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QUEM SOMOS?

A PeaceFlow é uma empresa social que atua na área de transformação de conflitos e


estudos da paz.

Através da Comunicação Não-Violenta, oferece espaço para que conversas difíceis


se tornem oportunidade de mudança no campo interpessoal, familiar, empresarial,
organizacional ou sistêmico.

A missão da PeaceFlow é humanizar as relações e capacitar o público a entender a


dinâmica dos conflitos e lidar com eles de forma mais criativa e positiva.

Diana Bonar, fundadora da PeaceFlow acumula 10 anos de experiência na área de pre-


venção de violência. Já morou no Japão, Inglaterra, EUA e Tailândia se aprimorando
através de especializações, programas e trabalhos de campo na área. Tem Mestrado
em Mediação de Conflitos, Especialização em Resolução de Conflitos e Estudos da
Paz pela Chulalongkorn University através do Centro de Paz do Rotary Internacional.

Foi a coordenadora de treinamentos de um programa de Mediação Escolar em zo-


nas conflagradas no Rio de Janeiro, atualmente coordena a área de Treinamento e
Conteúdo de uma organização internacional de prevenção de violência que só atua
em zonas afetadas pelo crime e violência no Brasil e no mundo.

Trabalha com a Comunicação Não-Violenta desde 2010 e já capacitou muitas orga-


nizações no Brasil e no mundo nessa abordagem, incluindo ONGs, Empresas, Polícia
e Organizações do Governo.

É a idealizadora do projeto Conectadxs que visa facilitar a conversa sobre o tema da


ausência ou escassez de pessoas negras nos ambientes de Comunicação Não-Vio-
lenta e outras abordagens colaborativas.

É a idealizadora do Projeto Balaio que visa desenvolver um espaço seguro para que
conversas difíceis aconteçam entre grupos que se entendem como oponentes, abor-
dando questões como Feminismo X Machismo, entre outros.

Saiba mais | www.peaceflow.com.br | @peacefloww

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NOSSO CONTEÚDO

SUMÁRIO

1/ Introdução à CNV
2/ O que é AHIMSA?
3/ O que é autocompaixão?
4/ A teoria das necessidades humanas universais
5/ Lista de necessidades
6/ Lista de sentimentos
7/ Resumo dos principais elementos da CNV
Observação sem julgamento
Escuta empática
Expressão autêntica
Necessidades X estratégias
Pedidos X Exigências

8/ Recomendação de livros
9/ Recomendação de vídeos

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1/ INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA

A Comunicação Não-Violenta (CNV) é um processo de pesquisa contínua desenvol-


vido por Marshall Bertram Rosenberg e uma equipe internacional de colegas, que
apoia o estabelecimento de relações de parceria e cooperação, em que predomina
comunicação eficaz e com empatia. Enfatiza a importância de determinar ações à
base de valores comuns. Quando usada como guia na coconstrução de acordos, a
CNV pode tomar a forma de uma série de distinções, entre as quais:

• Distinção entre observações e juízos de valor


• Distinção entre sentimentos e opiniões
• Distinção entre necessidades (ou valores universais) e estratégias
• Distinção entre pedidos e exigências/ameaças

Uma comunicação à base destas distinções tende a evitar dinâmicas classificatórias,


dominatórias e desresponsabilizantes, que rotulem ou enquadrem os interlocutores
ou terceiros.

A CNV enxerga uma continuidade entre as esferas pessoal, interpessoal e social, e


proporciona formas práticas de intervir nelas.

Aqueles que se apoiam na Comunicação Não-violenta (chamada também de comu-


nicação empática) consideram que todas as ações estão originadas numa tentativa
de satisfazer necessidades humanas, mas tentam fazê-lo evitando o uso do medo,
da vergonha, da acusação, da ideia de falha, da coerção ou das ameaças. O ideal
da CNV é conseguir que nossas necessidades, desejos, anseios e esperanças não
sejam satisfeitos às custas de outra pessoa. Um princípio-chave da comunicação não
violenta é a capacidade de se expressar sem usar julgamentos de “bom” ou “mau”,
do que está certo ou errado. A ênfase é posta em expressar sentimentos e necessi-
dades, em vez de críticas ou juízos de valor.

