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Apostilas 2010

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PORTUGUÊS

1. Compreensão e Interpretação de Textos. Utilize os links em cada


2. Estrutura e Organização do Texto. conteúdo para transitar
3. Ortografia. melhor pela apostila!
4. Semântica
5. Morfologia
6. Sintaxe
7. Pontuação.

Dicas Importantes

1. Organize seus estudos por temas, vá dos mais fáceis aos mais difíceis.
2. Procure sempre estudar no mesmo horário, em local calmo e tranqüilo.
3. Crie roteiros de estudo, dispondo tópicos para cada dia.
4. Faça resumos dos assuntos estudados e crie fichas sintéticas.
5. Faça um questionário sobre cada assunto estudado.
6. Selecione dúvidas num bloco de anotações para apresentá-las ao professor.
7. Você pode usar uma música relaxante e em baixo volume durante os estudos.
8. Evite o uso de lápis, procure usar canetas. Em caso de erros, risque o assunto, sem apagá-lo.
9. Divida seu tempo de forma a concentrar seus estudos onde você tem mais dificuldade.
10. Crie grupos de estudos para tirar dúvidas e treinar os assuntos que você domina.
11. Faça uma leitura do assunto a ser visto em sala, antes da aula.
12. Utilize gravador para ter um arquivo das aulas em sala.
13. Pesquise em livros e revistas os assuntos do concurso, não se limite à apostila.
14. Estabeleça metasediárias
1 Compreensão para o que você
Interpretação precisa estudar.
de Textos.
15. Cole cartazes em seu quarto sobre os assuntos mais importantes.
A interpretação de qualquer fato exige: observação, análise e conclusão.
Bons Estudos,
Equipe Passe
Não existe umaPor Aqui.pronta para obter uma boa compreensão daquilo que se lê, mas algumas
fórmula
estratégias podem ser utilizadas para melhorar o seu desempenho.

O entendimento de um texto requer uma análise a sua decomposição em partes. Só assim, o seu
entendimento é possível. Como analisar um texto e interpretá-lo?

Como ler um texto – Entendendo a partir da leitura.

Interessa a todos saber que procedimento se deve adotar para tirar o maior rendimento possível da
leitura de um texto. Mas não se pode responder a essa pergunta sem antes destacar que não existe
para ela uma solução mágica, o que não quer dizer que não exista solução alguma. Genericamente,
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pode-se afirmar que uma leitura proveitosa pressupõe, além do conhecimento lingüístico
propriamente dito, um repertório de informações exteriores ao texto, o que se costuma chamar de
conhecimento de mundo.

A título e ilustração, observe a questão seguinte, extraída de um vestibular da UNICAMP:

Às vezes, quando um texto é ambíguo, é o conhecimento de mundo que o leitor tem dos fatos que
lhe permite fazer uma interpretação adequada do que se lê. Um bom exemplo é o texto que segue:

"As video-locadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende
a uma portaria de dezembro de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo
aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda os
menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais. (Folha
Sudeste, 6/6/92)"

É o conhecimento lingüístico que nos permite reconhecer a ambigüidade do texto em questão (pela
posição em que se situa, a expressão sem a companhia ou autorização dos pais permite a
interpretação de que com a companhia ou autorização dos pais os menores podem ir a rodeios ou
motéis). Mas o nosso conhecimento de mundo nos adverte de que essa interpretação é estranha e só
pode ter sido produzida por engano do redator. É muito provável que ele tenha tido a intenção de
dizer que os menores estão proibidos de ir a rodeios sem a companhia ou autorização dos pais e de
freqüentarem motéis.
Como se vê, a compreensão do texto depende também do conhecimento de mundo, o que nos leva à
conclusão de que o aprendizado da leitura depende muito das aulas de Português, mas também de
todas as outras disciplinas sem exceção.

Os 3 Pontos a considerar:

I - Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o leitor será
obrigado a distinguir as questões secundárias da principal, isto e, aquela em torno da qual gira o
texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está tratando, ou sabe apenas de maneira
genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de que o leitor não tem
repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos.

II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados pelo texto,
aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente não terá
dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leitura desatenta
e dispersiva.

III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada? Deve-se
entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de que ele
está falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é também um sintoma de leitura
bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na verdade,
entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentativo.

Idéias Núcleos
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O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decompô-lo, após uma primeira leitura, em
suas "idéias básicas ou idéias núcleo", ou seja, um trabalho analítico buscando os conceitos
definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação fará com que o significado do texto
"salte aos olhos" do leitor.

Nos atuais exames vestibulares brasileiros, o entendimento de textos tem sido uma parte
fundamental das provas de Comunicação e Expressão Verbal, nova denominação dada, pelos
programas curriculares federais, à matéria antes conhecida como Língua Portuguesa.

Exemplifiquemos:

"Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a


formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859 - 1939) conseguiu acender luzes nas
camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e subconsciente. Começou estudando
casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em
colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895).
Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até hoje é usado pela
psicanálise: o das 'livres associações' de idéias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta por
palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais. Para este
caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da linguagem onírica
dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na fase de
vigília.

Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação
da tese de que toda neurose é de origem sexual." (Salvatore D'Onofrio)

GLOSSÁRIO:
* Neurologista - médico especializado em curar doenças do sistema nervoso;
* Psique - mente, espírito, alma;
* Inconsciente - o conjunto dos processos e fatos psíquicos que atuam sobre o comportamento do
indivíduo, mas que escapam ao âmbito da racionalidade e esta não pode ser trazida pela vontade ou
pela memória, aflorando nos sonhos, atos falhos e nos estados neuróticos;
* Subconsciente - processos e fatos psíquicos latentes no indivíduo, influenciando sua conduta e,
por vezes, aflorando à consciência;
* Anômalo - anormal;
* Patológico - doentio;
* Hipnotismo - processos físicos ou psíquicos destinados a gerar um estado mental semelhante ao
sono, no qual o indivíduo continua capaz de obedecer às ordens do hipnotizador;
* Terapeuta - médico;
* Trauma - choque violento capaz de desencadear perturbações físicas ou psíquicas;
* Onírico - relativo aos sonhos;
* Vigília - estar acordado, desperto.

IDÉIAS - NÚCLEO

PRIMEIRO CONCEITO DO TEXTO:


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*"Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a


formação da personalidade humana . Sigmund Freud (1859 - 1939) conseguiu acender luzes nas
camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e subconsciente". O autor do texto
afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender os níveis mais profundos
da personalidade humana, o inconsciente e subconsciente.

SEGUNDO CONCEITO DO TEXTO:

*"Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da


hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria,
1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até hoje é
usado pela psicanálise: o das 'livres associações' de idéias e de sentimentos, estimuladas pelo
terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações
mentais". A segunda idéia - núcleo mostra que Freud deu início à sua pesquisa estudando os
comportamentos humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método,
criou o das "livres associações de idéias e de sentimentos".

TERCEIRO CONCEITO DO TEXTO:

*"Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da


linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos
insatisfeitos na fase de vigília". Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se
faz por meio da compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não
realizados ao longo da vida do dia a dia.

QUARTO CONCEITO DO TEXTO:

* "Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a
apresentação da tese de que toda neurose é de origem sexual." Por fim, o texto afirma que Freud
escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a novidade de que todo o trauma psicológico é
de origem sexual.

RESPONDA:

Qual foi a contribuição de Freud para a Psicologia?

Explique o primeiro método usado por Freud.

Qual foi o seu segundo método de análise?

Em que Freud é original quanto à explicação da neurose?

ATENÇÃO: AGORA, É A SUA VEZ:

O texto abaixo será desmembrado em suas idéias fundamentais e, assim, você poderá corrigir o seu
esforço de interpretação.
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"Filósofo alemão, amigo de músicos (Wagner e Liszt), professor de filologia e grande apreciador de
literatura grega, Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 - 1900) é levado pelo seu pensamento reflexivo
à negação da metafísica e dos valores morais. Ele critica as teorias de Sócrates e de Platão sobre a
existência de um mundo ideal, onde residiram as essências do Divino, do Verdadeiro, do Belo, do
Bom, separadas das aparências do mundo sensível. Para Nietzsche, as Idéias são apenas invenções
de filósofos, pois na realidade não há separação entre os dois mundos, o da essência e o da
aparência, o do verdadeiro e o do falso, o do inteligível e o do sensível. O que existe é um 'eterno
retorno', uma alternância do bem e do mal, da alegria e do sofrimento, da criação e da destruição, da
ressurreição e da morte.

Esse dualismo cósmico já fora intuído pelos gregos e representado plasticamente pela criação dos
mitos de Apolo e de Dionísio: o primeiro, o deus da luz, da ordem, do social; o segundo, o deus das
trevas, da embriaguez, do instinto individual. O espírito apolíneo e o espírito dionisíaco se
alternariam, portanto, ao longo da cultura ocidental, cada época marcando o triunfo de um princípio
sobre o outro". (Salvatore D'Onofrio)

Níveis de Leitura

Ler é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpretação dos símbolos gráficos, de
códigos, requer que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e
incorporando-o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo mantenha um
comportamento ativo diante da leitura.

Os diferentes níveis de leitura

Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade para a compreensão do material lido,
senão tudo cairá no esquecimento ou ficará armazenado em nossa memória sem uso, até que
tenhamos condições cognitivas para utilizar.
De uma forma geral, passamos por diferentes níveis ou etapas até termos condições de aproveitar
totalmente o assunto lido. Essas etapas ou níveis são cumulativas e vão sendo adquiridas pela vida,
estando presente em praticamente toda a nossa leitura.

O PRIMEIRO NÍVEL é elementar e diz respeito ao período de alfabetização. Ler é uma


capacidade cerebral muito sofisticada e requer experiência: não basta apenas conhecermos os
códigos, a gramática, a semântica – é preciso que tenhamos um bom domínio da língua.

O SEGUNDO NÍVEL é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem duas funções específicas:


primeiro, prevenir para que a leitura posterior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos
chance de escolher qual material leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira
impressão sobre o livro. É a leitura que comumente desenvolvemos “nas livrarias” .
Nela, por meio do salteio de partes, respondem basicamente às seguintes perguntas:

Por que ler este livro?


Será uma leitura útil?
Dentro de que contexto ele poderá se enquadrar?
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Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se seguem, procurando usar de
imparcialidade quanto ao ponto de vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos.
Se você se propuser a ler um livro sem interesse, com olhar crítico, rejeitando-o antes de conhecê-
lo, provavelmente o aproveitamento será muito baixo.

LER É:

Armazenar informações;
Desenvolver;
Ampliar horizontes;
Compreender o mundo;
Comunicar-se melhor;
Escrever melhor;
Relacionar-se melhor com o outro.

Pré-leitura

Nome do livro
Autor
Dados bibliográficos
Prefácio e índice
Prólogo e introdução

Os passos da pré-leitura

O primeiro passo é memorizar o nome do autor e a edição do livro, fazer um folheio sistemático: ler
o prefácio e o índice (ou sumário), analisar um pouco da história que deu origem ao livro, ver o
número da edição e o ano de publicação. Se falarmos em ler um Machado de Assis, um Júlio Verne,
um Jorge Amado, já estaremos sabendo muito sobre o livro, não é? É muito importante verificar
estes dados para enquadrarmos o livro na cronologia dos fatos e na atualidade das informações que
ele contém. Verifique detalhes que possam contribuir para a coleta do maior número de
informações possível. Tudo isso vai ser útil quando formos arquivar os dados lidos no nosso
arquivo mental!
A propósito, você sabe o que seja um prólogo, um prefácio e uma introdução? Muita gente pensa
que os três são a mesma coisa, mas não:
PRÓLOGO: é um comentário feito pelo autor a respeito do tema e de sua experiência pessoal.
PREFÁCIO: é escrito por terceiros ou pelo próprio autor, referindo-se ao tema abordado no livro e
muitas vezes também tecendo comentários sobre o autor.
INTRODUÇÃO: escrita também pelo autor, referindo-se ao livro e não ao tema.

O segundo passo é fazer uma leitura superficial. Pode-se, nesse caso, aplicar as técnicas da leitura
dinâmica.

O TERCEIRO NÍVEL é conhecido como analítico. Depois de vasculharmos bem o livro na pré-
leitura, analisamos o livro. Para isso, é imprescindível que saibamos em qual gênero o livro se
enquadra: trata-se de um romance, um tratado, um livro de pesquisa e, neste caso, existe apenas
teoria ou são inseridas práticas e exemplos. No caso de ser um livro teórico, que requeira
memorização, procure criar imagens mentais sobre o assunto, ou seja, VEJA, realmente, o que está
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lendo, dando vida e muita criatividade ao assunto. Note bem: a leitura efetiva vai acontecer nesta
fase, e a primeira coisa a fazer é ser capaz de resumir o assunto do livro em duas frases. Já temos
algum conteúdo para isso, pois o encadeamento das idéias já é de nosso conhecimento. Procure,
agora, ler bem o livro, do início ao fim. Esta é a leitura efetiva, aproveite bem este momento!

Fique atento!

Aproveite todas as informações que a pré-leitura ofereceu.


Não pare a leitura para buscar significados de palavras em dicionários ou sublinhar textos – isto será
feito em outro momento!

O QUARTO NÍVEL de leitura é o denominado de controle. Trata-se de uma leitura com a qual
vamos efetivamente acabar com qualquer dúvida que ainda persista. Normalmente, os termos
desconhecidos de um texto são explicitados neste próprio texto, à medida que vamos adiantando a
leitura. Um mecanismo psicológico fará com que fiquemos com aquela dúvida incomodando-nos
até que tenhamos a resposta. Caso não haja explicação no texto, será na etapa do controle que
lançaremos mão do dicionário.
Veja bem: a esta altura já conhecemos bem o livro e o ato de interromper a leitura não vai
fragmentar a compreensão do assunto como um todo. Será, também, nessa etapa que sublinharemos
os tópicos importantes, se necessário.
Para ressaltar trechos importantes opte por um sinal discreto próximo a eles, visando principalmente
a marcar o local do texto em que se encontra, obrigando-o a fixar a cronologia e a seqüência deste
fato importante, situando-o no livro.
Aproveite bem esta etapa de leitura!
Para auxiliar no estudo, é interessante que, ao final da leitura de cada capítulo, você faça um breve
resumo com suas próprias palavras de tudo o que foi lido.

Um QUINTO NÍVEL pode ser opcional: a etapa da repetição aplicada. Quando lemos,
assimilamos o conteúdo do texto, mas aprendizagem efetiva vai requerer que tenhamos prática, ou
seja, que tenhamos experiência do que foi lido na vida. Você só pode compreender conceitos que
tenha visto em seu cotidiano. Nada como unir a teoria à prática. Na leitura, quando não passamos
pela etapa da repetição aplicada, ficamos muitas vezes sujeitos àqueles brancos quando queremos
evocar o assunto. Para evitar isso, faça resumos! Observe agora os trechos sublinhados do livro e os
resumos de cada capítulo, trace um diagrama sobre o livro, esforce-se para traduzi-lo com suas
próprias palavras. Procure associar o assunto lido com alguma experiência já vivida ou tente
exemplificá-lo com algo concreto, como se fosse um professor e o estivesse ensinando para uma
turma de alunos interessados. É importante lembrar que esquecemos mais nas próximas 8 horas do
que nos 30 dias posteriores. Isto quer dizer que devemos fazer pausas durante a leitura e ao
retornarmos ao livro, consultamos os resumos. Não pense que é um exercício monótono! Nós
somos capazes de realizar diariamente exercícios físicos com o propósito de melhorar a aparência e
a saúde. Pois bem, embora não tenhamos condições de ver com o que se apresenta nossa mente,
somos capazes de senti-la quando melhoramos nossas aptidões como o raciocínio, a prontidão de
informações e, obviamente, nossos conhecimentos intelectuais. Vale a pena se esforçar no início e
criar um método de leitura eficiente e rápido.

Vícios de Leitura

Como é seu comportamento de leitor?


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Por acaso você tem o hábito de ler movimentando a cabeça? Ou, quem sabe, acompanhando com o
dedo? Talvez vocalizando baixinho... Você não percebe, mas esses movimentos são alguns dos
tantos que prejudicam a leitura. Esses movimentos são conhecidos como vícios de linguagem.

Movimentar a cabeça
Procure perceber se você não está movimentando a cabeça enquanto lê. Este movimento, ao final de
pouco tempo, gera muito cansaço além de não causar nenhum efeito positivo. Durante a leitura
apenas movimentamos os olhos.

Regressar no texto, durante a leitura


Pessoas que têm dificuldade de memorizar um assunto, que não compreendem algumas expressões
ou palavras tendem a voltar na sua leitura. Este movimento apenas incrementa a falta de memória,
pois secciona a linha de raciocínio e raramente explica o desconhecido, o que normalmente é
elucidado no decorrer da leitura. Procure sempre manter uma seqüência e não fique “indo e vindo”
no livro. O assunto pode se tornar um bicho de sete cabeças!

Ler palavra por palavra


Para escrever usamos muitas palavras que apenas servem como adereços. Procure ler o conjunto e
perceber o seu significado.

Sub-vocalização
É o ato de repetir mentalmente a palavra. Isto só será corrigido quando conseguirmos ultrapassar a
marca de 250 palavras por minuto.

Usar apoios
Algumas pessoas têm o hábito de acompanhar a leitura com réguas, apontando ou utilizando um
objeto que salta “linha a linha”. O movimento dos olhos é muito mais rápido quando é livre do que
quando o fazemos guiado por qualquer objeto.

Leitura Eficiente

As operações do ato de ler


Ao ler realizamos as seguintes operações:

1) Captamos o estímulo, ou seja, por meio da visão, encaminhamos o material a ser lido para nosso
cérebro.

2) Passamos, então, a perceber e a interpretar o dado sensorial (palavras, números, etc.) e a


organizá-lo segundo nossa bagagem de conhecimentos anteriores. Para essa etapa, precisamos de
motivação, de forma a tornar o processo mais otimizado possível.

3) Assimilamos o conteúdo lido integrando-o ao nosso arquivo mental” e aplicando o conhecimento


ao nosso cotidiano.

Vamos agora Exercitar.


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1. "– Não é preciso zangar-se. Todos nós temos as nossas opiniões.


– Sem dúvida. Mas é tolice querer uma pessoa ter opinião sobre assunto que desconhece. (...) Que
diabo! Eu nunca andei discutindo gramática. Mas as coisas da minha fazenda julgo que devo saber.
E era bom que não me viessem dar lições. Vocês me fazem perder a paciência."

Você tem opinião sobre as afirmações acima?


Se tem, defenda sua opinião.
Se não, explique por quê.

2. O trabalhador brasileiro, em sua grande maioria, recebe salário mensal que tem como ponto de
referência a chamada "Cesta Básica". Leia o texto a seguir e, baseado no que ele significa para
você, escreva a sua redação, dissertativa.
COMIDA

(Arnaldo Antunes/ Marcelo Fromer/Sérgio Britto)

Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte.
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte.
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé.
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer.
Bebida é água.
Comida é pasto.
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comer,
A gente quer comer e quer fazer amor.
A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor.
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer dinheiro e felicidade.
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer inteiro e não pela metade.
em Jesus não tem dentes no país dos banguelas
(Titãs, 1988)
PROPOSTA

Faça uma dissertação discutindo as opiniões expostas a seguir.


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É importante que você assuma uma posição a favor ou contra as idéias apresentadas. Justifique-a
com argumentos convincentes.
Você poderá também assumir uma posição diferente, alinhando argumentos que a sustentem.

I. Alega-se, com freqüência, que o vestibular, como forma de seleção dos candidatos à escola
superior, favorece os alunos de melhor situação econômica que têm condições de cursar as
melhores escolas e prejudica os menos favorecidos que são obrigados a estudar em escolas de
padrão inferior de ensino.

II. Por outro lado, há quem considere que o vestibular é apenas um processo de seleção que procura
avaliar o conhecimento dos candidatos num determinado momento, escolhendo aqueles que se
apresentam melhor preparados para ingressar na Universidade. Culpá-lo por possíveis injustiças é o
mesmo que culpar o termômetro pela febre.

III. O trecho a seguir do conto "A Igreja do Diabo", de Machado de Assis, descreve a necessidade
que o homem teria de regras que lhe digam o que fazer e como se comportar. Uma vez conseguido
isso, ele passaria a violar secretamente as normas que tanto desejou.

Escreva uma dissertação que analise esta visão que o autor tem do comportamento humano. Você
pode discordar ou concordar com ela, desde que seus argumentos sejam fundamentados.
O maior mérito estará numa argumentação coesa capaz de levar a uma conclusão coerente.

Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a idéia de fundar uma Igreja.
Embora os seus lucros fossem contínuos e grandes, sentia-se humilhado com o papel avulso que
exercia desde séculos, sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual, sem nada. Vivia, por
assim dizer, dos remanescentes divinos, dos descuidos e obséquios humanos. (...) Está claro que (o
Diabo) combateu o perdão das injúrias e outras máximas de brandura e cordialidade. Não proibiu
formalmente a calúnia, mas induziu a exercê-la mediante retribuição, ou pecuniária, ou de outra
espécie. (...) A Igreja fundara-se; a doutrina propagava-se; não havia uma região do globo que não a
conhecesse, uma língua que não a traduzisse, uma raça que não a amasse. O Diabo alçou brados de
triunfo.

Um dia, porém, longos anos depois, notou o Diabo que muitos dos seus fiéis, às escondidas,
praticavam as antigas virtudes. (...) Certos glutões recolhiam-se a comer frugalmente três ou quatro
vezes por ano (...) muitos avaros davam esmolas, à noite, ou nas ruas mal povoadas; vários
dilapidadores do erário restituíam-lhe pequenas quantias; os fraudulentos falavam, uma ou outra
vez, com o coração nas mãos, mas com o mesmo rosto dissimulado, para fazer crer que estavam
embaçando os outros. [Nota: embaçar: lograr, enganar]

Escrever auxilia a compreensão através da análise de suas próprias idéias.

Vamos agora à interpretação.

(BACEN) Texto para as questões 1 a 6:


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1º Uma diferença de 3.000 quilômetros e 32 anos de vida separa as margens do abismo entre o
Brasil que vive muito, e bem, e o Brasil que vive pouco, e mal. Esses números, levantados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, BACEN, e pela Fundação Joaquim Nabuco, de
Pernambuco, referem-se a duas cidades situadas em pólos opostos do quadro social brasileiro. Num
dos extremos está a cidade de Veranópolis, encravada na Serra Gaúcha. As pessoas que nascem ali
têm grandes possibilidades de viver até os 70 anos de idade. Na outra ponta fica Juripiranga, uma
pequena cidade do sertão da Paraíba. Lá, chegar à velhice é privilégio de poucos. Segundo o
BACEN, quem nasce em Juripiranga tem a menor esperança de vida do país: apenas 38 anos.

§2º A estatística revela o tamanho do abismo entre a cidade serrana e a sertaneja. Na cidade gaúcha,
95% das pessoas são alfabetizadas, todas usam água tratada e comem, em média, 2.800 calorias por
dia. Os moradores de Juripiranga não têm a mesma sorte. Só a metade deles recebe água tratada, os
analfabetos são 40% da população e, no item alimentação, o consumo médio de calorias por dia não
passa de 650.

§3º O Brasil está no meio do trajeto que liga a dramática situação de Juripiranga à vida tranqüila
dos veranenses. A média que aparece nas estatísticas internacionais dá conta de que o brasileiro tem
uma expectativa de vida de 66 anos.

§4º Veranópolis, como é comum na Serra Gaúcha, é formada por pequenas propriedades rurais em
que se planta uva para a fabricação de vinhos. Tem um cenário verdejante. Seus moradores - na
maioria descendentes de imigrantes europeus - plantam e criam animais para o consumo da família.
Na cidade paraibana, é óbvio, a realidade é bem diferente. Os sertanejos vivem em cenário árido.
Juripiranga não tem calçamento e o esgoto corre entre as casas, a céu aberto. Não há hospitais. A
economia gira em torno da cana-de-açúcar. Em época de entressafra, a maioria das pessoas fica sem
trabalho.

§5º No censo de 1980, os entrevistadores do BACEN perguntaram às mulheres de Juripiranga


quantos de seus filhos nascidos vivos ainda sobreviviam. O índice geral de sobreviventes foi de
55%. Na cidade gaúcha, o resultado foi bem diferente: a sobrevivência é de 93%.

§6º Contrastes como esses são comuns no país. A estrada entre o país rico e o miserável está
sedimentada por séculos de tradições e culturas econômicas diferentes. Cobrir esse fosso custará
muito tempo e trabalho.

(Revista Veja - 11/05/94 - pp. 86-7 - com adaptações)

1. Os 32 anos referidos no texto como um dos indicadores do abismo existente entre as cidades de
Veranópolis e Juripiranga corresponde à diferença entre:

a) suas respectivas idades, considerando a época da fundação


b) as idades do morador mais velho e do mais jovem de cada cidade
c) as médias de idade de seus habitantes
d) a expectativa de vida das duas populações
e) os índices de sobrevivência dos bebês nascidos vivos.

2. Segundo o texto, Veranópolis e Juripiranga encontram-se em pólos opostos. Assinale a única


opção cujos elementos não caracterizam uma oposição entre essas duas cidades:
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a) Norte x Sul d) Verdejante x Árido


b) Serra x Sertão e) Plantação x Consumo
c) Dramática x Tranqüila

3. Analise as afirmações abaixo e assinale V para as que, de acordo com o texto, considerar
verdadeiras e F para as falsas:

( ) A cidade paraibana não tem sequer a metade dos privilégios de que goza
a cidade gaúcha.

( ) O Brasil, como um todo, encontra-se numa posição intermediária entre as


duas cidades.

( ) Apesar de afastadas pelas estatísticas, Veranópolis e Juripiranga se


unem pelas tradições culturais.

( ) Embora com resultados diferentes, a base da economia das duas cidades


é a agricultura.

( ) De seus ancestrais europeus os sertanejos adquiriram as técnicas rurais.

A seqüência correta é:

a) V - V - V - F - F d) F - F - V - F - V

b) V - V - F - F - F e) F - F - V - V - V

c) V - V - F - V - F

4. "Cobrir esse fosso custará muito tempo e trabalho." O fosso mencionado no texto diz respeito ao
(à):

a) abismo entre as duas realidades


b) esgoto que corre a céu aberto
c) calçamento deficiente das estradas brasileiras
d) falta de trabalho durante a entressafra
e) distância geográfica entre os dois pólos

5. Numa análise geral do texto, podemos classificá-lo como predominantemente:

a) descritivo d) narrativo
b) persuasivo e) sensacionalista
c) informativo
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6. Em "a cidade de Veranópolis, encravada na Serra Gaúcha"... e "A estrada ... está sedimentada
por séculos...", os termos sublinhados alterariam o sentido do texto se fossem substituídos,
respectivamente, por:

a) cravada e assentada d) enfiada e fixada


b) fincada e estabilizada e) escavada e realçada
c) encaixada e firmada

(BACEN) Texto para as questões 7 a 11:

A ABOLIÇÃO DO TRÁFICO NEGREIRO

§1º A extinção do tráfico negreiro não foi um fato isolado na vida econômica do Brasil; ao
contrário, ela correspondeu às exigências da expansão industrial da Inglaterra.

§2º Depois que esse país conseguiu dar o salto qualitativo - o da mecanização da produção - não lhe
interessava mais a existência da escravidão na América, pois, com a implantação do capitalismo
industrial, tornava-se necessária a ampliação de mercados consumidores. A escravidão passou,
então, a ser um entrave aos interesses ingleses, visto que os escravos estavam marginalizados do
consumo.

§3º Com relação ao Brasil, a Inglaterra usou mais do que a simples pressão: só reconheceu a
independência daquele país mediante tratado, no qual o Brasil se comprometia a abolir o tráfico de
negros.

§4º Todavia, não foi tomada qualquer medida efetiva, o que levou a aprovação da Lei de 1831 que,
na prática, deveria acabar com o tráfico, pois estabelecia a liberdade de todos os africanos que
entrassem no país a partir daquela data.

§5º Esta lei, contudo, ficou "para inglês ver". Ela serviu para refrear um pouco a pressão britânica.
Esta, porém, nunca cessou de todo e, em 1845, o Parlamento inglês aprovou o "Bill Aberdeen", que
concedia à marinha inglesa o direito de revistar os navios suspeitos de tráfico e, mais ainda,
permitia a prisão de navios acusados de praticarem pirataria e o julgamento dos traficantes por
tribunais ingleses.

§6º A partir daí, a pressão sobre o governo brasileiro tornou-se muito maior e a situação chegou a
ficar insustentável, pois os navios brasileiros começaram a ser revistados, embora navegassem ao
longo da costa ou, ainda, quando ancorados nos portos.

§7º Finalmente, em 1850, o Parlamento brasileiro aprovou a Lei Eusébio de Queirós, que proibia,
definitivamente, o tráfico negreiro para o Brasil.

(Ana Maria F. da Costa Monteiro e outros. História. Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de
Educação, 1988, p.181, com pequenas adaptações.)
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7. A leitura dos dois primeiros parágrafos do texto nos permite concluir que:

a. a Inglaterra necessitava da ampliação de mercado consumidor e, portanto, fomentou o fim


da escravidão na América.
b. a escravidão na América foi resultado da mecanização da produção na Inglaterra.
c. o capitalismo industrial gerou consumidores marginalizados: os escravos.
d. o Brasil, ao mecanizar sua produção, definiu o fim do tráfico de escravos.
e. A Inglaterra apoiava a escravidão na América porque necessitava dar um salto qualitativo
em sua economia.

