Controlabilidade e Observabilidade
PSfrag replacements
R1 R2
+
C1 C2
u R3 y
−
ẋ = Ax + Bu
com A ∈ Rn×n e B ∈ Rn×p .
• A equação de saı́da não influencia a controlabilidade
A equação de estado acima ou o par (A, B) é controlável se para
qualquer estado inicial x(0) = x0 e para qualquer estado final x1
existir uma entrada u(t) que transfere o estado de x0 para x1 em
tempo finito.
• A definição requer apenas que se possa mover qualquer estado
inicial no espaço de estados para qualquer estado final em tempo
finito. Não há restrições quanto à trajetória a ser seguida nem quanto
à magnitude da entrada.
Exemplo:
PSfrag replacements
i +
1Ω 1Ω
x
+ −
u + y
−
C
1Ω 1Ω
−
Exemplo:
PSfrag replacements
+ +
C x1 C x2
− −
u +
−
1Ω 1Ω
Exemplo
u u
PSfrag replacements
x1 x2
k2
k1 b1 b2
C = B AB A2B · · · An−1 B
£ ¤
Profs. Pedro/Ivanil
IA536 - Teoria de Sistemas Lineares - FEEC/UNICAMP contr 5/18
Prova
1) ⇔ 2). Primeiramente a equivalência entre as duas formas inte-
grais que aparecem em 2) pode ser provada fazendo-se a mudança
de variável α = t − τ . O integrando garante que a matriz Wc(t) é
sempre semidefinida positiva; será definida positiva se e somente se
for não singular.
³Z t1
x(t1 ) = exp(At1)x(0) − exp[A(t1 − τ )]B ·
0
´
B 0 exp[A0(t1 − τ )]dτ Wc−1(t1 )[ exp(At1 )x0 − x1] =
Z t1
= kB 0 exp[A0(t1 − τ )]vk2dτ = 0
0
Pré-multiplicando por v 0
Z t1
0 = v0v + v 0 exp[A(t1 − τ )]Bu(τ )dτ = kvk2 + 0
0
Profs. Pedro/Ivanil
IA536 - Teoria de Sistemas Lineares - FEEC/UNICAMP contr 7/18
v0C = 0
ou equivalentemente
v 0 Ak B = 0 para k = 0, 1, 2, . . . , n − 1
Note que exp(At)B pode ser expressa como uma combinação linear
de {B, AB, . . . , An−1 B} e portanto v 0 exp(At)B = 0, o que contra-
diz a hipótese da não singularidade de Wc(t). Portanto 2) implica
3).
3) ⇔ 4).
£ ¤
• Se C tem rank completo de linhas, então λI − A B tem rank
completo de linhas para todo λ autovalor de A. Se não, existe um
autovalor λ1 de A e um vetor q 6= 0 tais que
£ ¤
q λ1 I − A B = 0
e portanto qA = λ1q e qB = 0 (implicando que q é um autovetor à
esquerda de A). Calculando
£ ¤
• ρ(C) < n =⇒ ρ λI − A B < n para algum λ autovalor de A.
Dois resultados são necessários:
• A controlabilidade é invariante sob qualquer transformação de equi-
valência;
• Se ρ(C) = n − m para algum m ≥ 1, então existe uma matriz P
não singular tal que
· ¸ · ¸
Ā c Ā 12 B̄ c
Ā = P AP −1 = ; B̄ = P B =
0 Āc̄ 0
com Āc̄ ∈ Rm×m .
Profs. Pedro/Ivanil
IA536 - Teoria de Sistemas Lineares - FEEC/UNICAMP contr 9/18
· ¸
£ ¤ £ ¤ λ1I − Āc −Ā12 B̄c
q λ1I − Ā B̄ = 0 q1 =0
0 λ1I − Āc̄ 0
o que implica
£ ¤ £ ¤
ρ λI − Ā B̄ < n =⇒ ρ λI − A B <n
para algum autovalor de A (note que para qualquer outro valor de
λ, a matriz λI − A é não singular).
Com isso, a equivalência 3) ⇔ 4) está provada.
2) ⇔ 5).
