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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

JOSÉ EDILSON GARCIA BEZERRA FILHO

AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS NO SETOR DE ESTERILIZAÇÃO DE


MATERIAIS EM UMA CLÍNICA ODONTOLÓGICA

QUIXADÁ-CE
2019
JOSÉ EDILSON GARCIA BEZERRA FILHO

AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS NO SETOR DE ESTERILIZAÇÃO DE


MATERIAIS EM UMA CLÍNICA ODONTOLÓGICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial para obtenção do grau
de bacharel em Engenharia de Produção no
Centro Universitário Católica de Quixadá.

Orientador(a): Prof.ª Me. Jair Paulino de Sales

QUIXADÁ-CE

2019
JOSÉ EDILSON GARCIA BEZERRA FILHO

AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS NO SETOR DE ESTERILIZAÇÃO DE


MATERIAIS EM UMA CLÍNICA ODONTOLÓGICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial para obtenção do grau
de bacharel em Engenharia de Produção no
Centro Universitário Católica de Quixadá.

Aprovado em ___/___/____

BANCA EXAMINADORA

_________________________________

Prof.ª Me. Jair Paulino de Sales

Orientador(a)

__________________________________

Prof. Me. Jardel de Souza Belo

Membro

__________________________________

Prof. Dr. Francisco Franklin Sousa Rios

Membro

QUIXADÁ

2019
RESUMO
As clinicas de atendimentos universitários que são localizadas dentro das próprias Instituição
de Ensino Superior (IES), vem a cada dia si desenvolvendo e se aperfeiçoando na
aprendizagem e buscando sempre excelência no aprendizado com qualidade do seu serviço e
na qualidade dos seus alunos e na segurança tanto dos alunos quanto dos seus clientes. A
presente pesquisa realizada em uma Central de Material e Esterilização (CME) dentro de uma
clínica de atendimento odontológico universitário. Onde buscamos analisar e identificar os
riscos ocupacionais proveniente do setor de esterilização. A análise de comprimento da norma
regulamentar vista pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, a Resolução (ANVISA) da
Delegação Colegiada nº15 (RDC nº15) que é vigente na regulamentação das acomodações
internas dos CME, para saber si a instituição estar cumprindo com a resolução. Com isso
nesse projeto utilizou-se de um mapa de risco e um checklist para tentar alcançar os objetivos
proposto pelo CME.

Palavras-chave: mapa de risco, segurança do trabalho e risco ocupacional


ABSTRACT

The clinics of university attendance that are located within the Institution of Higher Education
(IES), comes every day si developing and improving in the learning and always seeking
excellence in learning with quality of its service and in the quality of its students and in the
security both the students and their clients. The present research carried out in a Material and
Sterilization Center (CME) within a university dental care clinic. Where we seek to analyze
and identify the occupational hazards coming from the sterilization sector. The length analysis
of the regulatory norm seen by the National Health Surveillance Agency, the Resolution
(ANVISA) of Delegation Collegiate nº15 (RDC nº15) that is in force in the regulation of the
internal accommodations of the CME, to know if the institution is complying with the
resolution. With this in mind, this project used a risk map and a checklist to try to achieve the
goals proposed by the CME.

Keywords: map of risk, occupational safety and occupational risk


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Classificação dos Riscos Ocupacionais ..................................................... 14


Figura 2- Mapeamento do Processo de Esterilização ................................................ 19
Figura 3- Mapa de Risco do CME............................................................................. 22
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CLT Consolidação das leis do Trabalho

CME Central de Material e Esterilização

EPC Equipamentos de Proteção Coletiva

EPI Equipamento de Proteção Individual

NR Normas Regulamentadoras

RDC Resolução da Diretoria Colegiada

SST Saúde e Segurança do Trabalho


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 10
2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 10
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 10
3 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 11
3.1 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................................. 11
3.2 RISCOS OCUPACIONAIS ............................................................................................ 12
3.3 LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO .......................................................................... 14
4 METODOLOGIA................................................................................................................ 17
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................................19
5.1.MAPEAMENTO DO PROCESSO ...................................................................................19
5.2.MAPA DE RISCO..............................................................................................................20
5.3. AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO À RDC Nº 15. .....................................................23
6. CONCLUSÃO...................................................................................................................25

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................26

ANEXO I - ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA CENTRAL DE MATÉRIA E


ESTERILIZAÇÃO (CME) .................................................................................................... 29
8

