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Allan Kardec e sua relação com Francisco Cândido Xavier

CHICO XAVIER FOI RUTH-CÉLINE JAPHET

Em 2001, inspirado em ideia do meu amigo Hermínio Corrêa de Miranda (no cap. 13 do Eu So
a produção da obra Quem foi Quem, sequenciando cerca de mil e quinhentas reencarnações e perto d
Compendiei revelações de obras confiáveis, entre clássicas, mediúnicas e de estudiosos sérios do espi
de tradição consagrada e bem aceita. Hoje, terminado o trabalho mais pesado, devo dizer que dois ter
completados por meu filho Luciano dos Anjos Filho, bem assim por algumas outras colaborações de m
como o Pedro Miguel Calicchio (já desencarnado), a Viviane Albuquerque Calicchio e o Jorge Pereira
saúde atrasaram bastante o arremate, mas eis que estamos agora na revisão final. É um repositório de
de cada personagem, sem faltar a fonte em que nos baseamos.
Pois desde aquela época, bem antes de avolumar-se a poluição dessa línguanegra vocalizadora
Kardec, ali já estava inserido o verbete Francisco Cândido Xavier nos seguintes registros cronológicos
primórdios da década de 60):

Hatshepsut, rainha faraó (séc. XV a.C.) - Hebreia no Egito (entre o séc. XVIII a.C. e o séc. XIV a.C.) -
ou posterior) - cidadã grega (c. 600 a.C., séc. VII a.C.) – Chams, princesa (século VI a.C.) - cidadã Síri
cidadã cartaginense (entre os séc. X a.C. e séc. II a.C.) – Flávia Lêntulus (séc. I ) – Lívia (séc. III) – Joa
Verdun, abadessa (séc. XVI) – Jeanne d’Alencourt (séc. XVIII) – Ruth-Céline Japhet (1837) – Dolore
Hernandez (séc. XIX) - Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier (1910-2002)

Por volta de 1999, enviei para o Chico e, em 2008, também para o Divaldo Pereira Franco, o ve
pedindo-lhes que, se fosse o caso, me indicassem algum reparo aconselhável. Nenhum dos dois se op
A reencarnação do Chico como sendo a Ruth-Céline Japhet me havia sido repassada desde 4.8.
Idalgo Magalhães esteve com o médium em Uberaba e, lado a lado, foi anotando as vidas pregressas d
romances de Emmanuel. Tenho esse quadro comigo até hoje com a assinatura do Abelardo. A Ruth-C
foi personagem de nenhum dos romances, mas o Abelardo também falou dela, a meu pedido, e receb
desde aquela década, em mero exercício especulativo. Essa mesma confirmação o Divaldo Pereira Fr
Chico, que tinha acabado de chegar de Paris, onde visitara o túmulo do Codificador. Ainda mais. Muit
Chico quem fizera igual revelação para um dos seus maiores amigos e confidentes, o Arnaldo Rocha,
espírito maravilhoso que nos ditou mensagens de elevado teor evangélico.
Destaco como importante que, de todos os que andam por aí se jactando de terem ouvido decla
conclusões por conta própria de que ele era Allan Kardec, nenhum deles viveu a intimidade vivida pe
este ano, quando mais uma vez esteve aqui em minha residência, o Arnaldo voltou a me afirmar que o
Japhet. Também há pouco menos de um mês, no programa da Globo Newsem homenagem ao centen
assunto e, em resposta a pergunta que lhe foi feita, falou, até com certo enfado, que não passa de bob

