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Encontro BENEFÍCIOS DA DANÇA EM PORTADORES DE

Revista de Psicologia
SÍNDROME DE DOWN
Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011

Revisão sistemática

Angélica da Silva Fonseca RESUMO


Universidade Gama Filho - UGF
angelicafonsecasilva@gmail.com Demonstrar os benefícios da Dança para os Portadores de Síndrome de
Down. Foi realizada uma revisão de artigos nacionais e internacionais.
Os descritores usados para a busca foram: dança, e Síndrome de Down,
Rafaela Liberali encontrados nas bases de dados PubMed, SciELO e Bireme. A Dança se
Universidade Gama Filho - UGF torna, neste contexto, uma excelente alternativa para o
rafascampeche@ig.com.br desenvolvimento das capacidades nos indivíduos com Síndrome de
Down, visto que todos os estudos analisados apresentaram aspectos
positivos, em relação à manutenção e aprimoramento dos indivíduos
Maria Ines Artaxo portadores da referida patologia. Conclui-se que a Dança para os
portadores de Síndrome de Down é benéfica para minimizar os efeitos
Universidade Gama Filho - UGF
deletérios da referida patologia, potencializando a motricidade dos
inesartaxo@gmail.com
indivíduos acometidos.

Palavras-Chave: dança; Síndrome de Down; benefícios.


Maria Cristina Mutarelli
Universidade Gama Filho - UGF
crismutarelli@hotmail.com ABSTRACT

To demonstrate the benefits of dance for Carriers Down Syndrome. We


conducted a review of articles national and international. The keywords
used for searching were dancing, and Down syndrome, found in the
PubMed, SciELO and BIREME. The dance becomes, in this context, an
excellent alternative for developing capacity in individuals with Down
Syndrome Down, as all the studies analyzed showed aspects positive in
relation to maintenance, and enhancement of individuals carriers of this
condition. We conclude that for the Dance individuals with Down
syndrome is beneficial to minimize the effects deleterious effects of this
condition, increasing the motility of affected individuals.

Keywords: dance; Down Syndrome; benefits.

Anhanguera Educacional Ltda.


Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 4266
Valinhos, São Paulo
CEP 13.278-181
rc.ipade@aesapar.com
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Artigo Original
Recebido em: 17/07/2011
Avaliado em: 11/04/2011
Publicação: 04 de maio de 2012 37
38 Benefícios da Dança em portadores de Síndrome de Down: revisão sistemática

1. INTRODUÇÃO

O Ministério da Educação e do Desporto discorre que a idéia de uma sociedade inclusiva,


encontra-se fundamentada numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como
característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse pressuposto e
focando eticamente os direitos humanos, sinaliza-se a necessidade de garantir o acesso e a
participação de “todos”, a todas as oportunidades, independente das peculiaridades de
cada indivíduo e/ou grupo social. Neste contexto, destacam-se as pessoas com Síndrome
de Down (SD), visto que apresentam, na sua maioria, habilidades tanto sociais, quanto
emocionais, que facilitam a interação em ambientes diversos (GRAMINHA; MARTINS,
1997; BRASIL, 2004; SILVA; KLEINHANS, 2006).

Como mediador e instrutor na área da educação especial, o professor deve


estabelecer os objetivos coerentes a serem alcançados ao planejar um trabalho com um
portador da SD. A Educação Física Especial ou adaptada tem sua prática direcionada aos
portadores de deficiência e desde sua origem com uma preocupação voltada para o aluno
em sua totalidade, tendo como objetivo, proporcionar ao aluno, o conhecimento de seu
corpo, levando-o a usá-lo como instrumento de expressão consciente, na busca de sua
independência e satisfação de necessidades. Logo, a evolução do aprendizado acontece
como consequência natural da prática das atividades propostas. Quanto mais espontânea
e prazerosa for esta vivência, maiores benefícios trarão para o desenvolvimento integral
do aluno especial (GOMES, 2000; NICCOLS; ATKINSON; PEPLER, 2003; HALPERN;
FIGUEIRAS, 2004).