1 INTRODUÇÃO

Do ponto de vista epistemológico, Saúde e Segurança do Trabalho (SST) é


compreendida como uma área de pesquisa interdisciplinar que se preocupa, sobretudo,
com a identificação de possíveis causas de acidentes no ambiente de trabalho. Busca,
também, prevenir o acontecimento de tais eventos através do redesenho de processos e
reorganização de layouts, por exemplo (BARSANO; BARBOSA, 2018).
Especificamente, a SST tem como principal objetivo a prevenção de acidentes e
doenças ocupacionais, bem como outras formas de agravos à saúde do profissional. Do
ponto de vista administrativo, se preocupa em planejar e supervisionar as atividades
ligadas à segurança do trabalho. Desta forma, a SST visa assegurar a garantia de
condições que eliminem ou reduzam ao mínimo os riscos de ocorrência de acidentes de
trabalho, observando cumprimento de toda a legislação pertinente (FREITAS, 2016).
No Brasil, a SST é regida pelas as Normas Regulamentadoras (NR) e pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essas leis tratam de aspectos gerais e
estabelecem metodologias especificas para cada tipo de atividade, com intuito de
fiscalizar as empresas (ARAÚJO, 2005).
Com isso, para que as empresas possam colocar em prática as normas de
segurança do trabalho, algumas ações tornam-se imprescindíveis. Dentre essas medidas
para o cumprimento da legislação vigente aponta-se a criação de uma Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CIPA), que fomenta o incentivo e
disponibilização a respeito do uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) e
coletivo (EPC). Em algumas situações, a legislação apenas orienta sobre as boas
práticas como, por exemplo, a respeito da obrigatoriedade em relação à criação da
CIPA, que se exige um mínimo de 100 funcionários (ROJAS, 2015).
Observando que cada vez mais cresce a atenção em relação à SST nos diferentes
campos de trabalho e nas diferentes atividades, a ao interligar a segurança do trabalho
com as atividades desenvolvidas na área da saúde, observa-se que não é somente a
importância de preservar e proteger o funcionário, mas também o cliente que será
beneficiado com tais serviços.
No que se refere ao presente trabalho, ao analisar os processos internos de uma
clínica odontologia universitária, verificou-se que a etapa de esterilização é
imprescindível para todo e qualquer processo a ser realizado, de forma que minimize
e/ou elimine a possibilidade de acidentes, sobretudo por contaminação. Isso porque, tal
9

etapa envolve o uso de instrumentos e ferramentas que terão contato com os


participantes do processo (no caso específico de uma clínica odontológica, pacientes e
profissionais).

Desse modo, verifica-se que o cumprimento da norma e/ou legislação não


somente se faz obrigatório, mas também necessário como forma de maximizar a
qualidade do tipo de serviço a ser realizado. Então, é válido afirmar que a má
esterilização dos materiais pode causar riscos à saúde tanto do paciente quanto do
próprio profissional que irá utilizá-lo. Dentre os principais riscos, podem ser citados a
contaminação por doenças infectocontagiosas. Com isso, cumprir os requisitos das
normas sanitárias a respeito da esterilização garante que, durante a limpeza dos
aparelhos, haja a redução de até 99,99% dos microrganismos (MALDONADO;
MOTTA, 2015).

Diante do exposto, além de colaborar com a minimização de tais eventos não


desejáveis, o não cumprimento das normas de higiene e segurança pode levar a empresa
a ser punida com multa, dentre outras penalidades. E, por essa razão, deseja-se estudar a
existência de riscos associados ao processo esterilização de instrumentos de uma clínica
odontológica universitária, bem como verificar o cumprimento, adequação e
aplicabilidade da norma Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 15.
É válido ressaltar que, a verificação será realizada a partir da análise do
ambiente, com o auxílio de em um checklist (em anexo) elaborado com base na norma
supracitada e no roteiro de inspeção sanitária da prefeitura municipal de Recife. Esse
checklist auxiliará na comparação entre o que é previsto na legislação e o que é
realizado na prática pela clínica odontológica. Com isso, objetiva-se analisar os riscos
ocupacionais existentes no processo de esterilização de materiais de uma clínica
odontológica de uma IES, além de verificar e avaliar o cumprimento das normas
supracitadas.
10

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O presente estudo tem como objetivo geral analisar os riscos ocupacionais


existentes no processo de esterilização de materiais em uma clínica odontológica
instalada em uma instituição de ensino superior (IES), além de verificar o cumprimento
da resolução RDC nº15.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

i. Analisar o processo de esterilização executado na CME;


ii. Realizar o mapeamento do processo de esterilização;
iii. Verificar as condições de trabalho e identificar os riscos ocupacionais no setor
de esterilização através da elaboração de um mapa de riscos;
iv. Verificar e avaliar o cumprimento da resolução RDC nº15 por meio da aplicação
de um checklist;
11

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Como subsídio para a construção desse trabalho, os fundamentos teóricos acerca


da SST, riscos ocupacionais e legislação vigente serão apresentados nas subseções a
seguir.

3.1 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

A SST pode ser definida como a ciência que estuda as possíveis causas dos
acidentes e incidentes ocorridos no ambiente de trabalho e busca prevenir o
acontecimento de tais eventos. Tem como principal objetivo a prevenção de acidentes e
doenças ocupacionais, bem como outras formas de agravos à saúde do profissional e
supervisionar as atividades ligadas à segurança do trabalho. (BARSANO, 2014).

Cabe à SST, junto com outros conhecimentos correlatos (medicina do trabalho,


ergonomia, saúde ocupacional, segurança patrimonial), identificar os riscos que levam à
ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, avaliar seus efeitos na saúde do
trabalhador e propor medidas de intervenção técnica a serem implementadas nos
ambientes de trabalho (MATTOS; MÁSCULO, 2019).

Historicamente, as questões relacionadas à saúde e segurança do trabalhador


começaram a ser discutidas no ano de 1700, a partir da publicação de um livro de
Bernardino Ramazzini, que buscou estudar as diferentes ocupações laborais, como eram
realizadas e os riscos envolvidos nelas (DELWING, 2002).

Já no Brasil, o surgimento da SST se deu somente por volta de 1919, com a


criação da 1ª Lei de Assistência Médica e Indenização para Acidentes do Trabalho,
através do Decreto Legislativo nº 3.724. E, somente em 1943, houve a aprovação da
Consolidação das Leis Trabalhistas, por meio do Decreto Lei n° 5.452 (DELWING,
2002).