Rosenberg escolheu a comunicação conhecida como “não violenta” para se aproxi-


mar da filosofia de Mohandas Gandhi do ahimsa (ou não violência).

Este texto foi retirado na íntegra de:


(https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_n%C3%A3o_violenta)

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2/ O QUE É AHIMSA?

AHIMSA é a não-violência, é o respeito incondicional a toda manifestação de vida,


qualquer que seja a forma em que se apresente, incluindo a si mesmo.
Portanto é a ausência de intenção de fazer mal a qualquer ser vivo, assim como a si
mesmo.

AHIMSA é um dos yamas da Yoga clássica, fazendo parte de princípios que forma
um código de conduta para evolução do ser humano.

Leia mais aqui: https://yogaanushasanam.wordpress.com/2016/03/08/yamas-o-pri-


meiro-patamar-do-yoga-1-ahimsa-nao-violencia/

“ Não aceitar as coisas como elas são, mas entendê-


-las, ir ao cerne da questão, examiná-las, usar o co-
ração, a mente e tudo o que tens para encontrar
um modo de viver diferente.

Mas isso depende de ti e não de outro alguém, por-


que nisto não há professor, nem aluno, não há líder,
não há guru, não há mestre, nem salvador. Tu pró-
prio és o professor e o aluno, tu és o mestre, tu és
o guru, tu és o líder.

Tu és tudo. “
E perceber isto, é transformar o que existe.

Jiddu Khrisnamurti

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3/ O QUE É AUTO COMPAIXÃO?
(Texto na íntegra retirado de: https://autocompaixao.wordpress.com/sobre/)

Imagem de Luis Dias

“Para nos vermos positivamente, tendemos a inflar os nossos egos e


colocar os outros pra baixo para que nos sintamos melhor por com-
paração. Mas essa estratégia vem com um preço – ela nos impede
de atingir todo o nosso potencial na vida.” – Kristin Neff

Para compreender melhor o que é autocompaixão, precisamos ter maior clareza


do que significa compaixão. Temos mais facilidade de cuidar e ser compreensivos
com os outros do que conosco. Se alguma pessoa com quem nos preocupamos
nos pede ajuda, sabemos ajudar e compreender as suas dificuldades. A partir dessa
compreensão e dessa atenção às necessidades dos outros, podemos nos motivar a
agir com o intuito de aliviar o seu sofrimento e de trazer benefícios. A compaixão é
essa disposição de agir, em benefício do outro.

Sabemos ser bons amigos das pessoas, mas temos grande dificuldade em sermos
tão bons com a gente, com o nosso mundo interno, com a nossa realidade. O mun-
do nos ensina que precisamos ser eficientes, perfeitos, bons no que fazemos, e que
precisamos atender a diversas expectativas quanto ao que se considera ter sucesso
na vida. Precisamos estudar e tirar as melhores notas na escola para entrar numa
boa Universidade e conseguir um emprego que permita conquistar uma série de
coisas; precisamos casar, ter filhos, depois ter netos; precisamos cuidar da saúde, ter

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uma vida espiritual; precisamos poder viajar e conhecer outros lugares, comprar um
imóvel, trocar de carro periodicamente. Não somos ensinados a estar satisfeitos com
o que temos, a precisar de menos para ser felizes, a apreciar as nossas qualidades.
Pelo contrário, somos incentivados a buscar uma felicidade que parece estar sempre
fora do nosso alcance e, pior ainda, aprendemos a nos enxergar por comparação
com outras pessoas. Dessa forma, nossa autoimagem vai sendo construída a partir
de referenciais externos: nos sentimos bem conosco se estamos melhores em com-
paração com algumas pessoas. Aprendemos a competir desde muito cedo, e vamos
flutuando nossa percepção de nós mesmos conforme esse referencial externo. O
problema disso é que é impossível, por comparação, nos sentirmos bem o tempo
todo. Na maioria das vezes, podemos observar alguém que tenha algo que não
temos, seja uma relação, seja um carro, ou status, ou aparência atraente. E quando
nos sentimos inferiores, nos isolamos, nos sentimos inadequados, e temos vergonha
de falar sobre isso. Como se o problema fosse unicamente nosso.