8. A expressão "para inglês ver" (5§º) significa que:

a) a Inglaterra estava vigiando os navios negreiros


b) o Brasil obedeceu ao Bill Alberdeen, do Parlamento inglês
c) os ingleses viram a Lei de 1831, que terminou com o tráfico negreiro
d) a Lei de 1831, criada e anunciada aos ingleses, não foi cumprida
e) em 1831, a Inglaterra viu que a abolição do tráfico era uma realidade

9. A Lei de 1831 foi uma tentativa para extinguir o tráfico negreiro porque (§4º):

a) proibia a entrada de negros no país


b) permitia o confisco dos navios negreiros que aqui aportassem
c) dava aos negros o direito à liberdade, desde que a desejassem
d) considerava livres os negros que entrassem no Brasil após aquela data
e) não permitindo que os navios negreiros aportassem, gerava prejuízo aos traficantes

10. Assinale a afirmativa incorreta a respeito do fim do tráfico de escravos:

a) Levou a economia brasileira ao caos


b) Chegou a afetar a soberania brasileira
c) Só ocorreu quando a pressão britânica chegou ao máximo
d) Demorou dezenove anos para se efetivar, após a primeira tentativa em 1831
e) Gerou alterações na economia brasileira

11. Após a leitura do texto, concluímos que o Brasil:

a) preocupado com sua independência em relação a Portugal, esquecia-se dos direitos humanos
b) necessitava dos escravos como mão-de-obra assalariada na lavoura para fazer-se
independente
c) cedeu às pressões inglesas porque obedecia a instruções de Portugal, do qual era colônia
d) só teria sua independência reconhecida pela Inglaterra se extinguisse o tráfico negreiro
e) resistiu às pressões, pois o tráfico de escravos era fundamental para a sua economia
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12. (BACEN) Nos textos abaixo, os parágrafos foram colocados, de propósito, fora de sua
seqüência normal. Numere os parênteses de 1 a 5, de acordo com a ordem em que os parágrafos
devem aparecer para que o texto tenha sentido:

( ) "Não conseguindo fazer a reposição da energia física e mental, os

trabalhadores de baixa renda tornam-se as maiores vítimas de doenças,

comprometendo até mesmo a sua força de trabalho.

( ) Quando realizamos um trabalho, gastamos certa quantidade de energia

física e mental.

( ) E a situação torna-se ainda mais grave quando o trabalhador se vê forçado

a prolongar sua jornada de trabalho a fim de aumentar seus rendimentos e

atender às suas necessidades.

( ) Portanto, quanto maior a jornada de trabalho, maior será seu desgaste

físico e mental, afetando, desse modo, ainda mais, a sua saúde.

( ) A energia despendida precisa ser reposta através de uma alimentação

adequada, do descanso em moradia ventilada e higiênica e outros fatores."

(Melhem Adas. Geografia. Vol. 2. São Paulo, Moderna, 1984, p. 33)

A seqüência correta é:

a) 3 - 5 - 1 - 4 - 2 d) 1 - 4 - 5 - 3 - 2
b) 3 - 1 - 4 - 5 - 2 e) 2 - 1 - 4 - 5 - 3
c) 2 - 3 - 1 - 5 - 4

(BACEN) Texto para as questões 13 a 16:

§1º O Brasil é um país cuja história e cultura foram e seguem sendo uma construção do trabalho de
"três raças": os índios, habitantes originais de todo o território nacional, os pretos trazidos da África
e os brancos vindos de Portugal a partir de 1500.

§2º De acordo com a maioria dos estudiosos do assunto na atualidade, os fragmentos de


"contribuição cultural" de diferentes grupos étnicos não são o mais relevante. Pretender mensurar a
participação do indígena ou do negro brasileiros em uma cultura dominantemente branca e de
remota origem européia, através do seu aporte à culinária, à tecnologia agrícola, ao artesanato, ou à
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vida ritual do país, é ocultar, sob o manto da pitoresca aparência, aquilo que é fundamentalmente
essencial.

§3º Isto porque em toda a nação que, como o Brasil, resulta do encontro, dos conflitos e das
alianças entre grupos nacionais e étnicos, sempre a principal lição que se pode tirar é o aprendizado
da convivência cotidiana com a diferença, com o direito "do outro" e com o fraterno respeito pelas
minorias quaisquer que sejam. Não é possível esquecermos que negros e indígenas participaram
sempre da vida brasileira com servos e escravos, como sujeitos e povos espoliados e que, apesar de
tudo souberam lutar e resistir. Sepé Tiaraju, um líder guerreiro indígena, e Zumbi, um guerreiro
tornado escravo e que preferiu morrer guerreiro no seu Quilombo dos Palmares a voltar a ser um
escravo, talvez sejam os melhores exemplos de contribuição dos povos minoritários à cultura
brasileira, do que todos os pequenos produtos que negros e índios acrescentaram a uma cultura
nacional.

(Carlos Rodrigues Brandão. Índios, negros e brancos: a construção do Brasil. In: Correio, Rio de
janeiro, Fundação Getúlio Vargas, ano 15, fevereiro de 1987)

13. Assinale a opção que está de acordo com as idéias expressas no texto:

a) A construção da história e da cultura do Brasil resulta do trabalho de índios, pretos e


brancos.
b) A influência de índios e negros deu-se especialmente na culinária e no artesanato.
c) É possível detectar, com relativa facilidade, a participação do indígena ou do negro na
cultura branca de origem européia.
d) Os conflitos entre os três grupos étnicos nacionais geram uma necessidade de convivência
fraterna entre os indivíduos.
e) Negros e indígenas escravizados uniram-se para lutar e resistir, participando, assim da vida
brasileira.

14. Com relação ao parágrafo anterior, o último parágrafo expressa uma:

a) advertência d) justificativa
b) condição e) oposição
c) contradição

15. O vocábulo "originais" (1º parágrafo) pode ser interpretado como:

a) diferentes d) peculiares
b) excêntricos e) primitivos
c) exóticos

16. O vocábulo "mensurar" (2º parágrafo) pode ser interpretado como:

a) averiguar d) regular
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b) examinar e) sondar
c) medir

17. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que a inversão dos termos altera o sentido fundamental
do enunciado:

a) Era uma poesia simples / Era uma simples poesia


b) Possuía um sentimento vago / Possuía um vago sentimento
c) Olhava uma parasita mimosa / Olhava uma mimosa parasita
d) Havia um contraste eterno / Havia um eterno contraste
e) Vivia um drama terrível / Vivia um terrível drama

(TST) As questões de números 18 a 21 baseiam-se no texto que se segue:

A racionalidade comunicativa se tornou possível com o advento da modernidade, que emancipou o


homem do jugo da tradição e da autoridade, e permitiu que ele próprio decidisse, sujeito unicamente
à força do melhor argumento, que proposições são ou não aceitáveis, na tríplice dimensão: da
verdade (mundo objetivo), da justiça (mundo social) e da veracidade (mundo subjetivo). Ocorre que
simultaneamente com a racionalização do mundo vivido, que permitiu esse aumento de autonomia,
a modernidade gerou outro processo de racionalização, abrangendo a esfera do Estado e da
Economia, que acabou se automatizando do mundo vivido e se incorporou numa esfera "sistêmica",
regida pela razão instrumental. A racionalização sistêmica, prescindido da coordenação
comunicativa das ações e impondo aos indivíduos uma coordenação automática, independente de
sua vontade, produziu uma crescente perda de liberdade.

18. De acordo com o texto, na modernidade:

a) a racionalização comunicativa valorizou o trabalho


b) o homem pôde decidir quais seriam os novos valores aceitáveis
c) o advento da racionalidade emancipou o homem do jugo da tradição e da autoridade
d) o homem, ao perder a tradição, perdeu a autoridade
e) a racionalidade impeliu o homem ao jugo da tradição

19. A racionalização do mundo vivido permitiu:

a) a tríplice dimensão da verdade d) um aumento da autonomia


b) a aceitação da autoridade e) a busca da justiça social
c) a valorização do trabalho
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20. A modernidade gerou dois processos da racionalização:

a) a do mundo vivido e a sistêmica


b) a subjetiva e a objetiva
c) a instrumental e a da Economia
d) a da tradição e a da autoridade
e) a da comunicação e a do mundo vivido

21. A racionalização regida pela razão institucional:

a) veio explicar a tradição e a autoridade


b) é imprescindível para a comunicação humana
c) impõe aos indivíduos a comunicação das ações
d) ganhou dimensão maior por causa do Estado
e) fez decrescer a liberdade

(ETF-SP) Instruções para as questões de números 22 e 23. Essas questões referem-se a


compreensão de leitura. Leia atentamente cada uma delas e assinale a alternativa que esteja de
acordo com o texto apresentado. Baseie-se exclusivamente nas informações nele contidas.

Para fazer uma boa compra no ramo imobiliário, não basta ter dinheiro na mão. É imprescindível
que o comprador seja frio, calculista e bem informado. Na hora de comprar um imóvel, a emoção é
um dos maiores inimigos de um bom negócio. Assim, por mais que se goste de uma casa, convém
manter sempre um certo ar de contrariedade. Se o vendedor perceber qualquer sinal de emoção, isso
poderá custar dinheiro ao comprador. Não é por outra razão que quem compra para especular ou
apenas para investir costuma conseguir um melhor negócio do que quem está à procura de um lugar
para morar.

22. Segundo o texto:

a) Os vendedores, via de regra, buscam ludibriar os compradores, e vice-versa.


b) O vendedor costuma aumentar o preço do imóvel quando o comprador não está bem
informado sobre o mercado de valores.
c) O mercado imobiliário oferece bons investimentos apenas para quem pretende especular.
d) No ramo imobiliário, uma atitude que aparente indiferença pode propiciar negócio mais
vantajoso para o comprador.
e) No mercado imobiliário, o comprador realiza melhor negócio adquirindo uma propriedade
de que não tenha gostado muito.

23. Segundo o mesmo texto:

a) Quanto maior a disponibilidade financeira do comprador, maior a probabilidade de sucesso


no negócio imobiliário.
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b) Disponibilidade econômica não é o único fator que possibilita a realização de um bom


negócio.

c) O vendedor, por preferir negociar com investidores, desfavorece o comprador da casa


própria.

d) Gostar de uma casa é psicologicamente importante em qualquer tipo de compra, seja ela
para residência ou para investimento.

e) O mercado imobiliário oferece oportunidades mais seguras para o investidor que para o
especulador.

(TRT) As questões 24 a 27 referem-se ao texto abaixo:

"Sete Quedas por nós passaram / E não soubemos amá-las / E todas sete foram mortas, / E todas
sete somem no ar. / Sete fantasmas, sete crimes / Dos vivos golpeando a vida / Que nunca mais
renascerá." (Carlos Drummond de Andrade

24. Por fantasmas, no texto, entende-se:

a) entes sobrenaturais que aparecem aos vivos


b) imagens dos que existem no além
c) imagens de culpa que iremos carregar
d) imagens que assombram e causam medo
e) frutos da imaginação doentia do homem

25. A repetição do conectivo "e" tem efeito de marcar:

a) que existe uma seqüência cronológica dos fatos


b) um exagero do conectivo
c) que existe uma descontinuidade de fatos
d) que existe uma implicação natural de conseqüência dos dois últimos fatos em relação ao
primeiro
e) que existe uma coordenação entre as três orações

26. A afirmação: "Sete Quedas por nós passaram / E não soubemos amá-las."

Faz-nos entender que:


a) só agora nos damos conta do valor daquilo que perdemos

b) enquanto era possível, não passávamos por Sete Quedas

c) Sete Quedas pertence agora ao passado


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d) Todos, antigamente, podiam apreciar o espetáculo; agora não

e) Os brasileiros costumam desprezar a natureza

27. Na passagem: "E todas sete foram mortas, / E todas sete somem no ar." O uso de todas sete se
justifica:

a) como referência ao número de quedas que existiram no rio Paraná

b) para representar todo conjunto das quedas que desaparece

c) para destacar o valor individual de cada uma das quedas

d) para confirmar que a perda foi parcial

e) pela necessidade de concordância nominal

28. (FARIAS BRITO) "Nada há mais velho que a moda, nada mais fácil que a originalidade das
desobediências". (João Ribeiro: Páginas de Estética) A palavra sublinhada apresenta conotação:

a) de absoluto aplauso d) irônica

b) de censura impiedosa e) de irrestrita co-participação

c) de constrangido aplauso

29. (CESCEM) "O homem-momento desempenha, na História, papel semelhante ao do pequeno


holandês que tapou com o dedo um buraco no dique, e assim salvou a cidade. Sem querer reduzir o
encanto da lenda, podemos salientar que, praticamente, qualquer pessoa naquela situação poderia
ter feito o mesmo (...) Aqui, por assim dizer, tropeça-se na grandeza, exatamente como se poderia
tropeçar num tesouro que salvasse uma cidade. A grandeza, entretanto, é algo que deve exigir
algum talento extraordinário, e não apenas a sorte de existir e, num momento feliz estar no lugar
certo."

Assinale a alternativa que melhor resume a idéia principal do texto:

a) Se tiver sorte, qualquer pessoa pode salvar uma cidade, mas isso não é sinal de grandeza

b) É encantadora a lenda do menino holandês que salvou sua cidade, mas não podemos
transpor seu caso para outras situações
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c) O homem-momento pode ser comparado ao menino holandês que salvou sua cidade, isto é,
ambos têm a sorte de estar no lugar certo no momento exato

d) Na história, somos enganados por lendas que atribuem a uma pessoa o que poderia ser
realizado por qualquer outra

e) Algumas pessoas tornam-se grandes por acaso, mas a grandeza real exige qualidades
individuais

(CESCEM) Texto para as questões 30 e 31:

"A MENTE" ou a "ALMA" ou a "PSIQUÊ" são imateriais demais para serem investigadas por
algum método científico. Aquilo com que os psicólogos lidam de fato é o comportamento, que é
bastante palpável para ser observado, registrado e analisado. Este ponto de vista é muitas vezes
criticado por pessoas que dizem que esta maneira de ver as coisas omite importantes qualidades e
aspectos da natureza humana. Tal objeção pode ou não ser verdadeira a longo prazo, e se transforma
quase numa questão mais filosófica que científica. Não adianta discuti-la aqui. Vamos
simplesmente concordar em que poderemos avançar até certo ponto, considerando apenas o
comportamento, deixando para depois a demonstração das possíveis limitações dessa posição."

30. O texto só nos apresenta elementos suficientes para afirmarmos que:

a) Não há método científico aplicável em psicologia, porque a MENTE é material e não pode
ser sujeita a experimentos materiais.

b) Não podendo estudar cientificamente a "PSIQUÊ", os psicólogos estudam o


comportamento; mas o comportamento não é a pessoa toda, por isso a psicologia não pode
ser científica.

c) A psicologia não tem por objeto o estudo da ALMA, mas sim do comportamento, que é
mensurável.

d) Para haver ciência, é preciso haver observação e medida; não se pode medir diretamente a
MENTE, logo, não há CIÊNCIA DA MENTE.

e) É suficientemente conhecido pela maioria das pessoas que o estudo do comportamento não
abrange importantes qualidades da natureza humana; a Psicologia é, pois, questão mais
filosófica que científica.
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31. Assinale a alternativa que se baseia exclusivamente nas informações que o

texto lhe dá:

a) A objeção de que o estudo do comportamento não abrange todos os aspectos da natureza


humana pode ser verdadeira por muito tempo ainda.

b) Se é verdade que o estudo do comportamento não abrange todos os aspectos da natureza, a


psicologia pode ser considerada de natureza mais filosófica do que científica.

c) Não adianta discutir se a psicologia é filosófica ou ciência; o melhor é concordar que há


limitações no estudo do comportamento.

d) Verdadeiro ou não o estudo do comportamento impõe limitações ao conhecimento da


natureza humana, certo é que há muito campo para estudo científico, considerando-se
apenas o comportamento.

e) Muitas pessoas não acreditam na psicologia porque ela não consegue estudar importantes
qualidades e aspectos da natureza humana.

(USP) Texto para as questões 32 e 33:

A vaidade me faz marcar uma corrida de cem metros, que eu já sei de antemão que posso correr;
corro, venço, e a vaidade se satisfaz, pequenina. O orgulho não: é audacioso e me faz marcar uma
corrida de quilômetro, que eu ainda não sei se poderei correr; corro, e só consigo alcançar 600
metros. Torno a correr e faço 620. Corro outra vez e espantadamente faço 720! E continuarei
correndo. Se conseguir quilômetro, imediatamente meu orgulho ficará descontente e dirá que foi
pouco, e transporá a meta para 2 quilômetros. E hei de morrer um dia tendo apenas (apenas!)
conseguido um quilômetro e meio.

32. Segundo o texto:

a) Vaidade e orgulho são sentimentos negativos, porque fazem o homem agir apenas em
função de seus espectadores e não de seus sentimentos íntimos.

b) O homem vaidoso é um ser insatisfeito, pois sempre acha que pode ir além do que realizou.

c) A vaidade faz-nos estabelecer objetos que estão além do nosso nível de realização; daí ser
ela fonte contínua de insatisfação.

d) Movido pela vaidade, o homem estabelece para si objetivos que sabe poder realizar.

e) O orgulho, ao contrário da vaidade, impulsiona o homem à ação.


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33. Segundo o mesmo texto:

a) O orgulho, por despertar necessidades muito ambiciosas, faz do homem um escravo de seus
desejos.

b) O orgulho impulsiona o homem a estabelecer níveis de realização cada vez mais altos.

c) A vaidade é sentimento antagônico ao orgulho, pois enquanto este conduz ao progresso


aquela destrói o desenvolvimento do homem.

d) O orgulho, diferentemente da vaidade, faz que o homem se prepare emocionalmente a fim


de evitar sentimentos de frustração.

e) Vaidade e orgulho são sentimentos positivos, pois levam o homem à realização plena de
seus desejos.

(FUVEST) Leia com atenção e responda as questões de números 34 a 36:

"Quando os jornais anunciaram para o dia 1º deste mês uma parede de açougueiros, a sensação que
tive foi mui diversa da de todos os meus concidadãos. Vós ficastes aterrados; eu agradeci ao céu.
Boa ocasião para converter esta cidade ao vegetarianismo.

Não sei se sabem que eu era carnívoro por educação e vegetariano por princípio. Criaram-me a
carne, mais carne, ainda carne, sempre carne. Quando cheguei ao uso da razão e organizei o meu
código de princípios, incluí nele o vegetarianismo; mas era tarde para a execução. Fiquei carnívoro.
Era sorte humana; foi a minha. Certo, a arte disfarça a hediondez da matéria. O cozinheiro corrige o
talho. Pelo que respeita ao boi, a ausência do vulto inteiro faz esquecer que a gente come um pedaço
do animal. Não importa, o homem é carnívoro. Deus, ao contrário, é vegetariano. Para mim a
questão do paraíso terrestre explica-se clara e singelamente pelo vegetarianismo. Deus criou o
homem para os vegetais, e os vegetais para o homem; fez o paraíso cheio de amores e frutos, e pôs
o homem nele." (Machado de Assis)

34. Segundo o texto a população ficou aterrorizada porque:

a) o autor queria convertê-la ao vegetarianismo.

b) a parede poderia alastrar-se e vir a prejudicar o abastecimento geral da cidade.

c) a Teologia condenava o uso da carne; Deus é vegetariano.

d) os jornais incentivavam a prática do vegetarianismo.

e) sabia que a carne iria faltar.


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35. Do texto ainda se pode deduzir que:

a) a arte dos cozinheiros facilita ao homem ser carnívoro.

b) o autor considera-se homem de sorte por ser carnívoro.

c) o uso da razão não aconselhava ao autor alimentar-se de vegetais.

d) o autor preferia o vegetarianismo por uma razão estética.

e) os vegetais são o principal alimento do homem.

36. Em "Criaram-me a carne...", o termo sublinhado pode ser substituído, sem alteração de sentido,
por:

a) para a d) segundo a

b) à maneira de e) conforme a

c) com

(FUVEST) Texto para as questões 37 a 41:

"Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A Lua baça
Paira
Muito cosmograficamente
Satélite
Desmetaforizada,
Desmistificada,
Despojada do velho segredo de melancolia
Não é agora o golfão das cismas,
O astro dos loucos e dos enamorados.
Mas tão somente
Satélite.
Ah Lua deste fim de tarde,
Demissionária de atribuições românticas
Sem show para as disponibilidades sentimentais!
Fatigado de mais-valia,
Gosto de ti assim:
Coisa em si
- Satélite."
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37. Nesse texto, o poeta:

a) restringe-se a uma descrição de um fim de tarde.

b) lamenta a morte das noites de sua juventude, pois já não pode contemplar a lua.

c) reduz à lua a um "golfão de cismas".

d) manifesta seu afeto à lua, independentemente de significações sentimentais que outros


atribuíram a ela.

e) limita-se à narração de um episódio que ocorreu num fim de tarde.

38. O poeta afirma sua afeição à lua:

a) para fazer a apologia do progresso científico.

b) para advertir que não estamos mais em tempo de dar vazão aos nossos sentimentos.

c) porque ela ainda é "o astro dos loucos e dos enamorados".

d) para criticar a ausência de sentimento do mundo contemporâneo.

e) apesar de despojada de metáfora e de mito.

39. Indique qual dos seguintes trechos do poema contradiz a passagem "Sem show para
disponibilidades sentimentais":

a) "Gosto de ti assim"

b) "Despojada do velho segredo de melancolia"

c) "Não é agora o golfão de cismas"

d) "A Lua baça / Paira"

e) "Demissionária das atribuições românticas"

40. Assinale a alternativa em que a expressão extraída do texto pode ser substituída por
"exclusivamente", mantendo-se a máxima fidelidade ao sentido do poema:

a) "cosmograficamente" d) "Sem show"


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b) "agora" e) "assim"

c) "tão somente"

41. No contexto do poema as palavras "plúmbeo" e "baça" devem ser entendidas respectivamente
como:

a) cinzento e fosca d) opaco e baixa

b) lustrosos e brilhante e) emplumado e embaçada

c) molesto e brilhante

42. (FUVEST) Leia atentamente: "Nas carreiras em que o número de inscritos for inferior ao triplo
do número de vagas oferecidas, todos os candidatos inscritos serão convocados para a 2a fase,
independentemente do comparecimento à 1a fase ou do resultado obtido." (Manual de Informações
da Fuvest, 1980). Segundo o texto acima, pode-se dizer que:

a) Todos os candidatos serão convocados para a 2a fase, independentemente do resultado


obtido na prova da 1a fase

b) Serão impedidos de comparecer à prova da 1a fase os candidatos às carreiras em que o


número de inscritos for inferior ao triplo do número de vagas

c) Os candidatos serão convocados tanto na 1a quanto na 2a fase desde que correspondam à


terça parte do total de inscritos

d) O candidato pode comparecer tão-somente a 2a fase dos exames, desde que, na carreira por
ele escolhida, o número de inscritos não seja superior ao triplo do número de vagas

e) O número de vagas oferecidas na 2a fase é o triplo do número oferecido na 1a fase,


independentemente das notas obtidas na carreira escolhida

43. (FUVEST)

I - Uma andorinha não faz verão.

II - Nem tudo que reluz é ouro.

III - Quem semeia ventos, colhe tempestades.


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IV - Quem não tem cão caça com gato.

As idéias centrais dos provérbios acima são, respectivamente:

a) solidariedade - aparência - vingança - dissimulação

b) cooperação - aparência - punição - adaptação

c) egoísmo - ambição - vingança - falsificação

d) cooperação - ambição - conseqüência - dissimulação

e) solidão - prudência - punição - adaptação

(FUVEST) Texto para as questões 44 a 46:

"Podemos gostar de Castro Alves ou Gonçalves Dias, poetas superiores a ele; mas ele só é dado
amar ou repelir. Sentiu e concebeu demais; escreveu em tumulto, sem exercer devidamente o senso
crítico, que possuía não obstante mais vivo do que qualquer poeta romântico, excetuado Gonçalves
Dias.

Mareiam a sua obra poemas sem relevo nem músculo, versalhada que escorre desprovida de
necessidade artística. O que resta, porém, basta não só para lhe dar categoria, mas, ainda, revelar a
personalidade mais rica da geração."

(Antônio Cândido, Formação da Literatura Brasileira)

44. Com relação a gostar e amar ou repelir, podemos depreender que:

a) gostar de, não pressupõe, no texto, nenhuma diferença quanto a amar.

b) é possível gostar de Castro Alves ou Gonçalves Dias, mas não se pode apreciar o autor não
nomeado.

c) amor ou repulsa implicam envolvimento mais afetivo que racional.

d) se gosta de Castro Alves ou Gonçalves Dias porque são superiores ao autor em questão.

e) se ama ou se repele ao autor não citado por ele ser inferior aos dois citados.
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45. Assinale a expressão que melhor denota o juízo pejorativo de Antônio Cândido acerca de boa
parte da poesia do autor não nomeado:

a) "a ele só nos é dado (...) repelir" d) "versalhada"

b) "sentiu e concebeu demais" e) "o que resta"

c) "escreveu em tumulto"

46. Com respeito ao senso crítico de que fala o texto, pode-se dizer que:

a) o poeta não citado não possuía o menos senso crítico, a julgar pelas suas poesias.

b) Castro Alves possuía pouco senso crítico.

c) o poeta não nomeado não exercia na realização de suas poesias o senso crítico manifesto
fora delas.

d) entre Gonçalves Dias, Castro Alves e o autor subentendido, o que possuiria maior senso
crítico é este último.

e) dos três poetas referidos é Gonçalves Dias quem possui o senso crítico mais vivo.

(TFC) Leia o trecho reproduzido abaixo para responder às questões 47 a 49:

Com franqueza, estava arrependido de ter vindo. Agora que ficava preso, ardia por andar lá fora, e
recapitulava o campo e o morro, pensava nos outros meninos vadios, o Chico Telha, o Américo, o
Carlos das Escadinhas, a fina flor do bairro e do gênero humano. Para cúmulo de desespero, vi
através das vidraças da escola, no claro azul do céu, por cima do morro do Livramento, um
papagaio de papel, alto e largo, preso de uma corda imensa, que bojava no ar, uma cousa soberba. E
eu na escola, sentado, pernas unidas, com o livro de leitura e a gramática nos joelhos.

- Fui um bobo em vir, disse eu ao Raimundo.

- Não diga isso, murmurou ele.

("Conto de escola". Machado de Assis In: Contos, São Paulo, Ática, 1992, 9ª ed., p. 25-30)

47. Indique o segmento que completa, de acordo com o texto, o enunciado formulado a seguir: No
trecho transcrito, o narrador-personagem é um menino que relata:
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a) as dificuldades que experimenta nas aulas de leitura e gramática.

b) o desespero por não possuir um papagaio de papel tão soberbo como aquele que via no céu.

c) os temores de ficar de castigo, sentado, os livros no joelho.

d) o arrependimento por não ter acompanhado Raimundo nas estripulias com os meninos do
morro.

e) suas emoções em um dia de escola.

48. Indique o segmento que completa, de acordo com o texto, o enunciado formulado a seguir: O
menino se confessava "arrependido de ter vindo" porque:

a) os outros meninos vadios passariam a chamá-lo de bobo.

b) não gostava que os outros meninos empinassem seu papagaio de papel.

c) preferia ter ficado com os outros meninos, a brincar na rua.

d) tivera de cumprir a promessa de que viria, feita a Raimundo.

e) sentia dor nas pernas, ao ficar muito tempo sentado, com os livros nos joelhos.

49. Indique a letra que não apresenta uma relação semântica correta entre os termos emparelhados:

a) menino-narrador - arrependimento de ter vindo

b) menino-narrador - preso de uma corda imensa

c) papagaio de papel - uma cousa soberba

d) papagaio de papel - bojava no ar

e) papagaio de papel - alto e largo

50. (TFC) Abaixo você tem cinco frases que formam o parágrafo inicial de um texto. Ordene-as de
maneira a obter um parágrafo coeso e coerente:

Assim também, se você decidir chamar a rosa por um outro nome, ainda assim ela continuará sendo
uma rosa.
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Quem quiser dizer o contrário que o faça.

Em resumo, o nosso país é o que é.

Isso em nada mudará essa realidade.

O Brasil é um país de Terceiro Mundo.

a) 1, 2, 3, 4, 5 d) 5, 2, 4, 1, 3

b) 3, 5, 1, 4, 2 e) 2, 4, 3, 5, 1

c) 4, 5, 1, 2, 3

(FUVEST) Texto para as questões 51 a 54:

Fantasmas primitivos e superstições cibernéticas

O Brasil é um país de contrastes. Enquanto diplomatas do Itamaraty pretendiam explicar aos


americanos do Departamento de Estado como funciona a reserva de mercado para fabricantes
brasileiros de equipamentos de informática, políticos ilustres - entre os quais um governador, um
ministro de Estado, um prefeito e dois candidatos ao governo de um grande Estado da Federação -
reuniram-se num ato público impressionante: o enterro da Mãe Menininha do Gantois.

Mãe Menininha do Gantois era a mais famosa sacerdotisa de cultos espíritas de origem africana, no
Brasil. Sua morte foi pranteada por compositores de rock, romancistas cotados para o Prêmio
Nobel, artistas plásticos respeitados, cantores de música popular, boêmios notórios e notáveis do
poder das repúblicas Nova e Velha. Seu enterro parou a vida de uma das maiores cidades do Pais,
Salvador, capital da Bahia, ao som dos atabaques e sob os olhares comovidos de milhares de
pessoas que se enfileiraram nas calçadas das ruas do centro da cidade, por onde o cortejo passou.

Diante do cortejo imenso e da importância política que presenças ilustres deram ao ato, resta-nos
raciocinar sobre o imenso esforço de educação que é necessário para que o Brasil se transforme
numa nação moderna, em condições de competir com os maiores países do mundo. A importância
exagerada dada a uma sacerdotisa de cultos afro-brasileiros é a evidência mais chocante de que não
basta ao Brasil ser catalogado como a oitava maior economia do mundo, se o País ainda está preso a
hábitos culturais arraigadamente tribais. Na era do chip, no tempo da desenfreada competição
tecnológica, no momento em que a tecnologia desenvolvida pelo homem torna a competição de
mercados uma guerra sem quartel pelas inteligências mais argutas e pelas competências mais
especializadas, o Brasil, infelizmente, exibe a face tosca de limitações inatas, muito dificilmente
corrigíveis por processos normais de educação a curto prazo. Enquanto o mundo lá fora desperta
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para o futuro, continuamos aqui presos a conceitos culturais que datam de antes da existência da
civilização. (O Estado de São Paulo - 17/08/86)

51. De acordo com o texto:

a) a reserva de mercado de equipamentos de informática pertence a políticos ilustres.

b) o ato público impressionou os políticos ilustres.

c) Mãe Menininha do Gantois era uma política ilustre.

d) o Itamaraty explicou que o Brasil é um país de contrastes.

e) o enterro de Mãe Menininha do Gantois foi um ato público.

52. Segundo o texto:

a) reserva de mercado é bom para políticos ilustres.

b) Mãe Menininha do Gantois era africana.

c) alguns romancistas foram cortados do Prêmio Nobel.

d) milhares de pessoas assistiram ao enterro.

e) Salvador é a maior cidade do País.

