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Iaiá e Tuiú - Parte II

A cultura indígena
O Nascimento - imagem 01
O nascimento de uma criança, para a tribo, era a vinda
de um espírito novo, que ia trazer o Novo para a
comunidade.
Eles esperavam o melhor da pessoa e sentiam muito
prazer em colaborar com o que preciso fosse para que
aquele ser se encontrasse.
Ajudá-lo em suas dificuldades e em seu crescimento era
um prazer.
De dentro pra fora - o Sentido da Vida
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Eles têm contato com o dentro. Vida interior. Eles
entendem que a vida na terra é uma passagem, um
período de aprendizado e crescimento.
Mas que a vida não se acaba com a morte. Eles não são
o corpo, a carne. Eles são o espírito, ser de luz, de amor.
Viver só faz sentido se for por amor! Por isso, eles não
mentem para si, eles não se enganam. Por mais que haja
dificuldade, ser íntegro, ser digno é condição primeira
para se estar vivo.
Aquele que trai o sentimento pede, dos demais, muita
compaixão, pois seu caminho será de muita dor.
O aprendizado através da natureza
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O índio não aprendia na escola, mas com a natureza.
Com os animais, com as plantas, com o rio, observando
os pássaros, as borboletas, o nascer do dia, a chegada
da noite…
.Tudo é um, não existe separação ou independência,
somos todos ligados e interdependentes.
Por isso, não faz sentido querer, desejar o mal a
ninguém.
.A comunidade
Os insetos, as abelhas não conseguem sobreviver
isolados, apenas em comunidade. Tudo que eles fazem
é em grupo. Cada um tem a sua função.
.Na natureza, tudo se transforma.
Um galho que cai é aproveitado de abrigo a um
animalzinho. A folha que cai da árvore vai proteger a
terra. A tempestade, muitas vezes destrói, mas lava, traz
a renovação da terra. O cocô de um passarinho ajuda na
germinação.
. Tudo se movimenta para o equilíbrio
A regeneração do corpo, quando machucado mostra que
existe dentro de nós algo que é vivo, que está sempre
oferecendo energia para o equilíbrio.
.Rituais
Vocês sabiam que uma formiga quando tem sua patinha
machucada é levada pelas demais até seu ninho e que
lá, as demais começam a lamber a ferida da formiguinha
machucada? Os índios também se reúnem para cuidar
de quem está doente, esse ritual é chamado de
pajelança.
. A relação com a terra
Os índios nunca marcaram território, nunca colocaram
cerca. Eles não concebem a ideia de propriedade como
nós concebemos. Isso porque existem entre eles uma
afinidade de pensamento.
A terra, a natureza, é uma dádiva! Por isso, não existe
competição, ganância, um querer ser mais que o outro…
imagem 04
Na década de 1960, as ameaças aumentaram e,
finalmente, em 1980, os índios Tembé perderam sua
terra, se separaram, se dividiram, passaram a viver
esparsos na beira do rio.
Alguns foram para a beira da estrada, tentar vender
frutas ou algum alimento que ainda conseguiam plantar,
como o aipim, o milho…
Alguns homens da tribo conseguiam trabalho nas
plantações das grandes fazendas e, aos poucos, o
contato com a forma de viver dos homens brancos (com
o dinheiro, com a noção de propriedade, a competição, o
egoísmo) adentrava na vida do índio como uma
tentação, como a porta larga, como um perigo…
Isso somado à revolta que sentiam pela grande injustiça
de terem sido tirados da natureza - seu Lar.
Ao contrário dos homens, que foram pro mundo, as
mulheres ficaram na tribo e Iaiá começou um trabalho de
buscar unir novamente os índios!
A ressaltar os valores que eles acreditavam, que
aprenderam com a natureza.
Dizia que eles estavam sendo, temporariamente,
chamados a conviver com a cultura do branco, mas que
não poderiam compactuar com o que feria a crença, os
valores indígenas.
Ela se lembrou que durante quando jovem, durante o
período que ela ficou retirada para se conhecer
(isolamento na “tocaia”), ela sentiu que seu principal
trabalho seria manter a identidade de sua tribo viva, a
cultura, os valores!
Iaiá e Tuiú muito se empenharam para essa união na
aldeia.
Assim, os índios que antes estavam espalhados,
voltaram a se encontrar e a viverem juntos, a fazer seus
rituais, a renovar através dessa crise, daí que surgiu a
nova aldeia, a aldeia Tekohaw.
Depois de muita briga, muita dificuldade, em 1996 eles
conseguiram retomar a sua terra, mas até hoje lutam
para defender o espaço, que está sempre ameaçado
pelos interesses do poder, representados por
madeireiros, fazendeiros e caçadores…
Devido ao contato com a cidade, os índios, hoje, se
vestem, têm motos, celulares, geladeira… Alguns não
mais os consideram índios pelos materiais que possuem,
por falar português…
Mas essa adaptação ao urbano não foi uma necessidade
imposta pelos que os tiraram de sua terra? Que condição
eles teriam de sobreviver, na cidade, sem os meios
necessários?
Iaiá desencarnou aos 97 anos acreditando que se o índio
mantivesse a chama de sua espiritualidade, de seus
valores aprendidos na natureza, de sua essência acesa,
ele então poderia dizer que era índio verdadeiro, que é o
que significa Tembé.
Hoje, sua sobrinha Célia, seu sobrinho Ednaldo, sua neta
Kudã trabalham para que as raízes espirituais dos índios
não sejam esquecidas, para que os curumins possam
receber esses ensinamentos indígenas.

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