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SUMÁRIO
SUMÁRIO........................................................................................................................................................ 1
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE...................................................................................................................... 6
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA ..................................................................................................................... 6
NATUREZA DA ELETRICIDADE .................................................................................................................... 7
CORRENTE ELÉTRICA ...................................................................................................................................... 9
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 9
UNIDADE E SUB-UNIDADES DE MEDIDA DA CORRENTE ELÉTRICA ......................................................... 11
INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA ................................................................................................... 12
NOÇÃO DE CURTO-CIRCUITO................................................................................................................... 12
TIPOS DE CURTOS-CIRCUITOS:................................................................................................................. 13
DIFERENÇA ENTRE SOBRECORRENTE E CURTO –CIRCUITO..................................................................... 13
GRÁFICOS DA CORRENTE ELÉTRICA......................................................................................................... 13
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DO AMPERÍMETRO...................................................................................... 13
TENSÃO ELÉTRICA ........................................................................................................................................ 14
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 14
DEFINIÇÃO................................................................................................................................................ 14
FONTE DE TENSÃO ALTERNADA / CONTINUA. ........................................................................................ 15
UNIDADE DE MEDIDA DA TENSÃO ELÉTRICA .......................................................................................... 16
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DO VOLTÍMETRO ......................................................................................... 16
RESISTÊNCIA ELÉTRICA................................................................................................................................. 17
DEFINIÇÃO................................................................................................................................................ 17
RESISTIVIDADE DOS MATERIAIS............................................................................................................... 17
UNIDADE DE MEDIDA DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA ................................................................................... 19
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DO OHMÍMETRO ......................................................................................... 19
LEI DE OHM .................................................................................................................................................. 20
DEFINIÇÃO................................................................................................................................................ 20
LEI DE “OHM”........................................................................................................................................... 20
FÓRMULA DA LEI DE OHM....................................................................................................................... 21
REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DE UM CIRCUITO ELÉTRICO ......................................................................... 22
ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS................................................................................................................ 22
COMPORTAMENTO DA TENSÃO E CORRENTE ........................................................................................ 23
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE..................................................................................................................... 23
RELEMBRANDO: ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS .................................................................................... 23
CÁLCULO DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE ............................................................................................... 24
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE ............................................................................................................................ 24
CIRCUITO EM SÉRIE.................................................................................................................................. 24
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE..................................................................................................................... 25
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................. 25
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO DE RESISTÊNCIAS ....................................................................................... 25
COMPORTAMENTO DA TENSÃO E CORRENTE ........................................................................................ 26
CÁLCULO DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE ............................................................................................... 26
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO .................................................................................................................... 26
CIRCUITO PARALELO ................................................................................................................................ 27
1
EXPLANAÇÃO ........................................................................................................................................... 28
CIRCUITO MISTO ...................................................................................................................................... 28
POTÊNCIA ELÉTRICA..................................................................................................................................... 30
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 30
POTENCIA ELÉTRICA................................................................................................................................. 30
UNIDADE DE MEDIDA DA POTÊNCIA ELÉTRICA ....................................................................................... 30
CONSTITUIÇÃO DO WATTÍMETRO........................................................................................................... 31
EFEITO JOULE ............................................................................................................................................... 32
LEI DE JOULE............................................................................................................................................. 32
EXEMPLO DE TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA ........................................................................................ 32
CONSTITUIÇÃO DO MEDIDOR.................................................................................................................. 33
MAGNETISMO.............................................................................................................................................. 34
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 34
DEFINIÇÃO:............................................................................................................................................... 34
IMÃS NATURAIS E ARTIFICIAIS ................................................................................................................. 35
PÓLOS MAGNÉTICOS ............................................................................................................................... 35
ATRAÇÃO E REPULSÃO DOS PÓLOS MAGNÉTICOS.................................................................................. 35
DETERMINAÇÃO DOS PÓLOS MAGNÉTICOS............................................................................................ 36
MATERIAIS MAGNÉTICOS ........................................................................................................................ 36
MATERIAIS FERROMAGNÉTICOS ............................................................................................................. 36
MATERIAIS NÃO-FERROMAGNÉTICOS..................................................................................................... 36
SENTIDO DAS LINHAS DE FORÇA NUM IMÃ ............................................................................................ 37
ELETROMAGNETISMO.................................................................................................................................. 37
DEFINIÇÃO................................................................................................................................................ 37
EXPERIÊNCIA ............................................................................................................................................ 38
CORRENTE ALTERNADA ............................................................................................................................... 40
PORQUE CORRENTE ALTERNADA? .......................................................................................................... 40
FREQÜÊNCIA ............................................................................................................................................ 41
POTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA ................................................................................................... 41
CAPACITORES ............................................................................................................................................... 43
CONSTITUIÇÃO DO CAPACITOR ............................................................................................................... 43
FUNDAMENTOS DOS CAPACITORES ........................................................................................................ 43
O CARREGAMENTO DE UM CAPACITOR .................................................................................................. 44
COMPORTAMENTO DOS CAPACITORES EM CIRCUITOS CC..................................................................... 45
CARGA DO CAPACITOR ............................................................................................................................ 45