53. Conforme o texto:

a) presenças ilustres deram importância política ao enterro.

b) a guerra pelo mercado se desenvolve nos quartéis.

c) os hábitos culturais do Brasil fazem dele a oitava maior economia do mundo.

d) com a informática, os processos de educação serão corrigidos a curto prazo.

e) para que o Brasil se transforme em nação moderna, precisa competir com os maiores países
do mundo.
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54. Pelo texto, o Brasil "está preso a hábitos culturais arraigadamente tribais", porque:

a) ainda faz reserva de mercado para fabricantes brasileiros de equipamentos de informática.

b) seus políticos vão a funerais de todas as figuras públicas do País.

c) continuamos presos a valores culturais anteriores à civilização.

d) os diplomatas insistem em explicar aos americanos o funcionamento da reserva de mercado


de equipamentos de informática.

e) os políticos tiram proveito das cerimônias fúnebres.

(FUVEST) Texto para as questões 55 a 58:

"Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em
primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo
nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou
propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a
segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua
morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: a diferença radical entre este livro e o Pentateuco."

(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)

55. O autor afirma que:

a) vai começar suas memórias pela narração de seu nascimento.

b) vai adotar uma seqüência narrativa vulgar.

c) o que o levou a escrever suas memórias foram duas considerações sobre a vida e a morte.

d) vai começar suas memórias pela narração de sua morte.

e) vai adotar a mesma seqüência narrativa utilizada por Moisés.

56. Definindo-se como um "defunto autor", o narrador:

a) pôde descrever sua própria morte.

b) escreveu suas memórias antes de morrer.


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c) obteve em vida o reconhecimento de sua obra.

d) ressuscitou na sua obra após sua morte.

e) descreveu a morte após o nascimento.

57. Segundo o narrador, Moisés, contou sua morte no:

a) promontório d) intróito

b) meio do livro e) começo da missa

c) fim do livro

58. O tom predominante no texto é de:

a) luto e tristeza d) mágoa e hesitação

b) humor e ironia e) surpresa e nostalgia

c) pessimismo e resignação

(FUVEST) Texto para as questões 59 a 62:

"Na última laje de cimento armado, os trabalhadores cantavam a nostalgia da terra ressecada.

De um lado era a cidade grande: de outro, o mar sem jangadas.

O mensageiro subiu e gritou:

- Verdejou, pessoal!

Num átimo, os trabalhadores largaram-se das redes, desceram em debandada, acertaram as contas e
partiram.

Parada a obra.

Ao dia seguinte, o vigia solitário recolocou a tabuleta: "Precisa-se de operários", enquanto o


construtor, de braços cruzados, amaldiçoava a chuva que devia estar caindo no Nordeste." (Aníbal
Machado, Cadernos de João)
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59. "... os trabalhadores cantavam ...", porque:

a) trabalhavam na cidade grande.

b) estavam alegres por terminar a última laje.

c) contemplavam o mar sem jangadas.

d) estavam saudosos da terra natal.

e) iriam acertar as contas e partir.

60. Por que é que o pessoal desceu em debandada quando o mensageiro gritou " - Verdejou,
pessoal!"?:

a) O mensageiro deu um sinal de perigo.

b) Havia chegado o dinheiro do pagamento.

c) O pessoal entendeu que tinha chovido.

d) Foram lançar as redes de pesca.

e) Ia começar a festa da cobertura.

61. O construtor "amaldiçoava a chuva" porque:

a) ela impedia a saída das jangadas para o mar.

b) chovia no Nordeste e não no local da construção.

c) a chuva fizera o construtor perder os trabalhadores.

d) não seria possível tocar a obra debaixo de chuva.

e) num átimo, os trabalhadores largaram-se das redes.

62. Indique a alternativa em que todas as palavras ou expressões se referem a um mesmo tema
presente no texto:

a) cimento armado, nostalgia, trabalhadores


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b) terra ressecada, cimento armado, construtor

c) mar sem jangadas, vigia solitário, construtor

d) cantavam, construtor, operários

e) chuva, terra ressecada, verdejou

(FUVEST) Texto para as questões 63 e 64:

- Primo Argemiro!

E, com imenso trabalho, ele gira no assento, conseguindo pôr-se de-banda, meio assim.

Primo Argemiro pode mais: transporta uma perna e se escancha no cocho.

- Que é, Primo Ribeiro?

- Lhe pedir uma coisa... Você faz?

- Vai dizendo, Primo.

- Pois então, olha: quando for a minha hora, você não deixe me levarem p’ra o arraial... Quero ir
mas é p’ra o cemitério do povoado... Está desdeixado, mas ainda é chão de Deus... Você chama o
padre, bem em-antes... E aquelas coisinhas que estão numa capanga bordada, enroladas em papel-
de-venda e tudo passado com cadarço, no fundo da canastra... se rato não roeu... você enterra junto
comigo... Agora eu não quero mexer lá... Depois tem tempo... Você promete?...

- Deus me livre e guarde, Primo Ribeiro... O senhor ainda vai durar mais do que eu.

- Eu só quero saber é se você promete...

- Pois então, se tiver de ser desse jeito de que Deus não há-de querer, eu prometo.

- Deus lhe ajude, Primo Argemiro.

E Primo Ribeiro desvira o corpo e curva ainda mais a cara.

Quem sabe se ele não vai morrer mesmo? Primo Argemiro tem medo do silêncio.

- Primo Argemiro, o senhor gosta d’aqui?...

- Que pergunta! Tanto faz... É bom, p’ra se acabar mais ligeiro... O doutor deu prazo de um ano...
Você lembra?
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- Lembro! Doutor apessoado, engraçado... Vivia atrás dos mosquitos, conhecia as raças lá deles, de
olhos fechados, só pela toada da cantiga... Disse que não era das frutas e nem da água... Que era o
mosquito que punha um bichinho amaldiçoado no sangue da gente... Ninguém não acreditou... Nem
o arraial. Eu estive lá, com ele...

- Primo Argemiro, o que adianta...

- ... E então ele ficou bravo, pois não foi? Comeu goiaba, comeu melancia da beira do rio, bebeu
água do Pará, e não teve nada...

- Primo Argemiro...

- ... Depois dormiu sem cortinado, com janela aberta... Apanhou a intermitente; mas o povo ficou
acreditando..

- Escuta! Primo Argemiro... Você está falando de-carreira, só para não me deixar falar!

- Mas, então, não fala em morte, Primo Ribeiro!... Eu, por nada que não queria ver o senhor se ir
primeiro do que eu...

- P’ra ver!... Esta carcaça bem que está agüentando... Mas, agora, já estou vendo o meu descanso,
que está chega-não-chega, na horinha de chegar...

- Não fala isso, Primo!... Olha aqui: não foi pena ele ter ido s’embora? Eu tinha fé em que acabava
com a doença...

- Melhor ter ido mesmo... Tudo tem de chegar e de ir s’embora outra vez... Agora é a minha cova
que está me chamando... Aí é que eu quero ver! Nenhumas ruindades deste mundo não têm poder
de segurar a gente p’ra sempre, Primo Argemiro...

- Escutas, Primo Ribeiro: se alembra de quando o doutor deu a despedida p’ra o povo do povoado?
Foi de manhã cedo, assim como agora... O pessoal estava todo sentado nas portas das casas,
batendo queixo. Ele ajuntou a gente... Estava muito triste... Falou: - "Não adianta tomar remédio,
porque o mosquito torna a picar... Todos têm de se mudar daqui... Mas andem depressa, pelo amor
de Deus!"... - Foi no tempo da eleição de seu Major Vilhena... Tiroteio com três mortes...

64. "Disse que não era das frutas e nem da água... Que era o mosquito que punha um bichinho
amaldiçoado no sangue da gente..." "O pessoal estava todo sentado nas portas das casas, batendo o
queixo." Estas duas passagens apresentam a causa e os sintomas da doença nomeada: "Apanhou a
intermitente". Qual das alternativas identifica a doença?

a) febre amarela d) esquistossomose

b) maleita e) doença de Chagas

c) tifo
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(FUVEST) Texto para as questões 65 a 70:

A FLAUTA E O SABIÁ

Em rico estojo de veludo, pousado sobre uma mesa de charão, jazia uma flauta de prata. Justamente
por cima da mesa, em riquíssima gaiola suspensa ao teto, morava um sabiá. Estando a sala em
silêncio, e descendo um raio de sol sobre a gaiola, eis que o sabiá, contente, modula uma ária.

Logo a flauta escarninha põe-se a casquinar no estojo como a zombar do módulo cantor silvestre.

- De que te ris? indaga o pássaro.

E a flauta em resposta:

- Ora esta! pois tens coragem de lançar guinchos diante de mim?

- E tu quem és? ainda que mal pergunte.

- Quem sou? Bem se vê que és um selvagem. Sou a flauta. Meu inventor, Mársias, lutou com Apolo
e venceu-o. Por isso o deus despeitado o imolou. Lê os clássicos.

- Muito prazer em conhecer... Eu sou um mísero sabiá da mata, pobre de mim! fui criado por Deus
muito antes das invenções. Mas deixemos o que lá foi. Dize-me: que fazes tu?

- Eu canto.

- O ofício rende pouco. Eu que o diga que não faço outra coisa. Deixarei, todavia, de cantar - e antes
nunca houvesse aberto o bico porque, talvez, sendo mudo, não me houvessem escravizado - se,
ouvindo a tua voz, convencer-me de que és superior a mim. Canta! Que eu aprecie o teu gorjeio e
farei como for de justiça.

- Que eu cante?!...

- Pois não te parece justo o meu pedido?

- Eu canto para regalo dos reis nos paços; a minha voz acompanha hinos sagrados nas igrejas. O
meu canto é a harmoniosa inspiração dos gênios ou a rapsódia sentimental do povo.

- Pois venha de lá esse primor. Aqui estou para ouvir-te e para proclamar-te, sem inveja, a rainha do
canto.

- Isso agora não é possível.

- Não é possível! por quê?


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- Não está cá o artista.

- Que artista?

- O meu senhor, de cujos lábios sai o sopro que transformo em melodia. Sem ele nada posso fazer.

- Ah! é assim?

- Pois como há de ser?

- Então, minha amiga - modéstia à parte - vivam os sabiás! Vivam os sábias e todos os pássaros dos
bosques, que cantam quando lhes apraz, tirando do próprio peito o alento com que fazem a melodia.
Assim da tua vanglória há muitos que se ufanam. Nada valem se os não socorre o favor de alguém;
não se movem se os não amparam; não cantam se lhes não dão sopro; não sobem se os não
empurram. O sabiá voa e canta - vai à altura porque tem asas, gorjeia porque tem voz. E sucede
sempre serem os que vivem do prestígio alheio, os que mais alegam triunfos. Flautas, flautas...
cantam nos paços e nas catedrais... pois venha daí um dueto comigo.

E, ironicamente, a toda a voz, pôs-se a cantar o sabiá, e a flauta de prata, no estojo de veludo...
moita.

Faltava-lhe o sopro.

(Coelho Neto)

65. Do texto, pode-se inferir que a cena começa:

a) num recinto em silêncio.

b) ao ar livre, numa varanda iluminada pelo sol.

c) no paço real, com um festa oferecida pelos cortesãos para regalar o monarca.

d) no adro de uma igreja, ao som dos hinos sagrados.

e) na prateleira de uma das salas ensolaradas de uma ruidosa loja de instrumentos musicais.

66. Dentre as seguintes expressões proverbiais, indique aquela que melhor se aplica ao texto "A
flauta e o sabiá":

a) Gato escaldado tem medo de água fria.

b) Não se deve fazer continência com o chapéu alheio.

c) Patrão fora, feriado na loja.


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d) Mais vale um pássaro na mão que dois voando.

e) Santo de casa não faz milagre.

67. Dentre as seguintes passagens do texto, assinale a que justifica o contentamento do sabiá:

"... riquíssima gaiola suspensa ao teto...".

"... sobre uma mesa de charão, jazia uma flauta... por cima da mesa... morava um sabiá...".

"... descendo um raio de sol sobre a gaiola ...".

"Estando a sala em silêncio...".

"... o sabiá, contente, modula uma ária".

68. No texto, a expressão o deus refere-se a:

a) Apolo (o deus do sol) d) Deus (criador do sabiá)

b) Mársias (o gênio da flauta) e) o Senhor da flauta

c) Orfeu (o deus da música)

69. Com a frase Lê os clássicos, a flauta está sugerindo que o sabiá:

a) conheça os autores que foram contemplados com o Prêmio Nobel de literatura.

b) desconhece os compositores de música clássica.

c) deve ler os principais "best-sellers".

d) ignora a cultura greco-latina.

e) lê os clássicos brasileiros.

70. O sabiá desafiou a flauta a cantar porque:

a) quem canta para reis devotos nas igrejas canta para qualquer pessoa.
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b) as flautas foram inventadas para cantar.

c) cantar era uma arte própria da flauta.

d) ele mesmo não conseguiria abrir o bico.

e) a flauta havia menosprezado o talento dele.

Gabarito

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

1 - D 40 - C
2 - E 41 - A
3 - C 42 - D
4 - A 43 - B
5 - C 44 - C
6 - E 45 - D
7 - A 46 - E
8 - D 47 - E
9 - D 48 - C
10 - A 49 - B
11 - D 50 - D
12 - B 51 - E
13 - A 52 - D
14 - D 53 - A
15 - E 54 - C
16 - C 55 - D
17 - A 56 - D
18 - B 57 - C
19 - D 58 - B
20 - A 59 - D
21 - E 60 - C
22 - D 61 - C
23 - B 62 - C
24 - C 63 - C
25 - D 64 - B
26 - A 65 - A
27 - B 66 - B
28 - D 67 - C
29 - E 68 - A
30 - C 69 - D
31 - D 70 - E
32 - D
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33 - B
34 - E
35 - A
36 - C
37 - D
38 - E
39 - A

2 Estrutura e organização do texto.

O texto dissertativo é composto por três partes essenciais:

- Introdução:

É um bom início de texto que desperta no leitor vontade de continuar a lê-lo. Na


introdução é que se define o que será dito, e é nessa parte que o escritor deve mostrar
para o leitor que seu texto merece atenção.

O assunto a ser tratado deve ser apresentado de maneira clara, existem assuntos que
abrem espaço para definições, citações, perguntas, exposição de ponto de vista
oposto, comparações, descrição.

A introdução pode apresentar uma:

- Afirmação geral sobre o assunto


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- Consideração do tipo histórico-filosófico


- Citação
- Comparação
- Uma ou mais perguntas
- Narração

Além destes, outras introduções podem ser empregados de acordo com quem escreve.

- Desenvolvimento:

Na dissertação a persuasão aparece de forma explícita, essa se faz presente no


desenvolvimento do texto. É nesse momento que o escritor desenvolve o tema, seja
através de argumentação por citação, comprovação ou raciocínio lógico, tomando sua
posição a respeito do que está sendo discutido.

O conteúdo do desenvolvimento pode ser organizado de diversas maneiras,


dependerá das propostas do texto e das informações disponíveis.

- Conclusão:

A conclusão é a parte final do texto, um resumo forte e breve de tudo o que já foi
dito, cabe também a essa parte responder à questão proposta inicialmente, expondo
uma avaliação final do assunto.

Como organizar um texto.

As partes que compõem o texto – a introdução, o desenvolvimento e a conclusão –


devem se organizar de maneira equilibrada. A introdução é o ingresso no assunto e,
nos ensaios bem redigidos, caracteriza-se como um argumento inicial. O
desenvolvimento é a parte maior do ensaio, responsável pela relação entre a
introdução e a conclusão. Esta, por sua vez, é o componente mais importante do
texto. É a linha de chegada. Os dados apresentados, as idéias e os argumentos
convergem para esse ponto em que se fecha a discussão ou a exposição.

1. Uma boa introdução

A introdução apresenta a idéia central do texto. Essa apresentação deve ser direta. Em
um bom texto, o autor entra no assunto sem "rodeios", porque o ensaio é uma
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exposição objetiva que deve estimular o leitor a pensar sobre o conteúdo desde a
leitura do título. Assim, é preciso evitar os "chavões", os lugares-comuns.

A introdução que serve a qualquer ensaio deve ser evitada, pois não serve para
nenhum. Fuja de frases como "Desde os primórdios da civilização que o homem..."
ou "O homem é um ser social". Frases que podem ser usadas para abrir diferentes
temas são péssimas.

2. Delimitação do tema

Se o tema do ensaio é muito amplo, podendo ser explorado de vários ângulos, às


vezes é necessário delimitá-lo, fixando-se em um desses ângulos e aprofundando sua
discussão.

Para lembrar:

Delimitar é reduzir a abrangência de um conteúdo.


A delimitação é feita geralmente na introdução e
pode ser explícita ou implícita.

3. O desenvolvimento

As idéias, os dados e os argumentos que sustentam e explicam as posições do autor


são apresentados nessa parte do texto.

Para lembrar:

O desenvolvimento orienta a compreensão do leitor até a


conclusão.
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Faz a relação entre a introdução e a conclusão.

3 Ortografia Oficial.

A palavra Ortografia é formada por "orto", elemento de origem grega, usado como prefixo, com o
significado de direito, reto, exato e "grafia", elemento de composição de origem grega com o
significado de ação de escrever; ortografia, então, significa ação de escrever direito. Abaixo seguem
algumas frases com as respectivas regras sobre o uso de ç, s, ss, z, x... Vamos a elas:

Regras práticas!

EMPREGO DO E e DO I

- Nos verbos terminados em -air, oer e -uir: atrair - ele atrai; corroer - ele corrói; possuir - ele
possui.

- Nos verbos terminados em -uar e -oar: continuar - que ele continue; perdoar - que ele perdoe.

- Nos prefixos ante (posição anterior) e anti (oposição): antebraço - antídoto; antediluviano –
antifascista.

- Nos prefixos,des e dis: desfrutar - disfonia; desperdício – disparar.

- Nos prefixos em/en e im/in: empobrecer; ensacar; imprudente; intitular; inigualável.

Palavras com E
aéreo beneficência embutir irrequieto afoguear beneficente área descrição arrepiar disenteria

Palavras com I
cerimônia crânio erisipela chefiar criar escárnio
cimento discrição esquisito corrimão dilatar (alargar) inigualável empecilho mexerica (fruta) engolir
mexerico (fofoca) estrear náusea

EMPREGO DO O E DO U

Palavras com O
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botequim bússola coelho comprido esgoelar

Palavras com U

acudir bueiro bulir curtume espoliar explodir focinho goela mágoa embutir entupir escapulir
mucama Elucubração pelourinho suar infestar irrupção labirinto meritíssimo mochila óbolo moela
poleiro moleque sortir (abastecer) névoa zoada nódoa pirulito puir rebuliço regurgitar supetão surtir
(resultado) tábua tabuleiro trégua

EMPREGO DE CC, CC E X PARA REPRESENTAR 0 GRUPO SONORO /ks/

Com CC: cóccix; confeccionar; faccioso; infeccionar


Com CÇ: confecção; convicção; facção; ficção
Com X: anexo; asfixia; axila; axioma; clímax

EMPREGO DE C, Ç s SS SC XC OU X PARA REPRESENTAR OFONEMA/S/

- Geralmente, usa-se c ou ç nos vocábulos de origem tupi e africana: açaí, Juçara, miçanga, caçula,
paçoca etc.

- Também usa-se c ou ç geralmente após ditongo: barbeação, beicinho, beiço, foice, louça, traição
etc.

- Usa-se s nos substantivos derivados de verbos terminados em -nder ou -ndir: ascender - ascensão,
depreender - depreensão, distender - distensão, expandir - expansão, pretender - pretensão etc.

- Usa-se ss nos substantivos derivados de verbos com terminação -eder e -edir: ceder - cessão,
conceder concessão, proceder - processo, suceder - sucessão, agredir - agressão, progredir -
progressão etc.

- Usa-se sc ou xc (geralmente entre vogais), por razões etimológicas, nos vocábulos: acrescentar,
adolescente, disciplina, miscelânea, exceção, excêntrico etc.

- Usa-se x, também por razões etimológicas, nos vocábulos: aproximar, auxiliar, máximo, texto,
explícito, sintaxe etc.

EMPREGO DE X, S E Z PARA REPRESENTAR O FONEMA/Z/

- Usa-se a letra x geralmente nos vocábulos iniciados por e (e seus derivados) e antes de vogal:
exatidão, exemplo:
exímio, inexorável, existência, existir etc.
Exceções: esôfago, Ezequiel, esoterismo.

- Usa-se a letra s:
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a) após ditongos:
aplauso mausoléu causa Moisés maisena
faisão repousar lousa paisagem Coisa

b) nos vocábulos formados pelos sufixos -esa, -isa, -osa, oso, -és e -ense:
princesa palmeirense orgulhosa cheiroso
consulesa poetisa cheirosa francês
fluminense sacerdotisa dengoso português

c) nas formas dos verbos pôr e querer: pus quis - pusesse puséssemos quisera quisessem

d) nas palavras derivadas de outras que possuem s: ausente - ausência, ausentar base - baseado,
basear casa - casado, casamento, casório.

Veja estes casos:

a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO: intento = intenção


canto = canção
exceto = exceção
junto = junção

b) Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER:


deter = detenção
reter = retenção
conter = contenção
manter = manutenção

c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR:


infrator = infração
trator = tração
redator = redação
setor = seção

d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO:


introspectivo = introspecção
relativo = relação
ativo = ação
intuitivo – intuição

e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R:


reeducar = reeducação
importar = importação
repartir = repartição
fundir = fundição

f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s:


eleição
traição
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Veja estes casos:

a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR:


pretender = pretensão, pretensa, pretensioso
defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão, compreensivo
repreender = repreensão
expandir = expansão
fundir = fusão
confundir = confusão

b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR:


inverter = inversão
converter = conversão
perverter = perversão

c) Usa-se s após ditongo quando houver som de z:


Creusa
coisa
maisena

d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos:


Luísa
Heloísa
Poetisa
Profetisa

Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z.

e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR:


concorrer = concurso
discorrer = discurso
expelir = expulso, expulsão
compelir = compulsório

f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR:


ele pôs
ele quis
ele usou

g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE:


frase
tese
crise
osmose
• Exceções: deslize e gaze.
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h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA:


horrorosa
gostoso
• Exceção: gozo

03) I -Teresinha, a esposa do camponês inglês, avisou que cantaria de improviso.

II -Aterrorizada pela embriaguez do marido, a mulherzinha não fez a limpeza.

a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da
palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:
Teresa = Teresinha
Casa = casinha
Mulher = mulherzinha
Pão = pãozinho

b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da
palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de origem não
tiver o radical terminado em s:
improviso = improvisar
análise = analisar
pesquisa = pesquisar
terror = aterrorizar
útil = utilizar
economia = economizar

c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalidade,


títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem
substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:
Teresa
Camponês
Inglês
Embriaguez
Limpeza

04) O excesso de concessões dava a impressão de compromisso com o progresso.

a) Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com CESS:


exceder = excesso, excessivo
conceder = concessão
proceder = processo

b) Os verbos terminados em PRIMIR z\terão palavras derivadas escritas com PRESS:


imprimir = impressão
deprimir = depressão
comprimir = compressa

c) Os verbos terminados em GREDIR terão palavras derivadas escritas com GRESS:


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progredir = progresso
agredir = agressor, agressão, agressivo
transgredir = transgressão, transgressor

d) Os verbos terminados em METER terão palavras derivadas escritas com MISS ou MESS:
comprometer = compromisso
prometer = promessa
intrometer = intromissão
remeter = remessa

05) Para que os filhos se encorajem, o lojista come jiló com canjica.

a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR:


Viajar = espero que eles viajem
Encorajar = para que eles se encorajem
Enferrujar = que não se enferrujem as portas

b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA:


loja = lojista
canja = canjica
sarja = sarjeta
gorja = gorjeta

c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani.


Jiló
Jibóia
Jirau

06) O relógio que ele trouxe da viagem ao México em uma caixa de madeira caiu na enxurrada.

a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO:


pedágio
sacrilégio
prestígio
relógio
refúgio

b) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM:


a viagem
a coragem
a ferrugem
• Exceções: pajem, lambujem

c) Palavras iniciadas por ME serão escritas com x:


Mexerica
México
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Mexilhão
Mexer
• Exceção: mecha de cabelos

Exercícios de Ortografia
1. Estão corretamente empregadas as palavras na frase:

a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário.


b) Ele agiu com muita descrição.
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição.
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas com exatidão.

2. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial maiúscula, exceto:

a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas.


b) No começo de período, verso ou alguma citação direta.
c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral.
e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza.

3. Indique a única seqüência em que todas as palavras estão grafadas corretamente:

a) fanatizar - analizar - frizar.


b) fanatisar - paralizar - frisar.
c) banalizar - analisar - paralisar.
d) realisar - analisar - paralizar.
e) utilizar - canalisar - vasamento.

4. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é:

a) hidrólise - hidrolisar.
b) comércio - comercializar.
c) ironia - ironizar.
d) catequese - catequisar.
e) análise - analisar.

5. Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que não há erro de grafia:

a) A Baía de Guanabara é uma grande obra de arte da Natureza.


b) Na idade média, os povos da América do Sul não tinham laços de amizade com a Europa.
c) Diz um provérbio árabe: "a agulha veste os outros e vive nua."
d) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incensos e mirra " (Manuel Bandeira).
e) A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi ornamentada na época de natal.

6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:


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a) enxotar - trouxa - chícara.


b) berinjela - jiló - gipe.
c) passos - discussão - arremesso.
d) certeza - empresa - defeza.
e) nervoso - desafio - atravez.

7. A alternativa que apresenta erro(s) de ortografia é:

a) O experto disse que fora óleo em excesso.


b) O assessor chegou à exaustão.
c) A fartura e a escassez são problemáticas.
d) Assintosamente apareceu enxarcado na sala.
e) Aceso o fogo, uma labareda ascendeu ao céu.

8. Assinale a opção cm que a palavra está incorretamente grafada:

a) duquesa.
b) magestade.
c) gorjeta.
d) francês.
e) estupidez.

9. Dos pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda não se escreve com a mesma letra
sublinhada na primeira é:

a) vez / reve___ar.
b) propôs / pu__ eram.
c) atrás / retra __ ado.
d) cafezinho/ blu __ inha.
e) esvaziar / e___ tender.

10. Indique o item em que todas as palavras devem ser preenchidas com x:

a) pran__a / en__er / __adrez.


b) fei__e / pi__ar / bre__a.
c) __utar / frou__o / mo__ila.
d) fle__a / en__arcar / li__ar.
e) me__erico / en__ame / bru__a.

11. Todas as palavras estão com a grafia correta, exceto:

a) dejeto.
b) ogeriza.
c) vadear.
d) iminente.
e) vadiar.

12. A alternativa que apresenta palavra grafada incorretamente é:


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a) fixação - rendição - paralisação.


b) exceção - discussão - concessão.
c) seção - admissão - distensão.
d) presunção - compreensão - submissão.
e) cessão - cassação - excurção.

13. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:

a) analizar - economizar - civilizar.


b) receoso - prazeirosamente - silvícola.
c) tábua - previlégio - marquês.
d) pretencioso - hérnia - majestade.
e) flecha - jeito - ojeriza.

14. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:

a) atrasado - princesa - paralisia.


b) poleiro - pagem - descrição.
c) criação - disenteria - impecilho.
d) enxergar - passeiar - pesquisar.
e) batizar - sintetizar - sintonisar.

15. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:

a) tijela - oscilação - ascenção.


b) richa - bruxa - bucha.
c) berinjela - lage - majestade.
d) enxada - mixto - bexiga.
e) gasolina - vaso - esplêndido.

16. Marque a única palavra que se escreve sem o h:

a) omeopatia.
b) umidade.
c) umor.
d) erdeiro.
e) iena.

17. (CFS/95) Assinalar o par de palavras parônimas:

a) céu - seu
b) paço - passo
c) eminente - evidente
d) descrição - discrição

18. (CFS/95) Assinalar a alternativa em que todas as palavras devem ser escritas com "j".
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a) __irau, __ibóia, __egue


b) gor__eio, privilé__io, pa__em
c) ma__estoso, __esto, __enipapo
d) here__e, tre__eito, berin__ela

19. (CFC/95) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas do seguinte período:
"Em _____ plenária, estudou-se a _____ de terras a _____ japoneses."

a) seção - cessão - emigrantes


b) cessão - sessão - imigrantes
c) sessão - secção - emigrantes
d) sessão - cessão - imigrantes

20. (CFC/95) Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia:

a) enxofre, exceção, ascensão


b) abóbada, asterisco, assunção
c) despender, previlégio, economizar
d) adivinhar, prazerosamente, beneficente

21. (CFC/95) Assinalar a alternativa que contém um erro de ortografia:

a) beleza, duquesa, francesa


b) estrupar, pretensioso, deslizar
c) esplêndido, meteorologia, hesitar
d) cabeleireiro, consciencioso, manteigueira

22. (CFC/96) Assinalar a alternativa correta quanto à grafia das palavras:

a) atraz - ele trás


b) atrás - ele traz
c) atrás - ele trás
d) atraz - ele traz

23. (CFS/96) Assinalar a palavra graficamente correta:

a) bandeija
b) mendingo
c) irrequieto
d) carangueijo

24. (CESD/97) Assinalar a alternativa que completa as lacunas da frase abaixo, na ordem em que
aparecem. "O Brasil de hoje é diferente, _____ os ideais de uma sociedade _____ justa ainda
permanecem".

a) mas - mas
b) mais - mas
c) mas - mais
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d) mais - mais

25. (CESD/98) Cauda/rabo, calda/açúcar derretido para doce. São, portanto, palavras homônimas.
Associe as duas colunas e assinale a alternativa com a seqüência correta.

1 - conserto ( ) valor pago


2 - concerto ( ) juízo claro
3 - censo ( ) reparo
4 - senso ( ) estatística
5 - taxa ( ) pequeno prego
6 - tacha ( ) apresentação musical

a) 5-4-1-3-6-2
b) 5-3-2-1-6-4
c) 4-2-6-1-3-5
d) 1-4-6-5-2-3

26. (CFC/98) Assinalar o par de palavras antônimas:

a) pavor - pânico
b) pânico - susto
c) dignidade - indecoro
d) dignidade - integridade

27. (CFS/97) O antônimo para a expressão "época de estiagem" é:

a) tempo quente
b) tempo de ventania
c) estação chuvosa
d) estação florida

28. (CFS/96) Quanto à sinonímia, associar a coluna da esquerda com a da direita e indicar a
seqüência correta.