A Dança como expressão corporal surgiu na Argentina, resguardando a


vitalidade e a naturalidade do movimento humano, desenvolvendo a integração entre
corpo, movimento e mente. Para o desenvolvimento da dança expressiva em pessoas com
SD, primeiro é necessário focar em afetividade, consciência corporal e estímulo do
aparelho locomotor, haja vista a presença de hipotonia muscular, hiperflexibilidade
articular, dificuldade na lateralidade e equilíbrio corporal, sinalizando limitações durante
o processo de desenvolvimento e aprendizagem. Na Educação Física adaptada, o
indivíduo portador de deficiência tem encontrado novas oportunidades, no que se refere à
evolução histórica e aspectos político-sociais, em respeito às suas igualdades e diferenças
contextuais e apoio em instruções adequadas (BRIKMAN, 1989; LEBEER; RIJKE, 2003;
GARVÍA, 2005; RUIZ; OLIVEIRA, 2005).

O objetivo deste trabalho foi demonstrar através de uma revisão sistemática os


benefícios da Dança em Portadores de Síndrome de Down.

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Rafaela Liberali, Angélica da Silva Fonseca, Maria Ines Artaxo, Maria Cristina Mutarelli 39

2. MÉTODOLOGIA

Tipo de pesquisa
Utilizou-se como metodologia a revisão sistemática, que identifica, seleciona e avalia
criticamente pesquisas consideradas relevantes, para dar suporte teórico-prático para a
classificação e análise da pesquisa bibliográfica (LIBERALI, 2011).

Sistema de Busca dos artigos


Foi realizada uma revisão de artigos nacionais, internacionais e literatura referentes á
temática abordada nos últimos 22 anos. Os descritores usados para a busca foram: dança,
e Síndrome de Down, encontrados nas bases de dados PubMed, Scielo e Bireme.

O critério de inclusão dos estudos foi os artigos que discorressem sobre os


aspectos característicos da etiologia, fisiopatologia e benefícios da Dança em portadores
da Síndrome de Down.

3. RESULTADOS

Os resultados dos estudos que investigaram os benefícios da Dança em Portadores de


Síndrome de Down estão descritos abaixo e sintetizados na Tabela 1.

Etiologia e Fisiopatologia da Síndrome de Down, características e benefícios da


dança para Síndrome de Down e relação com os estudos da Tabela 1
A Síndrome de Down está entre as encefalopatias crônicas, não progressiva, congênita,
com incapacidade mental que apresenta como anormalidade básica, a presença de uma
quantidade extra de material no cromossomo 21. Tal acometimento é chamado de não-
disjunção, comum na meiose materna. Sinais clínicos dismórficos ou fenótipos são típicos
e determinantes para o diagnóstico desde o momento do nascimento e as alterações
relacionadas ao sistema nervoso central são as responsáveis por todo comprometimento
intelectual desta síndrome (FORTES; LOPES, 2005; TUNES et al., 2007; FLORES;
BANKOFF, 2010; PÉREZ, SANTOS, 2011).

Caracteristicamente, os indivíduos com SD apresentam cariótipo 47; trissomia do


cromossomo 21 (aneuploidia- trissomia livre, translocação e mosaicismo); acontece com
frequência de 2/1000 aumentando com a idade materna (35), e paterna (55) para 1/700;
incide igualmente em ambos os sexos; têm uma expectativa de vida reduzida, por
complicações respiratórias, cardíacas e leucemia com risco de morte; possuem retardo
mental em graus variáveis; hipotonia; occípucio e face achatados; fenda palpebral obliqua,

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manchas na íris, problemas oculares; ponte nasal baixa; língua protusa e fissurada;
hipoplasia maxilar, palato ogival; anomalias dentárias; orelhas pequenas dismórficas e de
baixa implantação; pescoço curto e grosso; ausência uni ou bilateral do último par de
costelas; hérnia umbilical; genitais externos pouco desenvolvidos; disfunções da tireóide;
pelve estreita, nível ilíaco menor do que as pessoas “normais”; membros curtos: mãos e
dedos curtos e largos; clinodactilia; linha simiesca e baixa estatura (FORTES; LOPES, 2005;
LIMA et al., 1996; DAMACENO; CUNHA; STREIT, 2005), menor força muscular e piores
condições cardiovasculares, menos equilíbrio e maiores níveis de obesidade.

