação é restrição que decorre do
princípio da continuidade do serviço público.

3.5 – PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO


O princípio da motivação impõe a Administração Pública a obrigação de
apresentar as razões de fato (o acontecimento, a circunstância real) e as
razões de direito (o dispositivo legal) que a levaram a praticar determinado
ato.
A motivação é a apresentação do motivos por escrito. Motivo e Motivação não
são expressões sinônimas. A motivação faz parte da forma do ato, isto é, ela
integra o elemento forma e não o elemento motivo. Se o ato deve ser
motivado para ser válido, e a motivação não é feita, o ato é nulo por vício de
forma (vício insanável) e não por vício de motivo.
Não é um princípio de caráter absoluto, existem exceções ao princípio da
motivação:
- cargos em comissão e cargos de confiança.

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TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: consiste em, simplesmente,


explicitar que a administração pública está sujeita ao controle administrativo
e judicial (portanto, controle de legalidade ou legitimidade) relativo à
existência e à pertinência ou adequação dos motivos – fático e legal – que ela
declarou como causa determinante da prática de um ato.
Aplica-se tanto aos atos vinculados como aos discricionários.

ATOS QUE NECESSARIAMENTE DEVEM SER MOTIVADOS:


Lei 9.784/99 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

MOTIVAÇÃO ALIUNDE (em outro lugar): Art 50 § 1o A motivação deve


ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
CESPE/2008 – Pelo princípio da motivação, é possível a chamada motivação
aliunde, ou seja, a mera referência, no ato, à sua concordância com
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, como forma de
suprimento da motivação do ato.
CESPE/ABIN/2008 - Não viola o princípio da motivação dos atos
administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de recurso
administrativo, mantém decisão com base em parecer da consultoria jurídica,
sem maiores considerações.

3.6 – PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE

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A finalidade legalmente estabelecida para as entidades da Administração


Pública indireta não podem ser administrativamente alteradas pelos seus
dirigentes, sob pena de responsabilização nas esferas penal, administrativas e
cível.

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4 - QUESTÕES:
01 (2017/CESPE/MPE-RR/Promotor de Justiça)
De acordo com o entendimento do STF, no que se refere à inscrição de
candidatos que possuam tatuagens gravadas na pele, não havendo lei que
disponha sobre o tema, os editais de concursos públicos
a) estão impedidos de restringi-la, com exceção dos casos em que essas
tatuagens violem valores constitucionais.
b) devem restringi-la com base na relação objetiva e direta entre tatuagem e
conduta atentatória à moral e aos bons costumes.
c) estão impedidos de restringi-la, para garantir o pleno e livre exercício da
função pública.
d) devem restringi-la, quando se tratar de cargo efetivo da polícia militar.

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02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público)
Sobre Agentes Públicos e Princípios e Regime Jurídico Administrativo, é
correto afirmar:a) O princípio da impessoalidade destina-se a proteger
simultaneamente o interesse público e o interesse privado, pautando-se pela
igualdade de tratamento a todos administrados, independentemente de
quaisquer preferências pessoais.
b) São entes da Administração Indireta as autarquias, as fundações públicas,
as empresas públicas, as sociedades de economia mista, e as subsidiárias
destas duas últimas. As subsidiárias não dependem de autorização legislativa
justamente por integrarem a Administração Pública Indireta.
c) As contas bancárias de entes públicos que contenham recursos de origem
pública prescindem de autorização específica para fins do exercício do
controle externo.
d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público aplica
sanções por infrações administrativas pelos servidores públicos. Trata-se de
exercício de Poder de Polícia com base na hierarquia.
e) A licença não é classificada como ato negocial, pois se trata de ato
vinculado, concedida desde que cumpridos os requisitos objetivamente
definidos em lei.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)


Acerca do direito administrativo, julgue o item que se segue.
Considerando os princípios constitucionais explícitos da administração pública,
o STF estendeu a vedação da prática do nepotismo às sociedades de
economia mista, embora elas sejam pessoas jurídicas de direito privado.

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04 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito)
De acordo com o art. 54 da Lei n.º 9.784/1999, o direito da administração de
anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé. Trata-se de hipótese em que o
legislador, em detrimento da legalidade, prestigiou outros valores. Tais
valores têm por fundamento o princípio administrativo da
a) presunção de legitimidade.
b) autotutela.
c) segurança jurídica.
d) continuidade do serviço público.

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05 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Em importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, foi
considerada inconstitucional lei que destinava verbas públicas para o custeio
de evento cultural tipicamente privado, sem amparo jurídico-administrativo.
Assim, entendeu a Corte Suprema tratar-se de favorecimento a seguimento
social determinado, incompatível com o interesse público e com princípios que
norteiam a atuação administrativa, especificamente, o princípio daa)
presunção de legitimidade restrita.
b) motivação.
c) impessoalidade.
d) continuidade dos serviços públicos.
e) publicidade.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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06 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
Em importante julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça,
reconheceu a Corte Superior a impossibilidade de acumulação de cargos
públicos de profissionais da área da saúde quando a jornada de trabalho
superar sessenta horas semanais. Assim, foi considerada a legalidade da
limitação da jornada de trabalho do profissional de saúde para sessenta horas
semanais, na medida em que o profissional da área da saúde precisa estar
em boas condições físicas e mentais para bem exercer as suas atribuições, o
que certamente depende de adequado descanso no intervalo entre o final de
uma jornada de trabalho e o início da outra, o que é impossível em condições
de sobrecarga de trabalho. Tal entendimento está em consonância com um
dos princípios básicos que regem a atuação administrativa, qual seja, o
princípio da
a) publicidade.
b) motivação.
c) eficiência.
d) moralidade.
e) impessoalidade.

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07 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa)
O princípio da razoabilidade
a) se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser considerado aceitável, e
sua inobservância resulta em vício do ato administrativo.
b) incide apenas sobre a função administrativa do Estado.
c) é autônomo em relação aos princípios da legalidade e da finalidade.
d) comporta significado unívoco, a despeito de sua amplitude, sendo sua
observação pelo administrador algo simples.
e) pode servir de fundamento para a atuação do Poder Judiciário quanto ao
mérito administrativo.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

08 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Técnico Judiciário - Área


Administrativa)
A atuação da Administração é pautada por determinados princípios, alguns
positivados em âmbito constitucional ou legal e outros consolidados por
construções doutrinárias. Exemplo de tais princípios são a tutela ou controle e
a autotutela, que diferem entre si nos seguintes aspectos:
a) a autotutela é espontânea e se opera de ofício, enquanto a tutela é
exercida sempre mediante provocação do interessado ou de terceiros
prejudicados.
b) a autotutela se dá no âmbito administrativo, de ofício pela Administração
direta ou mediante representação, e a tutela é exercida pelo Poder Judiciário.
c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão
do poder disciplinar e a autotutela do poder hierárquico.
d) a tutela decorre do poder hierárquico e a autotutela é expressão da
supremacia do interesse público fundamentando o poder de polícia.
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico
sobre entidades da Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce
controle sobre seus próprios atos.

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09 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
Considere a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administração não pode
atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez
que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu comportamento.
(Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 29ª edição, p. 99). Essa lição
expressa o conteúdo do princípio da
a) impessoalidade, expressamente previsto na Constituição Federal, que
norteia a atuação da Administração pública de forma a evitar favorecimentos
e viabilizar o atingimento do interesse público, finalidade da função executiva.
b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o
que estiver expressamente previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se
mitigação do cumprimento em prol do princípio da eficiência.
c) eficiência, que orienta a atuação e o controle da Administração pública pelo
resultado, de forma que os demais princípios e regras podem ser
relativizados.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os


demais princípios e interesses, uma vez que atinente à finalidade da função
executiva.
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública
devem ser de conhecimento dos administrados, para que possam exercer o
devido controle.

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10 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
A respeito dos princípios da administração pública e da organização
administrativa, julgue o item a seguir.
Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de
governo, fizer constar seu nome de modo a caracterizar promoção pessoal,
então, nesse caso, haverá, pela autoridade, violação de preceito relacionado
ao princípio da impessoalidade.

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11 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica)
Acerca de administração pública, organização do Estado e agentes públicos,
julgue o item a seguir.
O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio
da publicidade.

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12 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica)
No que se refere ao controle e à responsabilidade da administração, julgue o
item subsequente.
A legalidade de qualquer ato administrativo pode ser submetida à apreciação
judicial.

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13 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio)
Em relação aos princípios da administração pública e à organização
administrativa, julgue o item que se segue.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

O administrador, quando gere a coisa pública conforme o que na lei estiver


determinado, ciente de que desempenha o papel de mero gestor de coisa que
não é sua, observa o princípio da indisponibilidade do interesse público.

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14 (2017/CESPE/SEDF/Direito)
Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que
beneficiaram, diretamente, amigos seus. A competência para a edição do
referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os
servidores que se sentiram prejudicados com o resultado do concurso de
remoção apresentaram recurso quinze dias após a data da publicação do
resultado.
Nessa situação hipotética, ao editar a referida portaria, Mauro violou os
princípios da legalidade e da impessoalidade.

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15 (2017/CESPE/SEDF/Administrador)
À luz da legislação que rege os atos administrativos, a requisição dos
servidores distritais e a ética no serviço público, julgue o seguinte item.
Legalidade e publicidade são princípios constitucionais expressos aplicáveis à
administração pública direta e indireta do DF.

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16 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
Acerca dos princípios fundamentais que regem a administração pública
brasileira, julgue o item a seguir.
O princípio fundamental do controle determina que o controle das atividades
da administração federal seja exercido em todos os seus níveis e órgãos, sem
exceções

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17 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
Acerca dos princípios fundamentais que regem a administração pública
brasileira, julgue o item a seguir.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Os princípios que regem a administração pública federal brasileira estão


estabelecidos no Título I – Dos Princípios Fundamentais, da Constituição
Federal de 1988.

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18 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
Acerca dos princípios fundamentais que regem a administração pública
brasileira, julgue o item a seguir.
Entre esses princípios inclui-se aquele que autoriza que o administrador
público federal, em determinadas situações, delegue competência para a
prática de atos administrativos.

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19 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
No que diz respeito aos poderes e deveres dos administradores públicos,
julgue o item que se segue.
O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se
refere ao seu dever de eficiência.

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20 (2016/CESPE/FUB/Auxiliar de Administração)
Com relação à administração pública, julgue o item que se segue.
Como um dos princípios da administração pública brasileira, a publicidade
destina-se a garantir a transparência dos atos dos agentes públicos

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21 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador)
A respeito dos princípios básicos da Administração pública no Brasil, é
INCORRETO afirmar que o princípio
a) de impessoalidade demanda objetividade no atendimento do interesse
público, vedada a promoção pessoal de agentes públicos.
b) de legalidade demanda atuação da Administração pública conforme a lei e
o Direito.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 39


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c) de moralidade demanda atuação da Administração pública segundo


padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.
d) da eficiência demanda celeridade na atuação da Administração pública, se
necessário em contrariedade à lei, dada a primazia do resultado sobre a
burocracia.
e) de publicidade demanda a divulgação oficial dos atos administrativos,
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas no ordenamento jurídico.

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22 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador)
Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que
o pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o
funcionário. Este é um mero agente da Administração Pública, de sorte que
não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão que formalmente
manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual
à Constituição)
Esse comentário refere-se ao princípio da Administração pública da
a) impessoalidade.
b) legalidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
e) publicidade.

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23 (2016/FCC/PGE-MT/Técnico Administrativo)
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado pretende ordenar a
contratação de serviços de manutenção de ar condicionado. No que tange à
principiologia aplicável a tal contratação, há de se conhecer que ela se sujeita
a) ao princípio da separação dos poderes, por força do qual o Poder
Legislativo deve criar as próprias regras de contratação de serviços,
independentemente do que disponham as normas gerais de licitação e
contratação públicas.
b) aos princípios do processo legislativo, por tratar-se de atividade de
Administração pública desempenhada pelo Poder Legislativo.

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c) aos princípios do processo judicial, por ser o Poder Judiciário o órgão


responsável pela revisão de contratações realizadas no âmbito dos demais
Poderes do Estado.
d) ao princípio da separação dos poderes, por força do qual o regramento
aplicável às contratações a cargo do Poder Legislativo deve ser distinto do
aplicável às contratações a cargo do Poder Executivo.
e) aos princípios da Administração pública, por tratar-se de atividade da
Administração pública, ainda que desempenhada pelo Poder Legislativo.

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24 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Contabilidade)
Considere a seguinte citação: Um problema subjacente ao denominado
orçamento baseado em desempenho envolve o desafio da clareza. O termo é
um dos muitos descritores diferentes (e o mais comum) utilizados para
descrever a conexão entre informações sobre desempenho, por um lado, e
recursos governamentais, por outro. Em alguns círculos, entretanto, esse
termo passou a conotar a substituição da alocação ‘política’ de recursos por
algum algoritmo mágico que aloca recursos com base nos dados sobre
desempenho. (Hilton, RM e Joyce, PG. Informações sobre desempenho
orçamentário em perspectiva histórica e comparativa. In: Administração
Pública: coletânea. ENAP, Brasília: 2010, 382).
O uso da palavra "desempenho" no trecho acima remete o leitor ao princípio
constitucional da Administração pública da:
a) Presunção de Legitimidade.
b) Supremacia do Interesse Público.
c) Impessoalidade.
d) Legalidade.
e) Eficiência.

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25 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Em importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal,
considerou a Suprema Corte, em síntese, que no julgamento de impeachment
do Presidente da República, todas as votações devem ser abertas, de modo a

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permitir maior transparência, controle dos representantes e legitimação do


processo. Trata-se, especificamente, de observância ao princípio da
a) publicidade.
b) proporcionalidade restrita.
c) supremacia do interesse privado.
d) presunção de legitimidade.
e) motivação.

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26 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil)
Sem ter sido aprovado em concurso público, um indivíduo foi contratado para
exercer cargo em uma delegacia de polícia de determinado município, por ter
contribuído na campanha política do agente contratante.
Nessa situação hipotética, ocorreu, precipuamente, violação do princípio da
a) supremacia do interesse público.
b) impessoalidade.
c) eficiência.
d) publicidade.
e) indisponibilidade.

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27 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio)
O regime jurídico administrativo tipifica o próprio direito administrativo e
confere à Administração
a) prerrogativas instrumentais à consecução de fins de interesse geral, não a
sujeitando, no entanto, a restrições, isso em razão do princípio da supremacia
do interesse público sobre o privado.
b) prerrogativas não aplicáveis ao particular e instrumentais à cura do
interesse público, tais como a autotutela e o poder de polícia, dentre outras
tantas, que lhe permitem assegurar a supremacia do interesse público sobre
o privado.
c) privilégios em face do particular, que podem ser exercidos de forma ampla
e irrestrita, em razão de sua posição vertical face aos mesmos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

d) restrições e prerrogativas necessárias à consecução dos seus fins, que são


igualmente identificáveis nas relações entre os privados em razão do princípio
da isonomia.
e) amplo poder em face do particular, que se sujeita aos seus comandos
independentemente do fim objetivado, uma vez que o agir administrativo é
presumidamente de acordo com a lei.

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28 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo)
A Administração pública está sujeita a regime jurídico administrativo, quea)
não se aplica às hipóteses de desconcentração do serviço público, método de
gestão administrativa utilizado para flexibilização do regime jurídico aplicável
à atuação da Administração.
b) não se aplica às hipóteses de descentralização do serviço público, que
passa a ser de competência de pessoas jurídicas com personalidade própria e
distinta do Estado.
c) não se aplica às autarquias, porque integrantes da Administração pública
indireta.
d) aplica-se às autarquias, pessoas jurídicas de direito público que integram a
Administração pública indireta do Estado.
e) pode ser afastado por decisão discricionária do Administrador, desde que
justificada, em razão dos princípios da eficiência e economicidade.

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29 (2016/FCC/SEGEP-MA/Tecnologia da Informação)
Sobre os princípios da Administração pública é exemplo de infração ao
princípio da:
I. legalidade, atuação administrativa conforme o Direito.
II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública
pretende prejudicar um inimigo.
III. publicidade, se negar a publicar as contas de um Município.
IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu
gabinete.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.

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30 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
Quando a União firma um convênio com um estado da Federação, a relação
jurídica envolve a União e o ente federado e não a União e determinado
governador ou outro agente. O governo se alterna periodicamente nos termos
da soberania popular, mas o estado federado é permanente. A mudança de
comando político não exonera o estado das obrigações assumidas. Nesse
sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem entendido que a inscrição do
nome de estado-membro em cadastro federal de inadimplentes devido a
ações e(ou) omissões de gestões anteriores não configura ofensa ao princípio
da administração pública denominado princípio do(a)
a) intranscendência.
b) contraditório e da ampla defesa.
c) continuidade do serviço público.
d) confiança legítima.
e) moralidade.

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31 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
O princípio da proteção à confiança da administração pública
a) determina que a administração pública atenda apenas ao que a lei impõe.
b) dá à administração pública o poder da execução imediata das decisões
administrativas, possibilitando a criação de obrigações para o particular.
c) corresponde ao aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica.
d) é considerado uma imposição da limitação à discricionariedade da
administração pública.
e) é um dos princípios expressamente arrolados no art. 37 da Constituição
Federal de 1988.

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32 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Acerca de função administrativa e atos administrativos, julgue o item a
seguir.
Em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público, o Estado
somente poderá exercer sua função administrativa sob o regime de direito
público.

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33 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
No que se refere aos princípios da administração pública, julgue o item
subsequente.
O princípio da publicidade viabiliza o controle social da conduta dos agentes
administrativos.

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34 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
No que se refere aos princípios da administração pública, julgue o item
subsequente.
O princípio da precaução impõe à administração, diante de situações e ações
que envolvam risco, a adoção de medidas preventivas contra a ocorrência de
dano para a coletividade.

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35 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
No que se refere aos princípios da administração pública, julgue o item
subsequente.
O princípio da eficiência norteia essencialmente a prestação de serviços
públicos à coletividade, sem impactar, necessariamente, rotinas e
procedimentos internos da administração.

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36 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)


Acerca dos servidores públicos, dos poderes da administração pública e do
regime jurídico-administrativo, julgue o item que se segue.
A supremacia do interesse público sobre o interesse particular, embora
consista em um princípio implícito na Constituição Federal de 1988, possui a
mesma força dos princípios que estão explícitos no referido texto, como o
princípio da moralidade e o princípio da legalidade.

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37 (2016/FCC/Copergás – PE/Engenheiro civil)
Considere:
I. Determinado Estado da Federação fiscaliza a atividade de autarquia
estadual, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades
institucionais.
II. A Administração pública pode, através dos meios legais cabíveis, impedir
quaisquer atos que ponham em risco a conservação de seus bens.
III. Os atos da Administração pública revestem-se de presunção relativa,
sendo o efeito de tal presunção a inversão do ônus da prova.
No que concerne aos princípios do Direito Administrativo,
a) todos os itens relacionam-se corretamente a princípios do Direito
Administrativo, quais sejam, princípios da tutela, autotutela e presunção de
legitimidade, respectivamente.
b) nenhum deles está relacionado a princípios do Direito Administrativo.
c) apenas os itens I e II relacionam-se corretamente a princípios do Direito
Administrativo, quais sejam, princípios da tutela e da autotutela,
respectivamente, estando o item III incorreto.
d) apenas o item II relaciona-se corretamente a princípio do Direito
Administrativo, qual seja, o princípio da tutela, estando os itens I e III
incorretos.
e) apenas os itens I e II relacionam-se corretamente a princípios do Direito
Administrativo, quais sejam, princípios da especialidade e da tutela,
respectivamente, estando o item III incorreto.

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38 (2016/FCC/Copergás – PE/Analista – Administrador)

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O Governador de determinado Estado praticou ato administrativo sem


interesse público e sem conveniência para a Administração pública, visando
unicamente a perseguição de Prefeito Municipal. Trata-se de violação do
seguinte princípio de Direito Administrativo, dentre outros,
a) publicidade.
b) impessoalidade.
c) proporcionalidade.
d) especialidade.
e) continuidade do serviço público.

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39 (2016/FCC/Copergás – PE/Auxiliar administrativo)
Um dos princípios do Direito Administrativo denomina-se especialidade.
Referido princípio
a) decorre dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse
público e concerne à ideia de descentralização administrativa.
b) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de
coordenação e subordinação que existe dentro dos referidos órgãos.
c) aplica-se somente no âmbito da Administração direta.
d) decorre do princípio da razoabilidade e está intimamente ligado ao conceito
de desconcentração administrativa.
e) relaciona-se ao princípio da continuidade do serviço público e destina-se
tão somente aos entes da Administração pública direta.

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40 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia)
Considerando os princípios e fundamentos teóricos do direito administrativo,
assinale a opção correta.
a) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, se constituídas
como pessoa jurídica de direito privado, não integram a administração
indireta.
b) Desconcentração é a distribuição de competências de uma pessoa física ou
jurídica para outra, ao passo que descentralização é a distribuição de

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

competências dentro de uma mesma pessoa jurídica, em razão da sua


organização hierárquica.
c) Em decorrência do princípio da legalidade, é lícito que o poder público faça
tudo o que não estiver expressamente proibido pela lei.
d) A administração pública, em sentido estrito e subjetivo, compreende as
pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes públicos que exerçam função
administrativa.
e) No Brasil, por não existir o modelo da dualidade de jurisdição do sistema
francês, o ingresso de ação judicial no Poder Judiciário para questionar ato do
poder público é condicionado ao prévio exaurimento da instância
administrativa.

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41 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia)
Tendo como referência a jurisprudência majoritária do STF acerca dos
princípios expressos e implícitos da administração pública e do regime
jurídico-administrativo, assinale a opção correta.
a) Se houver repasse de verbas federais a município, a aplicação desses
recursos pelo governo municipal não será objeto de fiscalização do órgão
controlador federal, dado o princípio da autonomia dos entes federados.
b) A alteração, por meio de portaria, das atribuições de cargo público não
contraria direito líquido e certo do servidor público investido no cargo, diante
da inexistência de direito adquirido a regime jurídico.
c) A administração pública não pode, mediante ato próprio, desconsiderar a
personalidade jurídica de empresa fiscalizada por tribunal de contas; a esse
caso não se aplica a doutrina dos poderes implícitos.
d) Segundo o STF, a vedação ao nepotismo decorre diretamente de princípios
constitucionais explícitos, como os princípios da impessoalidade, da
moralidade administrativa e da igualdade, não se exigindo a edição de lei
formal para coibir a sua prática.
e) De acordo com o princípio da eficiência, a administração pode revogar seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles
não se originam direitos. Também pode anulá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, hipótese na qual devem ser respeitados os direitos
adquiridos.

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42 (2016/CESPE/PC-PE/Agente de Polícia)
O diretor-geral da polícia civil de determinado estado exarou um ato
administrativo e, posteriormente, revogou-o, por entender ser inconveniente
sua manutenção.
Nessa situação hipotética, o princípio em que se fundamentou o ato de
revogação foi o princípio da
a) segurança jurídica.
b) especialidade.
c) autotutela.
d) supremacia do interesse público.
e) publicidade.

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43 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil)
Assinale a opção correta acerca da administração pública.
a) O mandado de segurança não constitui meio adequado para o controle
judicial de ato administrativo eivado de ilegalidade.
b) O ato complexo é o que resulta da vontade única de um órgão, mas
depende da verificação por parte de outro para se tornar exequível.
c) A licença é exemplo de ato administrativo enunciativo
d) A possibilidade que tem a administração pública de, nos termos da lei,
constituir terceiros em obrigações mediante atos unilaterais constitui
aplicação do princípio da supremacia do interesse público.
e) O poder discricionário é aquele que é concedido à administração, de modo
explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na
escolha de sua conveniência, oportunidade, conteúdo, forma e finalidade.

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44 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor)
O Tribunal de Contas de determinado estado da Federação, ao analisar as
contas prestadas anualmente pelo governador do estado, verificou que
empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade de licitação,
para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela

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empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam


a figura do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por
Whatsapp para apresentar defesa. Na data de visualização da intimação, a
referida autoridade encaminhou resposta, via Whatsapp, declarando-se
ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal de Contas não acolheu a defesa
do governador e julgou irregular a prestação de contas.
A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
Dado o teor da campanha publicitária, é correto inferir que, na situação, se
configurou ofensa aos princípios da impessoalidade e da moralidade.

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45 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor de Controle Externo – Direito)
Em relação aos consórcios públicos, aos princípios do direito administrativo e
à organização da administração pública, julgue o item a seguir.
De acordo com a jurisprudência do STF, em exceção ao princípio da
publicidade, o acesso às informações referentes às verbas indenizatórias
recebidas para o exercício da atividade parlamentar é permitido apenas aos
órgãos fiscalizadores e aos parlamentares, dado o caráter sigiloso da natureza
da verba e a necessidade de preservar dados relacionados à intimidade e à
vida privada do parlamentar.

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46 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social)
Julgue o item que se segue, acerca da administração pública.
Na análise da moralidade administrativa, pressuposto de validade de todo ato
da administração pública, é imprescindível avaliar a intenção do agente.

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47 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social)
Julgue o item que se segue, acerca da administração pública.
Em decorrência do princípio da impessoalidade, as realizações administrativo-
governamentais são imputadas ao ente público e não ao agente político.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

48 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social)


Julgue o próximo item, a respeito dos atos administrativos.
Em decorrência do princípio da autotutela, não há limites para o poder da
administração de revogar seus próprios atos segundo critérios de
conveniência e oportunidade.

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49 (2016/FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ)/Juiz do trabalho)
São princípios previstos na Constituição Federal e que devem ser obedecidos
pela Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dos poderes da
União, Estados, Distrito Federal e Municípios:
I. Pessoalidade
II. Legalidade
III. Formalidade
IV. Eficiência
Está correto o que consta em
a) I e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) I e IV, apenas.
e) II e III, apenas.

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50 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
A respeito dos princípios da administração pública, assinale a opção correta.
a) Decorre do princípio da hierarquia uma série de prerrogativas para a
administração, aplicando-se esse princípio, inclusive, às funções legislativa e
judicial.
b) Decorre do princípio da continuidade do serviço público a possibilidade de
preencher, mediante institutos como a delegação e a substituição, as funções
públicas temporariamente vagas.

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c) O princípio do controle ou tutela autoriza a administração a realizar


controle dos seus atos, podendo anular os ilegais e revogar os inconvenientes
ou inoportunos, independentemente de decisão do Poder Judiciário.
d) Dado o princípio da autotutela, a administração exerce controle sobre
pessoa jurídica por ela instituída, com o objetivo de garantir a observância de
suas finalidades institucionais.
e) Em decorrência do princípio da publicidade, a administração pública deve
indicar os fundamentos de fato e de direito de suas decisões.

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51 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
A respeito dos princípios da administração pública, assinale a opção correta.
a) Em decorrência do princípio da autotutela, apenas o Poder Judiciário pode
revogar atos administrativos.
b) O princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio da
supremacia do interesse público equivalem-se.
c) Estão expressamente previstos na CF o princípio da moralidade e o da
eficiência.
d) O princípio da legalidade visa garantir a satisfação do interesse público.
e) A exigência da transparência dos atos administrativos decorre do princípio
da eficiência.

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52 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário -
Serviço Social)
Assinale a opção correta a respeito dos princípios da administração pública.
a) O princípio da eficiência deve ser aplicado prioritariamente, em detrimento
do princípio da legalidade, em caso de incompatibilidade na aplicação de
ambos.
b) Os institutos do impedimento e da suspeição no âmbito do direito
administrativo são importantes corolários do princípio da impessoalidade.
c) A administração deve, em caso de incompatibilidade, dar preferência à
aplicação do princípio da supremacia do interesse público em detrimento do
princípio da legalidade.

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d) A publicidade, princípio basilar da administração pública, não pode sofrer


restrições.
e) A ofensa ao princípio da moralidade pressupõe afronta também ao princípio
da legalidade.

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53 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Manoela foi irregularmente investida no cargo público de Analista do Tribunal
Regional do Trabalho da 23ª Região, tendo, nessa qualidade, praticado
inúmeros atos administrativos. O Tribunal, ao constatar o ocorrido,
reconheceu a validade dos atos praticados, sob o fundamento de que os atos
pertencem ao órgão e não ao agente público. Trata-se de aplicação específica
do princípio da
a) impessoalidade.
b) eficiência.
c) motivação.
d) publicidade.
e) presunção de veracidade.

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54 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Técnico de Administração)
O Supremo Tribunal Federal, em importante julgamento, considerou legítima
a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração pública,
dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e
vantagens pecuniárias, não havendo qualquer ofensa à Constituição Federal,
bem como à privacidade, intimidade e segurança dos servidores. Pelo
contrário, trata-se de observância a um dos princípios básicos que regem a
atuação administrativa, qual seja, o princípio específico da
a) proporcionalidade.
b) eficiência.
c) presunção de legitimidade.
d) discricionariedade.
e) publicidade.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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55 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração)
Determinada autoridade administrativa deixou de anular ato administrativo
ilegal, do qual decorriam efeitos favoráveis para seu destinatário, em razão
de ter decorrido mais de cinco anos desde a prática do ato, praticado de boa-
fé. Nessa situação hipotética, a atuação da autoridade administrativa está
fundada no princípio administrativo da
a) tutela.
b) moralidade.
c) segurança jurídica.
d) legalidade.
e) especialidade.

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56 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração)
O regime jurídico-administrativo caracteriza-se
a) pelas prerrogativas e sujeições a que se submete a administração pública.
b) pela prevalência da autonomia da vontade do indivíduo.
c) por princípios da teoria geral do direito.
d) pela relação de horizontalidade entre o Estado e os administrados.
e) pela aplicação preponderante de normas do direito privado.

---------------------------------------------------------------------------------------
57 (2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário)
Acerca do princípio da segurança jurídica, assinale a opção correta.
a) Em relação a situações jurídicas que se prolonguem no tempo, não há
vedação à retroatividade de nova interpretação normativa adotada pela
administração.
b) A garantia do contraditório e da ampla defesa no processo administrativo
disciplinar relaciona-se à segurança jurídica.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 54


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) Conforme a teoria do agente de fato, o servidor público cuja investidura


haja se dado em situação de ilegalidade será mantido no cargo após o
decurso de prazo considerado razoável.
d) A vedação ao comportamento contraditório estende-se à administração
pública, o que a impede de praticar atos que sejam contrários a
posicionamentos por ela assumidos ou que desconstituam situações
aperfeiçoadas em razão de sua omissão ou falta de atuação imediata.
e) O prazo decadencial de cinco anos para que a administração anule atos
eivados de vícios atenta contra a segurança jurídica e a legalidade ao admitir
que atos nulos continuem a produzir efeitos ainda que seja comprovada má-
fé daquele que o praticou ou daquele que seja destinatário beneficiário.

GABARITO
1-A 2-C 3-C 4-C 5-C 6-C 7-A 8-E 9-A 10-C
11-C 12-C 13-C 14-C 15-C 16-C 17-E 18-C 19-E 20-C
21-D 22-A 23-E 24-E 25-A 26-B 27-B 28-D 29-B 30-A
31-C 32-E 33-C 34-C 35-E 36-C 37-A 38-B 39-A 40-D
41-D 42-C 43-D 44-C 45-E 46-E 47-C 48-E 49-B 50-B
51-C 52-B 53-A 54-E 55-C 56-A 57-B

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA

1 ORGÃOS PÚBLICOS
São centros de competência despersonalizados cuja atuação é imputada
a pessoa que integram.

Teoria do Órgao ou da Imputação (imputação volitiva) – o órgão atua


por intermédio de seus agentes, e a atuação do órgão é imputada à pessoa
jurídica que ele integra. Teoria adotada no Brasil para justificar a
relação entre o Estado e os seus agentes.
Para Di Pietro, essa teoria (teoria da imputação) é utilizada, também, para
justificar a validade dos atos praticados por “funcionário de fato”, porque se
considera que o ato praticado por ele é ato do órgão, imputável, portanto, à
administração pública.

(CESPE/2015/Telebrás) A teoria do órgão, segundo a qual os atos e


provimentos administrativos praticados por determinado agente são
imputados ao órgão por ele integrado, é reflexo importante do princípio
da impessoalidade.

Teoria do Mandato – por essa teoria, a relação entre o Estado e seus


agentes públicos teria por base o contrato de mandato (procuração).
Assim, por meio de uma procuração, o Estado outorgaria poderes aos seus
agentes para atuarem em nome do próprio Estado
Essa teoria foi criticada pela doutrina, pois o Estado não possui vontade
própria, não podendo outorgar o mandato. Ainda não ficava claro, por essa
teoria, quem seria responsabilizado quando o mandatário exorbitasse dos
poderes conferidos no mandato.

Teoria da Representação – de acordo com essa teoria, o agente seria uma


espécie de tutor ou curador do Estado, ou seja, o agente seria equiparado aos
representantes das pessoas incapazes no direito civil.
Essa teoria também foi muito criticada pela doutrina, já que comparava uma
pessoa jurídica (o Estado) ao incapaz. Outro aspecto criticado foi a
possibilidade de o próprio Estado conferir representante a si mesmo.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 56


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

1.1 CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE ÓRGÃOS


A criação formal de órgãos, bem como a sua extinção, depende de LEI (CF,
art. 48, XI). A iniciativa dessa lei é privativa do chefe do Poder
Executivo, quando o órgão a ser criado ou extinto for do âmbito desse
Poder. Por simetria, sua aplicação é obrigatória a todos os entes federativos
(E, DF e M).
OBS: PRINCÍPIO DA ORGANIZAÇÃO LEGAL DO SERVIÇO PÚBLICO: via
de regra, os cargos, empregos, funções, órgãos e ministérios devem ser
criados pro LEI.

CARGOS
CRIAÇÃO ATRAVÉS DE LEI
EMPREGOS COMPETÊNCIA:
EXTINÇÃO DE INICIATIVA DO
FUNÇÕES PÚBLICAS CONGRESSO
TRANSFORMAÇÃO ÓRGÃOS PRESIDENTE DA
NACIONAL
MINISTÉRIOS REPÚBLICA

EXCEÇÕES:
1) a criação, transformação e a extinção dos cargos, empregos e
funções da Câmara dos Deputados e do Senado Federal se dá por meio de
Resolução da própria casa legislativa.
2) a criação e a extinção dos cargos do Poder Judiciário serão efetuadas
por meio de LEI de iniciativa do STF, Tribunais Superiores e dos Tribunais de
Justiça, conforme o caso.
3) a extinção de funções ou cargos públicos quando VAGOS é de
competência privativa do Presidente da República, por meio de DECRETO
AUTÔNOMO.
4) dispor sobre a organização e o funcionamento da administração
federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos, é competência privativa do Presidente da
República, exercida por meio de DECRETO AUTÔNOMO.

1.2 CARACTERÍSTICAS:
- estão presentes na estrutura da administração direta e indireta.
- não possuem personalidade jurídica própria
- surgem da desconcentração administrativa
- não possuem patrimônio próprio
- via de regra, não possuem capacidade processual (estar em juízo)
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 57
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

- sempre integram a estrutura de uma pessoa jurídica


- podem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37 § 8° da CF/88.
- os órgãos públicos necessariamente possuem funções, cargos e agentes.
- alguns possuem relativa autonomia gerencial, orçamentária e financeira.
OBS: o Ministério Público é um órgão que possui capacidade processual ativa,
podendo ajuizar as ações previstas no art. 129 da CF/88.
OBS: segundo o STF, certos órgãos (independentes e autônomos) podem ir à
justiça em defesa de sua competência quando violada por uma 3ª pessoa. É
possível inclusive a interposição de mandado de segurança quando na defesa
de direito líquido e certo. É a chamada capacidade processual, restrita e
específica, para defesa em juízo de suas atribuições administrativas.

ORGÃOS ENTIDADES
- nem todos gozam de autonomia - possuem autonomia administrativa
- não possuem patrimônio próprio - possuem patrimônio próprio
- Regra: não possuem capacidade - possuem capacidade processual e
processual. personalidade jurídica.
- Exceção: alguns possuem
personalidade judicária
(independentes e autônomos)

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS


- Formado por um só centro de
SIMPLES competência, não possuindo
divisões internas. Ex. escolas
QUANTO A SUA
ESTRUTURA
- Possui mais de um centro de
COMPOSTO competência, com divisões
internas. Ex. Ministérios.

- As decisões são tomadas por um


SINGULAR único agente. Ex. Presidência da
república
QUANTO A SUA
ATUAÇÃO
ESTATAL
- As decisões são tomadas por mais
COLEGIADO de um agente. Ex. Senado, tribunais,
etc.

CLASSIFICAÇÃO
DOS - Previsto diretamente na CF/88, não
ÓRGÃOS sendo subordinado a nenhum outro
INDEPENDENTE órgão. Ex. Presidência da república,
câmara, senado, tribunais, TCU, MP

- é subordinado ao independente,
possuindo ampla autonomia
AUTÔNOMO administrativa, financeira e
orçamentária. Ex. AGU, ministérios,
QUANTO A SUA casa civil.
POSIÇÃO
ESTATAL
- Possui poder de decisão, direção e
SUPERIOR controle, porém, sem autonomia
financeira ou orçamentária. Ex. PF,
RFB

- órgão de mera execução, sempre


subordinado a vários níveis
SUBALTERNO
hierárquicos superiors. Ex.
Delegacias, escolas.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 59


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2 – CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO

CENTRALIZAÇÃO: o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio dos


órgãos e agentes integrantes da administração direta.

DESCENTRALIZAÇÃO: ocorre quando a entidade política transfere para


outra pessoa parte de suas atribuições. Pressupõe a existência de duas
pessoas distintas: o ente descentralizador e a pessoa que recebeu a
atribuição. Entre elas não há subordinação, mas apenas vinculação,
existindo o chamado controle finalístico. A descentralização pode ser
implementada por OUTORGA ou DELEGAÇÃO.

DESCONCENTRAÇÃO: mera técnica administrativa de distribuição


interna de competências mediante criação de órgãos públicos. Pressupõe a
existência de apenas uma Pessoa Jurídica, pois os órgãos não possuem
personalidade jurídica própria. Na desconcentração haverá o chamado
controle hierárquico (subordinação). Há o surgimento dos órgãos
públicos.
OBS: A distribuição de competências entre os órgãos de uma mesma
pessoa jurídica denomina-se desconcentração, podendo ocorrer em razão
da matéria, da hierarquia ou por critério territorial.

CONCENTRAÇÃO: técnica administrativa que promove a extinção de órgãos


públicos. Tanto a concentração quanto a desconcentração podem ser
utilizadas no âmbito da Administração Direta e Indireta.

EXCECUTIVO
DESCONCENTRAÇÃO
LEGISLATIVO
POLÍTICA
JUDICIÁRIO

ESTADO

UNIÃO
DESCENTRALIZAÇÃO ESTADOS
POLÍTICA DF
MUNICÍPIOS

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

DIRETA ÓRGÃOS
(centralização PÚBLICOS
administrativa)

ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA

INDIRETA AUTARQUIA
(descentralização FUNDAÇÃO
administrativa) EP
SEM

DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: é a transferência da


titularidade e/ou execução de uma atividade administrativa de uma
Pessoa Jurídica a outra.

Criação de um ente, dentro de certa


TERRITORIAL
localidade, ou território, com
ou
capacidade de auto-organização. Ex.
GEOGRÁFICA
Territórios federais

POR OUTORGA Corresponde à Adm. Indireta


DESCENTRALIZAÇÃO Serviços (autarquias, fundações, SEM e EP).
ADMINISTRATIVA Funcional Ocorre a transferência de titularidade
Técnica e execução da atividade por lei. O
prazo é indeterminado.

É a delegação de certa atividade, por


POR DELEGAÇÃO meio de ato ou contrato.
Por Colaboração - concessionários
- permissionários
- autorizatários

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

OBS: NÃO há nenhuma forma de hierarquia na descentralização


administrativa. Na relação entre a administração direta e indireta, diz-se
que há vinculação (e não subordinação). A administração direta exerce o
controle finalístico (ou tutela administrativa ou supervisão
ministerial) sobre a administração indireta. Para o exercício desse controle
deve haver expressa previsão legal, que vai determinar os limites e os
instrumentos de controle (atos de tutela).

DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

POR OUTORGA POR DELEGAÇÃO

1 – por ato unilateral ou contrato


1- por Lei
2 – transfere apenas a execução do
2 - transfere a titularidade e serviço
execução do serviço
3 – sempre por prazo determinado
3- normalmente por prazo (contrato) e normalmente
indeterminado indeterminado (ato unilateral)
4 – o Estado cria uma nova pessoa 4- já existe uma pessoa jurídica
jurídica criada
5 – correspondem as entidades da 5- não fazem parte da administração
Administração Indireta pública indireta
6- fundamenta-se no princípio da
especialização (ou da especialidade).

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA

ENTIDADES POLÍTICAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA 1- AUTARQUIAS
1- UNIÃO 2- FUNDAÇÕES PÚBLICAS
2- ESTADOS 3 – EMPRESAS PÚBLICAS (EP)
3 – DISTRITO FEDERAL 4 – SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
4 – MUNICÍPIOS (SEM)

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 62


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

AO LADO DO ESTADO

ENTIDADES PARAESTATAIS
- Serviços Sociais Autônomos (SSA)
- Organizações Sociais (OS)
- Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP)
- Instituições comunitárias de educação superior (ICES)
- as denominadas “entidades de apoio”
OBS: as entidades paraestatais são entes privados que não integram a
administração direta ou indireta, mas que exercem atividades de interesse
público sem finalidade lucrativa. Integram o chamado TERCEIRO SETOR.

PRIMEIRO SETOR – ESTADO


SEGUNDO SETOR – INICIATIVA PRIVADA COM FINS LUCRATIVOS
TERCEIRO SETOR – INICIATIVA PRIVADA SEM FINS LUCRATIVOS

3 – ADMINISTRAÇÃO INDIRETA – ENTIDADES ADMINISTRATIVAS


São pessoas jurídicas instituídas pelos entes políticos para o exercício de
atividades administrativas. Sua principal característica é possuir
personalidade jurídica própria.

3.1 CRIAÇÃO E EXTINÇÃO (ART. 37. XIX, CF/88)


a) as AUTARQUIAS são criadas por lei específica de iniciativa privativa
do chefe do Poder Executivo. O fato de ser criada por lei específica
significa que a autarquia adquire personalidade jurídica própria no dia
em que a lei entrar em vigor, sem necessidade de registro.

b) as FUNDAÇÕES PÚBLICAS, as EMPRESAS PÚBLICAS e as


SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA terão a sua autorização
determinada em lei específica, de iniciativa do chefe do executivo.
Nesse caso a lei apenas autoriza a criação que ocorrerá em um
momento posterior. Para que tais entidades sejam efetivamente
instituídas será necessário editar um decreto bem como promover o
registro nos órgãos competentes.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 63


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

OBS: apesar de não estar previsto de forma literal no texto da constituição, a


doutrina e o STF entendem que as fundações públicas podem ser criadas com
personalidade jurídica de direito público, diretamente por lei, caso em que
elas serão uma espécie do gênero autarquias. Caso na prova vier apenas
Fundação Pública, sem especificar se de direito público ou privado, considere
fundação pública de direito privado, conforme o texto constitucional.
OBS: as entidades administrativas podem ser criadas no âmbito da U, E, DF e
M.
OBS: a extinção ou modificação das entidades administrativas também será
precedida de lei específica, de iniciativa do chefe do executivo, obedecendo,
nesses casos, o princípio do paralelismo das formas.
OBS: é possível a instituição de entidades administrativas vinculadas aos
poderes legislativo e judiciário. Nesse caso a iniciativa da lei caberá ao chefe
do respectivo poder.
OBS: segundo a CF/88, lei complementar vai definir as áreas de atuação de
todas as fundações públicas.
OBS: para instituir uma EP ou SEM deverá existir uma lei específica
autorizativa. Para instituir uma subsidiária deve ter autorização legislativa
(não precisa de lei específica). Segundo o STF, é constitucional a lei
específica que autoriza uma EP ou SEM e desde já permite a
instituição de subsidiárias.

3.2 CARACTERÍSTICAS COMUNS DAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS


- possuem personalidade jurídica própria
- possuem autonomia administrativa e financeira
- integram a administração indireta
- surgem da descentralização administrativa
- possuem patrimônio próprio
- possuem capacidade processual (estar em juízo)
- devem fazer concurso e licitação (OBS: Lei 13.303/16)
- devem prestar contas
- não são subordinadas, mas apenas vinculadas aos entes políticos
- sofrem o chamado controle finalístico
- não podem legislar
- podem editar atos de caráter normativo
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 64
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

- sujeitam-se ao controle e fiscalização pelo Poder Legislativo


- seus agentes, sujeitam-se à Lei de Improbidade administrativa (Lei n.
8.429/92)
OBS: legislar significa editar lei em sentido estrito, podendo inovar na ordem
jurídica e criar obrigações. Apenas os entes políticos podem legislar. Os
atos de caráter normativo apenas complementam/regulamentam uma lei, não
podendo inovar a ordem jurídica nem criar obrigações não previstas em lei.
OBS: o único ato de caráter normativo que pode inovar a ordem jurídica é o
decreto autônomo, previsto no art. 84, VI, da CF/88.

3.3 ENIDADES EM ESPÉCIE


3.3.1 AUTARQUIAS
São entidades administrativas autônomas, criadas por lei específica, com
personalidade jurídica de direito público, para o desempenho de
atividades típicas do Estado. Ter personalidade jurídica de direito público
significa possuir as mesmas prerrogativas do Estado. Assim, as autarquias
podem prestar serviços públicos, exercer poder de polícia, fiscalizar, regular,
bem como qualquer atividade que exija supremacia.
NATUREZA JURÍDICA: são entidades administrativas de direito público.
EXEMPLOS DE AUTARQUIAS: agências reguladoras, BACEN, INSS, IBAMA,
INCRA, DETRAN-DF, USP, UFRJ, etc.
PATRIMÔNIO: possuem patrimônio próprio e seus bens são públicos. Os
bens públicos das autarquias possuem as seguintes características:
Inalienabilidade: não podem ser vendidos enquanto estiverem
vinculados a uma finalidade pública.
Imprescritibilidade: não podem ser adquiridos por usucapião.
Impenhorabilidade: não podem ser objeto de penhora judicial. As
autarquias pagam suas dívidas por meio de precatórios.
Não-onerabilidade: os bens públicos das autarquias não podem ser
oferecidos em garantia.
REGIME DE PESSOAL: as autarquias estão submetidas ao regime jurídico
único e por isso só podem adotar o vínculo estatutário.
IMUNIDADE DE IMPOSTOS: tal como o Estado, as autarquias não pagam
impostos sobre seus serviços, renda e patrimônio. Tal imunidade não abrange
as taxas e as contribuições.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

PRIVILÉGIOS PROCESSUAIS: as autarquias possuem privilégios quando


estão litigando judicialmente, como por exemplo, prazo em dobro para
contestar e recorrer e duplo grau de jurisdição obrigatório nas sentenças
que lhe sejam desfavoráveis.
NOVIDADE CPC/2015:
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de
direito público gozarão de prazo em dobro para todas as
suas manifestações processuais, cuja contagem terá início
a partir da intimação pessoal.
§ 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio
eletrônico.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a
lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente
público.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei
ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente
aos prazos processuais.
FORO JUDICIAL: as autarquias federais, nos litígios comuns, sendo
autoras, rés, assistentes ou oponentes, têm suas causas processadas e
julgadas na Justiça Federal. Os mandados de segurança contra atos
coatores praticados por agentes autárquicos federais também são
processados e julgados na Justiça Federal.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL: as dívidas passivas das autarquias
prescrevem em 5 anos.
RESPONSABILIDADE CIVIL: responsabilidade objetiva
AUTARQUIA CORPORATIVA PROFISSIONAL: constituída para atividade
de fiscalização e regulamentação de determinadas profissões. São os
conselhos de classe.
OBS: os conselhos de classe, apesar de serem classificados como autarquias,
adotam vínculo celetista.
OBS: O STF decidiu que a OAB não se enquadra como um conselho de classe,
não precisa de concurso, licitação, e nem de prestar contas. Assim, o STF
entende que a OAB não possui classificação no direito brasileiro, não integra a
administração pública brasileira, sendo considerada uma instituição “SUI
GENERIS”.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 66


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

AUTARQUIA POLÍTICA OU TERRITORIAL: os territórios, quando


existirem, terão a natureza jurídica de autarquia federal.
OBS: os territórios são criados por lei complementar. Cada território elegerá
4 deputados federais. O território pode ser dividido em municípios.
AUTARQUIA EM REGIME ESPECIAL: é aquela que recebeu da lei
instituidora determinadas características que lhe garante maior autonomia.
Ex. Agências Reguladoras, BACEN, etc.
ESPÉCIES DE AUTARQUIAS
- autarquia comum
- autarquia fundacional ou fundação autárquica
- autarquia territorial
- autarquia profissional ou corporativa
- autarquia interfederativa (consórcios públicos – associação pública)

AGÊNCIA REGULADORA X AGÊNCIA EXECUTIVA


O quadro abaixo sintetiza as principais diferenças e semelhanças entre as
agências reguladoras e as agências executivas.1

AGÊNCIAS REGULADORAS AGÊNCIAS EXECUTIVAS

Não se trata de uma nova espécie de Não se trata de uma nova espécie de
entidade integrante da administração entidade integrante da administração
pública indireta pública indireta

São autarquias sob regime Podem ser autarquias ou


especial fundações públicas

Trata-se de denominação Trata-se de qualificação formal,


utilizada pela doutrina e em leis prevista na Lei 9.649/1998, arts.
administrativas 51 e 52.

Não é uma qualificação formal, A qualificação formal como “agência


atribuída por algum ato executiva” tem consequências
administrativo, com consequências jurídicas definidas (ampliação de
jurídicas definidas. O grau de autonomia) e é conferida à autarquia
autonomia da entidade depende dos ou à fundação pública mediante
instrumentos específicos que a decreto.

1
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. E atual. – Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 50 e 51.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 67


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

respectiva lei instituidora estabeleça.

Pode ocorrer a desqualificação da


entidade, mediante decreto, caso
ela descumpra exigências
Não existe a figura da estabelecidas na legislação ou no
“desqualificação”de agência contrato de gestão. A desqualificação
reguladora. em nada afeta a natureza da
entidade, que continua sendo a
mesma autarquia ou fundação
pública.

Atuam especificamente na área de Não é prevista alguma área específica


regulação de atuação

A celebração de contrato de gestão


com o poder público é condição
Pode, ou não, haver norma, na lei obrigatória para a obtenção da
instituidora, impondo a celebração de qualificação. Exige-se, ainda, que a
contrato de gestão com o poder entidade tenha um plano estratégico
público. de reestruturação e de
desenvolvimento institucional em
andamento.

É possível uma agência reguladora


ser qualificada como agência Uma autarquia qualificada como
executiva, caso preencha os agência executiva pode, ou não, ser
requisitos legais e requeira a uma agência reguladora.
qualificação.

3.3.2 FUNDAÇÕES PÚBLICAS


As fundações públicas são patrimônio público personificado em que o seu
instituidor é um ente político. Este ente político faz uma dotação patrimonial e
destina recursos orçamentários para a manutenção da entidade.
O objeto das fundações deve ser uma atividade de interesse social,
exercida sem o intuito de lucro, como educação, saúde, assistência social,
pesquisa científica, proteção ao meio ambiente, etc.
De acordo com a parte final do inciso XIX do art. 37, da Constituição, Lei
Complementar estabelecerá as áreas em que poderão atuar as fundações
públicas (tanto as de direito público como as de direito privado). Essa lei
ainda não foi editada.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 68


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

OBS: a diferença entre uma autarquia e uma fundação autárquica é


meramente conceitual. A autarquia é um serviço público personificado,
em regra, típico de Estado, enquanto a fundação autárquica é um
patrimônio personalizado destinado a uma finalidade determinada – de
interesse social. O regime jurídico de ambas é idêntico, em tudo.
Criação e extinção: diretamente por lei (se de dir. público); autorizada por
lei, mais registro (se de dir. privado).
OBS: quando a fundação pública for criada diretamente por lei, ela será
considerada uma espécie do gênero autarquia (fundação autárquica ou
autarquia fundacional) e, quando a fundação pública tiver a sua criação
autorizada em uma lei, ela será considerada fundação pública de direito
privado e será uma das 4 entidades da administração indireta.
Regime jurídico: direito público ou privado.
Prerrogativas: mesmas que as autarquias (se de dir. público); imunidade
tributária (dir. público ou privado).
Patrimônio: bens públicos (se de dir. público); bens privados, sendo que
os bens empregados na prestação de serviços públicos possuem prerrogativas
de bens públicos (se de dir. privado).
Pessoal: regime jurídico único (se de dir. público); regime jurídico único
ou celetista divergência doutrinária (se de dir. privado).
Foro judicial: igual às autarquias (se de dir. público); p/ doutrina, Justiça
Estadual (se de dir. privado); p/ jurisprudência, Justiça Federal (se de dir.
privado federal).
MINISTÉRIO PÚBLICO: no que toca às fundações públicas, o MP nada mais
faz do que exercer o mesmo controle a que está submetida toda a
administração pública, direta e indireta, deflagrado quando se verificam
indícios de irregularidades. As fundações públicas não estão sujeitas ao
controle pelo MP previsto no art. 66 do Código Civil (o MP velará pelas
fundações privadas)
Outras: contratos das fundações de dir. privado são regidos pela Lei de
Licitações.

3.3.3 EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA:


Criação e extinção: autorizada por lei, mais registro. Na esfera federal, no
poder executivo, a iniciativa da lei autorizadora é privativa do Presidente da
República, tanto para a criação como para a extinção.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 69


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

OBS: Subsidiárias: depende de autorização legislativa; pode ser genérica,


na lei que autorizou a criação da matriz.
Objeto: atividades econômicas, com intuito de lucro.
Pode ser:
(i) intervenção direta no domínio econômico (só nos casos de segurança
nacional ou relevante interesse coletivo; ou monopólio) ou
(ii) prestação de serviços públicos.
Personalidade jurídica: direito privado
Regime jurídico:
direito privado (exploradores de atividade empresarial);
direito público (prestadoras de serviço público).
Sujeições ao direito público: controle pelo Tribunal de Contas; concurso
público; licitação na atividade-meio.
Estatuto: aplicável às exploradoras de atividade empresarial. Prevê sujeição
ao regime próprio das empresas privadas e estatuto próprio de licitações e
contratos. Lei 13.303/2016.
Patrimônio: bens privados. Nas prestadoras de serviço público, os bens
empregados na prestação dos serviços possuem prerrogativas de bens
públicos.
Pessoal: celetista. Sem estabilidade. Demissão exige motivação. Não cabe
ao Legislativo aprovar o nome de dirigentes. É possível mandado de
segurança contra atos dos dirigentes em licitações.
Falência e execução: não se sujeitam

DIFERENÇAS ENTRE AS EP e SEM


Forma jurídica:
SEM = sociedades anônimas;
EP = qualquer forma admitida em direito.

Composição do capital:
SEM = público (majoritário) e privado;
EP = exclusivamente público, podendo participar mais de uma entidade
pública.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 70


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Foro judicial:
SEM federal = Justiça Estadual, regra; ou, se a União atuar como assistente
ou oponente = Justiça Federal.
EP federal = Justiça Federal, sempre.
EP ou SEM estadual ou municipal = Justiça Estadual.
Ações trabalhistas = Justiça do Trabalho.

Abaixo, apresentamos um quadro sinóptico geral com os principais pontos,


coincidentes e divergentes, relativos aos regimes jurídicos das empresas
públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividades
econômicas, de um lado, e prestadoras de serviços públicos, de outro2
EP e SEM – ATIVIDADES ECONÔMICAS EP e SEM – SERVIÇOS PÚBLICOS

Criação autorizada em lei específica (CF, art. Criação autorizada em lei específica (CF, art.
37, XIX) 37, XIX)

Personalidade jurídica de direito privado Personalidade jurídica de direito privado

Sujeição ao controle finalístico (tutela) pela Sujeição ao controle finalístico (tutela) pela
administração direta administração direta

Atividade sujeita predominantemente ao Atividade sujeita predominantemente ao


regime de direito privado (CF, art. 173) regime de direito público (CF, art. 175)

Não podem gozar de privilégios fiscais não


extensivos às empresas privadas (CF, art. Podem gozar de privilégios fiscais
173, § 2°). Vedação não aplicável no caso exclusivos.
de monopólio.

Não fazem jus à imunidade tributária


Fazem jus à imunidade recíproca (STF)
recíproca (CF, art. 150, VI, “a”, e § 2°)

Exigência de concurso público para a Exigência de concurso público para a


contratação de pessoal (CF, art. 37, II) contratação de pessoal (CF, art. 37, II)

Pessoal permanente sujeito ao regime Pessoal permanente sujeito ao regime


trabalhista (empregados públicos, regidos trabalhista (empregados públicos, regidos
pela CLT) pela CLT)

Os seus empregados públicos não fazem jus Os seus empregados públicos não fazem jus
à estabilidade do art. 41 da Constituição. à estabilidade do art. 41 da Constituição. A
Não há jurisprudência firmada no âmbito dispensa desses empregados públicos
do STF quanto à exigência, ou não, de exige motivação escrita (STF).
motivação escrita do ato de dispensa

2
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. E atual. – Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 63 e 64.

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desses empregados públicos.

Remuneração do pessoal não sujeita ao teto Remuneração do pessoal não sujeita ao teto
constitucional, exceto se a entidade receber constitucional, exceto se a entidade receber
recursos públicos para o pagamento de recursos públicos para o pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral despesas de pessoal ou de custeio em geral
(CF, art. 37, XI, e § 9°) (CF, art. 37, XI, e § 9°)

É inconstitucional a exigência de aprovação É inconstitucional a exigência de aprovação


prévia do Poder Legislativo como condição prévia do Poder Legislativo como condição
para o Chefe do Poder Executivo nomear ou para o Chefe do Poder Executivo nomear ou
exonerar os dirigentes da entidade (STF) exonerar os dirigentes da entidade (STF)

Sujeitas a controle pleno pelo Poder Sujeitas a controle pleno pelo Poder
Legislativo (CF, art. 49, X) Legislativo (CF, art. 49, X)

Todos os seus atos estão sujeitos a controle Todos os seus atos estão sujeitos a controle
de legalidade ou legitimidade pelo Poder de legalidade ou legitimidade pelo Poder
Judiciário, desde que provocado (CF, art. 5°, Judiciário, desde que provocado (CF, art. 5°,
XXXV) XXXV)

Sujeitas a controle pelo tribunais de contas, Sujeitas a controle pelo tribunais de contas,
sem peculiaridades sem peculiaridades

NÃO sujeitas ao art. 37, § 6°, da


Sujeitas ao art. 37, § 6°, da Constituição
Constituição (responsabilidade civil
(responsabilidade civil objetiva)
objetiva)

Não sujeitas a licitação para contratos


relativos às suas atividades-fim. Sujeitas a
licitação nas demais hipóteses. Previsão
Sujeitas às normas ordinárias de
constitucional de regime próprio de licitação
licitações públicas. Não há previsão
a ser estabelecido em lei ordinária da União,
constitucional de criação, para elas, de
de caráter nacional (art. 173, § 1°, III) Foi
regime diferenciado de licitação
editada a Lei 13.303/2016 que trouxe as
novas regras de licitação para as EP e
SEM que prestam atividade econômica.

Não sujeitas a falência (Lei 11.101/2005, art. Não sujeitas a falência (Lei 11.101/2005, art.
§ 2°, I) § 2°, I)

Seus bens não se enquadram como bens


Seus bens não se enquadram como bens públicos, mas os que forem diretamente
públicos; estão sujeitos a regime de direito empregados na prestação do serviço
privado público podem sujeitar-se a restrições
próprias dos bens públicos.