1 - insigne ( ) ignorante
2 - extático ( ) saliente
3 - insipiente ( ) absorto
4 - proeminente ( ) notável

a) 2-4-3-1
b) 3-4-2-1
c) 4-3-1-2
d) 3-2-4-1

29. (ITA/SP) Em que caso todos os vocábulos são grafados com "x" ?

a) __ícara, __ávena, pi__e, be__iga


b) __enófobo, en__erido, en__erto, __epa
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c) li__ar, ta__ativo, sinta__e, bro__e


d) ê__tase, e__torquir, __u__u, __ilrear

1 A / 2 A / 3 C / 4 D / 5 D / 6 C / 7 D / 8 B / 9 D / 10 E / 11 B / 12 E / 13 E / 14 A / 15 E / 16 B / 17
D / 18 A / 19 D / 20 C / 21 B / 22 B / 23 C / 24 C / 25 A / 26 C / 27 C / 28 B / 29 B

4. Semântica
Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.

Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:

Sinonímia é um processo muito utilizado por falantes de uma língua. Sabe quando não queremos
repetir o mesmo termo ou palavra a todo momento? Uma das maneiras de sanarmos esse problema
é com uso de sinônimos. Por exemplo, se digo: “Passe um dia na minha casa.” e quiser referir-me
novamente ao termo sublinhado “casa”, posso lançar mão de um sinônimo para não o ter que
repetir: “Passe um dia na minha casa e verá como meu lar é aconchegante.”

Para saber se o candidato domina mais esse subterfúgio da Língua Portuguesa, a banca pede a ele
que substitua palavras ou termos retirados do texto e assinale em qual opção encontram-se aqueles
que não alteram o sentido, ou os que alteram.

Para se resolver esse tipo de questão é importante que o candidato tenha um certo domínio lexical,
ou seja, que conheça muitas palavras, o que é possível conseguir por meio de muita, mas muita
leitura. Pode-se ler de tudo. Jornais, revistas, livros, bulas de remédio, outdoors, placas de trânsito...
o fundamental é ser um leitor crítico, aquele que busca informação, que reflete a respeito.

Antonímia nada mais é do que palavras que possuem significados contrários, como largo e estreito,
dentro e fora, grande e pequeno. O importante, aqui, é saber que os significados são opostos, ou
seja, excluem-se.
Homonímia é a identidade fonética e/ou gráfica de palavras com significados diferentes. Existem
três tipos de homônimos:

• Homônimos homógrafos – palavras de mesma grafia e significado diferente. Exemplo: jogo


(substantivo) e jogo (verbo).
• Homônimos homófonos – palavras com mesmo som e grafia diferente. Exemplo: cessão (ato
de ceder), sessão (atividade), seção (setor) e secção (corte).
• Homônimos homógrafos e homófonos – palavras com mesma grafia e mesmo som.
Exemplo: planta (substantivo) e planta (verbo); morro (substantivo) e morro (verbo).
Paronímia é a semelhança gráfica e/ou fonética entre palavras. É o caso dos pares de palavras
anteriormente expostas.
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Outros exemplos de parônimos: Acender (atear fogo) ascender (subir), acento (sinal gráfico)
assento (cadeira), acerca de (a respeito de) a cerca de (distância aproximada) há cerca de
(aproximadamente), afim (parente) a fim (para), ao invés de (ao contrário de) em vez de (em lugar
de), apreçar (tomar preço) apressar (dar pressa), asado (alado) azado (oportuno), assoar (limpar o
nariz) assuar (vaiar), à-toa (ruim) à toa (sem rumo), descriminar (inocentar) discriminar (separar),
despensa (depósito) dispensa (licença), flagrante (evidente) fragrante (perfumoso), incipiente
(principiante) insipiente (ignorante), incontinente (imoderado) incontinenti (imediatamente),
mandado (ato de mandar) mandato (procuração), paço (palácio) passo (marcha), ratificar (validar)
retificar (corrigir), tapar (fechar) tampar (cobrir com tampa), vultoso (volumoso) vultuoso (rosto
vermelho e inchado).

Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.
Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os
convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.

Resolva, agora, uma questão de sinonímia dada na prova da Fundação Carlos Chagas, de um
concurso para analista administrativo do TRF 1 região:

Orgulho ferido

Um editorial da respeitada revista britânica The Lancer sobre o futuro de Cuba acendeu uma
polêmica com pesquisadores latino-americanos. O texto da revista sugeriu que o país pode
mergulhar num caos após a morte do ditador Fidel Castro, que sofre de câncer, tal como ocorreu
nos países do Leste Europeu após a queda de seus regimes comunistas. E conclamou os Estados
Unidos a preparar ajuda humanitária para os cubanos. De quebra, a publicação insinua que há
dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano fazer frente a esse quadro. (...)
Quatro ações são atribuídas, no primeiro parágrafo do texto, ao editorial da revista britânica The
Lancer: acender, sugerir, conclamar e insinuar. Considerando-se o contexto, não haveria prejuízo
para o sentido se tivessem sido empregados, respectivamente,

A. ensejar – aventar – convocar – sugerir


B. instigar – propor – reiterar – infiltrar
C. dirimir – conceder – atribuir – insuflar
D. solapar – retificar – conceder – induzir
E. conduzir – insinuar – proclamar – confessar
GABARITO: A
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Estes dois conceitos são muito fáceis de entender.

Vamos começar entendendo as duas partes de um signo lingüístico (a palavra):

1. O Significante - Parte concreta da palavra é constituída de sons e da forma escrita.

Exemplo: Cobra – O significante é a própria palavra.

2. O Significado – Parte que a gente entende, ou seja, o conceito.


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Exemplo: Cobra – O significado é aquilo que a palavra representa. O significado nos


remete a uma idéia mental ou uma imagem.

Observe:

Cobra – significante: a própria palavra!

Cobra – Vejamos o significado:

a) Cobra é um réptil peçonhento =

(Ex: A cobra picou o homem!)

b) Cobra é uma pessoa falsa =

(Ex: Este homem é uma cobra!)

OBSERVE:

Um mesmo significante (parte concreta) pode ter vários significados (conceitos)!


Vamos continuar, então:

Podemos concluir que:

a) Um signo lingüístico (palavra) apresenta duas partes: significante e significado!


b) O significado varia de acordo com o contexto!
c) Um significante pode ter vários significados!

Vamos agora entender os significados!

Os significados apresentam duas formas:


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a) A forma primitiva e original –

Ex: A Maçã é fruto delicioso!

b) Uma forma secundária, uma alegoria.

Ex: A Maçã do rosto ficou vermelha!

A partir destas noções, podemos entender o que são Denotação e Conotação:

DENOTAÇÃO: Usamos o significado primitivo e original, com o sentido do dicionário; usado de


modo automatizado; linguagem comum.

Ex: O cão está sorrindo!


CONTAÇÃO: Usamos o significado secundário, com o sentido amplo; usado de modo criativo,
numa linguagem rica e expressiva.

Ex: Esta menina é um cão!


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Vamos Revisar:

Denotação – sentido comum!

Conotação – sentido figurado!

Vamos agora para a prática:

Observe o texto:

A autônoma Michele M. Ferreira, 25 anos, foi presa na tarde de quinta-feira, sob


suspeita de ter assassinado o marido com um tiro na cabeça na Vila Sônia, zona
oeste de São Paulo.
A Secretaria da Segurança informou que Michele permaneceu no local do crime e
disse aos policiais que matou Marcos de Moraes Barros, 44anos, seu marido
porque ele mantinha um relacionamento extra-conjugal com uma adolescente.

O texto jornalístico traz as palavras com significados primitivos. O texto é denotativo.

Veja agora:

Michele descobriu que seu marido tinha uma amante, certamente uma
franguinha bem mais nova que ela... Michele resolveu dar o troco e matou o
marido de ciúmes, saindo toda noite com um antigo amigo de faculdade.

O texto é pessoal, apresenta palavras com significado secundário, portanto, trata-se de um texto
conotativo.

Vamos ver alguns exemplos de conotação:

"Quem está na chuva é para se molhar"

"Casa de ferreiro, espeto de pau"

“Hoje vai chover canivetes”

Vamos agora continuar entendendo a Conotação:

Podemos concluir que:

a) Na Conotação, o signo lingüístico (palavra) apresenta o significado na forma figurada.


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b) O significado apresenta um sentido diferente do original!

É deste significado figurado que surgem as Figuras de Linguagem, assunto da nossa próxima
aula!

Exercite agora:
1. No conto A hora e a vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa, o protagonista é um homem
rude e cruel, que sofre violenta surra de capangas inimigos e é abandonado como morto, num brejo.
Recolhido por um casal de matutos, Matraga passa por um lento e doloroso processo de
recuperação, em meio ao qual recebe a visita de um padre, com quem estabelece o seguinte diálogo:

"- Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto
pecado mortal?
- Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependido
nenhum... (...) Sua vida foi entortada no verde, mas não fique triste, de modo nenhum, porque a
tristeza é aboio de chamar demônio, e o Reino do Céu, que é o que vale, ninguém tira de sua
algibeira, desde que você esteja com a graça de Deus, que ele não regateia a nenhum coração
contrito."

a) A linguagem figurada amplamente empregada pelo padre é adequada ao seu interlocutor?


Justifique sua resposta.
b) Transcreva uma frase do texto que tenha sentido equivalente ao da frase 'não regateia a nenhum
coração contrito'.

Resposta:
1.
a) Sim. Usa-se a conotação para vocábulos do universo do homem rude do campo (espora, rédea,
estribo, aboio).
b) "não tira o estribo do pé de arrependido nenhum".
2) Leia atentamente os textos abaixo e indique D quando prevalecer a denotação e C quando
prevalecer a conotação:

a) ( ) “O ano de 1948, em Pernambuco, foi marcado por um processo revolucionário, liderado por
um Partido Liberal radical.”

b) ( ) “Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois - Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância”

c) ( ) “ depois de analisar os prontuários de 964 pessoas operadas np Hospital das Clínicas da


Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, o médico Cláudio Moura Lacerda de Melo, 31
anos, concluiu que seus colegas exageraram na requisição de exames radiológicos e de laboratório,
ao mesmo tempo em que dão pouca atenção ao exame direto do paciente e a uma conversa com ele
sobre o seu histórico de saúde”.
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d) ( ) “Em todo triângulo, o quadrado de qualquer lado é igual a soma dos quadrados dos outros
dois, menos o duplo produto destes dois lados pelo co- seno do ângulo que eles formam.

e) ( )“ A ciência que se constituiu em torno dos fatos da língua passou por três fases sucessivas
antes de reconhecer seu verdadeiro e único objeto’’

f) ( ) “Tantas palavras / Que eu conhecia / E já não falo mais, jamais/ Quantas palavras
Que ela adorava/ Saíram de cartaz”

g) ( ) “ Abriu os olhos devagar. Os olhos vindos de sua própria escuridão nada viram na desmaiada
luz da tarde. Ficou respirando. Aos poucos recomeçou a enxergar, após poucos as formas foram se
solidificando, ela cansada, esmagada pela doçura de um cansaço”

h) ( ) “Na literatura brasileira de hoje, talvez seja o conto o gênero de maior destaque, em termos de
vigor e criatividade”.

Respostas:

a) (D)
b) (C)
c) (D)
d) (D)
e) (C)
f) (C)
g) (C)
h) (D)
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

3- Escreva duas frases com cada uma das palavras relacionadas. Em uma frase empregue a palavra
em seu sentido denotativo, na outra, no conotativo. (fossa - cão – toque - curtir)
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4- Crie um anúncio para um fabricante de calculadoras, utilizando-se de um jogo denotativo/


conotativo.
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5-( Fuvest- SP)

a) Uma andorinha só não faz verão


b) Nem tudo que reluz é ouro
c) Quem semeia ventos, colhe tempestades
d) Quem não tem cão caça com gato.

As idéias centrais dos provérbios acima são, na ordem:

a)solidariedade- aparência- vingança- dissimulação.


b)cooperação – aparência- punição- adaptação.
c)egoísmo- ambição- vingança- falsificação.
d)cooperação – ambição – conseqüência- dissimulação
e)solidão – prudência- punição – adaptação.

Resposta:

Letra e.
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5. Morfologia
Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras.
A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da
sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas
classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral,
Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

1. Os elementos da morfologia:

O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma palavra. Alguns
vocábulos são constituídos apenas por radical (lápis, mar, hoje). Os radicais permitem
a formação de famílias de palavras: menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho,
menin-ona.

A vogal temática é a vogal que, em alguns casos, une-se ao radical, preparando-o


para receber as desinências: com-e-r.

O tema é o acréscimo da vogal temática ao radical, pois na língua portuguesa é


impossível a ligação do radical com, com a desinência r, por isso é necessário o uso
do tema e.

As desinências estão apoiadas ao radical para marcar as flexões gramaticais. Podem


ser nominais ou verbais:

As nominais indicam flexões de gênero e número dos nomes (gat-a e gato-s).

Já as verbais indicam tempo e modo (modo-temporais / fal-á-sse-mos) ou pessoa e


número (número-pessoais / fal-á-sse-mos) dos verbos.

Os afixos são morfemas derivacionais (gramaticais) agregados ao radical para formar


palavras novas. Os afixos da língua portuguesa são o prefixo, colocado antes do
radical (infeliz) e o sufixo, colocado depois do radical (felizmente)

A vogal e consoante de ligação são elementos mórficos insignificativos que surgem


para facilitar ou até possibilitar a pronúncia de determinadas construções (silv-í-cola,
pe-z-inho, pobre-t-ão, rat-i-cida, rod-o-via)

Já os alomorfes são as variações que os morfemas sofrem (amaria - amaríeis; feliz -


felicidade).
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1.1 Morfemas:

São unidades mínimas de significação, integrantes da palavra, que não admitem


subdivisão em unidades significativas menores. Quanto à significação, podem ser:

morfemas lexicais (lexemas ou semantemas) de significação externa, ou seja, cujo


significado está ligado ao mundo objetivo, indicando o significado da palavra.
morfemas gramaticais (gramemas ou formantes) de significação interna, relacionados
ao universo lingüístico, isto é, tem significado ligado somente ao sistema gramatical
da língua.

1.2 Processos de formação de palavras:

As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um


fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso
(arcaísmos), enquanto outros nascem (neologismos) e outros mudam de significado
com o passar do tempo.

Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos


a seguinte divisão:

palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)


palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)
palavras simples - só possuem um radical (couve, flor)
palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente)
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes
processos de formação:

Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois
tipos de composição.

justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, sexta-feira);

aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de elementos (pernalta, de


perna + alta).
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de
afixos. São cinco tipos de derivação.

prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil);

sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);


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parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, à palavra


primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável pela formação de verbos, de
base substantiva ou adjetiva;

regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se substantivos


abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / de ajudar);

imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de


verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio a comum).
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para
formação de palavras, como:

Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos


originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo, grego e latim / sociologia,
bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alcoômetro, árabe e grego / caiporismo:
tupi e grego / bananal - africano e latino / sambódromo - africano e grego / burocracia
- francês e grego);

Onomatopéia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zunzum, miau);


Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô,
moto, pneu, extra, dr., obs.)

Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma seqüência de palavras


(Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras
também (aidético, petista)

Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras


que adquirem um novo significado.

1.3 Significado das palavras:

O significado de algumas palavras pode ser identificado através da estrutura de seus


elementos mórficos.

Na seqüência veremos os prefixos, os sufixos e os radicais, a partir de sua origem


grega ou latina e a relação com a língua portuguesa.

1.3.1 Principais prefixos latinos:

a-, ab-, abs- (indica afastamento; separação = aberrar, abdicar, abster, abstrair,
amovível, aversão);
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a-, ad-, ar-, as- (movimento para; aproximação; direção = adjunto, adnominal,
adjetivo, adventício, advogado, abordar, apurar, arribar, arraigar, associar, assimilar);
ante- (anterioridade; precedência = antepor, anteceder, antebraço, antecâmara);
circu-, circum- (movimento em torno, posição em redor = circumpolar, circum-
ambiente, circunavegação, circunferência);
cis- (posição aquém = cisplatino, cisandino);
co-, com-, con-, cor- ([da preposição latina cum] concomitância, companhia, ação
conjunta = competir, companheiro, concorrer, congregar, cooperar, coerente,
corroborar, corrosivo);
contra- (oposição, ação conjunta = contradizer, contraveneno, contrapeso);
de- (movimento de cima para baixo = declive, débil, decrescente, decapitar);
des- (separação, ação contrária, negação = desviar, desleal, desfazer, desprotegido);
di-, dir-, dis- (dualidade, divisão, separação, movimento em muitos sentidos =
disforme, discutir, disseminar, dirimir, dilacerar, difundir);
entre- (posição intermediária = entreato, entrelinha, entretela, entremeio);
ex-, es-, e- (movimento para fora, afastamento, estado anterior = extrair, expectorar-
exportar, escorrer, esquecer, emigrar, emergir);
extra- (posição exterior = extraordinário, extravasar, extramuros);
in-, im-, i-, ir-, em-, en- (movimento para dentro, tendência, mudança de estado =
incrustar, ingerir, investigar, impressão, imigrar, irromper, enterrar, embarcar,
enformar);
in-, im-, i-, ir- (sentido exclusivamente negativo, de privarão [é de etimologia
diferente do in- anterior] = indecente, inerte, impróprio, imberbe, ilegal, imoral,
ignorar, irrestrito, irregular);
intra- (posição interior = intravenoso, intrapulmonar, intramedular);
intro- (movimento para dentro = introduzir, intrometer, intróito, introspecção);
justa- (posição ao lado, perto de = justaposto, justafluvial, justalinear);
ob-, o-, os- (posição em frente, diante de, oposição = objeto, obstáculo, ofuscar, opor,
ocupar, ostentar);
per- (movimento através = perpassar, permeável, perfurar, pernoitar);
pos- (ação posterior = posdatar, postergar, postônica, posposto);
pre- (anterioridade = predatar, prefixo, preliminar, prefácio, pré-tônica);
pro- (movimento para a frente, diante de = prosseguir, progredir, profano, proclamar);
re- (movimento para trás, repetição = regredir, reagir, reiterar, recomeçar);
retro- (movimento mais para trás = retroceder, retrospectiva, retrocesso, retroagir);
soto-, sota- (posição inferior = sotopor, soto-mestre, sota-capitão);
sub-, sus-, su-, sob-, so- (movimento de baixo para cima, estado inferior, redução =
sublevar, subir, subalterno, suspender, suspeitar, sufocar, sobpor, sopé, sonegar,
soerguer, soterrar);
super-, sobre-, supra- (posição em cima, posição acima, excesso, intensidade =
superpor, supercílio, supérfluo, sobrecarga, sobreviver, supra-renal,
supramencionado);
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trans-, trás-, tres- (movimento para além de; posterioridade, posição excedente =
transmontano, transpor, transportar, transbordar, trasladar, trespasse, tresmalhar);
ultra- (posição além de, excesso = ultramar, ultrapassar, ultra-som);
vice-, vis- (substituição, em lugar de = vice-presidente, vice-rei, visconde).

1.3.2 Principais prefixos gregos:

an-, a- (sentido exclusivamente negativo, privação = anarquia, anônimo, ateu,


acéfalo, afônico);
aná- (ação ou movimento contrário, repetição = anagrama, anáfora, análise);
anfi- (de um e outro lado, em torno de = anfiteatro, anfíbio);
anti- (oposição = antípoda, antipatia, antiaéreo, anticlerical);
apó- (afastamento, separação = apogeu, apócrifo, apóstolo);
arqui-, arc-, arque-, arce-, arci- (procedência, superioridade = arquipélago, arquiteto,
arcanjo, arquétipo, arcebispo, arcipreste) catá- (movimento de cima para baixo,
posição superior, oposição = catástrofe, catapulta, catálogo, catacrese);
diá-, di- (movimento através de, passagem, afastamento = diagonal, diâmetro,
diagnóstico, diocese, diurético);
dis- (dificuldade, falta, privação = dispnéia, disenteria, dissimetria);
ec-, ex- (movimento para fora, separação = eclipse, eclético, êxodo, exorcismo);
en-, em-, e- (posição interna, posição sobre = encéfalo, energia, entusiasmo,
emplasto, elipse);
endo-, end- (posição interior, movimento para dentro = endotérmico, endoscopia,
endosmose);
epi- (posição superior, movimento pura, cm direção a = epiderme, epílogo, epitáfio,
epístola, epíteto);
eu-, ev- (bem, bom, felizmente = eucaristia, eufonia, eufemismo, evangélico);
hiper- (posição superior, excesso = hipérbole, hipertrofia, hipertensão);
hipo- (posição inferior = hipotenusa, hipótese, hipocrisia);
meta-, met- (movimento de um lugar para outro, mudança = metamorfose, metáfora,
meteoro, metonímia);
para-, par- (proximidade, comparação = paradigma, paradoxo, parasita, paródia,
paralelo);
peri- (em torno de, ao redor de = perímetro, perífrase, peripécia);
pró- (posição em frente, movimento para frente = problema, prólogo, prognóstico,
programa);
sin-, sim-, si- (simultaneidade, reunião, companhia = sinfonia, sincronia, síncope,
símbolo, simpatia, silepse, sílaba).

Exercícios dos Elementos da Morfologia

01. Assinale a opção em que nem todas as palavras possuem o mesmo radical:
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a) noite, anoitecer, noitada;


b) luz, luzeiro, alumiar;
c) incrível, crente, crer;
d) festa, festeiro, festejar;
e) riqueza, ricaço, enriquecer.

02. A série em que os vocábulos enumerados se relacionam porque provêm da


mesma raiz é:
a) florescer, flandres, florear;
b) pousada, aposentado, cômodo;
c) reger; regulamento; regra;
d) corte; percurso; correr;
e) angústia; ângulo; anjo.

03. Assinale oca única opção em que ocorre variante


do radical:
a) dizer, dizes, dizia;
b) faço, fazes, façamos;
c) amaria, amavas, amou;
d) quero, queres, querias;
e) vência, venceste, vence.

04. Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado:


a) compostas: desinência de feminino;
b) quadrar: radical;
c) adotei vogal temática;
d) pareceram: vogal temática;
e) influência: desinência de feminino.

05. Vocábulo onde existe desinência de gênero:


a) segredo;
b) curiosidade;
c) força;
d) verbo;
e) alheia.

06. Assinale a alternativa sem desinência modo-temporal:


a) aplaudias;
b) acordou;
c) faltarás;
d) vendam;
e) cobrasses.
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07. Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está indevidamente


caracterizado:
a) vaga-lume: composição;
b) cruzeiro: sufixação;
c) palmeira: sufixação;
d) irritação: sufixação;
e) baunilha: sufixação.

08. Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape:


a) zunzum;
b) reco-reco;
c) toque-toque;
d) tlim-tlim;
e) vivido.

09. Assinale a letra em que as palavras são formadas por derivação regressiva,
derivação parassintética e composição por aglutinação, respectivamente.
a) neurose, infelizmente, pseudônimo;
b) ajuste, aguardente, arco-íris;
c) amostra, alinhar, girassol;
d) corte, emudecer, outrora;
e) pesca, deslealdade, vinagre.

10. Grupo de três palavras formadas por DERIVAÇÃO:


a) pesaroso, apelo (subst.), refazer;
b) pontapé, introduzir, cipoal;
c) decímetro, casamento, namoro (subst.);
d) cine, guarda-roupa, infiel;
e) infelizmente, amolecer,varapau.

11. Indique a opção em que foram utilizados processos de formação de palavras


idênticos aos dos vocábulos plenilúncio / burocracia:
a) vaivém / saca-rolhas;
b) surdo-mudo / corre-corre;
c) aguardente / alcoômetro;
d) vaivém / automóvel;
e) planalto / vinagre.

12. Assinale a opção onde se indica erroneamente o processo de formação:


a) encontrável: derivação sufixal;
b) inesperado: derivação prefixal;
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c) emudecer: derivação sufixal;


d) inaudível: derivação prefixal;
e) canto: derivação regressiva.

13. Assinale o vocábulo que apresenta o mesmo processo de formação de vaga-lume:


a) descobriu;
b) lembrança;
c) encantamento;
d) doçura;
e) fios-de-ovos.

14. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação


numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à seqüência
numérica encontrada:
( ) outrora (1) justaposição
( ) a caça (2) aglutinação
( ) pontapé (3) parassíntese
( ) planalto (4) derivação prefixal
( ) anoitecer (5) derivação regressiva.
( ) transcontinental
a) 4, 5, 2, 1, 4, 3;
b) 2, 3, 1, 2, 3, 4;
c) 1, 5, 2, 1, 4, 3;
d) 1, 5, 2, 1, 3, 4;
e) 2, 5, 1, 2, 3, 4.

GABARITO

01. B 08. E
02. C 09. D
03. B 10. A
04. E 11. C
05. E 12. C
06. B 13. E
07. E 14. E

Continue...
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Classes Gramaticais

1. SUBSTANTIVO

É a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Como: escola, professor,
aluno, livro.

Classificação:

COMUNS - aplicam-se a todos os seres de uma espécie. Por exemplo, cidade, homem, animal.

PRÓPRIOS - aplicam-se a um único ser de toda uma espécie, Por exemplo, Cambuí, José.

CONCRETOS - nomeiam seres de existência real ou que a imaginação dá como tal. Por exemplo,
Deus, fada, caneta, Mônica e Cebolinha.

ABSTRATOS - nomeiam estados, qualidades, ações, sentimentos. Por exemplo, amor, fome,
beleza, viagem, igualdade.

PRIMITIVOS - não têm origem em outra palavra . Por exemplo, mar, terra, céu, pedra.

DERIVADOS - têm origem em outra palavra portuguesa. Por exemplo, marujo, terremoto,
pedreiro.

SIMPLES - são formados de um só radical. Por exemplo, terreiro.

COMPOSTOS - são formados de mais de um radical. Por exemplo passatempo, girassol, pé-de-
moleque.

COLETIVOS - nomeiam agrupamentos de seres da mesma espécie Por exemplo, biblioteca,


enxame, boiada.
Nota: : Coletivo é um substantivo singular, mas simboliza o plural.

Flexões dos substantivos

- GÊNERO --> masculino ou feminino


- - NÚMERO - singular ou plural
- - GRAU - aumentativo ou diminutivo

1.GÊNERO

No gênero, os substantivos classificam-se em:

BIFORMES Têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo,
cavaleiro e amazona, poeta e poetisa, cavalheiro e dama, padre e madre.

UNIFORMES Têm um gênero para os dois sexos e se Classificam em:


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Epicenos - têm um só gênero e nomeiam bichos. Por exemplo: a cobra macho e a cobra fêmea, o
jacaré macho.

Sobrecomuns - têm um só gênero e nomeiam pessoas. exemplo a criança, a testemunha, a vitima.

Comuns de dois gêneros - indicam o sexo das pessoas. Por exemplo, o colega e a colega, o doente a
doente, o artista e a artista.

Substantivos de origem grega terminados em EMA ou OMA. são masculinos. Por exemplo, o
axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.

Existem certos substantivos que, variando de gênero, alteram o seu significado. Por exemplo, o
rádio (aparelho -receptor e a rádio (estação emissora), o capital (dinheiro) a capital (cidade).

Substantivo de gênero duvidoso. Por exemplo, o personagem ou a personagem.

2.NÚMERO

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES:

- Os substantivos terminados em M fazem o plural em NS. Por exemplo, homem e homens.

-Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e N fazem o plural pelo acréscimo de S. Por
exemplo, pai e pais, ímã e ímãs, hífen e hifens(sem acento, no plural).
Exceção = cânon e cânones.

- Os substantivos terminados em R e Z fazem o plural pelo acréscimo de ES. Por exemplo, revólver
e revólveres, juiz e juizes. Atenção = 0 plural de caráter é caracteres.

- Os substantivos terminados em AL EL, OL, UL flexionam-se no plural, trocando o L por IS Por


exemplo, animal e animais, caracol e caracóis, hotel e hotéis. Exceções = mal e males, cônsul e
cônsules.

- Os substantivos terminados em IL fazem o plural de duas maneiras: - Quando oxítonos, em IS. Por
exemplo, canil e canis. - Quando paroxítonos, em EIS. Por exemplo, míssil-mísseis.

- Os substantivos terminados em S fazem o plural de duas maneiras: - Quando monossilábicos ou


oxítonos, mediante o acréscimo de ES Por exemplo, ás e ases, retrós e retroses. - Quando
paroxítonos ou proparoxítonos ficam invariáveis. Por exemplo, o lápis e os lápis, o ônibus e os
ônibus.
- Os substantivos terminados em ÃO fazem o plural de três maneiras. Por exemplo, cidadão e
cidadãos, cão e cães, avião e aviões.

- Os substantivos terminados em X ficam invariáveis. Por exemplo, o tórax e os tórax, o látex e os


látex OBS: os que têm variante singular em ICE fazem o plural em ICES. Por exemplo,
cálix(cálice) e cálices.

- Os substantivos diminutivos em ZINHO, ZITO fazem o plural da seguinte forma. Animalzinho =


animaizinhos, pãozinho = pãezinhos, farolzinho = faroizinhos.
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PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS:

- Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:

substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores substantivo + adjetivo amor-perfeito e


amores-perfeitos adjetivo + substantivo gentil-homem e gentis-homens numeral + substantivo
quinta-feira e quintas-feiras

- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: verbo + substantivo = guarda-
roupa e guarda-roupas palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes palavras
repetidas ou ímitativas = reco-reco e reco-recos

- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: substantivo + preposição clara +
sub. = pé-de-moleque e pés-de-moleque substantivo + preposição oculta + sub. = cavalo-vapor e
cavalos-vapor

- Permanecem invariáveis, quando formados de: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora


verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas verbos opostos = o leva-e-traz e os
leva-e-traz.

3.GRAUS

GRAU AUMENTATIVO - indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em:


Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Por exemplo, casa
grande.

Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. Por exemplo, casarão.

GRAU DIMINUTIVO - indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser:

Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo, casa
pequena.

Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Por exemplo, casinha,

2. ADJETIVO

É a palavra variável em gênero, número e grau que modifica a compreensão do substantivo,


atribuindo-lhe uma qualidade, um estado, um modo de ser, um aspecto ou uma aparência exterior.

Classificação do adjetivo
Os adjetivos podem ser classificados em:

SIMPLES - São formados por um único radical. Exemplos: alimento dietético, borboletas brancas.

COMPOSTOS --> São formados por dois ou mais radicais Exemplos: menino surdo-mudo, acordo
luso-brasileiro.
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PRIMITIVOS --> São aqueles que dão origem a outras palavras. Exemplos: homem bom, camisa
verde.

DERIVADOS --> São formados a partir de um outro adjetivo, de um substantivo ou de um verbo,


por meio de afixos. Exemplos: homem bondoso, camisa esverdeada.

ADJETIVOS PÁTRIOS --> São adjetivos que indicam a nacionalidade, a pátria, o lugar, a
procedência de seres em geral. Exemplos: América /americano; Brasil 1 brasileiro; Bahia baiano;
Salvador/ soteropolitano.
Para formar adjetivos pátrios compostos, o primeiro elemento deve aparecer na forma reduzida e,
normalmente erudita. Exemplos: franco-italiano, sino-libanês, luso-espanhol.

Locuções adjetivas
Usa-se, muitas vezes, no lugar do adjetivo, uma expressão formada por mais de uma palavra para
caracterizar o substantivo. Essa expressão recebe o nome de locução adjetiva. Exemplo: amor de
mãe - amor materno

As locuções adjetivas podem ser formadas por:


- Preposição + substantivo
Exemplo: rosto de anjo
preposição substantivo

- Preposição + advérbio
Exemplo: jornal da tarde
preposição advérbio
Flexão do adjetivo

0 adjetivo apresenta flexão de gênero, número e grau.

1. GÊNERO

Os adjetivos, quanto ao gênero, podem ser:

UNIFORMES --> Apresentam apenas uma forma, tanto para o masculino quanto para o feminino.
Exemplo: homem comum - mulher comum

E mais: azul, cruel, gentil, grácil, vi), regular, superior, etc.

BIFORMES --> Apresentam duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Exemplo:
homem bom - fruta boa

Observe algumas regras para a formação do gênero feminino dos adjetivos.

- Troca-se o final -o por -a: Exemplo: belo/ bela

- Acrescenta-se a às terminações -u, -és, -or: Exemplos: cru/ crua; japonês /japonesa; lutador/
lutadora
- Troca-se o final -eu por -éia: Exemplo: ateu 1 atéia
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Exceções: judeu / judia; sandeu 1 sandia


-Troca-se o final ~eu por -oa:

Exemplo: tabaréu / tabaroa

- Troca-se o final -ão:

- por -à: são 1 sã; órfão 1 órfã - por -ona: chorão 1 chorona; valentão 1 valentona

2. NÚMERO

Os adjetivos, quanto ao número, podem apresentar as formas singular ou plural, tanto os adjetivos
simples quanto os compostos.

Adjetivo simples

A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras do plural dos substantivos.

Exemplos: normal - normais; cruel - cruéis

Adjetivo composto

- Regra geral: Só 0 último elemento recebe a flexão de plural.

Exemplos: esforço sobre-humano / esforços sobre-humanos; causa sócio-politica / causas sócio-


politicas. Exceções: surdo-mudo/ surdos-mudos.

3 Se o adjetivo transmitir idéia de cor: Quando ambos forem adjetivos, só o segundo elemento
varia.

Exemplo: camisa verde-clara / camisas verde-claras.

Quando o último for substantivo, ambos permanecerão invariáveis.

Exemplo: parede branco-gelo 1 paredes branco-gelo,

Também permanecerão invariáveis os elementos das locuções adjetivas como na cor de, da cor de,
de cor.

Exemplos: luva cor-de-rosa 1 luvas cor-de-rosa. Exceções: azul-marinho e azul-celeste são


invariáveis.

3. GRAU

0 adjetivo apresenta dois graus:

1. COMPARATIVO
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0 grau comparativo pode ser:

DE SUPERIORIDADE - (mais ... que, mais ... do que)

Exemplo: Seu namorado é mais interessante (do) que o meu.

DE INFERIORIDADE --> (menos ... que, menos ... do que)

Exemplo: Seu namorado é menos interessante (do) que o meu.

DE IGUALDADE -->(,tão ... quanto, tão ... como, tanto ... quanto, tanto ... como).

Exemplo: Seu namorado é tão interessante quanto o meu.

0 grau comparativo é obtido pelo processo analítico. No entanto, há poucos adjetivos que formam o
comparativo de superioridade pelo processo sintético,

4. PRONOME

É a palavra variável em gênero, número e grau que acompanha ou substitui o substantivo. Quando o
pronome acompanha o substantivo, é chamado de pronome adjetivo e, quando o substitui, é
chamado de pronome substantivo.

Exemplos:
Esta casa é muito antiga. Pronome adjetivo

Ela é muito antiga.


Os pronomes indicam as pessoas do discurso a que o substantivo se refere e situam-no no espaço.
São classificados em: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos e interrogativos.

PRONOMES PESSOAIS

Os pronomes pessoais podem ser retos, oblíquos e de tratamento.

Pronomes pessoais retos


Vossa Majestade Vossa Meritíssima Vossa Santidade Vossa Senhoria
V.M. (reis e rainhas) juizes...
V.S. (papa) V.S.a (pessoas de cerimônia).

EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO

- Você e os demais pronomes de tratamento, embora se refiram à segunda pessoa (aquela com
quem falamos), do ponto de vista gramatical comportam-se como pronomes de terceira pessoa.
Exemplo: Você chegou cedo?
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2 O pronome oblíquo pode funcionar como sujeito, Isso =e com os verbos deixar, fazer, ouvir,
mandar, sento. ver seguidos de infinitivo 0 pronome oblíquo será desse infinitivo Exemplos:
Deixei-o sair. sujeito

PRONOMES POSSESSIVOS

Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso -j,cando idéias de posse.

PRONOMES POSSESSIVOS

1 a meu, minha, meus, minhas


2a teu, tua, teus, tuas
3a seu,sua,seus,suas
4a nosso,nossa,nossos,nossas
2a vosso,vossa,vossos,vossas
3a seu,sua,seus,suas

Atenção

Em muitos casos, a utilização do possessivo de terceira pessoa pode deixar a frase ambígua, isto é
podemos ter dúvidas quanto ao possuidor. Exemplo:
O menino saiu com sua bicicleta. (bicicleta de quem? Menino, ou do interlocutor?) Para evitar essa
ambigüidade, deve-se substituir o sua pela forma dele (e suas Conexões). menino saiu com a
bicicleta dele.

Funções do pronome possessivo

O emprego mais comum do pronome possessivo é como pronome adjetivo, ou seja, acompanhando
um substantivo. ',esse caso, desempenhará função sintática de adjunto adnominal

Exemplo: Entreguei meu desenho ao professor.

Possessivo substantivo (adj. adn) (núcleo obj. dir.

- Substituindo um substantivo, o possessivo desempenha a função sintática típica de substantivo


(núcleo do sujeito, do complemento verbal, do predicativo etc.). Nesses casos, normalmente
teremos uma estrutura paralela com a citação do substantivo e de outro pronome possessivo
adjetivo.

Exemplo: Este é o meu desenho. 0 teu está com o professor.


pron. adj. pron. substantivo (sujeito)

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Pronomes demonstrativos são aqueles que indicam a posição do ser no tempo e no espaço, tendo
como referência às pessoas do discurso.
Personificada. Quando tiver antecedente explícito aparece PRONOME INDEFINIDO sempre
regido de preposição. Exemplo: Não conheço a menina de quem você falou.
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Quando aparece sem antecedente, é chamado de pronome relativo indefinido. Exemplo: Não há
quem não queira ser feliz.
- 0 pronome relativo o qual (e suas flexões) refere-se a pessoa ou coisa, é empregado como
substituto de que: Quando o antecedente for substantivo e estiver distante do pronome relativo.
Exemplo: Visitei o museu de minha cidade, o qual me deixou maravilhado. Após preposição.
Exemplo: Li a história da qual você me falou. (preposição de + artigo a)

- 0 relativo cujo equivale a do qual, de quem, de que. Concorda em gênero e número com a coisa
possuída e não admite a posposição do artigo. Exemplo: Derrubaram as paredes cujos tijolos
estavam sujos. delas, das paredes.

São aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago e impreciso. Eles são:

VARIÁVEIS:

algum, alguma, alguns, algumas, nenhum nenhuma nenhuns, nenhumas, todo, toda, todos, todas,
outro, outra., outros, outras, muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca. poucos, poucas, certo,
certa, certos, certas, vário, vária, vários. várias, quanto, quanta, quantos, quantas tanto, tanta, tantos.
tantas, qualquer, quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas.]

INVARIÁVEIS:

algo, tudo, nada (referem-se a coisas), quem, alguém. Ninguém, outrem (referem-se a pessoas),
onde, alhures. algures, nenhures (referem-se a lugares).
Além dos pronomes indefinidos, existem as locuções pro nominais indefinidas:
- 0 relativo onde refere-se a coisa, indica lugar e equivale a em que, no qual. Exemplo: Esta é a casa
onde moro.

Atenção!
Onde é empregado com verbos que não dão idéia de movimento. Exemplo: Sempre morei na cidade
onde nasci.
Aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde, sendo
resultado da combinação da preposição a + onde. Exemplo: Não conheço o lugar aonde você se
encontra.

- 0 relativo quanto (e suas flexões) refere-se a pessoa ou coisa. Quando precedido de tudo, tanto,
tem significado quantitativo indefinido. Exemplo: Falou tudo quanto queria.

Funções do pronome relativo

- Os pronomes relativos introduzem orações subordinadas adjetivas. Ao contrário das conjunções


que não desempenham função no interior da oração, os pronomes relativos sempre têm uma função
sintática na oração adjetiva.
Exemplo: oração adjetiva
Ouço a voz das crianças, que cantam na sala.
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Pronome relativo sujeito de o verbo cantar

cada um, cada uma, cada qual, quem quer que, todo aquele que, toda aquela que, seja quem for, seja
qual for, qualquer um, qualquer uma, tal e qual, um e outro.

Funções do pronome Indefinido

- Os pronomes indefinidos podem acompanhar ou substituir um substantivo. Serão,


respectivamente, pronome adjetivo ou pronome substantivo e desempenharão as funções típicas
dessas classes de palavras.
Exemplo: Certo homem chegou. Alguém poderá vê-lo pron. adj.

- os pronomes alguém, ninguém, outrem, algo e na( sempre têm valor substantivo.
Exemplo: Ninguém dirá a verdade. pron. subst. (sujeito simples)
- Os pronomes algures, alhures, nenhures, pelo próprio significado (referem-se a lugar),
desempenham a função de adjunto adverbial,
Exemplo: “... já lá disse algures que D. Carona...’’”.
adj. adverbial de lugar

PRONOMES INTERROGATIVOS

São usados em frases interrogativas diretas ou indiretas. São eles:


qual, quais que
E As principais funções sintáticas desempenhadas pelo quanto, quanta, quantos, quantas quem
pronome relativo numa oração adjetiva são: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo do
sujeito, complemento nominal, adjunto adnominal, agente da passiva e adjunto adverbial.

Funções do pronome interrogatório

- O pronome quem é sempre empregado como substantivo. 0 pronome qual é, em geral, empregado
como adjetivo portanto, funções substantivas. Exemplo Quem chegou?

Sujeito - exerce a função de adjunto adnominal Exemplo: Qual desenho você levou? adjunto
adnominal

5.NUMERAL

É a palavra variável que indica a quantidade exata dos seres uma espécie ou a posição que eles
ocupam numa série. Os numerais classificam-se em:
CARDINAL --> Indica uma quantidade determinada. Exemplo: Caminhei dois dias sem parar.

ORDINAL--> Indica a ordem dos seres numa determinada -relação ou série. Exemplo: 0 primeiro
lugar logo será anunciado.

FRACIONÁRIO --> Indica as partes de uma quantidade. Exemplo: Gastei metade do salário com
futilidades.

MULTIPLICATIVO Indica o número de vezes que uma quantidade é multiplicada. Exemplo: Pago
o dobro por esta peça.
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COLETIVOS --> São palavras que indicam um conjunto de elementos de número exato.

Bimestre centena dístico dúzia

Atenção! Par refere-se a duas coisas que normalmente aparecem juntas: par de sapatos, par de
luvas, par de brincos. Casal refere-se ao agrupamento de macho e fêmea: casal de gatos, casal de
filhos (um menino e uma menina), casal de pássaros.

Flexão do Numeral

- Os numerais cardinais são invariáveis, EXCETO:

a) um, dois e as centenas a partir de duzentos, que sofrem variação em gênero: um 1 uma;
quatrocentos / quatrocentas.

b) as formas terminadas em -ilhão, que variam em número: três milhões, quatro bilhões, seis
trilhões.

- Os numerais ordinais variam em gênero e número: segunda /segundas; segundos /segundas.

- Os numerais multiplicativos:

a) são variáveis em gênero e número quando têm valor de adjetivo: ações triplas; representações
duplas; testes duplos.

b) são invariáveis quando têm valor de substantivo: o dobro de tarefas; o triplo do esforço.
- Os numerais fracionários variam em número de acordo com os cardinais que indicam a quantidade
de partes: um terço da população; três quartos dos alimentos.

- Os numerais coletivos variam em número: Ele partiu faz três décadas.

OBSERVAÇÕES:
- 0 fracionário meio concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere: Exemplo: Já é
meio-dia e meia (hora).

- Não se deve confundir o numeral fracionário meio com o advérbio meio. Este último equivale a
um pouco e, por ser advérbio, é palavra invariável. Exemplo: Eu estou meio (um pouco) cansada.

- Alguns numerais podem sofrer variação de grau, de acordo com a ênfase que se quer dar à frase.
Exemplo: Ela é a primeirona da classe.

6. VERBO

É a palavra que exprime um fato (ação, estado ou mudança de estado dos seres e fenômenos da
natureza)
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Estrutura do verbo
RADICAL--> É a parte do verbo que serve como base do significado. Obtém-se o radical do verbo
retirando-se as terminações -ar, -er, -ir do infinitivo.
Infinitivo cantar bater partir

VOGAL TEMÁTICA--> É a vogal que se agrega ao radical, preparando-o para receber as


desinências. Como nem sempre é possível juntar-se a desinência diretamente ao radical, usam-se as
vogais a, e, i como elemento de ligação. A vogal temática indica a que conjugação pertence o verbo.
vogal temática a vogal temática e vogal temática i 1a conjugação: cantar 2a conjugação: bater 3 a
conjugação: partir

Atenção!

0 verbo pôr e seus derivados (dispor, compor, repor etc.) pertencem à segunda conjugação por
razões etimológicas: sua forma arcaica era poer, portanto sua vogal ternática é e.
TEMA --> 0 radical (rad), acrescido da vogal temática (vt),
recebe o nome de tema.
bat + e part + i
rad vt rad vi: rad vt
tema tema tema

Desinências
São elementos que se acrescem ao radical (ou ao tema) para indicar as categorias gramaticais de
tempo e modo, função da desinência modo-temporal (dmt), e de pessoa e número, função da
desinência número - pessoal (dnp).

Formas rizotônicas e arrizotônicas


Formas rizotônicas de um verbo são aquelas em que o acento tônico recai no radical: and-o, and-as.
Formas arrizotônicas são aquelas em que acento tônico recai na terminação: and-arás, and-aríamos.

Classificação do verbo
Os verbos classificam-se em:
Regulares
Seguem o paradigma, isto é, o modelo da conjugação
Para saber se um verbo é regular ou não, basta conjugá-lo no presente do indicatívo e no pretérito
perfeito do indicativo. Se ele for regular nesses dois tempos, será regular nos demais. Exemplo:

presente indicativo pretérito perfeito indicativo,

am o am as am a am amos am ais arn am


arn ei am aste am ou am amos am astes am aram

FLEXÃO DO VERBO

Uma forma verbal contém muitas informações simultâneas: apresenta as noções de número, pessoa,
modo, tempo e voz.

flexão de número
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Verifique que o radical do verbo ouvir (ouv-) na primeira pessoa do singular do presente do
indicativo passa a ouç-; daí que se refere. ser ele chamado de irregular.

Há casos em que a irregularidade do verbo se apresenta não no radical, mas nas desinências.
Verifique a conjugação do presente do indicativo do verbo estar: estou, estás, está, estamos, estais,
estão. Compare, agora, com as desinências regulares do presente do INDICATIVO de um verbo
regular: -o, as, -a, -amos, -ais, -am.

Defectivos

0 verbo admite singular e plural, de acordo com o sujeito a


Exemplos:
A menina brincava na praça. singular = só um ser executa a ação
As meninas brincavam na praça. plural = mais de um ser executa a ação
flexão de pessoa
São aqueles que, quando conjugados, não apresentam 0 verbo varia também de acordo com a
pessoa gramatical
algumas pessoas. É o que acontece com o verbo falir no predicativo do sujeito. São três as pessoas
do verbo:

Presente do indicativo.
Exemplo:
eu tu ele nós vós eles
Abundantes
falimos falis

a 1a. pessoa: quem fala. Ex.: Eu cantava na praça. 1 Nós cantávamos na praça.

- 2a. pessoa: com quem se fala. Ex.: Tu brincavas na praça. 1 Vós brincáveis na praça.

- 3a. pessoa: de que (ou de quem) se fala, Ex.: Ele cantava na praça. 1 Elas cantavam na praça.

Flexão de modo

0 modo indica as diversas maneiras como um fato pode

São aqueles que apresentam duas ou mais formas de realizar-se. São três os modos verbais:
indicativo, subjuntivo e
mesmo valor. A abundância do verbo ocorre com maior imperativo freqüência no particípio, já que
alguns verbos apresentam duplo particípio, sendo um regular (terminação -do) e outro irregular,
como nos exemplos a seguir:

INDICATIVO - Expressa o fato como certo. Exemplo: As meninas brincavam na praça.

SUBJUNTIVO --> Expressa o fato como incerto, duvidoso ou apenas de possível realização.
Exemplo: Talvez as meninas brinquem na praça.
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IMPERATIVO --> Expressa o fato como uma ordem, um conselho ou uma súplica. Exemplo:
Meninas, cantem lá na praça agora!

Além desses modos verbais, há as formas nominais que apresentam o fato de modo vago e
impreciso. São assim chamadas por exercerem a função de nomes e são três: o infinitivo, o gerúndio
e o particípio.

Formas nominais
- Infinitivo impessoal brincar (terminação -r)
pessoal brincar, brincares etc.
- Gerúndio: brincando (terminação ~rido).
- Particípio: brincado (terminação -do).

Flexão de tempo

0 tempo do verbo serve para situar a ocorrência do fato em relação ao momento em que se fala.

PRESENTE --> 0 fato ocorre simultaneamente ao momento em que se fala: Exemplo: É preciso que
todos saiam.

PRETÉRITO (= passado) 4 0 fato ocorreu antes do momento da fala: Exemplo: Pouco, antes, as
meninas saíram de casa,

0 pretérito pode ser:

- Imperfeito: Indica que o fato está inacabado.


- Totalmente concluído e que ainda realiza-se no momento da fala:
Exemplo: As meninas brincavam na praça.

- Perfeito: Indica que o fato está totalmente concluído, acabado no momento em que se fala:
Exemplo: As meninas brincaram lá na praça.

- Mais-que-perfeito: Indica um fato já concluído e anterior


a outro também acabado no momento da fala:
Exemplo:
Aquela menina brincou na praça onde, momentos antes,

(1.' fato já concluído)


estivera com as irmãs.

(fato anterior ao 1o.)

FUTURO - 0 fato deverá ocorrer depois do ato da fala:

Gerúndio: aprendendo Particípio: aprendido

Exemplo: Chegarei ao trabalho assim que puder.

0 futuro subdivide-se em:


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- Futuro do presente: Indica um fato que, em relação a. momento da fala, realizar-se-á no futuro:

Exemplo: Hoje a menina brinca aqui; amanhã ela brincará na praça.

- Futuro do pretérito: Indica um fato em relação a outro já ocorrido:

Exemplo: Ontem eu lhe disse que você não brincaria naquela praça hoje. (fato já ocorrido).

Tempos verbais simples a compostos

Os tempos verbais são simples quando formados por um só verbo, como ocorre nos exemplos
mencionados. Alguns desses tempos verbais, no entanto, podem também ser formados com o
auxílio dos verbos ter e haver e, neste caso. são chamados de tempos compostos.

Exemplos: Eu já terei falado com ela amanhã. Eu já havia falado com ela.

Atenção!
São quatro os verbos auxiliares: ter, haver, ser e estar.
Veja a seguir, os tempos verbais simples e compostos, incluindo todos os modos e as formas
nominais.

MODO INDICATIVO

Presente: aprendo Pretérito imperfeito: aprendia

Pretérito perfeito: simples: aprendi composto: tenho aprendido Pretérito mais-que-perfeito: simples:
aprendera
composto: tinha aprendido Futuro do presente: simples: aprenderei
composto: terei aprendido Futuro do pretérito: simples: aprenderia
composto: teria aprendido

MODO SUBJUNTIVO

Presente: aprenda Pretérito imperfeito: aprendesse Pretérito perfeito: composto: tenha aprendido
Pretérito mais-que-perfeito

Futuro: simples: aprender

MODO IMPERATIVO

Afirmativo: aprende (tu) Negativo: não aprendas (tu)

- FORMAS NOMINAIS

Infinitivo: impessoal: aprender


composto: tivesse aprendido
composto: tiver aprendido
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pessoal: aprender, aprenderes ...


cantaste bateste partiste puseste

VOZ ATIVA --> 0 fato expresso pelo verbo é praticado pelo sujeito. Exemplo: 0 professor adiou a
prova.

Atenção!
Só existe voz ativa quando o sujeito pratica a ação? Não. 0 conceito de voz ativa é essencialmente
gramatical. Numa frase como "0 animal recebeu um tiro", temos voz ativa, embora o sujeito tenha
sofrido a ação. Note que o sujeito é o ponto de partida da afirmação.

VOZ PASSIVA - 0 fato expresso pelo verbo é sofrido pelo tendes partido
sujeito. têm partido
Exemplo: A prova foi adiada pelo professor.

A voz passiva pode ser:


- analítica: quando formada por um verbo auxiliar seguido do particípio do verbo que exprime o
fato.
Exemplo: Os livros foram lidos pelo aluno.

- sintética: com o verbo que exprime o fato na terceira


pessoa (singular ou plural, dependendo do número do
sujeito) mais o pronome apassivador se.
Exemplo: Vendeu-se o livro.
Verbo na 3a. pessoa sujeito
+ pron. apassivador

VOZ REFLEXIVA - 0 fato expresso pelo verbo é, ao mesmo


tempo, praticado e sofrido pelo sujeito. 0 sujeito é agente
e paciente ao mesmo tempo.
Exemplo: 0 menino cortou-se.
Na voz reflexiva, conjuga-se o verbo acompanhado de um
pronome oblíquo átono, que funciona como complemento e
que estará sempre na mesma pessoa que o sujeito. Tais
verbos, chamados verbos reflexivos, são sempre transitivos:
cortar-se, lavar-se, pentear-se, ferir-se.
tenho batido tens batido tem batido temos batido tendes batido têm batido
tenho posto tens posto tem posto temos posto tendes posto têm posto

7. ADVÉRBIOS

São palavras invariáveis que modificam o verbo, o adjetivo ro advérbio, exprimindo determinada
circunstância. Exemplos: --Chegou cedo

Classificação dos advérbios


Conforme as circunstâncias que expressam, os advérbios z -am-se em:

De afirmação: sim, certamente, realmente etc.


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De dúvida: Talvez, quiçá, possivelmente etc.

De intensidade: Muito, pouco, demais, menos, tão etc.

De lugar: Aqui, ali, aí, cá, lá, atrás, perto, abaixo etc.

De tempo: Agora, ainda, amanhã, cedo, tarde, nunca etc.

De modo: Assim, bem, [devagar e grande parte dos vocábulos] terminados em -mente: calmamente
etc.

De negação: Não, tampouco etc.

Advérbios Interrogativos

As palavras onde, como, quanto, quando e por que, usam-se em frases interrogativas (diretas ou
indiretas), são chamados de advérbios interrogativos.

Onde: Expressa circunstância de lugar. Exemplo: Onde você mora? (interrogativa direta)

Como: Expressa circunstância de modo (de que maneira) Exemplo: Não sei como ele fez isso.
(interrogativa indireta).

Quando: Expressa circunstâncias de tempo. Exemplo: Quando você volta? (interrogativa direta)

Por que: Expressa circunstâncias de causa.

Exemplo: Queria saber por que ela não veio. (interrogativa indireta)

Quanto: (e flexões, quanta, quantos, quantas) expressa circunstâncias de quantidade (número,


frequência, preço etc.).

Exemplo: Quanto custou a mercadoria? (interrogativa direta).


pôr
pôr pores pôr pormos pordes porem

Locução adverbial

Freqüentemente o advérbio não é representado por uma única palavra, mas por um conjunto de
palavras, que se denomina locução adverbial. Esse conjunto de palavras é geralmente formado por:

substantivo
preposição + adjetivo = advérbio

Exemplo: Ele resolveu o problema com calma. (= calmamente)


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Algumas locuções adverbiais: à direita, à esquerda, à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso,
frente a frente, de maneira alguma, de manhã, em breve, de súbito, de propósito, de repente, ao léu
etc.

Grau dos advérbios

São dois os graus do advérbio: comparativo e superlativo.

1. COMPARATIVO:
0 grau comparativo pode ser:

DE IGUALDADE - Formado por tão + advérbio + quanto (ou como).

Exemplo: Ele chegou tão cedo quanto o colega.

DE SUPERIORIDADE ->Formado por mais + advérbio + (do) que. Exemplo: Ele chegou mais
cedo que o colega.

DE INFERIORIDADE --> Formado por menos + advérbio + (do) que.

Exemplo: Ele chegou menos cedo que o colega.

2. SUPERLATIVO

SINTÉTICO --> A presença de sufixo indica grau. Exemplo: Cheguei cedíssimo.

ANALíTICO --> A indicação de aumento de grau é feita por outro advérbio.

Exemplo: Cheguei muito cedo.

Atenção! Os advérbios bem e mal admitem também o grau comparativo de superioridades sintético:
melhor e pior.

8. PREPOSIÇÃO

Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração, subordinando um ao outro.
Chegou de ônibus.
termo regente termo regido

As preposições classificam-se em:

ESSENCIAIS a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob,
sobre, trás.

ACIDENTAIS --> (palavras que, não sendo efetivamente preposições, podem funcionar como tal).
afora, conforme, consoante, durante, exceto, salvo. etc.
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1 Locuções prepositivas

A um conjunto de duas ou mais palavras com valor de preposição dá-se o nome de locução
prepositiva

Veja, na relação a seguir, algumas delas:

abaixo de, debaixo de, acerca de, de cima de, acima de, de encontra a, à custa de, defronte de, a
despeito de, dentro de, adiante de, depois de, a fim de, devido a, à frente de, de trás de, ao invés de,
em face de, a par com, em favor de, a

par de, em frente de, ao lado de, em lugar de, ao longo de. em redor de, ao modo de etc.

Algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Quando na junção da
preposição com outra palavra não houver alteração fonética, teremos combinação. Caso a
preposição sofra dedução, teremos contração.

combinação
ao (a + o) aos (a + os) aonde (a + onde) no (em + o) nesse (em +'esse) pelo (por + o)

contração
do ( de + o) dum ( de + um desta (de + esta) num (em + um) naquilo (em + aquilo) daquele (de +
aquele)

As preposições podem assumir inúmeros valores:

-de lugar: Todos vieram para ver de perto. -de origem: Ele vem de São Paulo. -de causa: Morreu de
fome. - de assunto: Falava de futebol. - de meio: Veio de carro. -de posse: Comprei a casa de Paulo.
- de matéria: Ela estava com um chapéu de palha.

9. CONJUNÇÕES

São palavras invariáveis que ligam duas orações ou dois termos.


Pedro chegou atrasado e João ficou aborrecido
João chegaram atrasados.
No primeiro caso, a conjunção e liga duas orações coordenadas; já o segundo, a conjunção liga dois
termos da oração que exercem a mesma função sintática (núcleo do sujeito).

As conjunções podem ser coordenativas e subordinativas.

Coordenativas

Ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações independentes (coordenadas). As
conjunções coordenativas subdividem-se em:

- Aditivas (indicam soma, adição): e, nem, mas também (empregada após não só), mas ainda, senão
também.
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- Adversativas (indicam oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto,
ao passo que, não obstante.

-Alternativas (indicam alternância, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja.

- Conclusivas (indicam conclusão): pois, (posposto ao verbo), logo, portanto, então, por isso, por
conseguinte, por conseqüência.

-Expressivas ou Explicativas (indicam explicação): pois (anteposto ao verbo), porque, que,


porquanto.

Subordinativas

Ligam duas orações sintaticamente dependentes. As conjunções subordinativas subdividem-se em:

- Causais (exprimem causa, motivo): porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque), que
porque).

Condicionais (exprimem condição): se, caso, contanto que, desde que, salvo se, a menos que, a não
ser que, dado que.

Consecutivas: (exprimem resultado, consequência): que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que,
de maneira que, de forma que, de sorte que. Comparativas (exprimem comparação): como, que,
qual, quanto (após as palavras tão e tanto), do que, bem como, assim como, que nem, o mesmo que
(= como).

- Conformativas (exprimem conformidade): como, conforme, segundo, consoante.

- Concessivas (exprimem concessão): embora, se bem que, mesmo que, conquanto, por mais que,
por menos que.

- Temporais (exprimem tempo): quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, antes que,
depois que, até que, sempre que.

-Finais (exprimem finalidade): a fim de que, para que, que (=para que), porque (= para que).

- Proporcionais (exprimem proporção): à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais
... mais, quanto mais ... menos.

- Integrantes (iniciam oração subordinada substantiva): que, se.

