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CALIBRAÇÃO DA PLACA DE ORIFÍCIO

RESUMO – Nos processos industriais, é de extrema importância medir a vazão


de fluidos. Determinados processos só funcionam bem quando o fluido escoa em
regime laminar, por exemplo, no qual as partículas de um fluido movem-se ao
longo de trajetórias bem definidas, apresentando lâminas ou camadas (daí o
nome laminar) cada uma delas preservando sua característica no meio. Durante o
escoamento, há perda de carga provocada por atrito, e tal fato deve ser
considerado no cálculo da vazão. Um fator de correção denominado coeficiente
de descarga (CD) é utilizado, portanto, para corrigir a perda de carga provocada
pelo atrito. Para determinar esse parâmetro, foram utilizados, entre outros
materiais, uma placa de orifício, um manômetro e um soprador. A partir dos
dados obtidos no experimento, foi possível, então, calcular o coeficiente de
descarga.

PALAVRAS-CHAVE: coeficiente de descarga, placa de orifício, calibração.

Objetivos: O objetivo do trabalho foi determinar o coeficiente de descarga CD utilizando


para isso uma placa de orifício.

Uberlândia, 06 de setembro de 2017 Nota: data de correção: .../.....


1. INTRODUÇÃO

Quase todos os problemas práticos de mecânica dos fluidos estão associados à


necessidade de medições precisas do escoamento. A medida de grandezas nos fluidos inclui
a determinação de pressão, velocidade, vazão em massa ou vazão volumétrica, ondas de
choque, gradientes de massa específica, turbulência e viscosidade.

Medidores de vazão e amplamente utilizados nos processos de Engenharia Química


são as placas de orifício. Seu princípio básico de funcionamento está relacionado à
mudança de área disponível ao escoamento de fluido, fazendo com que haja continuamente
transferência entre energias de pressão e cinética. Devido às conversões de uma forma de
energia em outra é possível juntamente com as propriedades físicas do sistema, obter uma
expressão para a vazão de fluido que escoa em determinado duto. (FOX, 1981)

Os esquema apresentado na Figura 1, a seguir, representa o escoamento de um


fluido de densidade  e temperatura T.

DT
Fluido
1 2 DO
 T

h
m

Figura 1 – Esquema de um sistema dotado de uma placa de orifício e manômetro tubo


em U.

Utilizando a equação de Bernoulli entre os pontos 1 e 2, tem-se que:


(1)

Como não há perdas de cargas (localizadas e distribuídas), não há bomba nem turbina e
:
(2)

Após rearranjo:
(3)

De acordo com a Equação da Continuidade:


(4)
(5)

Como :
(6)

Isolando
(7)

Área da secção do tubo:


(8)

Substituindo (8) em (7):


(9)

Por definição:
(10)

Substituindo (10) em (9):


(11)
Pela manometria obtêm-se:
(12)

Substituindo as equações (11) e (12) na Equação de Bernoulli obtêm-se:


(13)

(14)

(15)

Pela definição de vazão:


(16)
(17)

em que
CD – coeficiente de descarga da placa de orifício;
DO = diâmetro do orifício da placa (cm);
DT = diâmetro interno do tubo (cm);
g = aceleração da gravidade (m/s²);
h = diferença de altura entre as colunas de etanol do manômetro em U (cm);
Q - vazão do fluido na tubulação analisada (L/s);
β = razão entre o diâmetro do orifício da placa e da tubulação;
ρ = densidade do fluido (ar) que escoa pela tubulação (g/cm³);
ρm = densidade do fluido manométrico (g/cm³);

A equação (17) descreve a vazão como função das propriedades do fluido e da placa de
orifício através da Equação de Bernoulli, ou seja, é a vazão máxima em que o fluido escoa em
uma determinada placa de orifício (vazão ideal).
Caso a situação não seja ideal, a vazão deve ser corrigida por um fator de correção
que leva em conta as perdas de energia causadas pelo atrito. Este fator é denominado
coeficiente de descarga (CD) e é descrito pela equação (18).

(18)

Caso o fluido seja compressível (gases, por exemplo) devem ser considerados os
efeitos da pressão e temperatura sobre a densidade do mesmo. Se a temperatura não for tão
baixa e/ou a pressão muito alta, uma boa aproximação é considerar o comportamento dos
gases como se fossem ideais, em conformidade com a Equação (3).

PM
 (19)
RT

2. MATERIAIS UTILIZADOS

Os materiais e equipamentos utilizados na execução do experimento foram:

 Rotâmetro com escala em cm (0-25) (Figura 2);

 Manômetro Salcas Modelo MCU Escala 250-0-250 (mm), com tubo em U (fluido
manométrico: álcool etílico com alaranjado de metila) (Figura 3);

 Soprador;

 Tubulação com diâmetro interno de 5,3 cm;

 Placa de orifício com diâmetro de 3,5 cm;

 Termômetro Incoterm L-165/06 com escala de 1 ºC.