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Xavier era Allan Kardec. Anote-se que o Arnaldo Rocha é reconhecidamente espírita sério, honesto, d
Ninguém, absolutamente ninguém, no momento, tem mais autoridade do que ele para colocar um po
bom senso e o conhecimento da doutrina espírita deveriam de há muito ter inumado.
Já em agosto do ano passado, em entrevista concedida ao site “Espiritismobh”, o Arnaldo havia
acontecido em 1946, o Chico lhe revelara que era a reencarnação da Ruth-Céline. O Arnaldo só não in
Chico – Diálogos e Recordações, de autoria do Carlos Alberto Braga, porque, transcorridos tantos ano
dúvida se se tratava da Céline Japhet ou da outra médium de Kardec, que ele supunha chamar-se Cél
outra se chamava Caroline Baudin. Posteriormente, o Arnaldo dirimiu a dúvida, conforme relatou em
divulgada no mesmo site. “Tive a oportunidade de ir ao Rio encontrar um amigo muito querido, Luci
por que não coloquei a história da Rute Celine Japhet no livro, respondi que fiquei muito em dúvida
existência das duas Celines. Ele então me respondeu que a médium auxiliar de Kardec era a Rute Cel
desencarnada em 1885.”
Conversamos, sim, sobre o livro. Ele me expôs as razões e eu lhe expliquei que apenas a Japhet
portanto, era a ela que o Chico se referira. Não existiu uma Céline Baudin. Mesmo porque, eu também
desde há muito tempo e lhe pedira que aguardasse alguns detalhes que eu lhe passaria. Apenas quest
sabia de tudo.
Ultimamente tem crescido esse movimento que vem fecundando a biografia do Chico com o rad
canonizantes. A personalidade de Francisco Cândido Xavier nunca teve nada, nada a ver com a do Co
ressaltou essa diferença, em declaração publicada no Diário da Manhã, de Goiás, de 28.8.1998, e que
internet, em nota de 29.3.2010. Chico Xavier, como vimos aqui, no início desta matéria, tem sido sem
última vida de médium, foi uma grande mulher, com sentimentos que mostraram ao mundo o valor d
masculino. Isso é muito difícil, mas o Chico, nesse particular, foi um vitorioso, vencendo tendências n
arrastado ao fracasso da missão.
Nesse entrecho, tem acontecido até anedota de humor despudorado. Médica espírita de São Pau
Espírita, alegando que o Chico não se casou da mesma forma que também Allan Kardec não viveu ma
Boudet. Teria existido entre o casal apenas um amor platônico, daí não terem tido filhos (?!). A que d
Vale tudo para colocar Kardec como santo católico, na mesma vestalidade das fêmeas mais pulcras. O
par de uma intimidade tão grande entre os dois só se admitindo – concluem os piadistas – que a dout
reencarnada. E já não duvido de que ela venha a público fazer essa fantástica confissão de identidade
qualquer esquizofrenia.
Voltarei ainda à figura de Francisco Cândido Xavier. Por agora, vamos conhecer melhor Ruth-C
aliás, Allan Kardec nos deixou muito poucas informações, o que, de resto, também o fez em relação a
participaram do preparo de O Livro dos Espíritos. Esclareceu ele que assim agiu para evitar exatamen
com Francisco Cândido Xavier, que até procissão pelas ruas de Pedro Leopoldo já ganhou. Tem mais.
romaria ao túmulo para recolher lágrimas que “surgem” dos olhos do busto de bronze. Na continuida
acaba de ser produzido um hino a Chico Xavier, cuja letra, diga-se, é desoladoramente trash. Mas, na
para acompanhamento nas novenas, que com certeza surgirão. É por isso que creio já ser hora tardia
essa atual febre de negativa propaganda do espiritismo.
Ruth-Céline Japhet na realidade se chamava Ruth-Céline Bequet. O sobriquet Japhet ela o adot
sonâmbula profissional. Reencarnou em 1837, na província de Paris, cujo local exato não consegui loc
morava por lá, com os pais, quando ficou gravemente doente, impedida de caminhar. Sua infância lem
Xavier, tal a luta que empreendeu pela saúde combalida. Era médium desde pequena, mas só por vol
distinguir a realidade entre este mundo e o espiritual. Na infância, confundia os dois. Acamada por m
magnetizador chamado Ricard quem constatou que ela era médium (sonâmbula, na designação da ép
pela primeira vez. Mas não fizeram mais do que três sessões. Impaciente com a ineficácia dos remédi
os movimentos das pernas, seu irmão resolveu, por conta própria, magnetizá-la, assim tentando dura
resultado foi fantástico. Ela conseguiu levantar-se e voltou a caminhar com o auxílio de muletas. Ness
quase um ano (onze meses), depois do que, afinal, pôde dispensar as muletas, claudicando embora.
Em 1845, quando ainda tinha 8 anos, a família, empolgada pelos
resultados obtidos com os passes magnéticos, resolveu seguir para Paris, à procura do magnetizador R
feito com Ruth-Céline as primeiras experiências. Então ele a levou ao colega Millet, em cuja residênc
magnetizador famoso, o sr. Roustan (não confundir com o grande missionário Roustaing), que estuda
desde 1840. Ele morava na rue Tiquetone nº 14 e negociava com joias, na rue des Martyrs nº 19 (outr