Enquanto a autoestima depende desse referencial externo, a autocompaixão pos-


sibilita resgatar uma aceitação incondicional com o que quer que se apresente na
nossa vida. A partir de um olhar atento e de uma disposição de cuidado, podemos
escutar as nossas necessidades e nos mover a partir do que tenha sentido para a
nossa vida, sem precisar atender a uma expectativa externa para nos sentirmos bem
conosco. Através dessa aceitação, inclusive da necessidade de transformação, pode-
mos perceber que o que nos faz sofrer se encontra no universo de muitas pessoas.
Do mesmo modo, percebemos as nossas potencialidades e as reconhecemos nos
outros. Não precisamos ter algo ou ser alguém para sermos nossos bons amigos, da
mesma forma como fazemos com os nossos melhores amigos.

Quando não cultivamos a autocompaixão, somos duros e rígidos conosco; temos


dificuldade em aceitar nossos erros, e nos culpamos por eles; nos cobramos para
sermos perfeitos com frequência, e nos desapontamos com as expectativas tão altas
que criamos; achamos que não estamos suficientemente prontos quando somos
reconhecidos, pois temos dificuldade de aceitar que já merecemos a felicidade e
o reconhecimento nesse exato momento; nos julgamos pelos nossos pensamentos
e emoções não prazerosos, e os reprimimos; não reconhecemos e não sabemos
escutar as nossas necessidades, pois precisamos dar conta das necessidades dos
outros antes; suportamos por muito tempo situações que não nos fazem bem por
acharmos que não merecemos algo melhor; nos sobrecarregamos de coisas, de-
veres, cobranças; perseguimos e projetamos nos outros nossas necessidades não
atendidas de cuidado, valorização e aceitação; temos dificuldade de expor as nossas
fragilidades e vulnerabilidades; achamos que temos algum problema quando não
cumprimos com qualquer um dos itens do “roteiro de felicidade” (como casar e ter
filhos, ou ter um emprego, por ex); também nos culpamos se não nos sentimos feli-
zes quando estamos cumprindo com esse roteiro, ou se não atingimos alguma meta;
nos achamos estranhos, inadequados, pois nos sentimos pressionados a sermos uma
outra pessoa.

Nesse exato momento, quando nos damos conta disso, também podemos nos jul-
gar por não sermos compassivos conosco. Mais um item da lista imensa de cobrança
que incorporamos ao longo da vida.

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Embora seja possível cuidar do outro passando por cima das nossas necessidades, a longo
prazo essa ação não se sustenta. Em algum momento, nosso corpo e nossas emoções nos
sinalizam que também precisamos desse cuidado e desse olhar atento. Não por acaso, a
síndrome de burnout (caracterizada por fadiga excessiva, desânimo, sensação de impo-
tência e estresse) é tão presente entre os profissionais da saúde, que precisam cuidar dos
outros grande parte do tempo. Cuidar de si é, portanto, um pré-requisito indispensável
para cuidar dos outros.

A boa notícia é que a habilidade de ser (auto)compassivo pode ser treinada. É o que tem
sido demonstrado pela pesquisadora e psicóloga Kristin Neff, da Universidade do Texas.
Neff tem mostrado através de diversos estudos que cultivar a autocompaixão possibili-
ta uma série de benefícios, como: redução dos sintomas de estresse e depressão, assim
como outros sintomas de adoecimento mental; aumento da liberação do hormônio de
ocitocina no corpo, responsável pelo prazer e pelas emoções prazerosas; diminuição da
autocrítica e da sensação de isolamento; aumento da conexão entre as pessoas; e, princi-
palmente, aumento de comportamentos pró-sociais, como a compaixão e a empatia. Em
uma cultura que favorece a competição a qualquer custo, cultivar a autocompaixão tem
se mostrado como um dos caminhos para superar a sensação de baixa autoestima e de
isolamento, infelizmente, cada vez mais crescente nos dias de hoje.