10. INTERJEIÇÃO

É a palavra invariável que exprime emoção súbita, apelo ou estado de espírito. As interjeições
podem, assim, ser consideradas elementos afetivos da linguagem que, através de uma única palavra,
expressam pensamentos e sentimentos, valendo por uma oração, segundo contexto da escrita ou a
entonação da fala.
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CLASSIFICA DA INTERJEIÇÃO

Admiração ou espanto --> Ah! Oh! Oi! Ui! Hem! Uai! Xi! Advertência --> Fogo! Olha! Cuidado!
Atenção! Calma! Agradecimento --> Obrigado! Grato! Valeu! Muito obrigado! Ajuda, apelo ou
chamamento --> Socorro! Psiu! Alô! Hei!

Alegria --> Ah! Oba! Viva! Oh! Eh! Eta! Aleluia! Alívio --> Ufa! Uf! Arre! Ah! Oh!
Animação --> Avante! Eia! Vamos! Coragem! Força! Animo! Aplauso - Bravo! Bis! Parabéns!
Apoiado! ótimo! Viva! Concordância --> Sim! ótimo! Claro! Pois não! Desejo --> Tomara! Oxalá!
Pudera! Oh! Queira Deus! Dor --> Ai! Ui! Ah! Oh! Dúvida, incredulidade 4 Qual! Hum! Qual o
quê! Pois Impaciência ou contrariedade --> Hem! Raios! Drogas! Onomatopéia --> Bum! Tchbum!
Zás! Smash! Splash! Pena, comiseração ou lamento --> Ora! Qual! Essa não! Satisfação Upa! Oba!
Boa! Que bom! Saudação Salve! Oi! Olá! Ave! Viva! Adeus! Tchau! Silêncio Psiu! Silêncio!
Basta! Alto! Chega! Pst! Surpresa Oi! Ave! Olá! Ah! ó! Oh! Quê! , Terror, medo --> Credo!
Cruzes! Uh! Ui! Que horror!

Exercícios de Classes de Palavras

1. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo
advérbio são:

a) adjetivo - advérbio - verbo.


b) verbo - interjeição - conjunção.
c) conjunção - numeral - adjetivo.
d) adjetivo - verbo - interjeição.
e) interjeição - advérbio - verbo.

2. Das palavras abaixo, faz plural como "assombrações"

a) perdão.
b) bênção.
c) alemão.
d) cristão.
e) capitão.

3. Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser classificada como:

a) advérbio de modo.
b) conjunção adversativa.
c) advérbio de condição.
d) conjunção condicional.
e) preposição essencial.

4. Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa:

a) Quase morri de vergonha.


b) Agi com calma.
c) Os mudos falam com as mãos.
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d) Apesar do fracasso, ele insistiu.


e) Aquela rua é demasiado estreita.

5. "Enquanto punha o motor em movimento." O verbo destacado encontra-se no:

a) Presente do subjuntivo.
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo.
c) Presente do indicativo.
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
e) Pretérito imperfeito do indicativo.

6. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido:

a) O soldado amarelo falava muito bem.


b) Havia muito bichinho ruim.
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.

7 . A flexão do número incorreta é:


a) tabelião - tabeliães.
b) melão - melões
c) ermitão - ermitões.
d) chão - chãos.
e) catalão - catalões.

8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o:

a) pôr.
b) adequar.
c) copiar.
d) reaver.
e) brigar.

9. A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal no presente do indicativo é:

a) reavejo (reaver).
b) precavo (precaver).
c) coloro (colorir).
d) frijo (frigir).
e) fedo (feder).

10. A classe de palavras que é empregada para exprimir estados emotivos:

a) adjetivo.
b) interjeição.
c) preposição.
d) conjunção.
e) advérbio.
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11. Todas as formas abaixo expressam um tamanho menor que o normal, exceto:

a) saquitel.
b) grânulo.
c) radícula.
d) marmita.
e) óvulo.

12. Em "Tem bocas que murmuram preces...", a seqüência morfológica é:

a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-substantivo.
b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-substantivo.
c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo-adjetivo.
d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-substantivo.
e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-substantivo.

13. A alternativa que possui todos os substantivos corretamente colocados no plural é:

a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas.


b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro.
c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-roupas.
d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas.
e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor.

14. "...os cipós que se emaranhavam..." . A palavra sublinhada é:

a) conjunção explicativa.
b) conjunção integrante.
c) pronome relativo.
d) advérbio interrogativo.
e) preposição acidental.

15. Indique a frase em que o verbo se encontra na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo:

a) Faça o trabalho.
b) Acabe a lição.
c) Mande a carta.
d) Dize a verdade.
e) Beba água filtrada.

16. Em "Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar.", as
palavras grifadas podem ser classificadas como, respectivamente:

a) pronome adjetivo - conjunção aditiva.


b) pronome interrogativo - conjunção aditiva.
c) pronome substantivo - conjunção alternativa.
d) pronome adjetivo - conjunção adversativa.
e) pronome interrogativo - conjunção alternativa.
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17. Marque o item em que a análise morfológica da palavra sublinhada não está correta:

a) Ele dirige perigosamente - (advérbio).


b) Nada foi feito para resolver a questão - (pronome indefinido).
c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs - (verbo).
d) A metade da classe já chegou - (numeral).
e) Os jovens gostam de cantar música moderna - (verbo).

18. Quanto à flexão de grau, o substantivo que difere dos demais é:

a) viela.
b) vilarejo.
c) ratazana.
d) ruela.
e) sineta.

19. Está errada a flexão verbal em:

a) Eu intervim no caso.
b) Requeri a pensão alimentícia.
c) Quando eu ver a nova casa, aviso você
d) Anseio por sua felicidade.
e) Não pudeste falar.

20. Das classes de palavra abaixo, as invariáveis são:

a) interjeição - advérbio - pronome possessivo.


b) numeral - substantivo - conjunção.
c) artigo - pronome demonstrativo - substantivo.
d) adjetivo - preposição - advérbio.
e) conjunção - interjeição - preposição.

21. Todos os verbos abaixo são defectivos, exceto:

a) abolir.
b) colorir.
c) extorquir.
d) falir.
e) exprimir.

22. O substantivo composto que está indevidamente escrito no plural é:

a) mulas-sem-cabeça.
b) cavalos-vapor.
c) abaixos-assinados.
d) quebra-mares.
e) pães-de-ló.
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23. A alternativa que apresenta um substantivo invariável e um variável, respectivamente, é:

a) vírus - revés.
b) fênix - ourives.
c) ananás - gás.
d) oásis - alferes.
e) faquir - álcool.

24. "Paula mirou-se no espelho das águas": Esta oração contém um verbo na voz:

a) ativa.
b) passiva analítica.
c) passiva pronominal.
d) reflexiva recíproca.
e) reflexiva.

25. O único substantivo que não é sobrecomum é:

a) verdugo.
b) manequim.
c) pianista.
d) criança.
e) indivíduo.

26. A alternativa que apresenta um verbo indevidamente flexionado no presente do subjuntivo é:

a) vade.
b) valham.
c) meçais.
d) pulais.
e) caibamos.

27. A alternativa que apresenta uma flexão incorreta do verbo no imperativo é:

a) dize.
b) faz.
c) crede.
d) traze.
e) acudi.

28. A única forma que não corresponde a um particípio é:

a) roto.
b) nato.
c) incluso.
d) sepulto.
e) impoluto.

29. Na frase: "Apieda-te qualquer sandeu", a palavra sandeu (idiota, imbecil) é um substantivo:
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a) comum, concreto e sobrecomum


b) concreto, simples e comum de dois gêneros.
c) simples, abstrato e feminino.
d) comum, simples e masculino
e) simples, abstrato e masculino.

30. A alternativa em que não há erro de flexão do verbo é:

a) Nós hemos de vencer.


b) Deixa que eu coloro este desenho.
c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu carro.
d) Eu reavi o meu caderno que estava perdido.
e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito tempo!

31. Em "Imaginou-o, assim caído..." a palavra destacada, morfologicamente e sintaticamente, é:

a) artigo e adjunto adnominal.


b) artigo e objeto direto.
c) pronome oblíquo e objeto direto.
d) pronome oblíquo e adjunto adnominal.
e) pronome oblíquo e objeto indireto.

32. O item em que temos um adjetivo em grau superlativo absoluto é:

a) Está chovendo bastante.


b) Ele é um bom funcionário.
c) João Brandão é mais dedicado que o vigia.
d) Sou o funcionário mais dedicado da repartição.
e) João Brandão foi tremendamente inocente.

33. A alternativa em que o verbo abolir está incorretamente flexionado é:

a) Tu abolirás.
b) Nós aboliremos.
c) Aboli vós.
d) Eu abolo.
e) Eles aboliram.

34. A alternativa em que o verbo "precaver" está corretamente flexionado é:

a) Eu precavejo.
b) Precavê tu.
c) Que ele precavenha.
d) Eles precavêm.
e) Ela precaveu.

35. A única alternativa em que as palavras são, respectivamente, substantivo abstrato, adjetivo
biforme e preposição acidental é:
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a) beijo-alegre-durante
b) remédio-inteligente-perante
c) feiúra-lúdico-segundo
d) ar-parco-por
e) dor-veloz-consoante

1 A / 2 A / 3 D / 4 A / 5 E / 6 B / 7 E / 8 E / 9 D / 10 B / 11 D / 12 A / 13 B / 14 C / 15 D / 16 D / 17
C / 18 C / 19 C / 20 E / 21 E / 22 C / 23 A / 24 E / 25 C / 26 D / 27 B / 28 D / 29 D / 30 E / 31 C /
32 E / 33 D / 34 E / 35 C

6. Sintaxe

Funções sintáticas.

Frase, oração e período

Frase - todo enunciado de sentido completo, capaz de estabelecer comunicação.


Podem ser nominais ou verbais.

Oração - enunciado que se estrutura em torno de um verbo ou locução verbal.

Período - constitui-se de uma ou mais orações. Podem ser simples ou compostos.

Sujeito

A função sintática que denominamos sujeito, é um termo essencial da frase e pode se


comportar de várias maneiras, dependendo da intenção da mesma: agente,
experienciador, paciente, etc.

O sujeito tem a característica de concordar com o verbo, salvo raríssimas exceções.

Vejamos agora quais os tipos de sujeito existentes e como eles são caracterizados
para que possamos identificá-los.

Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.

Exemplos:

- Deus é perfeito!
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- A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.


- Pastavam vacas brancas e malhadas.

Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na
oração.

Exemplos:

- As vacas brancas e os touros pretos pastavam.


- A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.
- Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.

Sujeito Oculto: também chamado de sujeito elíptico ou desinencial, é determinado


pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de
sujeito implícito.

Exemplos:

- Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos de preços. (sujeito: nós)
- Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu)
- Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais)

Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser
impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou
experienciador da ação verbal.

Exemplos:

1- verbo na 3ª pessoa do plural

- Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem)
- Disseram que morreu do coração.

2- verbo na 3ª pessoa do singular + se, índice de indeterminação do sujeito

- Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)

Sujeito inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos
que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.

Exemplos:
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1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza

- Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.

2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer

- Houve um grave acidente na avenida principal.


- Há pessoas que não valorizam a vida.

3- verbo fazer indicando tempo ou clima

- Faz meses que não a vejo.


- Faz sempre frio nessa região do estado.

Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: quando o sujeito é uma oração. Pode ser
desenvolvida ou reduzida. (veja esse assunto em: Orações Subordinadas
Substantivas)

- Fazer promessas é muito comprometedor. (sujeito oracional: fazer promessas)

Predicado

Apresenta-se em três tipos:

verbal - núcleo é um verbo significativo, nocional que traz uma idéia nova ao sujeito
(transitivo ou intransitivo)

nominal - núcleo do predicado é um nome (predicativo). O verbo não é significativo,


funcionando apenas como ligação entre o sujeito e o predicativo

verbo-nominal - contém dois núcleos: verbo significativo e um predicativo

Observação

Quando houver verbo de ligação, o predicado será necessariamente nominal e quando


houver predicativo do objeto, o predicado será verbo-nominal sempre.

Para se classificar o predicado, torna-se indispensável o estudo dos tipos de verbos


(transitivos, intransitivos e de ligação).

Verbos
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ligação - expressam estado permanente ou transitório, mudança ou continuidade de


estado, aparência de estado (ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, andar =
estar). Deve-se entender que estes verbos não serão mais de ligação se não
estabelecerem relação entre sujeito e seu predicativo. (Ando preocupado / Andei cem
metros, Fiquei triste / Fiquei na sala, Permaneceu suspensa / Permaneceu no cargo)

intransitivo - quando a significação verbal está inteiramente contida no verbo, não


necessitando de complementação.

transitivo - pedem complementos verbais para completarem a sua significação.


Podem ser transitivos diretos, indiretos e diretos e indiretos, dependendo do
complemento.

Predicado nominal

É formado por um verbo de ligação acrescido de um nome (substantivo, adjetivo ou


pronome), dito predicativo do sujeito. O núcleo deste predicado é o predicativo, uma
vez que o verbo somente estabelece ligação.

Ex.: O rapaz estava apreensivo. / Ela caiu de cama. / A mãe virou bicho naquele dia.

Predicado verbal

É formado por um verbo transitivo ou intransitivo, isto é, um verbo que não seja de
ligação. Neste caso, o verbo será sempre significativo, constituindo o núcleo do
predicado verbal

Ex.: Os passageiros desceram. / Comprei flores. / Comprei-lhe flores.

Predicado verbo-nominal

Encerra em si mesmo uma união de predicados. Apresenta um verbo significativo


(núcleo do predicado verbal) e um predicativo (núcleo do predicado nominal),
portanto dois núcleos.

Ex.: Ela entrou risonha na sala. / João abaixou os olhos pensativo. / Considero
inexeqüível o projeto exposto.

A regência verbal é importante para se compreender que os verbos devem ser


classificados em função do contexto em que se apresentam. Há casos de verbos que
aparecem com transitividades diferentes se os contextos foram trocados.
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Ex.: Perdoai sempre. - intransitivo / Perdoai as ofensas - transitivo direto / Perdoai


aos inimigos - transitivo indireto / Perdoai as ofensas aos inimigos. - transitivo direto
e indireto

Observação

verbos transobjetivos: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar,


considerar, declarar, adotar, ter, fazer, tornar, encontrar, deixar, ver, coroar, sagrar,
achar etc.

Predicativo

Expressa um estado ou qualidade do sujeito ou do objeto. Pode ser representado por:


substantivo ou expressão substantivada, adjetivo ou locução adjetiva, pronome,
numeral ou oração subordinada substantiva predicativa.

Ex.: Os filhos são frutos / Ela era chata e sem utilidade / Os próximos seremos nós /
Todos eram um / O difícil era que ele viesse

O predicativo pode referir-se ao objeto, sendo mais raramente ao objeto indireto.


Exprime, às vezes, a conseqüência do fato indicado pelo predicado verbal.

Ex.: Elegeram o macaco Tião governador / Todos lhe chamavam ladrão

Observação
O predicativo pode vir precedido de preposição (de, em, para, por), de locução
prepositiva ou da palavra como (Ele formou-se de advogado / Considerei-o como um
farsante

Observe alguns predicativos do objeto: Todos nos julgam culpados / Considero uma
verdade isso / As paixões tornam os homens cegos / Acho razoáveis suas pretensões /
O maior desprazer de um homem é ver a amada triste / O governador nomeou a
professora reitora / O juiz julgou o recurso improcedente.

Complementos verbais
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São termos que complementam a significação de um verbo transitivo, isto é, de


sentido incompleto. Podem ser diretos ou indiretos em função de se ligarem ou não
ao verbo por preposição necessária.

Objeto direto

Completa um verbo transitivo direto sem se ligar a ele por preposição necessária.
Representa-se por: substantivo, pronome substantivo, numeral, palavra ou expressão
substantivada ou oração subordinada substantiva objetiva direta.

Ex.: Amava a mulher / Não direi nada / Ele deixou cinco caídos / Use aquele i

Pode indicar: o ser sobre o qual recai a ação verbal, o resultado da ação ou o
conteúdo da ação.

Ex.: Castigou o filho / Construiu uma bela casa / Contestou sua reeleição

Objeto direto preposicionado

Completa o sentido de um verbo transitivo direto, com o uso de uma preposição não
regida pelo verbo. Alguns casos deste emprego são indicados pela gramática:

com as formas tônicas dos pronomes pessoais - Ele conquistou a mim com sabedoria

com o pronome quem com antecedente expresso - Perdi meu pai a quem muito
amava

com o nome Deus - Ame a Deus

quando se coordenam pronome pessoal átono e substantivo - Ele o esperava e aos


convidados.

com verbo trans. direto usado impessoalmente + se - Aos pais ama-se com carinho

para evitar ambigüidade - "Vence o mal ao remédio" (A. Ferreira)

Objeto direto interno


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Construído em cima de um pleonasmo, traz um complemento que já tem sua idéia


semanticamente expressa pelo verbo (Viverei a vida intensamente. / Choramos um
pranto sentido).

Objeto indireto

Complemento ligado a um verbo transitivo indireto, ligado a ele por meio de uma
preposição necessária (a, mais raramente para), regida pelo verbo.

Pode ser representado por: substantivo ou expressão substantivada, pronome


substantivo, numeral ou oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Ex.: Ele divergiu do rapaz / A moça apresentou-o a elas / A mãe gostava de ambos

Objeto representado por pronome oblíquo

Os pronomes pessoais oblíquos, como foi visto no estudo da morfologia, são


indicados para uso sintático de objetos.

Os pronomes o, a, os, as são utilizados para substituir o objeto direto. Já os pronomes


lhe, lhes substituem o objeto indireto. Os demais pronomes oblíquos átonos (me, te,
se, nos e vos) tanto podem ser empregados para substituir objeto direto quanto
indireto. Neste último caso, deve-se analisar a transitividade verbal para classificar o
complemento.

Ex.: Emprestei-o / O assunto interessa-lhe / Telefonou-me / Convidaram-nos

Cabe também destacar que com a utilização dos pronomes como objeto indireto a
preposição não aparece, dificultando um pouco a análise.

Ex.: Comprei um presente a ela = comprei-lhe um presente

Objeto pleonástico

Recurso utilizado para chamar a atenção para o objeto, que antecede o verbo. O
objeto deslocado é repetido através de um pronome pessoal átono.

Ex.: Estas obras, já as li no ano passado / Ao avarento, nada lhe satisfaz


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Agente da passiva

Nas orações de voz passiva analítica, é o elemento que pratica a ação verbal, daí seu
nome de agente, uma vez que o sujeito é paciente. Seu emprego na forma analítica
não é obrigatório, podendo ser omitido em função de ter menor importância.
O agente da passiva vem precedido de preposição (de, per, por).

Ex.: A casa foi construída com esforço (Por quem?) / Vários exércitos foram
vencidos pelos romanos

Complemento nominal

Tanto o CN como o OI vêm precedidos de preposição obrigatória, mas a palavra que


rege esta preposição é diferente nos dois casos: nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio) no CN e verbo no OI.

Ex.: ofensivo à honra, contrariamente aos nossos anseios, compreensão do mundo ¹


obedecer aos princípios, precisar de auxílio

Deve-se marcar que há uma relação de regência nominal envolvendo o emprego do


CN, que é termo regido. Muitas vezes o nome cuja significação o CN integra tem raiz
verbal (amar o trabalho - amor ao trabalho / confiar em Deus - confiança em Deus).
Quando um termo preposicionado se liga a um advérbio ou adjetivo, não há dúvida
de que o termo regido é um CN.

No entanto, quando um termo preposicionado liga-se a um substantivo, deve-se fazer


uma análise mais criteriosa. Esse substantivo deve apresentar uma transitividade em
si mesmo, para ser caracterizado como CN. São casos de substantivos ditos
transitivos:

substantivo abstrato de ação, correspondente a verbo cognato que seja transitivo ou


que peça complementação adverbial de circunstância

Ex.: inversão da ordem - onde o verbo de "inverter a ordem" é trans. direto /


obediência aos pais - onde o verbo de "obedecer aos pais" é trans. indireto / ida a
Roma - onde o verbo de "ir a Roma" pede adjunto adverbial

substantivo abstrato de qualidade, derivado de adjetivo que se possa usar


transitivamente

Ex.: certeza da vitória - onde se pode construir "certo da vitória" / fidelidade aos
amigos - onde se pode construir "fiel aos amigos"
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Observação
se perderem o caráter abstrato, os substantivos deixam de reger CN

Adjunto adnominal

Acompanha um substantivo, núcleo de uma função sintática qualquer, procurando


caracterizá-lo, determiná-lo ou individualizá-lo

O adj. adnominal pode ser expresso por: artigos, numerais ou pronomes adjetivos,
adjetivos e locuções adjetivas. A um mesmo núcleo podem-se subordinar adjuntos
adnominais de naturezas diferentes.

O adj. adnominal constituído de artigo ou pronomes adjetivo pode aparecer


combinado ou contraído com uma preposição, que não possui função sintática.

Ex.: Naquele dia (aquele é adj. adnominal, mas em não possui função sintática)

São considerados adjuntos adnominais os pronomes oblíquos com valor possessivo


(pisou-me o pé = o meu pé / tirou-nos até a roupa = até a nossa roupa). Neste caso,
alguns autores divergem entendendo-o como OI.

Quando é representado por um loc. adjetiva, é comum confundir o adj. adnominal


com o CN, por causa da preposição.

CN X Adj. Adnominal

Adj. adnominal qualifica, especifica, enquanto CN integra a significação antecedente


e nunca indica posse

CN pode referir-se a um substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio, mas o adjunto


adnominal só se refere ao substantivo

CN são exigidos pela transitividade do nome a que se ligam. Um grande número de


nomes que pedem complemento são substantivos abstratos derivados de verbos
significativos

Ex.: Matou os mosquitos - matança de mosquitos, onde "de mosquitos" é o CN

CN é paciente ou alvo da noção expressa pelo nome (sentido passivo)


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Adj. adnominal indica agente ou o possuidor da noção expressa pelo substantivo


(sentido ativo), além de também poder expressar especificação. (Pegue esse prato de
porcelana / Esta é a casa de Paulo)

Assim como em qualquer análise sintática, deve-se considerar o contexto frasal para
este tipo de distinção. Um mesmo substantivo pode aparecer em uma frase com CN e
noutra com adj. adnominal.

A invenção de palavras caracteriza a obra de Guimarães Rosa. (CN - "palavras" é


paciente da ação contida no substantivo "invenção")

A invenção de Santos Dumont abriu caminho para o futuro. (Adj. adnominal -


"Santos Dumont" é o agente da ação expressa pelo substantivo "invenção")

A plantação de cana enriqueceu a economia do país. (CN - pois "plantação" tem valor
abstrato da ação de plantar cujo objeto/paciente é "cana")

O fogo destruiu toda a plantação de cana. (Adj. adnominal - porque "plantação" aqui
é concreto, logo intransitivo)

Adjunto adverbial

Apesar poder se referir ao verbo, o adj. adverbial não é complemento verbal, mas um
termo acessório que acrescenta determinada circunstância ao que se refere.

Pode ser representado por um advérbio ou uma locução adverbial, indicando alguma
circunstância. Quando expresso por um advérbio, pode modificar um adjetivo ou
outro advérbio. Incluem-se como adj. adverbiais também as palavras e expressões
denotativas

Ex.: Costumava falar em altos brados (modo), Aonde você vai? (lugar), Ele é muito
bom goleiro (intensidade), Retirou a terra com a pá (instrumento)

Observação
não confundir predicativo do sujeito com adj. adverbial de modo. Este último é
invariável e se refere ao verbo, enquanto o predicativo é variável e concorda com o
suj. a que se refere.

Aposto

Termo ou expressão de caráter individualizador ou de esclarecimento, que


acompanha um elemento da oração, qualquer que seja a função deste.
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Conforme o sentido que empresta a seu referente, pode ser analisado como:

explicativo - Mariovaldo, meu primo, esteve aqui.

enumerativo - Eis os três rapazes: José, Ruan e Sérgio

recapitulativo ou resumitivo - Os pais, os netos e as primas, todos estavam radiantes

distributivo - Matemática e Biologia são ciências, aquela exata e esta humana

aposto de oração - A resposta foi ríspida, sinal de ignorância / Foi rápido nos
exercícios, fato que me surpreendeu

especificativo - O poeta Olavo Bilac / O estado de Tocantins / A serra de Teresópolis

Observação
o aposto especificativo não se confunde com adj. adnominal pois, no caso do aposto,
ambos os termos designam o mesmo ser. Ex.: A cidade de Londres ¹ A neblina de
Londres

Caso faça referência a OI, CN ou adj. adverbial, pode aparecer precedido de


preposição.

De maneira geral, o aposto explicativo é destacado por pausas, podendo ser


representadas por vírgulas, dois pontos ou travessões. Pode vir precedido de
expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, quer dizer etc.

Observação
aposto especificativo não se separa de seu referente por nenhum sinal de pontuação.
Neste caso, pode o aposto vir precedido de preposição.

Cabe observar o aposto nestas proposições: Ele salvou-se do naufrágio, porém jóias,
roupas, documentos, o mais naufragou com o navio / (...) porém, o mais - jóias,
roupas, documentos - naufragou com o navio
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Vocativo

Termo ou expressão de natureza exclamativa que tem função de invocar ou destacar


alguém ou ente personificado. Não mantém relação sintática com qualquer outro
elemento da oração, por isso não faz parte do sujeito ou do predicado.

Virá sempre marcado por pontuação e admite a anteposição de interjeição de


chamamento.

Ex.: Ei!, amigo, espere por mim / "Pai, afasta de mim esse cálice" / "Gosto muito de
você, leãozinho"

Exercícios

01) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


AUXILIAR JUDICIÁRIO

“O Viva Rio pediu dois minutos de silêncio ao meio-dia da próxima sexta-feira.”


Que item a seguir indica corretamente a função sintática do termo destacado na frase
acima?

a) dois minutos de silêncio – objeto direto;


b) ao meio-dia – objeto indireto;
c) da próxima sexta-feira – adjunto adverbial de tempo;
d) pediu ... sexta-feira – predicado nominal;
e) de silêncio – adjunto adverbial de modo.

02) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


AUXILIAR JUDICIÁRIO

Em que item a seguir o elemento destacado funciona como complemento e não como
adjunto?

a) “ ... onde ministros das várias religiões e líderes comunitários vão estar
reunidos na quadra para ler em conjunto o manifesto do movimento e depois calar.”
b) “Nas igrejas, que o meio-dia seja um momento de oração silenciosa.”
c) “A todos se pede o cuidado de evitar barulho. Sem buzinas, sem panelaços, e,
mesmo, sem palavras de ordem.”
d) “Pede ainda que as pessoas ritualizem o ato de parar.”
e) “A todos se pede o cuidado de evitar barulho.”
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03) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


AUXILIAR JUDICIÁRIO
“Em silêncio, o povo do Rio de Janeiro demonstra o seu inconformismo diante da
violência.”
Que termo sintático destacado a seguir apresenta classificação inadequada?

a) o povo do Rio de Janeiro – sujeito;


b) o seu inconformismo – objeto direto;
c) do Rio de Janeiro – adjunto adverbial de lugar;
d) em silêncio – adjunto adverbial de modo;
e) seu – adjunto adnominal.

04) UFRJ –MINISTÉRIO PÚBLICO – PROCURADORIA GERAL DA JUSTIÇA


DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – AUXILIAR SUPERIOR
ADMINISTRATIVO

Indique o item em que a classificação sintática do elemento destacado está incorreta:

a) “Segundo ele, as Forças Armadas existem como instituições para enfrentar


duas situações específicas: a agressão externa ou a desordem interna.” – aposto.
b) “E acrescenta: para combater uma agressão externa, as verbas, os
equipamentos e o pessoal das Forças Armadas são insuficientes. Para combater a
desordem, são demais.- predicativo.
c) “A sociedade mantém as Forças Armadas inoperantes no caso.” – adjunto
adnominal.
d) “Devem as Forças Armadas intervir no processo com seu instrumental capaz
de intimidar o crime?” – sujeito.
e) “ ... nenhuma autoridade local sentiu-se ultrajada pela presença das Forças
Armadas ... ” – predicativo.

05) UFRJ – MINISTÉRIO PÚBLICO – PROCURADORIA GERAL DA


JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – AUXILIAR SUPERIOR
ADMINISTRATIVO

“Acredito que a maior parte dos cariocas compartilha dessa opinião, mas eu vou mais
além: é preciso rediscutir o papel das Forças Armadas, coisa que não foi feita na
Constituição de 1988.”
Assinale o comentário inadequado sobre o texto dado:

a) o termo coisa exerce na frase a função sintática de aposto;


b) o termo Constituição de 1988 exerce a função de agente da ação verbal;
c) a forma verbal foi feita exemplifica a voz passiva analítica ou com auxiliar;
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

d) o vocábulo coisa refere-se anaforicamente a um termo anterior;


e) o termo de 1988 exerce a função sintática de adjunto adnominal.

06) UFRJ – MINISTÉRIO PÚBLICO – PROCURADORIA GERAL DA


JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – AUXILIAR SUPERIOR
ADMINISTRATIVO

“A sociedade mantém as Forças Armadas inoperantes no caso. As tentativas de


comprometê-las na luta contra o tráfico, ... ”
“Acredito que a maior parte dos cariocas compartilha dessa opinião, ... ”
Quais as funções sintáticas respectivamente desempenhadas pelos termos destacados
nas frases dadas?

a) objeto direto – objeto indireto;


b) objeto indireto – adjunto adnominal;
c) objeto indireto – objeto indireto;
d) objeto direto – objeto direto;
e) objeto indireto – complemento nominal.

07) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


TÉCNICO JUDICIÁRIO JURAMENTADO

(1) “ ... o significado das palavras é depreciado, ... ”


(2) “Por outro lado, há sentido na paranóia: se fosse de propósito, a sabotagem do
idioma ... ”
(3) “Por outro lado, há sentido na paranóia: se fosse de propósito, a sabotagem do
idioma – que tem seus beneficiários – não seria mais eficiente.”
(4) “Em algumas áreas, o vocábulo é mínimo, e isso sobrecarrega certas palavras,
forçadas a fazer o seu trabalho e o de outras.”
(5 ) “Diversas morrem de exaustão.”

Que números a seguir indicam termos sintáticos de mesma função, considerando-se


as frases acima?

a) 2 – 5;
b) 1 – 3;
c) 3 – 4;
d) 1 – 4;
e) 2 – 3.

08) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


TÉCNICO JUDICIÁRIO JURAMENTADO
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

“Por outro lado, há sentido na paranóia: se fosse de propósito, a sabotagem do idioma


– que tem seus beneficiários – não seria mais eficiente.”
“É como se fosse uma cabala contra a comunicação: o significado das palavras é
depreciado, desprezado, trocado, ignorado.”

Assinale a afirmativa correta em relação aos termos sintáticos antecedidos pela


preposição de nas frases acima.

a) os dois termos exercem a função de adjunto adnominal;


b) os dois termos exercem a função de complemento nominal;
c) os dois termos exercem a função de objeto indireto;
d) só o primeiro termo é complemento nominal;
e) só o segundo termo é objeto indireto.

09) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


TÉCNICO JUDICIÁRIO JURAMENTADO

“Em outros campos, desprezam-se palavras que dão o seu recado com eficiente
simplicidade ... ”
Quais os sujeitos das duas orações presentes no trecho acima?

a) campos / palavras
b) palavras / que
c) palavras / palavras
d) indeterminado / recado
e) indeterminado / palavras

10) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


TÉCNICO JUDICIÁRIO JURAMENTADO

“Em algumas áreas, o vocabulário é mínimo, e isso sobrecarrega certas palavras,


forçadas a fazer o seu trabalho e o de outras. Diversas morrem de exaustão.”
Assinale o item cujo comentário sobre a frase destacada acima esteja correto.

a) o sujeito da oração é “palavras”;


b) o termo “de exaustão” funciona como adjunto adnominal;
c) o termo “de exaustão” funciona como predicativo do sujeito;
d) o verbo “morrer” está empregado como verbo transitivo;
e) a preposição de tem valor nocional de causa.
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

11) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


TÉCNICO JUDICIÁRIO JURAMENTADO

“Para quem mora na favela, existem na cidade dois espaços bem diferenciados: “o
morro” e a “rua”.”
Quais os sujeitos das duas orações do período acima?

a) quem / dois espaços bem diferenciados;


b) indeterminado / inexistente;
c) inexistente / dois espaços;
d) indeterminado / indeterminado;
e) quem / o morro e a rua.

12) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


TÉCNICO JUDICIÁRIO JURAMENTADO

Qual a classe e a função do vocábulo alguém em “O primeiro é o seu território, lugar


bem conhecido e onde ele é alguém.”

a) pronome substantivo indefinido – sujeito;


b) pronome adjetivo indefinido – predicativo;
c) adjetivo – predicativo;
d) pronome substantivo indefinido – objeto direto;
e) pronome adjetivo indefinido – sujeito.

13) UFRJ – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


TÉCNICO JUDICIÁRIO JURAMENTADO

Que elemento dos fragmentos abaixo, precedido da preposição de, exerce função
sintática de adjunto adnominal e não de complemento nominal?

a) “É o espaço por onde circula, anônimo, e com o cuidado de não ser


reconhecido como favelado. O tom de voz nem sempre é o mesmo usado no “morro”,
... ”
b) “ ... (quem mora lá no morro já vive pertinho do céu.)”
c) “Há pontos em comum entre as duas versões. A percepção de uma cidade
cindida em dois é a coincidência mais evidente, ... ”
d) “É o espaço por onde circula, anônimo, e com o cuidado de não ser
reconhecido como favelado.”
e) “ ... as palavras e os gestos são medidos para que traduzam um código distinto
do que é utilizado na favela.”
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

14) FESP – TRIBUNAL DE ALÇADA CÍVEL DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO – AUXILIAR JUDICIÁRIO

A função sintática do “que” não é sujeito em:

a) Sabemos perfeitamente o que lhe acontece.


b) Diga-me a hora em que ele virá para cá.
c) Dê-me a caixa que está sobre a mesa.
d) Não mal que sempre castigue.

15) FESP – TRIBUNAL DE ALÇADA CÍVEL DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO – AUXILIAR JUDICIÁRIO

Na oração: “Muitas alegrias e saudades já conheceu esta casa.” (M. de Assis), o


sujeito é:

a) alegrias e saudades;
b) muitas alegrias;
c) indeterminado;
d) esta casa.

16) FESP – TRIBUNAL DE ALÇADA CÍVEL DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO – AUXILIAR JUDICIÁRIO

A função sintática da palavra sublinhada em: “Parecia muito preso à vida de rei.” é a
mesma de:

a) Duvido de sua capacidade profissional;


b) Apenas nos víamos em festas rurais;
c) Ficaria encantado com a novidade;
d) Achava-se apto para o trabalho.

17) ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA –


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO
JUDICIÁRIO

“ ... contou-me um amigo uma história exemplar, ... ”


“Existe em Nova Lima uma importante mina de ouro – a mina de Morro Velho - ... ”

Qual a característica comum às duas orações acima transcritas?

a) a presença de sujeito posposto;


NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

b) o emprego de verbos transitivos diretos;


c) a ausência de adjuntos adverbiais;
d) o uso de ordem direta;
e) a construção de orações sem sujeito.

18) ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA –


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO
JUDICIÁRIO

Na frase: “Existe em Nova Lima uma importante mina de ouro – a mina de Morro
Velho - ... ”, o termo a mina de Morro Velho exerce a função de aposto. Em que frase
abaixo o termo destacado representa um outro tipo de aposto?

a) “Os ingleses, dessa forma, uniram o útil ao agradável.”


b) “Montaram em Nova Lima, com banda de música e foguetes, uma fábrica de
xarope contra tosse ... ”
c) “É claro que a criminalidade, enquanto sintoma, tem de ser adequadamente
combatida por medidas policiais enérgicas, ... ”
d) “ ... contou-me um amigo uma história exemplar, que teria ocorrido na cidade
mineira de Nova Lima, ... ”
e) “ ... provoca também uma tosse crônica, oca e ressoante, capaz de denunciar –
à distância – a moléstia que lhe dá origem.”

19) ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA –


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO
JUDICIÁRIO

Em que frase abaixo a preposição de introduz um complemento nominal e não um


adjunto adnominal?
a) “É claro que a criminalidade, enquanto sintoma, tem de ser adequadamente
combatida por medidas policiais enérgicas, tanto quanto é imperativo minorar, como
remédio apropriado, a sofrida tosse do silicótico.”
b) “Existe em Nova Lima uma importante mina de ouro - a mina de Morro Velho
– que, àquela época, vivia o seu fastígio, ... ”
c) “Existe em Nova Lima uma importante mina de ouro, a mina de Morro Velho
– que, àquela época, vivia o seu fastígio, e era propriedade de uma companhia
inglesa.”
d) “ ... uma vez que, destruindo sua função alertadora e denunciadora, provoca
uma cegueira perigosa, que aprofunda a raiz do mal.”
e) “A fábrica andou de vento em popa, produzindo tonéis e tonéis de xarope,
vendido a preço módico, mas não tão modesto que impedisse uma pequena margem
de lucro por unidade adquirida. Os ingleses, dessa forma, uniram o útil ao agradável.
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

O abrandamento da grande trovoada brônquica foi transformado em fonte de renda –


e de sossego – , permitindo ... ”

20) FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE


SÃO PAULO – INSPETOR FISCAL

A estrutura sintática da frase “Senti Fidel aliviado” é idêntica à da frase:

a) Saí da festa desanimado.


b) Julgo esse menino inteligente.
c) Dei-lhe o presente contrariado.
d) Percebi seu equívoco rapidamente.
e) Acho que você é astuto.

21) ACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA – DELEGADO DE POLÍCIA


FEDERAL

Com base nos fragmentos de texto abaixo, é correta a função sintática identificada
em:

a) “Não é mero erro ocasional; é clara a tendência de recursos ao “onde” para


substituir outros advérbios – o “quando” em particular.” / predicativo.
b) “Curiosamente, teóricos da pós-modernidade já apontaram para a decadência
da categoria moderna do tempo e a ascensão da categoria pós-moderna do espaço.” /
advérbio de modo.
c) “Agora, na idade pós-moderna, é como se o tempo estivesse, na hipótese mais
nobre, sendo abolido ou diminuído, encurralado, desbastado, pulverizado (pelo
desenvolvimento de técnicas de locomoção, como no avião; pelo aprimoramento
daquelas outras que permitem a superação imaginária das distâncias, ... ” / sujeito.
d) “ ... estar na rua significa estar num tempo sem começo e sem fim, um tempo
que independe do ritmo vital de cada um e que, portanto, é neutro. Tenta-se agarrar o
espaço por não mais ser possível viver o tempo, ... ” / objeto direto.

22) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – SECRETARIA MUNICIPAL DE


EDUCAÇÃO – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO

Em: “O jornal é o gráfico dessa vida nervosa complementar, estampando diariamente


as oscilações de nossas tristezas universais, nossas pálidas esperanças ecumênicas,
nosso medo: somando as parcelas do mundo em nossa mente, divide a nossa mal
distraída atenção por todos os continentes.” o núcleo do sujeito da forma verbal
assinalada é:
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

a) medo
b) gráfico
c) jornal
d) mundo
e) vida

23) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – SECRETARIA MUNICIPAL DE


EDUCAÇÃO – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO

Em: “Eu quero entrar na rede


Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut

De Connecticut acessar
O chefe da Macmilícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão.”
(Gilberto Gil)

o sujeito do verbo acessar é:

a) “um hacker”
b) “um grupo”
c) “o chefe da Macmilícia”
d) “eu”
e) “rede”

24) FISCAL DE ICMS DE SANTA CATARINA

“O recrutamento de pessoal é um dos momentos mais solenes da administração


pública e da vida dos que a elegem para seguir a carreira profissional.
(Do “Manual do Candidato”, adaptado)

Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda:

1. Adjunto Adnominal
( )
o recrutamento de pessoal
2. Objeto Direto ( ) de pessoal
3. Verbo de Ligação ( ) é
4. Predicativo
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

( )
um dos momentos mais solenes
5. Sujeito ( ) a carreira profis¬sional

a) 5, 1, 3, 4, 2;
b) 1, 5, 3, 4, 2;
c) 4, 1, 3, 5, 2;
d) 5, 1, 4, 3, 2;
e) 5, 1, 3, 2, 4;

25) UFRJ – INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA


AGRÁRIA – INCRA – PROCURADOR

O item em que o elemento sublinhado representa o agente e não o paciente de um


termo anterior é:

a) “O movimento nacionalista liderado nos anos 20 pelo presidente Artur


Bernardes, para assumir o controle das riquezas naturais brasileiras ... ”;
b) “O movimento nacionalista liderado nos anos 20 pelo presidente Artur
Bernardes, para assumir o controle das riquezas naturais brasileiras, mediante a
nacionalização da Itabira Mining, do americano Percival Farquas, transformada por
Getúlio Vargas na Companhia Vale do Rio Doce, ... ”
c) “ ... mediante a nacionalização da Itabira Mining, do americano Percival
Farquas, transformada por Getúlio Vargas na Companhia Vale do Rio Doce, foi, sem
dúvida, uma grande campanha de afirmação nacional.”
d) “A insistência em manter a presença do Estado numa atividade que precede a
transformação do minério de ferro em produtos siderúrgicos é tanto mais
incompreensível ...”
e) “O Brasil, que hoje é um dos maiores exportadores mundiais de produtos
siderúrgicos e da metalurgia de não ferrosos, decidiu privatizar sua indústria
siderúrgica de aços planos há seis meses.”

26) TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS – TÉCNICO


JUDICIÁRIO – ÁREA MEIO

A função sintática do termo sublinhado está INCORRETAMENTE indicada nos


parênteses em:

a) Cometeu-se uma injustiça naquela ocasião. (sujeito)


b) Provavelmente deveriam existir outros depoimentos. (objeto direto)
c) Para combater o mal, não se dispõe de um meio adequado. (objeto indireto)
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

d) A vitória deixará os torcedores animadíssimos. (predicativo do objeto)


e) A leitura do texto será importante para o seminário. (complemento nominal)

27) TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS – AUXILIAR


JUDICIÁRIO

“Através de medida provisória, decidiu-se saber que todos os novos bacharéis no País
farão uma prova final, para se saber se estão aptos ao exercício profissional.”

No período acima NÃO se encontra:

a) adjunto adverbial
b) adjunto adnominal
c) complemento nominal
d) objeto indireto
e) predicativo do sujeito

28) TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO –


ANALISTA DE FINANÇAS PÚBLICAS

Assinale o item em que o elemento destacado apresenta uma função sintática distinta
das demais:

a) “Quando você cita um inconveniente da televisão, uma boa observação que


você pode fazer é que ... ”
b) “Quando você cita um inconveniente da televisão, uma boa observação que
você pode fazer é que não existe nenhuma aparelho de TV, em cores ou preto e
branco, sem um botão para desligar.”
c) “Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro em
todos os Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida.”
d) “Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida.”
e) “Sete horas da noite era hora de uma pessoa acabar de jantar, dar uma volta
pela praça para depois pegar a sessão das oito no cinema.”

29) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE


JANEIRO – AGENTE DE PROCURADORIA

A dupla de frases, em que os termos sublinhados exercem a mesma função sintática,


é:
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

a) “Mas é nelas que te vejo pulsando, mundo novo, ainda em estado de soluços e
desesperança.” / “São todas elas coisas perecíveis e eternas, como o teu riso ... ”
b) “São todas elas coisas perecíveis e eternas como o teu riso, a palavra solidária,
minha mão aberta, ou este esquecido cheiro de cabelo que volta ... ” / “Todas as
coisas de que falo são de carne como o verão e o salário.”
c) “São coisas, todas elas, cotidianas, como bocas e mãos, sonhos, greves,
denúncias, acidentes de trabalho e de amor. Coisas, de que falam os jornais ... ” /
“Todas as coisas de que falo estão na cidade ... ”
d) “São coisas, todas elas, cotidianas, ... ” / “ ... ou este esquecido cheiro de cabelo
que volta e acende sua flama inesperada no coração de maio.”
e) “Todas as coisas de que falo estão na cidade, entre o céu e a terra.” / “ ... às
vezes tão rudes, às vezes tão escuras que mesmo a poesia as ilumina com
dificuldade.”

30) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE


JANEIRO – TAQUÍGRAFO LEGISLATIVO

Na frase: “É consenso nacional a necessidade de levar a educação formal e não


formal a todos os brasileiros.” – o sujeito do verbo sublinhado está posposto; em que
caso a seguir também se encontra posposto o sujeito do verbo sublinhado?

a) “As salas de aulas estão cheias de crianças e jovens que passam boa parte do
seu tempo em contacto com mundos diversos ... ”
b) “Não há receitas mágicas que respondam e indiquem a fórmula para resolver
tais questões.”
c) “No entanto, acumulou-se certa experiência para sabermos quais caminhos não
devem ser tomados. Isto é, não deveriam ser tomados por aqueles que têm como ideal
um processo educacional que ... ”
d) “No entanto, acumulou-se certa experiência para sabermos quais caminhos não
devem ser tomados.”
e) “Os meios de comunicação e as novas tecnologias da informação, sem dúvida,
têm um papel a desempenhar aí.”

31) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE


JANEIRO – TAQUÍGRAFO LEGISLATIVO

“As salas de aula estão cheias de crianças e jovens ... ”


Em que item a seguir o elemento destacado desempenha a mesma função sintática do
termo sublinhado na frase dada?

a) “Os meios de comunicação e as novas tecnologia da informação, sem dúvida,


têm um papel a desempenhar aí.”
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

b) “Assim como o relógio e a máquina a vapor mudaram a vida das pessoas nos
séculos XVII e XVIII, ... ”
c) “ ... alterando completamente a relação que elas tinham com o tempo,
interferindo na organização de seus afazeres diários, determinando o ritmo de
trabalho, ... ”
d) “ ... alterando completamente a relação que elas tinham com o tempo,
interferindo na organização de seus afazeres diários, determinando o ritmo de
trabalho, ... ”
e) “ ... também os modernos instrumentos da comunicação transformam,
reorganizam e medeiam os modos de vida e as relações sociais.”

32) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE


JANEIRO – TAQUÍGRAFO LEGISLATIVO

“Devagar se vai ao longe, mas quando se chega lá não se encontra mais ninguém.”
(Millor Fernandes)

Indique a circunstância apontada corretamente:

a) devagar – circunstância de modo


b) lá – circunstância de finalidade
c) mais – circunstância de intensidade
d) longe – circunstância de tempo
e) quando – circunstância de lugar

33) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE


JANEIRO – TAQUÍGRAFO LEGISLATIVO

“Devagar se vai ao longe, mas quando se chega lá não se encontra mais ninguém.”
(Millor Fernandes)

Há, no texto, três ocorrências do vocábulo se: se vai ao longe; se chega lá e não se
encontra mais ninguém. Assinale a afirmativa correta sobre as três ocorrências desse
vocábulo:

a) nas primeira e terceira ocorrências, os vocábulos desempenham a mesma


função sintática;
b) em uma só das ocorrências o vocábulo sublinhado é classificado como
pronome reflexivo;
c) só na terceira ocorrência, o vocábulo se pode ser identificado como pronome
apassivador;
d) nas três ocorrências o vocábulo se apresenta o mesmo valor semântico;
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

e) só na primeira ocorrência, o vocábulo se é classificado como índice de


indeterminação do sujeito.
34) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE
JANEIRO – TAQUÍGRAFO LEGISLATIVO

“Se é para o bem de todos e a felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico!” (D.
Pedro I)

de todos e da Nação são termos que:

a) determinam o mesmo nome;


b) exercem funções sintáticas diferentes;
c) têm função de complementos nominais;
d) funcionam como advérbios;
e) funcionam como adjuntos adnominais.

35) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – PREVI-RIO – ANALISTA DE


PROCESSO PREVIDENCIÁRIO

A oração que possui sujeito é:

a) “João era moço. [... ] Não tivera uma só falta ou atraso.


b) “Não havia necessidade de muita roupa.”
c) “Vivia nos campos, entre as árvores refrescantes, cobria-se com farrapos de um
lençol adquirido há muito tempo.
d) “Não haverá mais férias.”
e) “Nos lados, havia duas arestas.”

36) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – ENGENHEIRO DE TRÁFEGO

“Já se falava em namoradas.”

Assinale o item que apresenta a classificação do sujeito da oração:

a) sujeito simples
b) sujeito oracional
c) sujeito indeterminado
d) oração sem sujeito
e) sujeito composto

37) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – PREFEITURA DO MUNICÍPIO DO RIO


DE JANEIRO – PROFESSOR I – PORTUGUÊS
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

“Invejo o ourives quando escrevo,


Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto-relevo
Faz de uma flor.”
(Olavo Bilac)

Assinale a alternativa que dá a função sintática e a significação correta do sintagma


com que do verso 3.

a) objeto indireto / paciente da ação;


b) adjunto adverbial / instrumento;
c) adjunto adverbial / modo;
d) objeto indireto / beneficiário da ação;
e) adjunto adverbial / companhia.

38) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – PREFEITURA DO MUNICÍPIO DO RIO


DE JANEIRO – PROFESSOR I – PORTUGUÊS

Observe os fragmentos de texto:

1. “O chofer considera todo colega um “barbeiro” e todo pedestre um débil


mental com propensão ao suicídio.”
2. “Sai de casa pela manhã, como quem vai para uma briga, mantém para com o
colega de bonde, ônibus, ou lotação, uma atitude de “mentalidade antipática”, e, para
com o motorista ou cobrador, de “beligerância em potencial.”
3. “Não cede lugar a nenhuma senhora e defende a tese de que todas as senhoras e
senhoritas vão à cidade para apenas comprar um carretel; ... ”
4. “O chofer considera todo colega um “barbeiro” e todo pedestre um débil
mental com propensão ao suicídio.”
5. “Ainda ontem eu vinha para casa num táxi e esse quase se chocou com um
carro particular.”
6. “O garçom irrita-se porque o freguês tem a veleidade de lhe pedir alguma
coisa, ... ”

Relacione as colunas, classificando a expressão sublinhada em cada frase, segundo a


coluna da esquerda; depois, assinale a seqüência correta.

(1) objeto di¬reto. ( ) “com propen¬são ao suicí¬dio.”


(2) objeto indi¬reto ( ) “com o colega de bonde”
(3) complemen¬to nominal ( ) “Não cede lu¬gar a nenhuma senhora”
(4) adjunto ad¬verbial( ) considera todo colega um “barbeiro”
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

(5) adjunto ad¬nominal ( ) “vinha para casa num táxi ”


(6) predicativo ( ) “o freguês tem a veleidade”

A alternativa que apresenta a seqüência correta é:

a) 2–5–3–6–4–1
b) 3–5–2–6–4–1
c) 3–4–2–6–5–1
d) 3–5–1–6–4–2
e) 4–3–2–1–5–6

39) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – PREFEITURA DO MUNICÍPIO DO RIO


DE JANEIRO – PROFESSOR I – PORTUGUÊS

Analise o elenco de orações abaixo listado:

1. Quase ao mesmo tempo vieram os dois gritos.


2. O carioca [ ... ] virou grosseiro e irritadiço.
3. O chofer considera [ ... ] todo pedestre um débil mental.
4. Não cede lugar a nenhuma senhora.
5. Não entrei na conversa.
6. [ ... ] o próximo a quem outrora chamávamos de cavalheiro [ ... ]

Entre os predicados das frases destacadas, a menor freqüência é tipo:

a) verbo-nominal e verbal;
b) verbal;
c) verbo-nominal;
d) verbo-nominal e nominal;
e) nominal.

40) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – PREFEITURA DO MUNICÍPIO DO RIO


DE JANEIRO – PROFESSOR I – PORTUGUÊS

Leia o texto abaixo:

“Nas folhas incertas do livro da Terra, de bilhões de anos, a leitura se faz quase por
acaso: tipos de terrenos, disposição de camadas de solos, graus de umidade, pedaços
de paus calcinados por milhões de anos, restos animais – dentes, osso, muitas vezes
petrificados. É a difícil leitura dos passos da vida num singular planeta preso a uma
estrela de quinta categoria, perdida na periferia de uma entre milhares de galáxias de
um universo infinito, inexplicável.”
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

(MINEIRIO, Procópio. “A longa marcha da vida” in: Ecologia, nº o, p.48)

No texto há:

a) um verbo na voz passiva e um na voz ativa e, presos àquele, apostos


enumerativos;
b) um verbo na voz passiva e um na voz ativa e, presos a este, apostos
resumitivos;
c) verbos na voz ativa, com recursos enumerativos;
d) verbos na voz passiva, com recursos enumerativos;
e) verbos na voz passiva, com sujeito explicitado sob a forma de substantivo.

41) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – PREFEITURA DO MUNICÍPIO DO RIO


DE JANEIRO – PROFESSOR I – PORTUGUÊS

Leia o texto:

“A situação, naquele pequeno país, não estava boa. O povo tinha necessidade de
alimentos, pois as chuvas haviam arrasado as plantações. Mesmo assim, a crença em
dias melhores e a confiança nas regiões vizinhas animava-os. Eles precisavam
desesperadamente de ajuda, mas com certeza triunfariam.”

No texto acima, encontram-se:

a) três complementos nominais e dois objetos indiretos;


b) três complementos nominais, um objeto direto e um objeto indireto;
c) dois complementos nominais, um objeto indireto e dois objetos diretos;
d) dois complementos nominais, um objeto indireto e dois objetos diretos;
e) dois complementos nominais, dois objetos indiretos e dois objetos diretos.
42) FESP – TRIBUNAL DE ALÇADA CÍVEL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO – ATENDENTE JUDICIÁRIO

O pronome pessoal oblíquo não funciona como objeto indireto em:

a) O rapaz comprou-as por uma bagatela.


b) Hoje devolveu-me aqueles livros raros.
c) Diga-lhe que o resultado foi bom.
d) Eu te agradeço pelo lindo bilhete.

43) FESP – DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO – DETRAN – ESTAGIÁRIO BOLSISTA
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

“Cariocas são bonitos.”


“Cariocas não gostam de dias nublados.”
(Adriana Calcanhoto)

Os predicados em destaque classificam-se, respectivamente, em:

a) verbal / nominal;
b) nominal / verbal;
c) verbal / verbo-nominal;
d) nominal / verbo-nominal;
e) verbo-nominal / nominal.

44) FESP – DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO – DETRAN – ESTAGIÁRIO BOLSISTA

“Cariocas são modernos


Cariocas têm sotaque
Cariocas não gostam de sinal fechado.”
(Adriana Calcanhoto)

Os termos em destaque exercem, respectivamente, as funções de:

a) objeto direto, objeto direto e objeto indireto;


b) predicativo do sujeito, objeto direto e objeto indireto;
c) objeto direto, predicativo do objeto e complemento nominal;
d) adjunto adnominal, adjunto adverbial e complemento nominal;
e) predicativo do sujeito, predicativo do objeto e objeto indireto.

45) ESAF – CONSELHO FEDERAL DA JUSTIÇA – AUXILIAR JUDICIÁRIO

A alternativa em que há erro quanto à função sintática é:

a) O fato foi anotado pelo fiscal. ( agente da passiva)


b) São vários os atos legais que regulamentam este assunto. (objeto direto)
c) Esta multa é de natureza fiscal. (adjunto adnominal)
d) Ele gozou da isenção de tributos. (predicado verbal)
e) Este passageiro está nervoso. (predicativo)

46) UFRJ – TRIBUNAL DE ALÇADA CRIMINAL DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO – ATENDENTE JUDICIÁRIO

Qual dos itens a seguir apresenta um predicado de tipo distinto dos demais?
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

a) Introduzo na poesia / a palavra diarréia;


b) Não pela palavra fria / mas pelo que ela semeia;
c) Quem fala em flor não diz tudo;
d) Quem fala em dor diz demais;
e) O poeta se torna mudo / sem as palavras reais.

47) EMPASIAL – TRIBUNAL DE JUSTIÇA – OFICIAL DE JUSTIÇA (SP)

Classifique a função do termo em negrito:


Ele se impôs essa postura desde criança.

a) índice de indeterminação do sujeito.


b) palavra de realce.
c) pronome apassivador.
d) objeto direto.
e) objeto indireto.

48) EMPASIAL – TRIBUNAL DE JUSTIÇA – OFICIAL DE JUSTIÇA (SP)

Marque o item em que o termo em destaque é agente da passiva:

a) O professor era bondoso com os faltosos.


b) As ruas ficaram cobertas de dejetos.
c) Depois do acidente, ficou avesso à música.
d) A mulher estava apaixonada pelo cunhado.
e) Fiquei ansioso da sua volta.

49) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO


DO RIO DE JANEIRO – CONTADOR

Em:
“As pessoas estranhas às profissões jurídicas consideram, em regra, que a linguagem
dos trabalhadores dessa área é difícil de entender.”
O predicado da oração do verbo considerar classifica-se da mesma forma que o da
oração:

a) “O questionamento dos meandros jurídicos tem levado a discutir se o direito,


nas leis e nas decisões judiciais, usa a linguagem como instrumento para realizar seus
fins ... ”
b) “Ela também depende do que os advogados chamam de ‘deduções’ e daquilo
que espíritos menos restritivos chamariam de imaginação.”
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

c) “O questionamento dos meandros jurídicos tem levado a discutir se o direito,


nas leis e nas decisões judiciais, usa a linguagem como instrumento para realizar seus
fins ou se terminou transformado na própria linguagem.”
d) “Isso acontece quando se perdem de vista as finalidades essenciais da aplicação
da lei, com sacrifício da consciência social na busca do equilíbrio nas relações
humanas.”
e) “Iam Hacking disse que hoje a linguagem nem mais a interface entre o
conhecimento e o conhecido, mas constitui o próprio conhecimento do ser humano
atual.”

50) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – SECRETARIA MUNICIPAL DE


ADMINISTRAÇÃO – TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO – (RJ)

O pronome que exerce função sintática de objeto direto em:

a) “De fato, tal idéia traduz, de maneira muito precisa, essa verdadeira dialética
entre o que é lembrado com saudade como maravilhoso, formidável ou poético ... ”
b) “Nossa biografia se faz precisamente pela alternância de situações que foram
esqueci¬das com situações que “guardamos”como tesouros ou cicatrizes em nossa
cabeça ... ”
c) “ ... como doloroso, trágico e ruim (aquilo que na nossa existência entra como
extraordinário, positiva ou negativamente valorizado), ... ”
d) “Há, pois, um tempo lembrado, que vira memória e saudade; ... ”
e) “Pois o homem é o único animal que se constrói pela lembrança, pela
recordação e pela saudade, ... ”

51) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – CONTROLADORIA GERAL DO


MUNICÍPIO (RJ) – CONTADOR

“Senão você tem a situação que se vê hoje, ... ”


O pronome relativo presente na passagem transcrita exerce a mesma função sintática
do termo grifado em

a) O povo já não confia nos políticos.


b) O coração não agüenta mais tanta emoção.
c) Trata-se de uma solução razoável.
d) Tinha necessidade de muita ajuda.
e) Os idosos às vezes usam bengalas.

52) EMPASIAL – TRIBUNAL DE JUSTIÇA (SP) – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

Analise sintaticamente o termo em destaque:


“A marcha alegre se espalhou na avenida ... ”

a) predicado
b) agente da passiva
c) objeto direto
d) adjunto adverbial
e) adjunto adnominal

53) EMPASIAL – TRIBUNAL DE JUSTIÇA (SP) – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO

Marque onde o termo em destaque não representa a função sintática ao lado:

a) João acordou doente. (predicado verbo-nominal)


b) Mataram os meus dois gatos. (adjuntos adnominais)
c) Vendem-se livros. (sujeito)
d) Eis a encomenda que Maria enviou. (adjunto adverbial)
e) A idéia de José foi exposta por mim a Rosa. (objeto indireto)
54) EMPASIAL – TRIBUNAL DE JUSTIÇA (SP) – ESCREVENTE TÉCNICO
JUDICIÁRIO

Identifique o termo acessório da oração:

a) adjunto adverbial
b) objeto indireto
c) sujeito
d) predicado
e) agente da passiva

55) EMPASIAL – TRIBUNAL DE JUSTIÇA (SP) – ASSISTENTE SOCIAL


JUDICIÁRIO

Marque a alternativa onde o destaque não é adjunto adnominal:

a) Voltaremos cedo para casa.


b) Ele é um moço de bom coração.
c) O sol da manhã iluminava a montanha.
d) Cuidado com esse prato de vidro.
e) Algumas pessoas andavam pelas ruas.
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

56) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – SECRETARIA MUNICIPAL DE


EDUCAÇÃO – MAGISTÉRIO MUNICIPAL

Indique o comentário inadequado sobre o período:

“Primeiro livro da Bíblia, o “Gênesis” é lido, às vezes, como uma sucessão de


histórias da Carochinha.”

a) Primeiro livro da Bíblia é um aposto antecipado de Gênesis.


b) O verbo do período está na voz passiva.
c) A ação expressa pelo verbo não possui agente expresso.
d) O período é simples pois só contém uma oração.
e) de histórias exerce a função sintática de complemento nominal.