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

FUNCAÇÃO
SOCIEDADE DE
PÚBLICA DE FUNDAÇÃ
AUTARQUIA EMPRESA PÚBLICA – EP ECONOMIA MISTA -
DIREITO O PÚBLICA
SEM
PÚBLICO

LEI CRIA AUTORIZA


CRIA DIRETAMENTE AUTORIZA A CRIAÇÃO AUTORIZA A CRIAÇÃO
ESPECÍFICA DIRETAMENTE A CRIAÇÃO

PESSOA
PESSOA JURÍCIA PESSOA JURÍCIA
NATUREZA JURÍCIA DE PESSOA JURÍCIA DE PESSOA JURÍCIA DE
DE DIREITO DE DIREITO
JURÍDICA DIREITO DIREITO PRIVADO DIREITO PRIVADO
PÚBLICO PÚBLICO
PRIVADO

CONCURSO
SIM SIM SIM SIM SIM
PÚBLICO

SERVIÇO PÚBLICO (ART SERVIÇO PÚBLICO (ART


SIM 175/CF) = SIM (LEI 175/CF) = SIM (LEI
SIM SIM
(LEI 8.666/93) 8.666/93)
LICITAÇÃO (LEI 8.666/93) (LEI 8.666/93)
8.666/93) ATIV. ECONÔMICA ATIV. ECONÔMICA
(ART.173/CF) = SIM (LEI (ART.173/CF) = SIM (LEI
13.303/16) 13.303/16)

BENS PRIVADOS – BENS PRIVADOS –

OBS: quando prestam OBS: quando prestam


serviços públicos, os bens serviços públicos, os bens
BENS empregados diretamente empregados diretamente
PATRIMÔNIO BENS PUBLICOS BENS PÚBLICOS
PRIVADOS na prestação do serviço na prestação do serviço
podem sujeitar-se a podem sujeitar-se a
restrições próprias dos restrições próprias dos
bens públicos bens públicos

REGIME DE
ESTATUTÁRIO ESTATUTÁRIO CLT CLT CLT
PESSOAL

FORO JUSTIÇA JUSTIÇA


JUSTIÇA FEDERAL JUSTIÇA FEDERAL JUSTIÇA ESTADUAL
JUDICIAL FEDERAL ESTADUAL

OBJETIVA (ART. 175/CF)


– prestadora de serviço OBJETIVA (ART. 175/CF)
público. – prestadora de serviço
RESPONSABIL
público.
IDADE OBJETIVA OBJETIVA SUBJETIVA SUBJETIVA (ART.
173/CF) – exploradora de SUBJETIVA (ART.
CIVIL
atividade econômica. 173/CF) – exploradora de
atividade econômica

RECUPERAÇÃ
O JUCICIAL NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
(FALÊNCIA)

FORMA QUALQUER FORMA SOCIEDADE ANÔNIMA


JURÍDICA ADMITIDA EM DIREITO S/A

COMPOSIÇÃO MAJORITARIAMENTE
100% PÚBLICO
DO CAPITAL PÚBLICO

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4 - QUESTÕES:
01 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público)
Em seu sentido subjetivo, o termo Administração pública designa os entes
que exercem a atividade administrativa. Desse modo, a Defensoria Pública do
Estado do Paraná,
a) é pessoa jurídica de direito público e possui capacidade processual,
podendo ser configurada como autarquia sui generis – sociedade pública de
advogados, embora não seja instituição autônoma com sede constitucional.
b) possui capacidade processual para ingressar com ação para a defesa de
suas funções institucionais por expressa previsão legal, embora não seja
pessoa jurídica de direito público.
c) é pessoa jurídica de direito público e possui capacidade processual,
podendo, caso haja expressa previsão legal, integrar a pessoa jurídica
“Estado do Paraná” por ser instituição autônoma com sede constitucional.
d) integra a pessoa jurídica de direito publico “Estado do Paraná” e possui
capacidade jurídica, sendo representada, em juízo, pela Procuradoria do
Estado em toda espécie de processo judicial de seu interesse.
e) integra a pessoa jurídica de direito publico “Estado do Paraná” e possui
capacidade jurídica, sendo representada, em juízo, pela Procuradoria do
Estado em toda espécie de processo judicial de seu interesse, exceto ações
trabalhistas que tramitarem na Justiça do Trabalho.

---------------------------------------------------------------------------------------
02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público)
Sobre Agentes Públicos e Princípios e Regime Jurídico Administrativo, é
correto afirmar:
a) O princípio da impessoalidade destina-se a proteger simultaneamente o
interesse público e o interesse privado, pautando-se pela igualdade de
tratamento a todos administrados, independentemente de quaisquer
preferências pessoais.
b) São entes da Administração Indireta as autarquias, as fundações públicas,
as empresas públicas, as sociedades de economia mista, e as subsidiárias
destas duas últimas. As subsidiárias não dependem de autorização legislativa
justamente por integrarem a Administração Pública Indireta.

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c) As contas bancárias de entes públicos que contenham recursos de origem


pública prescindem de autorização específica para fins do exercício do
controle externo.
d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público aplica
sanções por infrações administrativas pelos servidores públicos. Trata-se de
exercício de Poder de Polícia com base na hierarquia.
e) A licença não é classificada como ato negocial, pois se trata de ato
vinculado, concedida desde que cumpridos os requisitos objetivamente
definidos em lei.

---------------------------------------------------------------------------------------
03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
Em cada um do item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida
de uma assertiva a ser julgada, a respeito da organização administrativa e
dos atos administrativos.
Ao instituir programa para a reforma de presídios federais, o governo federal
determinou que fosse criada uma entidade para fiscalizar e controlar a
prestação dos serviços de reforma. Nessa situação, tal entidade, devido à sua
finalidade e desde que criada mediante lei específica, constituirá uma agência
executiva.

---------------------------------------------------------------------------------------
04 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Quanto à estrutura, os órgãos públicos podem ser classificados em simples,
também denominados de unitários, e compostos. Acerca do tema, considere:
I. São constituídos por um único centro de atribuições.
II. Possuem subdivisões internas.
III. São exemplos de tais órgãos, as Secretarias de Estado.
IV. São exemplos de tais órgãos, os Ministérios.
No que concerne às características e exemplos de órgãos simples ou
unitários, está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) I e II.
c) II e III.
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d) IV.
e) I.

---------------------------------------------------------------------------------------
05 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário –
Engenharia)
Com relação à Administração indireta, no que concerne às características das
autarquias, considere:
I. As autarquias só por lei podem ser criadas.
II. Apenas no caso de exaustão dos recursos da autarquia é que incidirá a
responsabilidade do Estado, que é subsidiária.
III. As autarquias não são subordinadas a órgão algum do Estado, mas
apenas controladas.
IV. Os bens e rendas das autarquias, não apenas quando vinculados a suas
finalidades essenciais, mas em toda e qualquer circunstância, possuem
imunidade tributária.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e IV.
b) III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I e III.

---------------------------------------------------------------------------------------
06 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa)
As entidades autônomas integrantes da administração indireta que atuam em
setores estratégicos da atividade econômica, zelando pelo desempenho das
pessoas jurídicas e por sua consonância com os fins almejados pelo interesse
público e pelo governo são denominadas
a) agências autárquicas executivas.
b) serviços sociais autônomos.
c) agências autárquicas reguladoras.
d) empresas públicas.

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e) sociedades de economia mista.

---------------------------------------------------------------------------------------
07 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
As autarquias
a) são criadas, extintas e organizadas por atos administrativos.
b) têm sua criação e sua extinção submetidas a reserva legal, podendo ter
sua organização regulada por decreto.
c) têm sua criação submetida a reserva legal, mas podem ser extintas por
decreto, podendo ter sua organização regulada por atos administrativos.
d) são criadas e organizadas por decreto e podem ser extintas por essa
mesma via administrativa.
e) são criadas e extintas por decreto, podendo ter sua organização regulada
por atos administrativos.

---------------------------------------------------------------------------------------
08 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
As empresas públicas
a) admitem a criação de subsidiárias, exigindo-se, para tanto, autorização
legislativa.
b) dispensam, para sua extinção, autorização legislativa.
c) integram a administração direta.
d) possuem regime jurídico de direito público.
e) são criadas por lei.

---------------------------------------------------------------------------------------
09 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Considere:
I. Não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
II. Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia.
III. São considerados, dentre outras hipóteses, órgãos de comando.

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IV. Entram nessa categoria as Secretarias de Estado.


Os órgãos públicos, quanto à posição estatal, classificam-se em
independentes, autônomos, superiores e subalternos. No que concerne aos
órgãos públicos superiores, está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) III.
c) I, II e III.
d) I e II.
e) II e IV.

---------------------------------------------------------------------------------------
10 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Administrativa)
A Administração pública, quando se organiza de forma descentralizada,
contempla a criação de pessoas jurídicas, com competências próprias, que
desempenham funções originariamente de atribuição da Administração direta.
Essas pessoas jurídicas,
a) quando constituídas sob a forma de autarquias, podem ter natureza
jurídica de direito público ou privado, podendo prestar serviços públicos com
os mesmos poderes e prerrogativas que a Administração direta.
b) podem ter natureza jurídica de direito privado ou público, mas não estão
habilitadas a desempenhar os poderes típicos da Administração direta.
c) desempenham todos os poderes atribuídos à Administração direta, à
exceção do poder de polícia, em qualquer de suas vertentes, privativo da
Administração direta, por envolver limitação de direitos individuais.
d) quando constituídas sob a forma de autarquias, possuem natureza jurídica
de direito público, podendo exercer poder de polícia na forma e limites que
lhe tiverem sido atribuídos pela lei de criação.
e) terão natureza jurídica de direito privado quando se tratar de empresas
estatais, mas seus bens estão sujeitos a regime jurídico de direito público, o
que também se aplica no que concerne aos poderes da Administração, que
desempenham integralmente, especialmente poder de polícia.

---------------------------------------------------------------------------------------
11 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa)

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O controle exercido pela Administração direta sobre a Administração indireta


denomina-se
a) poder de tutela e permite a substituição de atos praticados pelos entes que
integram a Administração indireta que não estejam condizentes com o
ordenamento jurídico.
b) poder de revisão dos atos, decorrente da análise de mérito do resultado,
bem como em relação aos estatutos ou legislação que criaram os entes que
integram a Administração indireta.
c) controle finalístico, pois a Administração direta constitui a instância final de
apreciação, para fins de aprovação ou homologação, dos atos e recursos
praticados e interpostos no âmbito da Administração indireta.
d) poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle
finalístico, que analisa a aderência da atuação dos entes que integram a
Administração indireta aos atos ou leis que os constituíram.
e) poder de autotutela, tendo em vista que a Administração indireta integra a
Administração direta e, como tal, compreende a revisão dos atos praticados
pelos entes que a compõem quando não guardarem fundamento com o
escopo institucional previsto em seus atos constitutivos.

---------------------------------------------------------------------------------------
12 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária)
A figura do contrato de gestão está prevista no ordenamento para disciplinar
diferentes relações jurídicas, entre as quais figuram:
I. a fixação de metas de desempenho visando à ampliação da autonomia
gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da Administração
direta e indireta.
II. a disciplina para permissão de serviço público em caráter precário, não
passível de concessão.
III. o estabelecimento de indicadores de desempenho para fins de
participação nos lucros ou resultados de empregados públicos submetidos ao
regime celetista.
Está correto o que consta APENAS em
a) II.
b) I e II.
c) I.

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d) I e III.
e) II e III.

---------------------------------------------------------------------------------------
13 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
A respeito dos princípios da administração pública e da organização
administrativa, julgue o item a seguir.
Uma autarquia é entidade administrativa personalizada distinta do ente
federado que a criou e se sujeita a regime jurídico de direito público no que
diz respeito a sua criação e extinção, bem como aos seus poderes,
prerrogativas e restrições.

---------------------------------------------------------------------------------------
14 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
A respeito dos princípios da administração pública e da organização
administrativa, julgue o item a seguir.
Embora sejam entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado,
as empresas públicas, como regra geral, estão obrigadas a licitar antes de
celebrar contratos destinados à prestação de serviços por terceiros.

---------------------------------------------------------------------------------------
15 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica)
Acerca de administração pública, organização do Estado e agentes públicos,
julgue o item a seguir.
As autarquias e as empresas públicas têm personalidade jurídica de direito
público, e as sociedades de economia mista têm personalidade jurídica de
direito privado.

---------------------------------------------------------------------------------------
16 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica)
Acerca de administração pública, organização do Estado e agentes públicos,
julgue o item a seguir.
Somente as pessoas administrativas, seja qual for seu nível federativo ou sua
natureza jurídica, podem participar do capital das empresas públicas.

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---------------------------------------------------------------------------------------
17 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação)
João, servidor público ocupante do cargo de motorista de determinada
autarquia do DF, estava conduzindo o veículo oficial durante o expediente
quando avistou sua esposa no carro de um homem. Imediatamente, João
dolosamente acelerou em direção ao veículo do homem, provocando uma
batida e, por consequência, dano aos veículos. O homem, então, ingressou
com ação judicial contra a autarquia requerendo a reparação dos danos
materiais sofridos. A autarquia instaurou procedimento administrativo
disciplinar contra João para apurar suposta violação de dever funcional.
No que se refere à situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
João é servidor de entidade integrante da administração indireta.

---------------------------------------------------------------------------------------
18 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio)
Em relação aos princípios da administração pública e à organização
administrativa, julgue o item que se segue.
Por terem personalidade jurídica de direito privado, as sociedades de
economia mista não se subordinam hierarquicamente ao ente político que as
criou. Exatamente por isso elas não sofrem controle pelos tribunais de contas.

---------------------------------------------------------------------------------------
19 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio)
Em relação aos princípios da administração pública e à organização
administrativa, julgue o item que se segue.
Quando a União cria uma nova secretaria vinculada a um de seus ministérios
para repassar a ela algumas de suas atribuições, o ente federal descentraliza
uma atividade administrativa a um ente personalizado.

---------------------------------------------------------------------------------------
20 (2017/CESPE/SEDF/Direito)
O prefeito de determinado município utilizou recursos do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento de professores e para a
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 81
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

compra de medicamentos e insumos hospitalares destinados à assistência


médico-odontológica das crianças em idade escolar do município.
Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia
que o estoque de medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para
justificar situação emergencial e dispensar indevidamente a licitação,
adquirindo os produtos, a preços superfaturados, da empresa Y, pertencente
a sua sobrinha, que desconhecia o esquema fraudulento.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e
doutrinários a ela relacionados, julgue o item a seguir.
A criação de um órgão denominado setor de aquisições na citada prefeitura
constitui exemplo de desconcentração.

---------------------------------------------------------------------------------------
21 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
Acerca dos princípios fundamentais que regem a administração pública
brasileira, julgue o item a seguir.
De acordo com o princípio fundamental da descentralização, é possível
descentralizar atividades da administração federal para empresas privadas.

---------------------------------------------------------------------------------------
22 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
Acerca da estrutura da administração federal brasileira, julgue o item
seguinte.
Empresas públicas são aquelas entidades da administração indireta que
possuem personalidade jurídica de direito privado e cujo capital admite
recursos da iniciativa privada, desde que, no mínimo, 51% dele consista de
recursos públicos.

---------------------------------------------------------------------------------------
23 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
Acerca da estrutura da administração federal brasileira, julgue o item
seguinte.
Fundações públicas são entidades da administração indireta dotadas de
personalidade jurídica de direito público

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24 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
Acerca da estrutura da administração federal brasileira, julgue o item
seguinte.
Na administração indireta estão incluídas as fundações públicas, as empresas
públicas e as autarquias.

---------------------------------------------------------------------------------------
25 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
Acerca da estrutura da administração federal brasileira, julgue o item
seguinte.
As entidades da administração indireta estão incluídas na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos ministérios, sendo a eles
subordinadas independentemente do enquadramento de sua principal
atividade.

---------------------------------------------------------------------------------------
26 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Direito)
O Estado do Mato Grosso deseja instituir uma fundação. Nesse caso, a
Constituição Federal exige que a autorização de sua instituição e a definição
das áreas de sua atuação, respectivamente, devem ser estabelecidas
mediante
a) lei específica e lei complementar.
b) lei complementar e lei específica.
c) lei específica e lei específica.
d) lei complementar e lei complementar.
e) lei específica e lei delegada.

---------------------------------------------------------------------------------------
27 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo)
Julgue o item subsequente, relativos a organização administrativa.
Não existe hierarquia entre o Ministério da Saúde e a ANVISA.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

---------------------------------------------------------------------------------------
28 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia)
A administração direta da União inclui
a) a Casa Civil.
b) o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
c) as agências executivas.
d) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA).
e) a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

---------------------------------------------------------------------------------------
29 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Secretário Executivo)
Em relação à organização administrativa e às concessões e permissões do
serviço público, julgue o item a seguir.
O Tribunal Regional Federal é órgão descentralizado da União que possui
personalidade jurídica própria, portanto compõe a administração pública
indireta.

---------------------------------------------------------------------------------------
30 (2016/FCC/DPE-ES/Defensor Público)
O regime jurídico constitucional e legal vigente aplicável às entidades da
administração indireta dispõe que
a) os servidores das fundações criadas pelo Poder Público sempre se vinculam
ao regime geral de previdência social.
b) a remuneração dos empregados das empresas estatais que se dediquem à
atividade econômica em sentido estrito não está sujeita ao teto remuneratório
constitucional.
c) as associações públicas não são consideradas entidades da administração
indireta, em razão de seu regime especial.
d) aos dirigentes das agências executivas é assegurado o desempenho de
mandato fixo, durante o qual não podem ser exonerados, senão por motivo
justo, apurado mediante processo administrativo em que estejam
assegurados a ampla defesa e o contraditório.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

e) estão sujeitos ao regime jurídico único os servidores da administração


pública direta, das autarquias e fundações públicas.

---------------------------------------------------------------------------------------
31 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio)
Determinado ente federado pretende descentralizar serviço público de sua
competência transferindo-o para pessoa jurídica de direito público. Para
tanto,
a) deverá criar por lei específica autarquia, que passará a integrar a
Administração indireta do Estado.
b) poderá instituir autarquia ou empresa pública, ambas por lei autorizativa,
devendo, no entanto, motivar sua decisão.
c) deverá instituir por lei autarquia, que passará integrar a Administração
direta do Estado.
d) poderá instituir autarquia, empresa pública ou sociedade de economia
mista, a primeira por lei, as demais por atos próprios, após a edição de lei
autorizativa da instituição.
e) deverá criar por lei geral autarquia, que passará a integrar a Administração
indireta do Estado.

---------------------------------------------------------------------------------------
32 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio)
O Estado, pela técnica da descentralização, pode criar pessoas jurídicas com
personalidade própria e distinta daquele, dentre as quais figuram as
autarquias e as sociedades de economia mista
a) que se sujeitam a regime jurídico de direito privado e contratam seu
pessoal pela Consolidação da Leis do Trabalho, não podendo admitir, mesmo
que por concurso público, servidor público estatutário.
b) que, respectivamente, sujeitam-se a regime jurídico de direito público e
regime jurídico de direito privado, sendo o regime estatutário o aplicável aos
empregados de ambas as entidades.
c) criadas por lei específica sob o regime jurídico de direito privado, razão
pela qual integram a Administração pública indireta.
d) que não estão sujeitas a controle hierárquico do ente criador porque
submetidas a regime de direito privado.

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e) que integram a Administração indireta do Estado, sendo a primeira sujeita


a regime jurídico de direto público e a segunda de direito privado, ambas não
submetidas a controle hierárquico do ente instituidor, mas tão somente
finalístico.

---------------------------------------------------------------------------------------
33 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo)
Conforme estabelece a Lei n° 9.784/1999, órgão é a unidade de atuação
integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta
a) que detém personalidade jurídica própria, ao contrário da entidade que não
é dotada de personalidade jurídica própria e distinta do ente instituidor.
b) destituído de personalidade jurídica própria, tal qual as entidades que
integram a Administração pública indireta e agem em nome do ente
instituidor.
c) que com elas não se confunde, a despeito de ser uma de suas partes
integrantes, não possuindo personalidade jurídica própria, ao contrário das
entidades que são dotadas de personalidade jurídica própria.
d) representativo do fenômeno denominado descentralização por serviço, o
que o distingue da entidade que constitui unidade de atuação dotada de
personalidade jurídica, característica do fenômeno da desconcentração.
e) que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos, razão pela qual
com eles se confunde para todos os fins de direito.

---------------------------------------------------------------------------------------
34 (2016/FCC/AL-MS/Direito)
Considere:
I. Poder de promover desapropriações e instituir servidões nos termos de
declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada
pelo Poder Público.
II. Possibilidade de ser contratado pela Administração direta ou indireta dos
entes da Federação consorciados, com dispensa de licitação.
III. Limites mais elevados para fins de escolha da modalidade de licitação.
IV. Poder de dispensar a licitação na celebração de contrato de programa com
ente da Federação ou com entidade de sua Administração indireta, para a

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prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado


em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação.
São privilégios dos consórcios públicos o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e IV, apenas.

---------------------------------------------------------------------------------------
35 (2016/FCC/AL-MS/Direito)
No que concerne à descentralização por serviços, também denominada de
descentralização funcional ou técnica, considere:
I. Cria-se pessoa jurídica de direito público ou privado e a ela atribui-se a
titularidade e a execução de determinado serviço público.
II. No Brasil, essa criação ou autorização de instituição somente pode dar-se
por meio de lei específica.
III. Corresponde, basicamente, às autarquias, mas abrange também as
sociedades de economia mista e as empresas públicas, dentre outras.
IV. Os consórcios públicos não prestam serviço público mediante
descentralização.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I e III.
c) I, II e III.
d) II e IV.
e) I e IV.

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36 (2016/FCC/SEGEP-MA/Tecnologia da Informação)
São exemplos de autarquias:
a) Banco do Brasil S.A. e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.

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b) Caixa Econômica Federal e Instituto Nacional de Colonização e Reforma


Agrária.
c) Petróleo Brasileiro S.A. e Instituto Nacional de Seguridade Social.
d) Casa da Moeda do Brasil e Serviço Federal de Processamento de Dados.
e) Instituto Nacional de Seguridade Social e Instituto de Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional.

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37 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual)
São conceitos de centralização, descentralização e desconcentração da
atividade administrativa do Estado, respectivamente:
a) a sua não distribuição interna no âmbito de um mesmo órgão; a sua
distribuição interna no âmbito de um mesmo órgão; a sua distribuição a
outras entidades administrativas.
b) a sua reunião no âmbito do ente político competente; a sua distribuição a
outras entidades administrativas; a sua distribuição interna no âmbito de um
mesmo órgão.
c) a sua reunião no ente político competente; a redistribuição aos demais
entes políticos; a sua distribuição interna no âmbito de um mesmo ente
político.
d) a sua reunião no âmbito do ente político competente; a sua distribuição a
outras entidades administrativas, integrantes do mesmo ente político; a sua
distribuição interna no âmbito de um mesmo ente político.
e) a sua reunião no âmbito do ente político competente; a sua distribuição a
outras entidades administrativas; a sua distribuição a outros entes políticos.
ANULADA
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38 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual)
As autarquias devem ser criadas por
a) lei e com personalidade jurídica de direito público.
b) decreto pelo Ministério ou Secretaria ao qual estejam vinculadas e podem
ter personalidade jurídica de direito privado ou de direito público.
c) decreto quando tiverem personalidade jurídica de direito privado; e lei
quando tiverem personalidade jurídica de direito público.

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d) lei e sua personalidade jurídica pode ser definida via decreto.


e) lei e podem atuar no mercado financeiro, uma vez que podem ter
personalidade jurídica de direito privado.

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39 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual)
São exemplos de empresa pública e sociedade de economia mista,
respectivamente:
a) Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal.
b) Agência Nacional de Energia Elétrica e Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos.
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Caixa Econômica Federal.
d) Companhia Nacional de Abastecimento e Banco do Brasil S.A.
e) Banco do Brasil S.A. e Companhia Nacional de Abastecimento.

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40 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual)
São exemplos de órgãos da Administração pública direta:
I. Partidos Políticos e Congresso Nacional.
II. Secretaria Estadual de Finanças e Secretaria Municipal de Planejamento.
III. Secretaria Estadual de Finanças e Partidos Políticos.
IV. Secretaria Municipal de Planejamento e Ministério do Turismo.
V. União e Instituto Nacional de Seguridade Social.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) IV e V.
e) I e V.

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41 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
Em relação à administração pública direta e indireta, assinale a opção correta.
a) O vínculo entre o poder público e as organizações da sociedade civil de
interesse público é estabelecido mediante a celebração de contrato de gestão,
no qual deverão estar previstos os direitos e as obrigações dos pactuantes e
destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes para o
fomento e a execução das atividades de interesse público.
b) Organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à
cultura e à saúde.
c) Os serviços sociais autônomos, que são instituídos pelo poder público por
meio de lei, integram a administração pública.
d) Não é obrigatória a participação de agentes do poder público no conselho
de administração das organizações sociais, exigindo-se, contudo, que seja
formado por membros representantes de entidades da sociedade civil e por
membros com notória capacidade profissional e reconhecida idoneidade
moral, a serem eleitos pelos integrantes do conselho.
e) A qualificação das organizações sociais será concedida pelo Ministério da
Justiça por meio de ato vinculado.

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42 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
Assinale a opção correta, a respeito das autarquias, fundações públicas,
sociedades de economia mista e empresas públicas.
a) A extinção das empresas públicas e das sociedades de economia mista
somente pode ocorrer por meio de lei autorizadora.
b) Poderá o Estado instituir fundações públicas quando pretender intervir no
domínio econômico.
c) Cabe às autarquias a execução de serviços públicos de natureza social, de
atividades administrativas e de atividades de cunho econômico e mercantil.
d) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e as autarquias
têm personalidade jurídica de direito privado.
e) Tanto as sociedades de economia mista quanto as empresas públicas
devem ter a forma de sociedades anônimas.

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43 (2016/FCC/SEGEP-MA/Procurador do Estado)
Uma empresa pública e uma sociedade de economia mista, ambas dedicadas
à atividade bancária e controladas pelo mesmo ente político, decidem, por
seus órgãos deliberativos competentes, promover conjuntamente a criação de
uma outra entidade, voltada a prestar serviços de tecnologia da informação
necessários à automação de suas respectivas atividades-fim. A previsão é de
que tal entidade contará com a participação de capital privado em sua
composição acionária. Em vista de tais características, é certo tratar-se de
a) parceria público-privada, na modalidade de concessão administrativa, em
que as empresas que promoveram a criação da nova entidade serão usuárias
dos serviços por ela prestados.
b) consórcio público, na modalidade de direito privado, sendo que será
constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de
protocolo de intenções pelas entidades partícipes.
c) sociedade em comandita por ações, sendo que as empresas estatais
figurarão como sócios comanditados e os eventuais acionistas privados serão
os sócios comanditários.
d) agência executiva, visto que se trata de entidade com a finalidade
específica de executar tarefas de forma descentralizada.
e) sociedade subsidiária, sendo que sua criação depende de prévia
autorização legislativa.

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44 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Advogado)
Uma empresa pública pretende ampliar seu quadro de servidores em razão de
ter celebrado, recentemente, um novo contrato para prestação dos serviços
públicos que são seu escopo institucional. Considerando que essa empresa foi
contratada por dispensa de licitação por um ente público para a prestação
desses serviços,
a) a contratação de seus servidores também poderá ser feita com dispensa de
licitação, de forma que não será necessária a realização de concurso.
b) será necessária a realização de concurso público de provas e títulos, mas o
regime jurídico a que estarão sujeitos seus servidores não se altera, pois é
definido pelos administradores da mesma, mediante aprovação do Conselho
de Administração.

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c) a contratação de seus servidores ainda dependerá da realização de


concurso público, independentemente do regime jurídico que vierem a se
submeter, celetistas ou estatutários, na forma da lei.
d) os servidores que vierem a ser contratados se submeterão ao regime
celetista e a prévio concurso público, tendo em vista que a atividade
desenvolvida pela empresa não interfere nesse vínculo, podendo ser
dispensados posteriormente por decisão motivada.
e) pode haver contratação de servidores vinculados ao contrato de prestação
de serviços em execução, remunerados diretamente pelas receitas oriundas
desse instrumento, não gerando vínculo funcional com a empresa estatal.

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45 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista – Administrador)
Pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma da legislação
brasileira, com parte do capital pertencente a entes públicos, na condição de
detentores do controle, prestadora de serviço público, sujeita a regime
licitatório para contratação das atividades meio, descreve uma
a) sociedade de economia mista.
b) autarquia.
c) fundação.
d) empresa pública.
e) autarquia especial.

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46 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Com relação à organização administrativa e às licitações, julgue o próximo
item.
Em razão da complexidade das atividades incumbidas à administração pelas
normas constitucionais e infralegais, existem, nos estados, diversas
secretarias de estado com competências específicas, notadamente em função
da matéria. Essa distribuição de atribuições denomina-se descentralização
administrativa.

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47 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

A respeito da administração direta e indireta e da centralização e da


descentralização administrativa, julgue o item seguinte.
A descentralização administrativa pressupõe a transferência, pelo Estado, da
execução de atividades administrativas a determinada pessoa, sempre que o
justificar o princípio da eficiência.

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48 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
A respeito da administração direta e indireta e da centralização e da
descentralização administrativa, julgue o item seguinte.
Compõem a administração indireta os órgãos públicos internos, as autarquias,
as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações
públicas.

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49 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
A respeito da administração direta e indireta e da centralização e da
descentralização administrativa, julgue o item seguinte.
A centralização consiste na execução das tarefas administrativas pelo próprio
Estado, por meio de órgãos internos integrantes da administração direta.

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50 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)
O Congresso Nacional aprovou uma reforma administrativa proposta pelo
presidente da República que reduziu o número de ministérios. Nesse
contexto, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério da Previdência
Social foram fundidos, tornando-se Ministério do Trabalho e Previdência
Social. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência
Social mencionada é exemplo de concentração administrativa.

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51 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Julgue o próximo item, relativo à legislação administrativa.


Como é uma autarquia do tipo especial, a Agência de Regulação e Controle de
Serviços Públicos do Estado do Pará (ARCON–PA), criada por lei para fiscalizar
e regular a prestação dos serviços públicos concedidos, não possui autonomia
financeira nem administrativa.

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52 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
Julgue o próximo item, relativo à legislação administrativa.
As empresas públicas, entidades dotadas de personalidade jurídica de direito
privado, cuja criação é autorizada por lei, possuem patrimônio próprio e
podem ser unipessoais ou pluripessoais.

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53 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
A respeito da administração direta, indireta e fundacional, julgue o item a
seguir.
As autarquias e as empresas públicas integram a administração indireta e
assemelham-se quanto ao modo de criação e ao regime jurídico, pois a
criação de ambas depende de autorização legislativa e ambas submetem-se
tanto ao regime público como ao regime privado.

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54 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
A respeito da administração direta, indireta e fundacional, julgue o item a
seguir.
Agências reguladoras federais, como a Agência Nacional de Energia Elétrica, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis, embora possuam características especiais
conferidas pelas leis que as criaram, são consideradas autarquias.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

55 (2016/FCC/PGE-MT/Procurador)
O Estado X pretende criar estrutura administrativa destinada a zelar pelo
patrimônio ambiental estadual e atuar no exercício de fiscalização de
atividades potencialmente causadoras de dano ao meio ambiente. Sabe-se
que tal estrutura terá personalidade jurídica própria e será dirigida por um
colegiado, com mandato fixo, sendo que suas decisões de caráter técnico não
estarão sujeitas à revisão de mérito pelas autoridades da Administração
Direta. Sabe-se também que os bens a ela pertencentes serão considerados
bens públicos. Considerando-se as características acima mencionadas,
pretende-se criar uma
a) agência reguladora, pessoa de direito público, cuja criação se dará
diretamente por lei.
b) agência executiva, órgão diretamente vinculado ao Poder Executivo, cuja
criação se dará diretamente por lei.
c) associação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada
por lei e se efetivará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro
competente.
d) agência executiva, entidade autárquica de regime especial, estabelecido
mediante assinatura de contrato de gestão.
e) fundação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada
por lei e se efetivará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro
competente.

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56 (2016/FCC/Copergás – PE/Auxiliar administrativo)
Uma empresa pública federal pretende constituir-se sob a forma de sociedade
unipessoal. Outra empresa pública federal pretende constituir-se sob a forma
de empresa pública unipessoal. A propósito do tema, é correto afirmar que
a) ambas são admitidas no âmbito federal e, apesar de distintas, nenhuma
delas apresenta Assembleia Geral.
b) não se admite, no âmbito federal, a criação de empresas públicas com
formas inéditas como as citadas no enunciado.
c) as formas de empresa pública citadas no enunciado são as mesmas, isto é,
tratam-se de empresas públicas idênticas.

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d) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a


diferença entre elas é que na empresa pública unipessoal existe a Assembleia
Geral, enquanto na sociedade unipessoal não.
e) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a
diferença entre elas é que na sociedade unipessoal existe a Assembleia Geral,
enquanto na empresa pública unipessoal não.

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57 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia)
Considerando os princípios e fundamentos teóricos do direito administrativo,
assinale a opção correta.
a) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, se constituídas
como pessoa jurídica de direito privado, não integram a administração
indireta.
b) Desconcentração é a distribuição de competências de uma pessoa física ou
jurídica para outra, ao passo que descentralização é a distribuição de
competências dentro de uma mesma pessoa jurídica, em razão da sua
organização hierárquica.
c) Em decorrência do princípio da legalidade, é lícito que o poder público faça
tudo o que não estiver expressamente proibido pela lei.
d) A administração pública, em sentido estrito e subjetivo, compreende as
pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes públicos que exerçam função
administrativa.
e) No Brasil, por não existir o modelo da dualidade de jurisdição do sistema
francês, o ingresso de ação judicial no Poder Judiciário para questionar ato do
poder público é condicionado ao prévio exaurimento da instância
administrativa.

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58 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil)
Com referência à administração pública direta e indireta, assinale a opção
correta.
a) Os serviços sociais autônomos, por possuírem personalidade jurídica de
direito público, são mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições
parafiscais.
b) A fundação pública não tem capacidade de autoadministração.

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c) Como pessoa jurídica de direito público, a autarquia realiza atividades


típicas da administração pública.
d) A sociedade de economia mista tem personalidade jurídica de direito
público e destina-se à exploração de atividade econômica.
e) A empresa pública tem personalidade jurídica de direito privado e controle
acionário majoritário da União ou outra entidade da administração indireta.

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59 (2016/CESPE/INSS/Analista do Seguro Social)
Conforme o Decreto n.º 7.556/2011, o INSS é uma autarquia federal
vinculada ao MPS e tem por finalidade promover o reconhecimento de direito
ao recebimento de benefícios administrados pela previdência social,
assegurando agilidade e comodidade aos seus usuários e ampliação do
controle social.
Considerando essa informação, julgue o item seguinte, acerca da
administração direta e indireta.
Os institutos da desconcentração e da descentralização, essenciais à
organização e repartição de competências da administração pública, podem
ser exemplificados, respectivamente, pela relação entre o MPS e a União e
pela vinculação entre o INSS e o MPS.

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60 (2016/CESPE/INSS/Analista do Seguro Social)
Conforme o Decreto n.º 7.556/2011, o INSS é uma autarquia federal
vinculada ao MPS e tem por finalidade promover o reconhecimento de direito
ao recebimento de benefícios administrados pela previdência social,
assegurando agilidade e comodidade aos seus usuários e ampliação do
controle social.
Considerando essa informação, julgue o item seguinte, acerca da
administração direta e indireta.
O INSS integra a administração direta do governo federal, uma vez que esse
instituto é uma autarquia federal vinculada ao MPS.

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61 (2016/CESPE/Prefeitura de São Paulo – SP/Assistente de Gestão)

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No que se refere à administração pública direta e indireta, assinale a opção


correta.
a) As pessoas administrativas que formam a administração pública indireta
são aquelas dotadas de personalidade jurídica de direito público (como as
autarquias e as fundações públicas).
b) Na esfera municipal, a administração direta é formada pelos órgãos que
compõem a prefeitura e a câmara municipal, além das fundações e das
empresas públicas de âmbito local.
c) A administração indireta compreende as pessoas administrativas que,
vinculadas à respectiva administração direta, desempenham atividades
administrativas de forma descentralizada.
d) Tanto a administração direta quanto a indireta são compostas por órgãos e
por pessoas jurídicas administrativas, com a diferença de que todas as que
integram a administração indireta estão submetidas a regime de direito
privado.
e) O aspecto mais relevante que caracteriza a administração indireta é o fato
de ela ser, ao mesmo tempo, titular e executora de serviço público.

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62 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
Com base nas disposições constitucionais e no regime jurídico referentes à
administração indireta, assinale a opção correta.
a) Os conselhos profissionais são considerados autarquias profissionais ou
corporativas.
b) Conforme a Constituição Federal de 1988 (CF), a nomeação dos
presidentes das entidades da administração pública indireta independe de
aprovação prévia do Senado Federal.
c) As sociedades de economia mista que exploram atividade econômica não
estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas da União.
d) O consórcio público integra a administração direta de todos os entes da
Federação consorciados, ainda que detenha personalidade jurídica de direito
público.
e) Existe relação de hierarquia entre a autarquia e o ministério que a
supervisiona.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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63 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
A autarquia
a) é pessoa jurídica de direito público.
b) inicia-se com a inscrição de seu ato constitutivo em registro público.
c) subordina-se ao ente estatal que a instituir
d) é uma entidade de competência política, desprovida de caráter
administrativo.
e) integra a administração pública direta.

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64 (2016/CESPE/TJ-AM/Juiz de Direito)
No que se refere às sociedades de economia mista e às empresas públicas,
assinale a opção correta.
a) A pessoa federativa a que estejam vinculadas as sociedades de economia
mista possui responsabilidade solidária quanto aos atos ilícitos praticados por
agentes dessas sociedades.
b) A composição do capital das sociedades de economia mista é o resultado
da conjugação de recursos públicos e privados, sendo os recursos privados
inadmitidos na composição do capital das empresas públicas.
c) As empresas públicas assumem obrigatoriamente a forma de sociedades
anônimas, enquanto as sociedades de economia mista podem-se revestir de
qualquer das formas admitidas em direito.
d) O protesto apresentado por empresa pública federal em execução que
tramite na justiça estadual desloca a competência para a justiça federal.
e) A legislação relativa ao regime falimentar não se aplica às empresas
públicas e às sociedades de economia mista, assim como os regimes de
execução e penhora.

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65 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração)

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Entidade administrativa, com personalidade jurídica de direito público,


destinada a supervisionar e fiscalizar o ensino superior, criada mediante lei
específica,
a) é regida, predominantemente, pelo regime jurídico de direito privado.
b) integra a administração direta.
c) possui autonomia e é titular de direitos e obrigações próprios.
d) tem natureza de empresa pública.
e) é exemplo de entidade resultante da desconcentração administrativa.

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66 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração)
O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI), cuja sede se encontra na
capital do estado, integra a administração
a) direta federal.
b) direta fundacional federal.
c) indireta estadual.
d) autárquica indireta federal.
e) indireta autárquica estadual.

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67 (2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário)
A cidade de Parintins, no Amazonas, detém a maior proporção do Brasil de
funcionários públicos em relação ao total de trabalhadores formais — lá são
3.971 servidores públicos, que correspondem a 62,71% desse total,
considerados apenas os estatutários. Internet: : <http://exame.abril.com.br
> (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e supondo que a notícia
apresentada tenha sido confirmada por diversos organismos renomados pelo
elevado grau assertivo em suas pesquisas e que a realidade apresentada
permaneça até o presente, assinale a opção correta acerca de aspectos
diversos do direito administrativo.
a) As contratações de agentes públicos para o exercício de cargo efetivo e
permanente no referido município devem ocorrer mediante concurso, cuja

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

validade inicial pode ser de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual
período.
b) A existência do elevado número de servidores públicos é suficiente para
concluir que o chefe do Poder Executivo municipal, por utilizar a técnica
administrativa da concentração, agiu contrariamente ao princípio da
eficiência, estando, pois, sujeito à ação de improbidade, cuja prescrição
ocorre no prazo de cinco anos, a contar da abertura do respectivo processo
administrativo disciplinar.
c) O mesário convocado para servir no dia das eleições é considerado servidor
público estatutário.
d) A administração pública, em sentido objetivo, compreende as pessoas
jurídicas de direito público e seus agentes.
e) Com base no entendimento do STF, é correto afirmar que o prefeito de
Parintins pode nomear sobrinha para ocupar cargo de confiança em órgão da
administração, uma vez que a vedação à nomeação de parentes alcança
apenas aqueles em linha reta ou por afinidade.

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68 (2016/CESPE/DPU/Agente Administrativo)
A respeito da centralização, descentralização, concentração e
desconcentração e da organização administrativa da União, julgue o item
subsequente.
As fundações públicas admitem dois regimes jurídicos de pessoal: o
estatutário, em que o servidor público ocupa o cargo regido por um estatuto;
e o celetista, em que o empregado público é regido pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
ANULADA
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69 (2016/CESPE/DPU/Agente Administrativo)
A respeito da centralização, descentralização, concentração e
desconcentração e da organização administrativa da União, julgue o item
subsequente.
A desconcentração de serviços é caracterizada pelas situações em que o
poder público cria, por meio de lei, uma pessoa jurídica e a ela atribui a
execução de determinado serviço.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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70 (2016/CESPE/DPU/Agente Administrativo)
A respeito da centralização, descentralização, concentração e
desconcentração e da organização administrativa da União, julgue o item
subsequente.
Se determinada atribuição administrativa for outorgada a órgão público por
meio de uma composição hierárquica da mesma pessoa jurídica, em uma
relação de coordenação e subordinação entre os entes, esse fato
corresponderá a uma centralização.

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71 (2016/CESPE/DPU/Agente Administrativo)
Acerca da gestão de contratos, julgue o item subsecutivo.
Órgãos e entidades públicos, tanto da administração direta quanto da
indireta, podem aumentar a sua autonomia gerencial, orçamentária e
financeira mediante contratos firmados, conforme previsão legal.

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72 (2016/CESPE/DPU/Analista Técnico – Administrativo)
Uma autarquia federal, desejando comprar um bem imóvel — não
enquadrado nas hipóteses em que a licitação é dispensada, dispensável ou
inexigível — com valor de contratação estimado em R$ 50.000,00, efetuou
licitação na modalidade concorrência.
Considerando a situação descrita, julgue os itens a seguir, acerca da
organização administrativa da União, das licitações e contratos
administrativos e do disposto na Lei n.º 8.112/1990.
É prerrogativa da referida autarquia, que certamente foi criada por meio de
lei específica, a impenhorabilidade dos seus bens.

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73 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais)
Em relação à administração pública direta e indireta e às funções
administrativas, julgue o item a seguir.
A criação de autarquia federal depende de edição de lei complementar.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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74 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais)
Em relação à administração pública direta e indireta e às funções
administrativas, julgue o item a seguir.
Cria-se empresa pública e autoriza-se seu imediato funcionamento por meio
de publicação de lei ordinária específica.

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75 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais)
Em relação à administração pública direta e indireta e às funções
administrativas, julgue o item a seguir.
Em regra, as sociedades de economia mista devem realizar concurso público
para contratar empregados.

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76 (2016/CESPE/TJ-DFT/Juiz de Direito)
No que se refere a características e regime jurídico das entidades da
administração indireta, assinale a opção correta.
a) As agências reguladoras são fundações de regime especial, cuja atividade
precípua é a regulamentação de serviços e de atividades concedidas, que
possuem regime jurídico de direito público, autonomia administrativa e
diretores nomeados para o exercício de mandato fixo.
b) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público com autonomia
administrativa, beneficiadas pela imunidade recíproca de impostos sobre
renda, patrimônio e serviços, cujos bens são passíveis de aquisição por
usucapião e cujas contratações são submetidas ao dever constitucional de
realização de prévia licitação.
c) As sociedades de economia mista, cuja criação e cuja extinção são
autorizadas por meio de lei específica, possuem personalidade jurídica de
direito privado, são constituídas sob a forma de sociedade anônima e aplica-
se ao pessoal contratado o regime de direito privado, com empregados
submetidos ao regime instituído pela legislação trabalhista.
d) As empresas públicas, que possuem personalidade jurídica de direito
público, são organizadas sob qualquer das formas admitidas em direito, estão

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

sujeitas à exigência constitucional de contratação mediante licitação e têm


quadro de pessoal instituído pela legislação trabalhista, cuja contratação
condiciona-se a prévia aprovação em concurso público.
e) As agências executivas são compostas por autarquias, fundações,
empresas públicas ou sociedades de economia mista que celebram contrato
de gestão com órgãos da administração direta a que estão vinculadas, com
vistas ao aprimoramento de sua eficiência no exercício das atividades-fim e à
diminuição de despesas.

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77 (2016/CESPE/TCE-PR/Auditor)
Na organização administrativa do poder público, as autarquias públicas são
a) entidades da administração indireta com personalidade jurídica, patrimônio
e receita próprios.
b) sociedades de economia mista criadas por lei para a exploração de
atividade econômica.
c) organizações da sociedade civil constituídas com fins filantrópicos e sociais.
d) órgãos da administração direta e estão vinculadas a algum ministério.
e) organizações sociais sem fins lucrativos com atividades dirigidas ao ensino
e à pesquisa científica.

GABARITO:
1-B 2-C 3-E 4-E 5-D 6-C 7-B 8-A 9-C 10-D
11-D 12-C 13-C 14-C 15-E 16-C 17-C 18-E 19-E 20-C
21-C 22-E 23-E 24-C 25-E 26-A 27-C 28-A 29-E 30-E
31-A 32-E 33-C 34-B 35-C 36-E 37-D 38-A 39-D 40-C
41-B 42-A 43-E 44-D 45-A 46-E 47-C 48-E 49-C 50-C
51-E 52-C 53-E 54-C 55-A 56-E 57-D 58-C 59-C 60-E
61-C 62-A 63-A 64-B 65-C 66-A 67-A 68-E 69-E 70-E
71-C 72-C 73-E 74-E 75-C 76-C 77-A

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

PODERES ADMINISTRATIVOS

É o conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica


confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado
alcance seus fins.
O fundamento para a existência dos Poderes Administrativos é o princípio da
Supremacia do Interesse Público sobre o Privado.
Os poderes administrativos são considerados poderes instrumentais, pois
destinam-se a instrumentalizar o administrador público para atingir a
satisfação dos interesses públicos.
Diferem assim, dos poderes políticos (Executivo, Legislativo e Judiciário),
que são considerados poderes estruturais, pois formam a estrutura do
Estado na constituição.

ABUSO DE PODER
É o exercício ilegítimo das prerrogativas conferidas pelo ordenamento
jurídico à administração pública.

EXCESSO DE PODER:
é quando o agente público extrapola na
competência. VÍCIO NA COMPETÊNCIA

ABUSO DE PODER:
é o gênero que possui
duas espécies

DESVIO DE PODER OU FINALIDADE:


é quando o agente público é competente,
porém, busca finalidade diversa da prevista em
lei. VÍCIO NA FINALIDADE

OBS: a omissão se enquadra no desvio de finalidade.


OBS: o maior exemplo em provas de concurso de desvio de finalidade é a
remoção como forma de punição.
OBS: os atos praticados com desvio de poder (finalidade) serão sempre
nulos. Já os atos praticados com excesso de poder podem ser
convalidados, quando o vício de competência for em relação à pessoa ou
quando não se trate de competência exclusiva.

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1 – PODER VINCULADO
É aquele em que o agente não tem liberdade de atuação, isto é, não admite
juízo de conveniência e oportunidade por parte do administrador público,
pois a lei discrimina todos os elementos necessários à sua prática.
Alguns autores entendem que o poder vinculado não constitui propriamente
uma prerrogativa, e sim um DEVER que obriga o administrador público a se
conduzir rigorosamente em conformidade com os parâmetros legais. Ex.
aplicação de multa de trânsito.

2 – PODER DISCRICIONÁRIO
É aquele que confere prerrogativa para a Administração praticar atos
discricionários, ou seja, atos cuja execução admitem certa margem de
flexibilidade por parte dos agentes públicos.
O juízo de conveniência e oportunidade constitui o denominado mérito
administrativo, que se concretiza nas hipóteses em que a própria norma
legal estabelece.
O poder discricionário fundamenta não só a prática, mas também a
revogação de atos discricionários que a Administração Pública tenha
praticado e que, num momento posterior, passe a considerar inoportunos e
inconvenientes.
CESPE/CNJ/2013 – O exercício do poder discricionário pode concretizar-se
tanto no momento em que o ato é praticado, bem como posteriormente,
como no momento em que a administração decide por sua revogação.
OBS: O controle judicial dos atos discricionários deve se concentrar nos
aspectos vinculados do ato (competência, finalidade e forma). O judiciário
não pode aferir os critérios administrativos (conveniência e oportunidade)
firmados em conformidade com os parâmetros legais.
OBS: os limites do poder discricionário, além da própria lei, são os
princípios implícitos da razoabilidade e da proporcionalidade. A
extrapolação de qualquer um deles configura arbitrariedade (atuação ilegal
ou ilegítima).

3 – PODER HIERÁRQUICO

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

É aquele que permite ao superior hierárquico exercer determinadas


prerrogativas sobre os seus subordinados, especialmente as de dar ordens,
fiscalizar, controlar, aplicar sanções e avocar competências.
OBS: no âmbito dos poderes legislativo e judiciário haverá hierarquia, desde
que no exercício da função administrativa. Quando no exercício da função
típica desses poderes, não haverá hierarquia.
OBS: segundo a doutrina pátria dominante, a delegação e a avocação de
competências decorrem do poder hierárquico.
OBS: quanto à aplicação de sanções, registre-se que só decorrem do poder
hierárquico as sanções disciplinares, quais sejam, aquelas aplicadas aos
servidores públicos que cometam infrações funcionais. Assim, as sanções
aplicadas a particulares não têm como fundamento o poder hierárquico,
afinal, não há hierarquia entre a Administração e os administrados. Tais
sanções (aos particulares) decorrem do exercício do poder disciplinar
ou do poder de polícia, conforme o caso.
OBS: importante ressaltar que o poder hierárquico não depende de lei
que expressamente o preveja ou que estabeleça o momento do seu exercício
ou os aspectos a serem controlados. Ele é inerente à organização
administrativa hierárquica, possuindo caráter irrestrito, permanente e
automático. Nesse aspecto, difere da tutela administrativa, exercida pela
administração direta sobre as entidades da administração indireta, que só
pode ser exercida nos termos e limites previstos em lei.

BIZU
- deve haver relação de subordinação.
- sempre ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica.
- não há hierarquia entre pessoas jurídicas diferentes, entre os
poderes da república e nem entre Administração e administrados.
- decorre do poder hierárquico: dar ordens, fiscalizar, controlar,
aplicar sanções, delegar e avocar competências
- o controle hierárquico é irrestrito, permanente e automático.
- pode ocorrer de ofício ou por provocação.

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Um órgão e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar


parte da sua competência a outros órgãos e agentes mesmo que estes não
lhe sejam subordinados, quando for conveniente e houver razões de índole
técnica, jurídica, territorial, social ou econômica. A delegação de
competências é um ato discricionário.
A delegação de competências pode ser revogada a qualquer tempo e tanto a
delegação quanto a revogação devem ser publicadas no Diário Oficial.
Caso a delegação for para um subordinado, este deverá aceitá-la, caso a
delegação for para um não subordinado, este poderá rejeitá-la.
A competência é irrenunciável, sendo assim, mesmo havendo delegação, o
delegante continua competente em relação aos atos que delegou.
As decisões tomadas por delegação considerar-se-ão editadas pelo delegado,
assim, caso o delegado causar um dano, será ele o responsável.

Atos que não podem ser delegados:


- a edição de atos de caráter normativo
- a decisão de recursos administrativos
- os atos de competência exclusiva
- os atos políticos (só os atos administrativos são delegáveis)

Avocação de competência:
Ocorre quando o superior chama para si competência de subordinado.
Somente pode ocorrer em caráter excepcional e com motivos devidamente
justificados. A avocação desonera o subordinado de toda responsabilidade
pelo ato avocado pelo superior.

4 – PODER DISCIPLINAR
O poder disciplinar pode ser entendido como a possibilidade de a
Administração aplicar sanções àqueles que, submetidos à sua ordem
administrativa interna, cometem infrações.

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Punir infrações funcionais de seus


servidores (vínculo funcional com a
administração)

PODER
DISCIPLINAR

Punir infrações administratrivas de


particulares com vínculo específico com a
administração. Ex. contrato

Detalhe a ser observado é que não são apenas os servidores públicos que se
submetem ao poder disciplinar da Administração. Determinados particulares
também estão sujeitos. É o caso, por exemplo, dos que firmam contratos com
o Poder Público, que estarão sujeitos às sanções disciplinares pelo vínculo
estabelecido por meio do instrumento contratual. Claro que, para tanto, as
sanções devem estar previstas no contrato firmado, sobretudo especificando
as infrações puníveis.
O poder disciplinar é correlato com o poder hierárquico, mas com ele
não se confunde. No uso do poder hierárquico, a Administração Pública
distribui e escalona as suas funções executivas; já no uso do poder disciplinar
ela controla o desempenho dessas funções e a conduta interna de seus
servidores, responsabilizando-os pelas faltas cometidas.
Note que, quando a Administração pune infrações funcionais de seus
servidores, faz uso tanto do poder disciplinar como do poder hierárquico. Ao
contrário, quando pune infrações administrativas cometidas por particulares,
por exemplo, quando descumprem um contrato administrativo firmado com o
Poder Público, incide apenas o poder disciplinar, pois não existe relação de
hierarquia.
A doutrina enfatiza que o poder disciplinar da Administração Pública não se
confunde com o poder punitivo do Estado, o qual é exercido pelo Poder
Judiciário com o objetivo de reprimir crimes, contravenções e demais
infrações de natureza cível e penal previstos em lei. Com efeito, o poder
punitivo do Estado incide sobre qualquer pessoa que pratique algum ato
infrator tipificado em lei, enquanto o poder disciplinar alcança somente
pessoas que possuam algum vínculo jurídico específico com a
Administração Pública, seja vínculo funcional (ex: servidores e empregados
públicos), seja contratual (ex: empresas particulares contratadas pelo Poder
Público ou que firmam convênios de repasse de recursos públicos).

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

BIZU:
- punir infrações funcionais a servidores
- punir particulares com vínculo específico com a administração
pública
- nos casos de sanções à servidores, o poder disciplinar
deriva do poder hierárquico
- poder disciplinar é diferente de poder punitivo do Estado.
- o dever de punir é VINCULADO, mas a gradação da punição, EM
REGRA, é discricionária.
- o ato de aplicação da punição deve ser sempre motivado.

5 – PODER REGULAMENTAR
Prerrogativa dada à Administração Pública, mais precisamente ao chefe do
Executivo, de editar atos gerais para detalhar, esmiuçar as leis e, por
conseguinte, permitir sua efetiva concretização.
De modo geral, não são instrumentos que devam trazer novidades para o
Direito. No entanto, alguns autores o consideram espécie do gênero poder
normativo.
Possuem natureza derivada (atos secundários) uma vez que deverão estar
adstritos aos limites impostos pelas leis.
Sofre controle de legalidade a cargo do Poder Judiciário e controle político,
exercido, na esfera federal, exclusivamente pelo Congresso Nacional
(sustação do ato).
OBS: O regulamento ou decreto regulamentar, na esfera federal, é o que
está previsto no art. 84, IV, CF/88.
OBS: Existe ainda o decreto autônomo (art. 84. VI, CF/88), que é editado
pelo chefe do poder executivo diretamente a partir do texto constitucional,
sem base em uma lei, sem estar regulamentando uma lei. É considerado ato
primário, pois decorre diretamente da constituição. Ele inova o direito,
criando, por força própria, situações jurídicas, direitos e obrigações.

6 – PODER DE POLÍCIA
É a faculdade colocada à disposição do Estado para condicionar, limitar e
restringir o uso de bens, atividades e direitos individuais, em benefício
do coletivo e do próprio Estado.
A polícia administrativa atua de forma eminentemente preventiva, pois o
ordenamento prevê as limitações administrativas, por meio de diplomas

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

limitadores e sancionadores da conduta daqueles que utilizam bens ou


exercem atividades que possam afetar a coletividade.
Em regra, a competência para exercer o poder de polícia é da entidade
federativa à qual a CF/88 conferiu o poder de regular a matéria.

PODER DE POLÍCIA ORIGINÁRIO E DELEGADO:

ORIGINÁRIO: exercido pelas pessoas políticas que integram o Estado (U, E,


DF e M).
DELEGADO: exercido pelas pessoas administrativas de Direito Público do
Estado, componentes da Administração Indireta.

POLÍCIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDICIÁRIA

POLÍCIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA

- incide nas infrações de natureza


- incide nas infrações penal.
administrativas. - incide diretamente sobre pessoas.
- exercida sobre atividades privadas, - executada por corporações
bens ou direitos. específicas como a polícia civil e a
- desempenhada por órgãos Polícia Federal. OBS: a polícia
administrativos de caráter militar pode exercer tanto a
fiscalizador função de polícia administrativa
como a de polícia judiciária.

FASES OU CICLOS DO PODER DE POLÍCIA:

ORDEM DE POLÍCIA: é o preceito legal, a satisfação da reserva


constitucional.
CONSENTIMENTO DE POLÍCIA: o ato administrativo de anuência (nem
sempre será necessário).
FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: verificação do cumprimento das ordens de
polícia ou para se observarem abusos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

SANÇÃO DE POLÍCIA: submissão coercitiva do infrator a medidas


inibidoras.
- multas administrativas
- interdição de estabelecimentos comerciais
- suspensão de exercícios de direitos
- demolição de construções irregulares
- embargo administrativo de obras
- destruição de gêneros alimentícios impróprios para o consumo
- apreensão de mercadorias irregularmente entradas no território nacional

OBS: são delegáveis apenas os atos de consentimento e fiscalização de


polícia

PRESCRIÇÃO DA AÇÃO PUNITIVA


A ação punitiva da Administração Pública Federal Direta e Indireta, no
exercício do poder de polícia, objetivando apurar infrações à legislação em
vigor, prescreve em 5 anos, a contar da data da prática do ato ou, no caso
de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado (e não do
conhecimento do fato).

ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA

AUTOEXECUTORIEDADE: consiste na possibilidade de os atos decorrentes


do exercício do poder de polícia ser imediata e diretamente executados pela
própria Administração, independentemente de autorização ou intervenção por
ordem judicial.
COERCIBILIDADE: em razão desse atributo, as medidas adotadas pela
Administração no exercício do poder de polícia podem ser impostos de
maneira coativa aos administrados, independentemente de prévia
manifestação judicial.
DISCRICIONARIDADE: a Administração detém razoável liberdade de
atuação no exercício do poder de polícia. Dentro dos limites dados pela lei,
poderá valorar critérios de conveniência e oportunidade para a prática dos
atos de polícia administrativa, determinando critérios para definição, por

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 112


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

exemplo, de quais atividades irá fiscalizar, bem como as sanções aplicáveis


em decorrência de certa infração, as quais devem estar previstas em lei.

Punir infrações funcionais de seus


servidores (vínculo funcional com a
administração)

PODER
DISCIPLINAR

Punir infrações administratrivas de


particulares com vínculo específico com a
administração. Ex. contrato

SANÇÃO
ADMINISTRATIVA

Punir infrações administrativas de


PODER
particulares com vínculo geral com a
DE POLÍCIA
administração. Ex. multa de trânsito

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

7 - QUESTÕES
01 (2017/FCC/TJ-SC/Juiz de Direito)
Sobre o exercício do poder disciplinar da Administração Pública, é correto
afirmar que tal poder
a) é exercido somente em face de servidores regidos pelas normas
estatutárias, não se aplicando aos empregados públicos, regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho.
b) admite a aplicação de sanções de maneira imediata, desde que tenha
havido prova inconteste da conduta ou que ela tenha sido presenciada pela
autoridade superior do servidor apenado.
c) é aplicável aos particulares, sempre que estes descumpram normas
regulamentares legalmente embasadas, tais como as normas ambientais,
sanitárias ou de trânsito.
d) é extensível a sujeitos que tenham um vínculo de natureza especial com a
Administração, sejam ou não servidores públicos.
e) não contempla, em seu exercício, a possibilidade de afastamentos
cautelares de servidores antes que haja o prévio exercício de ampla defesa e
contraditório.