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46).
Foi a partir desse contato e diante de todos os benefícios amealhados, que ela assumiu a condiç
(médium profissional), sob o controle de Roustan. E passou a adotar o nome de Ruth-Céline Japhet (
Explique-se que, naquela época, e até mesmo hoje, em países como os Estados Unidos, a Inglat
existiam médiuns remunerados e era comum a adoção de “nomes de guerra” Ainda estava por surgir
Transformado em febre na Europa, o espiritismo se constituía apenas em bases fenomênicas, importa
Allan Kardec é quem vai dar um novo rumo ao seu desenvolvimento prático, acrescentando-lhe o pri
sentido moral.
Daí que, como não poderia deixar de acontecer – e veremos isso adiante –, Allan Kardec não pô
divergências com suas médiuns, em especial a principal do grupo, srta. Ruth-Céline Japhet.
Ela permaneceu atendendo ao seu público durante quase três anos seguidos, dando consultas m
transmitidas por Samuel Hahnemann, fundador da homeopatia, Anton Mesmer, fundador do mesme
Também lhe apareciam, ditando mensagens de orientação, Teresa d’Ávila e outros benfeitores espirit
Sigamos a cronologia. Roustan levou-a, em 1849, para uma sessão no palácio do conde d’Ourch
presentes: o conde e a condessa d’Ourche, o barão Louis de Guldenstubbé (possuo sua obra em minh
o casal De Lagia, o filósofo holandês barão Tiedeman-Marthèse, o sr. e a sra. Roustan, e o sr. Japhet, p
como médium Mme. Abnour, que havia acabado de retornar da América e estava mais familiarizada c
magnetismo. Ruth-Céline, com 12 anos, era a mais jovem dos presentes. Ao término dos trabalhos, M
encontro para convidar Guldenstubbé, Roustan e a Ruth-Céline para formar um grupo particular que
Abbé Chatel e das três demoiselles Bauvais, passaram a se reunir na casa onde então morava o sr. Jap
Martyrs nº 46 . Ao todo eram nove pessoas.
A partir da primavera de 1851, as sessões aconteciam duas vezes por semana, sob a direção do s
intuitivo, e com Roustan prosseguindo no auxílio médico-espiritual à srta Japhet, cuja saúde, em gera
precária. Ela mesma funcionou ali mediunicamente desde 1851 até 1857, ou seja, dos 14 aos 20 anos.
No ano de 1855, participavam das reuniões: Tierry, Taillandier, Tillman, Ramón De la Sagia, V
casal Roustan e, naturalmente, o sr. Japhet, a essa altura já viúvo, e a filha Ruth-Céline. Outra import
Maginot, a médium principal de Alphonse Cahagnet, o maior magnetizador da época. Com ele, pratic
magnetizadores de então iniciaram o aprendizado, inclusive Roustan. Pois bem, Roustan considerava
superior a Adèle Maginot.
Essas sessões copiavam o modelo norte-americano trazido por Mme. Abnour: Ruth-Céline fica
pelos demais participantes, com as cadeiras em forma de ferradura. Os espíritos se valiam da tiptolog
Assim aconteceu e se estendeu até meados de 1864, bem depois de já haver sido lançado O Livro dos
recebidas eram consideradas por todos como excelentes, de alto valor instrutivo.
Em 8 de maio de 1855, Allan Kardec assistiu pela primeira vez a uma sessão de espiritismo (me
sra. Plainemaison, na rue Grange-Batêlier nº 18. Ali conheceu o sr. Japhet e sua filha Ruth-Céline. El
contador) em casas comerciais.
Victorien Sardou tinha o seu próprio grupo de magnetizadores e há cinco anos vinha frequentan
Roustan, na rue Tiquetone nº 14. Ele é quem teria passado para Allan Kardec os cinquenta cadernos
espíritos, ponto de partida de O Livro dos Espíritos. Segundo outras fontes, Carlotti, velho amigo do p
integrava o grupo, é quem teria repassado os cadernos. Frequentavam essas sessões: Victorien Sardou
lexicógrafo Antoine Leandre Sardou; o futuro acadêmico Saint-Renné Taillandier; o livreiro e editor
Marthèse; e outros.
Naquele exato ano, no dia 1º de agosto de 1855, Allan Kardec é levado a participar das sessões e
filhas Caroline e Julie atuavam como médiuns, na rue Rochechouart nº 7. A primeira reunião com a p
realizou-se numa quarta-feira. Baudin era fazendeiro, cultivava açúcar, na ilha da Reunião, território
primeiros momentos, o Codificador quase abandona tudo, dada a frivolidade das sessões. Mas ele me
e ali tem início o esboço de O Livro dos Espíritos, seguido da confecção de grande parte da obra. Baud
rue Lamartine nº 32. Ainda em 1855, Allan Kardec é levado por seu amigo Victorien Sardou (outras f
partiu do sr. Leclerc) à casa do sr. Japhet, cuja filha contava 18 anos.
Em 1856, Allan Kardec começou a frequentar também as sessões em casa do sr. Roustan, na rue
Ruth-Céline psicografava com a cesta de bico (corbeille-toupie). Durante certo tempo, participou das
Roustan e do sr. Japhet. Ruth-Céline Japhet era sempre a médium principal, havendo Allan Kardec a
“eram sérias e se realizavam com ordem”. Tanto mais que ali se manifestou, pela primeira vez, O Esp