PRINCIPAIS PARÂMETROS DOS CAPACITORES ........................................................................................ 47
TIPOS DE CAPACITORES. .......................................................................................................................... 48
CAPACITORES DE DISCO CERÂMICO. ....................................................................................................... 48
CARACTERÍSTICAS DOS CAPACITORES CERÂMICOS: ............................................................................... 48
IDENTIFICAÇÃO DA CAPACITÂNCIA NOMINAL DO CAPACITOR CERÂMICO:........................................... 49
IDENTIFICAÇÃO DA TOLERÂNCIA............................................................................................................. 49
IDENTIFICAÇÃO QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DE TEMPERATURA ...................................................... 50
IDENTIFICAÇÃO DA TENSÃO NOMINAL ................................................................................................... 50
CAPACITORES CERÂMICOS “PLATE” ........................................................................................................ 51
CAPACITORES CERÂMICOS MULTICAMADAS .......................................................................................... 51
CAPACITORES DE FILME PLÁSTICO .......................................................................................................... 51
TIPO NÃO METALIZADO........................................................................................................................... 51
2
TIPO METALIZADO ................................................................................................................................... 52
CAPACITORES ELETROLÍTICOS DE ALUMÍNIO .......................................................................................... 52
ENTENDENDO O CAPACITOR ATRAVÉS DE UMA ANALOGIA HIDRÁULICA.............................................. 52
SIMBOLOGIA ............................................................................................................................................ 53
UNIDADE DE MEDIDAS ............................................................................................................................ 53
MEDIÇÃO DE POTÊNCIA – EXPERIÊNCIAS................................................................................................ 53
CIRCUITO TRIFÁSICO .................................................................................................................................... 55
TENSÃO SIMPLES E TENSÃO COMPOSTA................................................................................................. 56
CIRCUITO ESTRELA (Y).................................................................................................................................. 56
CIRCUITO ESTRELA EQUILIBRADO............................................................................................................ 57
CIRCUITO ESTRELA DESEQUILIBRADO ..................................................................................................... 57
CIRCUITO TRIÂNGULO (Δ) ............................................................................................................................ 58
TRANSFORMADORES (TRAFO) ..................................................................................................................... 58
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO ........................................................................................................... 59
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL (TP) ................................................................................................... 61
TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC).................................................................................................... 62
LIGAÇÃO – EM SÉRIE NO CONDUTOR...................................................................................................... 63
MÁQUINAS ELÉTRICAS – MOTORES ............................................................................................................ 63
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 63
MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA ...................................................................................................... 63
MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA .................................................................................................... 63
MOTOR UNIVERSAL ................................................................................................................................. 64
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS COM MOTORES EM PARTIDA .................................................... 65
PARTIDA DE MOTORES ELÉTRICOS .......................................................................................................... 65
CIRCUITOS TRIFÁSICOS COM MOTORES.................................................................................................. 66
FATOR DE POTÊNCIA DE MOTORES......................................................................................................... 66
RISCOS DA ELETRICIDADE ............................................................................................................................ 66
CHOQUE ELÉTRICO................................................................................................................................... 66
ANATOMIA DO CHOQUE.......................................................................................................................... 66
ELETRICIDADE INDUZIDA ......................................................................................................................... 67
ELETRICIDADE ESTÁTICA .......................................................................................................................... 67
CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS ............................................................................................................... 67
RISCOS INDIRETOS ................................................................................................................................... 68
NORMAS E LEGISLAÇÃO............................................................................................................................... 68
BASICAMENTE A NORMA TRATA ............................................................................................................. 68
TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA .............................................................................................................. 69
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 69
CURVAS DE DEMANDA E DE ENERGIA ..................................................................................................... 69
HORÁRIO DE PONTA ................................................................................................................................ 69
ENERGIA ELÉTRICA – CÁLCULO DA TARIFA.............................................................................................. 69
DEMANDA ................................................................................................................................................ 70
SISTEMA TARIFÁRIO................................................................................................................................. 71
CÁLCULO DAS FATURAS ........................................................................................................................... 73
ERROS COMUNS AO LIDAR COM A ELETRICIDADE ...................................................................................... 74
OMITIR UNIDADE ..................................................................................................................................... 74
ESQUECER DO MÚLTIPLO/ SUBMÚLTIPLO DA UNIDADE ........................................................................ 74
MÚLTIPLO DA UNIDADE AO QUADRADO OU AO CUBO.......................................................................... 74
3
CONFUSÃO ENTRE SÉRIE E PARALELO ..................................................................................................... 74
EXCESSO DE INFORMAÇÃO/ CÁLCULOS DESNECESSÁRIOS..................................................................... 75
ANEXOS E INFORMACOES AUXILIARES ........................................................................................................ 75
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO................................................................................................................. 75
OHMÍMETRO............................................................................................................................................ 75
MULTÍMETRO........................................................................................................................................... 76
OSCILOSCÓPIO ......................................................................................................................................... 76
ANALIZADOR DE ESPECTRO ..................................................................................................................... 77
UNIDADES DO SI....................................................................................................................................... 78
GRANDEZAS E UNIDADES NO SI............................................................................................................... 79
MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS ................................................................................................................. 80
OUTRAS UNIDADES DO SI ........................................................................................................................ 80
OUTRAS UNIDADES E CONVERSÕES ........................................................................................................ 81
EXERCÍCIOS GERAIS ...................................................................................................................................... 83
4
APRESENTAÇÃO
Esta apostila tem por objetivo fornecer informações sobre eletricidade básica aplicada para cursos técnicos.
5
INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
Matéria é tudo aquilo que possui massa e ocupa lugar no
espaço.
• Prótons
• Nêutrons
Elétron:
É a menor partícula encontrada na natureza, com carga negativa. Os elétrons estão sempre em movimento em
suas órbitas ao redor do núcleo.
Próton:
É a menor partícula encontrada na natureza, com carga positiva. Situa-se no núcleo do átomo.
Nêutron:
São
partículas
eletricamente neutras, ficando também situadas no núcleo do átomo, juntamente com os prótons.
6
NATUREZA DA ELETRICIDADE
Eletricidade é o fluxo de elétrons de átomo para átomo em um condutor.
Cada elemento tem sua própria estrutura atômica, porém cada átomo de um mesmo elemento tem igual número
de prótons e elétrons.
O elemento cobre é muito empregado em sistemas elétricos, porque é um bom condutor de eletricidade.