Atualmente, os dados sobre acidentes e doenças diretamente relacionados ao


ambiente de trabalho, bem como as razões de ocorrência desses acidentes, têm feito
com que as empresas se conscientizem sobre a importância de investir em segurança do
trabalho. Nesse sentido, tratar a SST como um investimento pode fazer com que a
empresa ganhe tanto com a redução de gastos com acidentes, como também ganhe com
um ambiente mais agradável e seguro. Como resultado, pode-se obter uma maior
12

produtividade e qualidade, melhoria do clima organizacional e do ambiente de trabalho


como um todo.

No que diz respeito à legislação brasileira, é válido ressaltar que as Normas


Regulamentadoras (NR) atualmente em vigor foram criadas pela Portaria GM nº 3.214,
de 8 de junho de 1978, com a finalidade de regulamentar o Capítulo V, Título II da
CLT, relativo à área de Segurança e Medicina do Trabalho. Atualmente a referida
legislação conta com 36 NR’s, aplicadas à segurança do trabalho (BARSANO, 2014).

É importante ressaltar que as NRs são importantes para os empresários, assim


como para funcionários e clientes, uma vez que elas asseguram um ambiente de trabalho
com segurança. E, no caso específico das atividades realizadas no setor da saúde,
verifica-se que tais normas buscam também assegurar que o ambiente onde paciente
será atendido seja adequado (ARAÚJO, 2005).

3.2 RISCOS OCUPACIONAIS

Os riscos ocupacionais podem ser definidos como aqueles que podem afetar a
integridade física do trabalhador ou o meio ambiente. Eles podem ser divididos em
cinco tipos, que são: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes,
descritos a seguir (SILVA et al., 2014), os quais são descritos a seguir.

a) Riscos físicos: podem ser classificados como ruídos, vibrações, radiações


ionizantes e não ionizantes, pressões anormais, temperaturas extremas,
iluminação deficiente, umidade, dentre outros;
b) Riscos químicos: podem ser classificados como poeiras, fumos, nevoas, vapores,
gases, produtos químicos em geral;
c) Riscos biológicos: podem ser classificados como vírus, bactérias, protozoários,
fungos, bacilos, parasitas, insetos, cobras, aranhas, outros;
d) Riscos ergonômicos: podem ser classificados como por trabalho físico pesado,
posturas incorretas, treinamento inadequado/inexistente, trabalhos em turnos,
trabalho noturno, atenção e responsabilidade, monotonia, ritmo excessivo, entre
outros;
e) Riscos de acidentes: podem ser classificados como “arranjo físico inadequado,
máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou
defeituosas”.
13

Contextualizando os riscos ocupacionais com os trabalhadores da área de saúde,


verifica-se que estes estão expostos aos mesmos riscos (químicos, físicos, ergonômicos,
biológico e risco de acidentes) a que estão sujeitos os trabalhadores de outras áreas,
entretanto, salienta-se um destaque àqueles representados por agentes biológicos. Tal
fato pode ser justificado devido à exposição constante ao sangue e outros fluídos
orgânicos contaminados por uma variedade de patógenos (ALMEIDA; BENATTI,
2007).

Nesse ínterim, a literatura tem indicado que é de grande importância a


implementação de um gerenciamento de riscos coerente com a realidade da empresa,
bem como aos riscos a que os funcionários estão expostos. Esse gerenciamento de
riscos, por sua vez, pode ser definido como a:

implementação das estratégias de controle e prevenção, que são


definidas a partir da avaliação da tecnologia de controle disponível, da
análise de custos e dos benefícios, da aceitabilidade dos riscos e dos
fatores sociais e políticos envolvidos (FREITAS, 1996).

Desse modo, a gestão de riscos é um conjunto de ações estratégicas que


engloba atividades como identificação, administração, condução e prevenção dos riscos
ligados a uma determinada atividade. Para Cardella et al. (2016), “gestão de riscos é o
conjunto de instrumentos que a organização utiliza para planejar, operar e controlar suas
atividades no exercício da função controle de riscos”. Além disso, ressalta-se que ela
não se resume à ação de detectar e controlar os possíveis riscos, mas permite criar um
ambiente de melhorias.

Por meio da avaliação dos riscos é possível comparar os fatos e os dados. Isso
porque, a gestão de riscos atua na mudança do processo de produção, podendo alterar a
localização de equipamentos ou ainda substituído aqueles que podem ocasionar riscos
ao trabalhador, por exemplo, fazendo com que o ambiente fique mais seguro. Logo,
com a gestão de riscos, é possível fazer com que os acidentes diminuam e,
consequentemente, evite o afastamento do funcionário de suas atividades laborais. Além
disso, minimiza os gastos extras decorrentes desse afastamento
.(DAMODARAN,2008).

Já o mapa de risco consiste de uma representação gráfica de um conjunto de


fatores inerentes aos ambientes de trabalho que podem acarretar em prejuízos à saúde
dos trabalhadores. Como fatores que se originam de alguns elementos do processo de
14

trabalho (matérias, equipamento, e nos espaços de trabalho), assim como a forma de


organização de processos em execução (arranjo físico, ritmo e métodos de trabalho).
(RODRIGUES; SANTANA, 2015).

Figura 1- Classificação dos Riscos Ocupacionais

Fonte: NOGUEIRA, S. A; et al (2015).

O mapa de risco é constituído com base em uma planta baixa do local de


trabalho e a designação dos riscos através de símbolos (normalmente círculos) e cores.
O diâmetro dos círculos indica o nível do risco abordado. Comumente, os níveis
adotados na construção de um mapa de risco são três: (i) pequeno; (iii) médio e (iii)
grande (BENATTI et al., 2000).