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02 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
Acerca do direito administrativo, julgue o item que se segue.
O exercício do poder de polícia reflete o sentido objetivo da administração
pública, o qual se refere à própria atividade administrativa exercida pelo
Estado.

---------------------------------------------------------------------------------------
03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
Com relação a processo administrativo, poderes da administração e serviços
públicos, julgue o item subsecutivo.
O exercício do poder regulamentar é privativo do chefe do Poder Executivo da
União, dos estados, do DF e dos municípios.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

04 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)


Com relação a processo administrativo, poderes da administração e serviços
públicos, julgue o item subsecutivo.
Situação hipotética: Um secretário municipal removeu determinado assessor
em razão de desentendimentos pessoais motivados por ideologia partidária.
Assertiva: Nessa situação, o secretário agiu com abuso de poder, na
modalidade excesso de poder, já que atos de remoção de servidor não podem
ter caráter punitivo.

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05 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Considerando que os poderes administrativos são prerrogativas que se
outorgam aos agentes do Estado com vistas a viabilizar a consecução do
interesse público, assinale a opção correta.
a) Abuso de poder e desvio de poder são espécies do gênero excesso de
poder que, presentes quando da prática de um ato administrativo, ensejam
sua nulidade.
b) Os poderes administrativos são facultados ao administrador, que pode ou
não fazer-lhes uso, conforme critério subjetivo e as peculiaridades do caso
concreto.
c) O não exercício de poderes administrativos não resulta necessariamente
em conduta omissiva ilegal, sobretudo em hipóteses em que a reserva do
possível justifique a impossibilidade de um agir estatal.
d) O agente público que, motivadamente, não necessitar dos poderes
administrativos para o desempenho de suas atribuições pode a eles
renunciar.
e) Há desvio de poder sempre que o agente transcende os limites de sua
competência.

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06 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Determinada agência reguladora, atuando em sua esfera de atribuições,
editou ato normativo de apurada complexidade técnica com vistas a elucidar
conceitos legais e regular determinado segmento de atividades consideradas
estratégicas e de interesse público.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Nessa situação hipotética, a atuação da agência configurou exercício do poder


a) de polícia.
b) regulamentar.
c) discricionário.
d) disciplinar.
e) hierárquico.

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07 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
O poder de polícia
a) é indelegável.
b) é delegável no âmbito da própria administração pública, em todas as suas
dimensões, a pessoas jurídicas de direito privado e, também, a particulares.
c) é suscetível de delegação no âmbito da própria administração pública,
desde que o delegatário não seja pessoa jurídica de direito privado.
d) pode ser delegado em sua dimensão fiscalizatória a pessoa jurídica de
direito privado integrante da administração pública.
e) pode ser delegado em suas dimensões legislativa e sancionadora a pessoa
jurídica de direito privado integrante da administração pública.

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08 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
Assinale a opção correta com relação ao poder hierárquico.
a) Decorre do poder hierárquico o poder de revisão, por superior, dos atos
praticados por subordinado.
b) A disciplina funcional guarda relação com o poder disciplinar, não se
ligando ao poder hierárquico.
c) A avocação é regra ampla e geral cuja difusão deve ser estimulada em prol
da eficiência.
d) A hierarquia administrativa é restrita ao Poder Executivo.
e) Subordinação e vinculação, como decorrências do poder hierárquico, são
institutos que se confundem e que se caracterizam pelo controle que se dá no
âmbito de um mesmo ente.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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09 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
Dentre as diversas atividades realizadas pelo Estado, no desempenho de suas
funções executivas, representam expressão de seu poder de polícia:
a) a regulação ou poder regulamentar, que visam conformar, de forma
restritiva ou indutiva, as atividades econômicas aos interesses da
coletividade, podendo abranger medidas normativas, administrativas,
materiais, preventivas e fiscalizatórias e sancionatórias.
b) as medidas disciplinares e hierárquicas adotadas para conformação da
atuação dos servidores públicos e dos contratados pela Administração às
normas e posturas por essa impostas.
c) a fiscalização e autuação de condutores exercidas pelas autarquias que
desempenham serviços públicos rodoviários.
d) a autotutela exercida pela Administração pública sobre seus próprios atos,
que inclui a possibilidade de revisão e anulação dos mesmos.
e) a imposição de multas contratuais a empresas estatais exploradoras de
atividades econômicas ou prestadoras de serviços públicos, que também
exercem poder de polícia ao impor multas a usuários dos serviços e
atividades que prestam.

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10 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
Os servidores públicos estão sujeitos à hierarquia no exercício de suas
atividades funcionais. Considerando esse aspecto,
a) o poder disciplinar a que estão sujeitos é decorrente dessa hierarquia, visto
que guarda relação com o vínculo funcional existente e observa a estrutura
organizacional da Administração pública para identificação da autoridade
competente para apuração e punição por infrações disciplinares.
b) submetem-se ao poder de tutela da Administração, que projeta efeitos
internos, sobre órgãos e servidores, e externos, atingindo relações jurídicas
contratuais travadas com terceiros.
c) conclui-se que o poder hierárquico é premissa para o poder disciplinar, ou
seja, este somente tem lugar onde se identificam relações jurídicas
hierarquizadas, funcional ou contratualmente, neste caso, em relação à
prestação de serviços terceirizados.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

d) o poder hierárquico autoriza a edição de atos normativos de caráter


autônomo, com força de lei, no que se refere à disciplina jurídica dos direitos
e deveres dos servidores públicos.
e) somente o poder hierárquico e o poder disciplinar produzem efeitos
internos na Administração pública, tendo em vista que o poder de polícia e o
poder regulamentar visam à produção de efeitos na esfera jurídica de direito
privado, não podendo atingir a atuação de servidores públicos.

---------------------------------------------------------------------------------------
11 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária)
Suponha que o Secretário de Transportes de determinado Estado tomou
conhecimento, por intermédio de matéria jornalística, da existência de longas
filas para carregamento dos cartões de utilização dos trens administrados por
uma sociedade de economia mista vinculada àquela Pasta. Diante dos fatos
apurados, decidiu avocar, para área técnica da Secretaria, algumas atividades
de gerenciamento e logística desempenhadas por uma das Diretorias da
referida empresa. Fundamentou sua decisão no exercício dos poderes
hierárquico e disciplinar. Considerando a situação narrada,
a) a atuação do Secretário justifica-se do ponto de vista da hierarquia, porém
não sob aspecto disciplinar, eis que não identificada infração administrativa.
b) a decisão baseia-se, legitimamente, apenas no poder disciplinar, que
compreende o controle e a supervisão.
c) descabe a invocação dos poderes citados, sendo certo que a atuação da
Secretaria deve se dar nos limites do poder de tutela.
d) a decisão somente será justificável, sob o fundamento de poder
hierárquico, se constada a existência de desvio de conduta pelos
administradores da empresa.
e) a decisão extrapolou a competência disciplinar, que somente pode ser
exercida para corrigir desvios na organização administrativa da entidade.

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12 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia)
De acordo com a legislação e a doutrina pertinentes, o poder de polícia
administrativa
a) pode manifestar-se com a edição de atos normativos como decretos do
chefe do Poder Executivo para a fiel regulamentação de leis.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

b) é poder de natureza vinculada, uma vez que o administrador não pode


valorar a oportunidade e conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e
escolher seu conteúdo.
c) pode ser exercido por órgão que também exerça o poder de polícia
judiciária.
d) é de natureza preventiva, não se prestando o seu exercício, portanto, à
esfera repressiva.
e) é poder administrativo que consiste na possibilidade de a administração
aplicar punições a agentes públicos que cometam infrações funcionais.

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13 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia)
A respeito dos poderes e deveres da administração, assinale a opção correta,
considerando o disposto na CF.
a) A lei não pode criar instrumentos de fiscalização das finanças públicas, pois
tais instrumentos são taxativamente listados na CF.
b) A eficiência, um dever administrativo, não guarda relação com a realização
de supervisão ministerial dos atos praticados por unidades da administração
indireta.
c) O abuso de poder consiste em conduta ilegítima do agente público,
caracterizada pela atuação fora dos objetivos explícitos ou implícitos
estabelecidos pela lei.
d) A capacidade de inovar a ordem jurídica e criar obrigações caracteriza o
poder regulamentar da administração.
e) As consequências da condenação pela prática de ato de improbidade
administrativa incluem a perda dos direitos políticos e a suspensão da função
pública.

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14 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
A avocação se verifica quando o superior chama para si a competência de um
órgão ou agente público que lhe seja subordinado. Esse movimento, que é
excepcional e temporário, decorre do poder administrativo hierárquico.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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15 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
O poder de polícia administrativo é uma atividade que se manifesta por meio
de atos concretos em benefício do interesse público. Por conta disso, a
administração pode delegar esse poder a pessoas da iniciativa privada não
integrantes da administração pública.

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16 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
A administração, ao editar atos normativos, como resoluções e portarias, que
criam normas estabelecedoras de limitações administrativas gerais, exerce o
denominado poder regulamentar.

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17 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica)
Acerca de administração pública, organização do Estado e agentes públicos,
julgue o item a seguir.
O abuso de poder pelos agentes públicos pode ocorrer tanto nos atos
comissivos quanto nos omissivos.

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18 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica)
Com relação aos poderes e atos administrativos, julgue o próximo item.
A coercibilidade, uma característica do poder de polícia, evidencia-se no fato
de a administração não depender da intervenção de outro poder para torná-lo
efetivo.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

19 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação)
José, chefe do setor de recursos humanos de determinado órgão público,
editou ato disciplinando as regras para a participação de servidores em
concurso de promoção.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A edição do referido ato é exemplo de exercício do poder regulamentar.

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20 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio)
Maurício, chefe imediato de João (ambos servidores públicos distritais),
determinou que este participasse de reunião de trabalho em Fortaleza – CE
nos dias nove e dez de janeiro. João recebeu o valor das diárias. No dia oito
de janeiro, João sofreu um acidente de carro e, conforme atestado médico
apresentado para Maurício, teve de ficar de repouso por três dias, razão pela
qual não pôde viajar. Essa foi a primeira vez no bimestre que João teve de se
afastar do serviço por motivo de saúde.
Acerca dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela
relacionados, julgue o item a seguir.
A competência de Maurício para determinar que João participasse da reunião
de trabalho decorre do poder hierárquico.

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21 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
O fato de a administração pública internamente aplicar uma sanção a um
servidor público que tenha praticado uma infração funcional caracteriza o
exercício do poder de polícia administrativo.

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22 (2017/CESPE/SEDF/Direito)
Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que
beneficiaram, diretamente, amigos seus. A competência para a edição do
referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os
servidores que se sentiram prejudicados com o resultado do concurso de

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

remoção apresentaram recurso quinze dias após a data da publicação do


resultado.
Nessa situação hipotética,
Mauro não agiu com abuso de poder.

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23 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
No que diz respeito aos poderes e deveres dos administradores públicos,
julgue o item que se segue.
Assim como o administrador de empresas privadas, o administrador público
tem o poder de agir, o que lhe faculta a escolha de agir ou não no exercício
de sua função.

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24 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador)
Discricionariedade administrativa é o dever-poder da Administração pública
de, diante do caso concreto,
a) tomar duas ou mais decisões, sendo todas elas válidas perante o Direito.
b) decidir, com base em razões de conveniência e oportunidade,
independentemente da lei.
c) decidir, conforme a vontade do agente público.
d) decidir, nos termos da Constituição Federal.
e) decidir, conforme as melhores razões de Estado.

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25 (2016/FCC/PGE-MT/Técnico Administrativo)
Os poderes hierárquicos do Chefe do Poder Executivo compreendem a
possibilidade de
a) dar ordens aos gestores que lhe estejam hierarquicamente subordinados,
desde que compatíveis com o Direito.
b) dar ordens aos gestores públicos, inclusive àqueles que pertençam à
Administração pública indireta.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) avocar competências de seus subordinados, a exemplo, invariavelmente,


das de caráter normativo.
d) dar ordens aos gestores que lhe estejam hierarquicamente subordinados,
ainda que contrárias ao Direito.
e) demitir, a seu exclusivo critério, gestores que lhe sejam subordinados,
inclusive os estáveis.

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26 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo)
O teto de um imóvel pertencente à União desabou em decorrência de fortes
chuvas, as quais levaram o poder público a decretar estado de calamidade na
região. Maria, servidora pública responsável por conduzir o processo licitatório
para a contratação dos serviços de reparo pertinentes, diante da situação de
calamidade pública, decidiu contratar mediante dispensa de licitação. Findo o
processo de licitação, foi escolhida a Empresa Y, que apresentou preços
superiores ao preço de mercado, mas, reservadamente, prometeu, caso fosse
contratada pela União, realizar, com generoso desconto, uma grande reforma
no banheiro da residência de Maria. Ao final, em razão da urgência, foi
firmado contrato verbal entre a União e a Empresa Y e executados tanto os
reparos contratados quanto a reforma prometida.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Maria agiu com excesso de poder ao escolher a Empresa Y.

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27 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Considere as seguintes assertivas concernentes ao poder regulamentar:
I. O regulamento de execução é hieraquicamente subordinado a uma lei
prévia, além de ser ato de competência privativa do Chefe do Poder
Executivo.
II. O poder regulamentar da Administração pública, também denominado de
poder normativo, não abrange, exclusivamente, os regulamentos; ele
também se expressa por outros atos, tais como por meio de instruções,
dentre outros.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

III. Os atos pelos quais a Administração pública exerce o seu poder


regulamentar, assim como a lei, também emanam atos com efeitos gerais e
abstratos.
IV. O ato normativo, em hipóteses excepcionais, poderá criar direitos não
previstos em lei, sem implicar em ofensa ao princípio da legalidade.
Está correto o que se afirma em
a) I e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.

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28 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário –
Administrativo)
Considere as seguintes assertivas concernentes ao poder disciplinar:
I. A Administração pública, ao tomar conhecimento de infração praticada por
servidor, deve instaurar o procedimento adequado para sua apuração.
II. A Administração pública pode levar em consideração, na aplicação da
pena, a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem
para o serviço público.
III. No procedimento administrativo destinado a apurar eventual infração
praticada por servidor, devem ser assegurados o contraditório e a ampla
defesa com os meios e recursos a ela inerentes.
IV. A falta grave é punível com a pena de suspensão e caberá à
Administração pública enquadrar ou não um caso concreto em tal infração.
O poder disciplinar, em algumas circunstâncias, é considerado discricionário.
Há discricionariedade APENAS nos itens
a) I e IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) III e IV.
e) II e IV.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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29 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia)
Com relação aos poderes administrativos e ao uso e abuso desses poderes,
assinale a opção correta.
a) O poder de polícia refere-se às relações jurídicas especiais, decorrentes de
vínculos jurídicos específicos existentes entre o Estado e o particular.
b) O poder disciplinar, mediante o qual a administração pública está
autorizada a apurar e aplicar penalidades, alcança tão somente os servidores
que compõem o seu quadro de pessoal.
c) A invalidação, por motivos de ilegalidade, de conduta abusiva praticada por
administradores públicos ocorre no âmbito judicial, mas não na esfera
administrativa.
d) Poder regulamentar é a competência atribuída às entidades administrativas
para a edição de normas técnicas de caráter normativo, executivo e
judicante.
e) Insere-se no âmbito do poder hierárquico a prerrogativa que os agentes
públicos possuem de rever os atos praticados pelos subordinados para anulá-
los, quando estes forem considerados ilegais, ou revogá-los por conveniência
e oportunidade, nos termos da legislação respectiva.

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30 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio)
A Administração pública, após regular processo administrativo, penalizou
servidor seu lotado junto à Secretaria dos Transportes, por ter deixado de
praticar ato de sua competência, sem justificativa juridicamente aceitável. A
hipótese trata do exercício do poder
a) de polícia administrativa, fundamentado na hierarquia e na sujeição geral
que liga os servidores à Administração contratante.
b) disciplinar, que encontra fundamento de validade na lei e é decorrência do
princípio hierárquico.
c) poder regulamentar, uma vez que a punição caracteriza-se como ato geral
e abstrato, exceto no que concerne ao interessado sancionado.
d) de polícia, que encontra fundamento na lei e no princípio da supremacia do
interesse público sobre o privado.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

e) disciplinar, que não decorre da hierarquia, mas do fato de o particular


estar sujeito à disciplina administrativa.

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31 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio)
A vigilância sanitária, após inspeção realizada em estabelecimento comercial
especializado no fornecimento de refeições, em razão das péssimas condições
de higiene e do desrespeito às posturas municipais, que colocavam em risco
iminente os frequentadores do local, interditou o local. No caso, a
Administração
a) exerceu irregularmente o denominado poder de polícia, porquanto não
recorreu previamente ao judiciário tampouco possibilitou a prévia defesa do
particular.
b) agiu arbitrariamente, porquanto mesmo frente ao perigo iminente, ante o
princípio da livre iniciativa, tinha a obrigação de conferir ao particular o prévio
exercício do direto de defesa em procedimento específico.
c) exerceu regularmente o poder de polícia, em especial considerando cuidar-
se de medida de urgência, que dispensa o exercício prévio do direito de
defesa.
d) agiu dentro da lei, exercendo o poder normativo exteriorizado pela
cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento comercial.
e) exerceu irregularmente o poder de polícia, porquanto este se caracteriza
por ser uma atividade negativa, o que implica reconhecer que era vedado, na
hipótese, o exercício de atividade material pela Administração.

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32 (2016/FCC/AL-MS/Auxiliar de Enfermagem)
Rafael, servidor público estadual e chefe de determinada repartição, no
exercício de seu poder hierárquico, editou ato normativo, qual seja,
resolução, a fim de ordenar a atuação de seus subordinados. A propósito do
tema, a conduta de Rafael está
a) correta, pois o poder hierárquico é mais abrangente e sempre engloba o
poder normativo da Administração pública, também denominado de poder
regulamentar.
b) correta, pois insere-se dentro das atribuições próprias do poder
hierárquico.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) incorreta, pois não se insere no âmbito de atribuições próprias do poder


hierárquico, mas sim, do poder disciplinar.
d) incorreta, pois não se insere no âmbito de atribuições próprias do poder
hierárquico, mas sim, do poder de polícia, que também vigora entre os
servidores e órgãos públicos.
e) incorreta, pois não se insere no âmbito de atribuições próprias do poder
hierárquico, mas sim, do poder normativo.

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33 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
Assinale a opção correta, acerca dos poderes da administração pública.
a) O poder regulamentar consiste na prerrogativa conferida à administração
pública para alterar a legislação vigente sempre que o interesse público assim
o exigir.
b) O poder-dever da administração pública de punir as faltas cometidas por
servidores públicos é imprescritível e demanda prévia apuração em processo
administrativo em que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa.
c) Em razão do poder-dever de agir do administrador público, toda omissão
da administração pública é ilegal.
d) Configura-se excesso de poder no caso em que o agente, embora no
âmbito da sua competência, não considera o interesse público, que deve
nortear a atuação administrativa.
e) Embora nem toda ilegalidade decorra de conduta abusiva, todo abuso de
poder se reveste de ilegalidade.

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34 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual)
O poder de polícia caracteriza-se como atividade da Administração pública
que impõe limites ao exercício de direitos e liberdades, tendo em vista
finalidades de interesse público. Considere os atos ou contratos
administrativos a seguir:
I. concessão de serviços públicos.
II. autorização para vendas de material de fogos de artifícios.
III. permissão de serviços públicos.
IV. concessão de licença ambiental para construção.
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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Caracterizam-se como manifestação do poder de polícia APENAS os


constantes em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) I e III.

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35 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual)
O processo disciplinar é derivado dos poderes:
a) hierárquico e disciplinar.
b) regulamentar e de polícia.
c) disciplinar e de polícia.
d) de polícia e hierárquico.
e) hierárquico e regulamentar.

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36 (2016/CESPE/TCE-PR/Nível Superior)
Um agente de determinada autarquia estadual, em fiscalização de rotina,
autuou estabelecimento comercial em razão de infração administrativa
verificada. Procedeu ainda, naquela mesma ocasião, à interdição cautelar do
estabelecimento em questão.
Acerca dessa situação hipotética, do poder de polícia e da disciplina dos atos
administrativos, assinale a opção correta.
a) Os atos administrativos praticados são dotados de presunção de
veracidade e legitimidade, bem como de presunção absoluta de conformidade
à lei.
b) Se, na situação hipotética em questão, o administrador público tivesse
agido motivado por vingança pessoal contra o proprietário do estabelecimento
comercial, estaria configurada a nulidade do ato por abuso de poder na
modalidade excesso de poder.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) Se, na situação hipotética em apreço, fosse aplicada pena de multa ao


estabelecimento comercial, sua cobrança poderia ser executada diretamente
pela administração pública.
d) Na hipótese apresentada, a aplicação de punição administrativa ao
estabelecimento comercial submete-se ao princípio da legalidade, uma vez
que somente lei pode instituir sanções administrativas.
e) Na hipótese em apreço, a interdição cautelar do estabelecimento comercial
não poderia prescindir da observância do devido processo legal e somente
poderia ser efetivada após o exercício do direito de defesa por parte do
interessado.

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37 (2016/FCC/SEGEP-MA/Procurador do Estado)
A atividade de polícia administrativa
a) pode ser exemplificada pela atuação das corregedorias, ao fiscalizar a
atividades dos órgãos públicos.
b) sempre é exercida de forma discricionária, sendo que tal característica é
impositiva, em razão do princípio da proporcionalidade.
c) nem sempre é prestada de forma gratuita pela Administração, havendo
situações que implicam em onerosidade de seu exercício.
d) é irrenunciável, de modo que não é possível a revogação de medidas de
polícia administrativa, uma vez que tenham sido aplicadas pela autoridade
competente.
e) é dotada do atributo de imperatividade, que consiste na possibilidade que
a Administração tem de executar suas decisões com seus próprios meios, sem
necessidade de provocação do Poder Judiciário.

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38 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Advogado)
Nas palavras de José dos Santos Carvalho Filho, quando o “agente que elege
a situação fática geradora da vontade, permitindo, assim, maior liberdade de
atuação, embora sem afastamento dos princípios administrativos”, está se
referindo ao poder discricionário dos agentes públicos, que demanda a
a) previsão legal das opções postas ao administrador, bem como possibilita
revogação pela própria Administração ou pelo Judiciário, preservado o mérito
do ato administrativo.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

b) existência de opções juridicamente válidas para que o administrador possa


exercer seu juízo de conveniência e oportunidade, o que não afasta a
possibilidade de controle dessa atuação, tanto pela Administração, quanto
pelo Judiciário e pelo Tribunal de Contas.
c) revisão dos atos discricionários pela própria Administração ou pelo Poder
Judiciário, não retroagindo efeitos seja no caso da anulação ou da revogação,
em razão da presunção de veracidade que reveste os atos administrativos.
d) possibilidade de anulação de atos discricionários somente pela própria
administração ou pelo Tribunal de Contas, nos casos de atos administrativos.
e) análise pelo Poder Judiciário de todos os aspectos dos atos discricionários,
anulando-os ou revogando-os diante do controle de políticas públicas
realizado por esse Poder.

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39 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista – Administrador)
Os poderes da Administração pública lhe foram atribuídos para possibilitar o
exercício de suas funções, que sempre devem ser norteadas em benefício da
coletividade. Conferem, portanto, prerrogativas à Administração pública, que
não são ilimitadas. É exemplo disso
a) o poder normativo conferido à Administração, por meio da edição de
decreto autônomo, que somente pode ter lugar sempre que houver lacunas
ou ausência de lei.
b) o poder hierárquico, que atribui dever de subordinação dos servidores aos
seus superiores, cabendo a estes a apuração de infrações e aplicação de
penalidades disciplinares.
c) o exercício do poder disciplinar, que se estende aos particulares e
empresas contratados pelo poder público para prestação de serviços em
repartições públicas.
d) o exercício do poder de polícia, que pode limitar os direitos individuais com
algum grau de discricionariedade, mas sempre deve ter previsão legal.
e) o exercício do poder normativo-disciplinar, que se exterioriza na edição de
normas de conduta disciplinar, com elenco de infrações e sanções.

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40 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Com relação à improbidade administrativa, julgue o próximo item.


O abuso de poder é considerado crime de administração pública e é julgado
na esfera cível.

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41 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
A respeito dos agentes públicos e dos poderes da administração pública,
julgue o item que se segue.
Quando um servidor detentor de cargo de chefia assina expediente em
concordância com o conteúdo de ato elaborado por servidor subordinado, está
caracterizada uma expressão do poder hierárquico.

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42 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
A respeito dos poderes da administração pública e dos serviços públicos,
julgue o item que se segue.
A prerrogativa da administração de impor sanções a seus servidores,
independentemente de decisão judicial, decorre imediatamente do poder
disciplinar e mediatamente do poder hierárquico.

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43 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
Julgue o item subsequente, acerca dos atos e dos poderes administrativos.
A discricionariedade administrativa fundamenta-se, entre outros elementos,
na incapacidade da lei de prever todas as situações possíveis e regular
minuciosamente a maneira de agir do agente público diante de cada uma
delas. Assim, confere-se ao agente a prerrogativa de eleger, entre as
condutas viáveis, a que se apresentar mais conveniente e oportuna à luz do
interesse público.

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44 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
Julgue o item subsequente, acerca dos atos e dos poderes administrativos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Os atos decorrentes do poder regulamentar têm natureza originária e visam


ao preenchimento de lacunas legais e à complementação da lei.

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45 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)
O Congresso Nacional aprovou uma reforma administrativa proposta pelo
presidente da República que reduziu o número de ministérios. Nesse
contexto, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério da Previdência
Social foram fundidos, tornando-se Ministério do Trabalho e Previdência
Social. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A referida reforma administrativa poderia ter se materializado com a edição
de decreto autônomo, em decorrência do poder regulamentar do presidente
da República.

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46 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)
Com base no disposto nas súmulas do Supremo Tribunal Federal relativas a
direito administrativo, julgue o item subsequente.
Insere-se na esfera de poder discricionário da administração pública a decisão
de incluir o exame psicotécnico como fase de concurso para provimento de
cargos públicos, o que pode ser feito mediante previsão em edital.

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47 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)
Acerca dos servidores públicos, dos poderes da administração pública e do
regime jurídico-administrativo, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: O proprietário de determinado restaurante recebeu
notificação na qual constava a determinação de que a obra que havia sido
irregularmente realizada na calçada do referido estabelecimento, para a
colocação de mesas, teria de ser demolida.
Assertiva: Nesse caso, decorrendo o prazo sem cumprimento da ordem, a
administração poderá promover a demolição sob o manto da
autoexecutoriedade dos atos administrativos e do poder de polícia.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

48 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia)
Acerca dos poderes e deveres da administração pública, assinale a opção
correta.
a) A autoexecutoriedade é considerada exemplo de abuso de poder: o agente
público poderá impor medidas coativas a terceiros somente se autorizado pelo
Poder Judiciário.
b) À administração pública cabe o poder disciplinar para apurar infrações e
aplicar penalidades a pessoas sujeitas à disciplina administrativa, mesmo que
não sejam servidores públicos.
c) Poder vinculado é a prerrogativa do poder público para escolher aspectos
do ato administrativo com base em critérios de conveniência e oportunidade;
não é um poder autônomo, devendo estar associado ao exercício de outro
poder.
d) Faz parte do poder regulamentar estabelecer uma relação de coordenação
e subordinação entre os vários órgãos, incluindo o poder de delegar e avocar
atribuições.
e) O dever de prestar contas aos tribunais de contas é específico dos
servidores públicos; não é aplicável a dirigente de entidade privada que
receba recursos públicos por convênio.

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49 (2016/CESPE/PC-PE/Agente de Polícia)
Após investigação, foi localizada, no interior da residência de Paulo, farta
quantidade de Cannabis sativa, vulgarmente conhecida por maconha, razão
por que Paulo foi preso em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. No
momento de sua prisão, Paulo tentou resistir, motivo pelo qual os policiais,
utilizando da força necessária, efetuaram sua imobilização.
Nessa situação hipotética, foi exercido o poder administrativo denominado
a) poder disciplinar, o qual permite que se detenham todos quantos estejam
em desconformidade com a lei.
b) poder regulamentar, que corresponde ao poder estatal de determinar quais
práticas serão penalizadas no caso de o particular as cometer.
c) poder hierárquico, devido ao fato de o Estado, representado na ocasião
pelos policiais, ser um ente superior ao particular.
d) poder discricionário, mas houve abuso no exercício desse poder,
caracterizado pela utilização da força para proceder à prisão.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

e) poder de polícia, que corresponde ao direito do Estado em limitar o


exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público.

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50 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor)
Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item
que se segue.
Situação hipotética: Diante da ausência de Maria, servidora pública ocupante
de cargo de nível superior, João, servidor público ocupante de cargo de nível
médio, recém-formado em Economia, elaborou determinado expediente de
competência exclusiva do cargo de nível superior ocupado por Maria.
Assertiva: Nessa situação, o servidor agiu com abuso de poder na modalidade
excesso de poder.

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51 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor de Controle Externo – Direito)
Julgue o próximo item, a respeito de atos administrativos e poderes
administrativos.
O abuso de poder administrativo pode assumir tanto a forma comissiva
quanto omissiva.

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52 (2016/FCC/Prefeitura de Campinas – SP/Procurador)
A desconcentração e a descentralização são formas de organização
administrativa para exercício das funções executivas. Em relação aos poderes
da Administração e essa forma de organização tem-se que
a) o poder hierárquico mostra-se presente tanto na desconcentração, quanto
na descentralização, na medida em que a Administração Central possui poder
para autorizar ou rever atos praticados pelos órgãos e entes abrangidos por
aquela organização administrativa.
b) o poder normativo evidencia-se por meio dos decretos autônomos,
adequados para instituição de pessoas jurídicas de direito público ou privado,
por meio das quais se opera a descentralização.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) o poder normativo manifesta-se quando há utilização do método


descentralização, pois é necessária edição de leis para instituição de outras
pessoas jurídicas para as quais serão delegadas competências.
d) o poder hierárquico manifesta-se presente nas relações de
desconcentração, porque há relação de subordinação entre os órgãos da
Administração e a Administração central, o que não se replica com as
relações travadas entre esta e os entes da Administração indireta, ainda que
se evidencie o poder de tutela.
e) a desconcentração não se relaciona com o poder discricionário da
Administração pública, porque este é restrito à Administração e Central, tendo
em vista que os órgãos da Administração não são dotados de autonomia e
personalidade jurídica própria, características que devem estar presentes para
o exercício das atribuições inerentes àquele poder.

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53 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
Assinale a opção correta, a respeito dos poderes da administração.
a) A autoexecutoriedade inclui-se entre os poderes da administração
b) A existência de níveis de subordinação entre órgãos e agentes públicos é
expressão do poder discricionário
c) Poder disciplinar da administração pública e poder punitivo do Estado
referem-se à repressão de crimes e contravenções tipificados nas leis penais.
d) O poder regulamentar refere-se às competências do chefe do Poder
Executivo para editar atos administrativos normativos.
e) O poder de polícia não se inclui entre as atividades estatais
administrativas.

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54 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
A respeito do poder de polícia, assinale a opção correta.
a) A competência, a finalidade, a forma, a proporcionalidade e a legalidade
dos meios empregados pela administração são atributos do poder de polícia.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

b) O poder de polícia, quanto aos fins, pode ser exercido para atender a
interesse público ou particular.
c) O exercício do poder de polícia pode ser delegado a entidades privadas.
d) A atuação do poder de polícia restringe-se aos atos repressivos
e) Prescreve em cinco anos a pretensão punitiva da administração pública
federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia.

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55 (2016/FCC/Prefeitura de São Luiz – MA/Procurador Municipal)
Determinada lei municipal, promulgada no início deste ano, estabelece que
compete à Guarda Municipal, concomitantemente às suas demais atribuições,
atuar na fiscalização, no controle e na orientação do trânsito, podendo para
esse fim, inclusive, autuar condutores e aplicar multas previstas na legislação
federal pertinente. À luz da disciplina constitucional e da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, referida lei municipal é
a) compatível com a Constituição da República, podendo a Guarda Municipal,
inclusive, autuar condutores e aplicar multas previstas na legislação federal,
por se tratar de legítimo exercício de poder de polícia, não exclusivo das
entidades policiais.
b) compatível com a Constituição da República apenas no que se refere à
orientação do trânsito, atividade inerente às funções constitucionalmente
atribuídas ao Município, em matéria de segurança viária.
c) incompatível com a Constituição da República, por atribuir à Guarda
Municipal funções de segurança pública, privativas das polícias militares
estaduais.
d) incompatível com a Constituição da República, por atribuir à Guarda
Municipal funções estranhas à proteção de bens, serviços e instalações
municipais.
e) incompatível com a Constituição da República, por implicar invasão da
competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte.

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56 (2016/CESPE/TJ-AM/Juiz de Direito)
Os poderes administrativos são prerrogativas outorgadas aos agentes
públicos para a consecução dos interesses da coletividade. A respeito desses
poderes, assinale a opção correta.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

a) O pagamento de multa aplicada em decorrência do poder de polícia não


pode configurar condição para que a administração pratique outro ato em
favor do interessado.
b) O poder restritivo da administração, consubstanciado no poder de polícia,
não se limita pelos direitos individuais.
c) O poder vinculado refere-se à faculdade de agir atribuída ao administrador.
d) Entre os poderes administrativos incluem-se o poder disciplinar, o poder
regulamentar e o poder jurídico.
e) Poder regulamentar é a prerrogativa concedida à administração pública de
editar atos gerais para complementar as leis e permitir a sua efetiva
aplicação.

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57 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área
Judiciária)
O exercício dos poderes inerentes à função executiva e a regular atuação da
Administração pública não estão dissociados da influência dos princípios que
regem a Administração pública em toda sua atuação. Essa relação
a) existente entre o poder disciplinar e o princípio da legalidade informa o
poder de tutela exercido sobre os atos praticados pelos entes que integram a
Administração indireta, permitindo que a Administração central promova a
revisão dos mesmos para adequá-los à legalidade.
b) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar
autoriza a edição de atos de natureza originária nas hipóteses de organização
administrativa e, nos demais casos, sempre que houver lacuna ou ausência
de lei.
c) expressa-se, no caso do poder de polícia, à submissão ao princípio da
supremacia do interesse público, que fundamenta a atuação da Administração
pública quando não houver fundamento legal para embasar as medidas de
polícia.
d) de subordinação aos princípios da legalidade e da impessoalidade não
afasta a possibilidade da Administração pública adotar medidas
administrativas de urgência ou de firmar relações jurídicas diretamente com
alguns administrados, sem submissão a procedimento de seleção público,
desde que haja previsão legal para tanto.
e) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela
Administração pública não admite revisão administrativa, somente

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questionamento judicial, cabendo ao administrado o ônus da prova em


contrário.

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58 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Considere:
I. A Administração pública não pode, no exercício do poder de polícia, utilizar-
se de meios diretos de coação, sob pena de afronta ao princípio da
proporcionalidade.
II. O objeto da medida de polícia, isto é, o meio de ação, sofre limitações,
mesmo quando a lei lhe dá várias alternativas possíveis.
III. A impossibilidade de licenciamento de veículo enquanto não pagas as
multas de trânsito corresponde a exemplo da utilização de meios indiretos de
coação, absolutamente válido no exercício do poder de polícia.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, apenas.
e) II, apenas.

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59 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração)
Determinada autoridade sanitária, após apuração da infração, em processo
administrativo próprio, aplicou a determinada farmácia a pena de apreensão e
inutilização de medicamentos que haviam sido colocados à venda, sem
licença do órgão sanitário competente, por violação do disposto nas normas
legais e regulamentares pertinentes.
Nessa situação hipotética, a autoridade sanitária exerceu o poder
a) hierárquico, em sua acepção de fiscalização de atividades.
b) hierárquico, em sua acepção de imposição de ordens.
c) disciplinar, em razão de ter apurado infração e aplicado penalidade.

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d) regulamentar, em razão de ter constatado violação das normas


regulamentares pertinentes.
e) de polícia, em razão de ter limitado o exercício de direito individual em
benefício do interesse público.

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60 (2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário)
Determinado agente público, valendo-se de sua função e no exercício do
poder de polícia, aplicou multa manifestamente descabida a um desafeto
pessoal.
Nessa situação, o ato administrativo
a) funda-se em discricionariedade administrativa, razão por que somente está
sujeito a controle pela via administrativa, restando a via judicial como
alternativa subsidiária.
b) é passível de convalidação, se evidenciada a existência de razão
justificadora da sanção.
c) atenta contra a moralidade administrativa, se conhecidos os verdadeiros
motivos subjacentes à sua prática.
d) foi praticado com excesso de poder.
e) dispensa motivação expressa, o que dificulta seu controle.

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61 (2016/CESPE/DPU/Nível Superior)
Tendo como referência as normas do direito administrativo, julgue o próximo
item.
Constitui manifestação do poder disciplinar da administração pública a
aplicação de sanção a sociedade empresarial no âmbito de contrato
administrativo.

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62 (2016/CESPE/DPU/Nível Superior)
Tendo como referência as normas do direito administrativo, julgue o próximo
item.

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A interdição de restaurante por autoridade administrativa de vigilância


sanitária constitui exemplo de manifestação do exercício do poder de polícia.

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63 (2016/CESPE/DPU/Analista Técnico – Administrativo)
Acerca da organização administrativa da União, da organização e da
responsabilidade civil do Estado, bem como do exercício do poder de polícia
administrativa, julgue o item que se segue.
A edição de ato normativo constitui exemplo do exercício do poder de polícia
pela administração pública.

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64 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais)
No que se refere aos poderes da administração pública e aos serviços
públicos, julgue o item subsecutivo.
O poder de polícia, decorrente da supremacia geral do interesse público,
permite que a administração pública condicione ou restrinja o exercício de
atividades, o uso e gozo de bens e direitos pelos particulares, em nome do
interesse público.

---------------------------------------------------------------------------------------
65 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais)
No que se refere aos poderes da administração pública e aos serviços
públicos, julgue o item subsecutivo.
Configura-se desvio de poder ou de finalidade quando o agente atua fora dos
limites de suas atribuições, ou seja, no caso de realizar ato administrativo
não incluído no âmbito de sua competência.

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GABARITO
1-D 2-C 3-C 4-E 5-C 6-B 7-D 8-A 9-C 10-A
11-C 12-C 13-C 14-C 15-E 16-E 17-C 18-E 19-C 20-C
21-E 22-E 23-E 24-A 25-A 26-E 27-E 28-E 29-E 30-B
31-C 32-B 33-E 34-D 35-A 36-D 37-C 38-B 39-D 40-E
41-C 42-C 43-C 44-E 45-E 46-E 47-C 48-B 49-E 50-C
51-C 52-D 53-D 54-E 55-A 56-E 57-D 58-B 59-E 60-C
61-C 62-C 63-C 64-C 65-E

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ATOS ADMINISTRATIVOS

Segundo Di Pietro, é uma declaração unilateral do Estado ou de quem o


represente que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei,
sob o regime jurídico de Direito Público e sujeita a controle pelo Poder
Judiciário.

DECLARAÇÃO UNILATERAL

EXERCÍCIO DA FUNÇÃO
ADMINISTRATIVA

REALIZADO POR AGENTE PÚBLICO


OU PARTICULARES EM
COLABORAÇÃO
ATO
ADMINISTRATIVO

REGIDO PELO DIREITO PÚBLICO

PRODUZ EFEITOS JURÍDICOS


IMEDIATOS

SUJEITO AO CONTROLE JUDICIAL

1 ATOS DA ADMINISTRAÇÃO
São todos os atos editados pela Administração Pública, independentemente
se forem regidos predominantemente pelo direito privado ou pelo direito
público. Podemos dizer que os atos da administração incluem os atos
administrativos (regidos pelo direito público).
São espécies de atos da administração:
a) atos de direito privado (a exemplo de uma doação ou locação)
b) atos materiais (atos que envolvem apenas a execução de uma atividade
– demolição)
c) atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor (atestados e certidões)
d) atos políticos

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e) atos normativos
f) atos administrativos propriamente ditos

1.1 FATOS DA ADMINISTRAÇÃO E FATOS ADMINISTRATIVOS


Podemos afirmar que FATO é um acontecimento. Alguns fatos, inclusive,
podem acontecer independentemente da vontade da administração.
Fatos da Administração são os acontecimentos no âmbito da administração
pública e que não possuem repercussão no Direito Administrativo. Ex. café
derramado na toalha pelo servidor (não há efeito jurídico nesse
acontecimento, basta a toalha ser limpa novamente).
Fatos Administrativos são os acontecimentos no âmbito da administração
pública e que possuem repercussão no Direito Administrativo. Ex. se o
mesmo café derramado na toalha danificar a referida toalha, causando um
prejuízo de trinta reais, o servidor terá que indenizar a administração pública
nesse valor.
OBS: também serão considerados fatos administrativos qualquer realização
material decorrente da função administrativa (atos materiais). Ex.
construção de uma estrada, limpeza de ruas, interdição de estabelecimento.
Normalmente os atos materiais são decorrentes de um ato
administrativo.
OBS: a OMISSÃO da administração pública é considerada um fato
administrativo, quando esse silêncio produzir efeitos jurídicos. Ex: a
decadência do direito de a administração anular um ato administrativo.
OBS: por fim, os eventos naturais e que produzam efeitos jurídicos no
âmbito da administração, também serão considerados fatos administrativos.
Ex. morte de um servidor, nascimento de filho de servidora, raio que
incendiou a repartição pública.

ELEMENTOS (Co Fi Fo Mo Ob) e ATRIBUTOS (PATI) do ato


administrativo

ATRIBUTOS: características do
ELEMENTOS: partes do ato
ato

COmpetência: poder atribuído Presunção de legitimidade:


conformidade do ato com a ordem
FInalidade: interesse público jurídica e veracidade dos fatos

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(resultado (sempre existe).


mediato) Autoexecutoriedade: permite que
FOrma: como o ato vem ao mundo a Administração atue independente
de autorização judicial.
Motivo: pressupostos de fato e de
direito Tipicidade: vem sempre definido em
lei.
Objeto: conteúdo (resultado
imediato) Imperatividade: faz com que o
destinatário deva obediência ao ato,
independente de concordância.

2 ELEMENTOS OU REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO


2.1 COMPETÊNCIA
A competência ou o sujeito do ato administrativo é o poder legal conferido ao
agente público para o desempenho das atribuições do seu cargo.
O elemento competência sempre será vinculado.
Caso o agente público atue fora dos limites da sua competência, temos
presente o abuso de poder, na modalidade excesso de poder.
Nem sempre o ato com vício de competência deve, obrigatoriamente, ser
anulado. Exceto quanto tratar-se de competência exclusiva ou competência
em razão da matéria, o ato poderá ser CONVALIDADO.

CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA:
1 – é irrenunciável – como é prevista em lei, é de exercício obrigatório pelo
agente público.
2 – é inderrogável – não pode ser alterada por vontade própria ou por atos
administrativos.
3 – é improrrogável – o agente não se torna o único competente após a
edição de um ato que não era de sua competência inicialmente.
4 – é intransferível – a titularidade sempre permanece a mesma, na
delegação ou avocação, o que se transfere temporariamente é o exercício da
competência.
5 – é imprescritível – o exercício da competência não prescreve com o lapso
temporal.

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DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Os artigos 11 ao 14, da lei 9.784/99, trazem algumas condições e
características acerca da delegação de competência:
- a regra geral é a possibilidade de delegação de competência, a qual
somente não é admitida se houver impedimento legal;
- a delegação pode ser feita para órgãos ou agentes subordinados, mas ela
também é possível mesmo que não exista subordinação hierárquica;
- a delegação deve ser de apenas parte da competência do órgão ou agente,
não de todas as suas atribuições;
- a delegação será sempre por prazo determinado;
- o ato de delegação é um ato discricionário e é revogável a qualquer
tempo pelo delegante;
- o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio
oficial;
- o ato praticado por delegação deve mencionar expressamente esse fato e é
considerado adotado pelo delegado, ou seja, a responsabilidade recai sobre
ele.

Atos que não podem ser delegados (art. 13 da Lei 9.784/99):


1- A edição de atos de caráter normativo
2- A decisão de recursos administrativos
3- As matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA
É o ato em que o superior hierárquico traz para si o exercício temporário
de determinada competência atribuída por lei a subordinado.
OBS: não é possível a avocação de competência quando se tratar de
competência exclusiva do subordinado.

2.2 FINALIDADE
A finalidade é requisito essencial de validade dos atos administrativos,
que constitui o seu necessário direcionamento a um fim de interesse público,
indicado expressa ou implicitamente na norma legal, embasadora de sua
realização.
A finalidade sempre é elemento VINCULADO.
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 145
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Decorre do princípio da IMPESSOALIDADE.


A finalidade é o efeito jurídico mediato (secundário) que o ato
administrativo produz. O efeito jurídico imediato que o ato produz é o
objeto (conteúdo) do ato.
A finalidade do ato administrativo deve ser atingida tanto em sentido amplo
(interesse público) como em sentido estrito (finalidade específica,
prevista em lei) para que seja considerado válido.
O desatendimento a qualquer das finalidades de um ato administrativo –
geral ou específica – configura vício insanável, devendo o ato ser
anulado. Lembre-se que o gênero abuso de poder se subdivide em duas
espécies: excesso de poder (vício na competência) e desvio de poder (vício na
finalidade ampla ou estrita de qualquer ato administrativo).

2.3 FORMA
A forma é o modo de exteriorização dos atos administrativos. Via de
regra, os atos administrativos exigem a forma escrita, porém, existem atos
administrativos não escritos: ordens verbais, gestos, apitos, sinais luminosos,
etc.
Atualmente, regra geral, a forma é elemento VINCULADO dos atos
administrativos.
Via de regra, o vício de forma pode ser convalidado. No entanto, sempre
que a lei expressamente exigir determinada forma para que um ato
administrativo seja considerado válido, a inobservância dessa exigência
acarretará a nulidade do ato.
OBS: a motivação – declaração escrita dos motivos que ensejaram a
prática do ato – integra o elemento forma do ato administrativo. A
ausência de motivação, quando obrigatória, acarreta a nulidade do ato, por
vício de forma.

2.4 MOTIVO
O motivo é o pressuposto de fato e de direito que determina a prática do
ato. É a causa imediata do ato administrativo. Ex. a lei diz que o servidor
tem direito a 5 dias de licença paternidade. Se um servidor requerer a licença
e provar o nascimento do filho (pressuposto de fato), a administração,
verificando que a situação fática se encaixa na hipótese prevista na lei
(pressuposto de direito), pratica o ato.
O motivo pode ser VINCULADO ou DISCRICIONÁRIO.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Quando o motivo é INEXISTENTE ou ILEGÍTIMO, o vício é insanável e o


ato deve ser ANULADO.

MOTIVAÇÃO
Motivo e motivação são coisas diferentes. A motivação é a declaração por
escrito do motivo que determinou a prática do ato. Todos os atos
possuem motivo, porém, alguns atos o motivo não precisa ser declarado. A
motivação deve ser prévia ou concomitante à edição do ato.
A motivação é obrigatória nos atos vinculados e sua exigência é a regra nos
atos discricionários. Exemplo de motivação discricionária mais cobrada em
provas é a nomeação e exoneração ad nutum de servidor para cargo em
comissão pela administração pública.
Como já visto, a motivação faz parte do elemento FORMA dos atos
administrativos.

ATOS QUE OBRIGATORIAMENTE DEVEM SER MOTIVADOS (art. 50, Lei


9.784/99)
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório
V – decidam recursos administrativos
VI – decorram de reexame de ofício
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas, que, neste caso, serão parte integrante do
ato
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo

TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES


Segundo essa teoria, o motivo alegado pelo agente público, no momento da
edição do ato, deve corresponder à realidade, tem que ser verdadeiro.
Caso se comprove que não ocorreu a situação declarada, ou a inadequação
entre a situação ocorrida (pressuposto de fato) e o motivo descrito na lei
(pressuposto de direito), o ato será nulo.
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 147
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

A teoria dos motivos determinantes só se aplica aos atos em que houve


motivação, sejam os atos discricionários ou vinculados.
ESAF: de acordo com a teoria dos motivos determinantes, a situação fática
que determinou e justificou a prática de ato administrativo passa a integrar a
sua validade.
CESPE: de acordo com a teoria dos motivos determinantes, o agente que
pratica um ato discricionário, embora não havendo obrigatoriedade, opta por
indicar os fatos e fundamentos jurídicos da sua realização, passando estes a
integrá-lo e a vincular, obrigatoriamente, a administração, aos motivos ali
expostos.

2.5 OBJETO (CONTEÚDO DO ATO)


Pode-se dizer que o objeto é o efeito jurídico imediato que o ato
produz. EX. o objeto de uma licença paternidade é a própria concessão da
licença.
De acordo com a doutrina em geral, nos atos vinculados o motivo e o objeto
serão sempre vinculados e nos atos discricionários, o motivo e o objeto são
discricionários. Desse modo, o que nos permite verificar se o ato é vinculado
ou discricionário é o motivo e o objeto.0068

MÉRITO ADMINISTRATIVO
Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, mérito
administrativo é o poder conferido pela lei ao agente público para que ele
decida sobre a oportunidade e conveniência de praticar determinado ato
discricionário, e escolha o conteúdo desse ato, dentro dos limites
estabelecidos na lei. Vale repetir, só existe mérito administrativo em
atos discricionários.
O Poder Judiciário exercendo a função jurisdicional, nunca vai adentrar no
mérito administrativo (motivo e objeto) dos atos administrativos. Ele pode
controlar apenas a legalidade de um ato administrativo. Assim, o Poder
Judiciário jamais irá revogar um ato administrativo no exercício da função
jurisdicional por motivos de conveniência e oportunidade, nesse caso, ele
apenas poderá anular o ato quando ilegal.

3 ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO (PATI)


3.1 PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 148


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Significa dizer que todos os atos são legítimos, ou seja, todos os atos foram
editados conforme o direito. Essa presunção é relativa (juris tantum), isto é,
admite prova em contrário. O ônus da prova da existência de vício no
ato administrativo é de quem alega, ou seja, do administrado.
Esse atributo (ou qualidade) está presente em TODOS os atos
administrativos.
Presunção de legitimidade: presume-se que o ato foi praticado conforme a
lei. Presunção de veracidade: presume-se que os fatos alegados pela
Administração são verdadeiros.
(CESPE/TCE-PA/2016) A presunção de legitimidade dos atos
administrativos está relacionada à sujeição da administração ao princípio
da legalidade.

3.2 IMPERATIVIDADE
É a possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigações
para os administrados, ou impor-lhes obrigações, independente de sua
concordância ou sua aquiescência.
É decorrência direta do poder extroverso do Estado.
Não está presente em todos os atos administrativos. Está presente
apenas nos atos que impõem obrigações ou restrições. Não está
presente nos atos enunciativos (ex: certidão, parecer) e nos atos que
conferem direitos (ex: licença ou autorização de bem público).

3.3 AUTOEXECUTORIEDADE
São os atos que podem ser implementados, diretamente, inclusive mediante
o uso da força, se necessária, sem que a administração precise obter
autorização judicial prévia.
Não está presente em todos os atos administrativos
Exemplo de ato NÃO revestido de autoexecutoriedade é a cobrança de multa,
quando resistida pelo particular. Assim, se a administração quiser receber a
quantia desejada, deverá acionar o Poder Judiciário, através de uma ação de
cobrança chamada execução fiscal.
Segundo a doutrina, a autoexecutoriedade está presente quando a lei
expressamente a prevê e em situações de urgência.
Atos autoexecutórios mais comuns:
- atos de polícia

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- de interdição e demoliçãode prédios ameaçados de desabar


- de apreensão de mercadorias impróprias para o consumo
- dissolução de uma passeata

3.4 TIPICIDADE
Segundo Di Pietro, “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve
corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir
determinados resultados.”
Cada espécie de ato administrativo requer a devida previsão legal.
Impede a prática de atos inominados (atos sem previsão legal).
(CESPE/TCE-PA/2016) Em decorrência do atributo da tipicidade, quando
da prática de ato administrativo, devem-se observar figuras definidas
previamente pela lei, o que garante aos administrados maior segurança
jurídica.

4 – EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


4.1 ANULAÇÃO
Ocorre a anulação quando há algum tipo de vício no ato, relativo à legalidade
ou legitimidade. Na anulação sempre ocorre um controle de legalidade,
nunca um controle de mérito.
A anulação pode ser realizada pela própria administração, de ofício ou
mediante provocação, ou pelo Poder Judiciário, quando provocado.
Os vícios de legalidade podem ser sanáveis ou não. Quando forem
insanáveis, o ato deve ser obrigatoriamente anulado. Caso os vícios forem
sanáveis, o ato pode tanto ser anulado como convalidado. A convalidação é
ato discricionário, privativo da administração.
Tanto os atos vinculados como os discricionários são passíveis de
anulação. No entanto, nos atos discricionários, não pode haver anulação por
questões de mérito administrativo, ou seja, um ato não pode ser anulado por
ser considerado inconveniente ou inoportuno.
A anulação de um ato administrativo gera efeitos retroativos (ex
tunc). Porém, devem ser resguardados os efeitos já produzidos em relação
aos terceiros de boa-fé. Vale lembrar que o ato nulo não gera direitos
adquiridos, o que ocorre, é que os efeitos já produzidos até a data da sua
anulação, perante terceiros de boa-fé, não serão desfeitos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

STF: qualquer ato da administração pública que tiver o condão de repercutir


sobre a esfera de interesses do cidadão deverá ser precedido de
procedimento em que se assegure ao interessado o efetivo exercício do
direito ao contraditório e à ampla defesa (RE 594.296/MG).
Vale destacar, ainda, que essa decisão vale para todas as formas de
desfazimento dos atos administrativos (revogação, anulação, cassação, etc) e
não só para os casos de anulação.
De acordo com o art. 54 da Lei 9784/99, é de 5 anos o prazo para a
anulação de atos administrativos ilegais, quando os efeitos do ato
forem favoráveis ao administrado, salvo comprovada a má-fé (o ônus
da prova, nesse caso, é da administração).

4.2 REVOGAÇÃO
A revogação é a retirada, do mundo jurídico, de um ato VÁLIDO, mas que
tornou-se inconveniente ou inoportuno.
Somente os atos administrativos discricionários podem ser
revogados, decorre exclusivamente de critérios de conveniência e
oportunidade da administração pública.
A revogação de um ato administrativo gera efeitos prospectivos (ex
nunc), porquanto o ato revogado era válido, não possuía vício nenhum.
Devem-se respeitar os direitos adquiridos.
Somente pode revogar um ato administrativo aquele que praticou o
ato. O Poder Judiciário jamais poderá revogar um ato administrativo
editado pela administração pública. No entanto, o Poder Judiciário poderá
revogar os seus próprios atos quando no exercício de sua função
administrativa (função atípica).

ATOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS


- os atos vinculados
- os atos consumados (que exauriram os seus efeitos)
- os atos que integram um procedimento
- os atos que já geraram direitos adquiridos
- os meros atos administrativos (certidões, atestados, votos e pareceres)
DICA: (VC PODE DÁ? Não porque não pode revogar)

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

OBS: tanto a revogação como a anulação de atos administrativos pela


própria administração pública são decorrências do denominado poder de
AUTOTUTELA administrativa (Súmula 473/STF).
Súmula n. 473/STF: a administração pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.

EFEITO REPRISTINATÓRIO DA REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO: De acordo


com Matheus Carvalho, assim como ocorre nos casos de anulação, na
revogação de atos, não há o efeito repristinatório, ou seja, a retirada, por
razões de conveniência e oportunidade, do ato X que havia revogado o ato Y,
não gera o retorno do ato Y ao ordenamento jurídico, salvo disposição
expressa no ato que determinou a revogação do ato X." (CARVALHO,
Matheus. Manual de Direito Administrativo. 3ª ed. p. 288-289).
(CESPE/2016/PC-GO/ESCRIVÃO) A revogação, pela administração, de
ato administrativo que tenha revogado um primeiro ato produzirá como
efeito automático e imediato a revalidação desse primeiro ato, que passará
novamente a surtir efeitos normalmente.
GABRITO: INCORRETO

4.3 CASSAÇÃO
É a extinção de um ato administrativo quando o beneficiário deixa de
cumprir os requisitos que deveria estar cumprindo.
Na maioria das vezes, a cassação é uma forma de sanção para o
particular que deixou de cumprir as condições exigidas para a manutenção
de um determinado ato. Ex. licença para construir e licença para o exercício
de uma profissão.

OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


Extinção natural: cumprimento dos efeitos do ato;
Extinção subjetiva: desaparecimento do sujeito (ex: falecimento do
servidor que estava em licença);
Extinção objetiva: desaparecimento do objeto (ex: destruição do bem
objeto de autorização de uso);

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Caducidade: norma jurídica posterior tornou inviável a permanência da


situação antes permitida pelo ato;
Contraposição: edição posterior de ato cujos efeitos se contrapõem ao
anteriormente emitido (ex: exoneração versus nomeação);
Renúncia: o próprio beneficiário abre mão de uma vantagem de que
desfrutava.
Conversão: atinge ato inválido, mudando-o para outra categoria, para que
se aproveitem os efeitos já produzidos.

5 CONVALIDAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS


Como já vimos, os atos com vícios de legalidade ou legitimidade devem ser
anulados, ou pela própria administração (de ofício ou quando provocada) ou
pelo Poder Judiciário (quando provocado). No entanto, em alguns poucos
casos, os vícios de legalidade dão origem a atos meramente anuláveis, ou
seja, atos que, a critério da administração pública, poderão ser anulados ou
convalidados (corrigidos).
O art. 55 da Lei 9.784/99, aponta três condições para que o ato possa ser
convalidado:
I- Defeito sanável
II- O ato não acarretar lesão ao interesse público
III- O ato não acarretar prejuízo a terceiros
Os defeitos sanáveis são:
a) Vícios relativos à competência quanto à pessoa (não quanto à
matéria), desde que não se trate de competência exclusiva;
b) Vício de forma, desde que a lei não considere a forma elemento
essencial à validade daquele ato.
OBS: O Poder Judiciário não pode convalidar atos administrativos de outros
poderes (só poderá convalidar os seus próprios atos quando exercendo a sua
função atípica de administrar).
OBS: a convalidação é um ato discricionário para a administração, isto é, ela
poderá convalidar o ato por juízo de conveniência e oportunidade
administrativas.
OBS: a convalidação pode recair tanto sobre atos discricionários ou
vinculados, porquanto o controle é de legalidade (vício na competência ou
forma) e não de mérito administrativo.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 153


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Abaixo, segue um quadro retirado do livro dos professores Marcelo


Alexandrino e Vicente Paulo, sintetizando as principais diferenças entre a
anulação, a revogação e a convalidação de atos administrativos descrita no
art. 55 da Lei 9.784/1999.3
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO CONVALIDAÇÃO

Correção de atos com vícios


sanáveis, desde que tais atos
Retirada de atos inválidos, Retirada de atos válidos, sem não tenham acarretado lesão
com vícios, ilegais. qualquer vício. ao interesse público nem
prejuízo a terceiros.

Opera retroativamente.
Opera retroativamente, Efeitos prospectivos; não é Corrige o ato, tornando
resguardados os efeitos já possível revogar atos que já regulares os seus efeitos,
produzidos perante terceiros tenham gerado direito passados e futuros.
de boa-fé. adquirido.

Pode ser efetuada pela


administração, de ofício ou Só pode ser efetuada pela Só pode ser efetuada pela
provocada, ou pelo Judiciário, própria administração que própria administração que
se provocado. praticou o ato. praticou o ato.

Pode incidir sobre atos


vinculados e discricionários, Só incide sobre atos
exceto sobre o mérito Pode incidir sobre atos
discricionários (não existe
administrativo. vinculados e discricionários.
revogação de ato vinculado).

A anulação de ato com vício


insanável é um ato A convalidação é um ato
vinculado. A anulação de ato discricionário. Em tese, a
com vício sanável que fosse A revogação é um ato administração pode optar por
passível de convalidação é discricionário. anular o ato, mesmo que ele
um ato discricionário. fosse passível de
convalidação.