“Cultivando a autocompaixão, nós não nos avalia-


mos conforme os nossos sucessos, e não nos compa-
ramos com os outros. Ao invés disso, reconhecemos
as nossas falhas e erros com paciência, compreensão
e bondade. Percebemos os nossos problemas den-
tro de um contexto maior da nossa condição humana
compartilhada. Então, a autocompaixão, diferente-
mente da autoestima, nos permite estar mais conec-
tados com as outras pessoas, e mais positivamente
à sua disposição. Finalmente, a autocompaixão nos
permite ser honestos conosco. Com essa atitude de
aceitação, a autocompaixão promove uma compre-
ensão realista da nossa situação.” – Thupten Jinpa

Saiba mais sobre autocompaixão:


>> Autocompaixão: pare de se torturar e deixe a insegurança pra trás
Kristin Neff, Editora Lúcida Letra

O livro acaba de ser traduzido para o português. Kristin nos convida a praticar autocom-
paixão (em vez de se prender ao jogo da autoestima) e conceitua de uma forma original o
que seriam os componentes essenciais para a prática da autocompaixão.

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4/ NECESSIDADES HUMANAS UNIVERSAIS
Comunicação Não-Violenta (CNV)

A Comunicação Não-Violenta (CNV), criada por Marshal Rosenberg, busca desenvolver


uma expressão mais autêntica e honesta e uma escuta mais empática por meio da altera-
ção do foco e da intenção por trás da comunicação. Essa alteração visa contribuir para a
conexão entre as pessoas através de um entendimento profundo, da empatia que emerge
a partir de um denominador comum: nossa humanidade compartilhada (valores, princípios
ou necessidades comuns a todos os seres humanos). Além da CNV, várias outras teorias e
abordagens entendem o ser humano a partir de suas Necessidades Humanas Universais,
como as de Manfred Max-Neef (Economia), Mary Clarck (Biologia), Maslow (Psicologia),
Johan Galtung (Estudos de Paz), entre outros.

(Fonte: https://psicosaude.wordpress.com/2013/06/02/comunicacao-nao-violenta-aikido/)

Estudo Completo por Joseph Galtung sobre a abordagem das necessidades humanas uni-
versais pode ser encontrado aqui em inglês:
https://www.transcend.org/galtung/papers/The%20Basic%20Needs%20Approach.pdf

Você já pensou sobre isso?


“Toda violência é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida”

A teoria das necessidades humanas parte do princípio que nós seres humanos comparti-
lhamos as mesmas necessidades. Por exemplo, todos nós temos a necessidade por inclu-
são, liberdade, expressão de identidade, compreensão, portanto conseguimos compreen-
der quando outra pessoa manifesta a mesma necessidade. É algo que nos aproxima.

Agora reflita sobre o seguinte, quais são os seus sentimentos quando alguma necessidade
sua não é atendida? Já se sentiu excluído de algum grupo? Como foi isso? E quando você
precisa muito ser compreendido e não foi?

E quais são os sentimentos quando as necessidades são atendidas?

Como se sente quando é capaz de descansar, ter lazer, estar entre amigos?

Imagine qual é o sentimento de um grupo de pessoas que vive em uma zona de guerra,
onde as necessidades por segurança, moradia, alimentação estão constantemente amea-
çadas.

Compreender as necessidades humanas facilita identificar os nossos sentimentos oriundos


delas, que por sua vez, facilita expressá-los para outras pessoas com mais clareza.

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5/ LISTA DE ALGUMAS NECESSIDADES HUMANAS
UNIVERSAIS QUE TODOS TEMOS EM COMUM
(FONTE CNVC)

APRENDER IMPROVISAR AUTENTICIDADE MUTUALIDADE


ALEGRIA SERENIDADE DIVERSIDADE
INSPIRAÇÃO INTEGRAÇÃO CONFIANÇA
CRIATIVIDADE HARMONIA IGUALDADE CONSIDE-
INICIATIVA ESPAÇO RAÇÃO
RESPEITO FACILIDADE MUTUALIDADE
AMOR ACEITAÇÃO COMMUNIDADE
HUMOR INCLUSÃO PERTENCIMENTO
EXPRESSÃO ESPRITUAL EMPATIA NURTRIÇÃO
INTERDEPENDÊNCIA PRESENÇA AMABILIDADE
PARTICIPAÇÃO APOIO EXPRESSÃO
JUSTIÇA ABRIGO BEM-ESTAR
SENTIDO SAÙDE COMPREENSÃO
OBJETIVO ÁGUA CLAREZA
PAZ ALIMENTO SEGURANÇA
COMPAIXÃO SEGURANÇA FÍSICA ESTABILIDADE
LIBERDADE SUSTENTABILIDADE ORDEM
INTEGRIDADE PROTEÇÃO AUTONOMIA
ESCOLHA DESCANSO INDEPENDÊNCIA
CONTRIBUIÇÃO MOVIMENTO FÍSICO
APRECIAÇÃO TOQUE
CELEBRAÇÃO EXPRESSÃO SEXUAL
ENLUTAR
BELEZA

