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CARMOSINA MOURA ALVES NETA

FATORES QUE DIFICULTAM O ACESSO AO DIAGNÓSTICO


PRECOCE DE ENDOMETRIOSE: REVISÃO DE LITERATURA

Artigo apresentado ao Colegiado do Curso de Graduação em Enfermagem da


Faculdade de Tecnologia e Ciências (TFC) de
Jequié, com fim avaliativo do componente curricular
Trabalho de Conclusão de Curso, como parte do
requisito obrigatório para obtenção do titulo de
Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profª. Esp. Silvana Santos Nascimento.

Jequié-BA
2015
2

​ ste trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, ​digno
Dedico​ e
de toda honra e toda glória​, autor dе mеυ destino, mеυ guia,
socorro presente nа hora das lutas; à minha mãе, Carmem
Lúcia Neres Silva, pоr sua capacidade dе acreditar еm mіm е
investir еm mim, sυа presença significou segurança е certeza
dе qυе não estou sozinho nessa caminhada.
3

AGRADECIMENTOS

À Deus, nosso mestre maior, que nos concede o dom da vida, pois sem Sua plena
vontade nada poderia ser feito.

Em especial, à minha mãe Carmem Lúcia Neres Silva, que foi o meu incentivo e se
fez presente nos momentos mais difíceis dessa caminhada, fazendo-se
compreensível. Sеυ cuidado е dedicação fоі que deu еm alguns momentos, а
esperança pаrа seguir.

Aos meus irmãos pela motivação, colaboração, compreensão e força.

Às minhas colegas do grupo de prática, pelo incentivo е pelo apoio constante.

À orientadora e mestres pela paciência nа orientação е incentivo qυе tornaram


possível а conclusão do presente estudo.

Enfim, quero dizer que sem o apoio de todas as partes mencionadas não teria como
chegar ao meu objetivo.
4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 6

2. REFERENCIAL TEÓRICO 8
2.1 Endometriose 8
2.2 SUS e endometriose 8
2.3 Ações de saúde 9

3. METODOLOGIA 10

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO 11

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS 13

REFERÊNCIAS 14
5

FATORES QUE DIFICULTAM O ACESSO AO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE


ENDOMETRIOSE: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

1
Carmosina Moura Alves Neta
2
​Silvana Santos Nascimento

RESUMO

Endometriose representa uma patologia ginecológica comum, definida pelo implante


de epitélio glandular endometrial localizada fora do útero, podendo envolver outros
locais. ​Objetivo: Alertar as mulheres quanto à importância do diagnóstico precoce
da endometriose, bem como identificar os fatores que dificultam o acesso a esse
diagnóstico. ​Metodologia: ​Trata-se de uma revisão de literatura de caráter
exploratório. Fez-se a seleção dos artigos científicos acessados nas bases de dados
Scientific Electronic Library Online ​(SCIELO) e ​Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS​),​ publicados de 2010 até 2014. Após a leitura
dos textos, considerando os critérios de exclusão, de acordo o objetivo,
permaneceram apenas 7 artigos que constituíram o presente estudo. ​Resultados:
Percebe-se que as circunstâncias que dificultam o acesso das mulheres a um
diagnóstico precoce da endometriose, são muitas, destacando-se entre elas:
infertilidade, nível de escolaridade, falta de informação, baixa condição
socioeconômica, e alguns sintomas que as mulheres acreditam ser comuns a outras
doenças e, por isso mesmo, não associam à endometriose em si. ​Conclusão: Há
uma necessidade de estudos futuros que mostrem uma reflexão nos fatores que
muitas vezes podem ser evitados, assim como realizar intervenções como ações de
saúde para alertar as mulheres sobre a importância de investigar alguns sintomas
que indica endometriose e evitar as complicações da mesma e que visem à melhoria
da qualidade de vida das mulheres com suspeita de endometriose. Assim sendo, as
políticas públicas podem ajudar oferecer educação continuada, tanto para as
mulheres quanto para os profissionais de saúde.

Palavras-chave:​ Endometriose. Diagnóstico precoce. Dor pélvica crônica.