Essa conclusão pode ser facilmente verificada observando-se a figura 3. O átomo de cobre contém 29 prótons e 29
elétrons. Os elétrons estão distribuídos em quatro camadas ou anéis. Deve-se notar, porém, que existe apenas um
elétron na última camada (anel exterior).
Elementos cujos átomos têm menos de quatro elétrons em seus respectivos anéis exteriores são geralmente
denominados ”bons condutores”.
Elementos cujos átomos têm mais de quatro elétrons em seus respectivos anéis exteriores são maus condutores.
São, por isso, chamados de isolantes.
Poucos elétrons no anel exterior de condutores são mais facilmente desalojados de suas órbitas por uma baixa
voltagem, para criar um fluxo de corrente de átomo para átomo.
Em síntese:
• átomos que possuem menos de quatro elétrons no seu anel exterior são bons condutores de eletricidade
(exemplo: cobre).
7
Já se determinou que os átomos possuem partículas chamadas prótons e elétrons.
Os prótons, no núcleo, atraem os elétrons, mantendo-os em órbita. Desde que a carga positiva dos prótons seja
igual à carga negativa dos elétrons, o átomo é eletricamente neutro.
Entretanto, essa igualdade de cargas pode ser alterada; se elétrons são retirados do átomo, este se torna
carregado positivamente (+).
Assim sendo:
O que ocorreria, porém, se um bastão carregado negativamente fosse aproximado de um objeto carregado
positivamente? Pelas figuras acima, nota-se que este se moveria em direção do bastão, sendo atraída por ele (da
mesma forma, um bastão carregado positivamente atrairia um objeto carregada negativamente).
8
Em outras palavras, cargas de sinal contrário se atraem.
Resumindo:
• uma energia advinda, por exemplo, de fricção é necessária para causar a fuga dos elétrons de seus respectivos
átomos;
O que aconteceria por exemplo se um pedaço de fio condutor de cobre fosse submetido a uma carga positiva em
um extremo e a uma carga negativa no outro?
O fio de cobre contém bilhões de átomos com elétrons. Um desses elétrons próximo ao pólo positivo seria atraído
por essa carga e abandonaria seu átomo. Esse átomo se tornaria carregado positivamente e atrairia um elétron do
próximo, que se carregaria positivamente e assim por toda a extensão do condutor. O resultado integrado é uma
movimentação (fluxo) de elétrons através do condutor entre o pólo negativo (-) e o pólo positivo (+).
CORRENTE ELÉTRICA
INTRODUÇÃO
Os elétrons mais próximos do núcleo têm maior dificuldade de se desprenderem de suas órbitas, devido à atração
exercida pelo núcleo; assim os chamamos de elétrons presos.
Os elétrons mais distantes do núcleo (última camada) têm maior facilidade de se desprenderem de suas órbitas
porque a atração exercida pelo núcleo é pequena; assim recebem o nome de elétrons livres.
Portanto, os elétrons livres se deslocam de um átomo para outro de forma desordenada, nos materiais
condutores.
9
Considerando-se que nos terminais do material abaixo temos de lado um pólo positivo e de outro um pólo
negativo, o movimento dos elétrons toma um determinado sentido, da seguinte maneira:
Os elétrons (-) são atraídos pelo pólo positivo e repelidos pelo negativo.
Assim, os elétrons livres passam a ter um movimento ordenado (todos para a mesma direção).
NOTA:
Figura 10 – Ilustração
10
Sinais de nomes diferentes se atraem.
Figura 11 – Ilustração
Esse fluxo ou corrente de elétrons continuará, enquanto as cargas positivas e negativas forem mantidas nos
extremos do fio (cargas de sinais contrários se atraem).
Isso é fenômeno da eletricidade atuando, de onde se conclui: eletricidade é o fluxo de elétrons de átomo para
átomo em um condutor (Figura 12).
Exemplo:
I = 3 ampères
I=3A
µ - Micro = 10 ⁻⁶ = x 1.000.000
m - Mili = 10 ⁻³ = x 1.000
M - Mega = 10 ⁶ = / 1.000.000
11
Múltiplos e Submúltiplos
Exemplo:
I= 2 mA = 0,002 A
I= 6 KA = 6000 A
NOÇÃO DE CURTO-CIRCUITO
TIPOS DE CURTOS-CIRCUITOS:
a. trifásico
b. bifásico
c. bifásico à terra
d. fase à terra
Pode-se observar que a corrente contínua se mantém constante em relação ao tempo, enquanto que a corrente
alternada é variável tanto na polaridade (+ e -) quanto na intensidade (valores medidos).
2. Procurar utilizar uma escala, onde a leitura da medida efetuada seja o mais próximo possível do meio da
mesma.
3. Ajustá-lo sempre no zero, para que a leitura seja correta (ajuste feito com ausência de corrente).
6. Obedecer à polaridade do aparelho, se o mesmo for polarizado. O pólo positivo (+) do amperímetro ligado ao
pólo positivo da fonte e o pólo negativo (-) ao pólo negativo do circuito.
..
..
13
TENSÃO ELÉTRICA
INTRODUÇÃO
Vimos anteriormente que a corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons num fio condutor.
Entretanto para que haja este movimento é necessário que alguma força, ou pressão, apareça nos terminais deste
condutor. A figura abaixo procura ilustrar este movimento. De um lado, o terminal do condutor está ligado ao
potencial positivo e do outro lado ao potencial negativo. Dessa forma, como existe uma diferença de potencial
aplicada aos terminais do fio, um fluxo de elétrons se movimentará pelo mesmo. A esta ”pressão elétrica”
chamamos: diferença de potencial ou tensão elétrica.