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6/ LISTA DE SENTIMENTOS

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7/ RESUMO DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA CNV

Texto por Diana Bonar elaborado para o canal #ElaFazHistória

“Olá gente, vamos aprender como a Comunicação Não-Violenta pode ser útil em nossas
vidas diárias?

Ainda não sabe o que é isso? Vou te explicar!

A Comunicação Não-Violenta (CNV) é uma abordagem de transformação de conflitos


que visa gerar empatia, conexão e cooperação em nossas vidas! Nos ensina a expressar a
nossa verdade de uma forma que facilite as outras pessoas a nos compreenderem, as-
sim como nos ajuda a desenvolver a habilidade de ouvir o que está por trás das críticas e
julgamentos que ouvimos. Contribui para construção de confiança entre pessoas, seja no
âmbito familiar, dentro de uma equipe de trabalho ou com os seus/suas clientes.
Mas afinal como é possível fazer isso?

A CNV possui 4 elementos essenciais e eles estão relacionados com a conexão com os
nossos sentimentos e necessidades. Por necessidade não quero dizer por bens materiais,
como carro, dinheiro ou casa, mas algo mais profundo, aquilo que realmente é muito im-
portante para todas nós nos sentirmos plenas.

Tenho certeza que AMOR, PROPÓSITO, CONEXÃO, AUTO- EXPRESSÃO, DIVERSÃO,


EMPATIA, SER OUVIDA, DESCANSAR, ORDEM E EFICIÊNCIA, CONFIANÇA, AUTO-
-ACEITAÇÃO, CARINHO, EMPODERAMENTO, INTEGRIDADE, SEGURANÇA, APOIO
entre outros, são muito importantes para nós, certo?

Essas são as necessidades humanas, através da qual compartilhamos nossa humanidade,


onde é possível nos compreendermos enquanto indivíduos que tem uma história e forma
de pensar diferente.

Mashall Rosemberg, quem sistematizou a CNV dizia:


“Toda violência é uma manifestação trágica de uma necessidade não atendida”
Já pensou bem sobre isso? Por violência podemos incluir vários níveis: um fora, uma pata-
da, uma reação mal humorada, ignorar o outro, responder com agressividade, bater e até
chegar nos níveis mais extremos, que não cabe abordar neste momento.

Como você se sente quando as suas necessidades por apoio, escuta e descanso são aten-
didas?

Possivelmente sua resposta será, tranquila, segura, alegre. E quando elas não são atendi-
das, o que acontece? Possivelmente seus sentimentos serão: ansiedade, chateação, des-
confiada, tristeza, sobrecarregada, solidão. Certo?

A pergunta que não quer calar: E aí? O que fazemos com isso?

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A resposta a essa pergunta nos leva às ESCOLHAS por ESTRATÉGIAS! São elas que vão
atender às nossas necessidades. Ou seja, cada um de nós, de acordo com quem somos
vamos escolher uma forma de lidar com os conflitos e de suprir essas necessidades. A
questão é que essa forma pode trazer resultados positivos ou negativos.
Por exemplo: Se eu chego na minha loja e vejo tudo fora do lugar e os clientes insatisfei-
tos. Como forma de atender minha necessidade por ordem, apoio e eficiência eu posso
escolher:

a) Respirar fundo e me acalmar


b) Conectar com os meus sentimentos e necessidades
c) Ignorar e me fechar
d) Ficar com raiva
e) Exigir mudanças imediatas
f) Gritar com a equipe
g) Me conectar com a necessidade dos outros
h) Perguntar o que poderia satisfazer as nossas necessidades
i) Fazer um pedido claro
j) Julgar, culpar e reclamar
k) Tentar entender o que aconteceu
l) Pedir desculpa para os clientes e convocar uma reunião com a equipe
m) Várias outras opções que você pode pensar

Ou seja, apensar de nós seres humanos compartilharmos as mesmas necessidades, a


forma que escolhemos atendê-las pode variar bastante.