6 CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


6.1 QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE
Atos vinculados: a lei fixa os requisitos e condições de sua realização, não
deixando liberdade de ação para a Administração.

3
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. e atual. – Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 181.

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Atos discricionários: a Administração tem liberdade de ação dentro de


determinados parâmetros previamente definidos em lei.

6.2 QUANTO AOS DESTINATÁRIOS


Atos gerais: possuem destinatários indeterminados; são dotados de
generalidade e abstração; prevalecem sobre os atos individuais. Ex: atos
normativos.
Atos individuais: possuem destinatários certos e determinados; pode ser
um destinatário (ato singular) ou vários (ato plúrimo). Ex: nomeação,
exoneração, autorização, licença.

6.3 QUANTO À SITUAÇÃO DE TERCEIROS


Atos internos: atingem apenas o órgão que os editou. Ex: portaria de
remoção de servidor.
Atos externos: também atingem terceiros. Ex: multas a empresas
contratadas, editais de licitação, atos normativos etc.

6.4 QUANTO À FORMAÇÃO DE VONTADE


Atos simples: decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou
colegiado. Ex: despacho de um chefe de seção, decisões de conselhos
administrativos.
Atos complexos: decorrem de duas ou mais manifestações de vontade
autônomas, provenientes de órgãos diversos (há um ato único). Ex:
aposentadoria de servidor estatutário, portarias conjuntas.
Atos compostos: resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a
vontade de um é instrumental em relação à do outro (existem dois atos).
Ex: autorização que depende de visto.

6.5 QUANTO ÀS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO


Atos de império: Atos administrativos de império são aqueles praticados de
ofício pelos agentes públicos e impostos de maneira coercitiva aos
administrados, os quais estão obrigados a obedecer-lhes. Ex: desapropriação.
Atos de gestão: Atos administrativos de gestão são atos praticados pela
administração pública como se fosse pessoa privada, o que afasta a

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supremacia que lhe é peculiar em relação aos administrados. Ex: alienação de


bens, aluguéis de imóveis.
Atos de expediente: se destinam a dar andamento aos processos e papeis
administrativos, sem qualquer conteúdo decisório. Ex: protocolo de
documentos.

6.6 QUANTO AOS EFEITOS


Ato constitutivo, extintivo ou modificativo: respectivamente criam,
extinguem ou modificam direitos e obrigações para seus destinatários.
Ex: licenças, nomeações, aplicação de sanções (constitutivos); cassação de
autorização, demissão de servidor (extintivos); alteração de horário de
funcionamento do órgão (modificativo).
Ato declaratório: atesta um fato ou reconhece um direito ou uma
obrigação que já existia antes do ato. Ex: expedição de certidões e atestados.

6.7 QUANTO AOS REQUISITOS DE VALIDADE


Ato válido: é aquele praticado em conformidade com a lei, sem nenhum
vício.
Ato nulo: é aquele que nasce com vício insanável. Ex: ato com motivo
inexistente, ato com objeto não previsto em lei e ato praticado com desvio de
finalidade.
Ato anulável: é o que apresenta vício sanável. Ex: vícios de competência e
de forma (regra).
Ato inexistente: apenas tem aparência de ato administrativo, mas, em
verdade, não chega a entrar no mundo jurídico, por falta de um elemento
essencial. Ex: usurpador de função.
64811190068
6.8 QUANTO À EXEQUIBILIDADE
Ato perfeito: aquele que já concluiu todas as etapas da sua formação.
Ato eficaz: é o ato perfeito que já está apto a produzir efeitos, não
dependendo de nenhum evento posterior, como termo, condição, aprovação,
autorização etc.
Ato pendente: é o ato perfeito que ainda depende de algum evento posterior
para produzir efeitos.

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Ato consumado: é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a


produzir.

7 ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS (NONEP)


7.1 ATOS NORMATIVOS
Possuem efeitos gerais e abstratos, atingindo todos aqueles que se situam
em idêntica situação jurídica (não têm destinatários determinados)
Correspondem aos atos gerais.
Não podem inovar o ordenamento jurídico (ao contrário das leis).
Atos normativos são leis em sentido material (e não em sentido formal),
pois possuem conteúdo de leis, porém não passaram pelo procedimento
legislativo constitucional.
Não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos
administrativos ou ação judicial ordinária; devem ser impugnados por
ação direta de inconstitucionalidade. Exemplos: regulamentos, portarias,
circulares, instruções normativas.

7.2 ATOS ORDINATÓRIOS


São os atos com efeitos internos, endereçados aos servidores públicos, que
visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional
de seus agentes.
Possuem fundamento no poder hierárquico; de regra, não atingem os
particulares em geral.
São inferiores em hierarquia aos atos normativos. Exemplos: portarias de
delegação de competência, circulares internas, ordens de serviço, avisos.

7.3 ATOS NEGOCIAIS


São aqueles em que a vontade da Administração coincide com o interesse do
administrado.
Representam a anuência prévia da Administração para o particular realizar
determinada atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito (atos
de consentimento).
Não cabe falar em imperatividade, coercitividade ou autoexecutoriedade nos
atos negociais.
Licença:

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Ato administrativo vinculado e definitivo. Permite ao particular


exercer direitos subjetivos.
Não pode, em regra, ser revogada (exceto licença para construir).
Admite apenas cassação (vício na execução) ou anulação (vício na
origem). Pode gerar direito a indenização ao particular, caso ele não
tenha dado causa à invalidação da licença.

Autorização:
Ato administrativo discricionário e precário. Permite ao particular
exercer atividades materiais, prestar serviços públicos ou utilizar bem
público.
Pode ser revogada a qualquer tempo pela Administração, em regra,
sem a necessidade de pagar indenização ao interessado.

Permissão:
Ato administrativo discricionário e precário. Enquanto ato
administrativo, refere-se apenas ao uso de bem público; em caso
de delegação de serviços públicos, a permissão deve ser formalizada
mediante um contrato de adesão, precedido de licitação (ou seja, não
constitui um ato administrativo).
Outros exemplos: admissão, aprovação e homologação.
64811190068
7.4 ATOS ENUNCIATIVOS
São aqueles que atestam ou certificam uma situação preexistente (ex:
certidões e atestados) ou que emitem uma opinião para preparar outro ato
de caráter decisório (pareceres).
A rigor, não constituem uma manifestação de vontade da Administração; por
isso, são considerados meros atos da Administração (são atos
administrativos apenas em sentido formal, mas não material).
Exemplos:
certidão (cópia fiel de informações registradas em livros ou banco de dados);
atestado (declaração sobre fato que não consta em livro ou arquivo);
parecer (pode ser obrigatório ou facultativo e, em alguns casos, pode ter
efeito vinculante); apostila (averbação para corrigir ou atualizar dados).

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7.5 ATOS PUNITIVOS


Os atos punitivos são aqueles que impõem sanções administrativas.
Podem ser de ordem interna (ex: penalidades disciplinares a servidores
públicos) ou externa (sanções aplicadas a particulares).

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8 QUESTÕES
01 (2017/CESPE/MPE-RR/Promotor de Justiça)
Decreto de um governador estadual estabeleceu que determinado tema fosse
regulamentado mediante portaria conjunta das secretarias estaduais A e B.
Um ano depois de editada a portaria conjunta, nova portaria, editada apenas
pela secretaria A, revogou a portaria inicial.
Nessa situação, considerando-se o entendimento do STJ,
I a segunda portaria não poderia gerar efeitos revocatórios.
II a revogação de ato complexo, ou seja, ato formado pela manifestação de
dois ou mais órgãos, demanda a edição de ato igualmente complexo; vale
dizer, formado pela manifestação dos mesmos órgãos subscritores do ato a
ser revogado.
A respeito das asserções I e II, assinale a opção correta.
a) A asserção I é falsa, e a II é verdadeira.
b) As asserções I e II são falsas.
c) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
d) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa
correta da I.

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02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público)
Sobre atos administrativos, é correto afirmar:
a) a delegação e avocação se caracterizam pela excepcionalidade e
temporariedade, sendo certo que é proibida avocação nos casos de
competência exclusiva.
b) a renúncia é instituto afeto tanto aos atos restritivos quanto aos
ampliativos.
c) as deliberações e os despachos são espécies da mesma categoria de atos
administrativos normativos.
d) é ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso
administrativo; salvo quando se tratar de recurso hierárquico impróprio.
e) nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
contraditório e ampla defesa, a qualquer tempo, quando a decisão puder
resultar anulação ou revogação de ato administrativo, de qualquer natureza,
que beneficie o interessado.
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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
Em cada um do item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida
de uma assertiva a ser julgada, a respeito da organização administrativa e
dos atos administrativos.
A prefeitura de determinado município brasileiro, suscitada por particulares a
se manifestar acerca da construção de um condomínio privado em área de
proteção ambiental, absteve-se de emitir parecer. Nessa situação, a obra
poderá ser iniciada, pois o silêncio da administração é considerado ato
administrativo e produz efeitos jurídicos, independentemente de lei ou
decisão judicial.

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04 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
Em cada um do item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida
de uma assertiva a ser julgada, a respeito da organização administrativa e
dos atos administrativos.
Removido de ofício por interesse da administração, sob a justificativa de
carência de servidores em outro setor, determinado servidor constatou que,
em verdade, existia excesso de servidores na sua nova unidade de exercício.
Nessa situação, o ato, embora seja discricionário, poderá ser invalidado.

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05 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito)
Com base na Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta acerca da
revogação e dos elementos dos atos administrativos.
a) A revogação de um ato administrativo deve apresentar os seus motivos
devidamente externados, com indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos.
b) O ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo pela autoridade
delegante ou pela autoridade delegada.
c) O ato de delegação deve ser publicado no meio oficial, mas não o de sua
revogação.

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d) Caso um ato administrativo esteja eivado de vício de legalidade, o Poder


Judiciário terá de revogá-lo.

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06 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador)
A convalidação dos atos administrativos
a) destina-se, entre outros, a atos administrativos com vício de motivo.
b) não pode ser feita por quem não pertença aos quadros da Administração
pública.
c) destina-se a atos válidos.
d) tem efeitos retroativos.
e) não pode ser inviabilizada pela ocorrência do fenômeno da prescrição.

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07 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário –
Engenharia)
O ato administrativo discricionário
a) apresenta discricionariedade em todos os seus requisitos, exceto quanto à
competência para a prática do ato.
b) apresenta discricionariedade em um de seus requisitos, qual seja, a
finalidade.
c) não comporta anulação.
d) é passível de revogação.
e) não está sujeito a controle judicial.

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08 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Manoel, servidor público e chefe de determinada repartição, emitiu certidão
de dados funcionais a seu subordinado, o servidor Pedro. Passados alguns
dias da prática do ato administrativo, Manoel decide revogá-lo por razões de
conveniência e oportunidade. Cumpre salientar que o mencionado ato não

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continha vício de ilegalidade. A propósito dos fatos narrados, a revogação


está
a) incorreta, pois somente caberia tal instituto se feito pela autoridade
máxima do órgão ou entidade a que pertence Manoel.
b) incorreta, pois somente caberia tal instituto se houvesse a concordância do
servidor Pedro.
c) correta.
d) incorreta, porque o instituto adequado ao caso é a anulação.
e) incorreta, porque certidão é ato administrativo que não comporta tal
instituto.

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09 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Considere:
I. O atributo da presunção de legitimidade dos atos administrativos depende
de lei expressa.
II. A imperatividade significa que os atos administrativos são cogentes,
obrigando a todos quantos se encontrem em seu circulo de incidência, ainda
que o objetivo por ele alcançado contrarie interesses privados.
III. Em alguns atos administrativos, como as permissões e autorizações, está
ausente o cunho coercitivo.
IV. A presunção de legitimidade dos atos administrativos é juris et de jure, ou
seja, presunção relativa.
No que concerne aos atributos dos atos administrativos, está correto o que se
afirma APENAS em
a) I, II e IV.
b) III e IV.
c) II e III.
d) I e III.
e) II.

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10 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Técnico Judiciário - Área


Administrativa)
O Prefeito de determinado Município concedeu licença por motivo de doença
em pessoa da família a servidor público municipal já falecido. Nesse caso, o
ato administrativo citado apresenta vício de
a) objeto.
b) motivo.
c) forma.
d) sujeito.
e) finalidade.

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11 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Judiciária)
Fabio, servidor público federal e chefe de determinada repartição, concedeu
licença a seu subordinado Gilmar, pelo período de um mês, para tratar de
interesses particulares. No último dia da licença em curso, Fabio decide
revogá-la por razões de conveniência e oportunidade. A propósito dos fatos, é
correto afirmar que a revogação
a) não é possível, pois o ato já exauriu seus efeitos.
b) não é possível, pois apenas o superior de Fabio poderia assim o fazer.
c) é possível, em razão da discricionariedade administrativa e da possibilidade
de ocorrer com efeitos ex tunc.
d) não é possível, pois somente caberia o instituto da revogação se houvesse
algum vício no ato administrativo.
e) é possível, desde que haja a concordância expressa de Gilmar.

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12 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Determinada comissão de servidores, designada para a condução de
procedimento licitatório, ao final de seus trabalhos, homologou o resultado e
adjudicou o objeto ao vencedor.
Nessa situação hipotética, os atos administrativos de homologação do
resultado e de adjudicação do objeto classificam-se,

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a) quanto à forma de exteriorização, como parecer, sendo possível sua


revogação judicial.
b) quanto à forma de exteriorização, como deliberação, sendo impossível
revogá-los após a celebração do correspondente contrato administrativo.
c) quanto aos seus efeitos, como declaratórios, podendo a administração
revogá-los.
d) quanto à intervenção da vontade administrativa, como complexos,
podendo ser anulados judicialmente.
e) quanto ao conteúdo, como admissão, podendo a administração anulá-los.

---------------------------------------------------------------------------------------
13 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Determinado ato administrativo revogou outro ato. Posteriormente, contudo,
um terceiro ato administrativo foi editado, tendo revogado esse ato
revogatório.
Nessa situação hipotética, o terceiro ato
a) repristinou o ato primeiramente revogado, ou seja, restaurou os efeitos
deste.
b) provocou a caducidade do primeiro ato, que não poderá produzir efeitos.
c) renovará os efeitos do primeiro ato somente se dele constar
expressamente tal intuito.
d) convalidou o primeiro ato administrativo, que volta a surtir efeitos
regularmente.
e) é nulo, pois o ato revogatório é irrevogável.

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14 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária)
Um servidor público praticou um ato administrativo para cuja prática ele é
incompetente. Tal ato não era de competência exclusiva.
Nessa situação, o ato praticado será
a) inexistente.
b) irregular.
c) válido.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

d) nulo.
e) anulável.

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15 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
A respeito dos atributos dos atos administrativos, assinale a opção correta.
a) O ato administrativo configura instrumento de realização do interesse
público, razão por que ele tem a coercibilidade como atributo absoluto.
b) A imperatividade é atributo que dota de coercitividade todos os atos
administrativos.
c) A presunção de legitimidade do ato administrativo é atenuada pela
possibilidade de o particular deixar de cumpri-lo quando houver alguma
dúvida sobre sua legalidade.
d) A autoexecutoriedade, como atributo, admite exceções, como nas
hipóteses de cobrança de multa e de desapropriação.
e) O contraditório e a ampla defesa suprimem a autoexecutoriedade dos
processos administrativos.

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16 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
O atributo que consiste na possibilidade de certos atos administrativos serem
decididos e executados diretamente pela própria administração,
independentemente de ordem judicial, denomina-se
a) presunção de legitimidade.
b) autoexecutoriedade.
c) motivação.
d) tipicidade.
e) imperatividade.

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17 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)

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Atena, servidora pública federal e chefe de determinada repartição, aplicou


penalidade de suspensão ao servidor Dionísio em razão de falta cometida.
Antes do cumprimento da sanção, Atena descobriu que Dionísio não cometeu
a infração, vez que praticada por outro servidor. Nesse caso, o ato
administrativo
a) pode ser revogado, competindo à própria Administração pública assim o
fazer.
b) deve ser anulado.
c) comporta convalidação, no entanto, deverá ser alterado o sujeito passivo
da penalidade.
d) será revogado obrigatoriamente pelo Poder Judiciário.
e) deve permanecer no mundo jurídico, vez que Dionísio ainda não havia
cumprido a penalidade, bastando mera correção no próprio ato de suspensão.

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18 (2017/FCC/Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR)/Técnico Judiciário
- Área Administrativa)
Rodrigo é servidor público federal e chefe de determinada repartição pública.
Rodrigo indeferiu as férias pleiteadas por um de seus subordinados, o
servidor José, alegando escassez de pessoal na repartição. No entanto, José
comprovou, que há excesso de servidores na repartição pública. No caso
narrado,
a) há vício de motivo no ato administrativo.
b) o ato deve, obrigatoriamente, permanecer no mundo jurídico, vez que
sequer exigia fundamentação.
c) inexiste vício no ato administrativo, no entanto, o ato comporta revogação.
d) o ato praticado por Rodrigo encontra-se viciado, no entanto, não admite
anulação, haja vista a discricionariedade administrativa na hipótese.
e) o objeto do ato administrativo encontra-se viciado.

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19 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área
Judiciária)
Melinda, servidora pública, praticou ato administrativo com vício de
competência. Cumpre salientar que a hipótese não trata de competência

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outorgada com exclusividade pela lei, mas o ato administrativo competia a


servidor público diverso. Em razão do ocorrido, determinado particular
impugnou expressamente o ato em razão do vício de competência. Nesse
caso, o ato
a) não comporta convalidação, pois o vício narrado não admite tal instituto.
b) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex tunc.
c) não comporta convalidação, em razão da impugnação feita pelo particular.
d) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex nunc.
e) comporta exclusivamente a aplicação do instituto da revogação, com
efeitos ex tunc.

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20 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário -
Oficial de Justiça Avaliador)
Considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de determinado Município
de Roraima concedeu autorização para atividade de extração de areia de
importante lago situado no Município. Cumpre salientar que o ato
administrativo preencheu todos os requisitos legais, bem como foi praticado
quando estavam presentes condições fáticas que não violavam o interesse
público. Ocorre que, posteriormente, a atividade consentida veio a criar
malefícios à natureza. No caso narrado, o ato administrativo emanado pelo
Prefeito poderá ser
a) mantido incólume no mundo jurídico, haja vista que a nova circunstância
fática não gera consequências ao ato já praticado.
b) anulado pela Administração pública ou pelo Judiciário, com efeitos ex tunc.
c) anulado apenas pelo Poder Judiciário e com efeitos ex nunc.
d) convalidado, com efeitos ex tunc.
e) revogado, com efeitos ex nunc.

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21 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
A publicação de edital para realização de concurso público de provas e títulos
para provimento de cargos em órgão público municipal motivou número de
inscritos muito superior ao dimensionado pela Administração pública.
Considerando a ausência de planejamento da Administração para aplicação

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das provas para número tão grande de candidatos, bem como que a recente
divulgação da arrecadação municipal mostrou sensível decréscimo diante da
estimativa de receitas, colocando em dúvida a concretude das nomeações dos
eventuais aprovados, a Administração municipal
a) pode anular o certame, em razão dos vícios de legalidade identificados.
b) deve republicar o edital do concurso público para reduzir os cargos
disponíveis, sob pena de nulidade do certame.
c) pode revogar o certame, em razão das supervenientes razões de interesse
público demonstradas para tanto.
d) pode revogar o certame municipal somente se tiver restado demonstrada a
inexistência de recursos para fazer frente às novas despesas com as
aprovações decorrentes do concurso.
e) deve prosseguir com o certame, republicando o edital para adiamento da
realização da primeira prova, a fim de reorganizar a aplicação para o novo
número de candidatos, sendo vedado revogar o certame em razão da redução
de receitas.

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22 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
Os atos administrativos são dotados de atributos que lhe conferem
peculiaridades em relação aos atos praticados pela iniciativa privada. Quando
dotados do atributo da autoexecutoriedade
a) não podem ser objeto de controle pelo judiciário, tendo em vista que
podem ser executados diretamente pela própria Administração pública.
b) submetem-se ao controle de legalidade e de mérito realizado pelo
Judiciário, tendo em vista que se trata de medida de exceção, em que a
Administração pública adota medidas materiais para fazer cumprir suas
decisões, ainda que não haja previsão legal.
c) dependem apenas de homologação do Judiciário para serem executados
diretamente pela Administração pública.
d) admitem somente controle judicial posterior, ou seja, após a execução da
decisão pela Administração pública, mas a análise abrange todos os aspectos
do ato administrativo.
e) implicam na prerrogativa da própria Administração executar, por meios
diretos, suas próprias decisões, sendo possível ao Judiciário analisar a
legalidade do ato.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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23 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária)
Pedro, servidor público de um órgão municipal encarregado da fiscalização de
obras civis, emitiu autorização para Saulo construir um muro de arrimo e
também demolir uma pequena edícula, comprometendo-se a providenciar,
junto a seu superior, a formalização do correspondente alvará. Ocorre que
Jair, morador de imóvel vizinho, sentiu-se prejudicado pelas obras, que
causaram abalo em seu imóvel e denunciou a situação à autoridade
competente, requerendo a nulidade do ato, face a incompetência de Pedro
para emissão da autorização. Diante desse cenário,
a) não há que se falar em convalidação, haja vista que o ato é discricionário,
cabendo, exclusivamente, à autoridade competente a sua edição.
b) a autorização conferida é passível de convalidação pela autoridade
competente, se preenchidos os requisitos legais e técnicos para concessão da
licença.
c) a autorização dada por Pedro pode ser revogada pela autoridade
competente, se verificadas razões de ordem técnica ou anulada judicialmente.
d) o ato administrativo praticado por Pedro é viciado, passível de revogação,
a qualquer tempo, pela autoridade competente para sua emissão.
e) o ato praticado por Pedro é nulo, não passível de convalidação, haja vista
que esta somente é cabível quando presentes vícios de forma e de motivação.

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24 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia)
Após o término de estágio probatório, a administração reprovou servidor
público e editou ato de exoneração, no qual declarou que esta se dera por
inassiduidade. Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia
faltado ao serviço ou se atrasado para nele chegar.
Nessa situação hipotética, o ato administrativo de exoneração é
a) nulo por ausência de finalidade.
b) anulável por ausência de objeto.
c) anulável por ausência de forma.
d) anulável por ausência de motivação.
e) nulo por ausência de motivo.

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25 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
Ato praticado por usurpador de função pública é considerado ato irregular.

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26 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
Presunção de legitimidade é atributo universal aplicável a todo ato
administrativo.

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27 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica)
Com relação aos poderes e atos administrativos, julgue o próximo item.
A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática de um
ato administrativo com o objetivo de paralisar a atividade de construir.

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28 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica)
Com relação aos poderes e atos administrativos, julgue o próximo item.
Ato administrativo declaratório é aquele que implanta uma nova situação
jurídica ou modifica ou extingue uma situação existente.

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29 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação)
José, chefe do setor de recursos humanos de determinado órgão público,
editou ato disciplinando as regras para a participação de servidores em
concurso de promoção.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.

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O veículo normativo adequado para a edição do referido ato é o decreto.

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30 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio)
Maurício, chefe imediato de João (ambos servidores públicos distritais),
determinou que este participasse de reunião de trabalho em Fortaleza – CE
nos dias nove e dez de janeiro. João recebeu o valor das diárias. No dia oito
de janeiro, João sofreu um acidente de carro e, conforme atestado médico
apresentado para Maurício, teve de ficar de repouso por três dias, razão pela
qual não pôde viajar. Essa foi a primeira vez no bimestre que João teve de se
afastar do serviço por motivo de saúde.
Acerca dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela
relacionados, julgue o item a seguir.
A concessão de diária é ato vinculado da administração pública.

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31 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
Situação hipotética: Antônio, servidor que ingressou no serviço público
mediante um ato nulo, emitiu uma certidão negativa de tributos para João.
Na semana seguinte, Antônio foi exonerado em função da nulidade do ato que
o vinculou à administração.
Assertiva: Nessa situação, a certidão emitida por Antônio continuará válida.

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32 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
Situação hipotética: A autoridade administrativa Y, no exercício de
competência que lhe foi delegada pela autoridade X e que lhe conferia poder
decisório para a prática de determinado ato de autoridade, praticou
determinado ato administrativo que o administrado Z entendeu ser-lhe
prejudicial. Nessa situação, caso queira obstar os efeitos do referido ato

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mediante mandado de segurança, o administrado Z deverá dirigir sua peça


contra a autoridade delegada, e não contra a autoridade delegante.

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33 (2017/CESPE/SEDF/Direito)
Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que
beneficiaram, diretamente, amigos seus. A competência para a edição do
referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os
servidores que se sentiram prejudicados com o resultado do concurso de
remoção apresentaram recurso quinze dias após a data da publicação do
resultado.
Nessa situação hipotética, a portaria editada por Mauro contém vício nos
elementos competência e objeto.

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34 (2017/CESPE/SEDF/Administrador)
À luz da legislação que rege os atos administrativos, a requisição dos
servidores distritais e a ética no serviço público, julgue o seguinte item.
A competência — ou sujeito —, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto —
ou conteúdo — são elementos que integram os atos administrativos.

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35 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador)
A respeito da motivação dos atos administrativos, é correto afirmar:
a) Pode ser dispensada a critério da autoridade competente, em homenagem
ao princípio constitucional da duração razoável do processo.
b) É válida a motivação de caráter genérico, que se resuma a apontar que a
decisão é tomada “por razões de interesse público”.
c) Em regra, as motivações podem ser implícitas, cumprindo ao interessado
revelá-las se necessário.
d) Atos administrativos discricionários prescindem de motivação para serem
válidos, visto que são produzidos a critério da Administração pública, por
razões de conveniência ou oportunidade.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

e) Em regra, a motivação é requisito de validade do ato administrativo,


devendo envolver, para ser suficiente, o apontamento das razões de fato e de
Direito que o informam.

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36 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador)
A respeito do atributo da presunção de validade dos atos administrativos,
considere:
I. Trata-se de presunção absoluta, que inadmite prova em contrário.
II. Trata-se de atributo importante ao adequado funcionamento do Estado de
Direito, visto ser manifestação da autoridade estatal, merecedora de fé
pública e credibilidade até prova em contrário.
III. Trata-se de atributo que não exime a Administração pública de motivar as
suas decisões.
IV. Trata-se de atributo que não exime a Administração pública de decidir
mediante procedimentos administrativos.
V. Trata-se de atributo por força do qual a validade dos atos administrativos é
insuscetível de impugnação por eventuais interessados, exceto pela via
judicial.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I, III e IV.
c) IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II e V.

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37 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Psicologia)
Agente público produziu ato administrativo com vício de legalidade. O ato
deve ser
a) revogado pela Administração pública, produzindo a revogação efeitos para
o futuro, isto é, a partir da data em que publicado o ato de revogação.

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b) convalidado pela Administração pública, se o vício em questão for sanável,


produzindo a convalidação efeitos apenas para o futuro, a partir da data de
publicação do ato de convalidação.
c) revogado pela Administração pública, produzindo a revogação efeitos
retroativos à data na qual foi publicado.
d) anulado pela Administração pública, produzindo a anulação efeitos
retroativos à data na qual foi publicado.
e) anulado pela Administração pública, produzindo a anulação efeitos apenas
para o futuro, a partir da data de publicação do ato de anulação.

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38 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Rodrigo, servidor público federal, ao praticar um ato administrativo, não
observou determinada exigência legal. Isto porque a edição do ato dependia
de manifestação de vontade do administrado Nelson e tal exigência não foi
observada. No caso narrado, a convalidação do ato administrativo
a) não é possível.
b) pode ser feita por Nelson, que emitirá sua manifestação de vontade
posteriormente, convalidando o ato.
c) é possível, se feita exclusivamente por Rodrigo.
d) pode ser feita tanto pelo administrado Nelson quanto por Rodrigo, no
entanto, apenas na segunda hipótese dar-se-á com efeitos retroativos à data
em que o ato foi praticado.
e) é possível, desde que feita, exclusivamente, pelo superior hierárquico de
Rodrigo e ocorra com efeitos ex nunc.

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39 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Marcos, servidor público federal, praticou ato administrativo com vício de
forma, não observando formalidade indispensável à existência do ato. O
servidor, ao constatar o vício, revogou o ato administrativo e proferiu novo
ato observando a formalidade exigida por lei. No caso narrado,
a) é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex tunc.

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b) não é possível a revogação, haja vista a ilegalidade do ato praticado.


c) é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex nunc.
d) Marcos deveria ter se utilizado do instituto da convalidação, sempre
possível para ato com vício de forma.
e) Marcos deveria ter se utilizado do instituto da anulação, com efeitos ex
nunc.

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40 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo)
Acerca do regime jurídico-administrativo e do controle da administração
pública, julgue o próximo item.
A administração pública pode revogar seus atos por motivos de conveniência
ou oportunidade, competindo, no entanto, exclusivamente ao Poder Judiciário
a anulação de atos administrativos eivados de vícios de legalidade.

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41 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário - Tecnologia
da Informação)
Mateus, servidor público federal, removeu o servidor Pedro para localidade
extremamente distante e de difícil acesso, no intuito de castigá-lo. Ocorre que
Pedro merecia penalidade administrativa por ter cometido infração funcional
mas não remoção. No caso narrado, a remoção, por não ser ato de categoria
punitiva, apresenta vício de
a) motivo.
b) finalidade.
c) objeto.
d) forma.
e) competência.

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42 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário –
Administrativo)
Sergio, servidor público federal e chefe de determinada repartição pública,
demitiu Antônio sob o fundamento de que o mesmo havia cometido falta

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grave. Cumpre salientar que Antônio não era servidor concursado, mas sim
ocupante de cargo em comissão. Transcorridos quinze dias após a demissão,
descobriu-se que Antônio não havia praticado falta grave e que Sergio
pretendia colocar um colega seu no cargo anteriormente ocupado por
Antônio. Neste caso, é correto afirmar:
a) Por ser falso o motivo do ato administrativo, o ato de demissão é nulo.
b) O ato de demissão é válido, haja vista tratar-se de cargo demissível ad
nutum e que, portanto, sequer exigia motivação.
c) Não incide a teoria dos motivos determinantes, haja vista que o vício é na
forma e na finalidade do ato administrativo de demissão.
d) Aplica-se, na hipótese, a convalidação do ato administrativo; portanto,
Antônio, injustamente demitido, poderá retornar ao seu cargo.
e) O ato é válido porque a finalidade pública foi mantida, sendo admissível a
substituição de um servidor por outro, desde que o cargo seja
adequadamente preenchido, de modo a não trazer prejuízo ao interesse
público.

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43 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário -
Comunicação Social)
Considere a seguinte situação hipotética: o Ministro de Estado da Educação,
em situação emergencial, praticou ato administrativo de competência do
Ministro do Planejamento. Nesse caso, a convalidação
a) não é possível, em razão do vício de objeto.
b) é possível, pois o vício de objeto narrado comporta convalidação.
c) é possível, por se tratar de vício de forma.
d) não é possível, em razão do vício de competência narrado.
e) é possível, independentemente do vício, se ocorrer com efeitos ex tunc.

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44 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia)
O ato que concede aposentadoria a servidor público classifica-se como ato
a) simples.
b) discricionário.

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c) composto.
d) declaratório.
e) complexo.

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45 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil)
A respeito da invalidação, anulação e revogação de atos administrativos,
assinale a opção correta.
a) Atos administrativos, por serem discricionários, somente podem ser
anulados pela própria administração pública.
b) A administração, em razão de conveniência, poderá revogar ato
administrativo próprio não eivado de qualquer ilegalidade, o que produzirá
efeitos ex nunc.
c) O ato administrativo viciado pela falta de manifestação de vontade do
administrado deverá ser anulado, não podendo essa ilegalidade ser sanada
por posterior manifestação de vontade do interessado.
d) São anuláveis e passíveis de convalidação os atos que violem regras
fundamentais atinentes à manifestação de vontade, ao motivo, à finalidade
ou à forma, havidas como de obediência indispensável pela sua natureza,
pelo interesse público que as inspira ou por menção expressa da lei.
e) A anulação de ato administrativo ocorre por questões de conveniência e
produz efeitos retroativos à data em que o ato foi emitido.

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46 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil)
Com referência ao controle administrativo, assinale a opção correta.
a) A revogação, pela administração, de ato administrativo que tenha
revogado um primeiro ato produzirá como efeito automático e imediato a
revalidação desse primeiro ato, que passará novamente a surtir efeitos
normalmente.
b) Os atos administrativos cujos efeitos já se tenham exaurido integralmente
são insuscetíveis de revogação.
c) O exercício da autotutela, poder-dever da administração, é amplo e
dispensa a instauração de procedimento administrativo, ainda que potenciais
interesses individuais sejam atingidos.

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d) Situação hipotética: Lúcio, indivíduo de boa-fé, logrou a manutenção dos


efeitos já produzidos por ato administrativo posteriormente declarado nulo.
Assertiva: Nessa situação, por força da isonomia, aquele que detiver situação
jurídica idêntica à de Lúcio terá direito à extensão dos mesmos efeitos
jurídicos produzidos pelo ato anulado.
e) Um ato administrativo pode ser anulado em decorrência de pressupostos
de conveniência e oportunidade da administração ou devido à ilegalidade do
ato. Nesse caso, será desnecessária a instauração de processo administrativo
para a oitiva de interessados.

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47 (2016/FCC/DPE-ES/Defensor Público)
Sobre os elementos do ato administrativo,
a) desde que atendido o interesse da Administração, fica descaracterizada a
figura do desvio de finalidade.
b) a inexistência do elemento formal não é causa necessária de invalidação
do ato, em vista da teoria de instrumentalidade das formas.
c) a noção de ilicitude do objeto, no direito administrativo, não coincide
exatamente com a noção de ilicitude do objeto no âmbito cível.
d) sujeito do ato é seu destinatário; assim, o solicitante de uma licença é o
sujeito desse ato administrativo.
e) havendo vício relativo ao motivo, haverá, por consequência, desvio de
finalidade.

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48 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio)
Considere o seguinte trecho destacado da obra de Regis Fernandes de
Oliveira (Ato Administrativo, São Paulo: Revista dos Tribunais, 5º ed. 2007,
p.50): O que distingue, in principio, o ato administrativo dos demais
praticados pela Administração e dos atos privados é a desnecessidade de ir a
juízo para impor-se. O autor se refere ao atributo do ato administrativo
denominado
a) presunção de legitimidade.
b) exigibilidade.
c) executividade.

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d) imperatividade.
e) autoexecutoriedade.

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49 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo)
A Administração pública expede atos administrativos vinculados e atos
administrativos discricionários, sendo que
a) os primeiros devem, obrigatoriamente, ser motivados, já os segundos,
sujeitos a juízo de conveniência e oportunidade, prescindem de motivação
para sua validade.
b) se abre, ao Administrador, a escolha entre expedir uns ou outros
independentemente do que estabelece a lei de regência, ante a superação do
princípio da estrita legalidade pelo princípio da eficiência.
c) ambos se sujeitam à lei de regência e são passíveis de controle judicial,
que, no entanto, tem extensão e profundidade diversa.
d) os primeiros se sujeitam à lei de regência e ao controle do judiciário, já os
segundos encontram fundamento em ato regulamentar e não são sindicáveis.
e) ambos prescindem, para validade, de fundamento último em lei, desde que
respeitem os princípios da fundamentação e da publicidade.

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50 (2016/FCC/AL-MS/Direito)
Considere a seguinte situação hipotética: o Estado de Mato Grosso de Sul, por
meio de concessão de uso, facultou ao particular José a utilização privativa de
bem público, para que a exercesse conforme sua destinação. Ocorre que a
mencionada concessão se deu sem licitação, razão pela qual foi convertida
em permissão precária, em que não há a mesma exigência. Assim, imprimiu-
se validade ao uso do bem público, já consentido. O instituto da conversão
a) é utilizado quando se pretende converter ato válido em ato de outra
categoria.
b) pode se dar por razões de oportunidade e conveniência.
c) não aproveita efeitos já produzidos em razão do ato anterior.
d) não se destina a atos administrativos com vício de objeto, conforme o
narrado no enunciado.
e) aplica-se com efeitos retroativos à data do ato original.
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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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51 (2016/FCC/AL-MS/Direito)
Considere dois casos hipotéticos:
I. João é servidor público estadual e chefe de determinada repartição. No
exercício de seu poder disciplinar, aplicou a seu subordinado, o servidor
Francisco, a sanção de suspensão após o respectivo processo administrativo
disciplinar. Cumpre salientar que a lei prevê, para a infração cometida por
Francisco, que a Administração pode punir o servidor com as penas de
suspensão ou de multa.
II. Isabela, servidora pública estadual, sofreu remoção ex officio. Referida
remoção, de acordo com a lei, só pode dar-se para atender à conveniência do
serviço. No entanto, no caso de Isabela, foi feita para puni-la.
Nas situações narradas,
a) há discricionariedade quanto à forma do ato administrativo, no caso I, vez
que a lei prevê duas formas possíveis para atingir o mesmo fim.
b) há discricionariedade quanto ao objeto do ato administrativo, no caso I,
vez que a lei prevê dois objetos possíveis para atingir o mesmo fim.
c) há discricionariedade quanto à finalidade do ato administrativo, no caso II,
e desvio de finalidade na atuação da Administração.
d) o caso II trata de exemplo de ato administrativo vinculado, havendo, na
hipótese, vício de motivo.
e) ambos os casos correspondem a atos administrativos vinculados; no
entanto, apenas no caso II, o ato administrativo está viciado, sendo,
portanto, ilegal.

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52 (2016/FCC/AL-MS/Auxiliar de Enfermagem)
Considere:
I. São sempre passíveis de apreciação judicial.
II. Sujeitam-se à lei.
III. É espécie de ato jurídico.
IV. Em regra, não produzem efeitos jurídicos imediatos.
No que concerne aos atos administrativos, está correto o que consta em

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

a) IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I, II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I e II, apenas.

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53 (2016/CESPE/TCE-PR/Nível Superior)
Um agente de determinada autarquia estadual, em fiscalização de rotina,
autuou estabelecimento comercial em razão de infração administrativa
verificada. Procedeu ainda, naquela mesma ocasião, à interdição cautelar do
estabelecimento em questão.
Acerca dessa situação hipotética, do poder de polícia e da disciplina dos atos
administrativos, assinale a opção correta.
a) Os atos administrativos praticados são dotados de presunção de
veracidade e legitimidade, bem como de presunção absoluta de conformidade
à lei.
b) Se, na situação hipotética em questão, o administrador público tivesse
agido motivado por vingança pessoal contra o proprietário do estabelecimento
comercial, estaria configurada a nulidade do ato por abuso de poder na
modalidade excesso de poder.
c) Se, na situação hipotética em apreço, fosse aplicada pena de multa ao
estabelecimento comercial, sua cobrança poderia ser executada diretamente
pela administração pública.
d) Na hipótese apresentada, a aplicação de punição administrativa ao
estabelecimento comercial submete-se ao princípio da legalidade, uma vez
que somente lei pode instituir sanções administrativas.
e) Na hipótese em apreço, a interdição cautelar do estabelecimento comercial
não poderia prescindir da observância do devido processo legal e somente
poderia ser efetivada após o exercício do direito de defesa por parte do
interessado.

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54 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)

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A revogação do ato administrativo é a supressão de um ato legítimo e eficaz,


seja por oportunidade, seja por conveniência, seja por interesse público;
entretanto, o poder de revogar da administração pública não é absoluto, pois
há situações insuscetíveis de modificação por parte da administração.
Tendo as considerações apresentadas como referência inicial, assinale a
opção que apresenta ato suscetível de revogação.
a) parecer emitido por órgão público consultivo
b) ato de concessão de licença para exercer determinada profissão, segundo
requisitos exigidos na lei
c) ato de posse de candidato nomeado após aprovação em concurso público
d) ato administrativo praticado pelo Poder Judiciário
e) ato de concessão de licença funcional já gozada pelo servidor

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55 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
Assinale a opção correta, acerca da extinção dos atos administrativos.
a) A convalidação por ratificação somente pode ser realizada pelo superior
hierárquico do agente que praticou o ato anterior.
b) A invalidação fulmina todas as relações jurídicas decorrentes do ato
inválido, resguardados os direitos de terceiros de boa-fé que não tenham
contribuído para a invalidação do ato.
c) A cassação é ato discricionário do agente público.
d) Por ser a revogação um ato discricionário, ao se revogar um ato revogado,
ocorrerá, por consequência lógica, a repristinação do ato originário.
e) São passíveis de revogação os chamados atos meramente administrativos,
tais como pareceres e certidões.

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56 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
Quanto às espécies de atos administrativos, assinale a opção correta.
a) A licença pode ser concedida de ofício pela administração.
b) A permissão pode ser concedida de ofício pela administração.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) A permissão de uso de bens públicos é ato unilateral, discricionário e


precário.
d) Autorização é ato pelo qual a administração consente que o particular
exerça atividade ou utilize bem público que vise ao interesse público.
e) Licença é ato discricionário por meio do qual a administração confere ao
interessado consentimento para o desempenho de determinada atividade.

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57 (2016/FCC/SEGEP-MA/Procurador do Estado)
Acerca dos atos administrativos, é correto afirmar:
a) A conversão é o ato administrativo pelo qual a Administração converte um
ato inválido em ato de outra categoria, de maneira a torná-lo válido, com
efeitos retroativos à data do ato original.
b) Todas as modalidades de permissão podem ser definidas como atos
unilaterais, discricionários e precários.
c) As resoluções editadas pelo Congresso Nacional e suas Casas constituem
atos administrativos privativos daqueles órgãos.
d) A homologação é ato administrativo destinado a realizar o controle prévio
de outro ato administrativo.
e) A licença é ato unilateral e vinculado, cuja revogação somente é possível
mediante prévia notificação do interessado.

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58 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Auditor Fiscal)
Agente público competente, no exercício de fiscalização, constata que
determinada licença municipal de funcionamento de estabelecimento
comercial foi recém-expedida mediante grave insuficiência de comprovação
documental, pelo interessado, de atendimento aos requisitos legais. Diante de
tal constatação, providência a ser adotada pelo agente público consiste em
a) anular, de imediato, o ato administrativo de licença municipal de
funcionamento, aplicando-se, no exercício do poder de polícia, as penalidades
cabíveis ao interessado e a eventuais outros agentes eventualmente
responsáveis pela infração à lei.
b) revogar o ato administrativo de licença municipal de funcionamento, por
estar sua expedição em desconformidade com os requisitos legais.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) anular, de imediato, o ato administrativo de licença municipal de


funcionamento, por estar sua expedição em desconformidade com os
requisitos legais, notificando-se o interessado para, querendo, apresentar
recurso administrativo, na forma da lei.
d) reputar válido o ato administrativo de licença municipal de funcionamento,
porque opera em favor de sua validade a presunção de legitimidade dos atos
da Administração pública, independentemente de vício no seu processo de
produção.
e) lavrar autuação circunstanciada do fato constatado, dando-se ciência ao
interessado acerca da pretensão municipal de anulá-lo e oferecendo-lhe a
oportunidade de, querendo, apresentar os esclarecimentos que julgar
necessários, inclusive em defesa da validade da licença supostamente eivada
de nulidade.

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59 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista – Administrador)
Os atos administrativos são dotados de atributos que lhes conferem
distinções em relação aos atos praticados na esfera privada, daqueles
podendo decorrer efeitos com maior alcance e projeção, como no caso da
a) presunção de veracidade, em razão da qual presumem-se verdadeiras as
alegações de fato e de direito, administrativas e judiciais, feitas pela
Administração pública em todos os documentos e instrumentos por ela
firmados.
b) presunção de eficácia, em razão da qual todos os atos administrativos
editados podem possuir eficácia estendida a terceiros, mediante requerimento
administrativo.
c) presunção de veracidade, pela qual se presumem verdadeiras as
afirmações de fato feitas pela Administração pública, por exemplo, em
documentos administrativos por ela firmados.
d) presunção de legitimidade, que atesta a legalidade da atuação da
Administração pública, o que possibilita a extensão erga omnes de seus
efeitos.
e) autoexecutoriedade que permite a atuação da administração
independentemente de previsão legal e de autorização do judiciário para
coibir, por meios indiretos, situação que viole a legislação.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

60 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista - Gestão Pública)


Mara, servidora pública e chefe de determinada repartição pública, emitiu
atestado a determinado particular, comprovando situação de que teve
conhecimento por seus órgãos competentes. Um dia após a prática do ato
administrativo, decidiu revogá-lo por razões de conveniência e oportunidade.
O atestado emitido por Mara
a) comporta revogação desde que seja com efeitos ex nunc.
b) comporta revogação desde que seja com efeitos ex tunc.
c) não comporta revogação.
d) por já ter produzido efeitos, deve, obrigatoriamente, permanecer no
mundo jurídico.
e) admite apenas anulação, a ser decretada somente pelo Poder Judiciário.

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61 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Acerca de função administrativa e atos administrativos, julgue o item a
seguir.
Situação hipotética: Um diretor de tribunal de contas editou ato
administrativo com desvio de finalidade. Após correição, o vício foi detectado
e comunicado ao presidente do tribunal.
Assertiva: Nessa situação, o presidente poderá avocar para si a competência
administrativa pertinente e convalidar o ato administrativo.

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62 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
No que concerne à administração pública, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas de aula de uma escola
privada para a realização do curso de formação de seus novos servidores.
Assertiva: Nessa situação, o ato de locação, ainda que seja regido pelo direito
privado, é considerado um ato administrativo.

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63 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Considerando que servidor público de determinada autarquia federal tenha


solicitado ao setor técnico daquela entidade a emissão de parecer para
subsidiar sua tomada de decisão, julgue o item a seguir, acerca dos atos
administrativos.
Considerando-se a prerrogativa com que atua a administração, o parecer
solicitado é classificado como ato de gestão.

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64 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
Considerando que servidor público de determinada autarquia federal tenha
solicitado ao setor técnico daquela entidade a emissão de parecer para
subsidiar sua tomada de decisão, julgue o item a seguir, acerca dos atos
administrativos.
Caso seja adotado como fundamento para a decisão, o referido parecer
passará a integrar o ato administrativo decisório.

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65 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
Considerando que servidor público de determinada autarquia federal tenha
solicitado ao setor técnico daquela entidade a emissão de parecer para
subsidiar sua tomada de decisão, julgue o item a seguir, acerca dos atos
administrativos.
Quanto aos seus efeitos, tal parecer classifica-se como ato administrativo
enunciativo.

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66 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
Julgue o item subsecutivo, a respeito dos atributos dos atos administrativos.
Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato
administrativo, devem-se observar figuras definidas previamente pela lei, o
que garante aos administrados maior segurança jurídica.

---------------------------------------------------------------------------------------
67 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 187


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Julgue o item subsecutivo, a respeito dos atributos dos atos administrativos.


A presunção de legitimidade dos atos administrativos está relacionada à
sujeição da administração ao princípio da legalidade.

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68 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
Julgue o item subsecutivo, a respeito dos atributos dos atos administrativos.
A imperatividade é atributo indissociável dos atos administrativos.

---------------------------------------------------------------------------------------
69 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)
Em relação às formas de anulação de atos ou contratos administrativos e à
perda de função pública, julgue o item a seguir.
A revogação aplica-se a atos praticados no exercício da competência
discricionária.

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70 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
Julgue o próximo item, relativo à legislação administrativa.
São três os requisitos para que um ato administrativo seja dito perfeito:
competência, finalidade e objeto.

---------------------------------------------------------------------------------------
71 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
O ato administrativo somente poderá ser realizado de forma válida se o
agente responsável pela sua elaboração tiver poder legal para praticá-lo.

---------------------------------------------------------------------------------------
72 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 188


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.


Atos administrativos ilegítimos ou ilegais podem ser anulados tanto pela
própria administração quanto pelo poder judiciário.

---------------------------------------------------------------------------------------
73 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
O conceito de ato administrativo é praticamente o mesmo de ato jurídico,
diferindo o primeiro do segundo por ser aquele uma categoria informada pela
administração de áreas meio.

---------------------------------------------------------------------------------------
74 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)
A respeito do controle da administração pública, do processo administrativo e
da licitação, julgue o item a seguir.
A má-fé do destinatário, quando comprovada, afasta a incidência do prazo
decadencial conferido à administração para anular o ato administrativo.

---------------------------------------------------------------------------------------
75 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)
Acerca dos servidores públicos, dos poderes da administração pública e do
regime jurídico-administrativo, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: O proprietário de determinado restaurante recebeu
notificação na qual constava a determinação de que a obra que havia sido
irregularmente realizada na calçada do referido estabelecimento, para a
colocação de mesas, teria de ser demolida.
Assertiva: Nesse caso, decorrendo o prazo sem cumprimento da ordem, a
administração poderá promover a demolição sob o manto da
autoexecutoriedade dos atos administrativos e do poder de polícia.

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76 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 189


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Com relação aos atos administrativos e suas classificações, julgue o item


seguinte.
Motivação, finalidade, competência, forma e objeto constituem elementos
obrigatórios do ato administrativo e requisitos de validade da sua prática, de
modo que a ausência de qualquer um desses elementos implica a nulidade do
ato praticado.

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77 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
Com relação aos atos administrativos e suas classificações, julgue o item
seguinte.
Atos administrativos de gestão são atos praticados pela administração pública
como se fosse pessoa privada, o que afasta a supremacia que lhe é peculiar
em relação aos administrados. Atos administrativos de império, por sua vez,
são aqueles praticados de ofício pelos agentes públicos e impostos de
maneira coercitiva aos administrados, os quais estão obrigados a obedecer-
lhes.

---------------------------------------------------------------------------------------
78 (2016/FCC/Copergás – PE/Analista – Administrador)
Antônio, servidor público estadual, praticou ato administrativo com vício em
um de seus elementos, pois o resultado do ato administrativo praticado
importou em violação da lei. Em razão do vício narrado, decidiu anular o
citado ato. De acordo com os fatos narrados, trata-se de vício de
a) competência e a anulação produz efeitos ex nunc.
b) finalidade, não sendo cabível a anulação mas sim a revogação.
c) motivo e a anulação produz efeitos ex nunc.
d) forma, não sendo cabível a anulação mas sim a revogação.
e) objeto e a anulação produz efeitos ex tunc.

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79 (2016/FCC/Copergás – PE/Analista – Administrador)
Claudio, servidor público estadual, praticou ato administrativo viciado.
Determinado administrado, ao notar o ocorrido, comunicou ao servidor o
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 190
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

vício, no entanto, houve a convalidação do ato administrativo. A propósito do


tema, é correto afirmar que
a) a Administração pública não tem a opção de retirar ou não o ato viciado do
mundo jurídico; o que ela pode é extirpar o ato viciado através do instituto da
revogação.
b) todo ato administrativo viciado deve ser anulado pela Administração
pública, não importando o vício nele contido.
c) nem sempre é possível a convalidação do ato administrativo; depende do
tipo de vício que atinge o ato.
d) a Administração pública pode, por razões de conveniência e oportunidade,
manter hígido ato administrativo viciado, não importando o vício nele contido.
e) se o vício existente no ato encontra-se no motivo do ato administrativo,
agiu corretamente a Administração pública.

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80 (2016/FCC/Copergás – PE/Auxiliar administrativo)
Afrânio, Prefeito de determinado Município do Estado de Pernambuco,
exonerou ad nutum Onofre, servidor ocupante de cargo em comissão, sob o
fundamento de que o aludido cargo seria extinto por não ser mais necessário
às finalidades da municipalidade. Ocorre que o citado cargo não foi extinto e,
passados cinco dias da exoneração de Onofre, o Prefeito nomeou outro
servidor para o mesmo cargo. No caso narrado, o ato de exoneração
a) deve ser revogado por vício de finalidade.
b) pode ser convalidado.
c) apresenta vício de objeto e, portanto, é nulo.
d) apresenta vício de motivo, aplicando-se a teoria dos motivos
determinantes.
e) é ato discricionário, ou seja, movido por razões de conveniência e
oportunidade, razão pela qual, não comporta anulação.

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81 (2016/FCC/Copergás – PE/Auxiliar administrativo)
A revogação do ato administrativo
a) relaciona-se ao princípio da vinculação.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 191


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

b) pode ser decretada se houver vício de finalidade do ato.


c) não é decretada pelo Judiciário.
d) se dá com efeitos ex tunc.
e) pode ser decretada se houver vício de forma do ato.

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82 (2016/FCC/Copergás – PE/Técnico Operacional – Mecânica)
Considere as seguintes características dos atos administrativos:
I. vinculado.
II. bilateral e discricionário.
III. negocial.
IV. ordinatório.
No que concerne às características da licença, está correto o que consta
APENAS em
a) II e III.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II.
e) II e IV.

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83 (2016/FCC/Copergás – PE/Engenheiro civil)
Cláudio, servidor público estadual, praticou ato administrativo viciado.
Determinado administrado, ao notar o ocorrido, comunicou ao servidor o
vício, no entanto, houve a convalidação do ato administrativo. A propósito do
tema, é correto afirmar que
a) a Administração pública não tem a opção de retirar ou não o ato viciado do
mundo jurídico; o que ela pode é extirpar o ato viciado através do instituto da
revogação.
b) todo ato administrativo viciado deve ser anulado pela Administração
pública, não importando o vício nele contido.
c) nem sempre é possível a convalidação do ato administrativo; depende do
tipo de vício que atinge o ato.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 192


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

d) a Administração pública pode, por razões de conveniência e oportunidade,


manter hígido ato administrativo viciado, não importando o vício nele contido.
e) se o vício existente no ato encontra-se no motivo do ato administrativo,
agiu corretamente a Administração pública.

---------------------------------------------------------------------------------------
84 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia)
Acerca dos atos do poder público, assinale a opção correta.
a) A convalidação implica o refazimento de ato, de modo válido. Em se
tratando de atos nulos, os efeitos da convalidação serão retroativos; para
atos anuláveis ou inexistentes tais efeitos não poderão retroagir.
b) A teoria dos motivos determinantes não se aplica aos atos vinculados,
mesmo que o gestor tenha adotado como fundamento um fato inexistente.
c) Atos complexos resultam da manifestação de um único órgão colegiado,
em que a vontade de seus membros é heterogênea. Nesse caso, não há
identidade de conteúdo nem de fins.
d) Atos gerais de caráter normativo não são passíveis de revogação, eles
podem ser somente anulados.
e) Atos compostos resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, quando
a vontade de um é instrumental em relação à do outro. Nesse caso, praticam-
se dois atos: um principal e outro acessório.

---------------------------------------------------------------------------------------
85 (2016/CESPE/PC-PE/Agente de Polícia)
O ato administrativo é uma espécie de ato jurídico de direito público, ou seja,
suas características distinguem-no do ato jurídico de direito privado. Os
atributos do ato administrativo — ato jurídico de direito público — incluem a
a) legalidade, a publicidade e a imperatividade.
b) presunção de legitimidade, a imperatividade e a autoexecutoriedade.
c) imperatividade, o motivo, a finalidade e a autoexecutoriedade.
d) eficiência, a presunção de legitimidade e a continuidade.
e) proporcionalidade, a motivação e a moralidade.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

86 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil)


Assinale a opção correta a respeito dos atos administrativos.
a) A competência administrativa pode ser transferida e prorrogada pela
vontade dos interessados.
b) A alteração da finalidade expressa na norma legal ou implícita no
ordenamento da administração caracteriza desvio de poder que dá causa à
invalidação do ato.
c) O princípio da presunção de legitimidade do ato administrativo impede que
haja a transferência do ônus da prova de sua invalidade para quem a invoca.
d) O ato administrativo típico é uma manifestação volitiva do administrado
frente ao poder público.
e) O motivo constitui requisito dispensável na formação do ato administrativo.

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87 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil)
Ainda a respeito dos atos administrativos, assinale a opção correta.
a) A convalidação é o suprimento da invalidade de um ato com efeitos
retroativos.
b) O controle judicial dos atos administrativos é de legalidade e mérito.
c) A revogação pressupõe um ato administrativo ilegal ou imperfeito.
d) Os atos administrativos normativos são leis em sentido formal
e) O ato anulável e o ato nulo produzem efeitos, independentemente do
trânsito em julgado de sentença constitutiva negativa.

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88 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil)
Assinale a opção correta acerca da administração pública.
a) O mandado de segurança não constitui meio adequado para o controle
judicial de ato administrativo eivado de ilegalidade.
b) O ato complexo é o que resulta da vontade única de um órgão, mas
depende da verificação por parte de outro para se tornar exequível.
c) A licença é exemplo de ato administrativo enunciativo

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 194


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

d) A possibilidade que tem a administração pública de, nos termos da lei,


constituir terceiros em obrigações mediante atos unilaterais constitui
aplicação do princípio da supremacia do interesse público.
e) O poder discricionário é aquele que é concedido à administração, de modo
explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na
escolha de sua conveniência, oportunidade, conteúdo, forma e finalidade.

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89 (2016/FCC/Prefeitura de Campinas – SP/Procurador)
A revisão do ato administrativo pode implicar
a) a retroação dos efeitos à data da emissão do ato viciado, como nos casos
de revogação por motivo de conveniência e oportunidade, demonstrado fato
superveniente e de interesse público a justificar a extinção do ato.
b) a alteração de seus motivos, para sanar eventuais vícios e conformar a
finalidade alcançada à motivação exposta.
c) análise pelo Judiciário, para correção de vícios de legalidade, motivo e
forma, bem como exame de custo benefício entre a opção do administrador e
a finalidade pretendida, autorizada a substituição do ato pela decisão
jurisdicional.
d) revogação ou retificação do ato diante da constatação de desvio de poder,
mediante a edição de outro ato para sanar o vício de finalidade identificado.
e) convalidação do ato, mediante correção de eventuais vícios sanáveis,
demandando a edição de outro ato para suprir as ilegalidades existentes, com
efeitos retroativos à data da edição do primeiro ato.

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90 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social)
Julgue o próximo item, a respeito dos atos administrativos.
A autoexecutoriedade é atributo restrito aos atos administrativos praticados
no exercício do poder de polícia.

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91 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social)
Julgue o próximo item, a respeito dos atos administrativos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Em decorrência do princípio da autotutela, não há limites para o poder da


administração de revogar seus próprios atos segundo critérios de
conveniência e oportunidade.

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92 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social)
Julgue o próximo item, a respeito dos atos administrativos.
O ato praticado por agente não competente para fazê-lo poderá ser
convalidado discricionariamente pela autoridade competente para sua prática,
caso em que ficará sanado o vício de incompetência.

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93 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário -
Oficial de Justiça Avaliador)
Acerca dos atos administrativos e do processo administrativo, assinale a
opção correta conforme a Lei n.º 9.784/1999.
a) A competência para a edição de atos normativos poderá ser delegada.
b) A revogação do ato administrativo ocorre nas hipóteses de ilegalidade,
devendo retroagir com efeitos ex tunc para desconstituir as relações jurídicas
criadas com base no ato revogado.
c) O direito da administração de anular os seus próprios atos decai em cinco
anos, ainda que constatada a má-fé do destinatário do ato.
d) A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis
pode ser feita pela administração, desde que esses atos não acarretem lesão
ao interesse público ou prejuízo a terceiros.
e) O ato de exoneração do servidor público ocupante de cargo em comissão e
os atos administrativos que decidam recursos administrativos dispensam
motivação.

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94 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Assinale a opção correta acerca das espécies de ato administrativo.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

a) Permissão é ato unilateral e discricionário por meio do qual a


administração faculta ao particular a execução do serviço público ou a
utilização privativa de bem público.
b) Autorização é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração
faculta ao particular o exercício de uma atividade.
c) Aprovação é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração
pública reconhece a legalidade de um ato jurídico apenas a posteriori.
d) Homologação é ato unilateral e discricionário por meio do qual a
administração pública exerce o controle a priori do ato administrativo.
e) Licença é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração
reconhece ao particular o direito à prestação de um serviço público.