• Se A é estável, a única solução de
Exemplo
Considere o problema do carro com o pêndulo invertido, descrito
(para pequenas variações em torno do ponto de equilı́brio e para
valores escolhidos dos parâmetros) por
0 1 0 0 0
0 0 −1 0 1
ẋ = x + u
0 0 0 1 0
0 0 5 0 −2
£ ¤
y= 1 0 0 0 x
Exemplo
u u
PSfrag replacements
x1 x2
k2
k1 b1 b2
· ¸ · ¸· ¸ · ¸
ẋ1 −k1/b1 0 x1 1/b1
= + u
ẋ2 0 −k2/b2 x2 1/b2
1/b1 −k1/b21
µ· ¸¶
¡£ ¤¢
ρ B AB =ρ = n = 2 se k1b2 6= k2b1
1/b2 −k2/b22
• Calculando Wc(2)
Z 2· ¸· ¸
exp(−0.5τ ) 0 0.5 £ ¤
Wc(2) = 0.5 1 ·
0 0 exp(−τ ) 1
· ¸
exp(−0.5τ ) 0
dτ
0 exp(−τ )
· ¸
0.2162 0.3167
Wc(2) =
0.3167 0.4908
· ¸ · ¸
¤ exp[−0.5(2 − t)] 0 10
Wc−1(2)
£
u1(t) = − 0.5 1
0 exp[−(2 − t)] −1
u1(t) = −58.82 exp(0.5t) + 27.96 exp(t) , t ∈ [0, 2]
Profs. Pedro/Ivanil
IA536 - Teoria de Sistemas Lineares - FEEC/UNICAMP contr 13/18
40
20
−20
−40
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
tempo (s)
Evolução de x1 (contı́nuo) e x2 (tracejado)
10
−5
−20
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
tempo (s)
−5
−10
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
tempo (s)
Evolução de x1 (contı́nuo) e x2 (tracejado)
10
PSfrag replacements 0
−5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
tempo (s)
Profs. Pedro/Ivanil
IA536 - Teoria de Sistemas Lineares - FEEC/UNICAMP contr 14/18
50
40
30
20
10
−10
−20
Profs. Pedro/Ivanil
IA536 - Teoria de Sistemas Lineares - FEEC/UNICAMP contr 15/18
Índices de Controlabilidade
Considere A ∈ Rn×n e B ∈ Rn×p com B de rank completo de colunas
(se não for o caso, alguma coluna redundante pode ser eliminada).
Se (A, B) for controlável, a matriz de controlabilidade C tem rank
n e, conseqüentemente, n colunas linearmente independentes (de um
total de np colunas).
Seja bi a i-ésima coluna de B, e portanto
n−1 n−1
£ ¤
C = b1 · · · bp Ab1 · · · Abp · · · A b1 · · · A bp
bm , Abm , . . . , Aµm−1bm
são LI e Aµm+ibm, i = 0, 1, 2, . . . são LD. Assim, se C tem rank n,
µ1 + µ 2 + · · · + µ p = n
{µ1, µ2, . . . , µp} são chamados ı́ndices de controlabilidade e
tiver rank n.
Profs. Pedro/Ivanil
IA536 - Teoria de Sistemas Lineares - FEEC/UNICAMP contr 17/18
Exemplo
Considere o modelo (parcial) de satélite cujas equações linearizadas
são dadas por
0 1 0 0 0 0
3 0 0 2 1 0
ẋ = x + u
0 0 0 1 0 0
0 −2 0 0 0 1
· ¸
1 0 0 0
y= x
0 0 1 0
Rank = 4 =⇒ controlável
Índices de controlabilidade: µ1 = 2, µ2 = 2
Índice de controlabilidade do par (A, B): µ = 2
Profs. Pedro/Ivanil
IA536 - Teoria de Sistemas Lineares - FEEC/UNICAMP contr 18/18
Teorema
A controlabilidade é invariante sob qualquer transformação de equi-
valência.
Prova: considere o par (A, B) e a matriz de controlabilidade
C = B AB A2B · · · An−1 B
£ ¤
= P B P AP −1 P B · · · P An−1 P −1P B
£ ¤
B AB A2B · · · An−1 B
£ ¤
=P = PC
Como P é não singular, ρ(C) = ρ(C̄).
Teorema
O conjunto de ı́ndices de controlabilidade do par (A, B) é invari-
ante sob qualquer transformação de equivalência e para qualquer
re-ordenamento das colunas de B.
Prova: Do teorema anterior, definindo
Ck = B AB A2B · · · Ak−1 B
£ ¤