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Amélie Boudet (a Gabi, mulher de Allan Kardec) acompanhava-o sempre. Ali, teve início o seu t
passou de observador atilado a condutor dos objetivos das reuniões. O professor Rivail logo percebeu
eram de conteúdo transcendente e deveriam ser conduzidas no melhor aproveitamento. Javary era u
chamados de guia) das sessões de caráter público. Esse nome encobria um espírito que, na encarnaçã
americano. A partir de então, a história é bastante conhecida. Assumindo de fato o controle das sessõ
notáveis revelações, que irão comparecer nas páginas de O Livro dos Espíritos. Propõe abrir os trabal
prece e introduz novo método de perguntas. Na reunião de 1º de janeiro de 1856, estavam presentes:
Evangelista, Vicente de Paulo, Sócrates, Fénélon, Swedenborg, Hahnemann. Reuniam-se às quartas-f
1856, as médiuns passaram a usar a pena de pato em vez da corbelha tupia.
Nos primeiros momentos, a maior parte das respostas vieram pela mediunidade das irmãs Caro
amigas íntimas de Ruth-Céline. Em 1856, a família Baudin estava morando na rue Lamartine nº 32. O
no entanto, foram psicografados pela Ruth-Céline. Foi também por intermédio dela que o professor
abril de 1856, a primeira notícia sobre a sua missão. E também que soube da sua encarnação passada
Gálias, quando havia sido um sacerdote druida chamado Allan. Depois, pelo médium Roze, que irá co
Parisiense de Estudos Espíritas, os espíritos revelaram que o complemento do nome era Kardec. Esta
revelado de maneira fracionada, em duas etapas, é da srta. Japhet, em conversa com Aksakof. Posteri
feito a junção dos dois, na onomatópose que encobriria seu verdadeiro nome e que lhe teria custado a
injustas por sinal, durante o famoso Processo dos Espíritas. Allan Kardec narra que foi Z. (Zéfiro), seu
revelou o nome e que os dois viveram juntos nas Gálias. Acrescentou, noutra oportunidade, que tamb
gaulesas, encarnadas naquela mesma época de Kardec. Por sua vez, quase todos os do grupo da srta.
convertidos ao cristianismo. Já Ermance Dufaux – aproveito para revelar – recebeu de outro guia, no
vivera igualmente naquele grupo gaulês de Kardec. Apenas, concluiu-se, Ruth-Céline era egressa dou
As irmãs Baudin foram, portanto, as que mais concorreram para a primeira fase dos trabalhos d
Espíritos. Contudo, os espíritos recomendaram que fosse feita uma revisão ampla, de ponta a ponta, t
contribuição da srta. Japhet em sessões particulares, na residência de Roustan, na rue Tiquetone nº 1
principal, que se estendeu de junho a dezembro de 1856, tendo Alllan Kardec declarado que a médiu
