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Professor: Cleber Amorim

CICLO DA BORRACHA NA AMAZÔNIA

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Contato: clbamorim@gmail.com
O Ciclo da lugar no comércio e favorável à região trabalhavam
borracha foi um indústria mundiais. A amazônica, havia o exaustivamente nos
importante momento da região amazônica, uma problema da falta de seringais para poder
história econômica e das maiores produtoras mão-de-obra local para pagar sua dívida
social da Amazônia. de látex, transforma-se a produção da goma contraída nos barracões
Ocorrida no contexto da no maior polo de elástica. A solução dos seringais. Antes
2ª Revolução extração e exportação encontrada para este mesmo de produzir a
Industrial e do de látex do mundo. Em problema foi a chegada borracha, o patrão lhe
Imperialismo, ou 1839, Charles Goodyear de milhares de fornecia todo o material
Neocolonialismo, do consegue eliminar as imigrantes (alguns logístico necessário à
século XIX, provocou impurezas do produto historiadores sugerem produção e à
grandes transformações final da goma elástica a que mais ou menos 300 sobrevivência no
na paisagem urbana e partir do processo de mil imigrantes chegaram seringal. Portanto, já
nas relações sociais da Vulcanização tornando a região amazônica começava a trabalhar
região Norte do Brasil. a borracha mais neste período) vindos, endividado. Os
 Origens resistente às variações principalmente, do seringueiros dificilmente
de temperatura, Nordeste (os “arigós”) tinham lucro, porque
As primeiras
oxidação e solubilidade fugindo da grave seca eram enganados pelo
informações a respeito
quando exposta a ocorrida em 1877 gerente ou pelo
da borracha chegaram à
solventes orgânicos. naquela região do país. seringalista. Essa
Europa ainda com
Os prática ocorria, dentre
Cristóvão Colombo
outros fatores, devido a
quando de sua segunda
falta de regulamentação
viagem à América entre
da atividade por parte do
1493 e 1495. Em 1743,
governo brasileiro. Essa
Charles-Marie de La
situação produziu
Condamine, cientista
grandes lucros aos que
francês, navega o rio
tinham o controle da
Amazonas e descobre a
produção e da
Hevea brasilienses, a
comercialização da
Seringueira. Nos quatro
borracha amazônica. A
anos que passou junto
riqueza produzida pela
as comunidades
exportação da borracha
indígenas da região,
pôde ser verificada no
este cientista observa os Neste período, o imigrantes eram atraídos grande desenvolvimento
diversos utensílios crescimento da indústria pela promessa de oferta urbano nas principais
produzidos pelos automobilística, de trabalho e pelo sonho capitais do Norte do
indígenas a partir do ocasionado pela de retornar à sua terra Brasil no período que
látex (garrafas, botas e Revolução Industrial, faz natal com melhores ficou conhecido como a
bolas ocas), e aprende o com que a demanda por condições econômicas. Belle Époque
processo de extração da borracha cresça No entanto, os Amazônica.
resina. Em 1763, expressivamente. A trabalhadores se
químicos franceses Belle Époque
região amazônica, uma depararam com sérias
descobrem um meio de das maiores produtoras dificuldades na Amazônica
dissolver a borracha de látex do mundo, Amazônia, tais como a A riqueza gerada pela
com terebintina e éter, transforma-se em Malária, as exportação da borracha
permitindo ampliar os grande exportadora do comunidades indígenas promoveu um surto de
usos da substância e, produto. hostis e, principalmente, modernização e
em 1770, o químico  1º Ciclo uma exploração urbanização das
inglês Joseph Priestley desumana imposta principais cidades da
desenvolve a borracha Entre 1830 e região amazônica, como
pelos seringalistas
de apagar grafite. 1860, a exportação do Belém e Manaus. Tendo
através do processo de
A primeira látex amazônico como referência as
Aviamento.
fábrica de produtos de aumenta de 156 para cidades europeias,
2.673 toneladas. O auge O Sistema de
borracha é inaugurada principalmente Paris,
da produção ocorreu Aviamento
na França em 1803 foram construídos
entre os anos de 1879 e Os seringalistas
seguida por outros teatros, museus,
1912. A borracha compravam das Casas
países que diversificam cinemas, escolas,
chegou a representar Aviadoras, sediadas em
a produção a partir da prédios públicos, bem
25% da exportação Belém e Manaus, os
mesma matéria prima. como as casas e
brasileira. mantimentos para os
Com a abertura dos palacetes das elites
A mão-de-obra seringais e pagavam a
portos do Brasil ao locais. Além disso,
Apesar do cenário essas casas com a
comércio internacional eletricidade e sistema de
econômico e industrial produção de borracha
em 1808, a borracha água encanada e esgoto
internacional se mostrar feita pelos seringueiros,
amazônica alcança seu passaram a fazer parte
que, por sua vez,
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A Malásia, de produção extrativista
colônia inglesa na Ásia, com o recrutamento de
foi invadida pelos mão de obra,
japoneses que exclusivamente,
passaram a controlar as masculina para os
plantações de seringais amazônicos.
seringueira e a produção Os