Voltando aos elementos da CNV, o primeiro deles é:

1) OBSERVAR SEM JULGAR – nossa habilidade em observar e descrever um fato sem


fazer juízo de valor.
Ex: Ao entrar na loja:
Opção com juízo de valor: Que bagunça é essa? Está tudo jogado!
Opção sem julgamento: Gente, as prateleiras estão fora do lugar, tem mercadoria no
chão e lixo no canto.
Note que houve uma descrição do fato, o fato não pode ser negado. Enquanto palavras
como “bagunça” ou “tudo jogado” podem gerar resistência e ataque.

Agora entra o elemento 2:

2) EXPRESSÃO AUTÊNTICA – nossa habilidade de comunicar a nossa verdade, aquilo


que realmente importa sem ofender, julgar, culpar ou criticar os outros. O foco está em
nossos sentimento e necessidades.
Ex: Que bagunça é essa? Está tudo jogado! Vocês são uns loucos incompetentes!
Expressão autêntica: Gente, as prateleiras estão fora do lugar, tem mercadoria no chão e
lixo no canto. Estou bem surpresa negativamente e triste de ver a minha loja nessa situa-
ção. Eu preciso de apoio e organização para gerir o meu trabalho.
Note que o foco está em mim e não no outro.

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O elemento 3:
3) ESCUTA EMPÁTICA: Quando nos dispomos a ouvir o outro lado com empatia. Se na
EXPRESSÃO AUTÊNTICA focamos em nós, na escuta empática focamos nos sentimen-
tos e necessidades do OUTRO.
Ex: A equipe diz:
- É muito trabalho para pouca gente, e passou um furacão de pessoas aqui, achamos
que alguém estava tentando roubar algumas mercadorias. Na confusão ficou tudo es-
parramado.
Escuta empática: Eu entendi que durante o horário de expediente muitas pessoas en-
traram na loja ao mesmo tempo, vocês ficaram desconfiados e inseguros sobre o grupo
e sobre o que fazer. Além disso, vocês sentem sobrecarregados. A movimentação pela
loja fez com que as coisas saíssem do lugar, é isso?
Note que sempre começa com “Eu entendi... ou deixa ver se eu entendi...” e no final
sempre haverá uma pergunta de verificação “é isso?” . O que permite a pessoa corrigir
o seu entendimento e adicionar mais informação.

O quarto elemento da CNV:


4) FAZER PEDIDOS CLAROS: Nossa habilidade em fazer pedidos claros, que atendam
a nossa necessidade.
Exemplo completo:
Gente, as prateleiras estão fora do lugar, tem mercadoria no chão e lixo no canto. Estou
bem surpresa negativamente e triste de ver a minha loja nessa situação. Eu preciso de
apoio e organização para gerir o meu trabalho. Primeiro eu gostaria de ajuda para colo-
car tudo no lugar e depois eu gostaria de saber o que aconteceu. Pode ser?

Ficou claro?
A CNV, como qualquer arte, exige prática e dedicação. O primeiro passo é saber nome-
ar e se conectar com as suas necessidades. Isso te ajudará e entender os seus sentimen-
tos e a identificar a melhor estratégia para você e para as pessoas que te cercam. Assim
como te ajudará a escutar e compreender melhor os outros.

DICAS:
1) Comece a incluir as necessidades na sua fala. Verbalize o que é muito importante para
você, ao invés de julgar ou criticar o outro.
Ex: Não aguento mais seus atrasos, assim vai perder o emprego.
CNV: Eu fico bem chateada e preocupada (expressão de sentimento) quando você se
atrasa mais de 2 vezes na mesma semana (observação sem julgamento). Eu não dou
conta de fazer tudo sozinha, preciso de apoio e consideração (expressão das necessida-
des). Vamos conversar para melhorar isso? (Pedido)
Note que sentimento, necessidades foram verbalizados. É muito importante que sejam
verdadeiros.