3.3 LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO


A SST, no Brasil, é regida pela Constituição Federal de 1988 (CF/88), com
apoio dos poderes federal, estadual e municipal. Atualmente, existem 36 NR’s. Cada
NR trata do conjunto de requisitos e procedimentos relativos à segurança e medicina do
trabalho, de observância obrigatória às empresas privadas, públicas e órgãos do governo
que possuam empregados regidos pela CLT. Nesse contexto, pode-se citar algumas
normas regulamentadoras que são utilizadas em ambientes da área da saúde (ARAÚJO,
2005).
15

i. NR 4 - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do


Trabalho (SESMT);
ii. NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
iii. NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
iv. NR 7 - Programa de Controle Medico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
v. NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);
vi. NR 15 - Atividades e Operações Insalubres;
vii. NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.

A norma reguladora no ambiente da saúde é a NR 32, cuja finalidade é


estabelecer normas para garantir a saúde e segurança do trabalhador no serviço da
saúde. Segundo Roberto et al. (2014), a NR 32 estabelece, de forma objetiva, diretrizes
básicas para qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da
população e a todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino
em saúde, visando a implementação de medidas de prevenção aos profissionais, como
medidas de controle, programas de prevenção de EPI’s adequados, garantido todas as
condições de segurança, proteção e prevenção aos trabalhadores.

A referida norma ainda propõe a identificação dos riscos biológicos mais


prováveis, considerando: fontes de exposição e reservatórios; vias de transmissão e de
entrada; transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente; persistência do
agente biológico no ambiente; estudos epidemiológicos ou dados estatísticos; outras
informações científicas. Além disso, norteia a utilização de vestimenta de trabalho
adequada, obriga as empresas a proporcionar capacitação adaptada à evolução do
conhecimento e à identificação de novos riscos biológicos. Aborda a manipulação de
quimioterápicos, proteção radiológica, como devem ser os ambientes para trabalho, tais
como lavanderias hospitalares, estocagem de resíduos, dentre outros.

Verifica-se que além de NR nº 32 ainda existem normatizações especificas para


atividades que são desenvolvidas no setor de saúde, dentre elas está a Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) de nº 15, que estabelece os requisitos de boas práticas para o
funcionamento dos serviços que realizam o processamento de produtos para a saúde,
visando a segurança do paciente e dos profissionais envolvidos.
16

Este regulamento, em específico, aplica-se à Central de Material e Esterilização


(CME) dos serviços de saúde e para as empresas envolvidas no processamento de
produtos para a saúde. A RDC nº 15 é uma resolução da agência nacional de vigilância
sanitária.

É interessante ressaltar duas das principais legislações que regulamenta a SST,


que são a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V do Título II
da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à segurança e medicina do trabalho e dá
outras providências; e a portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 , que aprovou as NR’s
a partir da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do
Trabalho (BRASIL, 1978; 1997).
17

4 METODOLOGIA

Tendo em vista que esta pesquisa tem como objetivo avaliar os riscos
ocupacionais no setor de esterilização de materiais de uma clínica odontológica, a
metodologia utilizada baseou-se em um estudo de caso. Segundo Yin (2015), estudos de
caso são considerados estudos empíricos que pesquisam, em um determinado ambiente,
fenômenos que acontece e se fazem presente no mesmo. Já para Gil (2008), “o estudo
de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos,
de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado”.

Quanto aos objetivos, esta classifica-se como sendo uma pesquisa exploratória
de abordagem qualitativa e natureza aplica, uma vez que foca na identificação e análise
de um fenômeno em específico a partir da descrição sobre suas variáveis. Por fim,
classifica-se como um estudo bibliográfico, que é um estudo desenvolvido por matérias
já elaborado constituindo principalmente por livros, artigos científicos e entre outros
(GIL,2008).

O estudo foi realizado na Central de Material e Esterilização (CME), localizada


em uma unidade de aprendizado voltado ao atendimento odontológico, sendo composta
por diversas atividades, dentre elas cirurgias, endodontia, ortodontia, saúde coletiva. O
objetivo principal do CME é prestar serviços de esterilização que mantenham a
qualidade no atendimento e na sua distribuição, devendo atender aos quesitos da
segurança e prevenção no controle dos riscos de contaminação tanto no ambiente
interno quanto no externo. O referido setor possui 7 funcionários que compõem as
instalações e o local de realização da pesquisa foi no setor de esterilização de materiais.

O procedimento adotado nesse trabalho foi composto pelas etapas descritas a


seguir: (i) coleta de dados; (ii) mapeamento do processo de esterilização; (iii)
identificação dos riscos ocupacionais no setor e elaboração do mapa de risco; (iv)
realização do checklist.

Na primeira etapa, a coleta de dados foi realizada por meio da inserção na CME
através da observação sobre os processos realizados pelos funcionários e alunos no dia a
dia, focando, principalmente nos fluxos de materiais a serem esterilizados. A partir das
informações coletas, realizou-se o mapeamento do processo de esterilização (segunda
etapa).
18

A seguir, na terceira etapa, tomando por base os resultados provenientes das


fases anteriores, realizou-se a identificação dos riscos ocupacionais tomando por base a
classificação proposta por Silva et al. (2014). Esta classificação adota as cinco
tipologias de riscos ocupacionais (Seção 3.2). Após identificação dos riscos e análise
dos mesmos, elaborou-se o mapa de risco referente ao setor em questão (quarta etapa).