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95 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
A respeito dos atos administrativos, assinale a opção correta.
a) São elementos dos atos administrativos a competência, a finalidade, a
forma, o motivo e o objeto.
b) Apenas o Poder Executivo, no exercício de suas funções, pode praticar atos
administrativos.
c) Mesmo quando atua no âmbito do domínio econômico, a administração
pública reveste-se da qualidade de poder público.
d) Para a formação do ato administrativo simples, é necessária a
manifestação de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades.
e) Define-se ato nulo como ato em desconformidade com a lei ou com os
princípios jurídicos, passível de convalidação.

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96 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
No que diz respeito às espécies de ato administrativo, assinale a opção
correta.
a) A homologação é ato unilateral e vinculado pelo qual a administração
pública reconhece a legalidade de um ato jurídico.
b) Decreto é ato exclusivamente geral emanado do chefe do Poder Executivo.
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 197
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) Licença é o ato administrativo bilateral e vinculado por meio do qual a


administração pública faculta ao particular o exercício de determinada
atividade.
d) A admissão é o ato discricionário e unilateral pelo qual a administração
reconhece ao particular que preencha os requisitos legais o direito à
prestação de um serviço público.
e) Parecer é ato opinativo e vinculante pelo qual os órgãos consultivos da
administração pública emitem opinião sobre assuntos técnicos ou jurídicos de
sua competência.

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97 (2016/CESPE/TJ-AM/Juiz de Direito)
Assinale a opção correta com referência aos atos administrativos.
a) A finalidade reflete o fim mediato dos atos administrativos, enquanto o
objeto, o fim imediato, ou seja, o resultado prático que deve ser alcançado.
b) O silêncio administrativo consubstancia ato administrativo, ainda que não
expresse uma manifestação formal de vontade.
c) Autorização é o ato pelo qual a administração concorda com um ato
jurídico já praticado por particular em interesse próprio.
d) O objeto dos atos administrativos normativos é equivalente ao dos atos
administrativos enunciativos.
e) Motivação e motivo são juridicamente equivalentes.

---------------------------------------------------------------------------------------
98 (2016/FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
Sobre atos administrativos, considere:
I. Os atos administrativos vinculados comportam anulação e revogação.
II. Em regra, os atos administrativos que integram um procedimento podem
ser revogados.
III. A competência para revogar é intransferível, salvo por força de lei.
Está correto o que se afirma em
a) III, apenas.
b) I, II e III.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II, apenas.

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99 (2016/FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Analista Judiciário -
Oficial de Justiça Avaliador)
Sobre o ato administrativo, considere:
I. O ato administrativo nulo não comporta revogação.
II. O ato administrativo com vício de competência poderá, em determinadas
hipóteses, ser convalidado.
III. Em regra, a anulação do ato administrativo ocorre com efeito ex nunc.
IV. A anulação do ato administrativo, quando feita pela Administração
pública, independe de provocação do interessado.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e IV, apenas.
d) III, apenas.
e) II, apenas.

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100 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Marcilio, servidor público federal e chefe de determinada repartição pública,
convalidou ato administrativo ilegal, haja vista conter nulidade relativa,
suprindo, assim, vício existente no mencionado ato. Já Ana, também
servidora pública federal, revogou ato administrativo com vício de motivo. A
propósito do ocorrido nas duas hipóteses,
a) a convalidação não se destina a atos administrativos ilegais, sendo seu
efeito sempre ex nunc.
b) a revogação é possível no caso narrado, mas se dará com efeitos ex tunc.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 199


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

c) no primeiro caso, a convalidação ocorrerá com efeitos retroativos à data


em que o ato administrativo foi praticado.
d) a revogação é possível no caso narrado, mas se dará com efeitos ex nunc.
e) o episódio narrado na segunda hipótese comporta tanto revogação quanto
anulação que, neste último caso, ocorrerá com efeitos ex tunc.

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101 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Técnico de Administração)
Considere:
I. A revogação é sempre discricionária.
II. O ato vinculado, em regra, pode ser revogado.
III. O ato discricionário não comporta anulação.
IV. Na revogação, extingue-se ato válido.
Está correto o que consta APENAS em
a) IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) I, II e IV.

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102 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração)
Considere que determinada autoridade do TRE/PI tenha negado pedido
administrativo feito por um servidor do quadro, sem expor fundamentos de
fato e de direito que justificassem a negativa do pedido. Nesse caso, o ato
administrativo praticado pela autoridade do TRE/PI
a) não possui presunção de veracidade.
b) pode ser editado sob a forma de resolução.
c) é considerado, quanto à formação da vontade, ato administrativo
complexo.
d) classifica-se como ato administrativo meramente enunciativo.
e) apresenta vício de forma.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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103 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração)
Um técnico judiciário do TRE/PI assinou e encaminhou para publicação uma
portaria de concessão de licença para capacitação de um analista judiciário
pertencente ao quadro de servidores do tribunal. O ato de concessão da
licença é de competência não exclusiva do presidente do tribunal.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) O ato deve ser cassado, pois os requisitos para a sua prática não foram
atendidos.
b) Dado o vício insanável de competência, o ato deve ser revogado.
c) O ato não possui vícios, razão por que não há providências a serem
tomadas.
d) O ato deve ser anulado com efeitos ex-nunc, por vício insanável de forma.
e) Caso não seja verificada lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, o ato deverá ser convalidado.

---------------------------------------------------------------------------------------
104 (2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário)
Um parecer exarado por servidor público integrante do departamento jurídico
de determinado órgão da administração direta, que depende de homologação
ainda pendente, de autoridade superior para ser validado, é um ato
administrativo classificado, quanto
a) à formação da vontade, como complexo.
b) à exequibilidade, como pendente.
c) à função da administração, como de gestão.
d) aos efeitos, como enunciativo.
e) à função da vontade, como propriamente dito.

---------------------------------------------------------------------------------------
105 (2016/CESPE/DPU/Agente Administrativo)
Acerca de ato administrativo e de procedimento de licitação, julgue o item
seguinte.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Caso seja necessário, a administração pública poderá revogar ato


administrativo válido e legítimo.

GABARITO
1-C 2-A 3-E 4-E 5-A 6-D 7-D 8-E 9-C 10-A
11-A 12-B 13-C 14-E 15-D 16-B 17-B 18-A 19-C 20-E
21-C 22-E 23-B 24-E 25-E 26-C 27-C 28-E 29-E 30-C
31-C 32-C 33-C 34-C 35-E 36-A 37-D 38-B 39-B 40-E
41-B 42-A 43-D 44-E 45-B 46-B 47-C 48-E 49-C 50-E
51-B 52-C 53-D 54-D 55-B 56-C 57-A 58-E 59-C 60-C
61-E 62-E 63-E 64-C 65-C 66-C 67-C 68-E 69-C 70-E
71-C 72-C 73-E 74-C 75-C 76-E 77-C 78-E 79-C 80-D
81-C 82-B 83-C 84-E 85-B 86-B 87-A 88-D 89-E 90-E
91-E 92-C 93-D 94-A 95-A 96-A 97-A 98-A 99-A 100-C
101-D 102-E 103-E 104-D 105-C

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1 CONCEITO E ABRANGÊNCIA
É o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos quais se
exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em
qualquer das esferas de poder (executivo, legislativo e judiciário).
Para Di Pietro, o controle da Administração corresponde a um poder de
fiscalização, vigilância e correção que sobre ela exercem órgãos dos
Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo geral de garantir a
conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos pelo
ordenamento jurídico.
Esse poder de fiscalizar e corrigir incide sobre toda a Administração Pública,
ou seja, sobre todos os atos produzidos pelos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário quando estiverem atuando no exercício da atividade
administrativa.

2 CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

Interno: é o controle que cada um dos Poderes exerce sobre


seus próprios atos e agentes. É o poder de autotutela que
cada Poder exerce sobre os seus próprios atos.
OBS: A maioria dos autores e bancas (CESPE, FCC, etc)
entendem que o controle que a administração direta
Quanto à efetua sobre as entidades da administração indireta é
origem ou EXTERNO (ou de caráter externo)
alcance Externo: é o controle exercido por um Poder sobre os atos
administrativos praticados por outro Poder.
Popular: é a possibilidade de o administrado, diretamente
ou por intermédio de órgãos especializados, verificar a
regularidade da atuação da administração e impedir a prática
de atos ilegítimos.

Prévio (a priori): o controle prévio ocorre antes de o ato


Quanto ao ser praticado. Ex. autorização legislativa para nomeação de
momento dirigentes das autarquias.
Concomitante: no controle concomitante, a fiscalização dos

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

atos ocorre no momento em que estão sendo realizados. Ex.


fiscalização de um concurso público.
Posterior (a posteriori): ocorre após a pratica do ato
administrativo. Ex. homologação de licitação ou concurso
público, o controle judicial dos atos administrativos. A
maioria dos controles realizados pelos tribunais de contas são
posteriores.

Legalidade: deriva diretamente do princípio da legalidade e


visa verificar se o ato foi praticado em conformidade com o
Quanto à ordenamento jurídico.
natureza ou
ao aspecto Mérito: o controle de mérito visa a verificar a oportunidade e
controlado a conveniência administrativas do ato controlado. Trata-se de
atuação discricionária exercida por quem editou o ato
administrativo.

Hierárquico: decorre do escalonamento vertical entre


órgãos da administração direta ou escalonamento vertical
dentro de uma mesma entidade da administração indireta. O
Quanto à controle hierárquico é sempre um controle interno.
amplitude Finalístico: é o controle exercido pela administração direta
sobre as pessoas jurídicas integrantes da administração
indireta. Esse controle também é chamado de tutela
administrativa ou supervisão ministerial.

Por Subordinação: decorre da relação de subordinação que


existe entre os diversos órgãos públicos, a qual permite ao
órgão de graduação superior fiscalizar, orientar e rever a
atuação de órgãos de menor hierarquia. Esse controle é
Quanto ao tipicamente INTERNO.
âmbito4
Por Vinculação: nesse controle o poder de fiscalização e de
revisão é efetuado de uma pessoa jurídica sobre outra, tendo
portanto, natureza externa. Ocorre, por exemplo, no
controle da Administração Direta sobre a Indireta.

3 CONTROLE ADMINISTRATIVO

4
Síntese da obra Manual de direito Administrativo, 24. Ed., do autor José dos Santos Carvalho Filho.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

É o poder de fiscalização e correção exercido pelo Poder Executivo e


pelos demais órgãos da administração (no exercício da função
administrativa), do Poder Legislativo e Judiciário sobre os seus próprios
atos e atividades.
O controle realizado é de legalidade e de mérito sobre os atos
administrativos e atividades, confirmando-os ou desfazendo-os.
De acordo com s Súmula n. 473/STF, a administração possui a prerrogativa
de anular os seus próprios atos quando ilegais (controle de legalidade),
ou revogá-los (controle de mérito), quando inconvenientes ou
inoportunos. Esse é o poder-dever de AUTOTUTELA da administração
pública.
OBS: o controle administrativo é interno, ou seja, ocorre no interior da
administração ou nos órgãos da administração dos demais poderes
(legislativo e judiciário).
O controle exercido pela Administração direta sobre a Administração
indireta denomina-se poder de tutela, que não pressupõe hierarquia,
mas apenas controle finalístico, que analisa a aderência da atuação dos entes
que integram a Administração indireta aos atos ou leis que os constituíram.
O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades
de natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes
Legislativo e Judiciário.

3.1 Instrumentos para o controle administrativo


a) Direito de Petição
Previsto no art. 5°, XXXIV, a, da CF/88, que diz que são a todos assegurados,
independentemente de taxas, o direito de petição aos poderes públicos em
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode dirigir-se formalmente a uma
autoridade do Poder Público com o intuito de fazer uma reivindicação, queixa,
solicitar esclarecimentos ou simplesmente manifestar a sua opinião sobre algo
de seja de seu próprio interesse ou de interesse da coletividade.
A única exigência formal é que a petição deverá ser escrita e o peticionário
deverá ser devidamente identificado. Não se faz necessário advogado para
exercer o direito de pedir na administração pública.

b) Pedido de Reconsideração

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 205


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Trata-se de um pedido escrito, dirigido pelo interessado à autoridade


responsável pela edição do ato, pleiteando a extinção ou a alteração do ato
em conformidade com as suas pretensões.
O pedido de reconsideração não é um recurso propriamente dito, pois é
destinado à mesma autoridade que praticou o ato e não para uma autoridade
superior, como acontece nos recursos.

c) reclamação administrativa
De acordo com a professora Di Pietro, é o ato pelo qual o administrado, seja
particular ou servidor público, deduz uma pretensão perante a Administração
Pública, visando obter reconhecimento de um direito ou a correção de um ato
que lhe cause lesão ou ameaça de lesão.
O prazo prescricional para a apresentação da reclamação é de um ano,
contado do ato ou da atividade lesiva, se outro prazo não for fixado em lei
específica.

d) recursos administrativos ou hierárquicos


São instrumentos formais de controle administrativo que o interessado
pleiteia para a reapreciação de atos ou decisões proferidas pela
administração.
Devem ser interpostos através de petição escrita à autoridade superior àquela
que proferiu a decisão administrativa. Assim, a reapreciação de um recurso
administrativo sempre será dentro de um mesmo Poder, não havendo
hipótese de reexame de recursos administrativos por um outro poder ou
outra esfera.
Via de regra, os recursos administrativos possuem apenas efeito devolutivo,
contudo o art. 61 da lei 9.784/99 estabelece que, se houver disposição legal
em contrário ou havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo
ao recurso.
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, o controle divide-se em
controle de ofício e controle provocado. O primeiro é realizado pela própria
Administração, no regular exercício de suas funções, independentemente de
provocação de terceiros. Por outro lado, o controle provocado é aquele
deflagrado por terceiros, tendo como principal exemplo os recursos
administrativos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

RECURSO HIERÁRQUICO PRÓPRIO


Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 5 , é aquele
dirigido à autoridade ou ao órgão imediatamente superior, dentro da
mesma pessoa jurídica em que o ato foi praticado. Para que o recurso seja
hierárquico (próprio), é necessário que o ato controlado provenha de agente
ou de órgão subordinado ao agente ou ao órgão controlador.

RECURSO HIERÁRQUICO IMPRÓPRIO


Segundo os mesmos professores, é aquele dirigido:
a) A um órgão especializado na apreciação de recursos específicos,
sem relação hierárquica com o órgão controlado;
b) A um órgão integrante de uma pessoa jurídica diferente daquela
da qual emanou o ato controlado. O termo “impróprio” traduz a noção
de que entre o órgão ou a autoridade que proferiu o ato recorrido e o
órgão a que se endereça o recurso não há relação hierárquica,
embora eles possam ser localizados na mesma pessoa jurídica.

OBS: os recursos hierárquicos impróprios podem ser interpostos apenas se


houver previsão legal que expressamente os preveja, designando a
autoridade ou o órgão competente com competência para apreciar e decidir o
recurso.

4 CONTROLE LEGISLATIVO
O controle legislativo ou controle parlamentar é exercido pelos órgãos do
Poder Legislativo em relação a determinados atos praticados pela
Administração Pública.
Caracteriza-se por ser um controle externo, exercido nos exatos termos e
limites previstos no texto constitucional.
No entanto, o controle que o Poder Legislativo efetua sobre sua própria
atuação administrativa não se distingue do controle fundado no poder de
autotutela.

5
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. E atual. – Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 348 e 349.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

4.1 Controle parlamentar direto


O controle parlamentar direto são as hipóteses de controle efetuadas
pessoalmente pelos parlamentares, pelas mesas legislativas ou por
intermédio das comissões do Poder Legislativo.
Art. 49, X, CF/88 – compete ao Congresso Nacional fiscalizar e controlar,
diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta.
Art. 49, V, CF/88 – compete ao Congresso Nacional sustar os atos
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa. (ver art. 84, IV e 68, §, 2°).
Art. 49, IX, CF/88 - é competência exclusiva do Congresso Nacional julgar
anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os
relatórios sobre a execução dos planos de governo.
Art. 71, caput – é competência do Congresso Nacional, auxiliado pelo
Tribunal de contas da União, exercer a fiscalização contábil, financeira e
orçamentária federal.

4.2 Fiscalização contábil, financeira e orçamentária


Art. 70, CF/88 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros,
bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome
desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

4.3 Controle externo exercido pelos tribunais de contas


Apesar de o STF não considerar os Tribunais de contas entre os órgãos do
Poder Legislativo, alguns doutrinadores, dentre eles José dos Santos Carvalho
Filho, considera que as Cortes de Contas são órgãos financeiros integrantes
do Poder Legislativo das diversas esferas da Federação.
Os tribunais de contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo. Não existe
hierarquia entre os tribunais de contas e o Poder Legislativo.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Segundo a professora Di Pietro, predomina atualmente na doutrina e


jurisprudência brasileiras o entendimento de que as decisões dos Tribunais
de Contas são meramente administrativas, ou seja, não são capazes de
produzir a chamada “coisa julgada judicial”. Por não emanarem de órgãos
integrantes do Poder Judiciário (que tem o monopólio da jurisdição), as
decisões das Cortes de Contas formam apenas a coisa julgada
administrativa.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido


com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta
dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público
federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de
natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e
demais entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital
social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer
de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e


sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos
apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo
Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as
medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa
dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal
decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa
terão eficácia de título executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente,
relatório de suas atividades.
OBS: o TCU apenas aprecia as contas do Presidente da República,
emitindo parecer prévio, sendo assim, o TCU não julga as contas do
Presidente, pois essa é uma das competências do Congresso Nacional. No
entanto, o TCU julga as contas dos demais administradores públicos.

5 CONTROLE JUDICIAL
É o controle realizado pelos órgãos do Poder Judiciário, no desempenho de
atividade jurisdicional, sobre atos administrativos praticados pelo Poder
Executivo, bem como sobre os atos administrativos editados, no exercício da
função administrativa, pelo Poder Legislativo e pelo próprio Poder Judiciário.
Assim, podemos afirmar que o controle judicial pode incidir sobre atividades
administrativas em todos os poderes do Estado.
O controle judicial é exclusivamente sobre a legalidade e legitimidade
dos atos administrativos, nunca sobre o mérito administrativo.
Normalmente o controle judicial é posterior à prática do ato.

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O Poder Judiciário, no exercício da função judicante, somente age mediante


provocação do interessado ou do legitimado.
No exercício do controle jurisdicional dos atos administrativos, somente
poderá ser decretada a anulação dos atos administrativos, porquanto a
revogação decorre de controle administrativo de mérito.
Segundo o STF, o controle jurisdicional dos atos administrativos não viola o
princípio constitucional da separação dos poderes (RE 804690).
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é órgão interno de controle
administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário.

5.1 Meios judiciais de controle dos atos administrativos


a) mandado de segurança
b) ação popular
c) ação de improbidade administrativa
d) ação civil pública
e) mandado de injunção
f) habeas corpus
g) habeas data

6 QUESTÕES COMENTADAS:
1.(2013/CESPE/DPE-ES/Estágio – Direito)
Em relação ao controle da administração pública, assinale a opção correta.
a) Dada a inafastabilidade do controle externo da administração pública pelo
Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo, admite-se a renúncia pontual do
controle interno pelos órgãos de controle do Poder Executivo.
b) A autotutela não se inclui entre os tipos de controle da administração
pública.
c) O controle da administração pública pode ser interno e externo.
d) O controle da administração pública restringe-se ao mérito da atividade
administrativa sujeita a controle.
e) Não podem os administrados participar das ações de controle da
administração pública, uma vez que constituem prerrogativas exclusivas dos
agentes públicos provocar o procedimento de controle, bem como realizá-lo.

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Gabarito: C
Comentários:
Letra a: Errada. De acordo com o art. 74 da CF/88, os Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno. Assim, a alternativa erra ao afirmar que o Poder Executivo poderia
renunciar, pontualmente, o exercício do controle interno. Por fim, vale
ressaltar que não é possível qualquer tipo de renúncia ao controle interno em
nenhum dos Poderes.
Letra b: Errada. A autotutela é a possibilidade de a administração rever os
seus próprios atos, anulando os atos ilegais ou revogando os atos
inconvenientes e inoportunos. Esse poder/dever da administração possui
fundamento na Súmula n. 473/STF. Ao contrário do que afirma a alternativa,
a autotutela é um dos tipos de controle da administração pública. Por fim, não
confundir autotutela com a tutela administrativa, que é o controle exercido
pela administração direta nas entidades da administração indireta, também
chamado de controle finalístico ou supervisão ministerial.
Letra c: Correta. Realmente o controle da administração pública pode ser
interno ou externo. Interno: é o controle que cada um dos Poderes exerce
sobre seus próprios atos e agentes. É o poder de autotutela que cada Poder
exerce sobre os seus próprios atos. Externo: é o controle exercido por um
Poder sobre os atos administrativos praticados por outro Poder.
Letra d: Errada. Quanto a natureza ou o aspecto controlado, o controle pode
ser de mérito ou de legalidade. Assim, errada a alternativa ao afirmar que o
único aspecto controlado seria o mérito dos atos administrativos, há também
controle de legalidade dos atos.
Letra e: Errada. Os administrados podem sim participar das ações de
controle da administração pública, exemplo disso temos a ação popular, o
mandado de segurança, o habeas corpus, etc.
---------------------------------------------------------------------------------------
2. (2010/CESPE/DETRAN-ES/Administrador)
O controle que a Controladoria Geral da União exerce sobre o Ministério dos
Transportes denomina-se controle externo.
Gabarito: Errado
Comentários:
A Controladoria Geral da União (CGU) é órgão pertencente ao Poder
Executivo, assim como o Ministério dos Transportes também o é. Quando um
órgão exerce controle administrativo sobre outro órgão de um mesmo Poder,

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o controle é INTERNO, e não externo como afirma a questão. Já vimos que o


controle externo é aquele exercido por um Poder sobre os atos
administrativos praticados por outro Poder.
---------------------------------------------------------------------------------------
3 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia)
Acerca do controle da administração, assinale a opção correta.
a) O controle por vinculação possui caráter externo, pois é atribuído a uma
pessoa e se exerce sobre os atos praticados por pessoa diversa.
b) Controle interno é o que se consuma pela verificação da conveniência e
oportunidade da conduta administrativa.
c) O controle de legalidade é controle externo na medida em que é
necessariamente processado por órgão jurisdicional.
d) Controle administrativo é a prerrogativa que a administração pública
possui de fiscalizar e corrigir a sua própria atuação, restrita a critérios de
mérito.
e) O controle que a União exerce sobre a FUNAI caracteriza-se como controle
por subordinação, uma vez que esta é uma fundação pública federal.
Gabarito: A
Comentários:
Letra a: Correta Controle por vinculação é quando não há relação de
subordinação entre as pessoas controladas, ocorre entre a administração
direta sobre os atos das entidades da administração indireta. Assim, acerta a
alternativa ao afirmar que o controle possui caráter externo, pois, no caso, há
duas pessoas jurídicas diferentes e não há subordinação entre elas, apenas
vinculação. Fique atento se a sua prova afirmar que o controle realizado
dentro de um mesmo Poder será interno. Nem sempre, veja que nesse caso,
ainda que o controlador e o controlado pertencessem ao Poder Executivo, o
controle é externo.
Letra b: Errada. O controle Interno é o controle que cada um dos Poderes
exerce sobre seus próprios atos e agentes. É o poder de autotutela que cada
Poder exerce sobre os seus próprios atos. Desse modo, o controle pode ser
pela verificação da conveniência e oportunidade como também poderá ser
verificada a legalidade dos atos praticados pela administração.
Letra c: Errada. O controle de legalidade pode ser interno ou externo. Será
interno quando exercido no poder de autotutela da administração. Será
externo quando, por exemplo, o Poder Judiciário avaliar aspectos de

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legalidade de atos praticados por outro Poder. Perceba que o controle de


legalidade não é necessariamente processado por um órgão jurisdicional.
Letra d: Errada. Realmente o controle administrativo é a prerrogativa que a
administração pública possui de fiscalizar e corrigir a sua própria atuação. No
entanto, pode-se verificar critérios de mérito ou de legalidade dos seus atos.
Mais uma vez a banca cobra o conhecimento da Súmula n. 473/STF,
muitíssimo importante para a sua prova, o poder de autotutela da
administração.
Letra e: Errada O controle que a União exerce sobre a FUNAI caracteriza-se
como controle por vinculação (e não subordinação como afirma a alternativa).
Observe que, mesmo não sabendo se a FUNAI é realmente uma fundação
pública federal, você poderia acertar a alternativa sabendo que o controle da
administração direta sobre os atos da administração indireta é controle por
vinculação, finalístico ou supervisão ministerial.
---------------------------------------------------------------------------------------
4 (2010/CESPE/TRE-MT/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
A respeito do controle da administração, assinale a opção correta.
a) Controle de mérito é aquele em que o órgão controlador faz o confronto
entre a conduta administrativa e uma norma jurídica vigente e eficaz, que
pode estar na CF ou em lei complementar ou ordinária.
b) Na medida em que o controle de legalidade dos atos dos Poderes Executivo
e Legislativo é exercido apenas pelo Poder Judiciário, ele se caracteriza como
um controle externo, e não interno.
c) Denomina-se controle por vinculação, e não por subordinação, o controle
exercido por um ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são
afetas.
d) O controle exercido pelo Poder Legislativo sobre a administração pública é
de caráter exclusivamente político.
e) Segundo a CF, o controle externo da administração pública federal é
exercido pelo Tribunal de Contas da União, tanto sob os aspectos de
legalidade e legitimidade quanto sob os de economicidade, aplicação de
subvenções e renúncia de receitas.
Gabarito: C
Comentários:
Letra a: Errada. O disposto na alternativa é o controle de legalidade, e não
de mérito. O controle de mérito é a verificação da oportunidade e

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

conveniência administrativas do ato controlado. Trata-se de uma atuação


discricionária exercida por quem editou o ato.
Letra b: Errada. O controle de legalidade dos atos dos Poderes Legislativo e
Executivo não é exercido apenas pelo Judiciário. No exercício da autotutela
dos atos, qualquer um dos Poderes pode exercer o controle de legalidade dos
seus atos, sendo um controle interno. Quando o Poder Judiciário exerce o
controle do atos dos outros Poderes, aí sim, será externo.
Letra c: Correta. Exatamente isso. Para a maioria da doutrina e bancas de
concurso, o controle exercido pelos órgãos da administração direta sobre as
entidades da administração indireta é controle por vinculação e de caráter
externo, ainda que dentro de um mesmo Poder (no caso, Poder Executivo).
Letra d: Errado. O controle realizado pelo Poder Legislativo não é
exclusivamente político (direto), também pode ser técnico-financeiro
(indireto), realizado com o auxílio dos tribunais de contas. Cuidado com os
termos que restringem ou extrapolam demais nas provas de concursos,
normalmente elas tornam as questões ou alternativas falsas, porquanto no
direito a grande maioria das regras possuem exceções.
Letra e: Errado. Segundo o art. 71 da CF, o controle externo será exercido
pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
---------------------------------------------------------------------------------------
5 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Considere duas situações hipotéticas:
I. o Congresso Nacional decide apurar a legalidade de ato administrativo
praticado pelo presidente de autarquia federal;
II. o Congresso Nacional anulou ato normativo do Poder Executivo que
exorbitou do poder regulamentar.
No que concerne ao controle legislativo, especificamente ao controle político
exercido pelo Poder Legislativo sobre a Administração pública,
a) ambas as hipóteses estão corretas.
b) ambas as hipóteses estão incorretas, pois extrapolam os limites do
controle legislativo exercido sobre os atos da Administração pública.
c) está correta apenas a primeira hipótese; no item II, cabe ao Congresso tão
somente sustar atos normativos do Executivo que exorbitem do poder
regulamentar.
d) está correta apenas a segunda hipótese; no item I, compete
exclusivamente ao Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

por qualquer das Casas, os atos do Poder Executivo, não abrangendo, no


entanto, a administração indireta.
e) ambas as hipóteses estão incorretas, pois foram citadas atribuições
exclusivas do Senado Federal no exercício do controle legislativo.
Gabarito: C
Comentários:
A primeira realmente está correta e possui fundamento no art. 49, X, da
CF/88, que assim dispõe: X – fiscalizar e controlar, diretamente, ou por
qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta.
A segunda está incorreta, porquanto, de acordo com o art. 49, V, da CF/88,
cabe ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo
que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
---------------------------------------------------------------------------------------
6 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
Assinale a opção correta a respeito do controle da administração pública.
a) As ações judiciais que tenham por objeto atos administrativos praticados
por órgãos do Poder Judiciário constituem exemplos de controle externo.
b) Dada a presunção de legitimidade dos atos administrativos, não se pode
falar em controle preventivo desses atos.
c) Por força do princípio da eficiência, não cabe falar em controle
concomitante de um ato administrativo, sob risco de entraves desnecessários
à consecução do interesse público.
d) O recurso administrativo ilustra o chamado controle provocado, que se
opõe ao controle de ofício, por ser deflagrado por terceiro
e) O controle de legalidade é prerrogativa do controle judicial.
Gabarito: D
Comentários do professor Herbert Almeida do estratégia concursos:
Letra a: Errado. O controle externo é aquele realizado por um poder sobre
os atos do outro. Quando o próprio Judiciário analisa os seus atos
administrativos, ainda que mediante ação judicial, o controle será exercido
pelo próprio Poder sobre os seus atos. Logo, tal controle não estaria inserido
no conceito de controle externo.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Letra b: Errado. O controle dos atos pode sim ser preventivo. Como
exemplo, temos o mandado de segurança preventivo, que tem por objetivo
evitar que uma autoridade pública cometa um abuso de poder.
Letra c: Errado. O controle dos atos administrativos pode ser prévio,
concomitante e posterior. Em regra, o controle é posterior, ou seja, é
realizado após a prática de um ato, como ocorre na realização de uma
auditoria de uma obra já concluída. No entanto, em determinados casos, o
controle poderá ser prévio ou concomitante, sobretudo quando os valores
envolvidos forem elevados. Imagine, por exemplo, a realização da auditoria
simultaneamente com a realização de uma licitação para uma obra de valor
elevadíssimo.
Letra d: Correto. De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, o controle
divide-se em controle de ofício e controle provocado. O primeiro é realizado
pela própria Administração, no regular exercício de suas funções,
independentemente de provocação de terceiros. Por outro lado, o controle
provocado é aquele deflagrado por terceiros, tendo como principal exemplo os
recursos administrativos.
Letra e: Errado. O controle de legalidade é realizado tanto pela
Administração como pelo Poder Judiciário. Assim, na ideia do avaliador, o
quesito é errado, pois passaria a ideia de que o controle de legalidade seria
realizado apenas por meio do controle judicial, o que é incorreto, já que ele
pode ser feito também no controle administrativo. Ocorre que dizer que é
uma "prerrogativa" não significa que é "exclusivo" do Poder Judiciário. De
fato, o controle de legalidade é uma prerrogativa do controle judicial, o que
não exclui o fato de ele também ser uma prerrogativa do controle
administrativo. Para ser considerado incorreto, deveria constar que seria uma
"prerrogativa exclusiva", mas isso não consta na questão. Logo, o item
também está certo, o que leva à anulação da questão – para o Cespe
ERRADA, mas o item pode ser considerado como CORRETO.
---------------------------------------------------------------------------------------
7 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Os atos da Administração pública estão sujeitos a controle externo e interno.
O controle exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas,
a) dá-se sobre atos e contratos firmados pela Administração pública, não
sendo exercido, contudo, antes da celebração dos referidos instrumentos.
b) inclui a análise dos editais de licitação publicados, permitindo a
modificação da redação daqueles instrumentos, especialmente no que se

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

refere à habilitação, a fim de preservar a igualdade entre os participantes do


certame.
c) autoriza a suspensão de atos e contratos celebrados pela Administração
pública quando, instada a revogá-los ou anulá-los, não o fizer no prazo
fixado.
d) possibilita a sustação de atos pelo Tribunal de Contas, quando a
Administração pública não sanar os vícios indicados pelo mesmo.
e) permite a sindicância das licitações realizadas pela Administração direta e
indireta, com a anulação de editais e contratos deles decorrentes sempre que
houver vício de legalidade insanável.
Gabarito: D
Comentários:
Letra a: Errado. Realmente o controle legislativo exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dá-se sobre atos e contratos firmados com a
administração pública, podendo, contudo, esse controle ser efetuado antes,
durante ou depois da celebração dos referidos instrumentos. Assim, podemos
afirmar que o controle dos TCs pode ser prévio, concomitante ou posterior
sobre os atos e contratos firmados com a administração pública.
Letra b: Errado. Não há previsão constitucional para autorizar os Tribunais
de Contas alterar a redação de editais, mesmo no que se refere à fase de
habilitação.
Letra c: Errado. As Cortes de Contas, amparadas no art. 71, X, da CF/88,
podem apenas sustar os atos administrativos praticados em desacordo pela
administração pública. No caso dos contratos, apenas o Congresso Nacional
tem competência para suspender. Por fim, vale ressaltar que as Cortes de
Contas não podem instar a revogação dos atos administrativos praticados
pela administração pública, pois a revogação é avaliação do mérito do ato,
calcado no poder de autotutela da administração pública.
Letra d: Correto. É o que preceitua o art. 71, X da CF/88: X – sustar, se não
atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara
dos Deputados e ao Senado Federal.
Letra e: Errado. Não é permitida a anulação de contratos administrativos
pelas Cortes de Contas, não há previsão constitucional para revogação ou
anulação de contratos celebrados pela administração pública.
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8 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa)

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O controle exercido pela Administração direta sobre a Administração indireta


denomina-se
a) poder de tutela e permite a substituição de atos praticados pelos entes que
integram a Administração indireta que não estejam condizentes com o
ordenamento jurídico.
b) poder de revisão dos atos, decorrente da análise de mérito do resultado,
bem como em relação aos estatutos ou legislação que criaram os entes que
integram a Administração indireta.
c) controle finalístico, pois a Administração direta constitui a instância final de
apreciação, para fins de aprovação ou homologação, dos atos e recursos
praticados e interpostos no âmbito da Administração indireta.
d) poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle
finalístico, que analisa a aderência da atuação dos entes que integram a
Administração indireta aos atos ou leis que os constituíram.
e) poder de autotutela, tendo em vista que a Administração indireta integra a
Administração direta e, como tal, compreende a revisão dos atos praticados
pelos entes que a compõem quando não guardarem fundamento com o
escopo institucional previsto em seus atos constitutivos.
Gabarito: D
Comentários professor Herbert Almeida, do estratégia dos concursos.
Letra a: Errado. A tutela trata-se de um controle de finalidade. Logo, como
não há hierarquia, não cabe à Administração direta, em regra, substituir ou
anular atos da Administração indireta (isso até pode ocorrer, mas em
situações excepcionalíssimas).
Letra b: Errado. Conforme já vimos, não há, em regra, poder de revisão dos
atos da Administração indireta pela Administração direta. A revisão pressupõe
a existência de hierarquia, que não ocorre nessa relação.
Letra c: Errado. De fato, há um controle finalístico. Porém, a Administração
direta não é instância de revisão dos atos da Administração indireta, de tal
forma que não existe essa “homologação” ou “aprovação”.
Letra d: Correto. O princípio da tutela (ou do controle) trata do controle
da Administração direta sobre a indireta. Em tal situação, não existe
subordinação, mas apenas vinculação, para fins de tutela ou controle
finalístico. Tal controle tem por finalidade apurar se a atuação da
Administração indireta está alinhada às suas finalidades legais, ou seja, se as
entidades administrativas estão cumprindo as finalidades constantes em suas

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leis de criação (ou de autorização). Trata-se aqui, também, da aplicação de


um outro princípio, o da especialidade.
Letra e: Errado. A autotutela é o controle que a Administração exerce sobre
os seus próprios atos, para anulá-los ou revogá-los, conforme o caso. Logo,
não trata do controle da Administração direta sobre a indireta. Além disso,
esta não faz parte daquela.
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9 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
O poder de fiscalização que a Secretaria de Estado de Educação do DF exerce
sobre fundação a ela vinculada configura controle administrativo por
subordinação.
Gabarito: Errado
Comentários:
O poder de fiscalização que uma Secretaria exerce sobre uma entidade da
administração indireta configura controle administrativo por vinculação. Não
há qualquer forma de subordinação entre órgãos da administração direta com
as entidades da administração indireta. Além disso, podemos afirmar que
esse controle é administrativo, por vinculação e externo.
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10 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica)
No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.
É garantido ao Poder Judiciário o controle de mérito administrativo dos atos
administrativos, pois lesão ou ameaça a direito não podem ser excluídas da
apreciação de juiz.
Gabarito: Errado
Comentários:
O controle de mérito dos atos administrativos permite avaliar a conveniência
a e oportunidade dos atos, possibilidade dada apenas a quem editou o ato
administrativo a ser controlado.
O Poder Judiciário, na sua função judicante, não pode avaliar aspectos de
mérito dos atos administrativos praticados pela administração pública, sob
pena de violação do princípio da separação dos poderes. Cabe ao Poder
Judiciário avaliar apenas a legalidade dos atos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Por fim, a assertiva afirma que a lesão ou ameaça a direito não podem ser
excluídas da apreciação do juiz. O princípio da inafastabilidade da jurisdição
realmente está previsto no texto constitucional, porém, a referida lesão ou
ameaça deve estar vinculada à ilegalidades e não ao mérito dos atos
administrativos.
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11 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo)
Acerca do regime jurídico-administrativo e do controle da administração
pública, julgue o próximo item.
Uma ação ou omissão que, submetida a controle administrativo quanto à
legalidade, seja considerada correta não poderá ser submetida a nenhuma
outra medida de controle administrativo.
Gabarito: Errado
Comentário professor Herbert Almeida do estratégia dos concursos.
As instâncias de controle administrativo são diversas. Assim, mesmo que uma
ação ou omissão seja submetida a controle administrativo, sendo considerada
lícita, nada impede que outro controle administrativo seja realizado
futuramente. Por exemplo, uma autoridade superior poderá realizar o controle
administrativo sobre determinada medida. Porém, isso não impede que o
órgão de controle interno do Poder também faça o controle. Assim, existem
vários meios para que a sociedade provoque o controle administrativo
(denúncias, recursos administrativos, processos administrativos, etc.),
podendo algumas deles incidirem várias vezes. Logo, não há impedimento de
se realizar um novo controle, dada a autotutela administrativa.
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12 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo)
Acerca do regime jurídico-administrativo e do controle da administração
pública, julgue o próximo item.
O controle judicial pode incidir sobre atividades administrativas realizadas em
todos os poderes do Estado.
Gabarito: Correto
Comentário professor Herbert Almeida do estratégia dos concursos.
Exato! O controle judicial poderá incidir sobre todas atividades
administrativas, de todos os Poderes, em virtude do princípio da
inafastabilidade da tutela jurisdicional (CF, art. 5º, XXXV). Assim, até mesmo

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os atos administrativos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser


objeto de controle judicial, quando o Judiciário for provocado.
Por exemplo: imagine que um órgão administrativo do Poder Judiciário
inabilitou uma empresa em um processo licitatório e a empresa, insatisfeita
com a medida, interpôs um mandado de segurança contra o indeferimento. O
mandado de segurança será apreciado pelo Poder Judiciário, mas no âmbito
da função jurisdicional. Logo, o item está correto.
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13 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado)
Acerca do controle administrativo interno e externo, julgue o item a seguir.
As comissões parlamentares de inquérito são instrumentos de controle
externo destinados a investigar fato determinado em prazo determinado, mas
desprovidos de poder condenatório.
Gabarito: Correto
Comentários:
As CPIs são, de fato, instrumentos por meio dos quais o Poder Legislativo
exerce sua função fiscalizatória, de controle externo. Conforme afirma o
enunciado, as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) não possuem
poder condenatório. A Carta Magna prevê, em seu art. 58, § 3o , que suas
conclusões, se for o caso, deverão ser encaminhadas ao Ministério Público,
para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
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14 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado)
Acerca do controle administrativo interno e externo, julgue o item a seguir.
A CF atribui ao TCU a competência para a apreciação dos atos de concessão e
renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão.
Gabarito: Errado
Comentários:
Segundo o art. 49, XII, CF/88, é competência exclusiva do Congresso
Nacional “apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de
emissoras de rádio e televisão”. Assim, percebemos que não é uma das
competências dadas ao TCU pela Constituição Federal.
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15 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado)
Acerca do controle administrativo interno e externo, julgue o item a seguir.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades de


natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes
Legislativo e Judiciário.
Gabarito: Correto
Comentários:
O controle administrativo é o poder de autotutela da Administração, podendo
rever os seus próprios atos, tanto por motivos de mérito (conveniência e
oportunidade) como por motivos de ilegalidades, por iniciativa própria ou por
provocação. A assertiva acerta ao afirmar que é cabível apenas no exercício
da função administrativa. Vale ressaltar, ainda, que o Poder Executivo exerce
a função administrativa tipicamente e os demais Poderes (Legislativo e
Judiciário) atipicamente.
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16 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado)
Acerca do controle administrativo interno e externo, julgue o item a seguir.
O CNJ é órgão externo de controle administrativo, financeiro e disciplinar do
Poder Judiciário.
Gabarito: Errado
Comentários:
O CNJ é órgão de controle interno do Poder Judiciário, uma vez que integra
a estrutura desse Poder (art. 92, I-A, CF). Tem como missão o controle da
atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário, bem como busca
assegurar o cumprimento dos deveres funcionais pelos juízes.
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17 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Analista - Controle Interno)
A respeito do controle na administração pública, julgue o próximo item.
Na administração pública, uma forma de controle é o sistema de freios e
contrapesos, cuja principal característica é a divisão e a independência dos
poderes da União.
Gabarito: Correto
Comentários do professor Rafael Pereira do QConcursos:
Ao se falar em sistema de freios e contrapesos, a ideia central consiste em
que a Constituição estabelece mecanismos de controle externo a serem
exercidos por cada Poder da República em relação aos demais,
reciprocamente. O controle é externo justamente porque não é exercido no

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

âmbito do próprio Poder, internamente, mas sim por iniciativa de um dos


outros dois Poderes. Um exemplo, apenas para ilustrar, é o controle que o
Poder Judiciário exerce sobre os atos administrativos praticados pela
Administração Pública (em regra, sobre os órgãos e entidades que compõem
o Poder Executivo).
No mais, está correto dizer que há divisão de poderes (Executivo, Legislativo
e Judiciário), bem como que os três são independentes, conforme preconiza
nossa Constituição (CF/88, art. art. 2º).
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18 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil)
Assinale a opção correta a respeito do controle da administração pública.
a) O ato regulamentar que extrapola os limites da lei regulamentada acaba
por vulnerá-la, podendo resultar em controle judicial quanto à sua
constitucionalidade por afronta aos princípios da legalidade e da reserva legal.
b) O poder de fiscalização de uma pessoa jurídica integrante da administração
indireta por ente da administração direta consagra a chamada tutela
administrativa, verdadeiro controle por vinculação que se dá pelas vias
política, institucional, administrativa e financeira.
c) A vedação ao controle judicial do mérito dos atos administrativos não
impede que o Poder Judiciário reavalie de forma ampla os critérios de
correção de banca examinadora em concurso público.
d) Em razão dos princípios da continuidade do serviço público e da eficiência o
controle administrativo deve ser exercido de forma prévia/preventiva ou
posterior/repressiva, sendo descabida a sua realização concomitantemente
com a prática do ato.
e) A discricionariedade administrativa somente é cabível na hipótese de o
administrador se deparar com conceitos jurídicos indeterminados.
Gabarito: B
Comentários:
Letra a: Errado. O ato regulamentar que extrapola os limites da lei
regulamentada sofre controle legislativo e não judicial, consoante o que
dispõe o art. 49, V, da CF/88. Outro aspecto a ser considerado é que os atos
regulamentares sofrem controle de legalidade e não de constitucionalidade.
Apenas as leis em sentido estrito podem ser declaradas inconstitucionais, os
atos ou leis em sentido amplo são declaradas ilegais.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 224


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Letra b: Correto. Exatamente isso. Podemos complementar, ainda, que o


controle da administração direta sobre as entidades da administração indireta
possui caráter externo.
Letra c: Errado. Segundo o STF, o Poder judiciário não pode intervir em
critérios fixados por banca examinadora de concurso (RE 632853). Só cabe ao
Poder Judiciário ingressar no mérito administrativo para rever critérios fixados
por banca examinadora em casos de flagrante ilegalidade ou
inconstitucionalidade.
Letra d: Errado. Quanto ao momento ou oportunidade, o controle
administrativo poderá ser prévio, concomitante ou posterior.
Letra e: Errado. A discricionariedade administrativa também é cabível nos
casos em que a própria lei deixa duas ou mais escolhas para o administrador
público. Assim, haverá discricionariedade administrativa quando a lei assim o
desejar e quando o administrador se deparar com conceitos jurídicos
indeterminados.

19 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil)


Com referência ao controle administrativo, assinale a opção correta.
a) A revogação, pela administração, de ato administrativo que tenha
revogado um primeiro ato produzirá como efeito automático e imediato a
revalidação desse primeiro ato, que passará novamente a surtir efeitos
normalmente.
b) Os atos administrativos cujos efeitos já se tenham exaurido integralmente
são insuscetíveis de revogação.
c) O exercício da autotutela, poder-dever da administração, é amplo e
dispensa a instauração de procedimento administrativo, ainda que potenciais
interesses individuais sejam atingidos.
d) Situação hipotética: Lúcio, indivíduo de boa-fé, logrou a manutenção dos
efeitos já produzidos por ato administrativo posteriormente declarado nulo.
Assertiva: Nessa situação, por força da isonomia, aquele que detiver
situação jurídica idêntica à de Lúcio terá direito à extensão dos mesmos
efeitos jurídicos produzidos pelo ato anulado.
e) Um ato administrativo pode ser anulado em decorrência de pressupostos
de conveniência e oportunidade da administração ou devido à ilegalidade do
ato. Nesse caso, será desnecessária a instauração de processo administrativo
para a oitiva de interessados.
Gabarito: B
Comentários professor Rafael Pereira do QConcursos

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 225


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Letra a: Errado. Para se responder corretamente esta alternativa, basta


recordar que a revogação implica um reexame de mérito do ato, por razões
de conveniência e oportunidade, em razão do interesse público. Assim, o ato
"A" pode ter atendido ao interesse público durante certo período. Passado
algum tempo, veio o ato "B" e o revogou, estabelecendo novas providências,
mais consentâneas com o interesse público de momento. Novamente após
certo período, vem o ato "C" e revoga "B", com novas diretrizes. Basta
perceber que o conteúdo do ato "C" não necessariamente será idêntico ao do
ato "A". Não há que se falar, portanto, em restauração automática dos efeitos
do primeiro ato. Se a Administração quiser restabelecer os efeitos do primeiro
ato revogado, terá de fazê-lo expressamente, o que corresponderá a um novo
ato, apenas de conteúdo idêntico ao primeiro.
No sentido do acima exposto, a lição de José dos Santos Carvalho Filho:
"(...)a só revogação não terá o efeito de repristinar o ato revogado, porque a
isso se opõe o art. 2º, §3º, da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, conquanto destinada a norma às leis revogada e revogadora. Na
verdade, não se pode mais conceber que o ato revogado, expungido do
universo jurídico, ressuscite pela só manifestação de desistência do ato
revogador." (Manual de Direito Administrativo, 26ª edição, 2013, p. 171).
Letra b: Correto. De fato, não faz sentido pretender revogar atos que já
exauriram seus efeitos, porquanto o objetivo do ato de revogação consiste
exatamente em fazer cessar os efeitos do ato, dali para frente. Ora, se tais
efeitos já foram integralmente produzidos, a revogação se revela descabida.
Letra c: Errado. A assertiva se revela em manifesto confronto com a
jurisprudência do STF, firmada no RE 594.296/MG, rel. Min. Dias Toffoli, na
linha da qual qualquer ato da Administração Pública capaz de repercutir sobre
a esfera de interesses do cidadão deve ser precedido de procedimento em
que se assegure, ao interessado, o efetivo exercício das garantias do
contraditório e da ampla defesa, em regular processo administrativo.
Letra d: Errado. A presente assertiva contraria, de forma bem direta, a
doutrina de José dos Santos Carvalho Filho, na linha do qual: "(...)são
inteiramente destituídos de amparo legal os pedidos formulados à
Administração ou ao Judiciário por alguns interessados, no sentido de lhes
serem estendidos, por equidade, os efeitos de ato administrativo nulo
anterior. A ilegalidade não pode ser suporte de extensão outras ilegalidades,
nem mesmo encontra eco em qualquer aspecto da equidade." (Obra citada,
p. 164)
Letra e: Errado. Não cabe anular ato administrativo por razões de
conveniência e oportunidade. A hipótese seria de controle de mérito, inerente
ao instituto da revogação, e não da anulação. Ademais, conforme comentado
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 226
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

na opção "a", é preciso, sim, instaurar procedimento administrativo prévio,


oportunizando-se o contraditório e a ampla defesa aos eventuais
interessados.
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20 (2016/FCC/SEGEP-MA/Tecnologia da Informação)
O Poder Judiciário exerce o controle
a) interno da Administração pública, podendo controlar tanto o mérito do ato
administrativo, quanto a sua forma.
b) externo da Administração pública, podendo decidir sobre o mérito do ato
administrativo, mas não sobre sua legalidade.
c) administrativo da Administração pública, podendo controlar tanto o mérito
do ato administrativo, quanto a sua forma.
d) externo da Administração pública, podendo decidir sobre a legalidade do
ato administrativo, mas não sobre o seu mérito.
e) interno da Administração pública, podendo decidir sobre a legalidade do
ato administrativo, mas não sobre o seu mérito.
Gabarito: D
Comentários:
Desnecessário analisarmos todas as alternativas. Vamos fazer um pequeno
resumo sobre o controle judicial exercido, obviamente, pelo Poder Judiciário:
- é controle externo
- visa analisar aspectos de legalidade e legitimidade dos atos da
administração.
- NÃO analisa o mérito dos atos administrativos.
- é controle judicial (não é administrativo e nem legislativo).
- via de regra é realizado posteriormente à edição dos atos (mas pode
ser prévio também. Ex. mandado de segurança preventivo).
- age somente mediante provocação do interessado ou do legitimado.
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21 (2016/CESPE/TCE-PR/Todos os Cargos)
A respeito do controle judicial dos atos administrativos, assinale a opção
correta.
a) Em razão da presunção de legitimidade e autoexecutoriedade do ato
administrativo, o controle judicial deste se dá, em regra, posteriormente à

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 227


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

sua edição, podendo, todavia, ocorrer de forma prévia, a fim de evitar


ameaça de lesão a direito.
b) No ordenamento jurídico pátrio, inexiste hipótese em que o acesso ao
Poder Judiciário somente seja admitido após o esgotamento da instância
administrativa.
c) A ação de improbidade administrativa é meio de controle judicial de
condutas de improbidade praticadas no âmbito da administração pública, para
as quais são previstas penalidades de cassação dos direitos políticos, perda
da função pública e ressarcimento ao erário, entre outras.
d) Em razão do sistema do contencioso administrativo, adotado no Brasil,
determinadas causas, quando julgadas em última instância na esfera
administrativa, não podem ser reapreciadas pelo Poder Judiciário.
e) Com base no princípio da inafastabilidade da jurisdição, o Poder Judiciário
pode reapreciar o mérito dos atos administrativos relativamente aos critérios
de oportunidade e conveniência utilizados pelo administrador público.
Gabarito: A
Comentários do professor Herbert Almeida do Estratégia dos
concursos:
Letra a: Correto. Os atos administrativos gozam dos atributos da presunção
de veracidade e legitimidade, da autoexecutoriedade, da imperatividade e da
tipicidade. A presunção de legitimidade significa que os atos administrativos
presumem-se lícitos; ao passo que a autoexecutoriedade permite que
determinados atos sejam executados de forma direta e imediata pela
Administração, sem precisar recorrer ao Judiciário. No entanto, isso não
significa que o Judiciário não poderá exercer o controle sobre esses atos,
inclusive por meio de medidas preventivas, que venham a impedir a atuação
administrativa. Dessa forma, o Judiciário realizar, como regra, um controle a
posteriori, mas existem situações em que o particular poderá pleitear um
controle prévio, a exemplo do mandado de segurança preventivo.
Letra b: Errado. Em regra, o particular poderá ir ao Judiciário recorrer
contra lesão ou ameaça de lesão de direito a qualquer momento,
independentemente do fim das instâncias administrativas. No entanto,
existem exceções, isto é, existem casos em que, primeiro, deve-se esgotar a
análise administrativa: (i) habeas data; (ii) controvérsias desportivas (CF, art.
217, § 1º); (iii) reclamação contra o descumprimento de súmula vinculante.
Letra c: Errado. As ações de improbidade administrativa poderão ensejar,
entre outras, as seguintes sanções (CF, art. 37, § 4º): “suspensão dos

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 228


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o


ressarcimento ao erário”.
Letra d: Errado. Existem dois sistemas de controle que costumam ser
adotados em um país. O sistema francês (ou do contencioso
administrativo, ou da dualidade de jurisdição), e os sistema inglês (ou de
jurisdição única). No primeiro caso, as causas administrativas encerram-se no
próprio âmbito administrativo; ao passo que, no segundo sistema, somente o
Judiciário terá capacidade de decidir com força de coisa julgada. O sistema
adotado no Brasil é o sistema inglês (jurisdição única) e não o contencioso
administrativo. Logo, as causas julgadas na última instância administrativa,
podem ser reapreciadas no Poder Judiciário.
Letra e: Errado. O Poder Judiciário realiza um controle de legalidade dos
atos administrativos, podendo analisar até mesmo atos discricionários. No
entanto, a análise do Judiciário não adentra no mérito, isto é, nos critérios de
conveniência e oportunidade, cuja análise é prerrogativa da Administração.
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22 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual)
São finalidades do controle interno da Administração pública, EXCETO:
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União.
c) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado.
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
e) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar
do seu recebimento.
Gabarito: E
Comentários:
Para respondermos essa questão basta analisarmos o disposto no art. 74 da
CF/88:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 229


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a


execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades
perante o Tribunal de Contas da União.
Podemos observar que a alternativa “e”é uma das atribuições do Tribunal de
Contas da União, conforme previsto no art. 71, I, da CF/88.
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23 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista - Gestão Pública)
Concernentes ao controle judicial, considere:
I. Alguns atos da Administração pública não podem ser examinados pelo
Poder Judiciário, como, por exemplo, os gerais e os unilaterais.
II. Haverá invasão do mérito do ato administrativo, quando o Poder Judiciário
apreciar os motivos de tal ato, isto é, os fatos que precederam a elaboração
do ato.
III. Os Regimentos dos órgãos públicos, em regra, não são apreciados pelo
Poder Judiciário, exceto se ferirem direitos individuais e coletivos.
Está correto o que consta em
a) II, apenas.
b) I, II e III.
c) I, apenas.
d) III, apenas.
e) II e III, apenas.
Gabarito: D

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 230


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Comentários do professor Rafael Pereira do QConcursos:


Julguemos cada assertiva, em busca da resposta correta:
I- Errado: Atos gerais são aqueles que não apresentam destinatários certos.
São atos dotados de generalidade e abstração, isto é, atos de caráter
normativo. Unilaterais, por outro lado, são aqueles que dependem
unicamente da manifestação de vontade da Administração Pública.
Tanto os gerais quanto os unilaterais são plenamente passíveis de controle
judicial, bastando, para tanto, que causem lesão ou ameaça a direitos, nos
termos do art. 5º, XXXV, CF/88.
II- Errado: Nada impede que o Poder Judiciário examine os motivos do ato
administrativo, desde que se atenha à realização de controle de legalidade, e
não para substituir os critérios utilizados pelo Administrador por outros. Aí
sim, estará exercendo controle de mérito, o que lhe é vedado.
III- Certo: Como regra geral, de fato, há uma tendência do Poder Judiciário
de entender que os Regimentos Internos dos órgãos públicos constituem o
que se denomina como atos interna corporis, razão pela qual, uma vez mais,
em regra, não são examinados pelo Judiciário. Todavia, se houver violação a
direitos, ou mesmo ameaças fundadas, como decorrência da aplicação de tais
Regimentos, podem, sim, ser objeto de controle judicial. Correta, portanto, a
presente assertiva.
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24 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
A respeito de reparação de danos, sindicância e processo administrativo, e
controle interno da administração pública, julgue o item seguinte.
O controle interno instituído pela Constituição Federal de 1988 foi mais um
instrumento para a garantia da legalidade das ações nos órgãos e nas
entidades da administração pública federal.
Gabarito: Correto
Comentários:
Essa é uma daquelas questões que, de tão óbvias, a maioria dos candidatos
fica procurando algum erro. Porém, é isso mesmo, o controle interno foi
instituído para ser mais uma forma de garantir a legalidade dos atos da
administração pública. Veja o que dispõe o inciso II do art. 74 da CF/88:
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 231


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entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos


públicos por entidades de direito privado;
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25 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Julgue o item a seguir, acerca de controle da administração pública.
O órgão de controle administrativo que decidir pelo cancelamento de ato
válido, em virtude de considerações de natureza administrativa, deverá
realizá-lo por meio de ato de anulação.
Gabarito: Errado
Comentários:
Nessa questão, a banca misturou os assuntos de controle da administração
pública e formas de extinção dos atos administrativos. Vamos por partes para
que fique bem claro.
Primeiramente devemos descobrir qual o tipo de controle que está sendo
realizado (o órgão de controle administrativo...). Assim, já sabemos que é
controle interno e esse controle poderá ser de mérito (conveniência e
oportunidade) ou de legalidade.
Cancelar um ato válido, em outras palavras, é o mesmo que dizer revogar um
ato por motivos de conveniência e oportunidade. Vimos que, se um ato é
válido, ele só poderá ser revogado, nunca podemos anular um ato válido.
Anulação somente para atos inválidos.
Por fim, “considerações de natureza administrativa” nada mais é do que
conveniência e oportunidade da administração (mérito administrativo).
Com efeito, a questão erra justamente por afirmar que o ato deveria ser
anulado, quando na verdade o ato deveria ser revogado.
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26 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Julgue o item a seguir, acerca de controle da administração pública.
O sistema de contencioso administrativo ocorre no âmbito de tribunais de
competência especializada que não integram a estrutura do Poder Judiciário,
cujas sentenças são dotadas de força de coisa julgada.
Gabarito: Correto
Comentários:
Exato. Existem duas formas adotadas pelos Estados para solucionar os
litígios decorrentes da sua atuação.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 232


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

1 Sistema francês ou do contencioso administrativo:


- dualidade de jurisdição;
- o Poder Judiciário não pode intervir nas funções administrativas;
- a própria Administração resolve as lides administrativas.
2 Sistema inglês ou de jurisdição única:
- todos os litígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único competente
para proferir decisões com autoridade final e conclusiva, com força de coisa
julgada.