O ideal é prevenir o sobrepeso e a obesidade com intervenções que possam


favorecer uma dieta nutricional equilibrada desde a infância, para que não tenha
complicações na fase adulta e possam levar uma vida com qualidade (MAHY et al., 2011;
ROIESKI, 2011) incluindo a prática regular de atividade física, pois a mesma proporciona
efeitos benéficos, com melhor condição cardiovascular, força muscular e controle do peso
corporal, menor percentagem de gordura total e gordura abdominal e mais baixos valores
de IMC (SILVA; SANTOS; MARTINS, 2006).

As diferenças que acometem os indivíduos com SD, podem influenciar no


desenvolvimento e na aprendizagem, pautando como significativo e determinante a
educação e o ambiente, aos quais se encontram submetidos desde o nascimento.
Conjetura-se que as comparações podem ser errôneas, contudo observa-se em geral,
pouca iniciativa, dificuldade em manter a atenção e tendência à distração (FIEDLER, 2005;
MOELLER, 2006), principalmente porque a SD acarreta características biológicas,
psicológicas e sociais que incidem na qualidade de vida da pessoa acometida, na família e
na sociedade (BASTISDAS; ALCARAZ, 2011), sendo muito importante ao seu
desenvolvimento a inclusão e aceitação da diversidade, tratando-os na sociedade
inclusiva como diversidade e não como doença, anormalidade ou inferioridade, propondo
que as crianças com necessidades especiais sejam educadas conjuntamente com as
crianças comuns da forma mais semelhante, para favorecer seu desenvolvimento psíquico
e físico (SAAD, 2003).

De acordo com a ‘Individuals with Disabilities Education Act’ (IDEA) a SD requer


procedimentos básicos na sua identificação, iniciados por uma triagem de todas as
crianças com dificuldades; seguida por preconização das necessidades especiais de cada
uma e construção de um programa individualizado com reavaliação periódica
(ANASTASI; URBINA, 2000).

As pessoas portadoras da SD são comumente definidas com as mesmas


incapacidades orgânicas, motoras e cognitivas, porém há reconhecimento de pelo menos,

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três variações desta afecção, determinantes de diferenças no potencial motor e intelectual


da criança. Encontra dificuldades tanto no processamento da informação que chega
auditivamente como no canal visual, devido a uma alteração intrínseca no processo neural
em emitir com uma sequência determinada e lógica os sons verbais (PÉREZ; SANTOS,
2011). Essas dificuldades psicomotoras e cognitivas levam a uma maior dificuldade em
nomear o corpo e as articulações, porém há plena capacidade de percepção corporal,
mesmo com as limitações. O essencial é que cada portador de SD, tenha a possibilidade de
convívio social, pois é através das relações interpessoais, que se promove a concepção de
consciência corporal, estímulo motor e consequentemente, melhor qualidade de vida e
movimento (ARRUDA, 2010).

A dança e a pratica de esportes entram como auxilio no processo de


aprendizagem das habilidades corporais em portadores da SD, a partir das emoções
despertadas pelo movimento corporal, conhecimento próprio e interação com o ambiente
(MOREIRA et al., 2000; BISSOTO, 2005), sendo que o ideal é cada pessoa se adaptar a uma
atividade de acordo com sua condição, para que essa atividade seja com prazer e ajude na
adaptação em um novo ambiente social e no desenvolvimento intelectual (TUNES et al.,
2007). Portanto estimular e criar comportamentos saudáveis no cotidiano das pessoas com
SD é necessário por meio de atividades que promovam o controle do estresse, alimentação
adequada, boa higiene, oportunizando condições para o desenvolvimento de suas
potencialidades, adequação nas tarefas da vida diária e alcançar um nível de
independência satisfatório (MARQUES; NAHAS, 2003).

Uma ação educacional ou terapêutica direcionada aos indivíduos com SD deve


considerar cada caso e respeitar as suas especiais necessidades. É importante destacar que
o portador de SD precisa de acompanhamento em qualquer tempo da sua vida, e não
somente na infância (LENZI, 1996). A dança enquanto educação surge como uma
alternativa para o desenvolvimento do portador de SD, pois na prática, a dança reforça a
ideia de que a pessoa precisa se reconhecer, se relacionar com os outros, desenvolver suas
capacidades motoras, sociais, afetivas e cognitiva, além do seu conteúdo representativo,
que permite a expressão dos conflitos contextualizados através de um processo simbólico,
que permite a exteriorização, com conseguinte liberação dos efeitos psicológicos
(RODRÍGUEZ, 2001).