Por fim, na quinta etapa, realizou-se um checklist (anexo1) elaborado com base
na norma supracitada e no roteiro de inspeção sanitária da prefeitura municipal de
Recife a fim análise acerca do cumprimento da RDC nº15. Este foi respondido
juntamente com a coordenadora da CME.
19

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados encontrados foram analisados em três categorias que visão


responder aos principais objetivos propostos nesse trabalho, que são: mapeamento do
processo de esterilização; identificação dos riscos e elaboração do mapa de risco; e
avaliação do cumprimento à RDC nº15.

5.1 MAPEAMENTO DO PROCESSO

Após análise das atividades referentes ao processo de esterilização realizado na


CME, verificou-se que esse pode ser dividido em quatro subprocessos (Figura 02),
detalhados a seguir.

O processo de esterilização tem início com a chegada do material utilizada na


clínica como bandeja, espelho clínico, placa de vidro, pinça de dente e entre outros, o
qual é direcionado ao setor de expurgo. Este setor se caracteriza como o local onde a
primeira etapa de limpeza material é realizada que é feita por alunos e funcionários.

Dando seguimento, após a limpeza preliminar realizada no expurgo, o material é


direcionado ao subprocesso denominado Preparo. Nesta fase se realiza a secagem do
material úmido que é feita por uma pistola de ar comprimido e papal toalha, e seguida
para a colocação em grau cirúrgico, a função e feita por alunos e funcionários.

A seguir, o material é direcionado à Esterilização, onde é colocado dentro de


uma autoclave, que é o aparelho utilizado para realização desse processo.

Após termino da esterilização, o material é direcionado para a Distribuição, que


consiste no processo de separação e armazenamento do material já limpo e pronto para
ser utilizado novamente.

Figura 2 - Mapeamento do Processo de Esterilização

Expurgo Preparo Esterilização Distribuição

Fonte: Autor (2019)


20

5.1.MAPA DE RISCO

A partir da análise e avaliação dos riscos pertinentes à execução do processo em


questão, elaborou-se um mapa de risco na CME (Figura 03). Salienta-se que o
respectivo mapa de risco foi submetido, analisado e aprovado por um representante da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da referida instituição.

Como análise geral deste trabalho, percebe-se que a tipologia Risco Ergonômico
foi a mais frequente em todo setores da CME, apresentando-se com a intensidade
grande na central de distribuição e preparo, médio no expurgo e esterilização e pequeno
na sala de acesso à distribuição.

Especificamente, na etapa de expurgo foram identificados três tipos de riscos:


ergonômico, químico e biológico. Neste caso, o risco biológico é o de maior relevância
em decorrência da chegada de materiais contaminados, por conta que esses materiais
contaminado pode ocasionar riscos à saúde.

Ainda no Expurgo, o risco químico foi considerado médio por conta dos
componentes químicos específicos do processo da lavagem dos materiais contaminados.
Já o risco ergonômico foi considerado como pequeno, uma vez que os alunos e
funcionários executam todas as atividades em pé. Salienta-se que, referindo-se ao risco
ergonômico, este torna-se ainda relevantes ao se analisar que as bancadas são muito
baixas, o que pode acarretar desconforto para alunos e funcionários com maiores
estaturas.

No setor referente ao Preparo foram identificados quatro riscos: ergonômico,


físico, biológico e de acidentes. O risco ergonômico em questão é o mesmo do Expurgo
(atividades executadas em pé; bancadas baixas). Já o risco de acidentes surge em
decorrência de setor possuir uma pequena área, aproximadamente 17,46 m², para o
número de alunos e funcionários que o utilizam o setor.

Em se tratando do risco físico, este surge em decorrência da utilização de


pistolas de ar-comprimido para realizar a secagem dos materiais já limpos. A execução
incorreta do equipamento pode acarretar danos físicos, inclusive lesões ao sistema
auditivo. Já o risco biológico faz-se presente uma vez que os materiais que serão
preparados para a esterilização ainda podem conter agentes infecciosos.
21

Na etapa de Esterilização foram verificados três riscos: ergonômico, físico e


acidente. No risco ergonômico verifica-se o grande tempo que os profissionais passam
escrevendo, colocando o número do lote em todos os materiais que vão ser esterilizados,
o que indica possibilidade para o desenvolvimento de lesões por esforço repetitivo
(LER). Ademais, os funcionários também passam muito tempo sentados em cadeiras
que não são adequadas.

O risco físico nesse setor ocorre em decorrência das autoclaves, que são de
pressão e isso pode ocasionar um acidente, e torna o ambiente muito quente. Já o risco
de acidentes surge devido à disposição incorreta de equipamentos (há um carrinho
externo da autoclave, utilizado para colocar os materiais que vão para a esterilização no
meio da sala para transporte).

No setor de Distribuição são identificados três riscos: ergonômico, físico de


acidentes. O risco ergonômico desse setor ocorre em decorrência da disposição irregular
de prateleiras onde são colocas caixas com os materiais dos alunos. Já o risco físico
surge em face de que, após retirados das autoclaves, os materiais se encontram em
elevada temperatura.
22

Figura 3 - Mapa de Risco do CME

Fonte: Autor (2019)


23

5.3. AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO À RDC Nº 15.

Através do checklist (Anexo I), avaliou-se o cumprimento à RDC nº 15 por parte


da clínica odontológica, foco deste trabalho. Em se tratando das condições
organizacionais, constatou-se que a respectiva instituição cumpre com todos os
requisitos estabelecidos na norma.

Na seção Equipamentos, verificou-se que a manutenção é exclusivamente


corretiva, ou seja, esta só ocorre quando os equipamentos param de funcionar. Tal
abordagem traz malefícios para os processos realizados, uma vez que a inexistência de
abordagens mais eficientes de manutenção (como a manutenção preventiva ou
preditiva) propiciam a ocorrência de eventos extremos.