DEFINIÇÃO
Tensão Elétrica é a força, ou pressão elétrica, capaz de movimentar elétrons ordenadamente num condutor.
Podemos lembrar inclusive de uma analogia feita a um sistema hidráulico, onde observamos que a água fluirá,
através do cano, até que as ”pressões” dos dois reservatórios se igualem.
Tensão Elétrica
Ligando-se os corpos A e B com um condutor, o ”potencial elétrico” de A empurra os elétrons para B, até que se
igualem os potenciais.
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Comparando-se os dois casos, podemos dizer que o potencial elétrico é uma ”pressão elétrica” que existe nos
corpos eletrizados.
Para que haja corrente elétrica é necessário que haja uma diferença de
potencial entre os pontos ligados.
Deve-se manter a diferença de potencial nos terminais do condutor. Estes terminais denominam-se pólos e
convenciona-se chamar positivo o de maior potencial e negativo o outro.
É usual tomar como referência de potencial elétrico a terra, a qual se atribui o valor zero. Assim, ao firmar que o
potencial elétrico é positivo ou negativo, diz-se que seu potencial é maior ou menor em relação ao da terra.
O símbolo utilizado para representação da tensão é a letra maiúscula ”V”, que é também utilizada como unidade
de medida padrão. O aparelho destinado a medi-la chama-se Voltímetro.
A tensão alternada pode ter os seus valores aumentados ou diminuídos com facilidade, (através do emprego de
transformadores), o que não ocorre com tensão contínua.
Por isso, as fontes geradoras utilizadas pelas indústrias de energia elétrica são fontes de energia alternada.
A fonte mais utilizada para fornecimento de tensão continua é a bateria e os retificadores. Este é um fator muito
importante para a transmissão e distribuição de energia elétrica. No caso de fornecimento de energia às indústrias
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que se utilizam de tensão contínua, por exemplo nas indústrias químicas, são utilizados retificadores para a
conversão da tensão alternada em tensão contínua.
Podemos observar na figura 19 – Ilustração da DDP no gráfico, que a tensão contínua se mantém constante em
relação ao tempo. A tensão alternada é variável em relação ao tempo quanto na polaridade quanto na sua
intensidade.
MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS
2. Procura fazer a leitura mais próxima possível do meio da escala, para que haja maior precisão.
3. O ajuste de zero deve ser feito sempre que for necessário com ausência de tensão.
5. Usar o voltímetro sempre na posição correta, para que haja maior precisão nas leituras.
16
6. Caso o voltímetro tenha polaridade, o lado (+) do mesmo deve ser ligado ao pólo positivo da fonte e o lado (-)
do aparelho com o negativo da fonte.
Figura 22 –Voltímetro
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
DEFINIÇÃO
Resistência Elétrica é a posição que um material oferece à passagem da corrente elétrica.
De um modo geral, os diversos materiais variam em termos de ”comportamento elétrico”, de acordo com sua
estrutura atômica. Como sabemos, uns apresentam-se como condutores e outros como isolantes.
Os materiais isolantes são os de maior resistência elétrica, ou seja: os que mais se opõem à passagem da corrente
elétrica. Os materiais condutores, apesar de sua boa condutividade elétrica, também oferecem resistência à
passagem da corrente, embora em escala bem menor.
A resistividade é diferente para diferentes materiais, sendo ela que determina à maior ou menor oposição do
material, em relação à corrente elétrica.
Tecnicamente: Resistividade elétrica (também resistência elétrica específica) é uma medida da oposição de um
material ao fluxo de corrente elétrica. Quanto mais baixa for à resistividade mais facilmente o material permite a
passagem de uma carga elétrica. A unidade SI da resistividade é o ohm metro (Ωm).
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Duas cargas são alimentadas pela mesma tensão, mas são atravessadas por intensidades de correntes diferentes.
Por quê ?
Portanto:
Em que:
EXEMPLO:
a) Calcular a resistência elétrica de um fio de alumínio medindo 200mm, cuja resistividade específica é 0,0280
Ohms.mm. com uma secção circular de 1mm.
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R= (0,0280 x 200) / 1
R= 1,120 Ohms
b) Calcular a resistência elétrica de um fio de prata das mesmas características dos exemplos anteriores, cuja
resistividade específica é 0,0160 Ohms.mm.
R= (0,0160 x 200) / 1
R= 0,640 Ohms
Observando os resultados acima, vemos que o material que apresenta menor resistividade específica é a prata.
Portanto, um condutor de prata apresenta maior condutividade à passagem da corrente elétrica, seguido de um
condutor de cobre e depois de um condutor de alumínio.
Exemplo:
Múltiplos e submúltiplos
mega-ohm = MΩ
Kilo- ohm = KΩ
Mili- ohm = mΩ
Micro- ohm = uΩ
02- Ajustar o ohmímetro a zero toda vez que se for medir uma resistência.
03- A resistência deve ser medida sempre com ausência de corrente e desconectada do circuito.
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04- Evitar choque mecânico do aparelho.
05- Usar o aparelho sempre na posição correta, para minimizar erros de medição.
LEI DE OHM
DEFINIÇÃO
Nos circuitos elétricos, os valores da tensão, corrente e resistência estão proporcionalmente relacionados entre si
por uma lei fundamental da eletricidade, denominada
LEI DE “OHM”.
A lei OHM determina a seguinte relação: ”A corrente elétrica num
circuito é diretamente proporcional à tensão aplicada e
inversamente proporcional à resistência do circuito”.
Figura 26 – Primeira Montagem
Temos abaixo, um circuito onde os valores das três grandezas
elétricas acham-se determinados.
corrente e resistência.
V=RxI
Exemplo:
Calcular o valor da corrente elétrica num circuito, onde a tensão mede 10 volts e a resistência é de 20 ohms.