Trabalhar o corpo na Dança deve visar à participação de todos, na vivência e


expressão própria, exacerbando a subjetividade na ação e criação autônoma, e não
simplesmente buscar a mecânica do movimento. A linguagem da expressão corporal e da
dança é percebida, em vários níveis simultâneos, por exemplo: ela pode ser uma potência

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altamente significativa de símbolos que utiliza (em termos de movimento, espaço e


tempo) todas as faculdades do ser humano, tanto cognitivas, como físicas e afetivas,
caracterizada pelo uso rítmico harmonioso, e isso se dá pelo fato de ao dançar os
músculos, os sentidos e a mente entram em atividade, combinando-se reciprocamente,
comunicando pensamentos e emoções (OLIVEIRA et al., 2002).

A dança também proporciona que o praticante se concentre na atividade e nas


emoções associadas a ela, levando a uma perda da consciência e da percepção do tempo
momentâneo, criando uma completa absorção do momento, levando a benefícios
intrínsecos e extrínsecos para quem a pratica (ALONSO et al., 2011). A dança como uma
modalidade de trabalho terapêutico, vem sendo aplicada em diversas patologias,
podendo ser realizado em grupo ou em sessões individuais, sendo que a fisioterapia
através do lúdico da dança tem como finalidade abordar a criança em vários aspectos
deficitários ou não, aspecto motor, sensorial e emocional (SANTOS; BRAGA, 2010).

A dança se torna, neste contexto, uma excelente alternativa para o


desenvolvimento das capacidades nos indivíduos com SD. Os objetivos dos estudos
apresentados na Tabela 1 tinham em comum as contribuições da dança para a SD e
classificavam-se como pesquisas experimentais. Dos cinco estudos, quatro apresentaram
população e amostra com faixas etárias variadas de portadores da Síndrome de Down
(CANHOTO et al., 2008; MAIA; BOFF, 2008; SAAD, 2003; FLORES; BANKOFF, 2010), e
um com 6 profissionais de Educação Física que atuam com crianças portadoras de
Síndrome de Down na região de Maringá (ORNELAS; SOUZA, 2001).

Um estudo aplicou um questionário com perguntas abertas e fechadas, o qual foi


testado quanto à validade, objetividade e clareza de linguagem, com a participação de seis
profissionais da área de Educação Física (ORNELAS; SOUZA, 2001), e quatro analisaram
o desenvolvimento locomotor de portadores de Síndrome de Down através da Dança
(SAAD, 2003; CANHOTO et al., 2008; MAIA; BOFF, 2008; FLORES; BANKOFF, 2010).

Todos os estudos analisados na Tabela 1 apresentaram aspectos positivos, em


relação à manutenção, desenvolvimento e aprimoramento dos indivíduos com SD, através
da Dança, apresentando explanações e características clínicas pertinentes a Síndrome de
Down, sinalizando intervenções, em prol de melhor qualidade de vida para os portadores
dessa patologia e intervenção profissional adequada nas instruções, demonstrando
análises da influência da Dança expressiva, comprovando que a dança tem uma grande
influência física e intelectual nos portadores da Síndrome de Down (FLORES; BANKOFF,
2010); o auxílio oferecido pela dança nos índices de coordenação motora de crianças com
Síndrome de Down, resultando em influência benéfica que a dança pode proporcionar

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Rafaela Liberali, Angélica da Silva Fonseca, Maria Ines Artaxo, Maria Cristina Mutarelli 43