Sistema administrativo brasileiro:


- sistema inglês ou de jurisdição única. As decisões dos órgãos
administrativos, em regra, não tem caráter conclusivo perante o Poder
Judiciário, podendo ser revistas na via judicial.
OBS: o que caracteriza o sistema é a predominância da jurisdição comum
(formada pelos órgãos do Poder Judiciário) ou da especial (formada pelos
tribunais de natureza administrativa), e não a exclusividade de uma ou
outra. Isso porque, segundo ensina Hely Lopes Meireles, nenhum país possui
um sistema de controle puro, seja através do Poder Judiciário, seja através de
tribunais administrativos.
---------------------------------------------------------------------------------------
27 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Com fundamento nos conceitos e na legislação a respeito de controle na
administração pública, julgue o item a seguir.
Recursos administrativos constituem meios hábeis para propiciar o reexame
de decisão interna de um órgão da administração por órgão correspondente
de outro Poder ou de outra esfera.
Gabarito: Errado
Comentários:
Os recursos administrativos são instrumentos formais de controle
administrativo que o interessado pleiteia para a reapreciação de atos ou
decisões proferidas pela administração.
Devem ser interpostos através de petição escrita à autoridade superior àquela
que proferiu a decisão administrativa. Desse modo, a assertiva erra ao
afirmar que a reexame será realizado por outro Poder ou esfera. O reexame
de um recurso sempre será dentro de um mesmo Poder.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 233


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

---------------------------------------------------------------------------------------
28 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Com fundamento nos conceitos e na legislação a respeito de controle na
administração pública, julgue o item a seguir.
O controle exercido sobre as entidades da administração indireta é de caráter
essencialmente finalístico, pois elas não estão sujeitas à subordinação
hierárquica, embora tenham de se enquadrar nas políticas governamentais e
atuar em consonância com as disposições de seus estatutos.
Gabarito: Correto
Comentários:
O controle da administração direta sobre as entidades da administração
indireta é finalístico, externo, por vinculação e restrito às disposições
previstas na lei de criação dessas entidades.
---------------------------------------------------------------------------------------
29 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
A respeito dos conceitos doutrinários relativos ao controle da administração
pública, julgue o item a seguir.
O tribunal de contas que executar atividades de fiscalização sobre os atos de
gestão financeira da administração pública exercerá sua função jurisdicional.
Gabarito: Errado
Comentários:
No caso, a função exercida será a função fiscalizadora, que é administrativa e
não jurisdicional.
Segundo a professora Di Pietro, predomina atualmente na doutrina e
jurisprudência brasileiras o entendimento de que as decisões dos Tribunais
de Contas são meramente administrativas, ou seja, não são capazes de
produzir a chamada “coisa julgada judicial”. Por não emanarem de órgãos
integrantes do Poder Judiciário (que tem o monopólio da jurisdição), as
decisões das Cortes de Contas formam apenas a coisa julgada
administrativa.
---------------------------------------------------------------------------------------
30 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
A respeito dos conceitos doutrinários relativos ao controle da administração
pública, julgue o item a seguir.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 234


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Na administração pública, o controle interno deve restringir-se à fiscalização


contábil, financeira e orçamentária.
Gabarito: Errado
Comentários:
Vejamos o que dispõe o art 70 da CF/88:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Perceba que também abrange a fiscalização operacional e patrimonial, além
da aplicação das subvenções e renúncia de receitas.
---------------------------------------------------------------------------------------
31 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Com fundamento nos conceitos e na legislação a respeito de controle na
administração pública, julgue o item a seguir.
O controle interno situa-se no âmbito do controle administrativo e é exercido,
em cada Poder, sobre seus próprios órgãos e entidades. Qualquer
irregularidade que seja detectada e não comunicada ao respectivo tribunal de
contas acarreta pena de responsabilidade solidária.
Gabarito: Correto
Comentários:
A primeira parte da assertiva é bem tranquila, já que realmente o controle
interno situa-se no âmbito do controle administrativo e é exercido pelos três
Poderes da República. A dúvida poderia surgir sobre a parte final que afirma
que trata da responsabilidade solidária. No entanto, vejamos o que dispõe o
parágrafo primeiro do art. 74 da CF/88:
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
---------------------------------------------------------------------------------------
32 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Com fundamento nos conceitos e na legislação a respeito de controle na
administração pública, julgue o item a seguir.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 235


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

O Poder Legislativo, por exercer, nos limites da Constituição Federal de 1988,


controle sobre os demais Poderes, inclusive sobre o Poder Judiciário, quando
este executa função administrativa, tem a prerrogativa de sustar atos
normativos do Executivo e do Judiciário, quando exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites da delegação legislativa.
Gabarito: Errado
Comentários:
Vejamos o que dispõe o art. 49, V, da CF/88:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
Perceba que a prerrogativa dada ao Poder Legislativo é para sustar os atos do
Poder Executivo apenas. Não há essa prerrogativa de sustar os atos do
Poder Judiciário no exercício do poder regulamentar.
Ademais, o exercício do poder regulamentar é prerrogativa exclusiva do chefe
do Poder Executivo.
De acordo com Cyonil Borges, poder regulamentar é a prerrogativa dada a
Administração Pública, mais precisamente ao chefe do Executivo, de editar
atos gerais para detalhar, esmiuçar as leis e, por conseguinte, permitir sua
concretização.
O Poder Regulamentar é espécie do Poder Normativo. O decreto
regulamentar/regulamento de execução é ato privativo do chefe do Poder
Executivo.
---------------------------------------------------------------------------------------
33 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Com relação à responsabilidade civil do Estado, aos serviços públicos e ao
controle da administração pública, julgue o item subsequente.
A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados constitui
uma expressão de controle do Poder Legislativo sobre os atos da
administração pública.
Gabarito: Correto
Comentários:
Exato. A função fiscalizatória (controle externo) será exercido pelo Poder
Legislativo (Congresso Nacional na esfera federal) com o auxílio do Tribunal
de Contas, nos termos do art. 71 da CF/88.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 236


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

---------------------------------------------------------------------------------------
34 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
A respeito dos conceitos doutrinários relativos ao controle da administração
pública, julgue o item a seguir.
Exercerá controle do tipo legislativo determinada casa legislativa que anular
ato executado por uma de suas unidades gestoras.
Gabarito: Errado
Comentários:
Nesse caso, o Poder Legislativo estará atuando na sua função atípica de
administrar, exercendo o seu poder de autotutela administrativa, revogando
ou anulando os seus próprios atos. Assim, o controle não é do tipo legislativo,
mas sim, controle administrativo dos seus próprios atos.
---------------------------------------------------------------------------------------
35 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Julgue o item a seguir, acerca de controle da administração pública.
No caso de serviços públicos prestados por meio de contratos de concessão,
os tribunais de contas têm competência constitucional para fiscalizar a
atividade financeira e operacional das empresas concessionárias.
Gabarito: Errado
Comentários do Professor Pedro Guimarães do pondo dos concursos:
Questão bem sacana! A competência de fiscalizar as empresas
concessionárias não é constitucional, pois a Constituição Federal não é
expressa ao atribuir essa competência aos tribunais de contas. Esse tipo de
competência é atribuída por normas infraconstitucionais (no caso do TCU, por
exemplo, por sua Lei Orgânica).
---------------------------------------------------------------------------------------
36 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Julgue o item a seguir, acerca de controle da administração pública.
O controle exercido pelos tribunais de contas sobre as casas legislativas é
considerado controle interno, haja vista a posição dos tribunais de contas no
âmbito do Poder Legislativo.
Gabarito: Errado
Comentários:

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 237


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

A assertiva afirma que o controle exercido pelos tribunais de contas sobre as


casas legislativas é considerado interno. Isso é errado, pois não há relação de
subordinação entre as Cortes de Contas e os Poderes Legislativos. Há relação
de vinculação, apenas. Assim, o controle, necessariamente deve ser externo.
Quanto a afirmação de que os tribunais de contas pertencem ao Poder
Legislativo, o assunto é controvertido, no entanto, a maioria da doutrina e o
posicionamento atual do STF é de que as Cortes de Contas não pertencem a
nenhum dos três Poderes da República.
---------------------------------------------------------------------------------------
37 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
Julgue o item que se segue, a respeito do controle da administração e da
responsabilidade civil do Estado.
A ação civil pública é instrumento válido de controle judicial da atividade
administrativa.
Gabarito: Correto
Comentários:
O controle judicial é o controle realizado pelos órgãos do Poder Judiciário, no
desempenho de atividade jurisdicional, sobre atos administrativos praticados
pelo Poder Executivo, bem como sobre os atos administrativos editados, no
exercício da função administrativa, pelo Poder Legislativo e pelo próprio Poder
Judiciário. Assim, podemos afirmar que o controle judicial pode incidir sobre
atividades administrativas em todos os poderes do Estado.
Meios judiciais de controle dos atos administrativos
a) mandado de segurança
b) ação popular
c) ação de improbidade administrativa
d) ação civil pública
e) mandado de injunção
f) habeas corpus
g) habeas data
---------------------------------------------------------------------------------------
38 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)
A respeito do controle da administração pública, do processo administrativo e
da licitação, julgue o item a seguir.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 238


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Caso o ato administrativo apresente vício, o Poder Judiciário, quando for


provocado, poderá anulá-lo, com efeitos ex tunc, ou revogá-lo, com efeitos ex
nunc.
Gabarito: Errado
Comentários:
No exercício do controle judicial, o Poder Judiciário não poderá revogar atos
administrativos, apenas anulá-los. Eis o erro da assertiva.
---------------------------------------------------------------------------------------
39 (2016/FGV/COMPESA/Advogado)
O presidente de determinado ente da Administração Pública Indireta do
Estado Alfa formulou consulta à sua assessoria jurídica a respeito da
necessidade, ou não, de os dirigentes dessas entidades prestarem contas ao
Tribunal de Contas. Após alentada pesquisa e detida análise da jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, o assessor-chefe chegou à única conclusão que
se mostrava harmônica com a ordem constitucional.
Dentre as entidades que integram a Administração Pública Indireta, estão
sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas
a) somente as autarquias e as fundações, com personalidade jurídica de
direito público ou privado.
b) somente as autarquias, as fundações com personalidade jurídica de direito
público e as empresas públicas.
c) as autarquias e as fundações, bem como as sociedades de economia mista
e as empresas públicas, mas, neste último caso, apenas em relação aos bens
e valores públicos que administrem.
d) as autarquias, as fundações, as sociedades de economia mista e as
empresas públicas.
e) somente as entidades que prestem serviços públicos.
Gabarito: D
Comentários:
Vejamos o que dispõe o art. 71, II, da CF/88:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 239


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra


irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
Perceba que a Constituição não restringiu o controle a apenas algumas
entidades da Adm. Indireta, mas sim a todas elas (autarquias, fundações,
empresas públicas e sociedades de economia mista).
---------------------------------------------------------------------------------------
40 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil)
A respeito do controle dos atos e contratos administrativos, assinale a opção
correta.
a) No controle externo da administração financeira e orçamentária, os
tribunais de contas devem realizar o controle prévio dos atos ou contratos da
administração direta ou indireta
b) É vedado ao Poder Judiciário realizar o controle de mérito de atos
discricionários que não contrariarem qualquer princípio administrativo.
c) O controle de legalidade ou legitimidade do ato administrativo, no sistema
brasileiro, compete privativamente ao Poder Judiciário.
d) No controle de legalidade ou de legitimidade, o ato administrativo ilegal só
pode ser revogado.
e) No controle administrativo, a administração pode anular seus próprios
atos, mas não revogá-los.
Gabarito: B
Comentários:
Letra a: Errado. O erro da alternativa está em afirmar que o controle
efetuado pelos TCs é prévio. Na verdade, via de regra, o controle é realizado
a posteriori para a maioria dos atos e contratos. Em alguns casos o controle
também pode ser concomitante, como é o caso das inspeções e auditorias.
Raramente o controle poderá ser previamente, ou seja, poderá ocorrer, mas
não é a regra.
Letra b: Correto. O Poder Judiciário não analisa o mérito dos atos
administrativo, isso já está mais do que claro. Mas cuidado, o Judiciário
poderá anular atos discricionários se ilegais ou ilegítimos.
Letra c: Errado. O controle de legalidade compete tanto ao Poder Judiciário
como ao Poder que editou o ato (princípio da autotutela).
Letra d: Errado. No controle de legalidade ou legitimidade o ato só poderá
ser anulado. Somente revoga-se atos válidos, por motivos de conveniência e
oportunidade da administração.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 240


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Letra e: Errado. Mais uma vez o enunciado da Súmula n. 473/STF. No


controle administrativo, a administração deve anular os atos ilegais e revogar
os atos inoportunos ou inconvenientes.

Se não vencer pelo talento, vença pelo esforço (Cora Coralina)


Bons estudos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

1 CONCEITO E EVOLUÇÃO
A responsabilidade civil decorre de condutas omissivas ou comissivas
que causem dano patrimonial, dano moral ou ambos. Também é chamada de
responsabilidade extracontratual do Estado. A responsabilidade civil
sempre se esgota com a indenização do dano.

EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL

- por essa teoria, o Estado não poderia ser


responsabilizado pelos seus atos.
IRRESPONSABILIDADE - é própria dos regimes absolutistas, em que o
rei não cometia erros, portanto, não poderia ser
responsabilizado.
- atualmente, essa teoria não é mais aplicada.

- dano + nexo causal + culpa em sentido


amplo (dolo ou culpa).
- cabe ao particular prejudicado o ônus de
RESPONSABILIDADE demonstrar a existência dos elementos
POR CULPA COMUM subjetivos.
- é uma responsabilidade do tipo subjetiva.
- NÃO é adotada no Brasil.

- dano + nexo causal + falha no serviço


público (nas modalidades inexistência do
serviço, mau funcionamento do serviço ou
retardamento do serviço).

RESPONSABILIDADE - é responsabilidade do tipo subjetiva, no


POR CULPA entanto, não exige que seja provada a culpa de
ADMINISTRATIVA um agente público individualizado.
- o ônus da prova cabe ao particular que sofreu o
dano.
- é adotada no Brasil, nos casos decorrentes
de OMISSÃO do Estado.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 242


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

- dano + nexo causal


- independe de falta ao serviço ou culpa do
agente
- é responsabilidade do tipo objetiva.
- é adotada no Brasil, nos casos decorrentes
de ATUAÇÃO do Estado.

TEORIA DO RISCO - o Estado pode eximir-se da responsabilidade


ADMINISTRATIVO em alguns casos: culpa exclusiva da vítima que
sofreu o dano, força maior ou caso fortuito e
culpa exclusiva de terceiro.
- nos casos das excludentes, o ônus da prova
cabe ao próprio Estado.
- nos casos de culpa recíproca, pode haver
atenuação proporcional da obrigação de
indenizar do Estado.

- possui as mesmas características do risco


administrativo, porém, não é admitida
TEORIA DO RISCO nenhuma excludente.
INTEGRAL
- Adotada excepcionalmente nos casos de: i)
danos ambientais; ii) atentados terroristas;
e iii) acidentes nucleares.

2 RESPONSABILIDADE OBJETIVA DECORRENTE DE ATUAÇÃO


ADMINISTRATIVA (ART. 37, § 6°, CF/88)
Art. 37, § 6°: as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
O primeiro aspecto a ser analisado é quem responde pela responsabilidade
objetiva prevista no artigo 37:
1) Todas as pessoas de direito público (União, autarquias e fundações
públicas de direito público)
2) Pessoas Jurídicas de Direito Privado PRESTADORAS DE SERVIÇOS
PÚBLICOS (art. 175, CF/88)
OBS: diante do exposto, conclui-se o seguinte:

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 243


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

1) Nem toda a administração pública responde objetivamente pelos danos


causados aos particulares, pois, as empresas públicas e sociedades de
economia mista exploradoras de atividades econômica (art. 173, CF/88)
fazem parte da administração indireta e não estão inclusas.
2) Algumas pessoas jurídicas não pertencentes à administração
pública podem responder objetivamente pelos danos causados aos
particulares. São exemplos, as concessionárias, permissionárias e
autorizatárias de serviços públicos.
STF (RE 591.874/MS): há responsabilidade civil objetiva das pessoas
jurídicas prestadoras de serviço público inclusive pelos danos que sua atuação
cause a terceiros não usuários do serviço público.
OBS: o dispositivo estudado tem incidência nas hipóteses causadas pela
ATUAÇÃO de agentes do Estado ou entidades prestadoras de serviços
públicos. A OMISSÃO, em regra não está englobada por esse dispositivo.
OBS: a responsabilidade civil objetiva não se restringe à atos
administrativos, podendo fatos administrativos (atos materiais)
acarretarem obrigação de reparar o dano. Ex. acidente de trânsito com carro
oficial.
OBS: para configurar a responsabilidade civil da administração, é
imprescindível que o ato praticado seja como decorrência da sua condição
de agente público. Os atos praticados pelo usurpador de função, não
acarreta o dever de reparação do dano ao Estado.

3 RESPONSABILIDADE DECORRENTE DE OMISSÃO DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Via de regra, nos casos de omissão da administração, o Estado irá
responder com base na teoria da culpa administrativa. Trata-se, portanto,
de responsabilidade subjetiva. Nesses casos, o ônus da prova cabe à
pessoa que sofreu o dano pela falta da prestação do serviço.
A responsabilidade civil subjetiva por culpa administrativa admite todas
as excludentes possíveis (culpa exclusiva da vítima, força maior ou caso
fortuito e culpa exclusiva de terceiro), no entanto, o ônus da prova das
excludentes cabe ao Estado.
OBS: Quando o Estado estiver na posição de garante (quando tem o dever
legal de assegurar a integridade de pessoas ou coisas sob sua custódia),
responderá com base na teoria do risco administrativo
(responsabilidade objetiva), pelos danos causados pela sua omissão. Ex.
presidiários, crianças de escolas públicas e internados em hospitais públicos.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 244


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

3.1 Responsabilidade do Estado sobre os detentos:


De acordo com o entendimento do STF:
Regra geral: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento.
Isso porque houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto
no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88.
Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir
provar que a morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o
nexo de causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal.
Nas exatas palavras do Min. Luiz Fux: "(...) sendo inviável a atuação estatal
para evitar a morte do preso, é imperioso reconhecer que se rompe o nexo de
causalidade entre essa omissão e o dano. Entendimento em sentido contrário
implicaria a adoção da teoria do risco integral, não acolhida pelo texto
constitucional (...)".
Outra decisão importante pelo STF é sobre a possibilidade de
indenização ao detento pelo Estado, quando o detento estiver exposto
a situação degradante.
Uma pessoa que está presa em uma unidade prisional que apresenta
péssimas condições, como superlotação e falta de condições mínimas de
saúde e de higiene possui o direito de ser indenizada pelo Estado diante desta
violação de seus direitos?
SIM. Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo,
manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no
ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º,
da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou
insuficiência das condições legais de encarceramento.
(STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac.
Min. Gilmar Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854)).

4 AÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO COM BASE NO ART. 37, § 6°, CF/88


A regra geral para a prescrição da ação de reparação dos danos
causados aos particulares é de 5 anos (Decreto nº 20.910/1932).
OBS: é de cinco anos o prazo de prescrição da ação de reparação.
OBS: a ação regressiva é imprescritível.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 245


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Essa regra geral de prescrição em cinco anos possui uma exceção. O


STJ entende que, nos casos de danos sofridos na época da ditadura
militar, a ação de reparação de danos é imprescritível. Vejamos:
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS DECORRENTES DE
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA NA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR.
IMPRESCRITIBILIDADE. PRECEDENTES.
1. O acórdão impugnado decidiu em conformidade com a orientação
jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que não
se aplica a prescrição quinquenal do Decreto n. 20.910/1932 às ações
de reparação de danos sofridos em razão de perseguição, tortura e
prisão, por motivos políticos, durante o Regime Militar, pois nesse
caso é imprescritível a pretensão.
Por fim, o STF decidiu que a pessoa que sofreu o dano não pode ajuizar
ação diretamente, contra o agente público. O agente público só responderá,
se for o caso, à pessoa jurídica a cujos quadros pertença, em ação regressiva.

5 AÇÃO REGRESSIVA CONTRA O AGENTE CAUSADOR DO DANO


A CF/88 autoriza a ação regressiva da administração pública (ou
delegatária de serviço público) contra o agente cuja atuação acarretou o
dano, desde que seja comprovado dolo ou culpa na atuação do agente.
OBS: para que a administração pública ingresse com a ação regressiva, é
necessário o trânsito em julgado da ação condenatória de indenização, ou
seja, o direito de regresso nasce quando a administração for condenada a
indenizar.
OBS: a responsabilidade da administração é objetiva, na modalidade risco
administrativo. A responsabilidade civil do agente perante a
administração (ou delegatária) é subjetiva (só se configura se ficar
comprovado o dolo ou a culpa do agente).
STF: não é legítima a responsabilização solidária do servidor que edita
um parecer jurídico de natureza meramente opinativa com o administrador
público que pratica o ato baseado em opinião constante do parecer.
OBS: a ação regressiva transmite-se aos sucessores, até o LIMITE DA
HERANÇA.
OBS: Não existe prescrição na ação regressiva promovida pelo Estado
contra o agente público causador do dano:

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 246


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Fundamentação Legal: A ação de ressarcimento em face do agente


causador do dano para ressarcimento ao erário público é imprescritível,
conforme estabelecido na parte final do §5º do art. 37 da Constituição:
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

6 AS RESPONSABILIDADES ADMINISTRATIVAS, CIVIL E PENAL DO


AGENTE PÚBLICO
Um ato danoso do agente público pode acarretar responsabilização nas
esferas administrativas, cível e penal.
De acordo com o art. 125 da Lei 8.112/90, as responsabilidades
administrativas, civil e penal são cumulativas e, em princípio, são
independentes.
O julgamento, na esfera penal, de conduta imputada a um servidor
público pode resultar em:
a) Condenação criminal do servidor
b) Absolvição pela inexistência do fato ou pela negativa de autoria
c) Absolvição por ausência de tipicidade ou de culpabilidade penal,
por insuficiência de provas, ou por qualquer outro motivo.
Como já vimos, um mesmo fato pode ocasionar responsabilização nas três
esferas (administrativa, civil e penal). Ex. acidente de trânsito entre um
agente e um particular em que houve morte do particular.
No exemplo acima, caso o agente público seja condenado na esfera
criminal, esta condenação, uma vez transitada em julgado, influenciará
nas esferas administrativa e cível, implicando o reconhecimento
automático da responsabilidade do servidor nessas duas esferas.
Caso o agente público seja absolvido por negativa de autoria ou
inexistência do fato, essa absolvição também irá interferir nas demais
esferas. Sendo assim, se o agente for demitido na esfera administrativa e
posteriormente absolvido pelos motivos acima expostos, ele será reintegrado
ao serviço público.
Por fim, caso o agente público tenha sido absolvido na esfera penal por
ausência de tipicidade ou de culpabilidade penal, por insuficiência de
provas, ou por qualquer outro motivo, a absolvição na esfera penal não
irá repercutir nas outras esferas, ou seja, o agente público poderá ser

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 247


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

condenado nas esferas administrativa e civil. Nesse caso, as esferas são


independentes.

7 RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATOS LEGISLATIVOS E ATOS


JURISDICIONAIS
Via de regra, o Estado não é responsabilizado por atos legislativos e
atos jurisdicionais que causem danos aos particulares.
São exceções à irresponsabilidade do Estado por atos legislativos e
jurisdicionais:6
1) admite-se a responsabilidade civil por atos legislativos exclusivamente
nos casos de:
a) lei inconstitucional (danos decorrentes da aplicação de leis que
venham a ser declaradas inconstitucionais): a pessoa que sofreu a
aplicação da lei terá que ajuizar uma ação específica pleiteando a
indenização pelo dano decorrente da aplicação da lei que foi
declarada inconstitucional;
b) leis de efeitos concretos, porque são materialmente equivalentes
aos atos administrativos e, assim, podem acarretar danos diretos a
indivíduos determinados, destinatários dessas leis;
2) admite-se a responsabilidade civil do Estado por ato jurisdicional no
caso de erro judiciário, exclusivamente na esfera penal (CF, art. 5°,
LXXV); é hipótese de responsabilidade civil objetiva, ou seja, a
obrigação de indenizar do Estado independe de culpa ou dolo do
magistrado, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal (RE
505.393/PE).

8 RESPONSABILIDADE DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES:


O primeiro ponto a ser ressaltado é que os notários e registradores
respondem pelos danos, que nessa qualidade, causarem a terceiros.
O outro aspecto é se o Estado também responde em caso de danos
causados pelos serviços notariais e registrais?
SIM, o Estado também responde, mas apenas subsidiariamente.
O titular da serventia responde de forma principal e, caso não seja possível
indenizar a vítima, o Estado responde de modo subsidiário. Nesse sentido:

6
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. e atual. – Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 337.

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STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp 1377074/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves,


julgado em 16/02/2016.
Atenção: a responsabilidade do Estado, neste caso, não é pura nem
solidária. Trata-se de responsabilidade subsidiária (REsp 1087862/AM, Rel.
Ministro Herman Benjamin, julgado em 02/02/2010).
Qual é o tipo de responsabilidade civil dos notários e registradores?
Depois da Lei 13.286/2016
A responsabilidade civil dos notários e registradores passou a ser SUBJETIVA
(vítima terá que provar dolo ou culpa).
O prazo prescricional foi reduzido para 3 anos.

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9 QUESTÕES COMENTADAS

1 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público)
Conforme o estudo da responsabilidade civil do estado e dos agentes
públicos,
a) na hipótese de dano causado a particular por agente público no exercício
de sua função, os tribunais superiores assentaram a possibilidade de
ajuizamento pelo lesado de ação de reparação de danos diretamente contra o
autor do fato, devendo nesse caso, ser perquirida apenas a conduta, nexo
causal e os prejuízos.
b) na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão transitada
em julgado, em regra, não fará jus o servidor aos salários que deixou de
receber, mas apenas a equitativa compensação, sob o fundamento de que
deveria ter sido investido em momento anterior.
c) constitui caso de concorrência de culpa o suicídio de detento ocorrido
dentro de estabelecimento prisional do estado, devendo haver redução
proporcional do valor da indenização.
d) afastada a responsabilidade criminal do servidor por inexistência daquele
fato ou de sua autoria, restará automaticamente repelida a responsabilidade
administrativa.
e) aplica-se o prazo prescricional quinquenal previsto no Decreto n°
20.910/1932 às ações indenizatórias ajuizadas contra Fazenda Pública,
afastando-se a incidência do prazo trienal previsto no Código Civil em razão
do critério da especialidade normativa.
Gabarito: Letra E.
Comentários Professor Rafael Pereira QConcursos:
Letra a: Errado. Ao contrário do afirmado nesta primeira alternativa, o STF
firmou entendimento na linha de que o art. 37, §6º, CF/88, ao tratar da
responsabilidade civil do Estado, estabelece uma dupla garantia, sendo uma
delas justamente em favor dos agentes públicos, no sentido de que não
poderão ser demandados diretamente pelos particulares lesados, mas sim
apenas mediante ação regressiva, por parte do ente público (ou privado
prestador de serviços públicos), nos casos de condutas culposas ou dolosas.
Letra b: Errado. O STF também enfrentou a matéria versada na presente
alternativa, tendo se posicionado no seguinte sentido:
" ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. INVESTIDURA
EM CARGO PÚBLICO POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. 1. Tese afirmada

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em repercussão geral: na hipótese de posse em cargo público


determinada por decisão judicial, o servidor não faz jus a
indenização, sob fundamento de que deveria ter sido investido em
momento anterior, salvo situação de arbitrariedade flagrante.
Como se vê, à luz da tese firmada por nossa Suprema Corte, o servidor não
faz jus a perceber os vencimentos referentes ao período em que teria
trabalhado, acaso tivesse tomado posse corretamente, mas também não é
merecedor, em regra, de qualquer indenização, salvo se houver flagrante
arbitrariedade. Assim sendo, esta assertiva equivoca-se ao aduzir que o
servidor faria jus a uma indenização, o que não é verdade, de acordo com o
entendimento assentado pelo STF.
Letra c: Errado. O STF analisou a questão relativa à morte de detentos,
inclusive sob o ângulo de possível suicídio, não tendo reconhecido haver,
neste caso, culpa concorrente, conforme aduzido nesta opção "c",
equivocadamente. O tema foi objeto de exame nos autos do RE 841.526,
noticiado no Informativo 819, assim redigido: "Em caso de inobservância do
seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX, da CF, o Estado é
responsável pela morte de detento. Em síntese, embora seja possível ao
Estado demonstrar a ocorrência de causas excludentes de responsabilidade, à
luz da teoria do risco administrativo, inexiste a apontada correlação
necessária entre suicídio e culpa concorrente, tal como sugerido na presente
afirmativa.
Letra d: Errado. É certo que a coisa julgada, formada na seara criminal, e
que reconheça a inexistência do fato ou negue a autoria do crime, projeta
seus efeitos também sobre a órbita administrativa. Todavia, não é possível
afirmar que a responsabilidade administrativa esteja completamente
afastada, em vista da possibilidade de ocorrência da chamada falta residual,
como, aliás, há muito reconhecido na jurisprudência do STF, no verbete n.º
18 de sua Súmula, in verbis: "Pela falta residual, não compreendida na
absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa do
servidor público."Parece-me, em suma, que a abrangência com que redigida
esta opção "d", ao afastar genericamente a responsabilidade administrativa,
incorre em erro, na medida em que despreza justamente a possibilidade de
ocorrência da falta residual.
Letra e: Correto. De fato, a linha jurisprudencial adotada pelo STJ, através
de sua 1ª Seção, ao analisar o EREsp 1.081.885/RR, rel. Ministro Hamilton
Carvalhido, foi no sentido de que se aplica, no âmbito das ações
indenizatórias movidas contra o Estado, o prazo prescricional de cinco anos,
previsto no art. 1º do Decreto 20.910/32, recepcionado pela CF/88 com

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status de lei ordinária, e que seria norma especial em relação ao Código Civil,
por isso que não poderia ser derrogado, nesse particular.
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2 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o
próximo item.
De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço
público de transporte responde objetivamente pelos danos causados à família
de vítima de atropelamento provocado por motorista de ônibus da empresa.
Gabarito: Correto
Comentários:
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se orienta no sentido de que as
pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de serviço público,
respondem objetivamente pelos prejuízos que causarem a terceiros usuários
e não usuários do serviço. (RE 591.874-RG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski –
Tema 130).
Perceba que as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço
público podem ser:
1) as empresas públicas e sociedades de economia mista pertencentes a
administração indireta, criadas com fundamento no art. 175 da CF/88.
Nesse caso houve a descentralização por outorga; e
2) as pessoas jurídicas de direito privado não pertencentes à
administração indireta, como as concessionárias, permissionárias e
autorizatárias de serviços públicos. Nesse caso houve descentralização
por delegação.
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3 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o
próximo item.
Situação hipotética: Um veículo particular, ao transpassar indevidamente
um sinal vermelho, colidiu com veículo oficial da Procuradoria-Geral do
Município de Fortaleza, que trafegava na contramão. Assertiva: Nessa
situação, não existe a responsabilização integral do Estado, pois a culpa
concorrente atenua o quantum indenizatório.
Gabarito: Correto
Comentários:

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Exato. Quando a culpa for concorrente, como no caso hipotético, pode haver
atenuação proporcional da obrigação de indenizar do Estado. Assim, o Estado
assume apenas parte da responsabilidade.
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4 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito)
Em recente decisão, o STF entendeu que, quando o poder público comprovar
causa impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao Estado agir
para evitar a morte de detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse
em liberdade),
a) haverá responsabilidade civil do Estado, aplicando-se à situação a
responsabilidade subjetiva por haver omissão estatal.
b) haverá responsabilidade civil do Estado, aplicando-se ao caso a
responsabilidade objetiva por haver omissão estatal.
c) não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o nexo causal da sua
omissão com o resultado danoso terá sido rompido.
d) haverá responsabilidade civil do Estado, aplicando-se ao caso a teoria do
risco integral.
Gabarito: C
Comentários: Informativos 819 e 854 comentados – Dizer o Direito
De acordo com o entendimento do STF:
Regra geral: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento.
Isso porque houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto
no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88.
Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir
provar que a morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o
nexo de causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal.
Nas exatas palavras do Min. Luiz Fux: "(...) sendo inviável a atuação estatal
para evitar a morte do preso, é imperioso reconhecer que se rompe o nexo de
causalidade entre essa omissão e o dano. Entendimento em sentido contrário
implicaria a adoção da teoria do risco integral, não acolhida pelo texto
constitucional (...)".
Outra decisão importante pelo STF é sobre a possibilidade de
indenização ao detento pelo Estado, quando o detento estiver exposto
a situação degradante.
Uma pessoa que está presa em uma unidade prisional que apresenta
péssimas condições, como superlotação e falta de condições mínimas de

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saúde e de higiene possui o direito de ser indenizada pelo Estado diante desta
violação de seus direitos?
SIM. Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo,
manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no
ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º,
da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou
insuficiência das condições legais de encarceramento.
STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min.
Gilmar Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854).
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5 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
A responsabilidade do Estado por conduta omissiva
a) é objetiva, dispensando-se, para sua caracterização, a demonstração de
culpa, exigindo-se, para tal, apenas a demonstração do dano.
b) é objetiva, dispensando-se, para sua caracterização, a demonstração de
culpa, mas exigindo-se, para isso, demonstração de nexo de causalidade
entre a conduta e o dano.
c) caracteriza-se mediante a demonstração de culpa, dispensando-se, para
tal, a demonstração de dano.
d) caracteriza-se mediante a demonstração de culpa, de dano e de nexo de
causalidade.
e) é descabida.
Gabarito: D
Comentários:
A responsabilidade do Estado por omissão, via de regra, é subjetiva com
fundamento na teoria da culpa administrativa.
Não há consenso na doutrina e na jurisprudência sobre a responsabilidade do
Estado nos casos de omissão.
Vimos que a responsabilidade do Estado por suas condutas, ou seja, por suas
ações, há a necessidade de ter ficado comprovado o dano e o nexo de
causalidade para que o Estado seja responsabilizado. Assim, nas ações, não
há necessidade de demonstrar a culpa em sentido amplo.
Apesar de haver várias exceções, a regra geral para as omissões estatais é a
responsabilidade subjetiva do Estado. Nesses casos, deve haver, além do
dano e do nexo de causalidade, a demonstração da culpa do Estado

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(lembrando que pode ser o dolo ou a culpa em sentido estrito – negligência,


imprudência ou imperícia).
Assim, a alternativa correta de acordo com o atual entendimento do CESPE é
a D.
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6 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Em movimentada rua da cidade de Manaus, em que existem diversas casas
comerciais, formou-se um agrupamento de pessoas com mostras de
hostilidade. Em razão disso, um dos comerciantes da rua, entrou em contato
com os órgãos públicos de segurança responsáveis, comunicando o fato.
Embora os órgãos de segurança tenham sido avisados a tempo, seus agentes
não compareceram ao local, ocorrendo atos predatórios causados pelos
delinquentes, o que gerou inúmeros danos aos particulares. A propósito do
tema, é correto afirmar que
a) os danos causados por multidões insere-se na categoria de fatos
imprevisíveis, não havendo responsabilidade estatal.
b) se trata de danos causados por terceiros, causa excludente da
responsabilidade estatal.
c) o Estado arcará integralmente com os danos causados, haja vista tratar-se
de hipótese de responsabilidade subjetiva.
d) o Estado responderá pelos danos, haja vista sua conduta omissiva culposa,
no entanto, a indenização será proporcional à participação omissiva do Estado
no resultado danoso.
e) o Estado responderá integralmente pelos danos causados, em razão de sua
responsabilidade objetiva e a aplicação da teoria do risco integral.
Gabarito: D
Comentários:
A presente questão foi retirada do livro de José dos Santos Carvalho Filho,
cujo trecho abaixo reproduzo:
"Ocorre, porém, que, em certas situações, se torna notória a omissão do
Poder Público, porque teria ele a possibilidade de garantir o patrimônio das
pessoas e evitar os danos provocados pela multidão. Nesse caso, é claro que
existe uma conduta omissiva do Estado, assim como é indiscutível o
reconhecimento do nexo de causalidade entre a conduta e o dano,
configurando-se, então, a responsabilidade civil do Estado. Trata-se, pois, de
situação em que fica cumpridamente provada a omissão culposa do Poder

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Público. Essa é a orientação que tem norteado a jurisprudência a respeito do


assunto.
Suponha-se, para exemplificar, que se esteja formando um agrupamento com
mostras de hostilidade em certo local onde há várias casas comerciais. Se os
órgãos de segurança tiverem sido avisados a tempo e ainda assim não
tiverem comparecido os seus agentes, a conduta estatal estará qualificada
como omissiva culposa, ensejando, por conseguinte, a responsabilidade civil
do Estado, em ordem a reparar os danos causados pelos atos multitudinários.
Tal como na hipótese dos fatos imprevisíveis, contudo, a indenização
será proporcional à participação omissiva do Estado no resultado
danoso."
Perceba que a FCC utiliza reiteradamente a obra desse autor e também da
professora Di Pietro para elaboração das questões de suas provas.
No caso da questão, os danos causados aos comerciantes advieram tanto da
omissão do Estado em prover a segurança necessária quanto do
comportamento predatório de um agrupamento de delinquentes. Portanto, é
caso de culpa concorrente.
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7 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Durante um evento cultural, realizado por determinada municipalidade, o
palco onde estava sendo encenada uma peça de teatro cedeu, atingindo
algumas pessoas que estavam na plateia, para as quais foi prestado
atendimento médico. Algum tempo depois, a municipalidade foi acionada por
um cidadão, pleiteando indenização por danos experimentados em
decorrência de lesões sofridas no dia do acidente narrado, que o teriam
impedido de trabalhar. Dentre os possíveis aspectos a serem analisados a
partir dessa narrativa, está a possibilidade
a) do autor da ação demonstrar a culpa dos agentes públicos pelos danos que
alega ter sofrido, em razão do tempo decorrido, que impediram a alegação de
responsabilidade objetiva.
b) da municipalidade demonstrar que seus agentes não agiram com culpa,
tratando-se de caso fortuito, imprevisível, portanto, razão pela qual caberia
ao autor comprovar suas alegações.
c) do autor demonstrar o nexo causal entre o incidente ocorrido no dia do
evento, que era realizado sob responsabilidade da municipalidade, e os danos
que alega ter sofrido, para que seja configurada a responsabilidade objetiva
do ente público.

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d) da municipalidade comprovar a ocorrência de uma das excludentes de


responsabilidade que, em verdade, afastam a culpa do ente público pelo
acidente em todos os casos de responsabilidade extracontratual objetiva.
e) do autor demonstrar a veracidade de suas alegações e a ausência de
atendimento por parte da municipalidade, tendo em vista que o socorro
prestado imediatamente e no local do acidente afasta a responsabilidade
extracontratual objetiva.
Gabarito: C
Comentários do professor Rafael Pereira do QConcursos:
Em se tratando de responsabilidade civil do Estado, a regra geral consiste na
responsabilidade objetiva, isto é, independentemente da demonstração do
elemento culpa (CRFB/88, art. 37, §6º). Cabe ao lesado, em síntese,
comprovar a conduta estatal, os danos experimentados e o nexo de
causalidade entre a conduta imputável a uma pessoa pública (ou privada
prestadora de serviços públicos) e a lesão sofrida.
Ao ente público, por sua vez, é possível eximir-se de responsabilidade, acaso
comprove a ocorrência de uma das excludentes admitidas pela doutrina e
jurisprudência, quais sejam, o caso fortuito, a força maior, a culpa exclusiva
da vítima ou o fato de terceiro, hipóteses estas em que afirma-se operar-se
um rompimento do nexo causal, descaracterizando o dever indenizatória do
Estado.
À luz destas sucintas noções teóricas, vejamos as opções oferecidas:
a) Errado: Conforme pontuado linhas acima, não há necessidade de o
particular lesado comprovar culpa, muito menos de determinados agentes
públicos, eis que vigora em nosso ordenamento a regra da responsabilidade
objetiva do Estado, que prescinde do exame do elemento culpa.
b) Errado: O item se equivoca ao afirmar ser relevante que a municipalidade
comprove que seus agentes não agiram com culpa. Ora, ainda que isto fique
demonstrado, persiste o dever indenizatório estatal, à luz da regra da
responsabilidade objetiva, versada no art. 37, §6º, CF/88. Ademais, quanto à
possibilidade de caracterização de caso fortuito, o ônus de tal prova pertence
ao ente público, e não ao particular, como equivocadamente consta da parte
final da assertiva.
c) Certo: Trata-se de afirmativa em perfeita sintonia com as premissas
teóricas anteriormente estabelecidas.
d) Errado: A comprovação das excludentes não afasta a culpa do ente
público. De novo, a discussão sobre culpa não se afigura relevante, porquanto
a regra vigente é a da responsabilidade objetiva do Estado, que prescinde do

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exame do elemento culpa. A rigor, entende-se que tais excludentes implicam


o rompimento do nexo causal, isto sim.
e) Errado: Não é necessário que o particular comprove ausência de socorro
imediato. Se houve danos decorrente do acidente, e sua ocorrência teve por
base conduta atribuída à municipalidade, estão presentes todos os elementos
necessários à caracterização da responsabilidade estatal (conduta, danos e
nexo de causalidade). O socorro prestado, quando muito, poderia repercutir
na extensão dos danos experimentados pelo particular, o que teria
consequências no âmbito do quantum indenizatório, mas não para fins de se
excluir completamente a responsabilidade do Estado.
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8 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa)
O Estado, tal qual os particulares, pode responder pelos danos causados a
terceiros. A responsabilidade extracontratual para pessoas jurídicas de direito
público, prevista na Constituição Federal, no entanto,
a) dá-se sob a modalidade subjetiva para os casos de omissão de agentes
públicos e de prática de atos lícitos, quando causarem danos a terceiros.
b) não se estende a pessoas jurídicas de direito privado, ainda que
integrantes da Administração indireta, que se submetem exclusivamente à
legislação civil.
c) exige a demonstração pelos demandados, de inexistência de culpa do
agente público, o que afastaria, em consequência o nexo de causalidade entre
os danos e a atuação daqueles.
d) tem lugar pela prática de atos lícitos e ilícitos por agentes públicos,
admitindo, quando o caso, excludentes de responsabilidade, que afastam o
nexo causal entre a atuação do agente público e os danos sofridos.
e) somente tem lugar com a comprovação de danos concretos pelo
demandante, o que obriga, necessariamente, a incidência da modalidade
subjetiva.
Gabarito: D
Comentários:
a) Errado: para os casos de omissão do Estado a regra é de que a
responsabilidade do Estado seja subjetiva (deve-se comprovar o dano, o
nexo de causalidade e a culpa em sentido amplo do Estado). Nas condutas
(ações) do Estado, a regra é a responsabilidade objetiva, tanto para as
condutas lícitas como para as ilícitas que causarem danos aos particulares.
b) Errado: vejamos um resumo sobre o tema:

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O primeiro aspecto a ser analisado é quem responde pela responsabilidade


objetiva prevista no artigo 37:
3) Todas as pessoas jurídicas de direito público (União, autarquias e
fundações públicas de direito público)
4) Pessoas Jurídicas de Direito Privado PRESTADORAS DE SERVIÇOS
PÚBLICOS (art. 175, CF/88)
OBS: diante do exposto, conclui-se o seguinte:
3) Nem toda a administração pública responde objetivamente pelos danos
causados aos particulares, pois, as empresas públicas e sociedades de
economia mista exploradoras de atividades econômica (art. 173, CF/88)
fazem parte da administração indireta e não estão inclusas.
4) Algumas pessoas jurídicas não pertencentes à administração
pública podem responder objetivamente pelos danos causados aos
particulares. São exemplos, as concessionárias, permissionárias e
autorizatárias de serviços públicos.
c) Errado: A regra para as condutas estatais é de que a responsabilidade
seja do tipo objetiva, assim, basta ficar demonstrado o dano e o nexo de
causalidade para que o Estado seja responsabilizado. A primeira parte da
alternativa está errada, pois na responsabilidade objetiva não há necessidade
de demonstrar a inexistência de culpa pelo Estado (demandado), como já
disse, basta apenas a configuração do dano e o nexo de causalidade entre a
conduta e o dano sofrido.
d) Correto: Exato. A responsabilidade extracontratual do Estado poderá
recair tanto nas condutas lícitas como nas ilícitas. Essa regra geral possui
excludentes, ou seja, o Estado poderá deixar de indenizar nos casos de caso
fortuito ou força maior, culpa exclusiva da vítima e culpa exclusiva de
terceiros.
e) Errado: deve haver a comprovação do dano sofrido tanto na
responsabilidade objetiva quanto na subjetiva. Assim, erra a alternativa
quando afirma que obrigatoriamente incidirá a responsabilidade subjetiva.
--------------------------------------------------------------------------------------
9 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária)
Suponha que tenha ocorrido o rompimento de uma adutora de empresa
prestadora de serviço público de saneamento básico, causando prejuízos
materiais a diversas famílias que residem na localidade, as quais buscaram a
responsabilização civil da empresa objetivando a reparação dos danos
sofridos. De acordo com o regramento constitucional aplicável, referida
empresa

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a) será responsável pelos danos sofridos pelos moradores desde que


comprovada culpa dos agentes encarregados pela operação ou falha na
prestação do serviço.
b) sujeita-se, sendo pública ou privada, à responsabilização subjetiva,
baseada na teoria da culpa administrativa.
c) não poderá ser responsabilizada pelos prejuízos causados, eis que, em se
tratando de responsabilidade subjetiva, o caso fortuito seria excludente da
responsabilidade.
d) sujeita-se, ainda que concessionária privada de serviço público, à
responsabilização objetiva, que admite, em certas hipóteses, algumas causas
excludentes de responsabilidade, como força maior.
e) somente estará sujeita à responsabilização objetiva se for uma empresa
pública, aplicando-se a teoria do risco administrativo.
Gabarito: D
Comentários:
a) Errado. esse é um caso de responsabilidade objetiva do Estado,
sendo assim, não é necessária a comprovação de culpa dos agentes
envolvidos. No caso, se houve o dano e nexo de causalidade entre esse dano
e a conduta, haverá a responsabilização da empresa.
b) Errado: sujeita-se, sendo pública ou privada (e se privada, deve ser
prestadora de serviço público) à responsabilização objetiva, baseado na teoria
do risco administrativo.
c) Errado: já vimos que não é caso de responsabilidade subjetiva, e sim,
objetiva, com base na teoria do risco administrativo. Alguma dúvida poderia
surgir se o aluno achasse que o rompimento se deu porque houve omissão da
prestadora de serviço de saneamento. Veja que a questão deveria detalhar
essa omissão para você concursando. Então, não extrapole o que está no
texto da questão, o que não está escrito não vale para a prova. Assim, nesse
caso, temos que pensar na responsabilidade objetiva da empresa.
d) Correto. exatamente. Como a referida empresa é prestadora de serviço
público, sujeita-se à responsabilização objetiva, mesmo que essa empresa
seja concessionária de serviço de saneamento. É verdade também que em
certas hipóteses a responsabilidade poderá ser afastada, como acontece nos
casos fortuitos ou de força maior, culpa exclusiva da vítima e culpa exclusiva
de terceiros.
e) Errado. A banca FCC gosta de pedir quem responde objetivamente pelos
danos causados aos particulares. Resumindo:

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

1 – todas as pessoas jurídicas de direito público;


2 – as pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviço público (elas
podem ser integrantes da administração indireta ou delegatárias de serviços
públicos)
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10 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica)
No que se refere ao controle e à responsabilidade da administração, julgue o
item subsequente.
Se um agente público, nessa qualidade, causar dano a terceiro, a
responsabilidade civil do Estado será objetiva.
Gabarito: Correto.
Comentários:
Exato, se um agente público, atuando na qualidade de agente público, causar
dano a terceiro, haverá responsabilidade objetiva do Estado de acordo com a
teoria do risco administrativo. Vejamos o que dispõe o texto constitucional:
Art. 37, § 6°: as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
--------------------------------------------------------------------------------------
11 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação)
João, servidor público ocupante do cargo de motorista de determinada
autarquia do DF, estava conduzindo o veículo oficial durante o expediente
quando avistou sua esposa no carro de um homem. Imediatamente, João
dolosamente acelerou em direção ao veículo do homem, provocando uma
batida e, por consequência, dano aos veículos. O homem, então, ingressou
com ação judicial contra a autarquia requerendo a reparação dos danos
materiais sofridos. A autarquia instaurou procedimento administrativo
disciplinar contra João para apurar suposta violação de dever funcional.
No que se refere à situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
A autarquia tem direito de regresso contra João.
Gabarito: Correto
Comentários:

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Mais uma questão que o CESPE aborda o texto constitucional referente à


responsabilização do Estado nos casos e atuação Estado que causarem danos
a terceiros.
Art. 37. § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Alguns comentários sobre o direito de regresso:
AÇÃO REGRESSIVA: é o Estado cobrando o agente pela indenização que foi
paga ao particular por culpa do agente:
Características:
- A responsabilidade dos agentes é Subjetiva;
- Depende da prova de Culpa ou Dolo do agente;
O estado deve comprovar a culpa ou o dolo do agente para promover a
ação regressiva, e conseguir o ressarcimento do valor que foi pago ao
particular.
Prescrição:
A prescrição é de 05 anos referente as ações dos particulares contra o
Estado.
OBS =Não existe prescrição na ação regressiva promovida pelo Estado
contra o agente público causador do dano:
Fundamentação Legal: A ação de ressarcimento em face do agente causador
do dano para ressarcimento ao erário público é imprescritível, conforme
estabelecido na parte final do §5º do art. 37 da Constituição:
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
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12 (2017/CESPE/SEDF/Direito)
A exploração e operação de determinado aeroporto foi transferida pelo
governo federal para um consórcio de empresas pelo prazo de vinte anos. Em
determinado dia, durante a vigência da execução desse serviço público pelo
consórcio, uma passageira sofreu um acidente grave em esteira rolante do
aeroporto, a qual se encontrava em manutenção devidamente sinalizada. A
passageira, por estar enviando mensagem no aparelho celular, não observou
a sinalização relativa à manutenção da esteira.

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A respeito dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela


relacionados, julgue o item subsequente.
Caso se comprove que o acidente decorreu de culpa exclusiva da passageira,
o consórcio de empresas não responderá civilmente pelo acidente.
Gabarito: Correto
Comentários:
A assertiva nos traz o caso de culpa exclusiva da vítima, que é causa de
exclusão da responsabilidade do estado, porém, não podemos confundir
com as causas atenuantes de responsabilidade, vejamos:
1ª – CAUSAS EXCLUDENTES TOTAL DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO:
a) Caso fortuito ou forca maior (evento imprevisível). Expressa em fatos
da natureza, irresistíveis tais como: terremoto, chuva de granizo,
tornado, queda de raio, inundações;
b) Culpa exclusiva da vitima. (É o caso da nossa questão);
c) Culpa de terceiros não usuários do serviço público;
d) outras causas que rompam o nexo causal, fatos supervenientes
independentes.
2ª – CAUSAS ATENUANTES DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO:
Causa Atenuante: Dizemos que uma causa é atenuante quando o estado
não é responsabilizado integralmente pelo dano, ou seja, sua
responsabilização será diminuída quando se verificar que sua culpa não foi
totalmente integral para a causa do dano.
Culpa concorrente da vítima: Neste caso, a responsabilidade pelo dano é
tanto do estado quanto da vítima;
Estas condutas afastam o nexo causal;
Cabe ao Estado provar a ocorrência dessas excludentes.
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13 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo)
Julgue o item que se segue, relativos aos fundamentos da responsabilidade
civil do Estado atualmente adotados pelo direito brasileiro.
Em virtude da observância do princípio da supremacia do interesse público,
será integralmente excluída a responsabilidade civil do Estado nos casos de
culpa — seja exclusiva, seja concorrente — da vítima atingida pelo dano.
Gabarito: Errado
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Comentários professor Herbert Almeida do Estratégia dos concursos:


Com a aplicação da teoria do risco administrativo, a responsabilidade civil do
Estado poderá ser afastada em virtude de: (i) caso fortuito ou força maior;
(ii) culpa exclusiva da vítima; e (iii) ato exclusivo de terceiro.
Assim, para excluir a responsabilidade do Estado, a culpa deve ser exclusiva
da vítima. Por exemplo: um veículo da Administração desloca-se numa via,
dentro do limite de velocidade e observando todas as regras de trânsito, mas
uma pessoa se atira na frente da viatura, sofrendo graves lesões físicas.
Nesse caso, o motorista não cometeu qualquer erro, sendo a “vítima” a única
responsável pelos danos que sofreu.
Contudo, se a culpa for concorrente, a responsabilidade será atenuada, mas
não excluída. Imagine que a pessoa se atirou contra o veículo
intencionalmente, mas o veículo estava acima do limite de velocidade. Nesse
caso, o dano poderia ter sido menor se não fosse o fato de o veículo estar
acima da velocidade permitida. Logo, a culpa será concorrente, e a
responsabilidade estatal não será excluída, mas amenizada.
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14 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo)
Julgue o item que se segue, relativos aos fundamentos da responsabilidade
civil do Estado atualmente adotados pelo direito brasileiro.
Um ato, ainda que lícito, praticado por agente público e que gere ônus
exorbitante a um cidadão pode resultar em responsabilidade civil do Estado.
Gabarito: Correto
Comentários professor Herbert Almeida do Estratégia dos Concursos:
A responsabilidade civil do Estado não decorre da ilicitude da conduta estatal,
mas sim do nexo de causalidade entre o dano e a conduta do Estado, que
venha a atingir um bem jurídico tutelado.
Logo, é possível que um ato de um agente público, mesmo que lícito, cause
dano a um particular, ensejando a responsabilidade civil do Estado.
Por exemplo: se um policial, agindo no estrito cumprimento de seu dever,
realizar um disparo contra um bandido, com o objetivo de salvar a vida de
outra pessoa, mas acabar atingindo um terceiro, teremos o caso de um dano,
causado por agente estatal, mas que atuava licitamente.
Logo, em virtude do risco que a atividade estatal possui, o dever de indenizar
poderá surgir até mesmo em virtude de condutas estatais lícitas.
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15 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo)
Julgue o item que se segue, relativos aos fundamentos da responsabilidade
civil do Estado atualmente adotados pelo direito brasileiro.
Para a caracterização da responsabilidade civil do Estado, basta a
comprovação da qualidade de agente público, não se exigindo para isso que o
agente esteja agindo no exercício de suas funções.
Gabarito: Errado
Comentários:
Essa questão gerou muitas dúvidas e, por consequência, muitos candidatos
tentaram anular a questão com recursos.
Particularmente entendo que a assertiva está mesmo errada. Não basta a
comprovação da qualidade de agente público, ele precisa estar no exercício
de suas funções ou agindo nessa qualidade.
Imaginem um policial de férias, na praia, tomando uma gelada. Imaginem
que ele presencie um roubo e intervém para socorrer a vítima, causando um
grave dano ao assaltante. Nesse caso teremos duas situações: a) se ele atuou
como cidadão, sem usar arma da corporação, sem que as pessoas soubessem
da sua condição de policial, o Estado não será responsabilizado, pois, apesar
de ser policial, não agiu no exercício das suas funções e nem em razão dela.
b) imaginem agora que ele, ao abordar o assaltante, identificou-se como
policial e deu voz de prisão. Nesse caso, ele está agindo em razão de sua
função pública, em nome do Estado. Isso é razão para a responsabilidade
objetiva do Estado com fundamento na teoria do risco administrativo.
Resumindo: para o CESPE não basta apenas a qualidade de agente público,
ele deve estar no exercício das suas funções ou agindo em decorrência delas.
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16 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado)
Um motorista alcoolizado abalroou por trás viatura da polícia militar que
estava regularmente estacionada. Do acidente resultaram lesões em cidadão
que estava retido dentro do compartimento traseiro do veículo. Esse cidadão
então ajuizou ação de indenização por danos materiais contra o Estado,
alegando responsabilidade objetiva. O procurador responsável pela
contestação deixou de alegar culpa exclusiva de terceiro e não solicitou
denunciação da lide. O corregedor determinou a apuração da
responsabilidade do procurador, por entender que houve negligência na
elaboração da defesa, por acreditar que seria útil à defesa do poder público
alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 265


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Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item.


Foi correto o corregedor quanto ao entendimento de que seria útil à defesa do
poder público alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente, uma
vez que, provada, ela pode excluir ou atenuar o valor da indenização.
Gabarito: Correto
Comentários do professor Marcelo Sobral do papaconcursos:
CAUSAS EXCLUDENTES E ATENUANTES DA RESPONSABILIDADE
Segundo Di Pietro, “são apontadas como causas excludentes da
responsabilidade a força maior, a culpa da vítima e a culpa de terceiros.
Como causa atenuante, é apontada a culpa concorrente da vítima."
Vamos parar aqui. Há vários colegas confundindo "culpa exclusiva da vítima"
com "culpa exclusiva de terceiro". A questão trata de culpa exclusiva de
terceiro - um motorista alcoolizado (terceiro) que causa uma colisão com uma
viatura da polícia militar.
Neste sentido, a culpa de terceiro é uma CAUSA EXCLUDENTE de
responsabilidade estatal. É o que consta da assertiva final: "...seria útil à
defesa do poder público alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do
acidente, uma vez que, provada, ELA PODE EXCLUIR ou atenuar o valor da
indenização".
Entretanto, até o momento, sabemos que a culpa de terceiro exclui a
responsabilidade estatal. Mas, sempre?
Di Pietro ensina que as hipóteses excludentes acima citadas não são
imputáveis à Administração Pública. Logo, não há NEXO DE CAUSALIDADE
entre a conduta e o dano gerado.
Mas é possível, p ex, que a força maior e a culpa de terceiro gerem
responsabilidade do poder público, SE aliadas à OMISSÃO ESTATAL. Vejamos:
"No entanto, mesmo ocorrendo motivo de força maior, a responsabilidade do
Estado poderá ocorrer se, ALIADA à força maior, OCORRER OMISSÃO do
Poder Público na realização de um serviço".
(...)
A mesma regra se aplica quando se trata de atos de terceiros (...); o Estado
responderá SE ficar caracterizada a sua OMISSÃO, (...), a falha na prestação
do serviço público"
Em suma:
1) culpa de terceiro: exclui responsabilidade.
2) culpa de terceiro + omissão estatal: cabe responsabilidade.

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Não há omissão no enunciado. Logo, incide a primeira conclusão.


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17 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado)
Acerca de direitos da personalidade, responsabilidade civil objetiva e prova de
fato jurídico, julgue o item seguinte.
A teoria da responsabilidade civil objetiva aplica-se a atos ilícitos praticados
por agentes de autarquias estaduais.
Gabarito: Correto
Comentários:
Para que o Estado seja responsabilizado objetivamente pelos danos que seus
agentes causarem a terceiros, basta que haja uma conduta, um dano e o
nexo de causalidade entre a conduta e o dano. Assim, torna-se irrelevante se
o ato praticado é lícito ou ilícito, ou seja, para fins de responsabilização
objetiva do Estado, o particular que sofreu o dano não precisa demonstrar a
licitude ou ilicitude da conduta do agente público.
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18 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Secretário Executivo)
Em relação à organização administrativa e às concessões e permissões do
serviço público, julgue o item a seguir.
As fundações públicas de direito público devem responder objetivamente
pelos danos que seus agentes causarem a terceiros. Sendo condenadas a
indenizar pelo prejuízo que seu agente culposamente tenha cometido,
assegura-se a elas o direito de propor ação regressiva contra o agente
causador do dano.
Gabarito: Correto
Comentários:
Exato. Vejamos o que diz o texto constitucional:
Art. 37, § 6°: as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Por fim, poderia confundir o candidato, a palavra “culposamente”, no entanto,
para a caracterização da responsabilidade objetiva, independe de o agente
público ter agido com dolo ou culpa, basta que tenha havido uma conduta,
um dano e o nexo de causalidade entre essa conduta e o dano sofrido pelo
particular.