Portanto:
Assim, escreve-se:
ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS
Uma lâmpada incandescente
é, basicamente uma
resistência. Assim, as ligações
entre lâmpadas são feitas da
mesma forma que as ligações
entre resistências. A figura
29, ilustra dois modos
Figura 31 – Circuito Série e Paralelo
diferentes de associações de
resistências em série e em
paralelo.
22
.
Em contrapartida, haverá sempre uma queda de tensão em cada uma das resistências associadas.
A somatória das várias quedas de tensão resultará no valor da tensão fornecida pela fonte.
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE
Resistência equivalente de um circuito é a resultante que equivale a todas as resistências associadas.
Qualquer associação de resistências pode, para efeito de cálculo, ser substituída por uma resistência equivalente.
a. Circuito série
b. Circuito paralelo
c. Circuito misto
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CÁLCULO DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Na associação em série, o cálculo é bastante simples: apenas, somam-se os valores da resistência.
Apesar de 3 resistores associados a fonte enxerga como carga um único resistor de 16 ohms, ou seja: o
equivalente da associação.
CIRCUITO EM SÉRIE
Desde que você ligue resistências com extremidade, elas ficarão ligadas em série.
Figura 33 – Ilustração
Para que haja corrente nas resistências é necessário ligar os terminais restantes a uma fonte de tensão.
Medindo as correntes nas resistências verificamos que a corrente é a mesma em todas as resistências:
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Medindo as tensões nas resistências, vamos verificar que a tensão da fonte é repartida entre as resistências, ou
seja, a soma das quedas de tensão nas resistências é igual à tensão da fonte.
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE
É uma única resistência que pode ser colocada no lugar das outras resistências do circuito. Ou seja, submetida à
mesma tensão permitirá a passagem do mesmo valor de corrente.
Figura 37 – Medição
CONCLUSÃO
Circuito série é aquele em que a corrente possui um único caminho a seguir no circuito e a tensão da fonte se
distribui pelas resistências que compõem o circuito.
No exemplo abaixo, a corrente elétrica sai da bateria, subdivide-se nas resistências que compõem a associação e,
finalmente retoma a fonte.
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Na associação em paralelo, mesmo que ocorra a queima de uma das resistências, as demais não sofrerão
interrupção na sua alimentação.
COMPORTAMENTO DA TENSÃO E
CORRENTE
Na associação em paralelo, a tensão
aplicada é sempre a mesma nos
diversos terminais das resistências.
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Como primeira regra, temos que a resistência equivalente é igual ao resultado do produto pela soma dos
respectivos resistores.
Figura 40 –Exemplo
Como segunda regra, temos que a resistência equivalente é igual a soma inversa dos respectivos resistores.
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A primeira regra é a mais simplificada. Entretanto, a segunda permite que calculemos de uma única vez o
equivalente de uma associação com mais de dois resistores em paralelo.
Vale ressaltar que em ambos os casos, a fonte enxerga um único resistor à sua frente de 20 ohms, ou seja: o
equivalente da associação. Req
CIRCUITO PARALELO
Quando se liga resistências lado a lado, unindo suas
extremidades, elas são ligadas em paralelo.
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EXPLANAÇÃO
No circuito paralelo, a corrente se divide nos ramais, sendo a soma das mesmas é igual à corrente total do circuito.
A tensão é sempre a mesma em todo o circuito. As resistências são independentes, ou seja, se uma delas queimar,
continua passando corrente pelas outras.
Nota:
A Resistência equivalente (Re) de um circuito paralelo é sempre menor que a menor resistência do circuito.
CIRCUITO MISTO
É aquele em que existem resistências, tanto em série como em paralelo.
Exemplo:
Figura 42 – Exemplo
Resolução do circuito:
28
2. R3 e R4 estão em série, então encontramos Re2 onde: Re2 = R3 + R4
Re= 29 Ω
29
POTÊNCIA ELÉTRICA
INTRODUÇÃO
Quando ligamos um aparelho em uma máquina elétrica a uma fonte de
eletricidade, produz-se certa quantidade de ”trabalho”, à custa da
energia elétrica que se transforma.
Por exemplo:
O aquecimento do ferro de passar roupa se processa porque na resistência do mesmo, se verifica uma
transformação de energia elétrica em energia térmica (calor).
POTENCIA ELÉTRICA
Ainda como exemplo, temos a lâmpada que, através de um filamento interno, transforma a energia elétrica em
energia luminosa.
Podemos considerar, para facilitar o entendimento, como capacidade de produzir trabalho que uma carga possui.
A potência de uma carga depende de outras grandezas, que são: R (resistência) e V (tensão aplicada). Uma vez
aplicada uma tensão à resistência, teremos a corrente I.
Temos:
P = R x I²
P=VxI
Prender-nos-emos mais à segunda equação P=V x I onde:
V → volts
I → ampères
30
Múltiplos e submúltiplos:
1 kW = 1.000 W e 1 MW = 1.000.000 W
Como vemos, o produto da tensão pela corrente V x I é igual à potência indicada pelo wattímetro.
CONSTITUIÇÃO DO WATTÍMETRO
O wattímetro é constituído basicamente por uma bobina de tensão, ligada em paralelo como no voltímetro, e uma
bobina de corrente, ligada em série como no amperímetro.
Figura 44 – Wattímetro
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EFEITO JOULE
LEI DE JOULE
A Lei de Joule estuda a transformação de energia elétrica em calor:
Sempre que uma corrente elétrica passa por um condutor, haverá produção de calor, pois os condutores se
aquecem sempre.
Se a corrente é bastante intensa, e o condutor oferece resistência à sua passagem, os efeitos são consideráveis.
O inventor da unidade Joule foi o físico inglês Giácomo Presscotti joule que nasceu em 1818 e morreu em 1889.