desde que, realizada de maneira a respeitar os limites que as crianças com SD podem vir a
apresentar (MAIA; BOFF, 2008); em análise e comparação da marcha de adolescentes com
Síndrome de Down sendo um dançarino e outro sedentário, comparando-os em todas as
fases da marcha, concluiu-se que o indivíduo dançarino tem a maioria dos seus resultados
mais próximos do controle, mostrando que o exercício pode trazer benefícios em relação à
marcha (CANHOTO et al., 2008); o desenvolvimento das potencialidades da pessoa com
Síndrome de Down para afastar idéias preconcebidas, a fim de na medida do possível,
abrir-lhe espaço no convívio social em geral – Tecer considerações sobre as restrições que
sofre a pessoa com Síndrome de Down como fruto do segregacionismo, demonstra que a
deficiência não incapacita o sujeito na sua totalidade e que a família tem grande influência
no seu desenvolvimento. Parece ainda, que a informação concorre para a mudança do
modo como a sociedade os vê, porém não de modo suficiente para erradicar o preconceito
de imediato (SAAD, 2003) e investigando a contribuição do profissional de Educação
Física na estimulação essencial em crianças com Síndrome de Down, a maioria dos
sujeitos afirma ser de suma importância o trabalho de estimulação essencial em crianças
com Síndrome de Down, destacando que o profissional de Educação Física contribuindo
muito em todos os aspectos, se especializado (ORNELAS; SOUZA, 2001).

Tabela 1. Estudos de campo.


Objetivo/ Amostra Duração e intervenção
Autor(es) Resultado
(n, sexo e idade) / o que mediu
FLORES e Objetivo – estudar a Intervenção – protocolo 1 – a dança tem uma grande
BANKOFF influência da Dança de Dança Expressiva influência física e intelectual nos
(2010) Expressiva sobre o desenvolvido portadores da SD, capaz de melhorar
equilíbrio corporal estático especialmente para o a coordenação, lateralidade, a
e dinâmico em portadores estudo conscientização corporal, espacial e
com Síndrome de Down desenvolver a expressividade,
Mediu – análise do
criando uma linguagem individual de
Amostra – indivíduos de equilíbrio corporal
movimentar-se e comunicar-se
ambos os sexos, faixa
etária entre 14 a 19 anos 2 – diversos fatores externos e
de idade, pertencentes à internos têm influência sobre o
Fundação Síndrome de equilíbrio corporal, a dança melhorou
Down a distribuição das cargas plantares,
mostrando os pontos de pressões
mais definidos e melhores
posicionados
MAIA; Objetivo – verificar o Intervenção – o nível de 1 – a prática da dança em crianças
BOFF auxilio oferecido pela coordenação motora foi portadoras de SD realmente oferece
dança nos índices de avaliado pelo teste de índices melhores de desenvolvimento
(2008)
coordenação motora de dança: Atividades de Motor
crianças com Síndrome de Movimentos Criativos do
2 – influência benéfica que a dança
Down Projeto Spectrum de
pode proporcionar desde que,
Barrow & McGreen
realizada de maneira a respeitar os
limites que as crianças com SD
podem vir a apresentar

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Mediu – avaliação em seis


componentes:
Amostra – 20 crianças
sensibilidade rítmica,
portadoras de S. D. de
controle corporal,
ambos os sexos, com idade
dinâmica de movimentos,
entre 2 a 6 anos, formando
uso do espaço, idéias
2 grupos com 10 crianças
geradas de movimentos e
cada um, sendo um grupo
responsividade à música.
com crianças que praticam
O avaliador confere pontos
a dança e outro com
a cada criança, em cada
crianças que não praticam
componente avaliado, um
resultado 1 (baixo
desempenho na
habilidade), 2 (médio
desempenho na
habilidade) ou 3 (alto
desempenho na
habilidade) é assinalado
em cada componente
CANHOTO Objetivo – analisar e Intervenção – Para a 1 – as maiores diferenças ocorrem em
et al (2008) comparar a marcha de marcha foi utilizada uma relação às variáveis espaço-temporais
adolescentes com SD, esteira rolante, permite a
2 – o indivíduo dançarino tem a
sendo um dançarino e coleta de variáveis
maioria dos seus resultados mais
outro sedentário, relacionadas à Força
próximos do controle, mostrando que
comparando-os em todas Vertical Resultante de
o exercício pode trazer benefícios em
as fases da marcha Reação do Solo (FVRRS)
relação à marcha
Amostra – um indivíduo Mediu – o experimento foi
do sexo masculino, 16 realizado em duas etapas,
anos, 46kg, 1.44m, sendo a primeira uma
sedentário; outro indivíduo avaliação fisioterapêutica
do sexo feminino 14 anos, dos indivíduos, a segunda
34kg, 1.35m, dançarina uma analise da marcha que
ambos com SD e um teve os dados processados
terceiro voluntário do sexo e interpretados, com
masculino, 17 anos, 67kg, investigação das
1.76m o qual não características espaço-
apresentava SD para o temporais e cinéticas da
controle do estudo. marcha dos mesmos
SAAD Objetivos – avaliar a Mediu – desenvolvimento 1 – a deficiência não incapacita o
(2003) trajetória social e escolar das potencialidades da sujeito na sua totalidade e que a
dos sujeitos e não em uma pessoa com Síndrome de família tem grande influência no seu
escola, destacando o Down desenvolvimento. Parece ainda, que a
contexto e o processo que informação concorre para a mudança
permitiu o afloramento de do modo como a sociedade os vê,
suas potencialidades, porém não de modo suficiente para
reveladas por seus erradicar o preconceito de imediato.
desempenhos relevantes Este, ao esbarrar na cultura e no
inconsciente das pessoas, não permite
Amostra – 10 jovens com
que se considere a diferença como
SD que chegaram a um
diversidade ao invés de desigualdade,
nível de desenvolvimento
requisito importante para a
singular e expressivo em
constituição da sociedade inclusiva
diversas áreas da atividade
humana, incluindo o
aprendizado da leitura e
escrita, se igualando ou
superando desempenhos
de pessoas sem a
deficiência mental em um
determinado momento da
escolarização.