Já sobre a Estrutura física, verifica-se que a RDC cita, no 13º requisito, uma
área denominada “área de recepção e limpeza” e que não existe na clínica odontológica.
Entretanto, a inexistência deste ambiente ocorre em face dos materiais serem dos
próprios alunos, e não da instituição.

Referindo-se à Limpeza da clínica, a RDC nº 15 especifica que, além da limpeza


manual de produtos para saúde com conformação complexa, esta deve ser
complementada por limpeza automatizada em lavadora ultrassônica. Para o caso em
questão, verificou-se que apenas a limpeza manual era realizada. O enxague de a clínica
estar cumprindo todos os requisitos da RDCnº15.A única coisa e que não e utilizado
água purificada para a limpeza dos matérias.

O preparo da clínica estar cumprindo os requisitos da RDCnº15, a única coisa a


que clínica não utiliza e o papal Kraft, usa no lugar desse o grau cirúrgico para a
colocação dos matérias para a esterilização. E na clínica não utilização de caixa metálica
sem furos, e utilizado caixa metálica com furos para colocar alguns matérias para
esterilização.

A esterilização da clínica não estar cumprindo o seguinte requisitos da


RDCnº15, utilizando uma autoclave de vapor e saturada a pressão em vez de uma
estufa.
24

O monitoramento da clínica estar cumprindo todos os requisitos que é pedido


pela RDCnº15. A única coisa que eles utilizam de diferente e por conta que na clínica,
utiliza além do Bowie Dick e utilizado os ciclos de flex e o indicador biológico tudo
isso e feito no primeiro lote da autoclave.
25

6 CONCLUSÃO

O presente trabalho teve como objetivo avaliar os riscos ocupacionais no setor


de esterilização de uma clínica odontológica em instituição de ensino superior, além de
analisar o cumprimento da legislação vigente. Assim, foi elaborado um mapa de risco e
realizado uma avaliação setorial a partir de um checklist.

Inicialmente, realizou-se o mapeamento do processo de esterilização a partir das


informações coletada no referido setor, o qual conta com os subprocessos: Expurgo;
Preparo; Esterilização; e Distribuição. Cada subprocesso foi devidamente descrito para
compreensão da totalidade do processo de esterilização. Assim, percebe-se que os
objetivos específicos (i) e (ii) foram completamente atendidos.

A seguir, elaborou-se um mapa de risco para a central de matéria e esterilização


que contém os subprocessos Expurgo, Preparo, Esterilização e Distribuição. Com a
aplicação desse mapa pode-se analisar que o risco ergonômico destaca-se como mais
presente na CME. Aqui, verifica-se que o objetivo específico (iii) foi completamente
atendido.

Por fim, realizou-se um checklist baseado na RDC nº15 com o intuito de


analisar se a instituição está cumprindo com o que a referida norma estabelece. Nesta
etapa pode-se analisar que a instituição está cumprindo quase que com a totalidade dos
itens dispostos na RDC. Logo, verifica-se que o (iv) objetivo específico foi também
atendido em sua totalidade.

Como proposições para estudos futuros, sugere-se a análise mais detalhada


acerca da ocorrência em demasia dos riscos ergonômicos a fim da elaboração de um
plano de ação para minimização destes. Sugere-se ainda a adoção de ferramentas
quantitativas para dimensionamento dos riscos de forma mais precisa.
26

REFERÊNCIAS

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corpóreos entre trabalhadores da saúde e sua adesão a quimioprofilaxia. Revista Escola
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em uma obra de construção de dutos terrestres – Rio de Janeiro 2002

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BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira. Segurança do Trabalho Guia


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ambientais para prevenção de acidentes do trabalho em uma unidade de terapia
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vol.8, n.5, pp.13-20, 2000. Disponível em :
<http://www.scielo.br/pdf/rlae/v8n5/12362.pdf> Acesso em: 05 mai 2019

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holística: segurança integrada à missão organizacional com produtividade,
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1978. Disponível em:
<http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/orgaos/mte/portaria/p3214_78.html> Acesso
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BRASIL. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm> Acesso em: 12 de mai 2019

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segurança e na continuidade. 2009. 234 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia
Mecânica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.

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DE ARAÚJO, Giovanni Moraes. Normas regulamentadoras comentadas: legislação


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27

didático-- 1. ed. -- São Paulo: Érica, 2012.

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YIN, ROBERT K. Estudo de Caso: planejamento e métodos – 5ª ed. Porto Alegre:


Bookman, 2015.
29

ANEXO I - ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA Central de Matéria e Esterilização


(CME)

Estabelecimento: Centro Universitário Católica de Quixadá (Centro de Esterilização de


matérias)

Razão Social:

Endereço:

CNPJ:

Representante Legal:

Profissão: RG ou CPF:

Classificação do CME: Classe I ( ) Classe II ( x )


Classe I – Processa produtos para saúde não críticos, semi-críticos e críticos de conformação
não complexa.
Classe II - Processa produtos para saúde não críticos, semi-críticos e críticos de conformação
complexa.
Produtos para saúde de conformação complexa – Possuem lúmen inferior a 05 milímetros
ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, válvulas ou
reentrâncias.