A potência elétrica absorvida por um motor transforma-se em grande parte em potência mecânica e em pequena
parte em calor, por esta razão todas as máquinas elétricas se aquecem quando funcionam.
Energia Elétrica
É a energia ”Consumida”. Podemos ainda dizer que ela representa o trabalho realizado por um aparelho elétrico.
Na verdade, a energia está presente na natureza de várias formas e o que fazemos é transformá-la para a
produção de trabalho.
• Solar;
• Luminosa;
• Hidráulica;
• Mecânica;
• Eólica;
• Etc.
32
Figura 46 – Transformação de Diversos Tipos de Energia
1 kWh = 1.000Wh
1 MWh = 1.000.000Wh
CONSTITUIÇÃO DO MEDIDOR.
• Bobina de tensão
Figura 47 – Medidor de KVA
• Bobina de corrente
• Disco
• Imã
• Registrador
• Terminais de ligação
A energia elétrica depende da potência elétrica da carga (P) e do tempo (t) em que a mesma ficou ligada.
33
Um medidor pode então ser comparado a um wattímetro e um relógio agindo simultaneamente.
MAGNETISMO
INTRODUÇÃO
Antes de mostrarmos como conseguimos obter eletricidade através do magnetismo, vamos dar uma idéia do que
vem a ser isto.
Conta a lenda que em uma remota antiguidade, os gregos descobriram que um certo tipo de rocha, que eles
encontraram inicialmente perto da cidade de Magnésia, na Ásia Menor, tinha o poder de atrair e segurar pedaços
de ferro. A rocha encontrada era na realidade um tipo de minério de ferro, chamado “magnetita”.
DEFINIÇÃO:
Definimos magnetismo como sendo a propriedade que certos corpos possuem de atraírem materiais ferrosos.
34
IMÃS NATURAIS E ARTIFICIAIS
A magnetita é o imã que se encontra na natureza, e o classificamos como ”imã natural”. Entretanto, podemos,
através de certos artifícios, fazer com que certos corpos (compostos por materiais ferrosos) se tornem imãs. Os
imãs obtidos dessa forma são chamados “imãs artificiais”.
PÓLOS MAGNÉTICOS
Um imã não apresenta propriedades magnéticas em toda a sua extensão, mas só em certas regiões chamadas:
regiões polares.
Se dois imãs estiverem próximos um do outro e com liberdade de Figura 50 – Campo Elétrico
movimento, eles poderão se atrair ou se repelir. Esta propriedade dos imãs resulta numa regra muito importante:
pólos magnéticos diferentes se atraem, enquanto que pólos magnéticos iguais se repelem.
35
Figura 51 – Campo Elétrico
Por outro lado, a reação entre os campos magnéticos de dois imãs com pólos do mesmo nome, um defronte do
outro, tendem a repelir-se. Observando-se a figura abaixo, vemos que não existe uma concordância de direção
entre as linhas de força dos pólos norte dos dois imãs, daí a repulsão.
Se cortarmos um imã ao meio, teremos dois novos imãs distintos, cada um com seu pólo norte e sul. Da mesma
forma ocorrerá se cortarmos um imã em vários
pedaços.
Figura 53 – Experiência
Figura 52 – Campo Elétrico
Dessa forma, a extremidade do imã que atrair o pólo norte da Figura 54 – Direção do Campo Magnético
MATERIAIS MAGNÉTICOS
Os materiais que apresentam propriedades magnéticas são classificados em vários tipos. Destacaremos apenas
dois: materiais ferromagnéticos e materiais não ferromagnéticos.
MATERIAIS FERROMAGNÉTICOS
Dizemos que um material é ferromagnético quando ele é fortemente atraído por um imã, a exemplo do ferro,
níquel, cobalto e algumas ligas que contem esses elementos.
MATERIAIS NÃO-FERROMAGNÉTICOS
São materiais que não são atraídos pelos imãs, a exemplo do alumínio, plástico, latão.
36
SENTIDO DAS LINHAS DE FORÇA NUM IMÃ
Foi convencionado dizer que as linhas de força num
imã são orientadas externamente do pólo norte para
o pólo sul e internamente do pólo sul para o pólo
norte, como ilustra a figura ao lado.
ELETROMAGNETISMO
DEFINIÇÃO
É o poder de atração que a corrente elétrica ao passar pelo condutor exerce sobre os materiais ferrosos (geração
de campo magnético).
Figura 57 – Experiência
37
Ao se aplicar uma corrente baixa, obtém-se um campo fraco; ao
se aplicar uma corrente alta, obtém-se um campo forte (mais
intenso.
Figura 58 – Experiência
Figura 59 – Experiência
EXPERIÊNCIA
Podemos aumentar um campo magnético
colocando um núcleo de ferro na botina.
Figura 60 – Experiência
Figura 61 – Experiência
Figura 62 – Experiência
38
Invertendo-se o sentido da corrente mudamos a polaridade do imã.
Figura 64 – Experiência
Podemos conseguir o mesmo campo magnético de um imã possante utilizando um pequeno eletroímã.
Figura 65 – Experiência
39
CORRENTE ALTERNADA
A corrente elétrica que estudamos até agora é chamada corrente contínua (CC).
Assim chamamos todo tipo de corrente que não muda de sentido no decorrer do tempo.
Uma corrente alternada é uma corrente variável que percorre os condutores, tanto em um sentido quanto no
outro.
O uso de corrente contínua foi proposto por Thomas Edison, contra a distribuição de corrente alternada de Nikola
Tesla. Ganhou a corrente alternada, por se mostrar mais eficiente, basicamente pela possibilidade do uso de
transformadores.
Após as discussões iniciais, estabeleceu-se um paradigma baseado em corrente alternada, no qual o sistema é
baseado nas principais máquinas elétricas.