boa vontade e o mais completo desinteresse a todas as exigências dos espíritos” (Revue Spiriite, 1858
desinteresse, parece que não foi bem assim...
Em princípios de 1857, Allan Kardec encaminhou à editora os originais e, em 18 de abril de 185
lançado, no Palais Royal, O Livro dos Espíritos, de repercussão imediata. Kardec arcou com todos os
Tiedeman-Marthèse, amigo pessoal, “não quis prestar o seu concurso pecuniário”, conforme apelo do
os contratempos, muito bem escamoteados do público em geral. Ruth-Céline Japhet estava com 20 an
Após essa data, Allan Kardec deixou o grupo do sr. Japhet e passou a fazer reuniões na sua próp
lado, na rue des Martyrs nº 8, onde morou de 1856 a 1860, ano este em que se mudou para a passage
também da Revue Spirite.Ruth-Céline, Caroline e Julie estavam noivas e logo se casaram. Allan Kard
entrar em detalhes, que, pelos fins de 1857, as duas Baudin se casaram, as reuniões cessaram e a famí
não mencionada, também se casou e, estranhamente, nunca mais se falou delas. Há registros de que,
realmente fazer descer sobre a médium Japhet uma cortina de silêncio, ao tempo em que se distingui
estudiosos, dois pensamentos distintos quanto à questão da reencarnação (espiritualistas versus magn
Mme. Japhet, afastada, guardava algumas desolações enquanto espalhavam que ela havia desencarna
descompassos com membros do grupo da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Nesse grupo de
complicadas, pois o próprio Allan Kardec irá escrever, mais tarde, que foi traído dentro da entidade.
como morta, a verdade é que Mme. Japhet prosseguiu dando consultas até pelo menos meados de 18
o marido em Paris, na rue des Enfants Rouges, G.
Como geralmente acontece (até no seio do apostolado de Jesus aconteceu), o lançamento de O L
impacto estrondoso em todos os círculos religiosos e culturais, mas trazendo também no seu bojo algu
entre os integrantes do grupo de Roustan, onde havia permanecido a srta. Japhet, e o grupo que acom
sessões na sua residência, onde viria a ser preparada a segunda edição definitiva de O Livro dos Espír
Allan Kardec nunca escondeu que Ruth-Céline Japhet e as irmãs Caroline e Julie Baudin foram
trabalho da srta. Japhet, após passar à modalidade direta de psicografia, era completamente mecânic
dificuldade em seguir o enredo do que escrevia. Sem embargo de nunca haver sido impedida por seu
atrevia a escrever a sós. O trabalho final da revisão de O Livro dos Espíritos, inclusive a Introdução e
que integralmente através da mediunidade dela, na casa dela, às vezes com a colaboração do seu pai e