RDC nº 15, de 15 de março de 2012, ANVISA

CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS Sim Não NA Observações

1. Apenas são processados produtos para


saúde regularizados junto à ANVISA? x
(art. 9º)

2. O processamento de produtos deve seguir


um fluxo direcionado sempre da área suja x
para a área limpa. (art.15)

3. Existe POP atualizado para cada etapa do


processamento dos artigos? (art. 24)
x
a) Está disponível para consulta? (art. 24,
parágrafo único)
30

4. O CME possui um profissional responsável


de nível superior para a coordenação de
todas as atividades relacionadas ao
processamento? (art. 28) x
a) Este responsável atua exclusivamente no
CME durante sua jornada de trabalho?
(art. 28, parágrafo único)

5. Os profissionais do CME recebem


capacitação específica e periódica? (art. x
29)

6. O trabalhador do CME utiliza vestimenta


privativa, touca e sapatos fechados? (art. x
30)

7. O trabalhador do CME utiliza EPI? (art. 31)


a) Luvas de proteção térmica e
impermeável para a descarga de
secadoras e termo desinfetadoras, carga x
e descarga de autoclaves? (art. 31, § 1º)
Protetor facial ou máscara e óculos na Sala de
Recepção e Limpeza? (art. 31, § 2º)
8. Os trabalhadores não devem deixar o local
de trabalho com os equipamentos de proteção
individual e as vestimentas utilizadas em suas x
atividades (art 32)

EQUIPAMENTOS Sim Não NA Observações

9. A autoclave e a lavadora automatizada são


submetidas às qualificações de
x
instalação, operação e desempenho no
mínimo anualmente? (art. 37)

a) As leitoras de indicadores biológicos e as


seladoras térmicas são calibradas no x
mínimo anualmente? (art. 38)

10. A manutenção de cada equipamento e as Manutenção da


informações resultantes das intervenções x máquina só quando
técnicas é arquivada? (art. 40) dar defeito

11. A autoclave e a lavadora automatizada são


requalificadas após mudança do local de
instalação, mau funcionamento, reparos ou x
suspeitas de falhas no processo de
esterilização? (art. 41)
31

INFRAESTRUTURA FÍSICA Sim Não NA Obs.

12. O processamento segue um fluxo


Só no setor de
direcionado da área suja para a área limpa? x
esterilização
(art. 15)

13. Em se tratando de CME Classe I, dispõe


dos seguintes ambientes (art. 44): área de
Não tem sala de
recepção e limpeza – setor sujo (inc. I),
recepção por conta
área de preparo e esterilização – setor
x que os matérias são
limpo (inc. II), sala de desinfecção
de propriedade dos
química, quando aplicável (inc. III), área
alunos
de monitoramento da esterilização – setor
limpo (inc. IV), arsenal (inc. V).

14. Em se tratando de CME Classe II, dispõe


dos seguintes ambientes (art. 47): sala de
recepção e limpeza – setor sujo (inc. I),
sala de preparo e esterilização – setor
limpo (inc. II), sala de desinfecção x
química, quando aplicável – setor limpo
(inc. III), área de monitoramento do
processo de esterilização – setor limpo
(inc. IV), arsenal – setor limpo (inc. V).

15. Em se tratando de CME Classe II, há


separação física entre da área de recepção x
e limpeza e das demais áreas? (art. 48)

16. A área para recepção dos produtos para


saúde do CME Classe II dispõe de
bancada (art. 49 § 1º), recipiente para
x
descarte dos perfurocortantes e lixeira para
descarte dos resíduos infectantes (art. 49 §
2º).

17. A sala de limpeza do CME Classe II dispõe


de exaustão forçada de ar (art. 52, inc. IV) x
e climatização (art. 52, inc. I)?

18. A sala de esterilização do CME Classe II


dispõe de equipamento para transporte
com rodízios (art. 53, inc. I); secadora e
pistolas de ar comprimido medicinal, gás
x
inerte ou ar filtrado seco e isento de óleo
(art. 53, inc. II); seladora (art. 53, inc. III);
exaustão forçada (art. 54, inc. II);
climatização (art. 54, inc. I)?

19. A sala de desinfecção química dispõe de


bancada com duas cubas (art. 55), exaustão x
forçada do ar (art. 56, inc. III)?
32

20. O arsenal dispõe de (art. 58) equipamento


de transporte com rodízios (inc. I), x
prateleiras ou cestos aramados (inc. III)?

a) As prateleiras do arsenal são constituídas X


por material não poroso, resistente à
limpeza úmida e ao uso de produtos
saneantes? (art. 61)

PROCESSAMENTO Sim Não NA Obs.

LIMPEZA x

21. a) Todos os produtos para saúde


passíveis de processamento são
submetidos ao processo de limpeza
antes de sua desinfecção ou
esterilização? (art. 65)
b) Antes de serem x
encaminhados para empresa
processadora, os produtos para saúde
são submetidos à pré-limpeza no
serviço de saúde? (art. 72)
x
c) Os produtos para saúde e o
instrumental cirúrgico consignado
são submetidos à limpeza no CME
do serviço de saúde, antes da sua
devolução? (art. 71)

22. Na limpeza manual, a fricção é x


realizada com acessórios não abrasivos
e que não liberem partículas? (art. 66)

23. No CME Classe II, a limpeza de x Só limpeza


produtos para saúde com conformação Manual
complexa é realizada por limpeza
manual e complementada por limpeza
automatizada em lavadora
ultrassônica? (art. 67)

24. No CME Classe II, a limpeza manual x


dos produtos para saúde com lúmens é
realizada com pistola de água sob
pressão? (art. 69)
33

25. Os produtos para saúde com lúmen x


inferior a 05 milímetros, a fase
automatizada da limpeza é feita em
lavadora ultrassônica com conector
para canulados e fluxo
intermitente? (art. 67, parágrafo único)