40
Figura 66 – O trecho A-B da figura acima tem o nome de ciclo.
FREQÜÊNCIA
O número de ciclos que se repetem em um segundo recebe o nome de freqüência.
1 Hz (Hertz) representa o número de vezes que cada ciclo da corrente alternada se repete em 1 segundo.
O tempo gasto para completar um ciclo é chamado de período (T) da onda e é medido em segundos (s).
A) POTÊNCIA APARENTE
É a potência total absorvida da rede e é dada pelo produto da tensão pela corrente.
Pap = VxI
41
Sua unidade é o VA (volt-ampère) ou o kVA (kilovolt-ampère).
1 kVA = 1.000 VA
B) POTÊNCIA ATIVA
É a parcela da potência aparente que é utilizado pelas cargas para a transformação em trabalho. A potência ativa é
medida em watts (W).
Pat = RxI²
Fator da Potência
O fator de potência representa o quanto da potência total (VA) está sendo usado para produzir trabalho (W).
FP = 0,92 ou 92%
Portanto:
Quando o FP (cos) é 1 ou 100%, significa que a potência ativa é igual à potência total (VA).
Quando o FP (cos.) é 0, significa que o circuito está absorvendo apenas potência reativa da rede, que neste caso é
igual à potência total.
Baixo fator de potência significa transformar em energia, calor, ou luz somente parte da potência total absorvida.
C) POTÊNCIA REATIVA
È a potência usada para a manutenção do campo magnético nas máquinas elétricas que possuem enrolamentos
de indução. Ex: transformadores, motores, máquinas de solda, reatores, etc.
Da mesma maneira que a potência ativa, multiplica-se a potência aparente por um fator e como resultado nos dá
a parte da potência que não é consumida.
42
O fator utilizado é o sen ϕ.
CAPACITORES
CONSTITUIÇÃO DO CAPACITOR
Figura 67 – Capacitor
Para entendermos o seu funcionamento, vamos inicialmente considerar um corpo carregado ou um gerador de
cargas elétricas conectado a uma esfera condutora de raio R, imersos num meio cuja constante eletrostática é k.
43
O CARREGAMENTO DE UM CAPACITOR
O que acontece no interior do capacitor? Como ele se carrega?
De acordo com a Teoria Atômica, os materiais são compostos de átomos cuja estrutura é semelhante ao Sistema
Solar (núcleo e órbitas).
Sabe-se que os materiais isolantes são compostos por átomos com elétrons intimamente ligados ao núcleo, razão
pela qual não facilitam o deslocamento de elétrons (corrente elétrica).
A estrutura dos metais é característica porque os seus átomos têm elétrons que saem facilmente de suas órbitas e
se convertem em elétrons-livres.
O pólo positivo da bateria atrai os elétrons de uma placa deixando-a mais positiva (perdeu elétrons). Esta placa,
por sua vez, atrai os elétrons do pólo negativo da bateria para a outra placa, deixando-a mais negativa (recebe
elétrons). Desta forma estabelece-se um fluxo de elétrons (corrente elétrica) no circuito, apesar de não haver a
passagem de cargas elétricas através do dielétrico do capacitor. As duas placas ficam carregadas com iguais
quantidades de carga, porém de sinais contrários.
Este processo continua até que o capacitor esteja plenamente carregado, quando então o fluxo de elétrons se
interrompe.
Quando carregado por uma bateria, um eletrodo (placa condutora metálica) do capacitor torna-se positivamente
carregado e o outro se torna negativamente carregado através da repulsão eletrostática
Como as duas placas estão carregadas com cargas de sinais diferentes, surge um Campo Elétrico Uniforme
orientado da placa positiva para a placa negativa.
Como cargas elétricas imersas num campo elétrico possuem potencial elétrico, a diferença de potencial entre as
placas estabelece uma tensão elétrica do capacitor carregado. É por esta razão que dizemos que o capacitor
armazena energia no seu campo elétrico.
O Capacitor armazena energia no campo elétrico porque este forma um “bipolo” elétrico que estabelece uma
diferença de potencial (tensão) entre as placas carregadas.
44
Figura 68 – Circuitos com Capacitores
CARGA DO CAPACITOR
No instante em que a chave é fechada, há um máximo de repulsão eletrostática (fluxo de elétrons máximo) e,
portanto, a corrente é máxima enquanto a tensão sobre o capacitor é nula.
45
O capacitor inicia o processo de carga e o fluxo de elétrons (corrente) tende a diminuir enquanto a tensão sobre
ele se eleva. Quando o capacitor estiver completamente carregado, é como se fosse um tanque fechado (lacrado)
completamente cheio e não circula mais corrente. Neste instante, a tensão sobre o capacitor é máxima e igual à
tensão da fonte (bateria).
Figura 72 - Corrente sobre um capacitor num circuito RC - carga O comportamento da tensão versus tempo também é
influenciado pelo tamanho do capacitor.
Se a capacitância é muito alta, o capacitor requererá mais energia para carregá-lo (a área do tanque é maior), e a
corrente fluindo pelo resistor requererá mais tempo para carregá-lo.
A figura 71 apresenta 3 curvas de carga, cada uma atingindo o mesmo ponto final, mas através de diferentes
caminhos. A figura 72 apresenta o comportamento da corrente durante o carregamento do capacitor.
Ajustando o valor da resistência R e da capacitância C, as curvas 1,2, 3 e muitas outras podem ser formadas.
Qual a utilidade disto? Um circuito temporizador pode acionar ou desligar um aparelho após um tempo pré-
especificado através da tensão sobre o capacitor operando uma chave quando alcançar um valor pré-
determinado. Se outras considerações neste circuito exigissem que a chave fosse operada para uma tensão
decrescente, em vez de uma tensão crescente, a tensão que aparece sobre o resistor poderia ser usada.