57) UNB – TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL – ANALISTA


DE FINANÇAS E CONTROLE EXTERNO

Assinale a opção em que os elementos assinalados exercem a mesma função sintática.


a) Amigo leitor, você, que se enquadra na categoria dos consumidores ... ”
“A inflação é um monstro adormecido à espreita em todas as esquinas. Pode estar
aguardando você à porta da padaria mais próxima.”
b) “Seguinte: se você consumir, será imediatamente responsável por qualquer
aumento de inflação.”
“Se você comprar muitas passagens de ônibus ou de metrô, isso se refletirá no
consumo das passagens e, aumentando o consumo, aumenta a inflação.”
c) Claro que a culpa cabe, como sempre, à classe média, que não pode ver um
dinheirinho sobrar no fim do mês que quer logo esbanjar. Ainda não aprendeu que
tem de fazer com o dinheiro que tem valor o mesmo que fazia com o dinheiro que
não valia nada.”
“Ainda não aprendeu que tem de fazer com o dinheiro que tem valor o mesmo que
fazia com o dinheiro que não valia nada. Só que o dinheiro que não valia nada era
guardado exatamente por isso, porque não valia nada.”
d) “A inflação é um monstro adormecido à espreita em todas as esquinas.”
“Claro que a culpa cabe, como sempre, à classe média, que não pode ver um
dinheirinho sobrar no fim do mês que quer logo esbanjar.”
e) “Aqui, é claro, tudo tinha de ser ao contrário.”
“Senão, não tinha graça.”

58) UNB – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO –


ÁREA MEIO

Todas as orações abaixo sublinhadas têm predicado nominal, exceto


NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

a) “A violência torna-se um item obrigatório na visão de mundo que nos é


transmitida.”
b) “A violência torna-se um item obrigatório na visão de mundo que nos é
transmitida.”
c) “Em primeiro lugar, é preciso que a violência se torne corriqueira para que a lei
deixe de ser concebida como o instrumento de escolha na aplicação da justiça.”
d) “Nesse vácuo, indivíduos e grupos passam a arbitrar o que é justo ou injusto,
segundo decisões privadas, dissociadas de princípios éticos válidos para todos.
e) “Não se julgam fora da lei ou da moral, pois conduzem-se de acordo com o que
estipulam ser o preceito correto.”
59) UNB – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO – TÉCNICO EM
ASSUNTOS EDUCACIONAIS

Leia os trechos abaixo:

I. “Ele, o comerciante abastado, talvez comendador, não conhecia o garoto.”


II. “Possivelmente essa incorrigível falsária, a Memória, a pintou.”
III. “ ... a pintou substituindo a verdade nativa, feita de alvorentes azulejos
pintalgados de azul, por alguma caprichosa arquitetura rococó.”

A opção correta, quanto à estrutura morfossintática, é:

a) apenas I contém aposto;


b) I e II contêm apostos;
c) I e III contêm apostos;
d) II e III contêm apostos;
e) todas as opções contêm apostos.

60) UNB – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO – TÉCNICO EM


ASSUNTOS EDUCACIONAIS

Todas as orações contêm predicados nominais, exceto

a) “Seu nome era Serafim Costa.”


b) Assim, Serafim Costa era apenas um nome.”
c) “A casa era um palacete de dois andares.”
d) “ ... e que parecia desabitada.”
e) “ ... talvez não o fizesse ser de pronto reconhecido no Paraíso.”

GABARITO
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

01) A 02) E 03) C 04) C 05) B


06) A 07) D 08) D 09) B 10) E
11) A 12) C 13) A 14) B 15) D
16) D 17) A 18) D 19) E 20) B
21) D 22) C 23) D 24) A 25) C
26) B 27) D 28) D 29) D 30) D
31) C 32) A 33) C 34) E 35) A
36) C 37) C 38) B 39) E 40) E
41) B 42) A 43) B 44) B 45) B
46) E 47) E 48) B 49) B 50) B
51) B 52) E 53) D 54) A 55) A
56) E 57) A 58) B 59) B 60) E

7. Pontuação.

Na linguagem escrita, os sinais de pontuação têm as seguintes finalidades:


a) assinalar as pausas e as inflexões da voz na leitura;
b) separar palavras, expressões e orações que, segundo o autor, devem merecer destaque;
c) esclarecer o sentido da frase, eliminando ambigüidades.

A) Ponto Simples

Emprega-se:
1 – Nas abreviaturas: D.F. (Distrito Federal); Sr.; V.Exª.
2 – Para separar orações independentes:
Chove. O navio zarpou.
3 – Para separar períodos cujos pensamentos se entrelaçam:
O ensino na Escola de Guerra Naval é de alto nível. Aos ensinamentos
essencialmente técnicos, acrescenta conferências e, debates sobre temas de grande interesse
nacional e internacional.

B) Ponto Parágrafo

Emprega-s e quando se passa de uma para outra série de conceitos. É de notar-se, porém, que o
seu uso varia muito de escritor para escritor.
"A pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos
econômicos e políticos: é
o idioma criado ou herdado pelo povo. Um povo só começa a perder a sua independência, a sua
dignidade, a sua existência autônoma, quando começa a perder o amor do idioma natal.
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

A morte de uma nação começa sempre pelo apodrecimento de sua língua." (Olavo
Bilac)

C) Dois Pontos

É usado sempre que uma idéia apresenta a que vem a seguir ou explica a anterior. São usados:

1 – Nas citações, com verbo expresso ou oculto:


Após reunião com o presidente, o ministro do Trabalho prometeu: "Os
salários este ano ganharão da inflação."
Almeida: "A recessão está no fim."

2 – Nas enumerações:
Vieram três dos seus filhos: João, José e Maria.
O deputado fez duas ameaças: denunciar o acordo e romper como governo.

3 – Nas exemplificações, notícias subsidiárias, esclarecimentos, sínteses ou


conseqüências do que foi enunciado:
Previsão de Delfim: a recessão será pior que a de 1981.
Já se sabe: faltará cerveja.
O governo reage: Código Penal para os agressores.
Instituto faz as contas e avisa: a inflação vai subir.
Após dez anos, mulher não desiste: acha que o marido está vivo.
Justificou-se: o que pretendia era chamar a atenção para o problema.

4 – Nos vocativos que encabeçam cartas, requerimentos e ofícios:


Prezado Senhor:
Magnífico Reitor:
Ilmº sr.:

5 – Antes de uma explicação ou esclarecimento:


O oficial justificou-se: ao tentar a manobra, partiu-se o leme.

6 – Nas frases de estilo direto, depois dos verbos dizer, perguntar, responder,
acrescentar e outros semelhantes:

Disse Emerson: "O homem é apenas metade de si mesmo; a outra metade é a sua
expressão."
Observação:

1 – Em seguida aos dois-pontos, no meio do parágrafo, usa-se letra minúscula,


exceto quando os dois-pontos apresentam citação ou transcrição.
Vieram dois dos seus filhos: o mais velho e o mais novo.
Almeida disse: A inflação vai caiu.

D) Ponto e Vírgula
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

Separa duas orações que têm afinidade entre si, sendo um sinal intermediário entre o ponto e a
vírgula. É usado para:

1 – Separar partes de um período em que já exista vírgula:

Formou-se engenheiro: o irmão, advogado. Depois, chamou o filho, que


acabava de chegar; a mãe só observava.
Na Marinha, o patrono é Tamandaré; no Exército, Caxias, na Aeronáutica, Santos
Dumont.

2 – Separar orações iniciadas por conjunções ou advérbios que indiquem


restrição ou conclusão quando se quer ressaltar este sentido:
Os soldados dormiam; então, os traficantes atacaram.
Até agora, só hipóteses; mas as pesquisas avançam.
Chegou atrasado à sala; por isso, perdeu a melhor parte da conversa.

3 – Separar diferentes itens de documentos, leis, enumerações, portarias,


regulamentos, decretos, etc.:
Consideram-se sujeitos à taxação:
a) perfumes, cosméticos e produtos de toucador;
b) bebidas fermentadas ou destiladas;
c) artigos eletroeletrônicos;
d) jóias e casacos de pele.
Considerando que o requerente está amparado; que sempre foi fiel
cumpridor de seus deveres; que prestou relevantes serviços; resolvo deferir seu requerimento.

E) Vírgula

Serve para marcar as separações breves de sentido entre termos vizinhos, as inversões e
as intercalações.
O Executivo, o Legislativo e o Judiciário são os três poderes da República.
O ministro visitou Paris, Londres, Washington e Tóquio.
Queria os filhos educados, respeitadores e estudiosos.
É um homem que trabalha, viaja e se diverte.
Amigos, parentes, vizinhos, de todos se afastou.
O processo, creio eu, deverá ir logo a julgamento (intercalação)
A democracia, embora (ou mesmo) imperfeita, é o melhor sistema de governo
(intercalação)
- Nunca separe por vírgula
a) O sujeito do verbo:
O presidente, atacou a oposição.
Os homens de bem, nada terão que temer.
Nos casos de o sujeito ser muito extenso, admite-se, no entanto, que a
vírgula o separe do predicado para conferir maior clareza ao período:
Os Ministros de Estado escolhidos para comporem a Comissão e os
Secretários de Governo encarregados de supervisionar o andamento das obras, devem comparecer à
reunião dia 15.
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

b) O verbo de complemento: (objeto direto, indireto, etc).


Os sindicatos apresentaram, uma lista de 15 reivindicações.
Os governos devem lutar, pelo bem-estar do povo.

- Outros usos da vírgula

1 – Para separar o vocativo:


Vejam, amigos, o resultado do nosso trabalho.
Diga logo, João, o que você pretende.
Senhor, por que tanta irritação?

2 – Para isolar o aposto:


Machado de Assis, autor do Dom Casmurro, tem um estilo sóbrio e elegante.
O mais rápido dos quatro, José chegou cinco minutos na frente. (Ou: José, o
mais rápido dos quatro, chegou cinco minutos na frente)
Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da lógica.

3 – Para indicar a omissão do verbo (elipse) ou de um grupo de palavras:


O pai prefere os livros e os filhos, o esporte.
João trará as bebidas, Chico, os salgados e Maria, os doces.
No céu azul, dois fiapos de nuvens.
Estes, os livros que pedi.
Elas, as mulheres das quais falei.
Grande brasileiro, o Barão do Rio Branco.
Obtiveste dez em Estratégia e eu, em Tática.

4 – Para separar palavras e locuções explicativas, retificativas e continuativas (por


exemplo, ou então, isto é, ou seja, além disso, por assim dizer, aliás, a propósito, então, com efeito,
vale dizer, ao contrário, a saber, data vênia, por outra, a meu ver, etc.):
Os dois, isto é, pai e filho...
Queria todos os bens, ou seja, carro, casa, terras e dinheiro.
Veja, por exemplo, este caso.
Diga, então, o que quer.
Esse é, por assim dizer, o eleito dos céus.
Acrescente-se, além disso, outro detalhe.
A compra do material, a meu ver, é indispensável.
No sol, que é uma estrela de quinta grandeza, tem centro o sistema solar.
A inflação, disse o Ministro da Fazenda, será contida.

5 – Para separar, nas datas, o nome do lugar:


São Paulo, 16 de abril de 1990.

6 – Para separar o nome e a rua, nos endereços:


Fulano de Tal, Avenida Rebouças 5.423, ap. 36. São Paulo, SP.
Fulano de Tal, Caixa Postal 43.

7 – À exceção de e, ou e nem, antes de todas as conjunções coordenativas (mas,


porém, todavia, contudo, não obstante, no entanto, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja,
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APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

logo, pois, portanto, assim, por conseguinte, por isso, de modo que, então, porque, que = pois,
porquanto, etc.):
O Governo aceitou o pedido, mas sob condições.
Chegou atrasado, entretanto ainda conseguiu assistir ao espetáculo.
Garantiu que faria o que pudesse, no entanto não cumpriu o prometido.
Ele irá, quer queira, quer não queira.
Ou sai logo, ou perde o trem.
Ora se exalta, ora se comporta com moderação.
É muito inteligente, logo fará o trabalho sem dificuldade.
Esquivou-se com habilidade, de modo que o golpe não o atingiu.
Saia depressa, porque o trem está partindo.
Ande logo, que (= pois) ela está para chegar.
Conseguiu o emprego que queria, pois era o melhor dos candidatos.
a) Use a vírgula antes e depois dessas conjunções, sempre que elas estiverem intercaladas
no período:
O ferido pediu socorro; nenhum motorista, no entanto, parou para ajudá-lo
(porém, todavia, contudo, entretanto).
Chegou muito cansado; não quis, pois, ir ao teatro (portanto, por conseguinte).
Estava sem camisa; sentia, por isso, muito frio.
b) Quando iniciarem frase, porém, contudo, todavia no entanto e entretanto poderão ou não ser
seguidas de vírgula:
Os livros custam caro; todavia, vou comprar alguns deles.
Os livros custam caro; todavia vou comprar alguns deles.
c) Como mas sempre inicia frase, não use, nesse caso, a vírgula:
Diga o que quiser. Mas seja rápido (e não: Mas, seja rápido).
d) Também não são seguidas de vírgula, quando iniciam frase, as conjunções ou... ou, quer...
quer, seja... seja, ora... ora, pois, de modo que, que = pois, porque e porquanto.

8 – Não use vírgula antes de e, ou e nem, a não ser nos casos seguintes:

a) Quando o e liga orações de sujeitos diferentes, e se pode subentender uma pausa na leitura,
admite-se a vírgula:
O filho foi reprovado outra vez, e os pais resolveram tirá-lo daquela escola.
Ela chegou, e começou a chover (sem a vírgula, ela é que teria começado a
chover)
Em textos jornalísticos, porém, raramente haverá vírgula: O governo
admitiu o erro e os empresários protestaram.
Gil lança novo disco e Caetano conclui seu filme.
b) Se o e e o nem estiverem repetidos na frase, por ênfase ou enumeração:
"Ele fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo quanto há neles." Ninguém foi com ele,
nem o pai, nem a mãe, nem o filho.
c) O e, ou e nem podem ser precedidos de vírgula caso se queira dar ênfase a uma afirmação ou
introduzir uma pausa na frase:
É melhor sair-mos logo, ou não?
Afinal o chefe é ele, ou são vocês?
Não mudo de opinião, nem que me matem!
O governo tentou, e a providência já vinha tarde, conter os seus gastos.
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

9 – Para separar os elementos paralelos dos provérbios:

Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso.
Tal pai, tal filho.
Longe dos olhos, longe do coração.

10 – Advérbios e adjuntos adverbiais podem ou não ser separados por vírgula, especialmente
quando curtos ou constituídos de uma única palavra. Exemplos:
Aqui se trabalha.
Aqui, trabalha-se.
Quando mais longos, convém usar a vírgula, por questão de pausa ou clareza:
Nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, a cidade seguia sua vida, sem
novidades.
A vegetação voltava a crescer, depois de muitos anos de seca.
O escritor terminou, antes do tempo previsto, o romance tão esperado.

11 – Para separar os objetos pleonásticos:


As palavras, leva-as o vento.
Bons jogadores, já não existem tantos como antigamente. Se não se desejar dar
ênfase ao objeto ou se ele é um pronome oblíquo, omite-se a vírgula:
O caráter molda-o a vida.
A mim me parece irrelevante essa opinião.

12 – Para separar palavras repetidas:


Tudo, tudo, tudo pôs a perder.
Amigos, amigos, negócios à parte.

13 – Para separar adjetivos que exercem função predicativa:


Atento e cuidadoso, dava sempre o melhor de si.
Nunca pensei que ele, limitado e pouco brilhante, obtivesse tamanho sucesso.

14 – Para separar orações reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo:


Encerrando o ciclo de palestras, o engenheiro falou sobre as agressões
do homem ao meio ambiente.
Os soldados puseram-se em fila, atendendo ao toque de reunir.
Chegado o momento, você será avisado.
O barco desapareceu sem deixar vestígios, tragado pelo forte redemoinho.
Para fazer valer sua opinião, usava os métodos que pudesse.
Ainda fomos ao teatro, apesar de estarmos esgotados.
As misses chegando à passarela, sorriram.
Concluída a vistoria, o navio zarpou.

15 – Para separar as orações subordinadas adverbiais, especialmente quando colocadas antes da


oração principal ou mesmo depois:
Quando terminou a sessão, os deputados deixaram apressadamente a Câmara.
O prazo está encerrado, como você pensava.
Se tudo corresse bem, eles chegariam antes do anoitecer.
Traga-nos a matéria ainda hoje, se for possível.
Embora houvesse muita gente no estádio, nada de grave ocorreu.
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

Não me impedirão de vir aqui hoje, ainda que o tentem.


À medida que o governo perdia força, a oposição aumentava sua influência.
Para que a administração pública funcione melhor, é preciso mudar mentalidades.
Enquanto a formiga trabalhava, a cigarra cantava.
Porque ninguém lhe dava atenção, a criança começou a chorar.

16 - Para separar orações ou locuções intercaladas que interrompam a fluência da oração principal:
Disse, como era seu hábito, os piores desaforos possíveis.
Não explicou, até porque nada lhe perguntaram, a razão daquela estranha atitude.
"Vejo aqui", prosseguiu o deputado, "pessoas que não pertencem à Câmara".
Os soldados, que não conheciam o local, avançaram com medo.

Antes de mais nada, pensamos nós, era indispensável sair dali.


Mais empenho, e não desculpas, era o que se pedia.
O casal, com o dinheiro recebido, conseguiu mobiliar a casa.
O criminoso, já condenado à morte, recusava-se a admitir sua culpa.

Observação:
Não há vírgula se a oração restringe o sentido do sujeito
(isto é, não funciona como oração intercalada):
O pai que gosta dos filhos faz tudo por eles.
O mais velho dos deputados que estavam presentes abriu a sessão da Câmara.

17 – Com sim e não:


Sim, senhor, é o que todos esperavam.
Não, amigos, ninguém o demove dessa decisão.
É o que quero, sim.
Não, nunca pedi isso.

18 – No caso de inversão violenta dos complementos da frase, para dar-lhe maior clareza:
Do país, a maior riqueza eram os poços de petróleo. (Ordem direta: A maior
riqueza do país eram os poços de petróleo.)
A opinião era unânime, dos homens e mulheres. (Ordem direta: A opinião dos
homens e mulheres era unânime.)

19 – Para enfatizar adjuntos adverbiais ou assinalar a sua inversão:


A lealdade é, sem dúvida, uma virtude.
O Sertanejo é, antes de tudo, um forte .
De repente, o céu escureceu.
O locutor era bom; além disso, expressava-se com simpatia.

20 – Antes dos relativos que, cujo (a), cujos (as), se não estiverem logo depois do antecedente:
Desenvolver um estilo de Informações Estratégicas, que vise a elaboração de um
Plano Naval.
Louvem-se os homens do mar, cujo sacrifício é por todos reconhecido.

21 – Para separar as orações coordenadas sindéticas.


Entregue-me os originais, que eu os reverei.
Os alunos cantaram bem, mas ainda poderiam tê-lo feito melhor.
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

Não te descuides, senão poderás ser surpreendido.

22 – Para separar as orações subordinadas adverbiais, principal-mente quando precedem a oração


principal:
Como ia de olhos fechados, não via o caminho.
O médico proibiu as visitas, a fim de que o doente repousasse.
Embora tudo fizesse, não consegui convencê-lo.
Tal é a dedicação de nossos pais, que não nos conformamos em perdê-los.
Observações:
a) Evite a virgulação excessiva, principalmente quando uma série de adjuntos adverbiais se sucede
na frase:
O presidente disse, ontem, em Brasília, às 15 horas, após reunido do Ministério,
que... Se for importante colocar o horário logo na primeira frase, ela pode ganhar ritmo com uma
pequena inversão:
O presidente disse às 15 horas de ontem, em Brasília, após reunião do Ministério,
que...
De qualquer forma, intercalações exageradas sempre prejudicam a fluência da
frase, estejam ou não marcadas por vírgulas. A ordem direta contornaria todos os problemas, no
caso:
O presidente disse ontem que as mudanças econômicas... Depois, poderão ser
colocados todos os demais detalhes.
b) Se houver parênteses ou travessões na frase, a vírgula virá depois do segundo deles:
Apelou para os mais influentes amigos (ministros e deputados, entre eles),
quando lhe quiseram tomar as terras.
Os países endividavam-se sem cessar – porque isso era fácil na década de 70 -,
ainda que não soubessem como viriam a pagar seus compromissos.
c) Numa enumeração pode haver vírgula antes do verbo:
Artigos, comentários, críticas, eram matérias que não lhe interessavam.

F) Parênteses

1 – Usado: para fazer uma explicação, sem quebrar o ritmo ou toldar o sentido da
frase:
O Rio (a cidade, não o estado) é bonito demais.
2 – Para citar o nome de um autor e sua obra:
E eu, fitando-a, abençoava a vida. (Casimiro de Abreu, obras, 279)

G) Ponto de Exclamação

Emprega-se:

1 – para exprimir espanto, dor, prazer, esperança, surpresa, etc. Seu uso na redação oficial fica
geralmente restrito aos discursos e às peças de retórica:
Que belo gesto!
Quanto dinheiro!
Povo deste País!
2 – Depois das interjeições:
Ah! Se teu pai soubesse...
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

Oh! Por que fizeste isto? (interjeição de espanto)


Ó meu rapaz! (interjeição de apelo)

H) Ponto de Interrogação

Emprega-se nas interrogações diretas e nas indiretas com entoação especial:


Que vieste fazer?
Então? O médico veio?
Observações:
a) Quando o ponto de interrogação não indica fim de período, a frase seguinte se
inicia com letra minúscula:
Quem fez o trabalho? perguntou o professor.
b) Quando a frase exprime, simultaneamente, sentido interrogativo e exclamativo,
empregam-se os dois sinais:
Já?!
Você não sabia que tinha de levantar cedo?!

c) Não cabe ponto de interrogação em estruturas interrogativas indiretas (em geral,


em títulos)
Porque a inflação não baixa.
Como vencer a crise.
O que é linguagem oficial.

I) Aspas

1 – Para indicar a transcrição deu um texto:


"Aí temos a lei", dizia Florentino. "Mas quem os há de segurar? Ninguém."
A lei, em seu artigo 1º, afirma: "Todo o poder emana do povo".
2 – Para pôr em relevo nomes próprios ou comuns:
Acabei de reler "Memórias" de Humberto de Campos.
3 – Devem ser aspeados:

a) Nomes de navios:
"Queen Elysabeth", "corveta Frontin".

b) Termos estrangeiros:
O processo de "detente" teve início com a Crise dos Mísseis em Cuba, em 1962.

c) Letras:
"V" e "B" (e não vê, bê). Casos especiais: "Dia D", "Hora H".
O tema é tratado na alínea "a" do artigo 122.

4 – Não devem ser aspeados:

a) Nomes científicos (de famílias vegetais e animais), mesmo quando em latim, como Aedes
aegypti.

b) Nomes de ruas e escolas.


NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

Observação: Quando houver uma pausa que coincidir com o final da expressão ou sentença
que
se achar entre aspas e encerrar apenas uma parte da proposição, coloca-se o competente sinal
de pontuação depois delas; quando, porém, as aspas abrangerem todo o período, sentença, frase
ou expressão, a respectiva notação fica abrangida por elas. (Vocábulário Oficial)

J) Reticências

Empregam-se:

1 – Para indicar interrupção de pensamento:


Oh! nada...
Bem ... às duas horas ... combinado?

2 – Para traduzir ironia:


Ele sabe de tudo...

K) Travessão

Emprega-se:

1 – Para ligar palavras ou grupos de palavras que formam uma cadeia:


Estrada Rio-São Paulo; ponte Rio-Niterói.

2 – Para salientar palavras ou frases:


Na locução verbal – à uma hora – emprega-se o acento grave.
Ele reiterou suas idéias – energicamente.
A vida – disse Sócrates – é efêmera.

3 – Na mudança de interlocutor:
- O Senhor está bem?
- Estou.

4 – Para substituir parênteses, vírgulas, dois pontos:


O controle inflacionário – meta prioritária do Governo – será ainda mais rigoroso.

L) Asterisco

Emprega-se

1 – Para indicar que se vai fazer uma citação ou comentário.

2 – Para indicar uma pessoa cujo nome não se quer declinar:


Dr.,Sr.
NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

Exercícios:

1. Assinale a opção em que a supressão das vírgulas alteraria o sentido do anunciado:

a) os países menos desenvolvidos vêm buscando, ultimamente, soluções para seus problemas no
acervo cultural dos mais avançados;

b) alguns pesquisadores,que se encontram comprometidos com as culturas dos países avançados,


acabam se tornando menos criativos;

c) torna-se, portanto, imperativa uma revisão modelo presente do processo de desenvolvimento


tecnológico;

d) a atividade científica, nos países desenvolvidos, é tão natural quanto qualquer outra atividade
econômica;

e) por duas razões diferentes podem surgir, da interação de uma comunidade com outra,
mecanismos de dependência.

2. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem
preencher as lacunas da frase abaixo:

“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é a
contribuição teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.

a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula


b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.

3. Assinale o exemplo em que há emprego incorreto da vírgula:


a) como está chovendo, transferi o passeio;
b) não sabia, por que todos lhe viravam o rosto;
c) ele, caso queira, poderá vir hoje;
d) não sabia, por que não estudou;
e) o livro, comprei-o por conselho do professor.

4. Assinale o trecho sem erro de pontuação:


a) vimos pela presente solicitar de V.Sas., que nos informe a situação econômica da firma em
questão;

b) cientificamo-lo de que na marcha do processo de restituição de suas contribuições, verificou-se a


ausência da declaração de beneficiários;

c) o Instituto de Previdência do Estado, vem solicitar de V.Sa. o preenchimento da declaração;

d) encaminhamos a V.Sa., para o devido preenchimento, o formulário em anexo;


NOME DO SEU CURSO OU EMPRESA
APOSTILA BACEN NÍVEL MÉDIO Ano do concurso

e) estamos remetendo em anexo, o formulário.

5. Assinale as frases em que as vírgulas estão incorretas:


a) ora ríamos, ora chorávamos;
b) amigos sinceros, já não os tinha;
c) a parede da casa, era branquinha branquinha;
d) Paulo, diga-me o que sabe a respeito do caso;
e) João, o advogado, comprou, ontem, uma casa.

6. Observe:
1) depois de muito pedir ( ) obteve o que desejava;
2) se fosse em outras circunstâncias ( ) teria dado tudo certo;
3) exigiam-me o que eu nunca tivera ( ) uma boa educação;
4) fez primeiramente seus deveres ( ) depois foi brincar;
Assinale a alternativa que preencha mais adequadamente os parênteses:
a) (;) (,) (:) (;); d) (?) (,) (,) (:);
b) (,) (;) (:) (;); e) (,) (;) (.) (;).
c) (,) (,) (:) (;);

7. Assinale o item em que as vírgulas estão empregadas corretamente:


I - Foi ao fundo da farmácia, abriu um vidro, fez um pequeno embrulho e entregou ao homem.
II - A sua fisionomia estava serena, o seu aspecto tranqüilo.
III - E o farmacêutico, sentindo-se aliviado do seu gesto, sentira-se feliz diante de suas lembranças.
IV - Quando, vi que não servia, dei às formigas, e nenhuma morreu.

a) I - IV;
b) II - III;
c) II - IV;
d) I - II;
e) I - III.

8.A frase: “O assunto desta reunião - voltou a afirmar o presidente - é sigiloso”.


Qual das alternativas apresenta as possibilidades corretas dentre as numeradas de I a V?
I - O assunto desta reunião (voltou a afirmar o presidente ...) é sigiloso.
II - O assunto desta reunião (voltou a afirmar o presidente) é sigiloso.
III - O assunto desta reunião, voltou a afirmar o presidente, é sigiloso.
V - O assunto desta reunião: voltou a afirmar o presidente: é sigiloso.

a) I, II, III, IV, V;


b) II, IV;
c) I, III, V;
d) I, IV, V;
e) II, IV, V.

9.Em seguida vai um pequeno trecho de Machado de Assis, pontuado de diversos modos. Só uma
vez a pontuação estará de acordo com as normas gramaticais. Assinale-a:

a) homem gordo, não faz revolução. O abdômem, é naturalmente amigo da ordem. O estômago
pode destruir, um império: mas há de ser antes do jantar;
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b) homem gordo não faz revolução. O abdômem é naturalmente amigo da ordem; o estômago pode
destruir um império: mas há de ser antes do jantar;

c) homem gordo não faz revolucão, o abdômem é, naturalmente, amigo da ordem. O estômago,
pode destruir um império: mas há de ser antes do jantar;

d) homem gordo não faz revolução: o abdômen e naturalmente, amigo da ordem. O estômago pode
destruir um império: mas há de ser antes do jantar;

e) homem gordo não faz revolução: o abdômem é naturalmente amigo da ordem. O estômago pode
destruir um império mas há de ser, antes do jantar.

10. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que
devem preencher as lacunas da frase abaixo:

“Como amanhã será o nosso grande dia ___ duas coisas serão importantes ___ uma é a
tranqüilidade ___ a outra é a observação minunciosa do que esta sendo solicitado”.
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula;
b) vírgula, vírgula,vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
d) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, dois pontos, vírgula.

11. Assinale a série de sinais cujo emprego corresponde, na mesma ordem, aos parênteses indicados
no texto:
“Pergunta-se ( ) qual é a idéia principal desse parágrafo ( ) A chegada de reforços ( ) a
condecoração ( ) o escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente ( ) Se é a chegada de
reforços ( ) que relação há ( ) ou mostrou seu autor haver ( ) entre esse fato e os restantes ( )”.
a) , , ? ? ? , , , .
b) : ? , , ? , ___ ___ ?
c) ___ ? , , . ___ ___ ___ .
d) : ? , . ___ , , , ?
e) : . , , ? , , , .

GABARITO

1. B 2. C 3. D 4. D 5. C 6. C 7. E 8. B 9. B 10. C 11. B

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