ENXÁGUE x
26. A água utilizada no processamento
atende aos padrões de potabilidade?
(art. 68)

27. O enxágue final de produtos para x


saúde críticos utilizados em cirurgias
de implantes ortopédicos,
oftalmológicos, cirurgias cardíacas e
neurológicas é realizado com água
purificada? (art. 68, parágrafo único)

SECAGEM x
28. A secagem dos produtos para saúde é
realizada com ar comprimido
medicinal, gás inerte ou ar filtrado
seco e isento de óleo? (art. 69 e 70)

INSPEÇÃO VISUAL x
29. A inspeção visual dos produtos para
saúde é realizada através de lentes de
aumento de no mínimo 08 vezes?
(art. 76)

30. A avaliação da limpeza é x


complementada por testes químicos
disponíveis no mercado, quando
indicada? (art. 76)

PREPARO
x
31. As embalagens utilizadas para esterilização são regularizadas junto à ANVISA? (art. 78)

32. Não são utilizadas embalagens do


tipo papel kraft, papel toalha, papel
manilha, papel jornal, lâminas de Utiliza grau
x
alumínio e envelopes plásticos cirúrgico
transparentes não destinadas ao uso em
esterilização? (art. 79)

33. O serviço não utiliza caixas metálicas x Caixa com furo


sem furos como embalagens para
34

esterilização? (art. 81)

34. A selagem de embalagens do tipo


envelopes é feita por termo seladora
x
ou conforme indicação do fabricante?
(art. 80)

35. Caso o serviço utilize tecido de


algodão como embalagem, há um x
plano de controle para aquisição e
substituição dos mesmos? (art. 82)
a) Os tecidos de algodão se apresentam
íntegros, sem cerziduras, remendos,
perfurações, rasgos e desgastes? x

(art. 82, parágrafo único)

36. As embalagens dos produtos para


saúde processados são identificadas
por rótulos? (art. 83)
a) O rótulo é legível e mantêm-se
afixado na embalagem durante a
esterilização, transporte,
armazenamento, distribuição e
momento do uso? (art. 84) x
b) O rótulo contem (art. 85): nome do
produto (inc. I), lote (inc. II), data da
esterilização (inc. III), data limite de
uso (inc. IV), método de esterilização
(inc. V) e nome do responsável pelo
preparo (inc. VI).

DESINFECÇÃO QUÍMICA
37. Caso o CME realize desinfecção x
química, há uma sala exclusiva? (art. 86)

38. Na sala de desinfecção química o


enxágue dos produtos para saúde é
x
realizado com água que atenda aos
padrões de potabilidade? (art. 87)

39. Os produtos para saúde semicríticos


são submetidos no mínimo à x
desinfecção de alto nível? (art. 12)
35

a) Produtos para saúde utilizados na


assistência ventilatória, anestesia e
inalo terapia são submetidos no
mínimo à desinfecção de nível x
intermediário ou termo desinfecção
(art. 12, parágrafo único), sem a
utilização de produtos saneantes a
base de aldeídos? (art. 13)
40. O transporte de produtos para saúde
submetidos à desinfecção de alto
x
nível é feito em embalagem ou
recipiente fechado? (art. 88)

41. São seguidas as medidas de segurança


preconizadas pelo fabricante, em x
relação ao uso de saneantes? (art. 89)

42. É realizado a monitorização dos x


parâmetros indicadores de efetividade
do saneante, como pH, concentração
ou outro, pelo menos uma vez ao dia
antes do início das atividades? (art. 90)

ESTERILIZAÇÃO x
43. Utiliza a autoclave gravitacional de
capacidade superior a 100 litros. (art.91)

44. O serviço não utiliza estufas para x Autoclave e a


esterilização? (art. 92) vapor saturado a
preção

45. Dispõe do teste de remoção de ar x


(Bowie & Dick) (art.93)

46. Apenas é utilizado o ciclo de x


esterilização imediato para situações de
urgência e emergência? (art. 94 §1º)

a) Este ciclo é documentado com data, x


hora, motivo do uso, nome do produto
para saúde, nome do responsável e
nome do paciente? (art. 94 §2º)
b) Neste ciclo é utilizado indicador x
químico Classe V ou VI? (art. 94 §5º)
36

MONITORAMENTO x Faz primeiro o


47. É realizado teste Bowie Dick no ciclo de flex e
primeiro ciclo do dia? (art. 93) segundo o de
Bowie Dick e o
terceiro o
indicador
biológico isso tudo
no primeiro lote

48. É realizado monitoramento com x


indicadores químicos Classe V ou VI
em cada carga em pacote teste desafio?
(art. 96)

49. É realizado e registrado o x


monitoramento com indicadores físicos
a cada ciclo da esterilização? (art. 97)

50. É realizado monitoramento diário com x


indicador biológico em pacote desafio?
(art. 99)

51. No monitoramento da esterilização dos x


produtos para saúde implantáveis, é
adicionado um indicador biológico a
cada carga? (art. 98)

x
a) A carga só é liberada para esterilização
com a leitura negativa do indicador
biológico? (art. 98, § único)

ARMAZENAMENTO E x
TRANSPORTE
52. Os produtos esterilizados são
armazenados em local limpo, seco, sob
proteção da luz solar direta e
submetidos a manipulação mínima?
(art. 101)

53. O transporte é realizado em recipientes x


fechados e em condições que garantam
a integridade da embalagem?
(art. 103)
37

GERENCIAMENTO DE Sim Não NA Obs.


RESÍDUOS

55. OS produtos para saúde oriundos de x


implantes são submetidos à limpeza e
esterilização? (art. 108)

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