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considerados mais difíceis. Já a revisão da segunda edição, de 1860, coube em grande parte à médium
na residência do próprio Codificador.
Ainda na conversa que teve, em 1873, com o conhecido pesquisador russo Alexandre Aksakof, a
lamentou de que não havia recebido nenhum exemplar de O Livro dos Espíritos e que Allan Kardec, a
montar o próprio, com o médium Roze, levara um maço de manuscritos com os quais, em parte, foi c
em 1861. Tentara reavê-los, mas soube apenas que Allan Kardec havia sugerido que ela reclamasse na
declaração, ao confessar-se magoada com os acontecimentos da época que, no fundo, ocultavam algo
Contudo, não devemos precipitar ilações que podem estar divorciadas das intenções. Em prime
de quem eram os manuscritos. Da médium, ou de Kardec? Mensagens e respostas vinham pela mediu
costumavam ser propostas por Kardec. Provavelmente, não desejando que se criasse uma situação de
Kardec preferiu acenar com as leis pretendendo talvez que tudo se resolvesse no âmbito imparcial da
natural para os que almejam contornar pendências pessoais. No fundo, é até justo supor que de fato e
circunstância importante para ambos. Ruth-Céline também lamentou não ter seu nome e nem o dos d
publicados. Seria uma compensação para quem trabalhara de graça. Ora, tendo produzido grande pa
da obra, a médium vivia, no mais, uma época de ignorância em que a mediunidade valia dinheiro. Po
considerando prejudicada.
Allan Kardec, por seu turno, que ganhava dinheiro com suas obras pedagógicas (justa remunera
profissional), prontamente despertou para uma visão ética muito mais profunda da nova religião que
poderia concordar, mesmo que quisesse e pudesse – como poderia, é claro, se houvesse falhado na m
mercantilização que desmoralizaria, na origem, o ensinamento dos próprios espíritos no sentido de q
notadamente mediúnico, deveria ser remunerado. Acresce que o público, embora estivesse acostuma
acreditaria numa nova mensagem cristã-espírita sabendo que havia sido obtida à custa de dinheiro. P
novo para ser entendido de pronto pelos médiuns profissionais da época... Allan Kardec, em sua visão
bem e mais rápido ainda a importância desse critério e não poderia ceder; mas a srta. Japhet e todos
contemporâneos não tinham a menor capacidade de alcançar todos os valores dessa estranha moral.
Codificador; e perdoar a mais qualificada médium do período.
Kardec e Japhet eram missionários, mas faltava a ela a visão luminosa que aflorou nele em rela
à substância dos preceitos da Terceira Revelação. Reencarnacionistas, médium e Codificador não tinh
respeito dessa questão fundamental e, pois, estavam do mesmo lado; mas a questão da omissão do se
forçada a quaisquer pagamentos profissionais, convenhamos que era demais para o entendimento de
exibia anos-luz de progresso espiritual e rapidamente assimilou o juízo ético. De qualquer forma, com
alegar desconhecimento da lei, o espírito Ruth-Céline Bequet não se perdoaria, na espiritualidade, de
inconformismo, impondo-se a si mesma uma nova missão em que, nas mesmas condições de grande m
as tentações para testemunhar seu desprendimento total, sua humildade extrema e seu amor incondi
de Jesus
Assim, aquela crise do século XIX se transformou num cravo para o espírito que, no século segu
comprometido em ampliar seu esforço mediúnico no trabalho desinteressado de desdobramento da r
conseguira evoluir o bastante para cair em si e consertar seu posicionamento anterior. Essa parte da h
conhecem. A largueza foi sempre um marco de honra na mediunidade do missionário de Pedro Leop
toda como prisioneiro de invencível respeito à humildade. Francisco Cândido Xavier refugou sistema
direta ou indireta, que pela vida afora foi surgindo em termos de remuneração material. Nunca aceito
compensação, e viveu do seu trabalho de escriturário, depois de sua mísera pensão oficial e, mais na v
particulares lhe ofereciam, mas sempre em troca de nada. Conheci alguns deles.
Era preciso reparar aquele tropeço do passado. Conseguiu. Chico Xavier foi um vencedor e sabi
sacrificar até aos limites do impossível para exemplificar o que poderia ter aprendido, nesse particula
Allan Kardec. Teve sempre repulsa – esse é o termo exato – a qualquer tipo de compensação por seu
períodos de grandes dificuldades e de grandes tentações. Mas manteve altaneira a dignidade e a sua c
Nunca teve adrenalina para acompanhar os acontecimentos que lhe envolviam o nome associando-o
recompensado na terra.
Inobstante, é sempre necessário repisar que Ruth-Céline foi uma mulher de muitas virtudes e m
romântica, era uma figura que se destacava do biotipo francês. Tinha personalidade, talento próprio e
reconhecida por todos que privavam da sua amizade e da sua intimidade. Não era sem motivo que Am
tratava de filha. Magrinha, pálida, esculpida de grandes olhos negros e de espessa cabeleira negra, co