de borracha asiática. trabalhadores que se
No Brasil, o dirigiram aos seringais
presidente Getúlio ficaram conhecidos
Vargas, durante seu como os “Soldados da
período ditatorial do Borracha”. Estes
Estado Novo (1937- “soldados” eram
1945), enfrentava o recrutados pelo SEMTA
problema da migração (Serviço Especial de
da vida dos moradores mais baixo do que a em massa de Mobilização de
destas cidades. produzida na Amazônia. nordestinos para os
Muitas vilas e A empresa gomífera centros urbanos do
pequenos povoados brasileira não resistiu à sudeste. Com o objetivo
foram surgindo no concorrência Inglesa. de controlar esse fluxo
interior da Amazônia. Em 1913, a migratório, Vargas
Algumas dessas borracha cultivada no elaborou um plano que
comunidades acabaram Oriente (48.000 ficou conhecido como
se transformando em toneladas) superava a “Marcha para o Oeste”
cidades a medida que produção amazônica que tinha como
aumentava o fluxo (39.560t). Era o fim do destino consequente a
migratório para a região monopólio brasileiro da Amazônia. A Amazônia
e a fixação dos borracha. Com a crise ficou, assim, inserida na
migrantes nessas áreas da borracha amazônica, política de ocupação dos
transformando, assim, surgiu no Acre uma “espaços vazios” que
as relações sociais na economia baseada na pretendia mobilizar os Trabalhadores para
região. produção de vários migrantes nordestinos e Amazônia). Para
 Crise e declínio produtos agrícolas como de outras regiões do convencer os
mandioca, arroz, feijão e país, para o interior. nordestinos a “aderir à
Em 1876, sementes de
milho. Castanha, Esta política previa a causa aliada” o
seringa foram colhidas
madeira e o Óleo de disponibilização de governo estadonovista
da Amazônia e levadas
copaíba passaram a ser infraestrutura viária e de usou de eficiente
a Inglaterra por Henry
os produtos mais mercado de trabalho propaganda e de
Wichham. As sementes
exportados da região. para tornar viável a promessas de melhores
foram tratadas e
As normas sedentarização das condições de vida em
plantadas na Malásia,
rígidas do Barracão se famílias de uma região “verde e
colônia inglesa. A
tornaram mais flexíveis. trabalhadores rurais no frondosa” diferente da
produção na Malásia foi
O seringueiro passou a interior do Brasil, através paisagem do sertão
organizada de forma
plantar e a negociar da concessão de lotes nordestino. Calças e
racional, empregando
livremente com o de terra onde o colono blusas de morim,
modernas técnicas,
regatão. Vários seringais receberia incentivos chapéu de palha,
possibilitando um
foram fechados e muitos para agricultura alparcatas de rabicho,
aumento produtivo com
seringueiros tiveram a eliminando o um talher com lado
custos baixos. A
chance de voltar para o nomadismo e relegando colher e outro garfo,
borracha inglesa
nordeste. Houve uma a economia extrativista a uma rede e um saco de
chegava ao mercado
estagnação um segundo plano. estopa eram o
internacional a um preço
demográfica; Em muitos Com a Segunda equipamento que
seringais, houve um Guerra Mundial, os recebiam os “soldados
regresso a economia de planos de colonização da borracha”.
subsistência. da Amazônia sofreram Na Amazônia o
 2º Ciclo – Os drásticas alterações. Os inimigo era bem
Soldados da Acordos de Washington diferente do combatido
firmados entre Brasil e pelas forças aliadas nos
Borracha
EUA transformaram o campos de batalha da
Com a eclosão da 2ª
país no principal Europa. A própria
Guerra Mundial, a
fornecedor de borracha paisagem se
economia da borracha
para os EUA. A configurava como um
passa por um segundo e
emergência da produção inimigo. A distância dos
curto ciclo, de 1942 a
da goma elástica seringais dificultava a
1945.
retomou o antigo modo assistência prometida
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pelas instituições do
governo, tornando o
seringueiro dependente
do velho “sistema de
aviamento”. Os autos
preços dos alimentos e
das ferramentas de
trabalho no barracão
deixavam-nos
endividados e
impossibilitados de
deixar o seringal devido
a violência com que
eram repreendidas as
tentativas de fuga.
As mulheres
tiveram que lutar em
outra frente.
Dependentes da
assistência social e
financeira do governo
nos núcleos criados
especialmente para
receber essa população,
tiveram que viver sob
regras que
desconheciam, distantes
e sem noticias de seus
maridos. Tiveram sua
situação agravada
quando o governo
resolveu suspender a
assistência. Suas
insatisfações e
péssimas condições de
vidas puderam ser
conhecidas através das
cartas que escreviam
aos seus maridos que,
não raro, não recebiam
as missivas pela
dificuldade em descobrir
a verdadeira localização
dos destinatários. Uma
carta, porém, cumpriu
seu destino. Enviada ao
presidente Getúlio Varga
s, a carta clamava por
justiça. A resposta dada
a esta carta, se houve, é
desconhecida.
Estima-se que
até 20.000
trabalhadores
nordestinos jamais
tenham retornado para
suas famílias, número
muito maior que os
calculados para as
perdas da Força
Expedicionária Brasileira
nos campos de batalha
da Europa.

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