1
Graduanda em Enfermagem. Faculdade de Tecnologia e Ciências de Jequié/BA (FTC). Jequié/BA – Brasil. Email:
carmosinaneta@hotmail.com​.
2
Enfermeira. Especialista. Docente do Curso de Enfermagem do Departamento de Saúde da Faculdade de
Tecnologia e Ciências de Jequié/BA. Email: sil_s_n@hotmail.com.
6

ABSTRACT
Endometriosis is a common gynecological disease defined by the implant of
endometrial glandular epithelium located outside the womb and may involve other
sites. ​Objective: To warn women about the importance of early diagnosis of
endometriosis, as well as to identify factors that hinder access to this diagnosis.
Methodology: This is an exploratory literature review. There was a selection of
scientific papers accessed in databases Scientific Electronic Library Online (SciELO)
and Latin American and Caribbean Health Sciences (LILACS), published 2010 to
2014. After reading the texts, considering the Exclusion criteria, according the goal
remained only 7 articles that constituted the present study. ​Results: It was observed
that the circumstances that hinder women's access to early diagnosis of
endometriosis, are many, foremost among them: infertility, level of education, lack of
information, low socioeconomic status, and some symptoms that women believe to
be common to other diseases and, therefore, do not associate with endometriosis
itself. ​Conclusion​: There is a need for future studies that show a reflection on the
factors that can often be avoided, and perform interventions such as health actions to
alert women about the importance of investigating some symptoms that indicate
endometriosis and avoid the complications thereof and that aim to improve the quality
of life of women with suspected endometriosis. Therefore, public policy can help
provide continuing education for both women and for health professionals.

Key-words:​ Endometriosis. Early diagnosis. Chronic pelvic pain.

1 INTRODUÇÃO

Endometriose representa uma patologia ginecológica comum, definida pelo


implante de epitélio glandular endometrial localizada fora do útero, podendo envolver
outros locais, entre eles ovários, peritônio, ligamentos, região retro-cervical, septo
reto-vaginal, reto/sigmoide, íleo terminal, apêndice, bexiga, mais raramente, no
pericárdio, pleura e sistema nervoso central (GAO X, 2006 apud BELLELIS, et al,
2010, p.467).
A prevalência atinge de 5%-15% das mulheres no período reprodutivo e até
3%-5% na fase pós-menopausa (VIGANÒ, 2004 apud BELLELIS, et al, 2010, p.467).
Segundo Bellelis, et al. (2010, p.467), as queixas mais frequentes entre as
portadoras de endometriose são infertilidade, dismenorréia severa, dispareunia, dor
pélvica crônica, podendo ser assintomatica. É uma patologia que acarreta custos
elevados na vida das mulheres devido à cronicidade do diagnóstico levando a busca
7

de um não tratamento adequado, causando prejuízos sociais, emocionais e culturais,


assim afetando na qualidade de vida.
Uma das formas mais grave e de difícil diagnóstico da endometriose é quando
atinge o reto e sigmóide. Os dados epidemiológicos são conflitantes e as
manifestações clínicas da doença são inespecíficas para estabelecer um perfil de
pacientes de maior risco, sendo que anos podem se passar desde o início dos
sintomas até o diagnóstico da enfermidade e a falta de especificidade dos sinais
pode conduzir a erros de diagnóstico e tratamento (RIBEIRO, et al, 2008, p.401).
​Estudos têm sido publicados a respeito do diagnóstico por imagem da
endometriose, ressaltando-se, principalmente, a ultrassonografia transvaginal (UST)
e a ressonância magnética (RM) de preferência como métodos de escolha
(NAUFEL,, et al, 2014).
A endometriose profunda é uma entidade específica, histologicamente
definida quando o foco ectópico invade o peritônio em mais de 5 mm de
profundidade, em geral envolvendo os ligamentos uterossacros, o intestino, o septo
retovaginal e o trato urinário. O diagnóstico clínico é difícil e baseia-se na história,
exame físico, laparoscopia e biópsia das lesões suspeitas. A ressonância magnética
(RM) é um método não invasivo que permite avaliação multiplanar, com alta
resolução espacial e capacidade de caracterização tecidual (LIMA, et al, 2009, p.
193).
Após a realização da videolaparoscopia, a endometriose pode ser classificada
de acordo com o tipo dos implantes, localização anatômica da doença peritônio,
ovário ou septo retovaginal ou pela extensão da doença sobre os órgãos pélvicos.
Sendo assim a classificação é bastante útil na orientação do tratamento segundo
(NÁCUL; SPRITZER, 2010, p.300).
O tratamento da endometriose varia. Os tratamentos mais utilizados
atualmente são cirurgia, a terapia de supressão ou combinação de ambas (NÁCUL;
SPRITZER, 2010, p.300-301).
A manifestação clínica da endometriose pode afetar a vida das portadoras de
várias formas: no trabalho, nas relações pessoais e na fertilidade. Por isso, a demora
para o diagnóstico é muito prejudicial a essas pacientes. Além disso, em termos de
gastos com saúde, o prejuízo não é apenas diretamente relacionado aos custos de
8