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2) Pratique ouvir as necessidades e sentimentos por trás dos julgamentos e críticas que
você escuta.
EX: Você é muito autoritária e chata!
Escuta: Eu percebo que você precisa de mais liberdade e autonomia em suas funções, é
isso?
Note: Tente pensar assim: se uma pessoa chama a outra de AUTORITÁRIA, o que será que
é muito importante para ela que não está acontecendo? Nesse caso, poderia ser a necessi-
dade por liberdade e autonomia.

3) Quando se sentir muito irritada ou insatisfeita procure respirar fundo, encontre um es-
paço onde possa ficar sozinha. Se permita sentir essas emoções, se permita chorar ou ficar
em silêncio até que você tenha mais clareza das suas necessidades e mais disposição inter-
na para conversar.

4) Procure ter um par empático – alguém com quem você possa conversar abertamente
sobre questões importantes. O mais relevante é que essa pessoa saiba te oferecer uma
escuta de qualidade, sem julgamentos, críticas ou avaliações.

5) Casos de abuso ou violência doméstica, não são casos para usar a CNV! A violência
deve ser interrompida imediatamente e a mulher dever ser protegida. Todo caso de abuso
e violência física irá violar todas as suas necessidades humanas por amor, integridade, se-
gurança, apoio, pertencimento etc. Existem várias estratégias que podemos escolher para
atender essas necessidades, e certamente NÃO é permanecer em uma relação abusiva.
Caso você esteja a sua estratégia deve ser a denúncia, procurar apoio e segurança. “

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8/ RECOMENDAÇÃO DE LIVROS
Comunicação Não-Violenta
Marshall Rosenberg, Editora Ágora

Deixe de Ser Bonzinho e Seja Verdadeiro


Thomas d’Ansembourg, Editora Sextante

Não seja bonzinho, Seja Real – como equilibrar a paixão por si com a compaixão
pelos outros
Kelly Bryson, Editora Madras

The Surprising Purpose of Anger


Marshall Rosenberg, Editora Puddle Dancer

A arte da imperfeição
Brené Brown, Editora Novo Conceito

A coragem de ser imperfeito


Brené Brown, Editora Sextante

Autocompaixão: pare de se torturar e deixe a insegurança pra trás


Kristin Neff, Editora Lúcida Letra

Autoajuda em conflitos
Friedrich Glasl, Editora Adigo

Inteligência Emocional
Daniel Goleman, Editora Objetiva

Tornar-se pessoa
Carl Rogers, Editora Martins Fontes
O trabalho de Rogers é central na psicologia humanista e deu origem a muitas teorias,
como a própria CNV.

A Autobiografia de Martin Lither King


Com base em arquivo inédito de textos autobiográficos do próprio King, incluindo car-
tas e diários não publicados, assim como filmes e gravações
The Surprising Purpose of Anger: Beyond Anger Management: Finding the Gift (Nonvio-
lent Communication Guides)
Marshall Rosemberg

Reweaving Our Human Fabric: Working Together to Create a Nonviolent Future


Miki Kashtan, socióloga, facilitadora de Comunicação Não-Violenta e escritora
Atlee, T. “Thoughts on Nonviolent Communication and Social Change.” Co-intelligence
Institute.

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How to Survive Thanksgiving Drama With This Smart Conflict-Management Strategy
Branch, K. (2017) Vogue Magazine November, 2017.

The Traveling Peacemaker: A Conversation with Marshall Rosenberg


Inquiring Mind, Fall issue. Kabatznick, R. and M. Cullen (2004)

Blog about applying NVC - The Fearless Heart by the co-founder of Bay Area Nonvio-
lent Communication / Kashtan, M. (2010-ongoing)

Nonviolent Communication: Gandhian Principles for Everyday Living


Satyagraha Foundation for Nonviolence Studies, April 2012. Kashtan, M. (2012)

Nonviolent Communication: A Humanizing Ecclesial and Educational Practice. Journal


of Education & Christian Belief / Latini, T. (2009).