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19 (2016/FCC/DPE-ES/Defensor Público)
Aristides da Silva era operário e, a pretexto de sua participação em grupo
político considerado subversivo, foi preso e torturado por agentes policiais
estaduais, no ano de 1976. Somente em 2016 procurou a Defensoria Pública,
visando ajuizar ação indenizatória em face do Estado, para pleitear os danos
materiais e morais decorrentes do episódio, que lhe causou sequelas físicas e
psicológicas. Em vista de tal situação, é correto concluir que a pretensão em
tela
a) não está prescrita, mas há litisconsórcio necessário, devendo ser ajuizada
também em relação aos agentes públicos causadores do dano, haja vista a
necessidade de garantir-se o direito de regresso do Estado.
b) é imprescritível, podendo ser ajuizada ação de reparação a qualquer
momento.
c) já se encontra prescrita, no tocante aos danos materiais, sendo
imprescritível a pretensão aos danos morais.
d) já se encontra inteiramente prescrita, em vista dos efeitos da chamada Lei
de Anistia (Lei Federal nº 6.683/1979).
e) já se encontra prescrita, por força do Decreto nº 20.910/1932, devendo ter
sido ajuizada ação de reparação no prazo de cinco anos a partir da vigência
da Constituição Federal de 1988.
Gabarito: Letra B
Comentários:
A regra geral para a prescrição da ação de reparação de danos contra a
fazenda pública é de 5 anos. Porém, o STJ entende que, nos casos de
danos sofridos na época da ditadura militar, a ação de reparação de danos
é imprescritível. Vejamos:
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS DECORRENTES DE
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA NA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR.
IMPRESCRITIBILIDADE. PRECEDENTES.
1. O acórdão impugnado decidiu em conformidade com a orientação
jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que não
se aplica a prescrição quinquenal do Decreto n. 20.910/1932 às ações
de reparação de danos sofridos em razão de perseguição, tortura e
prisão, por motivos políticos, durante o Regime Militar, pois nesse
caso é imprescritível a pretensão.
Vamos às alternativas:

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a) Errada: Realmente não está prescrita. Porém, a jurisprudência em vigor


hoje é de que não há litisconsórcio necessário na ação de reparação de
danos promovida pelo particular.
b) Correta: está de acordo com o julgado do STJ acima mencionado.
c) Errada: não há essa diferença trazida pela alternativa. A
imprescritibilidade se dá tanto para os danos morais como aos materiais.
d) Errada: como já vimos, a ação de reparação de danos é imprescritível
nos casos de danos sofridos por particulares na época da ditadura militar.
e) Errada: a alternativa traz a regra geral, no caso específico da questão
(danos sofridos em decorrência da ditadura militar) é imprescritível.
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20 (2016/FCC/SEGEP-MA/Técnico de Arrecadação)
Maria, cidadã brasileira, estava andando na calçada quando foi atropelada por
um ônibus da concessionária X. Diante disso, é correto afirmar que o Estado
responde pelo dano causado à Maria de forma
a) subjetiva, na medida da culpabilidade de Maria.
b) acessória, uma vez que se trata de pessoa jurídica de direito privado.
c) objetiva, sendo assegurado o direito de regresso contra o responsável
pelos danos.
d) objetiva, mas apenas acessória, uma vez que quem praticou o ato foi a
concessionária.
e) subjetiva, sendo assegurado o direito de regresso contra o responsável
pelos danos.
Gabarito: Letra C
Comentários:
A responsabilidade nesse caso, é objetiva, em conformidade com o que
dispõe o art. 37, § 6º, da Constituição Federal.

STF - RE 591874/MS
I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários
e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da
Constituição Federal.
II - A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo
e o dano causado ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição
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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de


direito privado.

OBS: À concessionária cabe a execução do serviço concedido, incumbindo-


lhe a responsabilidade por TODOS os prejuízos causados ao poder
concedente, aos usuários ou a terceiros, não admitindo a lei que a fiscalização
exercida pelo órgão competente exclua ou atenue tal responsabilidade.
--------------------------------------------------------------------------------------
21 (2016/CESPE/TCE-PR/Nível Superior)
Assinale a opção correta, com referência ao tratamento constitucional
conferido à responsabilidade civil do Estado.
a) A Constituição Federal de 1988 adota como regra a teoria do risco
administrativo, segundo a qual o Estado deve arcar com o risco inerente às
numerosas atividades que desempenha, inclusive quando a culpa do dano
decorrer de conduta da própria vítima.
b) A aplicação da responsabilidade objetiva independe da verificação do
elemento culpa, de modo que, demonstrados o prejuízo pelo lesado e a
relação de causalidade entre a conduta estatal e a lesão sofrida, o dever de
indenizar poderá ser reconhecido mesmo que decorra de atos lícitos estatais.
c) Diferentemente das pessoas jurídicas de direito público, as quais
respondem objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a
terceiros, é subjetiva a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito
privado prestadoras de serviço público, em se tratando de danos causados a
terceiros não usuários do serviço.
d) Por se tratar de atividade exercida em caráter privado, por delegação do
poder público, o Estado não responde por danos causados a terceiros por
notários (tabeliães) e oficiais de registro.
e) Segundo a Constituição Federal de 1988, o indivíduo que for condenado
criminalmente em virtude de sentença que contenha erro judiciário terá
direito a reparação cível, desde que seja demonstrada a conduta dolosa por
parte do juiz da causa.
Gabarito: Letra B
Comentários:
Letra a: Errado. Realmente a Constituição Federal de 1988 adota como
regra a teoria do risco administrativo, segundo a qual o Estado deve arcar
com o risco inerente às numerosas atividades que desempenha. No entanto,
em alguns casos o Estado pode eximir-se da responsabilidade, como nos

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casos de culpa exclusiva da vítima, força maior ou caso fortuito e culpa


exclusiva de terceiro.
Letra b: Correto. Na responsabilidade civil objetiva, não é preciso
demonstrar o elemento subjetivo (dolo ou culpa), mas tão somente o dano e
a relação de causa e efeito entre a conduta estatal e o dano (nexo de
causalidade). Com efeito, vimos em nosso curso que a responsabilidade civil
do Estado poderá surgir até mesmo com ações lícitas, já que a atividade
estatal, por si só, poderá ter riscos (por isso que a teoria adotada no Brasil
chama-se risco administrativo)
Letra c: Errado. Com base no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a
responsabilidade civil será objetiva para as entidades de direito público e para
as de direito privado, desde que estas últimas sejam prestadoras de serviços
públicos. Ademais, o STF já decidiu que a responsabilidade civil objetiva
aplica-se em relação aos usuários e não usuários do serviço (RE 591.874/MS)
Letra d: Errado. A responsabilidade dos notários é subjetiva e a
responsabilidade do Estado é apenas subsidiária, ou seja, caso o notário não
consiga arcar com o dano sofrido pelo particular, aí sim o Estado deve ser
responsabilizado.
Letra e: Errado. Em regra, não há responsabilidade do Estado por ato
jurisdicional. Entretanto, existem exceções: (i) erro judiciário; (ii) prisão além
do tempo fixado na sentença; e (iii) condutas dolosas praticadas pelo juiz que
causem prejuízos à parte ou a terceiros. Nos dois primeiros casos, não é
preciso demonstrar a conduta dolosa por parte do juiz
-------------------------------------------------------------------------------------
22 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
Em determinado município da Federação, uma empresa pública municipal
refinadora de petróleo, durante o desenvolvimento de sua atividade, deixou
vazar milhões de litros de óleo cru, material que alcançou importantes
mananciais aquíferos e espalhou-se por várias cidades do respectivo estado-
membro, tendo deixado inúmeras famílias ribeirinhas desprovidas de suas
atividades laborais e do seu sustento.
Nessa situação, segundo entendimento do STJ,
a) houve responsabilidade subjetiva do Estado, instruída pela teoria do risco
integral.
b) não houve responsabilidade do Estado, porquanto a culpa foi da empresa
refinadora.

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c) houve responsabilidade objetiva do Estado, instruída pela teoria do risco


administrativo.
d) houve responsabilidade objetiva do Estado, instruída pela teoria do risco
integral.
e) houve responsabilidade subjetiva do Estado, instruída pela teoria do risco
administrativo.
Gabarito: Letra D
Comentários:
Nesse caso estamos diante de um caso de responsabilidade objetiva do
Estado, calcada na teoria do risco integral.
A teoria do risco integral não admite excludentes e é aplicada basicamente
em três casos: 1 – Danos ambientais; 2 – acidentes nucleares; e 3 –
atentados terroristas.
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23 (2016/FCC/SEGEP-MA/Procurador do Estado)
Uma célula de grupo terrorista detona uma carga explosiva em aeronave de
matrícula brasileira, operada por empresa brasileira de transporte aéreo
público, causando mortes e ferimentos em diversos passageiros. Esclareça-se
que a aeronave decolou de aeroporto brasileiro e a explosão ocorreu por
ocasião da chegada ao destino, em solo norte-americano, sendo que diversas
vítimas haviam embarcado em escala no México. Em vista de tal situação e
nos termos da legislação brasileira,
a) a responsabilidade principal e de caráter objetivo é da empresa prestadora
do serviço de transporte aéreo público, somente havendo responsabilidade
estatal em caráter subsidiário.
b) fica excluída a responsabilidade da União, haja vista que somente fatos
ocorridos no território nacional são capazes de justificar a aplicação da
responsabilidade objetiva nos serviços públicos.
c) somente deve haver responsabilização da União em favor dos passageiros
que embarcaram em solo brasileiro, caracterizada, no caso, a
responsabilidade subjetiva por culpa do serviço, em razão da falha na
prestação do serviço de segurança aeroportuária.
d) não há responsabilidade estatal, visto que se trata de caso fortuito,
circunstância excludente de responsabilidade, haja vista a inexistência de
nexo causal entre o evento danoso e a conduta das autoridades estatais.

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e) aplica-se a teoria do risco integral, devendo a União indenizar os


passageiros que tenham sofrido danos corporais, doenças, morte ou invalidez
sofridos em decorrência do atentado.
Gabarito: Letra E
Comentários:
A responsabilidade civil da União por danos provocados por atentados
terroristas constitui exemplo clássico da aplicação da teoria do risco integral.
Nesse sentido, a Lei 10.744/2003 autorizou a União, na forma e critérios
estabelecidos pelo Poder Executivo, a assumir despesas de
responsabilidades civis perante terceiros na hipótese da ocorrência
de danos a bens e pessoas, passageiros ou não, provocados por
atentados terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, ocorridos
no Brasil ou no exterior, contra aeronaves de matrícula brasileira
operadas por empresas brasileiras de transporte aéreo público,
excluídas as empresas de táxi aéreo. A referida lei não prevê qualquer
excludente de responsabilidade. Logo, a responsabilidade se estende inclusive
aos passageiros embarcados em solo estrangeiro. O que importa para
caracterizar a responsabilidade integral da União é o atentado ter ocorrido em
aeronave com matrícula brasileira.
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24 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista – Administrador)
A responsabilização do Estado, nos casos de morte de detento, causada por
terceiro, durante rebelião, dá-se sob a modalidade
a) subjetiva, cabendo ao autor demonstrar a culpa do agente público que deu
causa ou deixou acontecer o falecimento, demandando-o em litisconsórcio
com o poder público.
b) objetiva, pois fica demonstrado o nexo de causalidade entre o dever legal
do Estado preservar a incolumidade física do detento e o falecimento
ocorrido.
c) subjetiva, presumindo-se a culpa do agente público para formação do nexo
de causalidade entre a atuação do Estado e o evento danoso, evitável ou
inevitável.
d) da teoria do risco integral, admitidas as excludentes de responsabilidade
para os casos em que demonstrado que não fora possível agir para evitar o
evento danoso.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

e) objetiva, quando o falecimento é causado comissivamente por agente


público e sob a modalidade subjetiva em relação ao agente que deve ser
demandado em litisconsórcio, em razão do dolo.
Gabarito: Letra B
Comentários:
Responsabilidade do Estado sobre os detentos:
De acordo com o entendimento do STF:
Regra geral: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento.
Isso porque houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto
no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88.
Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir
provar que a morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o
nexo de causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal.
Nas exatas palavras do Min. Luiz Fux: "(...) sendo inviável a atuação estatal
para evitar a morte do preso, é imperioso reconhecer que se rompe o nexo de
causalidade entre essa omissão e o dano. Entendimento em sentido contrário
implicaria a adoção da teoria do risco integral, não acolhida pelo texto
constitucional (...)".
Outra decisão importante pelo STF é sobre a possibilidade de
indenização ao detento pelo Estado, quando o detento estiver exposto
a situação degradante.
Uma pessoa que está presa em uma unidade prisional que apresenta
péssimas condições, como superlotação e falta de condições mínimas de
saúde e de higiene possui o direito de ser indenizada pelo Estado diante desta
violação de seus direitos?
SIM. Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo,
manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no
ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º,
da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou
insuficiência das condições legais de encarceramento.
(STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac.
Min. Gilmar Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854)).
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25 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

A respeito de reparação de danos, sindicância e processo administrativo, e


controle interno da administração pública, julgue o item seguinte.
Nos termos da lei, a obrigação de reparação de dano praticado por servidor
público não é extensível aos seus sucessores.
Gabarito: Errado
Comentários:
De acordo com o § 3° do art. 122 da Lei 8.112/90:
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo,
doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§3 A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra
eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.
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26 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Com relação à responsabilidade civil do Estado, aos serviços públicos e ao
controle da administração pública, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: O motorista de determinado veículo particular, não tendo
respeitado o sinal vermelho do semáforo, provocou a colisão entre o veículo
que dirigia e um veículo oficial do TCE/PA que estava estacionado em local
proibido.
Assertiva: Nessa situação, o valor da indenização a ser paga pelo Estado será
atenuado ante a existência de culpa concorrente, já que o Brasil adota a
teoria da responsabilidade objetiva do tipo risco administrativo.
Gabarito: Correto
Comentários:
Realmente, como regra o Brasil adota a teoria da responsabilidade objetiva
do tipo risco administrativo para os danos que o Estado cause aos
particulares. Nas situações em que o particular e o Estado possuem culpa
concorrente, a indenização paga pelo Estado será atenuada, ou seja, o Estado
não será responsabilizado sozinho pelo dano causado.
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27 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
Julgue o item que se segue, a respeito do controle da administração e da
responsabilidade civil do Estado.
Em nenhuma circunstância será o Estado responsabilizado por danos
decorrentes dos efeitos produzidos por lei, uma vez que a atividade legislativa

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 275


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

é fundamentada na soberania e limitada somente pela Constituição Federal de


1988.
Gabarito: Errado
Comentários:
Via de regra, o Estado não é responsabilizado por atos legislativos e atos
jurisdicionais que causem danos aos particulares.
São exceções à irresponsabilidade do Estado por atos legislativos e
jurisdicionais:
3) admite-se a responsabilidade civil por atos legislativos exclusivamente
nos casos de:
c) lei inconstitucional (danos decorrentes da aplicação de leis que
venham a ser declaradas inconstitucionais): a pessoa que sofreu a
aplicação da lei terá que ajuizar uma ação específica pleiteando a
indenização pelo dano decorrente da aplicação da lei que foi
declarada inconstitucional;
d) leis de efeitos concretos, porque são materialmente equivalentes
aos atos administrativos e, assim, podem acarretar danos diretos a
indivíduos determinados, destinatários dessas leis;
4) admite-se a responsabilidade civil do Estado por ato jurisdicional no
caso de erro judiciário, exclusivamente na esfera penal (CF, art. 5°,
LXXV); é hipótese de responsabilidade civil objetiva, ou seja, a
obrigação de indenizar do Estado independe de culpa ou dolo do
magistrado, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal (RE
505.393/PE).
--------------------------------------------------------------------------------------
28 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração)
Julgue o item que se segue, a respeito de responsabilidade civil, indenização,
dano moral e dano material.
O município que for condenado a indenizar particular por dano causado por
servidor público municipal poderá cobrar regressivamente do servidor o valor
da condenação, desde que ele tenha agido com dolo ou culpa e na qualidade
de servidor público municipal.
Gabarito: Correto.
Comentários:
A CF/88 autoriza a ação regressiva da administração pública (ou delegatária
de serviço público) contra o agente cuja atuação acarretou o dano, desde que
seja comprovado dolo ou culpa na atuação do agente.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 276


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

OBS: para que a administração pública ingresse com a ação regressiva, é


necessário o trânsito em julgado da ação condenatória de indenização, ou
seja, o direito de regresso nasce quando a administração for condenada a
indenizar.
OBS: a responsabilidade da administração é objetiva, na modalidade risco
administrativo. A responsabilidade civil do agente perante a
administração (ou delegatária) é subjetiva (só se configura se ficar
comprovado o dolo ou a culpa do agente).
OBS: Não existe prescrição na ação regressiva promovida pelo Estado
contra o agente público causador do dano
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29 (2016/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata)
Considerando a organização dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e
a disciplina constitucional acerca da responsabilidade civil do poder público,
julgue (C ou E) o item seguinte.
A teoria do risco administrativo fundamenta o princípio constitucional da
responsabilidade civil objetiva do Estado, que se reveste de caráter absoluto
na medida em que a oficialidade da conduta lesiva implica, necessariamente,
o dever de reparar os danos, indenizando-os, independentemente da
existência de culpa ou dolo.
Gabarito: Errada
Comentários do Professor Rafael Pereira do QConcursos:
Vejamos a assertiva, dividindo-a em partes:
A primeira afirmativa revela-se correta. De fato, a responsabilidade civil do
Estado, nos moldes delineados pela Constituição (art. 37, §6º), inspira-se na
teoria do risco administrativo, segundo a qual o Estado responde pelos danos
que seus agentes vierem a causar, desde que ajam nesta qualidade,
independentemente da existência de dolo ou culpa, ressalvada a possibilidade
de regresso contra o causador do dano, acaso, aí sim, tenha o agente público
atuado culposamente.
Sem embargo, não é verdade que tal teoria se revista de caráter
absoluto, isto é, não admita, em qualquer hipótese, situações excludentes
da responsabilização estatal. Se assim o fosse, estaríamos diante da chamada
teoria do risco integral, o que não é o caso de nosso ordenamento.
Com efeito, são, sim, admitidas hipóteses de exclusão do dever indenizatório
do Estado, notadamente a culpa exclusiva da vítima (se for culpa

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 277


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

concorrente, opera-se redução proporcional da indenização devida), o caso


fortuito, a força maior e o fato de terceiro.
Com essas considerações, pode-se afirmar que está incorreta a afirmativa ora
analisada.
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30 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor)
Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item
que se segue.
A concessionária de serviço público responde objetivamente pelos prejuízos
causados aos usuários ou terceiros e subjetivamente pelos prejuízos causados
ao poder concedente.
Gabarito: Errado.
Comentários:
A regra da responsabilidade civil objetiva se estende ao prestador de
serviços públicos, independente da natureza de sua personalidade ou do
prestador integrar ou não a estrutura formal do Estado.
No caso de delegação, junto ao ”bônus” do serviço a ser prestado (a tarifa a
ser cobrada dos usuários), a entidade prestadora dos serviços assume o
“ônus”, ou seja, o dever de responder por eventuais danos causados. É
o que prevê, por exemplo, o art. 25 da Lei 8.987/1995:
Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-
lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos
usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão
competente exclua ou atenue essa responsabilidade.
A responsabilidade civil é objetiva do concessionário do serviço em relação
aos usuários e àqueles que não ostentam esta qualificação (os terceiros). E
perceba que o art. 25 da Lei de Concessões refere-se, expressamente, ao
Poder Concedente. Esse é o entendimento do STF:
STF - RE 591874/MS
I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários
e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da
Constituição Federal.
II - A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo
e o dano causado ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 278


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de


direito privado.
Só um detalhe! A relação entre a concessionária e o Estado (poder
concedente) é de natureza contratual, logo, os prejuízos causados pela
concessionária, nesta qualidade, ao Estado são contratuais e não
extracontratuais. Por isto, ainda que possa se estabelecer a responsabilidade
objetiva da concessionária, não é com base na teoria do risco administrativo
do §6º do art. 37 da CF.
--------------------------------------------------------------------------------------
31 (2016/FGV/MPE-RJ/Analista Ministerial - Área Processual)
Funcionários de sociedade empresária concessionária do serviço público
municipal de coleta e tratamento de esgoto e fornecimento de água potável
realizavam conserto em um bueiro localizado em via pública. Durante o
reparo, um forte jato de água atingiu Fernanda, transeunte que caminhava
pela calçada, ocasionando sua queda que resultou em fratura do fêmur. No
caso em tela, a indenização devida a Fernanda deve ser suportada:
a) pela sociedade empresária concessionária, que tem responsabilidade civil
subjetiva, sendo imprescindível a comprovação da culpa ou dolo de seus
funcionários;
b) pela sociedade empresária concessionária, que tem responsabilidade civil
objetiva, sendo prescindível a comprovação da culpa ou dolo de seus
funcionários;
c) pelo Município, diretamente, na qualidade de poder concedente, que tem
responsabilidade civil subjetiva, sendo prescindível a comprovação da culpa
ou dolo dos seus funcionários da concessionária;
d) pelo Município e pela sociedade empresária concessionária, de forma
solidária, que têm responsabilidade civil objetiva, sendo imprescindível a
comprovação da culpa ou dolo dos funcionários da concessionária;
e) pelos funcionários responsáveis pelo dano, diretamente, que têm
responsabilidade civil objetiva, sendo prescindível a comprovação de terem
atuado com culpa ou dolo.
Gabarito: Letra B
Comentários do Professor Herbert Almeida do Estratégia dos
Concursos:
A responsabilidade civil do Estado (ou seja, o dever de indenizar terceiros por
danos morais e patrimoniais decorrentes da atuação de agentes públicos –
atuando nesta qualidade) é objetiva, ou seja, independe de dolo ou culpa.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 279


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Isso quer dizer que as pessoas jurídicas de direito público e as pessoas


jurídicas de direito privado, prestadoras de serviços públicos respondem
objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, mesmo
que esses agentes não tenham atuado com dolo ou culpa (CF, art. 37, § 6º).
Portanto, tal forma de responsabilidade aplica-se às seguintes entidades:
1) administração direta, autarquias e fundações públicas de direito público,
independentemente das atividades que realizam;
2) empresas públicas, sociedades de economia mista, quando forem
prestadoras de serviços públicos;
3) delegatárias de serviço público (pessoas privadas que prestam serviço
público por delegação do Estado – concessão, permissão ou autorização de
serviço público).
Veja que Fernanda sofreu a lesão em decorrência de atuação de uma
concessionária de serviço público, motivo pelo qual a sociedade empresária
será responsabilizada objetivamente pela lesão. Ademais, no caso, é
prescindível (dispensável) a comprovação de dolo ou culpa dos funcionários
(ou seja, eles podem ter atuado com todo o zelo e cautela esperados, mas
mesmo assim a empresa será responsabilizada).
Vamos analisar as outras alternativas:
a) a responsabilidade é objetiva e independe (prescinde) de dolo ou culpa) –
ERRADA;
c e d) o Município somente responderia de forma subsidiária, ou seja, quando
a sociedade empresária concessionária não tivesse condições de arcar com a
indenização – ERRADAS;
e) os funcionários respondem apenas de forma subjetiva e mediante ação de
regresso, ou seja, após a sociedade empresária ser condenada A indenizar o
particular, poderá pleitear a devolução de recursos por parte de seus
funcionários, desde que eles tenham atuado com dolo ou culpa – ERRADA.
--------------------------------------------------------------------------------------
32 (2016/FGV/MPE-RJ/Técnico do Ministério Público - Área
Notificação e Atos Intimatórios)
Ernesto, servidor público estadual, ao atender um cidadão em sua repartição,
ficou aborrecido com o comentário de que o atendimento era muito ruim. Ato
contínuo, desferiu socos e chutes no referido cidadão. Este último procurou
um advogado e solicitou esclarecimentos a respeito de quem seria o
responsável pela reparação dos danos sofridos, bem como sobre a natureza

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 280


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dessa espécie de responsabilização. À luz da sistemática constitucional, nesse


caso, a responsabilidade:
a) da Administração Pública será objetiva, vedado o direito de regresso contra
o servidor público;
b) do servidor público será objetiva, vedado o direito de regresso contra a
Administração Pública;
c) da Administração Pública será subjetiva, facultado o direito de regresso
contra o servidor público;
d) do servidor público será subjetiva, permitido o direito de regresso contra a
Administração Pública;
e) da Administração Pública será objetiva, permitido o direito de regresso
contra o servidor público.
Gabarito: Letra E
Comentários:
No caso descrito acima em que um funcionário público provoque danos a um
particular, a responsabilidade será da administração pública e objetiva.
Ernesto poderá responder regressivamente pelos seus atos desde que
comprovado o dolo ou a culpa dele.
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33 (2016/FGV/IBGE/Analista)
Mariano, motorista de fundação pública federal de direito público, conduzia
com as cautelas necessárias veículo oficial da entidade levando documentação
de repartição regional para a sede da fundação. No meio do trajeto, o veículo
foi abalroado por um motociclista que conduzia sua moto na contramão da
direção e em velocidade acima do permitido para a via. O motociclista sofreu
lesões corporais graves em razão do acidente, mas felizmente Mariano saiu
ileso do episódio. No caso em tela, em matéria de indenização em favor do
motociclista:
a) afasta-se a responsabilidade civil administrativa da fundação pública, eis
que não ficou comprovado dolo ou culpa de seu agente Mariano;
b) afasta-se a responsabilidade civil objetiva da fundação pública, eis que
ficou comprovada a culpa exclusiva da vítima (motociclista), fato que rompe o
nexo causal;
c) aplica-se a responsabilidade civil objetiva da fundação pública, não
havendo necessidade de comprovação do dolo ou culpa de Mariano, devendo
a fundação reparar os danos;

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d) aplica-se a responsabilidade civil subjetiva da fundação pública, não


havendo necessidade de comprovação do dolo ou culpa do motorista,
devendo a fundação reparar os danos;
e) aplica-se a responsabilidade civil subjetiva da fundação pública, em razão
da teoria do risco administrativo, devendo a fundação reparar os danos.
Gabarito: Letra B
Comentários:
No caso, houve culpa exclusiva da vítima, o que afastará a responsabilidade
da Fundação Pública.
Casos que afastam a responsabilidade do Estado (excludentes):
- culpa exclusiva da vítima
- força maior ou caso fortuito
- culpa exclusiva de terceiro
--------------------------------------------------------------------------------------
34 (2016/IADES/Ceitec S.A/Advogado)
No ordenamento jurídico vigente, a responsabilidade civil desdobra-se, no
âmbito privado, com base na teoria da responsabilidade subjetiva e, no
âmbito público, com amparo na responsabilidade objetiva. Segundo
entendimento de José dos Santos Carvalho Filho, no que se refere à aplicação
desses âmbitos no contexto das empresas públicas e das sociedades de
economia mista, e considerando a relação da responsabilidade delas com a
pessoa federativa a que estão vinculadas, assinale a alternativa correta.
a) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, por serem
integrantes da administração pública indireta, submetem-se à
responsabilidade civil objetiva, sem exceções.
b) A Constituição Federal expressamente exclui as empresas públicas e
sociedades de economia mista do âmbito da responsabilidade civil objetiva.
c) É preciso definir se a atividade exercida pela empresa pública ou sociedade
de economia mista é relativa à exploração econômica em sentido estrito ou à
prestação de serviços públicos típicos.
d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, por serem
regidas pelo direito privado nas respectivas relações com terceiros, ainda que
integrantes da administração pública indireta, submetem-se à
responsabilidade civil subjetiva, sem exceções.
e) Em se tratando de empresa pública ou de sociedade de economia mista
que explore atividade econômica, não fica caracterizada a responsabilidade

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 282


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subsidiária da pessoa federativa a que estão vinculadas; já, em se tratando


de empresa pública ou de sociedade de economia mista que preste serviços
públicos típicos, há a incidência da responsabilização subsidiária, mas nunca
solidária, daquela pessoa federativa.
Gabarito: Letra C
Comentários:
Em se tratando de empresas estatais (SEM e EP), é necessário definir qual o
tipo de atividade que exercem. Com efeito, as estatais que prestam serviço
público responderão objetivamente pelos danos que causarem aos terceiros e
a estatais que exploram atividades econômicas responderão subjetivamente
pelos danos que causarem aos terceiros.
--------------------------------------------------------------------------------------
35 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
João, servidor público, ao dirigir veículo automotor pertencente à frota de seu
órgão de lotação, no exercício de sua função, bateu em veículo automotor de
particular.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Poderia haver responsabilização do Estado por culpa in elegendo e culpa in
vigilando caso João estivesse atuando fora de suas funções mas a pretexto de
exercê-las.
b) A responsabilidade civil do Estado pela omissão se pauta pelos mesmos
fundamentos da responsabilidade civil do Estado por atos comissivos.
c) Caso seja apurada culpa exclusiva de João, ele responderá diretamente ao
particular pelo prejuízo causado, excluindo a responsabilidade civil do Estado.
d) Ainda que se apure culpa exclusiva do particular, o Estado se
responsabilizará por eventuais danos, dada a teoria do risco administrativo.
e) Para que seja ressarcido dos danos experimentados, o particular deverá
provar a culpa de João pelo acidente.
Gabarito: Letra A
Comentários:
Letra a: Correto. Nas palavras da doutrina de José dos Santos Carvalho
Filho (Manual de Direito Administrativo. 22ª edição., Rio de Janeiro, 2009, p.
531-532): “Para configurar-se esse tipo de responsabilidade, bastam três
pressupostos. O primeiro deles é a ocorrência do fato administrativo, assim
considerado como qualquer forma de conduta, comissiva ou omissiva,

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 283


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

legítima ou ilegítima, singular ou coletiva, atribuída ao Poder Público. Ainda


que o agente estatal atue fora de suas funções, mas a pretexto de
exercê-las, o fato é tido como administrativo, no mínimo pela má escolha do
agente (culpa in eligendo) ou pela má fiscalização de sua conduta (culpa in
vigilando).”
Letra b: Errado. A responsabilidade por ato omissivo da administração é
subjetiva, ao passo que a responsabilidade civil do estado por ato comissivo
é objetiva.
Letra c: Errado. A pessoa jurídica irá responder pelo dano de João, sendo
cabível a ação regressiva para o ressarcimento.
Art. 37 § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa
Letra d: Errado. No caso de culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força
maior, existe o rompimento do nexo de causalidade entre a ação e o
dano, nesse caso, não haverá responsabilidade civil do Estado.
Letra e: Errado. Para que seja ressarcido dos danos experimentados, o
particular deverá comprovar a ação, dano e o nexo de causalidade,
dispensado da culpabilidade, uma vez que a responsabilidade objetiva do
estado o exime disso.
--------------------------------------------------------------------------------------
36 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
A respeito da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.
a) A responsabilidade civil objetiva das concessionárias e permissionárias de
serviços públicos abrange somente as relações jurídicas entre elas e os
usuários dos serviços públicos.
b) A responsabilidade civil objetiva aplica-se a todas as pessoas jurídicas de
direito público.
c) O princípio da pessoalidade é o que orienta a responsabilidade civil do
Estado.
d) As pessoas jurídicas de direito público não se responsabilizam pelos danos
causados por seus agentes.
e) A responsabilidade da administração pública será sempre objetiva.
Gabarito: Letra B

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 284


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Comentários:
Letra a: Errado. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito
privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros
usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da
Constituição Federal (STF RE 591874 / MS)
Letra b: Correto. Art. 37 § 6º As pessoas jurídicas de direito público e
as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Letra c: Errado. O princípio da IMpessoalidade é o que orienta a
responsabilidade civil do Estado.
Letra d: Errado. Consoante ao Art. 37 §6 acima, As pessoas jurídicas de
direito público responsabilizam-se pelos danos causados por seus agentes,
independentemente de culpa.
Letra e: Errado. A responsabilidade da administração pública será objetiva
quando o ato for comissivo, ao passo que será subjetiva quando o ato for
omissivo.
--------------------------------------------------------------------------------------
37 (2016/CESPE/FUNPRESP-EXE/Direito)
Com relação aos convênios administrativos, aos agentes públicos e à
responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Um empregado de empresa prestadora de serviços
públicos causou, por omissão, dano a usuário do respectivo serviço, tendo
ficado configurada a sua responsabilidade pela inobservância inescusável a
dever de cautela. Assertiva: Nessa situação, se a empresa empregadora
indenizar o usuário, estará assegurado seu direito de regresso em face do
empregado, ainda que a conduta deste não tenha sido intencional.
Gabarito: Correto
Comentários:
Exato. Caso a empresa indenizar o usuário que sofreu o dano, ela terá direito
de regresso contra o empregado, ainda que esse empregado não tenha agido
com dolo (intencional), bastando uma das modalidades da culpa para que
haja o direito de regresso.
--------------------------------------------------------------------------------------
38 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 285


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Considere a seguinte situação hipotética: em determinado Município do


Estado do Mato Grosso houve grandes deslizamentos de terras provocados
por fortes chuvas na região, causando o soterramento de casas e pessoas. O
ente público foi condenado a indenizar as vítimas, em razão da ausência de
sistema de captação de águas pluviais que, caso existisse, teria evitado o
ocorrido. Nesse caso, a condenação está
a) correta, tratando-se de típico exemplo da responsabilidade disjuntiva do
Estado.
b) incorreta, por ser hipótese de exclusão da responsabilidade em decorrência
de fator da natureza.
c) correta, haja vista a omissão estatal, aplicando-se a teoria da culpa do
serviço público.
d) correta, no entanto, a responsabilidade estatal, no caso, deve ser repartida
com a da vítima.
e) incorreta, haja vista que o Estado somente responde objetivamente, e, no
caso narrado, não se aplica tal modalidade de responsabilidade.
Gabarito: Letra C
Comentários:
Veja que a questão afirmou que se o Estado não tivesse sido omisso, evitaria
os deslizamentos. Dessa forma, devemos adotar a teoria da culpa
administrativa.
TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA
- dano + nexo causal + falha no serviço público (nas modalidades
inexistência do serviço, mau funcionamento do serviço ou
retardamento do serviço).
- é responsabilidade do tipo subjetiva, no entanto, não exige que seja
provada a culpa de um agente público individualizado.
- o ônus da prova cabe ao particular que sofreu o dano.
- é adotada no Brasil, nos casos decorrentes de OMISSÃO do Estado.
--------------------------------------------------------------------------------------
39 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração)
Se determinado agente de uma sociedade de economia mista estadual,
concessionária do serviço de energia elétrica, causar, durante a prestação de
um serviço, dano à residência de um particular,

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 286


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

a) a concessionária responderá objetivamente, de acordo com a teoria do


risco integral, caso fiquem comprovados o dano causado ao particular, a
conduta do agente e o nexo de causalidade entre o dano e a conduta.
b) a concessionária de serviço público poderá responder pelo dano causado
ao particular, independentemente da comprovação de culpa ou dolo do
agente.
c) haverá responsabilidade subjetiva do estado federado, caso a
concessionária de serviço público não tenha condições de reparar o prejuízo
causado.
d) será excluída a responsabilidade da concessionária e a do estado federado,
caso o particular tenha concorrido para a ocorrência do dano.
e) a concessionária não responderá pelo dano, por não possuir personalidade
jurídica de direito público.
Gabarito: Letra B
Comentários:
Letra a: Errado. A concessionária responderá objetivamente, de acordo com
a teoria do risco ADMINISTRATIVO, caso fiquem comprovados o dano
causado ao particular, a conduta do agente e o nexo de causalidade entre o
dano e a conduta.
Letra b: Correto. A concessionária de serviço público poderá responder pelo
dano causado ao particular, independentemente da comprovação de culpa ou
dolo do agente.
Letra c: Errado. Haverá responsabilidade OBJETIVA do estado federado,
caso a concessionária de serviço público não tenha condições de reparar o
prejuízo causado.
Letra d: Errado. Será ATENUADA/MITIGADA a responsabilidade da
concessionária e a do estado federado, caso o particular tenha concorrido
para a ocorrência do dano.
Letra e: Errado. A concessionária RESPONDERÁ pelo dano,
INDEPENDENTEMENTE DO FATO DE não possuir personalidade jurídica de
direito público.
--------------------------------------------------------------------------------------
40 (2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário)
Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 287


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

a) Se ato danoso for praticado por agente público fora do período de


expediente e do desempenho de suas funções, a responsabilidade do Estado
será afastada.
b) Os danos oriundos de ato jurisdicional ensejam a responsabilização direta
e objetiva do juiz prolator da decisão.
c) Em razão do princípio da supremacia do interesse público, são vedados o
reconhecimento da responsabilidade e a reparação de dano extrajudicial pela
administração.
d) A responsabilidade objetiva de empresa concessionária de serviço público
alcança usuários e não usuários do serviço público.
e) A responsabilidade objetiva do Estado não alcança atos que produzam
danos aos seus próprios agentes, hipótese em que sua responsabilidade será
subjetiva.
Gabarito: Letra D
Comentários:
Letra a: Errado. Nem sempre a responsabilidade será afastada. Peguemos o
exemplo do policial de folga que utiliza arma da corporação para revidar um
assalto que ele presenciou. Mesmo estando fora do expediente e não estando
agindo dentro das suas funções, o policial está atuando na qualidade de
agente público, assim, caso cause algum dano a particulares, o Estado poderá
ser responsabilizado. Resumindo: um agente público mesmo fora do
expediente, não atuando no exercício das suas funções, mas agindo na
qualidade de agente público, poderá causar dano a particular e o Estado
poderá ser responsabilizado.
Letra b: Errado. Os danos oriundos de ato jurisdicional ensejam a
responsabilização direta e objetiva do Estado e não do juiz. Caso o Estado
seja responsabilizado, poderá cobrar regressivamente do juiz, desde
comprovado o dolo ou a culpa do magistrado.
Letra c: Errado. Pelo contrário, não são vedados o reconhecimento da
responsabilidade e a reparação de dano extrajudicial pela administração.
Letra d: Correta. Sim, a responsabilidade objetiva da concessionária de
serviço público alcança tanto os usuários como os não usuários do serviço
público.
Letra e: Errado. O STF firmou entendimento no sentido de que excluir da
responsabilidade do Estado os danos causados aos próprios agentes
públicos acabaria por esvaziar o preceito do art. 37, § 6º, da
Constituição Federal, estabelecendo distinção nele não contemplada.

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 288


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

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41 (2016/CESPE/DPU/Analista Técnico – Administrativo)
Acerca da organização administrativa da União, da organização e da
responsabilidade civil do Estado, bem como do exercício do poder de polícia
administrativa, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica de direito público
tenha sido responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um dos seus
servidores públicos. Assertiva: Nessa situação, o direito de regresso poderá
ser exercido contra esse servidor ainda que não seja comprovada a
ocorrência de dolo ou culpa.
Gabarito: Errado
Comentários:
O direito de regresso poderá ser exercido contra esse servidor somente se
for comprovada a ocorrência de dolo ou culpa. Já vimos que a
responsabilidade do servidor é subjetiva, ou seja, ele deve ter agido com
dolo ou culpa para ser responsabilizado.
--------------------------------------------------------------------------------------
42 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais)
A respeito da responsabilidade civil do Estado e das licitações, julgue o item
subsequente.
Para a configuração da responsabilidade objetiva do Estado, é necessária a
demonstração de culpa ou dolo do agente público.
Gabarito: Errado
Comentários:
Para a configuração da responsabilidade objetiva do Estado NÃO é necessária
a demonstração de culpa ou dolo do agente publico, basta que haja uma
conduta, um dano e o nexo causal entre a conduta e o dano causado.
--------------------------------------------------------------------------------------
43 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais)
A respeito da responsabilidade civil do Estado e das licitações, julgue o item
subsequente.
A responsabilidade do Estado inclui o dever de indenizar as vítimas quando de
ação ou omissão, ainda que lícita, resultar-lhes danos.
Gabarito: Correto.
Comentários:
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 289
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Segundo Alexandre Mazza, para a configuração da responsabilidade estatal é


irrelevante a licitude ou ilicitude do ato lesivo, bastando que haja um
prejuízo decorrente de ação ou omissão de agente público para que surja o
dever de indenizar.
Em regra, os danos indenizáveis derivam de condutas contrárias ao
ordenamento. Porém, há situações em que a Administração Pública atua em
conformidade com o direito e, ainda assim, causa prejuízo a particulares. São
danos decorrentes de atos lícito e que também produzem dever de
indenizar. Exemplo: obras para asfaltamento de rua diminuindo a clientela
de estabelecimento comercial.
--------------------------------------------------------------------------------------
44 (2016/CESPE/TJ-DFT/Juiz de Direito)
Acerca da responsabilidade do Estado na doutrina pátria e na jurisprudência
do STF, assinale a opção correta.
a) A responsabilidade civil do Estado por atos legislativos incide nos mesmos
termos da responsabilidade da administração pública, bastando que o ato
legislativo produza danos ao lesado para que surja o dever de indenizar.
b) O servidor público responderá por atos dolosos e culposos que causem
danos ao administrado, e essa responsabilidade será apurada
regressivamente em litígio que envolva o servidor e o ente público ao qual
está vinculado, em caso de obrigação do Estado de ressarcir o dano causado
ao lesado.
c) O Estado responde, pelos atos jurisdicionais, nos casos de condenação
errônea do jurisdicionado em processo criminal, prisão por prazo superior ao
previsto no título condenatório, prisão preventiva seguida de posterior
absolvição em processo criminal e dolo do magistrado na prática de ato
jurisdicional danoso à parte.
d) A responsabilidade objetiva do Estado, pela teoria do risco administrativo,
indica ser suficiente a concorrência da conduta do agente público, do dano ao
terceiro e do nexo de causalidade, não havendo causas excludentes da
responsabilidade estatal.
e) A responsabilidade do Estado pelos danos decorrentes de atos de seus
agentes independente de culpa, exceto nos casos de culpa dativa do preposto
do ente público.
Gabarito: Letra B
Comentários:

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Letra a: Errado. A responsabilidade estatal por danos causados por leis


inconstitucionais foi admitida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento
do RE 153.464, desde que a vítima demonstre especial e anormal prejuízo
decorrente da norma inválida. Exige-se, ainda, como pressuposto da
condenação a declaração formal de inconstitucionalidade da lei pelo próprio
Supremo Tribunal Federal. (Alexandre Mazza)
Letra b: Correto. O Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União – Lei n.
8.112/90 – determina que o servidor responde civil, penal e
administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Essa tríplice
responsabilidade decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Importante destacar que o
art. 122, § 2º, do Estatuto prescreve que, em se tratando de dano causado a
terceiros, o servidor responderá perante a Fazenda Pública, em
ação regressiva. Assim, a Lei n. 8.112/90 não admite propositura de ação
indenizatória diretamente contra a pessoa do servidor público, pois vincula
sua responsabilização à ação regressiva. (Alexandre Mazza)
Letra c: Errado. Em relação aos atos tipicamente jurisdicionais, entende-se
que, em princípio, não produzem direito a indenização como consequência da
soberania do Poder Judiciário e da autoridade da coisa julgada. Entretanto, a
Constituição Federal prevê, excepcionalmente, a possibilidade de
ressarcimento do condenado por erro judicial, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença, entre outras hipóteses. (Alexandre Mazza)
A questão controversa diz respeito à responsabilidade civil estatal por prisão
preventiva, seguida de posterior absolvição. A jurisprudência do STJ é firme
no sentido de que a prisão processual e posterior absolvição no processo
criminal não enseja, por si só, direito à indenização.
Letra d: Errado. A Constituição de 1988 optou pela adoção de uma variante
moderada da responsabilidade estatal: a teoria do risco administrativo. Tal
teoria reconhece excludentes do dever de indenizar, como culpa exclusiva da
vítima, força maior e culpa de terceiros. (Alexandre Mazza)
Letra e: Errado: A legitimidade passiva é da pessoa jurídica de direito
público para arcar com a sucumbência de ação promovida pelo Ministério
Público na defesa de interesse do ente estatal.
É assegurado o direito de regresso na hipótese de se verificar a incidência de
dolo ou culpa do preposto, que atua em nome do Estado.
Responsabilidade objetiva do Estado caracterizada.
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LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA


LEI N. 8.429/1992
Previsão constitucional, art. 37, § 4°, CF88:
Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública,
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da
ação penal cabível.

SUJEITOS ATIVOS
- Agente público, ainda que transitoriamente ou sem remuneração. Inclui
agentes políticos.
- Terceiro, que induza ou concorra para a prática de ato de improbidade
(deve haver participação de agente público).

SUJEITOS PASSIVOS
- Administração direta, indireta ou fundacional;
- Empresa incorporada ao patrimônio público;
- Entidade privada da qual o erário participe com mais de 50% do
patrimônio ou da receita anual;
- Entidade privada da qual o erário participe com menos de 50% do
patrimônio ou da receita anual (sanção limita-se à contribuição do poder
público).
- Empresa privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
creditício, de órgão público (sanção limita-se à contribuição do poder público).

SANÇÕES:
Natureza administrativa, civil e política.
Administrativa: perda da função pública, proibição de contratar com o Poder
Público;
Civil: indisponibilidade de bens, ressarcimento ao erário, multa civil;
Política: suspensão dos direitos políticos.

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OBS: NÃO PREVÊ SANÇÕES PENAIS (exceto àquele que apresenta


denúncia sabidamente infundada).
OBS: Independe da ocorrência de dano ao erário (exceto quanto à pena
de ressarcimento) ou da aprovação ou rejeição das contas pelo Tribunal
de Contas.
OBS: Exige comprovação de dolo (enriquecimento ilícito e violação dos
princípios) e dolo ou culpa (prejuízo ao erário).
Declaração de bens: obrigatória para a posse ou exercício. Quem deixar
de entregar ou falsificar fica sujeito à pena de demissão, a bem do serviço
público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

Procedimento administrativo e processo judicial:


- Qualquer pessoa pode representar à autoridade administrativa competente
ou ao MP;
- Tribunal de Contas e MP podem indicar representante para acompanhar a
apuração administrativa;
- Pode ser decretada medida cautelar de sequestro dos bens;
- A autoridade judicial ou administrativa pode determinar o
afastamento do agente público do exercício do cargo, sem prejuízo da
remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.
- A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

PRESCRIÇÃO
Cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em
comissão ou de função de confiança.
Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego, aplica-se o prazo
prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis
com demissão a bem do serviço público.
OBS: Ações civis de ressarcimento ao erário são imprescritíveis.

Atos de improbidade administrativa


Que importam enriquecimento ilícito: auferir qualquer tipo de vantagem
patrimonial indevida, direta ou indireta, em razão do exercício de cargo,
mandato, função, emprego ou atividade pública. Exemplos: o Receber

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propina; utilizar bem ou servidor público em proveito próprio; adquirir bens


em valor desproporcional à própria renda.

Que causam prejuízo ao erário: qualquer ação ou omissão, dolosa ou


culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres de órgão ou entidade
pública. Exemplos: o Permitir ou concorrer que se utilize bens ou dinheiro
público sem observar a lei; aquisição de bens pela Adm. Pública fora das
condições de mercado; frustrar a licitude de licitação; realizar despesa pública
de forma irregular.

Que atentam contra os princípios da Administração Pública: qualquer


ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade e lealdade às instituições, bem como outros princípios da Adm.
Pública. Exemplos: o Praticar ato visando fim proibido ou diverso daquele
previsto em lei; revelar informação sigilosa; deixar de prestar contas; frustrar
a licitude de concurso público.

SANÇÕES PELA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA


ENRIQUECIMENTO PREJUÍZO AO LESÃO AOS
ILÍCITO ERÁRIO PRINCÍPIOS

RESSARCIMENTO AO
Aplicável Aplicável Aplicável
ERÁRIO

PERDA DA FUNÇÃO
Aplicável Aplicável Aplicável
PÚBLICA

SUSPENSÃO DOS
DIREITOS De 8 a 10 anos De 5 a 8 anos De 3 a 5 anos
POLÍTICOS

PERDA DOS BENS


ACRESCIDOS Deve ser alicada Pode ser aplicada ---
ILICITAMENTE

Até 100X o valor da


Até 3X o valor do Até 2X o valor do
MULTA CIVIL remuneração
acréscimo patrimonial dano
recebida pelo agente

PROIBIÇÃO DE
CONTRATAR COM O Por 10 anos Por 5 anos Por 3 anos
PODER PÚBLICO

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JURISPRUDÊNCIA DO STJ EM CASOS DE IA

É inadmissível a responsabilidade objetiva na aplicação da Lei n. 8.429/1992,


exigindo- se a presença de dolo nos casos dos arts. 9º e 11 (que coíbem o
enriquecimento ilícito e o atentado aos princípios administrativos, respectivamente) e
ao menos de culpa nos termos do art. 10, que censura os atos de improbidade por
dano ao Erário.

A ausência da notificação do réu para a defesa prévia, prevista no art. 17, §


7º, da Lei de Improbidade Administrativa, só acarreta nulidade processual se houver
comprovado prejuízo (pas de nullité sans grief).

A presença de indícios de cometimento de atos ímprobos autoriza o


recebimento fundamentado da petição inicial nos termos do art. 17, §§ 7º, 8º e 9º,
da Lei n. 8.429/92, devendo prevalecer, no juízo preliminar, o princípio do in dubio
pro societate.

O termo inicial da prescrição em improbidade administrativa em relação a


particulares que se beneficiam de ato ímprobo é idêntico ao do agente público que
praticou a ilicitude.

A eventual prescrição das sanções decorrentes dos atos de improbidade


administrativa não obsta o prosseguimento da demanda quanto ao pleito de
ressarcimento dos danos causados ao erário, que é imprescritível (art. 37, § 5º, da
CF).

É inviável a propositura de ação civil de improbidade administrativa


exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de agente público
no polo passivo da demanda.

Na ação de improbidade, a decretação de indisponibilidade de bens pode


recair sobre aqueles adquiridos anteriormente ao suposto ato, além de levar em
consideração, o valor de possível multa civil como sanção autônoma.

No caso de agentes políticos reeleitos, o termo inicial do prazo prescricional


nas ações de improbidade administrativa deve ser contado a partir do término do
último mandato.

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LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.


Dispõe sobre as sanções aplicáveis
aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de
mandato, cargo, emprego ou função
na administração pública direta,
indireta ou fundacional e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público,
servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra
com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão
punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba
subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem
como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita
anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do
ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura
ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas
no artigo anterior.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que,
mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato
de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a
velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

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Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou


culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro
beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou
ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável
pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos
bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo
recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre
o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do
valor da herança.
CAPÍTULO II
Dos Atos de Improbidade Administrativa
Seção I
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam
Enriquecimento Ilícito
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida
em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou
qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão,
percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou
indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente
das atribuições do agente público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a
aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de
serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de
mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a
alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço
por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos
ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer

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das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de


servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas
entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta,
para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de
narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita,
ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta,
para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou
qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou
característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja
desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou
assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível
de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições
do agente público, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação
de verba pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou
indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que
esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas
ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no
art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes
do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.
Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao
Erário
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial,
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

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I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao


patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.
1º desta lei;
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize
bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado,
ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores
do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei,
sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à
espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante
do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou
ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de
mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço
por preço superior ao de mercado;
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para
celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los
indevidamente;
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou
regulamento;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no
que diz respeito à conservação do patrimônio público;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes
ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça
ilicitamente;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos,
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade
ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei,

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bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros


contratados por essas entidades.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a
prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as
formalidades previstas na lei;
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia
dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao
patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou
valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie;
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize
bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração
pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;
XIX - frustrar a licitude de processo seletivo para celebração de parcerias da
administração pública com entidades privadas ou dispensá-lo indevidamente;
XX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações
de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades
privadas;
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou
influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.
Seção II-A
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) (Produção de efeito)
Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão
ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou
omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário
contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar
nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
2016) (Produção de efeito)
Seção III

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Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os


Princípios da Administração Pública
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições,
e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele
previsto, na regra de competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições
e que deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da
respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de
afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação
de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades
privadas.
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na
legislação.
CAPÍTULO III
Das Penas
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade
sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente
ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da
função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos,
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
dez anos;

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II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou


valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância,
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos,
pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda
da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos,
pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida
pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo de três anos.
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três)
vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em
conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido
pelo agente.
CAPÍTULO IV
Da Declaração de Bens
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu
patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro,
títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais,
localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e
valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras
pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos
apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o
agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar
declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual
de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da

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legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com


as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no §
2° deste artigo .
CAPÍTULO V
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a
prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada,
conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua
autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho
fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º
deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos
termos do art. 22 desta lei.
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a
imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será
processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os
respectivos regulamentos disciplinares.
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao
Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo
para apurar a prática de ato de improbidade.
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas
poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o
procedimento administrativo.
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão
representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que
requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente
ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio
público.
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos
arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o
bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo
indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.

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Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo
Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da
efetivação da medida cautelar.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o
caput.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à
complementação do ressarcimento do patrimônio público.
§ 3oNo caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público,
aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29
de junho de 1965.
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.
§ 5oA propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações
posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo
objeto.
§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham
indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões
fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas
provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos
arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil.
§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a
notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá
ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.
§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão
fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de
improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar
contestação.
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento.
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de
improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito.
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos
regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de
Processo Penal.
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica
interessada o ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária

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de que tratam o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de


31 de julho de 2003.
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou
decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a
reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada
pelo ilícito.
CAPÍTULO VI
Das Disposições Penais
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra
agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe
inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar
o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver
provocado.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá
determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer
necessária à instrução processual.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena
de ressarcimento;
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou
pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de
ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante
representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá
requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
CAPÍTULO VII
Da Prescrição
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei
podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em
comissão ou de função de confiança;

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II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas


disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de
exercício de cargo efetivo ou emprego.
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da
prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art.
1o desta Lei.
CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais
Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502,
de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário.

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QUESTÕES
01 (2017/CESPE/MPE-RR/Promotor de Justiça)
Após a captura em flagrante de um homem, policiais o detiveram na
delegacia, onde o torturaram na tentativa de obter dele a confissão da prática
de determinado crime. O MP ajuizou ação de improbidade administrativa
contra esses policiais.
Nessa situação hipotética, conforme o entendimento do STJ, a conduta dos
policiais
a) não configurou ato de improbidade administrativa, que se caracteriza como
ato imoral com feição de corrupção de natureza econômica, conduta
inexistente no tipo penal de tortura.
b) configurou ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública.
c) configurou ato de improbidade administrativa, pois a tortura é
expressamente prevista no rol de condutas ímprobas na Lei de Improbidade
Administrativa.
d) não configurou ato de improbidade administrativa, que pressupõe lesão
direta à própria administração, e não a terceiros.

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02 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
Um servidor da Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza, ocupante
exclusivamente de cargo em comissão, foi preso em flagrante, em operação
da Polícia Federal, por fraudar licitação para favorecer determinada empresa.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente tendo
como fundamento o controle da administração pública e as disposições da Lei
de Improbidade Administrativa e da Lei Municipal n.º 6.794/1990, que dispõe
sobre o Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza.
Mesmo que o servidor mencionado colabore com as investigações e ressarça
o erário, não poderá haver acordo ou transação judicial em sede de ação de
improbidade administrativa.

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03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)

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Um servidor da Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza, ocupante


exclusivamente de cargo em comissão, foi preso em flagrante, em operação
da Polícia Federal, por fraudar licitação para favorecer determinada empresa.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente tendo
como fundamento o controle da administração pública e as disposições da Lei
de Improbidade Administrativa e da Lei Municipal n.º 6.794/1990, que dispõe
sobre o Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza.
Segundo o entendimento do STJ, caso o referido servidor faleça durante a
ação de improbidade administrativa, a obrigação de reparar o erário será
imediatamente extinta, dado o caráter personalíssimo desse tipo de sanção.

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04 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal)
A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o
próximo item.
Se, após um inquérito civil público, o MP ajuizar ação de improbidade contra
agente público por ofensa ao princípio constitucional da publicidade, o agente
público responderá objetivamente pelos atos praticados, conforme o
entendimento do STJ.

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05 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito)
De acordo com o entendimento jurisprudencial e a Lei n.º 8.429/1992,
assinale a opção correta a respeito da improbidade administrativa.
a) Conforme o STJ, a tipificação do ato de improbidade administrativa que
atenta contra os princípios da administração pública exige a demonstração de
dolo específico.
b) A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que os agentes políticos
municipais não se submetem aos ditames da Lei de Improbidade
Administrativa, porquanto já estão sujeitos à responsabilização política e
criminal prevista no decreto-lei que trata dos crimes de responsabilidade de
prefeitos e vereadores.
c) Segundo o STF, compete ao primeiro grau de jurisdição o julgamento das
ações de improbidade administrativa contra agentes políticos, ocupantes de
cargos públicos ou detentores de mandato eletivo, independentemente de
eles estarem, ou não, em atividade.

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d) Para o STJ, nos atos de improbidade administrativa que causem lesão ao


erário, a responsabilidade entre os agentes ímprobos é subsidiária.

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06 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Maria prestou concurso para cargo em empresa pública prestadora de
serviços públicos, tendo sido aprovada e regularmente empossada ao cargo
no ano de 2015. Maria
a) é considerada agente público para fins de incidência das sanções previstas
na Lei de Improbidade Administrativa.
b) submete-se obrigatoriamente ao regime estatutário do servidor público,
sendo, no entanto, o vínculo jurídico entre ela e a empresa pública de
natureza contratual.
c) não terá direito de exigir motivação em eventual ato de demissão.
d) poderá acumular seu emprego com cargos ou funções públicas, não lhe
sendo aplicável a proibição de acumulação prevista na Constituição Federal.
e) está sujeita a todas as normas aplicáveis aos servidores públicos das
autarquias, sem qualquer exceção.

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07 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Joaquim, diretor de autarquia estadual, contratou, sem concurso público, três
pessoas para integrarem o quadro de servidores da mencionada entidade.
Alguns meses após a contratação, o Ministério Público ajuizou ação de
improbidade administrativa contra Joaquim, sob o fundamento de que foi
frustrada a licitude de concurso púbico, pleiteando sua condenação pela
prática de ato ímprobo que atenta contra os princípios da Administração
pública. Ao longo do citado processo, restou demonstrado que Joaquim, de
fato, frustrou a licitude de concurso público. Nos termos da Lei nº
8.429/1992,
a) a conduta praticada por Joaquim apenas configurará ato de improbidade
administrativa se for comprovada a ocorrência de dano ao erário.
b) o ato ímprobo praticado por Joaquim restará configurado mesmo que
ausente o dolo, desde que presente a conduta culposa.

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c) está incorreto o enquadramento feito pelo Ministério Público, pois a


conduta de Joaquim enquadra-se em outra modalidade de ato ímprobo, qual
seja, ato ímprobo causador de prejuízo ao erário.
d) está correto o enquadramento feito pelo Ministério Público, e, caso seja
condenado, Joaquim estará sujeito, dentre outras cominações, à proibição de
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo de cinco anos.
e) está correto o enquadramento feito pelo Ministério Público, e, caso seja
condenado, Joaquim estará sujeito, dentre outras cominações, à suspensão
dos direitos políticos de três a cinco anos.

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08 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Considere a seguinte situação hipotética: o Ministério Público do Estado do
Mato Grosso ingressou com ação de improbidade contra o agente público
Ricardo. Após analisar a defesa preliminar apresentada, o juiz determinou o
prosseguimento do feito, com a consequente citação de Ricardo para o
oferecimento de contestação. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, o tema da
inadequação da ação de improbidade
a) não poderá ser enfrentado pelo magistrado em outro momento processual,
haja vista que já foi analisado por ocasião da análise da defesa preliminar.
b) poderá ser enfrentado em qualquer fase do processo e, caso acolhido,
importará em extinção do processo sem julgamento de mérito.
c) poderá novamente ser enfrentado por ocasião da análise da contestação,
último momento para enfrentar o tema.
d) apenas poderá novamente ser enfrentado por ocasião da prolação da
sentença, por ser o momento em que é devolvida ao magistrado a análise de
toda a matéria discutida na demanda.
e) poderá ser enfrentado em qualquer fase do processo e, caso acolhido,
importará em extinção do processo com julgamento de mérito.

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09 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)

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Onofre, auditor fiscal da Receita Federal, recebeu vantagem econômica para


tolerar a prática de contrabando, razão pela qual foi processado por
improbidade administrativa. Nos termos da Lei no 8.429/1992, a conduta de
Onofre insere-se expressamente na modalidade de ato de improbidade
administrativa
a) causador de prejuízo ao erário, não sendo necessária a efetiva ocorrência
de prejuízo ao erário para que reste configurado o ato ímprobo.
b) causador de prejuízo ao erário, sendo necessário, dentre outros elementos,
a conduta dolosa para a configuração do ato ímprobo.
c) que atenta contra os princípios da Administração pública, sendo necessário,
dentre outros elementos, conduta meramente culposa para a configuração do
ato ímprobo.
d) que importa enriquecimento ilícito, sendo necessário, dentre outros
elementos, a conduta dolosa para a configuração do ato ímprobo.
e) que importa enriquecimento ilícito, sendo necessário, dentre outros
elementos, conduta meramente culposa para a configuração do ato ímprobo.