exames e internações hospitalares, mas também àquele prejuízo indireto pelo


afastamento laborativo de inúmeras mulheres jovens em seu período mais produtivo
(SANTOS; PEREIRA, et al, 2012, p.40).
Diante disso surge uma questão, a qual norteará esse estudo: Quais os fatores
que dificultam o acesso ao diagnóstico precoce de endometriose, sendo um dos
principais desafios a ser enfrentado? A partir disso objetiva-se, alertar as mulheres
quanto à importância do diagnóstico precoce da endometriose, bem como identificar
quais os fatores que podem dificultar o acesso ao diagnóstico precoce.
Durante a minha jornada enquanto discente foi possível perceber que os
obstáculos vivenciados pelas mulheres que procuram o Sistema Único de Saúde
(SUS), tanto na Unidade Básica de Saúde (UBS), quanto na rede hospitalar não
encontram atendimento, assim como me chamou atenção o auto índice das clientes
que não buscam o sistema, levando ao percentual elevado, atualmente de casos de
mulheres com endometriose.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ENDOMETRIOSE

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença de tecido


endometrial com glândulas e estroma fora da cavidade uterina e localiza-se mais
frequentemente na pelve, como, por exemplo, ovários, tubas, ligamentos uterinos,
septo retovaginal e peritônio (VILARINO et al, 2010, p.124).
Trata-se de uma doença que acomete 10 a 15% da população feminina em
idade reprodutiva e estima-se que, dentre as portadoras de dor pélvica crônica, a
doença possa ocorrer em até 60 ou 70% das pacientes (KUTEKEN et al, 2012,
p.569).

2.2 SUS E ENDOMETRIOSE


9

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), são disponíveis diversos exames


para o diagnóstico da endometriose, pois os exames mais específicos facilitam um
diagnóstico mais preciso, favorece o tratamento de qualidade, evitando o diagnóstico
tardio.
O exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico. Para
reforçar o diagnóstico, são utilizados os seguintes exames laboratoriais e de
imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultra-som, ressonância
magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se
altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém,
depende da realização de biópsia (BRASIL, 2012).
O Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da portaria nº 144, de 31 de
março de 2010, ampliou alguns requisitos para o diagnóstico e os tratamentos da
endometriose, pois é uma doença que requer cuidados especiais. A depender da
localidade e gravidade da endometriose, são estabelecidos alguns critérios, para o
tratamento como medicamentoso, cirúrgico ou conciliação de ambos. A discordância
entre os estudos resulta das diferentes delineações e do número de casos avaliados.
Pacientes com peritônio visualmente normal podem ter o diagnóstico descartado
(BRASIL, 2010, p.254).
Sendo assim, estão estabelecidos que os gestores estaduais e municipais do
SUS, conforme a sua atribuição e pactuações deverão estruturar a rede assistencial,
definir os serviços referenciais e estabelecer os fluxos para o atendimento dos
indivíduos com a doença em todas as etapas descritas (BRASIL, 2010).
É importante ter o diagnóstico prévio da endometriose, mas também é
considerável saber onde está localizado e a sua gravidade. A doença é classificada
em 4 estágios, cada estágio disponibiliza um tratamento diferente, sendo que o
estágio 4 é a fase da doença mais grave.

2.3 AÇÕES DE SAÚDE

​Segundo a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente


Invasiva (SBE), (2014), além da falta de conhecimento sobre a doença por parte das
10

mulheres, a carência de centros de atendimentos especializados dificulta ainda mais


a busca por diagnóstico preciso e tratamento eficaz. ​A Comissão de Seguridade
Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, há
poucos dias, o relatório sobre o Projeto de Lei (PL) 6.215/13, de autoria do Deputado
Federal Roberto de Lucena (PV-SP), que institui o dia 8 de maio como o Dia
Nacional de Luta contra a Endometriose. A proposta agora segue para a Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), mas já representa um passo na
batalha contra a doença que faz sofrer mais de seis milhões de brasileiras.