NonViolent Communication as an Evolutionary Imperative-The InnerView of Marshall


Rosenberg Alternatives, Issue 29, Spring / Moore, P. (2004)

Expert on conflict resolution believes nonviolence is in our nature” San Diego Union-Tribune
October 14, 2004 / Sauer, M. (2004)

The Language of Nonviolence


Yes Magazine, Summer 1998 / Van Gelder, S. (1998)

Livros de Gene Sharp


Gene Sharp foi um professor emérito de ciências políticas da Universidade de Massachu-
setts Dartmouth. É conhecido por seu extenso trabalho sobre luta não-violenta, que tem
influenciado várias resistências anti-governamentais ao redor do mundo.

Ele passou a vida pesquisando sobre a resistência não-violenta e o porquê deste ser o mé-
todo mais eficaz de se derrubar regimes corruptos e opressivos. O trabalho de Gene Sharp
influenciou movimentos de resistência pelo mundo – e continua a fazê-lo.

Saiba mais sobre ele aqui:


http://tradutoresdedireita.org/gene-sharp-o-pai-da-revolucao-nao-violenta/

No Link acima estão disponíveis para Dowload os livros completos


1) Métodos de ações não violentas
2) Poder, luta e defesa: Teoria e Prática da ação Não-Violenta

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9/ RECOMENDAÇÃO DE VÍDEOS

Diana Bonar – Necessidades e Estratégias


https://www.youtube.com/watch?v=4MYZJ3o9jCo&t=22s

Diana Bonar – Entrevista sobre conflitos assimétricos


https://www.youtube.com/watch?v=czRqZxgLTXU&t=76s

Diana Bonar – CNV e o propósito da raiva


https://www.youtube.com/watch?v=OAuyxrty9so&t=117s

Diana Bonar – Como acontece o processo de desumanização


https://www.youtube.com/watch?v=s4MUQTOkPrY&t=1s

Jon Konat – As 9 atitudes de Mindfulness


https://www.youtube.com/watch?v=r5nfLxxxljo&list=PL7LJkITCL8goXbG_YfHze1BTuvc-
q_H_3v&index=3&t=73s

Marshall Rosember – As causas da Raiva


https://www.youtube.com/watch?v=OEsDTykjM3Y&index=3&list=PL7LJkITCL8goXbG_
YfHze1BTuvcq_H_3v

Bene Brown – Ouvindo a vergonha


https://www.youtube.com/watch?v=psN1DORYYV0

Bene Brown – O poder da vulnerabilidade


https://www.youtube.com/watch?v=iCvmsMzlF7o&t=39s

Workshops de Marshall Rosemberg


https://www.youtube.com/watch?v=DgAsthY2KNA&list=PLiFg9s20-IeGfo73Ylk5QGjjtj-
cpnwrW9

Daniel Goleman – Inteligência Emocional


https://www.youtube.com/watch?v=BqF50IuR3_c

Naturalizando a CNV
https://www.youtube.com/watch?v=oHtDZ98CTDc

Autocompaixão com Kristin Neff


Superando obejeções
https://www.youtube.com/watch?v=X1avsS9rCkI

Os 3 elementos
https://www.youtube.com/watch?v=OnL3xpe36r0

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O espaço entre autocompaixão e autoestima
https://www.youtube.com/watch?v=IvtZBUSplr4

CNV - Empatia e transformação sistêmica


https://www.youtube.com/watch?v=cz-nLEi4FKM&list=PL7LJkITCL8goXbG_YfHze1BTuvc-
q_H_3v&index=23&t=1017s

Lugar de fala - Djamila Ribeiro


https://www.youtube.com/watch?v=AINEmjM4Ki4&index=18&list=PL7LJkITCL8goXbG_
YfHze1BTuvcq_H_3v

Precisamos romper com os silêncios - Djamila Ribeiro


https://www.youtube.com/watch?v=6JEdZQUmdbc

What can I do to change?


https://www.youtube.com/watch?v=BsUa7eCgE_U&index=21&list=PL7LJkITCL8goXbG_
YfHze1BTuvcq_H_3v
(Veja se é possível add legenda para esse vídeo, ou se alguém pode ajudar na tradução)

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OBRIGADA
:)

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