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ORNELAS; Objetivo – verificar qual a Intervenção – foi aplicado 1 – A maioria dos sujeitos afirmam
SOUZA contribuição do um questionário com ser de suma importância o trabalho
(2001) profissional de Educação perguntas abertas e de estimulação essencial em crianças
Física na estimulação fechadas, o qual foi testado com Síndrome de Down, destacando
essencial em crianças com quanto à validade, que o profissional de Educação Física
Síndrome de Down objetividade e clareza de contribui muito em todos os aspectos,
linguagem se especializado
Amostra – 6 profissionais
de Educação Física que Mediu – a contribuição do
atuam na área crianças profissional de Educação
com Síndrome de Down Física na estimulação
na região de Maringá essencial em crianças com
Síndrome de Down

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Dança para os portadores de Síndrome de Down é benéfica para minimizar os efeitos


deletérios da referida patologia, potencializando a motricidade dos indivíduos
acometidos, ocasionando melhor percepção espaço temporal, ampliação das relações
sociais, além de contribuir na estimulação essencial global, valendo ressaltar o respeito às
limitações preexistentes.

Por se tratar de desenvolvimento e inclusão, são necessários estudos contínuos


sobre os portadores de Síndrome de Down, a fim de contribuir com qualidade de vida
desses indivíduos.

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Angélica da Silva Fonseca


Graduada em Fisioterapia pela FAFISIO –
Faculdade de Fisioterapia de Patrocínio e
Graduando (2011) em Educação Física pela
UNICERP – Centro Universitário do Cerrado -
Patrocínio e especialização em dança e consciência
corporal.

Rafaela Liberali
Graduação em Licenciatura em Educação Física
pela Universidade do Estado de Santa Catarina
(1993). Especialização em Dança Cênica pela
Universidade do Estado de Santa Catarina (2001).
Mestrado em Engenharia de Produção pela
Universidade Federal de Santa Catarina (2002).
Professor convidada da Universidade Gama Filho,
professora do projeto de dança - Prefeitura
Municipal de Florianópolis.

Maria Ines Artaxo


Educadora Física. Especialização em Ginástica em
aparelhos, São Paulo. Especialização em
psicomotricidade no GAE e danças folclóricas em
Cuba. Coordenadora do pós graduação da
Universidade Gama Filho, coordenadora do
programa de pós-graduação de Dança e
Consciência Corporal e Personal Training do Uni-
FMU.

Maria Cristina Mutarelli


Educadora Física. Mestre em Educação
Física/Biodinâmica do Movimento Humano pela
EEFEUSP. Especialista em Reabilitação
Cardiovascular pelo Instituto do Coração
INCOR/FMUSP. Coordenadora do curso Dança e
Consciência Corporal da Universidade Gama
Filho-UGF.

Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47

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