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura de caráter exploratório, sobre


endometriose. Segundo Bento (2012), à revisão de literatura como sendo uma parte
importante do processo de apuração. Inclui localizar, analisar, sintetizar e interpretar
a investigação prévia (revistas científicas, livros, resumos, etc.) relacionado com a
sua área de estudo; portanto, é uma análise bibliográfica minuciosa, relativo aos
trabalhos já publicados sobre o tema. A revisão de literatura não serve somente para
esclarecer bem o problema, mas também para alcançar uma ideia precisa sobre a
situação atual dos conhecimentos acerca de um dado conteúdo, as suas lacunas e a
colaboração da averiguação para o prosseguimento do conhecimento.
Inicialmente foi realizada a seleção dos artigos científicos sobre a temática
acessadas nas bases de dados ​Scientific Electronic Library Online ​(SCIELO) e
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS​).​ ​Os
parâmetros de inclusão dos artigos foram: resumo acessível na base de dados
acima referidos, artigos na integra publicados em português, publicados nos últimos
4 anos, ou seja, de 2010 até 2014; artigos disponíveis que na integra proporciona
clareza sobre a temática do presente estudo. Assim foram utilizados como critérios
11

de exclusão, encontrar-se em inglês, espanhol, estar relacionadas com outras


patologias.
As bases de dados citadas acima possuem descritores instáveis, pois os
resultados encontravam-se muitos, porém distanciava da temática. Portanto foi
utilizada a associação dos seguintes termos, endometriose e diagnóstico,
endometriose e diagnóstico tardio. Sendo assim, mesmo com a limitação da busca,
para detectar os artigos tiveram como tática a pergunta: Quais os fatores que
dificultam o acesso ao diagnóstico precoce de endometriose e os critérios de
inclusão descritos para o estudo.
Deste modo foram considerados todos os resultados. Em seguida, efetuou-se
a filtração dos encontrados, selecionando os artigos científicos. Logo após a filtração
dos anos de publicação, texto completo disponível, utilizando também artigos com
duplicidade presentes nas duas bases de dados. Sendo encontrados ao todo 47
artigos. Onde após a leitura dos textos, considerando os critérios de exclusão,
avaliada a relevância do assunto de acordo o objetivo, permaneceram apenas 7
artigos que constituíram o presente estudo.
Os aspectos éticos que envolvem pesquisas com seres humanos foram
preservados, não sendo necessária a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da resolução 466/12, por se tratar de um estudo do tipo revisão de literatura.
A seguir, segue o fluxograma com a seleção dos artigos científicos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram analisados os 7 artigos que atenderam aos critérios da pesquisa. Os


artigos incluídos, na íntegra apresentaram definições da endometriose. ​Nota-se a
necessidade de publicações de artigos recentes que abordem os fatores ​que
dificultam o acesso ao diagnóstico precoce de endometriose, sendo de suma
relevância publicações de novas pesquisas. Indo ao encontro do publicado na
literatura, percebe-se que as circunstâncias que dificultam o acesso das mulheres a
um diagnóstico precoce da endometriose, são muitas, destacando-se entre elas:
infertilidade, nível de escolaridade, falta de informação, baixa condição
12

socioeconômica, e alguns sintomas que as mulheres acreditam ser comuns a outras


doenças e, por isso mesmo, não associam à endometriose em si.
A média de tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico da
endometriose é entre 4, 5 anos ou mais, podendo assim afetar a qualidade de vida
das mulheres suspeita de ser portadora da endometriose (MINSON, et al, 2011,
p.12).
Uma das causas mais comuns de infertilidade na mulher é a endometriose, o
crescimento anormal de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Esta doença
gera uma fibrose que pode envolver os ovários impedindo a liberação do óvulo.
(GUYTON & HALL, 2002; LOPEZ et al., 2000, MACHADO et al., 2001 apud VILA,
2010, p. 220). A infertilidade pode ser um dos sintomas encontrados nas mulheres
portadoras de endometriose, de acordo com os levantamentos de dados, Bellelis, et
al, (2010, p.468); Santos, et al. (2012,p.42), perceberam que a infertilidade também
foi um sintoma prevalente, sendo referido por 355 das 892 pacientes (39,8%), no
entanto, temos que 237 pacientes (26,6%) nunca haviam tentado engravidar, pois as
mulheres não se atentam a esse sintoma em tempo oportuno, adiando a
maternidade, muitas vezes priorizando a vida profissional.
As manifestações clínicas da patologia mais relatadas são dor pélvica,
dismenorreia, dispareunia (BELLELIS, et al, 2010, p.470). Segundo Santos et al.
(2010, p.42), quando o sintoma referido pelas pacientes foi a dispareunia ou
dismenorreia, encontraram um tempo para o diagnóstico maior do que o das que
negavam tais sintomas. A dor pélvica crônica também é um dos fatores, sendo que
as mulheres acreditam ser um sintoma comum no período menstrual e
principalmente na adolescência, e assim deixam de fazer uma investigação mais
aprofundada.
Bellelis, et al. (2010, p.469), em seus estudos observou que o nível
educacional entre mulheres com endometriose tende a ser mais elevado, sendo que
das 892 mulheres, 463 (51,9%) tinham o 3° grau completo. Portanto a falta de
informação adequada e o nível de escolaridade influenciam em uma averiguação
aprofundada de alguns sintomas que podem estar relacionados à endometriose,
sendo que as mulheres com nível de escolaridade superior tendem a dar mais
importância alguns sintomas que indicam endometriose.
13