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dos povos orientais. Muitos a julgavam de origem árabe. Sua vida misturou dor e amor, num caleidos
Ruth-Céline Japhet teve uma encarnação como hebreia, no Egito; depois, retornou como judia,
encarnação na Palestina; e uma outra vida como moura, em Portugal. O ramo de sua família descend
portugueses, convertidos há séculos ao cristianismo. Essas encarnações, levantadas pelo erudito pesq
tiveram, por escrito, o endosso de Emmanuel, através do próprio médium.
Bem, essa é a história de Ruth-Céline Bequet, conhecida por srta. Japhet, e que veio reencarna
Cândido Xavier, conhecido por Chico Xavier.
E, antes de encerrar e para esfriar de vez o fricote dos mais fanáticos, chamo atenção para três
1. Há uma comunicação de Allan Kardec, ditada em 30.3.1924, e publicada na Revue Spirite de
2. Francisco Cândido Xavier tinha Zilda Gama na conta de médium excepcional, sobre quem es
FEB, em 1946, expressando seu contentamento e reconforto pela notícia de mais um livro por ela psi
mensagem de Allan Kardec, recebida em 27.12.1912, estampada, com mais outras, no seu precioso liv
(possuo a 2ª edição de 1943).
3. Na década de 60, Francisco Cândido Xavier admitiu, para um grupo reservado de amigos, qu
reencarnado. Nascido no Brasil, foi estudar na Suíça e vive lá até hoje, com dupla nacionalidade (A.L.
completamente descartada – tinha ao menos um mínimo de coerência. Trata-se de professor humani
principalmente filosófica, e é admirado pelos círculos mais cultos do magistério suíço. Só que ele mes
do assunto.
Relacionei, no início deste texto, estas e outras reencarnações que pude registrar desse espírito
observado, trata-se de espírito que tem voltado sucessivamente na forma feminina, ocorrendo a exceç
1910, tendo em vista a missão com a qual se comprometera. Se mais uma vez tivesse vindo como mul
início de século, jamais teria qualquer chance de se fazer ouvido e respeitado. O preconceito era muit
qualquer nivelamento dos sexos.
E cabe a indagação: vindo como veio num corpo masculino, quem cometeria o despautério de
personalidade não era uma mulher declarada, em todos os sentidos? Seu psiquismo jamais traiu a ap
psicologia behaviorista tinha o carimbo consagrado dos automatismos, dos reflexos, dos gestos, dos m
delicada, colorida e formosa mulher.
É possível, em sã consciência, identificar nesse perfil dúlcido, dúctil e delicado qualquer sinal d
personalidade de Allan Kardec? Só à conta de intragável degenerescência neurônica de idólatras aped
nesse desconchavo não passa de mais uma ideia desonesta com o espiritismo.

LUCIANO DOS ANJOS


Rio, 5.5.2010

Fonte: Luciano dos Anjos

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