A Figura 4 apresenta um esquema geral do sistema em que foi realizada a prática.

Figura 2 - Manômetro Figura 3 - Rotâmetro

Figura 4 – Esquema geral do experimento.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Inicialmente, com o sistema desligado, conectou-se o manômetro à tubulação


através de mangueiras. Então, o soprador foi ligado e a válvula que permitia a saída do ar
para o ambiente externo foi totalmente fechada, para que o experimento iniciasse com a
maior vazão (e consequentemente maior altura no rotâmetro). A partir de então, a válvula
que permitia a saída do ar para o ambiente externo foi aberta, aos poucos, com a intenção
de obter medidas menores de vazão. O padrão para coleta das medidas foi diminuir 2 em 2
cm da maior altura obtida do rotâmetro (neste caso, como a maior altura foi 18 cm, então a
sequência de coleta de pontos foi: 18, 16, 14, 12..., 4, 2). Para cada ponto de coleta, foi
necessário anotar a diferença de altura do manômetro, a altura do rotâmetro e a temperatura
do ar. Após a coleta de todos os pontos, o sistema foi desligado.

4. TRATAMENTO DOS DADOS

Os dados coletados durante o experimento foram tratados de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1 - Tratamento dos dados.


Vazão (L/s) 32,04 28,48 24,92 21,36 17,8 14,24 10,68 7,12 3,56
T (°C) 39 44 44 44 42 41 39 39 38
h (cm) 13,5 11,1 9,7 8,0 6,0 4,1 2,7 1,6 0,8
H (cm) 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0

Onde:
Vazão (L/s) = 1,78H(cm), sendo H a altura do rotâmetro. (20)
Os resultados das densidades obtidas pela equação, ,estão apresentados na
Tabela 2. O peso molecular médio do ar utilizado foi 28,84 g/mol, a pressão em Uberlândia era
de 101900Pa.

Tabela 2 - Cálculo da densidade do fluido.


Vazão Temperatura Densidade do ar
(L/s) (°C) (kg/m3)
32,04 39 1,132390
28,48 44 1,114538
24,92 44 1,114538
21,36 44 1,114538
17,8 42 1,121611
14,24 41 1,125181
10,68 39 1,132390
7,12 39 1,132390
3,56 38 1,136030
A partir das densidades calculadas, obteve-se as vazões ideais para cada caso.
O coeficiente de descarga pode ser calculado, também, pela razão entre a vazão real e a
vazão ideal. Neste sentido, os coeficientes são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 - Cálculo do coeficiente de descarga.


Vazão real Vazão Calculada Coeficiente de
(L/s) (L/s) Descarga (CD)
32,04 45,45 0,70
28,48 41,45 0,68
24,92 38,75 0,64
21,36 35,19 0,61
17,8 30,38 0,59
14,24 25,07 0,57
10,68 20,28 0,53
7,12 15,61 0,46
3,56 11,02 0,32

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Figura 5 – Gráfico que relaciona a vazão com o CD.

Pôde-se observar que os coeficientes de descarga obtidos foram elevados, porém os


mesmos mantiveram-se entre 0<CD<1.
Os resultados mostram que, neste experimento, o coeficiente de descarga incorpora
na equação geral os fatores que aumentam a diferença de pressão, isto é, que a tornam
maior que aquela resultante da aceleração entre dois pontos. Portanto um CD médio igual a
0,57. O CD é a razão entre a vazão real que escoa através do medidor e a vazão teórica.
Deve-se ressaltar que os erros, como a variação de temperatura e a leitura, geram as
variações entre os coeficientes de descarga de cada ponto. Como aparentemente a medição
dos valores de temperatura não foram tão precisas, pode ser a origem de um erro maior.

6. CONCLUSÃO

Através do experimento realizado podemos concluir que é possível calcular o


coeficiente de descarga (CD) de uma placa de orifício por meio das medições da vazão
volumétrica, obtendo resultados satisfatórios como pode ser observado pelos valores
encontrados do CD.

ANEXOS - MEMÓRIA DE CÁLCULO

Para o cálculo da densidade do ar, (Equação 19):

Cálculo da vazão ideal (Equação 17):

Cálculo da vazão indicada no rotâmetro (Equação 20):

Por fim, o cálculo do CD:


REFERÊNCIAS

BRUNETTI, F., “Mecânica dos Fluidos”, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
FOX, R. W.; MCDONALD, A. T.; “Introdução à Mecância dos Fluidos”, Editora
Guanabara Dois, 1981.
PERRY, R.H; CHILTON, S.H.(1980), “Manual de Engenharia Química”, Editora
Guanabara Dois SA, Quinta edição, Rio de janeiro.
SIGHIERI, L.; NISHINARI, A., “Controle Automático de Processos Industriais:
Instrumentação”, Edgard Blücher Ltda, 2a Edição, 1977.

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