No presente estudo também se percebe que o fator socioeconômico interfere


no diagnóstico precoce e é um adequado tratamento e melhora na perspectiva na
qualidade de vida das pacientes com suspeita de endometriose. Para Nácul; Spritzer
(2010, p.300), a videolaparoscopia é um método preciso, porém de alto custo, pois
pode classificar o tipo dos implantes, a localização da doença e a extensão. Em
contrapartida, Arruda et al. (2003); Jones et al. (2002) apud Spigolon et al, (2012, p.
130-132) refere que, não são em todos os hospitais públicos que se dispõe deste
recurso. Com isso a população com baixa condições financeiras é bastante afetada.
Por conseguinte, o tempo de espera na fila de hospitais públicos nos quais é
disponível a videolaparoscopia, faz com que as mulheres desistam e deixem de
investigar os sintomas em tempo hábil, podendo os sintomas se agravarem e a
endometriose progredir para estágios mais avançados e severos (SPIGOLON et al.
2012; MNSON et al, 2011; BELLELIS et al, 2010; NÁCUL; SPRITZER, 2010).
Alguns estudos mostram que levar mais informações sobre a endometriose
aos médicos generalistas e ginecologistas é primordial para um diagnóstico precoce,
e ajuda a reduzir o tempo e custos para diagnosticar essa condição, as
complicações (PETTA et al. 2007; ARRUDA et al. 2003 apud SPIGOLON, 2012).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos que existem poucas publicações relacionadas aos fatores que


dificultam o acesso ao diagnóstico precoce de endometriose. Com base dessa
revisão, analisando os artigos publicados, foram identificados alguns fatores que
interferem no diagnóstico precoce.
A demora no diagnóstico está relacionada há vários fatores sendo eles físicos
e sociais nas portadoras de endometriose. Há uma necessidade de estudos futuros
que mostrem uma reflexão nos fatores que muitas vezes podem ser evitados, assim
como realizar intervenções como ações de saúde para alertar as mulheres sobre a
importância de investigar alguns sintomas que indica endometriose e evitar as
complicações da mesma e que visem à melhoria da qualidade de vida das mulheres
com suspeita de endometriose, sendo que passam anos ansiosas, com dores e
problemas frequentes provocados pelo decorrer do tempo entre os sintomas até o
diagnóstico.
14

Além da falta de conhecimento sobre a doença por parte das mulheres, a


carência de centros de atendimento especializados dificulta ainda a busca por um
diagnóstico precoce, preciso e tratamento eficaz. Assim sendo as políticas públicas
podem ajudar oferecer educação continuada, tanto para as mulheres quanto para os
profissionais de saúde, preparando mais adequadamente para o acompanhamento
das mulheres com suspeita de serem portadoras de endometriose.
Enfim, este estudo não preconiza a identificação dos fatores que influencia no
diagnóstico da endometriose, de outro modo, compreender os estudos atuais como
possíveis fatores como, infertilidade, falta de informação, fator socioeconômico e
podendo até esta associados, sendo assim o tempo se prolonga para a descoberta
da endometriose.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENDOMETRIOSE E GINECOLOGIA


MINIMAMENTE INVASIVA. ​8 de maio como o Dia Nacional de Luta contra a
Endometriose​, ​Disponível em: < http://
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KUTEKEN, Fábio Sakaeetal. Expressão de mediadores neurotróficos e


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15

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<​http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2010/prt0144_31_03_2010.html​>.
Acesso em: 06 de jun de 2015.

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Endometriose retroperitoneal atípica e uso de tamoxifeno​. 2014, Scielo.

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