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10 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área
Judiciária)
Wagner é Analista Judiciário de determinado Tribunal Regional do Trabalho,
sendo uma de suas atribuições inserir e atualizar informações processuais em
base de dados. Ocorre que um dos processos sob sua responsabilidade para
proceder a respectiva atualização processual pertence a um desafeto seu,
razão pela qual retardou, indevidamente, a prática do ato de ofício. Nos
termos da Lei n° 8.429/1992, caso preenchidos os demais requisitos legais
para a configuração do ato ímprobo, Wagner estará sujeito, dentre outras, à
cominação de
a) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo máximo de 5 anos.
b) suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos.
c) multa civil de até duzentas vezes o valor da remuneração percebida por
Wagner.
d) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo máximo de 3 anos.
e) suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos.

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11 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Oficial de


Justiça Avaliador)
Considere a seguinte situação hipotética: João é servidor público de
determinado Tribunal de Justiça e, por diversas vezes, utilizou-se dos serviços
do motorista do Tribunal para fins particulares. Assim, utilizou-se do veículo
oficial do Tribunal e do motorista para realizar viagens aos finais de semana,
mudanças de residência, levar e buscar seus filhos à escola, fazer
pagamentos em bancos, etc. Em razão dos fatos narrados, João foi
processado por improbidade administrativa. Na hipótese de condenação, João
estará sujeito, dentre outras, à cominação de
a) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo máximo de três
anos.
b) pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano.
c) suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos.
d) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo máximo de cinco
anos.
e) suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos.

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12 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário –
Engenharia)
José, servidor público municipal há quinze anos, liberou o montante de
quinhentos mil reais pertencentes à Prefeitura, sem a estrita observância das
normas pertinentes, bem como influiu na sua aplicação irregular. Em sua
defesa, alegou que não agiu com dolo, e que foi movido por imprudência, isto
é, conduta culposa. A propósito dos fatos, é correto afirmar que
a) a conduta de José insere-se na modalidade de ato ímprobo causador de
prejuízo ao erário, punível apenas a título de dolo.
b) a conduta de José insere-se na modalidade de ato ímprobo atentatório aos
princípios da Administração pública, punível apenas a título de dolo.
c) a conduta de José não caracteriza ato ímprobo, em quaisquer de suas
modalidades, sem prejuízo de ser sancionado na via administrativa própria.
d) ainda que preenchidos os requisitos legais para a caracterização do ato
ímprobo, o mesmo não ensejará a medida de indisponibilidade de bens.
e) o argumento de José não é suficiente para afastar a caracterização do ato
ímprobo em questão, que pode ser punido a título de culpa.

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13 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário)
Considerando, por mera hipótese, que Sérgio seja servidor público da
autarquia X e que, no desempenho de atividades do seu cargo, pratique ato
de improbidade administrativa, assinale a opção correta.
a) Se o ato em questão atentar contra os princípios da administração pública,
Sérgio responderá tanto por ação quanto por omissão, tenha ele agido de
forma dolosa ou culposa.
b) Qualquer pessoa terá legitimidade para, perante a autoridade
administrativa competente, apresentar representação solicitando a
instauração de investigação para apurar a prática do ato de improbidade.
c) Caso o referido ato cause lesão ao erário, Sérgio poderá ter os direitos
políticos suspensos de oito a dez anos.
d) Sérgio somente sofrerá as sanções previstas em lei se houver efetiva
ocorrência de dano ao patrimônio público.
e) A ação de improbidade contra Sérgio somente poderá ser proposta pela
pessoa jurídica lesada, ou seja, a autarquia X.

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14 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário)
Um empresário, proprietário de determinada empresa que firmou contrato
com o poder público, contribuiu para a prática de ato de improbidade
administrativa levado a efeito por servidor público de determinado órgão
estatal.
Nessa situação hipotética,
a) o servidor público só estará sujeito ao disposto na Lei de Improbidade
Administrativa se pertencer a órgão da administração direta.
b) o empresário só estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade
Administrativa se o ato de improbidade lhe tiver beneficiado.
c) o servidor só estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade
Administrativa se tiver sido nomeado para o cargo mediante concurso público.
d) o servidor estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade
Administrativa ainda que exerça suas funções de forma transitória.

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e) o empresário, por não ser agente público, não estará sujeito ao disposto
na Lei de Improbidade Administrativa.

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15 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária)
Um empregado de determinada sociedade de economia mista permitiu que
terceiro enriquecesse ilicitamente, em detrimento do patrimônio público,
embora não tenha facilitado a prática do ato que resultou no enriquecimento
do terceiro nem tenha concorrido para a sua prática.
Nessa situação, o empregado
a) cometeu ato de improbidade administrativa que importa em
enriquecimento ilícito.
b) cometeu ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário.
c) não cometeu ato de improbidade administrativa, pois empregados de
sociedade de economia mista não estão sujeitos às cominações da Lei de
Improbidade Administrativa.
d) não cometeu ato de improbidade, pois o ato de permitir o enriquecimento
ilícito de terceiro não está expressamente configurado como improbidade
administrativa no ordenamento jurídico brasileiro.
e) não cometeu ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública, pois agiu mediante omissão culposa.

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16 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Vinicius é empresário, proprietário de gráfica e papelaria situada no Município
de Boa Vista. O Ministério Público do Estado de Roraima ingressou com ação
de improbidade administrativa contra Vinicius argumentando que, embora
não seja agente público, beneficiou-se, indiretamente, de ato de improbidade
administrativa. As disposições da Lei de Improbidade Administrativa
a) são aplicáveis, no que couber, a Vinicius.
b) não se aplicam a Vinicius, tendo em vista sua condição de particular.
c) são aplicáveis, em sua totalidade, a Vinicius, inclusive as destinadas
especificamente aos agentes públicos.

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d) não se aplicam a Vinicius, haja vista que o benefício indireto não justifica a
incidência da citada lei
e) não se aplicam a Vinicius, pois apenas o particular que induzir ou concorrer
para a prática do ato ímprobo é que estará sujeito às disposições da citada
lei.

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17 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
Nuno, ex-Presidente de um banco público, foi processado por improbidade
administrativa pelo Ministério Público pela prática de ato que causa prejuízo
ao erário. Em síntese, sustentou a Promotoria que Nuno aceitou garantia
inidônea para a concessão de empréstimos à determinada empresa. Em sua
defesa, Nuno alegou e provou que sua conduta foi meramente culposa, que
inexistiu prejuízo ao erário e que não houve beneficiamento próprio ou de
terceiros. Nos termos da Lei n° 8.429/1992,
a) apenas o primeiro argumento de Nuno afasta a caracterização do ato
ímprobo praticado.
b) todos os argumentos de Nuno afastam a caracterização do ato ímprobo
praticado.
c) apenas o segundo argumento de Nuno afasta a caracterização do ato
ímprobo praticado.
d) nenhum dos argumentos de Nuno afasta a caracterização do ato ímprobo
praticado.
e) apenas o segundo e terceiro argumentos de Nuno afastam a caracterização
do ato ímprobo praticado.

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18 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área
Judiciária)
Maurício, Diretor de autarquia federal, doou à pessoa jurídica que presta
serviços assistenciais, bens do patrimônio da autarquia, sem observância das
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie, razão pela qual foi
processado por improbidade administrativa, haja vista que a conduta
enquadra-se em dispositivo expresso previsto na Lei no 8.429/1992. Para que

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reste afastado o ato ímprobo, Maurício deverá comprovar, dentre outros


requisitos, a ausência de
a) conduta comissiva.
b) prejuízo ao erário.
c) dolo.
d) beneficiamento de terceiros.
e) enriquecimento ilícito.

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19 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário -
Oficial de Justiça Avaliador)
Joaquim é advogado e foi convidado por um Juiz de determinado Tribunal
para ocupar cargo em comissão no citado Tribunal, sendo sua contratação
efetivada em novembro de 2015. Ocorre que Joaquim, no exercício de suas
atribuições, negou publicidade a atos oficiais, o que acarretou a sua
exoneração, ocorrida em outubro de 2016. O fato também chegou ao
conhecimento do Ministério Público, que pretende, após a devida
investigação, ingressar com ação de improbidade administrativa contra
Joaquim. Nos termos da Lei no 8.429/1992, a ação de improbidade pretendida
pelo Ministério Público pode ser proposta até
a) novembro de 2025.
b) novembro de 2020.
c) outubro de 2020.
d) outubro de 2021.
e) novembro de 2018.

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20 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Considere a seguinte situação hipotética: Beatriz, servidora pública do
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, está sendo processada pela prática
de ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito. Cumpre salientar que o
Ministério Público Federal, na petição inicial da ação de improbidade, afastou
a ocorrência de prejuízo ao erário. Nos termos da Lei n° 8.429/1992,
a) a medida de indisponibilidade de bens não é cabível, tendo em vista a
modalidade de ato ímprobo praticado e a inexistência de prejuízo ao erário.
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b) na hipótese de falecimento de Beatriz, seu sucessor estará sujeito às


cominações da Lei de Improbidade Administrativa, que, excepcionalmente,
poderá ultrapassar o valor da herança.
c) a medida de indisponibilidade de bens é cabível, no entanto, recairá
somente sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.
d) Beatriz é parte ilegítima para figurar no pólo passivo da ação de
improbidade, por não figurar no rol de agentes públicos sujeitos às sanções
da Lei de Improbidade Administrativa.
e) na hipótese de falecimento de Beatriz, seu sucessor não responderá por
qualquer sanção, tendo em vista a modalidade de ato ímprobo praticado.

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21 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico de enfermagem)
Em uma situação hipotética, Fausto é servidor público do TRE-SP e, no
exercício de suas atribuições, concorreu para que determinada empresa
privada se enriquecesse ilicitamente. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, para
que reste configurado o ato ímprobo, é necessário, dentre outros requisitos,
a) conduta culposa.
b) enriquecimento ilícito do servidor.
c) violação aos princípios da Administração pública.
d) conduta obrigatoriamente omissiva.
e) benefícios indevidos ao Tribunal do qual faz parte.

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22 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária)
Considere a seguinte situação hipotética: Cristiana, Diretora de uma
autarquia federal, foi condenada, em primeira instância, pela prática de ato
de improbidade administrativa. Segundo o entendimento do magistrado,
Cristiana, ao determinar a contratação direta de cinco servidores para
integrarem os quadros da entidade, frustrou a licitude de concurso público.
Inconformada com a condenação, Cristiana interpôs recurso ao Tribunal
competente. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, para que seja afastada a
caracterização do ato ímprobo, é necessário, dentre outros requisitos, a
comprovação da ausência de
a) dolo.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

b) prejuízo ao erário.
c) enriquecimento ilícito.
d) culpa.
e) benefícios indevidos aos servidores contratados.

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23 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Análise de Sistemas)
Viviane, servidora pública federal, é chefe de determinada repartição pública
e, pela conduta de ter concedido benefício administrativo sem observar as
formalidades legais aplicáveis à espécie, foi condenada, dentre outras
sanções, à suspensão dos direitos políticos por seis anos. Observando-se a Lei
nº 8.429/1992, a sentença proferida deve também aplicar a seguinte sanção
a Viviane:
a) pagamento de multa civil, de até três vezes o valor do dano.
b) proibição de contratar com o Poder público, pelo prazo de cinco anos.
c) proibição de contratar com o Poder público, pelo prazo de três anos.
d) multa civil, de até cem vezes o valor da remuneração de Viviane.
e) proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais, pelo prazo de dez
anos.

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24 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia)
Se uma pessoa, maior e capaz, representar contra um delegado de polícia por
ato de improbidade sabendo que ele é inocente, a sua conduta poderá ser
considerada, conforme o disposto na Lei n.º 8.429/1992,
a) crime, estando essa pessoa sujeita a detenção e multa.
b) ilícito administrativo, por atipicidade penal da conduta.
c) contravenção penal.
d) crime, estando essa pessoa sujeita apenas a multa.
e) crime, estando essa pessoa sujeita a reclusão e multa.

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25 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia)

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Em relação à improbidade administrativa, assinale a opção correta.


a) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo de proposição
decenal, qualquer que seja a tipicidade do ilícito praticado pelo agente
público.
b) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade
administrativa por uso de maquinário da administração em seu sítio
particular, poderá ser-lhe aplicada pena de suspensão dos direitos políticos
por período de cinco a oito anos.
c) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, sozinho
ou em conluio com agente público, responderá, nos termos da Lei de
Improbidade Administrativa, desde que tenha obtido alguma vantagem
pessoal.
d) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade administrativa se o
autor auferir vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato,
função, emprego ou atividade, mesmo que de forma culposa.
e) Caso um servidor público federal estável, de forma deliberada, sem
justificativa e reiterada, deixar de praticar ato de ofício, poderá ser-lhe
aplicada multa civil de até cem vezes o valor da sua remuneração, conforme
a gravidade do fato.

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26 (2017/CESPE/SEDF/Direito)
O prefeito de determinado município utilizou recursos do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento de professores e para a
compra de medicamentos e insumos hospitalares destinados à assistência
médico-odontológica das crianças em idade escolar do município.
Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia
que o estoque de medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para
justificar situação emergencial e dispensar indevidamente a licitação,
adquirindo os produtos, a preços superfaturados, da empresa Y, pertencente
a sua sobrinha, que desconhecia o esquema fraudulento.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e
doutrinários a ela relacionados, julgue o item a seguir.
A sobrinha de Mauro poderá ser responsabilizada criminalmente.

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27 (2017/CESPE/SEDF/Direito)
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e
doutrinários a ela relacionados, julgue o item a seguir.
A conduta de Mauro constitui ato de improbidade administrativa.

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28 (2016/CESPE/FUB/Assistente de Tecnologia da Informação)
A respeito de atos de improbidade administrativa, julgue o item que se segue
de acordo com o disposto na Lei de Improbidade Administrativa.
A referida lei é aplicável, no que couber, ao particular que concorrer para a
prática de ato ímprobo ou que dele se beneficie.

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29 (2016/CESPE/FUB/Assistente de Tecnologia da Informação)
A respeito de atos de improbidade administrativa, julgue o item que se segue
de acordo com o disposto na Lei de Improbidade Administrativa.
O herdeiro do agente que causar lesão ao patrimônio público não estará
sujeito às cominações da referida lei, isto é, a responsabilização encerra-se
com o falecimento do acusado.

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30 (2016/CESPE/FUB/Assistente de Tecnologia da Informação)
A respeito de atos de improbidade administrativa, julgue o item que se segue
de acordo com o disposto na Lei de Improbidade Administrativa.
Constitui ato de improbidade administrativa perceber vantagem econômica
para intermediar a liberação de verba pública de qualquer natureza.

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31 (2016/CESPE/FUB/Auxiliar de Administração)
Ana é a servidora responsável pela aquisição de livros para as escolas de
determinado município. Em uma compra, no valor de R$ 80.000,00, ela optou
pelo procedimento licitatório na modalidade convite. Apesar da existência de

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várias empresas interessadas e aptas a fornecer os livros, foram escolhidas e


convidadas apenas duas empresas previamente cadastradas para participar
do certame. Ao final do procedimento, sem que tenha havido,
comprovadamente, dano ao erário, dolo ou má-fé de Ana, foi contratada para
o fornecimento dos livros a empresa de um sobrinho do vice-prefeito do
município. O Ministério Público, ao tomar conhecimento dos fatos, ingressou
com ação de improbidade contra Ana, sob o argumento de que a servidora
violou princípios da administração pública.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item com
fundamento na Lei n.º 8.666/1993 — Lei de Licitações e Contratos — e na Lei
n.º 8.429/1992, que trata da ação de improbidade.
O Ministério Público agiu corretamente ao propor a ação de improbidade
contra Ana, pois não é necessária a comprovação de dano ao erário, dolo ou
má-fé na situação narrada.

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32 (2016/CESPE/FUB/Nível Superior)
Julgue o item que se segue, de acordo com o disposto na Lei de Improbidade
Administrativa.
Para a configuração de ato de improbidade administrativa praticado por
agente público, é necessária a comprovação do recebimento direto de
vantagem indevida pelo agente.

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33 (2016/CESPE/FUB/Nível Superior)
Julgue o item que se segue, de acordo com o disposto na Lei de Improbidade
Administrativa.
A condição necessária para que lesão ao patrimônio público resulte na
obrigação de ressarcimento integral é que o dano seja praticado por ação
positiva e dolosa do agente.

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34 (2016/CESPE/FUB/Nível Superior)
Julgue o item que se segue, de acordo com o disposto na Lei de Improbidade
Administrativa.

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Não dar publicidade a ato oficial configura ato de improbidade administrativa.

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35 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
No que diz respeito aos poderes e deveres dos administradores públicos,
julgue o item que se segue.
O administrador público que cometer ato de improbidade administrativa
poderá ser punido com a suspensão de seus direitos políticos.

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36 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo)
No que diz respeito aos poderes e deveres dos administradores públicos,
julgue o item que se segue.
Atos de improbidade administrativa ferem o dever de probidade dos
administradores públicos e sujeitam esses administradores a punições nas
esferas administrativa e penal.

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37 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Direito)
A respeito do regime jurídico da improbidade administrativa, é INCORRETO
afirmar:
a) Improbidade administrativa não se confunde com mera ilegalidade,
improbidade administrativa pode ser considerada, resumidamente, como a
ilegalidade qualificada pela desonestidade.
b) São sanções aplicáveis à prática de ato de improbidade administrativa a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
c) A caracterização de ato de improbidade administração por violação a
princípio da administração pública independe de dolo ou culpa do agente.
d) A aplicação das sanções por improbidade administrativa deve atentar aos
ditames da razoabilidade e da proporcionalidade, bem como às garantias do
contraditório e da ampla defesa.
e) Aquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a
prática de ato de improbidade administrativa ou dele se beneficie sob
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qualquer forma, também pode ser considerado ímprobo e sofrer as sanções


cabíveis.

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38 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área
Judiciária)
O Ministério Público Federal ajuizou ação de improbidade administrativa
contra José, agente público, imputando-lhe a dispensa indevida de
procedimento licitatório, bem como a ocorrência de dano ao patrimônio
público. José foi intimado para apresentar defesa preliminar e, após tal
manifestação, o juiz rejeitou a ação por ficar convencido da inexistência de
ato ímprobo. A propósito dos fatos narrados e nos termos da Lei nº
8.429/1992,
a) o recurso cabível na hipótese de rejeição da demanda, tal como narrado no
enunciado, é o Agravo de Instrumento.
b) o juiz não poderia ter julgado o mérito nessa fase preliminar, pois a
constatação de eventual inexistência de ato ímprobo é própria de uma análise
apurada, típica da fase de instrução da demanda.
c) o prazo para o juiz apreciar a defesa preliminar e decidir sobre o
recebimento ou não da petição inicial é de trinta dias.
d) ainda que afastado o ato de improbidade administrativa, caso comprovado
dano ao patrimônio público, a ação de improbidade não poderia ter sido
rejeitada.
e) o ato ímprobo narrado no enunciado não comporta a medida de
indisponibilidade de bens, típica dos atos ímprobos exclusivamente dolosos.

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39 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Fernando, Diretor de uma autarquia federal, deixou de promover concurso
público para a contratação de servidores, fundamentando a contratação direta
de dois servidores em uma situação emergencial, que, posteriormente,
descobriu-se inexistir. Embora a conduta de Fernando não tenha causado
prejuízo ao erário, o Ministério Público Federal ajuizou ação de improbidade
administrativa contra Fernando, pleiteando sua condenação por ato ímprobo
que atenta contra os princípios da Administração pública. Nos termos da Lei

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nº 8.429/1992, a imputação feita pelo Ministério Público quanto à conduta


praticada por Fernando
a) não está correta, tendo em vista a ilegitimidade de Fernando para figurar
no pólo passivo ação de improbidade.
b) não está correta, pois há previsão específica de tal conduta como
caracterizadora de outra modalidade de ato ímprobo.
c) está correta, restando caracterizado o ato ímprobo narrado no enunciado,
tanto se a conduta for dolosa quanto culposa.
d) está correta, desde que comprovada a existência de dolo.
e) não está correta, pois para caracterizar o ato ímprobo descrito pelo
Ministério Público, exige-se prejuízo ao erário.

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40 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador)
O Estado de Sergipe celebrou parceria com entidade privada, qual seja, uma
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público − OSCIP para a
prestação de assessoria jurídica à população carente. Ao longo da citada
parceria, constatou-se que Marcio, Secretario Estadual do Planejamento,
Orçamento e Gestão, liberou recursos sem a estrita observância das normas
pernitentes, o que gerou lesão aos cofres públicos. O Ministério Público do
Estado, após o respectivo procedimento investigatório, ingressou com ação de
improbidade administrativa contra os envolvidos. Nos termos da Lei n
8429/1992 e desde que preenchidos os requisitos legais, a conduta de Marcio
caracterizará ato ímprobo que
a) causa prejuízo ao erário, sendo indispensável a conduta dolosa nesse caso.
b) atenta contra os princípios da Administração pública, bastando a conduta
culposa para tanto.
c) causa prejuízo ao erário, podendo a ação ser culposa ou dolosa.
d) importa enriquecimento ilícito, sendo indispensável o dolo e o dano ao
erário nesse caso.
e) atenta contra os princípios da Administração pública, sendo indispensável o
dano ao erário nesse caso.

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41 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo)
Carlos, formado em medicina, foi contratado temporariamente pela União
para atuar na rede de saúde do Rio de Janeiro, de modo a apoiar eventual
crescimento da demanda em decorrência dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Durante o expediente, ao atender um paciente que fazia uma consulta de
rotina, não emergencial, Carlos, sem conhecimento técnico nem capacitação
prévia, resolveu operar, sozinho, um aparelho de ressonância magnética,
danificando-o e gerando um prejuízo de mais de um milhão de reais ao
hospital. A comissão de ética, ao analisar a conduta de Carlos, concluiu que
ela seria passível de punição com a penalidade de censura, mas deixou de
aplicá-la por se tratar de servidor temporário.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
A conduta praticada por Carlos não constituiu ato de improbidade
administrativa, por não ter havido dolo.

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42 (2016/FCC/RT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário - Tecnologia
da Informação)
A Lei de Improbidade Administrativa (Lei n 8.429/1992) insere, em
determinada modalidade de ato ímprobo, a conduta de ordenar ou permitir a
realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento. A propósito
da modalidade de ato ímprobo em questão e para que reste configurado o
mencionado ato de improbidade, faz-se necessário, dentre outros requisitos:
a) o beneficiamento indevido de terceiros.
b) a conduta obrigatoriamente dolosa.
c) a ocorrência de enriquecimento ilícito.
d) o prejuízo ao erário.
e) a conduta obrigatoriamente culposa.

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43 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário –
Administrativo)
Considere a seguinte situação hipotética: Emílio é Desembargador do Estado
de Sergipe e foi processado por improbidade administrativa. Em síntese, o
Ministério Público sustenta na petição inicial da ação que Emílio adquiriu ao
longo de sua carreira bens cujos valores são desproporcionais à sua renda.

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Nos termos da Lei n° 8.429/1992, dentre outros requisitos legais, para que
reste caracterizado o ato ímprobo, é necessária
a) lesão ao erário.
b) conduta obrigatoriamente dolosa.
c) conduta culposa.
d) lesão ao erário e enriquecimento ilícito, cumulativamente.
e) conduta obrigatoriamente omissiva.

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44 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário -
Comunicação Social)
Marília, servidora pública federal, foi processada e condenada por ato de
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração
pública. Isto porque, deixou de prestar contas quando estava obrigada a fazê-
lo. Cumpre salientar que o ato praticado por Marília não causou lesão aos
cofres públicos, nem enriquecimento ilícito à citada servidora. Logo após a
prolação da sentença, Marília veio a falecer, deixando uma única filha,
Catarina. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, Catarina
a) está sujeita às cominações da Lei de Improbidade até o limite do valor da
herança.
b) está sujeita às cominações da Lei de Improbidade até o limite de 50% do
valor da herança.
c) não está sujeita a qualquer cominação da Lei de Improbidade.
d) está sujeita a todas as cominações da Lei de Improbidade que tenham sido
impostas a Marília, sem qualquer limitação de valor.
e) está sujeita às cominações da Lei de Improbidade até o limite de 20% do
valor da herança.

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45 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado)
Por ter realizado contratação direta sem suporte legal, determinado agente
público é réu em ação civil pública por improbidade administrativa, sob o
argumento de violação ao princípio de obrigatoriedade de licitação, tendo-lhe
sido imputado ato de improbidade previsto no art. 11 da Lei de Improbidade
Administrativa (violação aos princípios da administração pública).

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A respeito dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.


Para que haja condenação, deverá ser comprovado o elemento subjetivo de
dolo, mas não há necessidade de que seja dolo específico, bastando para tal o
dolo genérico de atentar contra os princípios da administração pública.

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46 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado)
Por ter realizado contratação direta sem suporte legal, determinado agente
público é réu em ação civil pública por improbidade administrativa, sob o
argumento de violação ao princípio de obrigatoriedade de licitação, tendo-lhe
sido imputado ato de improbidade previsto no art. 11 da Lei de Improbidade
Administrativa (violação aos princípios da administração pública).
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.
Não poderá ser aplicada a medida cautelar de indisponibilidade dos bens,
dada a natureza do ato imputado ao réu — violação dos princípios
administrativos.

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47 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Nível Superior)
Dois agentes públicos de um tribunal de justiça — um ocupante
exclusivamente de cargo em comissão e o outro em cargo de caráter efetivo
— foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, por terem
cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei
de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992.
Assim como a administração direta e indireta, os órgãos do Poder Judiciário
podem ser sujeitos passivos de atos de improbidade administrativa.

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48 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Nível Superior)
Dois agentes públicos de um tribunal de justiça — um ocupante
exclusivamente de cargo em comissão e o outro em cargo de caráter efetivo
— foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, por terem
cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal.

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Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei
de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992.
Por não possuir vínculo efetivo com a administração, o agente público
ocupante exclusivamente de cargo em comissão não estará sujeito às sanções
decorrentes da Lei de Improbidade Administrativa.

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49 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Nível Superior)
Dois agentes públicos de um tribunal de justiça — um ocupante
exclusivamente de cargo em comissão e o outro em cargo de caráter efetivo
— foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, por terem
cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei
de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992.
Caso o réu condenado a ressarcir o erário faleça antes do trânsito em julgado,
a ação de improbidade será imediatamente extinta, haja vista o caráter
personalíssimo das sanções.

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50 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Nível Superior)
Dois agentes públicos de um tribunal de justiça — um ocupante
exclusivamente de cargo em comissão e o outro em cargo de caráter efetivo
— foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, por terem
cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei
de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992.
Em razão de o desvio de verba ter causado lesão ao erário, o ato ímprobo
está configurado e o agente público ocupante de cargo efetivo deverá ser
condenado a ressarcir o ente público, ainda que a ação ou omissão tenha
ocorrido de forma culposa.

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51 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil)
À luz da Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, assinale
a opção correta acerca de enriquecimento ilícito em exercício de mandato,

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cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou


fundacional.
a) Perda da função pública e suspensão dos direitos políticos constituem
sanções e podem ser aplicadas imediatamente quando houver indício
suficiente do ato de improbidade e da autoria.
b) A aplicação da referida lei restringe-se a servidores públicos que pratiquem
atos de improbidade administrativa.
c) Caso ocorra o falecimento do agente causador da lesão ao patrimônio
público, os seus sucessores serão responsáveis pelo ressarcimento integral ao
erário, mesmo que o valor a ser ressarcido ultrapasse o valor da herança.
d) Aquele que praticar ato de improbidade administrativa que importe
enriquecimento ilícito não poderá receber qualquer incentivo fiscal ou
creditício, o que se estende à pessoa jurídica à qual pertença como sócio
majoritário.
e) Os atos de improbidade administrativa classificam-se somente em duas
categorias: atos que atentam contra os princípios da administração pública; e
atos que provocam prejuízo ao erário.

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52 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Analista – Direito)
Julgue o item a seguir, a respeito de improbidade administrativa.
O entendimento do STF de que é prescritível a ação de reparação de danos à
fazenda pública decorrente de ilícito civil não alcança prejuízos que decorram
de ato de improbidade administrativa, devido ao fato de estar previsto, na CF,
que são imprescritíveis as ações de ressarcimento por ilícitos que forem
praticados por agentes públicos e que causem prejuízos ao erário.

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53 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Analista – Direito)
Julgue o item a seguir, a respeito de improbidade administrativa.
De acordo com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o foro especial por
prerrogativa de função não se estende ao processamento das ações de
improbidade administrativa.

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54 (2016/FCC/AL-MS/Assistente social)
Carlos é servidor público, integrante do quadro de servidores de autarquia
municipal, responsável pelo serviço de limpeza urbana. Em diversos dias do
mês de dezembro de 2015, porém fora do horário de expediente, Carlos
utilizou-se de trator pertencente à autarquia, empregando-o em obra de sua
fazenda, situada próxima ao endereço da autarquia. O Ministério Público
Estadual, após a respectiva investigação, ajuizou ação de improbidade
administrativa contra Carlos. Desde que preenchidos os requisitos legais, o
ato ímprobo praticado por Carlos
a) está sujeito à medida de indisponibilidade de bens.
b) está sujeito, dentre outras sanções, à suspensão dos direitos políticos por
cinco a oito anos.
c) exige o trânsito em julgado para a exigibilidade de todas as sanções
cabíveis.
d) não exige conduta dolosa para sua configuração, podendo ser meramente
culposa.
e) está sujeito, dentre outras sanções, à proibição de contratar com o Poder
Público pelo prazo de três anos.

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55 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo)
Ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão da Secretaria dos
Transportes estadual exigiu, para si, benefício econômico a fim de praticar ato
de sua competência. Inconformado com a atitude do agente público, João
denunciou o fato ao Ministério Público, comprovando, por meio de gravação, a
prática ilícita. Considerando a Lei n°8.429/1992, o referido agente
a) responde pela prática de ato de improbidade, podendo ter seus bens
postos em indisponibilidade, responsabilidade extensível ao superior
hierárquico que o nomeou, em razão de culpa na sua seleção.
b) não responde pela prática de ato de improbidade, porque não pode ser
equiparado a servidor público para os fins da referida Lei, em razão de seu
vínculo precário com a Administração.
c) responde pela prática de ato de improbidade, que, no entanto, não permite
que seus bens sejam postos em indisponibilidade, mas apenas que seja
afastado do exercício de suas funções, enquanto tramitar o processo judicial.

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d) não responde pela prática de ato de improbidade, mas pela prática de


crime de responsabilidade, em razão da natureza de seu vínculo com a
Administração estadual.
e) responde pela prática de ato de improbidade, podendo ter seus bens
postos em indisponibilidade, para suportarem os eventuais prejuízos causados
à Administração.

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56 (2016/FCC/AL-MS/Direito)
Sobre improbidade administrativa, é correto afirmar que
a) não estão sujeitos às penalidades por improbidade administrativa os
agentes públicos de empresas incorporadas ao patrimônio público.
b) as sanções por ato de improbidade administrativa são imprescritíveis.
c) o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente deverá ressarcir o erário até o limite do valor da
herança.
d) as sanções por improbidade administrativa não são aplicáveis a quem não
seja agente público ou que haja exercido a função de maneira transitória.
e) a ação por improbidade administrativa tramita pelo rito sumário e admite
transação para ressarcimento do erário.

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57 (2016/FCC/AL-MS/Auxiliar de Enfermagem)
Ricardo, servidor público da Receita Federal, ao ser procurado em seu local de
trabalho por Magda, particular em situação de extrema necessidade
financeira, concedeu-lhe benefício fiscal sem observar as formalidades legais
pertinentes. Em razão do ocorrido, o Ministério Público ajuizou ação de
improbidade administrativa contra Ricardo, que, no curso da demanda,
provou a inexistência de dolo, mas sim, de conduta culposa (imprudência),
vez que agiu motivado pela situação de penúria de Magda. A conduta culposa
de Ricardo
a) caracteriza, desde que preenchidos os demais requisitos legais, ato de
improbidade na modalidade ato ímprobo que atenta contra os princípios da
Administração pública.
b) não caracteriza ato ímprobo, vez que imprescindível o dolo para tanto.

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c) caracteriza, desde que preenchidos os demais requisitos legais, ato de


improbidade na modalidade ato ímprobo que causa prejuízo ao erário.
d) não caracteriza ato ímprobo, vez que a conduta praticada, ainda que
culposa, não se enquadra em quaisquer das modalidades de ato ímprobo
previstas em lei.
e) não sujeitará Ricardo às sanções aplicáveis, independentemente de se
enquadrar como ímproba, vez que não é considerado sujeito ativo de ato de
improbidade.

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58 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
Acerca de improbidade administrativa, assinale a opção correta de acordo
com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
a) A contratação de servidores públicos sem concurso público, mesmo que
fundada em legislação local, configura improbidade administrativa prevista na
Lei de Improbidade Administrativa.
b) A tortura praticada por policial contra preso custodiado em delegacia pode
configurar ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da administração pública.
c) O fato de o agente ter sido condenado pela justiça eleitoral ao pagamento
de multa por infringência às disposições contidas na Lei das Eleições impede
sua condenação em quaisquer das sanções de improbidade administrativa,
inclusive da multa civil, sob pena de bis in idem.
d) Ensejará o reconhecimento de ato de improbidade administrativa o abuso
perpetrado por agente público durante abordagem policial, mesmo que o
ofendido pela conduta do policial seja particular que não esteja no exercício
de função pública.
e) Não é possível, em ação civil pública de improbidade administrativa, a
condenação de membro do Ministério Público à pena de perda da função
pública prevista na Lei de Improbidade Administrativa.

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59 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)
Conforme a legislação e a jurisprudência do STJ, em se tratando de
improbidade administrativa,
a) prevalece, no juízo preliminar da ação, o princípio do in dubio pro reu.

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b) há litisconsórcio passivo necessário entre o agente público e os terceiros


beneficiados com a prática do ato ímprobo.
c) é inadmissível a utilização da prova emprestada colhida em persecução
penal.
d) basta a comprovação da culpa para a responsabilização do agente com
base na hipótese de enriquecimento ilícito.
e) basta a comprovação da culpa para a responsabilização do agente com
base na hipótese de dano ao erário.

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60 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista de Orçamento)
José é servidor público federal e trabalha como assistente jurídico na
Presidência da República. Em determinado dia, José decide revelar a um
colega, jornalista, antes da divulgação oficial, medida econômica que afetará
significativamente o valor de alguns alimentos, dentre eles, o arroz e o feijão.
Em razão do ocorrido, José foi processado e condenado por improbidade
administrativa, haja vista a comprovação de sua conduta dolosa. Nos termos
da Lei nº 8.429/1992, acerca das sanções, José está sujeito,
a) à proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de quatro anos.
b) ao pagamento de multa civil de até duzentas vezes o valor da
remuneração percebida por José.
c) à suspensão dos direitos políticos por cinco anos.
d) à suspensão dos direitos políticos por dois anos.
e) à proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja
sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.

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61 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista – Administrador)
Maria é funcionária de um Tribunal de Contas e emite certidões sobre
registros de aposentadorias. Trabalhando sozinha no setor, devido à redução
do número de servidores, viu o serviço acumular, gerando demora na
confecção e entrega dos documentos aos requerentes. Entendeu, assim, por
passar a cobrar quantia em dinheiro dos interessados para dar prioridade aos
pedidos de emissão de certidões. A conduta da servidora

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a) tipifica ato de improbidade, caso não seja punível como infração disciplinar
mais grave, passível de demissão.
b) pode ser considerada dolosa e como tal, tipificada como ato de
improbidade na modalidade que gera enriquecimento ilícito.
c) é indubitavelmente dolosa, pendente a demonstração de prejuízo ao erário
para configuração de ato de improbidade.
d) independe da comprovação de dolo ou prejuízo ao erário para configuração
de ato de improbidade.
e) é punível como ato de improbidade, cumulável com infração disciplinar,
prescindindo, em ambos os casos, da demonstração de dolo para
configuração.

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62 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista - Gestão Pública)
Manuel, Diretor de uma autarquia municipal, recebeu vultosa quantia
pecuniária para facilitar o fornecimento de serviço por ente estatal por preço
inferior ao valor de mercado. Em razão do ocorrido, o Ministério Público
Estadual ingressou com ação de improbidade administrativa contra o citado
agente público. Nos termos da Lei n 8.429/1992, o ato de improbidade
administrativa em questão
a) tem, como uma de suas sanções, a suspensão dos direitos políticos de oito
a dez anos.
b) não comporta a medida de indisponibilidade de bens.
c) não exige a presença do elemento subjetivo dolo para sua configuração.
d) tem, como uma de suas sanções, o pagamento de multa civil de até cinco
vezes o valor do acréscimo patrimonial.
e) não transfere qualquer sanção ao sucessor, na hipótese de falecimento do
agente público.

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63 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Julgue o item a seguir, acerca de controle da administração pública.
O cidadão que ajuizar representação por ato de improbidade administrativa
contra agente público que ele sabe ser inocente incorrerá em crime e estará

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sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais ou morais que houver


provocado.

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64 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Com base na Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item seguinte.
Valer-se do trabalho de servidores terceirizados constitui ato de improbidade
administrativa que importa enriquecimento ilícito; aceitar garantia insuficiente
na realização de operação financeira é ato de improbidade que causa prejuízo
ao erário; e descumprir exigência de requisitos de acessibilidade previstos na
legislação é ato de improbidade que atenta contra os princípios da
administração pública.

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65 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
Com base na Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item seguinte.
As penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa também são
aplicadas a não servidores e a quem induza ou concorra para a prática de ato
de improbidade ou dele se beneficie de forma direta ou indireta.

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66 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo)
A respeito dos conceitos doutrinários relativos ao controle da administração
pública, julgue o item a seguir.
Agente público que se recusar a prestar a declaração de bens dentro do prazo
determinado em lei deverá ser punido com a pena de demissão a bem do
serviço público.

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67 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito)
Em relação às formas de anulação de atos ou contratos administrativos e à
perda de função pública, julgue o item a seguir.
Em se tratando de ação de improbidade, a perda da função pública é uma
sanção administrativa decorrente de sentença de procedência dos pedidos.

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68 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
Com relação à improbidade administrativa, julgue o próximo item.
A utilização de veículo da administração pública para fins particulares pode
ser considerada ação de enriquecimento ilícito.

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69 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
Com relação à improbidade administrativa, julgue o próximo item.
Suspensão dos direitos políticos de três a seis anos e pagamento de multa
civil no valor de até dez vezes a remuneração percebida pelo agente são
sanções que podem ser aplicadas ao servidor no caso de ato de improbidade.

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70 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
Com relação à improbidade administrativa, julgue o próximo item.
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, de caráter
exclusivamente doloso, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

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71 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo –
Administração)
Com relação à improbidade administrativa, julgue o próximo item.
O dano ao erário, enriquecimento ilícito e a violação de princípio
administrativo, se praticados por agente público, são considerados atos de
improbidade administrativa.

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72 (2016/FCC/ELETROBRAS-ELETROSUL/Direito)

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Josefina, servidora pública estadual, representou à autoridade administrativa


competente acusando Bento, Diretor de autarquia, da prática de ato de
improbidade administrativa, pleiteando, assim, que fosse instaurada a
respectiva investigação. Ocorre que Josefina sabia da inocência de Bento,
tendo formulado a citada representação por vingança, razão pela qual foi
regularmente processada e condenada criminalmente à detenção de doze
meses e multa. A propósito dos fatos e, nos termos da Lei nº 8.429/1992, é
correto afirmar que
a) a pena de detenção não está correta, pois fixada em prazo equivocado; do
mesmo modo, incorreta a multa, que é incabível na hipótese narrada.
b) Josefina não deveria ter sido condenada por crime, mas sim, por
improbidade administrativa.
c) a pena de detenção está incorreta, pois não pode superar dez meses.
d) a pena de detenção está correta; no entanto, a multa é incabível na
hipótese narrada.
e) não cabe pena de detenção na hipótese narrada, mas sim, reclusão e
multa.

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73 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civi)l
Assinale a opção correta com referência a improbidade administrativa e à Lei
de Improbidade Administrativa (Lei n.° 8.429/1992).
a) A aplicação administrativa da pena de demissão prevista em lei reguladora
de carreira pública exige que se aguarde o trânsito em julgado da ação de
improbidade administrativa.
b) Os atos de improbidade descritos no art. 11 da Lei n.° 8.429/1992 não
exigem a presença do dolo para sua configuração.
c) Os atos de improbidade descritos no art. 11 da Lei n.° 8.429/1992, para
sua configuração, exigem a demonstração da ocorrência de dano para a
administração pública ou enriquecimento ilícito do agente.
d) A punição administrativa do servidor faltoso impede a aplicação das penas
previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.° 8.429/1992).
e) O atentado à vida e à liberdade individual de particulares, se praticado por
agentes públicos armados, pode configurar improbidade administrativa.

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74 (2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Auxiliar de Perito)


De acordo com a Lei n.° 8.429/1992, o agente público que, sem justo motivo,
se recusar a prestar declaração dos bens que possui dentro do prazo
determinado, além de outras sanções cabíveis, estará sujeito à pena de
a) suspensão por até trinta dias.
b) suspensão por até quinze dias.
c) advertência.
d) repreensão.
e) demissão.

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75 (2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Médico legista)
De acordo com a Lei n.° 8.429/1992, o agente público que, sem justo motivo,
se recusar a prestar declaração dos bens que possui dentro do prazo
determinado, além de outras sanções cabíveis, estará sujeito à pena de
a) repreensão.
b) demissão.
c) suspensão por até trinta dias.
d) suspensão por até quinze dias.
e) advertência.

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76 (2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Perito Papiloscopista)
Sílvio, funcionário público ocupante do cargo de perito papiloscopista, lotado
em delegacia de município do estado de Pernambuco, está sendo processado
por supostamente ter cometido ato de improbidade administrativa.
Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n.° 8.429/1992, que versa
sobre a punição aos atos de improbidade administrativa praticados por
agentes públicos,
a) eventual suspensão dos direitos políticos dependerá da rejeição das contas
de Sílvio pelo tribunal de contas do estado.

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b) Sílvio estará sujeito à perda dos seus direitos políticos e(ou) do seu cargo
— a depender da extensão dos danos causados por seu ato —, após o trânsito
em julgado da sentença condenatória.
c) Sílvio poderá ser afastado do exercício da função pública pela autoridade
judicial competente, com prejuízo da remuneração, se isso for necessário à
instrução processual.
d) eventual perda da função pública independerá da efetiva ocorrência de
dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento.
e) Sílvio estará sujeito à perda da função pública, se houver decisão por
órgão judicial colegiado, ainda que tal decisão não transite em julgado.

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77 (2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Perito Papiloscopista)
Mauro, funcionário público ocupante do cargo de perito papiloscopista, lotado
em delegacia de município do estado de Pernambuco, devido à natureza de
suas atividades, que envolviam a aplicação de recursos financeiros
repassados à sua repartição pela Secretaria de Defesa Social do referido
estado, estava obrigado a prestar contas da aplicação desses recursos, mas
deixou de fazê-lo.
Nessa situação hipotética, a falta de prestação de contas, isoladamente,
a) causou prejuízo ao erário, desde que Mauro tenha agido com dolo.
b) atentou contra os princípios da administração pública, se Mauro tiver agido
com dolo.
c) importou enriquecimento ilícito, desde que Mauro tenha agido com dolo.
d) importou enriquecimento ilícito, ainda que Mauro tenha agido
culposamente.
e) causou prejuízo ao erário, ainda que Mauro tenha agido culposamente.

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78 (2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Perito Papiloscopista)
De acordo com a Lei n.° 8.429/1992, o agente público que, sem justo motivo,
se recusar a prestar declaração dos bens que possui dentro do prazo
determinado, além de outras sanções cabíveis, estará sujeito à pena de
a) advertência.
b) repreensão.
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c) demissão.
d) suspensão por até trinta dias.
e) suspensão por até quinze dias.

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79 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor de Controle Externo – Direito)
A respeito do mandado de segurança, da ação popular e da ação de
improbidade administrativa, julgue o item subsequente.
Em se tratando de ação de improbidade administrativa, sendo imputada ao
réu conduta lesiva ao erário, configura-se o periculum in mora, requisito para
a concessão de medida cautelar de indisponibilidade patrimonial.

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80 (2016/FCC/Prefeitura de Campinas – SP/Procurador)
Nas palavras de MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO “... também é possível
falar em legalidade em sentido amplo, para abranger não só a obediência à
lei, mas também a observância dos princípios e valores que estão na base do
ordenamento jurídico” (Direito administrativo, São Paulo: Atlas, 28ª edição,
p. 971), tanto que a legislação vigente tipifica “...qualquer ação ou omissão
que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às
instituições” como
a) ato de improbidade, salvo se houver apenamento específico na esfera
administrativa para as mesmas condutas e seu agente for servidor público,
pois o vínculo funcional prefere à responsabilização na esfera civil.
b) ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração
pública, além do rol constante da respectiva lei, cabendo a demonstração de
dolo para configuração da conduta.
c) ato de improbidade, em qualquer de suas modalidades, exigida a
demonstração de dolo em todas as condutas, prescindindo, no entanto, da
demonstração de prejuízo ao erário.
d) ato de improbidade, desde que cause prejuízo ao erário, tendo em vista
que não se trata de conduta específica, mas sim de tipo aberto.
e) ato de improbidade, desde que aliado àquelas condutas haja o
enriquecimento ilícito por parte de seu agente, o que prescinde da
configuração de dolo.

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81 (2016/FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ)/Juiz do trabalho)
Em relação aos atos de improbidade administrativa praticados por agentes
públicos ou terceiros, bem como os deveres daqueles, na forma da Lei n°
8.429/1992, é correto afirmar:
a) Ressalvados os objetos e utensílios de uso doméstico, anualmente, o
agente público deve apresentar declaração dos bens e valores que compõem
seu patrimônio, de cônjuge ou companheiro, de ascendentes e descendentes
em 1°grau e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do
agente.
b) Os sucessores do agente público que causar lesão dolosa ao erário da
União serão sempre responsáveis pelo ressarcimento integral do prejuízo
causado.
c) Considera-se ato de improbidade administrativa aquele praticado pelo
agente público que, por qualquer forma, incorpora indevidamente ao seu
patrimônio bens pertencentes à Fundação Pública.
d) O agente público que recebe promessa de vantagem econômica para que
tolere a exploração ou prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico,
de contrabando ou de usura comete ato de improbidade administrativa.
e) Presume-se a prática de ato de improbidade administrativa o agente
público que, até 180 dias após o término do exercício de mandato, cargo,
emprego ou função pública, adquire, para si ou para outrem, bens de
qualquer natureza que seja desproporcional à evolução de seu patrimônio ou
renda.

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82 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
Com base nas disposições legais e no entendimento jurisprudencial sobre a
ação de improbidade administrativa, assinale a opção correta.
a) A ação de improbidade administrativa pode ser proposta contra o particular
que se beneficiou do ato ímprobo, ainda que o agente público que praticou o
ato não esteja no polo passivo da demanda.

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b) Nas ações de improbidade administrativa, é admissível a utilização da


prova emprestada, colhida na persecução penal, desde que assegurados o
contraditório e a ampla defesa.
c) O juiz processante da ação de improbidade administrativa não pode
determinar a quebra dos sigilos bancário e fiscal do réu, haja vista essa ação
ser de natureza cível, e não penal.
d) A penalidade de demissão, em razão da prática de ato de improbidade
administrativa, somente pode ser aplicada em caso de condenação judicial
e) A ausência da notificação do réu para a apresentação de defesa preliminar
é causa de nulidade absoluta.

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83 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área
Judiciária)
Maria praticou ato de improbidade administrativa em 5/3/2010, por violar os
princípios da administração pública, sem ter causado dano ao erário,
enquanto ainda ocupava exclusivamente cargo em comissão na administração
direta da União. Depois da notícia do fato pela imprensa, em 6/3/2015, Maria
foi exonerada do cargo em comissão e do serviço público.
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta com base
na Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa).
a) A titularidade da ação civil por ato de improbidade administrativa, no caso,
é exclusiva do Ministério Público Federal.
b) A eventual aprovação das contas de Maria, como gestora pública, pelo
Tribunal de Contas da União afasta a possibilidade de propositura da ação de
improbidade administrativa.
c) Antes do recebimento da ação de improbidade, o juiz competente deverá
notificar Maria para apresentar defesa prévia, no prazo de quinze dias, e
poderá rejeitar liminarmente a ação, se estiver convencido da inexistência da
improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
d) A eventual condenação de Maria por ato de improbidade administrativa
não impede nova investidura em cargo público estadual ou municipal, dentro
do prazo de suspensão dos direitos políticos.
e) Na data da exoneração de Maria, já estava prescrita a pretensão
condenatória por ato de improbidade administrativa, pois o ato ilícito fora
cometido havia mais de cinco anos.

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84 (2016/FCC/Prefeitura de São Luiz – MA/Procurador Municipal)
Diante de uma hipótese de configuração de ato de improbidade praticado por
servidor público, o terceiro beneficiado em razão daquela atuação,
a) não figura como litisconsorte necessário do servidor público, devendo ser
analisada sua conduta para demonstrar sua participação para atingimento do
resultado.
b) depende da comprovação de enriquecimento ilícito para também ser
considerado responsável pelo ato de improbidade e poder figurar no pólo
passivo da ação judicial respectiva.
c) pode responder por ato de improbidade, independentemente da
comprovação de culpa, pois é legalmente considerado agente público para
essa prática.
d) não responde por improbidade, salvo se participou, dolosa e ativamente,
do ato de improbidade na modalidade que causa prejuízo ao erário.
e) figura como litisconsorte necessário do servidor público, sofrendo os efeitos
do reconhecimento do ato de improbidade, seja em relação ao ato praticado,
seja quanto às sanções impostas aos responsáveis.

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85 (2016/CESPE/FUNPRESP-EXE/Nível Superior)
Com base no disposto na Lei n. 8.429/1992 e na Constituição Federal de
1988 (CF), julgue o item a seguir, a respeito da improbidade administrativa.
Os herdeiros daquele que causar lesão ao patrimônio público estarão sujeitos
às cominações legais até o limite do valor da herança.

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86 (2016/CESPE/FUNPRESP-EXE/Direito)
Com relação aos convênios administrativos, aos agentes públicos e à
responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.
Considera-se agente público, para efeito de caracterização da prática de ato
de improbidade administrativa, todo aquele que exerça, ainda que
transitoriamente, cargo, emprego ou função na administração pública direta

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ou indireta, desde que tal cargo, emprego ou função seja exercido de forma
remunerada.

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87 (2016/CESPE/FUNPRESP-EXE/Nível Superior)
Com base no disposto na Lei n.º 8.429/1992 e na Constituição Federal de
1988 (CF), julgue o item a seguir, a respeito da improbidade administrativa.
Entre as sanções para a prática de ato de improbidade administrativa
previstas na Lei n.º 8.429/1992 inclui-se a suspensão dos direitos políticos,
que não se encontra expressamente prevista na CF.

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88 (2016/CESPE/FUNPRESP-EXE/Nível Superior)
Com base no disposto na Lei n.º 8.429/1992 e na Constituição Federal de
1988 (CF), julgue o item a seguir, a respeito da improbidade administrativa.
Conforme a referida lei, são espécies de atos de improbidade administrativa
aqueles que atentam contra o decoro parlamentar e contra a dignidade da
justiça.

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89 (2016/FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
Considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de determinado Município
de Rondônia foi processado por improbidade administrativa juntamente com a
empresa YX e seu responsável Josberto. No curso da ação, restou
comprovado que o procedimento licitatório foi forjado, de modo a ser
contratada a empresa YX, gerando prejuízos aos cofres públicos, além de
enriquecimento ilícito aos envolvidos. Em sua defesa, Josberto, proprietário
da empresa, sustentou ser parte ilegítima, por ser particular e não estar
sujeito às disposições da Lei de Improbidade Administrativa. A tese de
Josberto está
a) incorreta, pois responde por todas as sanções previstas na Lei para os
agentes públicos.
b) correta, pois não está sujeito às disposições da Lei de Improbidade.

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c) incorreta, pois responde às sanções previstas na Lei de Improbidade, de


acordo com o que é cabível aplicar aos particulares.
d) incorreta, pois responde por todas as sanções, exceto ressarcimento ao
erário que deverá ser pleiteado através de ação própria.
e) incorreta, pois responderá por uma única sanção prevista na Lei de
Improbidade, qual seja, a suspensão dos direitos políticos.

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90 (2016/FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Analista Judiciário -
Oficial de Justiça Avaliador)
José, servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região e chefe
de determinado setor do Tribunal, está construindo uma bela casa de campo
para desfrutar momentos de lazer com sua família. Assim, em um
determinado final de semana, utilizou equipamento pertencente ao Tribunal
na obra de sua casa, e, além disso, levou dois servidores, a ele subordinados,
para auxiliar os demais pedreiros na obra. Em razão do ato ímprobo
praticado, o Ministério Público ingressou com ação de improbidade
administrativa contra José, pleiteando, dentre outras sanções,
a) pagamento de multa civil, de até duas vezes o valor da remuneração de
José.
b) suspensão dos direitos políticos, de 5 a 8 anos.
c) suspensão dos direitos políticos, de 8 a 10 anos.
d) proibição de contratar com o Poder Público por 15 anos.
e) proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais pelo período máximo
de 3 anos.

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91 (2016/FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Analista Judiciário)
Carlos é Diretor de autarquia federal desde o ano de 2014, sendo que, para
tomar posse e entrar em exercício no respectivo cargo, apresentou a
declaração de seus bens, bem como dos valores que compõem o seu
patrimônio, que foi devidamente arquivada no serviço pessoal competente.
Nos termos da Lei n° 8.429/1992, a declaração de bens é atualizada
a) anualmente, não sendo necessária a atualização quando o agente público
deixar o exercício do cargo, emprego ou função, pois a atualização periódica é
suficiente para o controle do patrimônio do agente público.

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b) apenas na data em que o agente público deixar o exercício do mandato,


cargo, emprego ou função, pois a lei exige a apresentação da declaração no
ingresso e sua atualização no momento da saída do agente público.
c) semestralmente, não sendo necessária a atualização quando o agente
público deixar o exercício do cargo, emprego ou função, pois a atualização
periódica é suficiente para o controle do patrimônio do agente público.
d) semestralmente e na data em que o agente público deixar o exercício do
mandato, cargo, emprego ou função.
e) anualmente e na data em que o agente público deixar o exercício do
mandato, cargo, emprego ou função.

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92 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área
Administrativa)
No curso de ação de improbidade administrativa ajuizada pela Fazenda
Pública do Estado do Mato Grosso, a Autora, ao perceber a ausência do
Ministério Público no feito, comunicou o Juiz. O respectivo magistrado, no
entanto, não intimou o Ministério Público para intervir no processo, sob o
fundamento de que o interesse público já estava devidamente representado
pela Autora. Em outra ação de improbidade administrativa, o Juiz determinou
que fosse processada pelo rito sumário, por ser ação simples, que não
demandaria sequer provas, objetivando, assim, um procedimento mais
célere. A propósito do ocorrido nas duas ações e nos termos da Lei n°
8.429/1992, a postura dos juízes
a) está correta em ambos os casos.
b) está incorreta em ambos os casos: no primeiro, porque caso o Ministério
Público não seja parte Autora, deverá obrigatoriamente intervir no feito; no
segundo, porque a ação de improbidade terá sempre o rito ordinário.
c) está correta apenas no segundo caso.
d) está correta apenas no primeiro caso.
e) está incorreta em ambos os casos: no primeiro, porque a Fazenda Pública
Estadual não é legitimada a propor ação de improbidade; no segundo, porque
o rito processual decorre da lei, isto é, não pode ser adotado por escolha do
magistrado.

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93 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área


Administrativa)
Maristela, Diretora de órgão público federal, frustrou a licitude de concurso
público e, em outra oportunidade, frustrou a licitude de procedimento
licitatório. Em razão do exposto, foi processada por improbidade
administrativa pelo Ministério Público Federal. A propósito dos fatos narrados
e desde que preenchidos os demais requisitos legais previstos na Lei n°
8.429/1992,
a) o dolo é indispensável para a configuração do ato ímprobo apenas na
primeira conduta.
b) o dolo é indispensável para a configuração do ato administrativo apenas na
segunda conduta.
c) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos
atentatórios aos princípios da Administração pública.
d) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos que
causam prejuízo ao erário.
e) o dolo é indispensável para a configuração dos atos ímprobos em ambas as
condutas.

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94 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Técnico de Administração)
Rubens, Diretor de uma autarquia, de âmbito federal, doou à escola particular
alguns bens pertencentes à autarquia, como cadeiras e mesas, sem
observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie,
gerando prejuízo ao erário. Em razão disso, foi processado e condenado por
improbidade administrativa. Dentre as sanções impostas, está o pagamento
de multa civil de até
a) três vezes o valor do dano.
b) duas vezes o valor do dano.
c) cinco vezes o valor do dano.
d) uma vez o valor do dano.
e) cem vezes o valor da remuneração percebida por Rubens.
ANULADA
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95 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Técnico de Administração)

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

Henrique, servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região,


adquiriu, no exercício de seu cargo, bens de valor desproporcional à evolução
do seu patrimônio. Em razão disso, foi processado por improbidade
administrativa, sendo condenado às respectivas sanções, dentre elas, uma de
natureza pecuniária. Assim, foi condenado à perda do valor acrescido
ilicitamente ao seu patrimônio, no montante de quinhentos mil reais. No
entanto, após a sentença condenatória, Henrique faleceu e o único imóvel
deixado foi um apartamento avaliado em um milhão de reais. Henrique
deixou um único herdeiro, seu filho Gael. Nesse caso, Gael
a) responderá pela sanção pecuniária até o valor de quinhentos mil reais.
b) não responderá pela sanção pecuniária, haja vista a natureza do ato
ímprobo praticado (ato que importa enriquecimento ilícito), respondendo, no
entanto, pelas demais sanções impostas a Henrique.
c) não está sujeito às cominações da Lei de Improbidade.
d) responderá pela sanção pecuniária no valor de um milhão de reais, tendo
em vista o valor do imóvel deixado por Henrique, que é bem ilíquido.
e) está sujeito a todas as cominações previstas na Lei de Improbidade, em
razão da natureza do ato ímprobo praticado.

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96 (2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário)
Com base na Lei n.º 8.429/1992, assinale a opção correta, no que se refere à
improbidade administrativa.
a) O particular tem legitimidade para, isoladamente, figurar como réu em
ação de improbidade administrativa, independentemente de ter havido
concurso com agente público.
b) Em sede de ação judicial de improbidade administrativa, se a defesa prévia
ofertada pelo réu tiver o condão de colocar em dúvida a ocorrência ou não da
ilicitude, o processo deverá ser extinto, em observância ao princípio in dubio
pro reo.
c) A decretação judicial e cautelar de indisponibilidade de bens, mesmo
baseada em cognição sumária, depende de fundados indícios da prática de
ato de improbidade, sendo dispensada, contudo, a demonstração de risco da
demora do processo ou de situação que inspire urgência.
d) Para que se configure o ato de improbidade, é indispensável a
comprovação de prejuízo ao erário.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

e) Em ação de improbidade administrativa, a indisponibilidade cautelar de


bens alcança verbas de natureza salarial aplicadas em poupança.

GABARITO
1-B 2-C 3-E 4-E 5-C 6-A 7-E 8-B 9-D 10-D
11-C 12-E 13-B 14-D 15-B 16-A 17-C 18-B 19-D 20-C
21-A 22-A 23-B 24-A 25-E 26-E 27-C 28-C 29-E 30-C
31-E 32-E 33-E 34-C 35-C 36-C 37-C 38-C 39-D 40-C
41-E 42-D 43-B 44-C 45-C 46-E 47-C 48-E 49-E 50-C
51-D 52-C 53-C 54-A 55-E 56-C 57-C 58-B 59-E 60-C
61-B 62-A 63-C 64-C 65-C 66-C 67-E 68-C 69-E 70-E
71-C 72-C 73-E 74-E 75-B 76-D 77-B 78-C 79-C 80-B
81-C 82-B 83-C 84-A 85-C 86-E 87-E 88-E 89-C 90-C
91-E 92-B 93-A 94-X 95-A 96-C

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 349


DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICICIAIS

PROF. EVANDRO ZILLMER Página 350

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