No instante em que a chave for fechada, toda a tensão da bateria aparece sobre o resistor e nenhuma sobre o
capacitor. Neste instante, o capacitor se comporta como um curto-circuito.
A tensão sobre o resistor decresce com o tempo enquanto a tensão sobre o capacitor aumenta com o tempo.
46
Note que o capacitor bloqueará o fluxo de corrente contínua quando estiver carregado. O capacitor carregado se
comporta como um circuito aberto.
Capacitância Nominal (CN) - É o valor de capacitância pelo qual o capacitor é denominado e para o qual foi
fabricado. O valor real da capacitância pode apresentar um desvio (uma diferença), em relação ao valor nominal.
Tolerância – a Tolerância é uma faixa de variação admissível para a capacitância que o capacitor realmente
apresenta. O valor da Tolerância pode ser expresso em valor percentual da capacitância nominal ou através de um
intervalo de variação admissível da capacitância nominal.
Exemplo: Um Capacitor de 100pF (nominal) com tolerância 10% ou ± 10pF indica que a sua capacitância real pode
estar entre 90pF e 110pF. Se medirmos a sua capacitância e este valor estiver nesta faixa, o capacitor estará
dentro dos parâmetros. Caso contrário, estará fora de especificação.
Tensão Nominal (Vn) - É a tensão contínua máxima que pode ser aplicada a um capacitor, sem que ele se
danifique.
Tensão de Operação (Vop) – É a tensão na qual o capacitor opera sem reduzir sua vida útil.
Este valor de tensão não deve ser superior à tensão nominal do capacitor.
Tensão de Pico (Vp) - É a máxima tensão que pode ser aplicada num capacitor, por curtos períodos de tempo, até
5 vezes por minuto, durante 1 hora.
Resistência Paralela (Rp) - O Material dielétrico inserido entre as placas de um capacitor pode ser definido como
um resistor de altíssimo valor ôhmico. A existência dessa resistência é comprovada pelo fato de um capacitor, uma
vez carregado, não conservar a sua carga indefinidamente, pois a carga se escoa lentamente pelo dielétrico.
Resistência Série Equivalente - Rse (ESR)- A resistência série equivalente é formada pelas resistências das placas,
resistências de contato dos terminais com as placas e as resistências dos próprios terminais do capacitor.
Corrente de Fuga - É o fluxo de corrente através do dielétrico. Um baixo valor de corrente de fuga indica um
dielétrico de boa qualidade.
47
TIPOS DE CAPACITORES.
Existem muitos tipos de capacitores para as mais diversas aplicações.
Os capacitores são classificados, geralmente, com relação ao material do seu dielétrico. Os tipos mais comuns são:
· Capacitores Variáveis;
· Etc.
SEGUEM ALGUNS:
A fabricação desses capacitores começa com o pó da cerâmica que é colocado numa prensa e comprimido em
forma de pastilhas (dielétrico do futuro capacitor). Após, as pastilhas são introduzidas num forno para tratamento
térmico, sendo rigorosamente inspecionadas na saída do mesmo.
Depois da fabricação da pastilha, coloca-se prata vaporizada nas duas faces da mesma, que formarão as placas do
capacitor.
A soldagem dos terminais, realizada sobre a camada de prata, vem após os discos sofrerem um banho
desengordurante para limpeza.
A próxima etapa é a impregnação com resina para proteção e isolamento, sendo, após, realizado em uma estufa
um processo de endurecimento da resina impregnada.
São usados geralmente em circuitos que operam em alta freqüência, onde o baixo fator de perdas e a alta
estabilidade do valor da capacitância são importantes.
Em aplicações onde se tolera certa variação da capacitância em função da temperatura, utiliza-se capacitores
cerâmicos tipo Uso Geral (GP – General Purpose).
48
Quando o valor exato da capacitância não é importante e admite-se grande variação da temperatura, desde que o
valor da capacitância não caia abaixo de um mínimo necessário, utilizam-se capacitores cerâmicos tipo GMV
(mínimo valor garantido), onde a capacitância é no mínimo igual ao valor marcado no corpo do capacitor.
Os capacitores cerâmicos tipo TC (temperatura compensada) são identificados pelas siglas NPO, CGO ou pela letra
N seguida de um número. As siglas NPO e CGO indicam que o capacitor apresenta coeficiente de temperatura
nulo, isto é, sua capacitância é estável e não se altera dentro de uma faixa ampla de variação de temperatura. A
letra N seguida de um número indica que o capacitor tem um coeficiente de temperatura negativo, ou seja, a
capacitância diminui com o aumento da temperatura e vice-versa. Por exemplo, N470 significa que, para cada grau
centígrado de aumento na temperatura, a capacitância diminui de 470 x 10-6 pF por pF do seu valor nominal.
· Um código de 3 algarismos , sendo que os dois primeiros indicam a unidade e a dezena e o terceiro algarismo
indica o número de zeros, também em picofarads (pF).
IDENTIFICAÇÃO DA TOLERÂNCIA.
A tolerância do capacitor cerâmico é expressa por uma letra geralmente após o valor da capacitância. A tabela II
mostra como identificar a tolerância em um capacitor cerâmico. Se a capacitância for até 10pF devemos usar as
colunas da esquerda e central. Se for maior que 10pF, devemos usar as colunas da direita e central.:
49
Exemplos:
a. marcação 5D. Capacitância nominal de 5 pF, tolerância de +/-0,5pF. Variação da capacitância de 4,5 a 5,5pF.
b. marcação 470K. Capacitância nominal de 470 pF, tolerância de +/-10%. Variação da capacitância de 423 pF a
517pF.
Nos capacitores tipo GP (uso geral) e GMV (mínimo valor garantido) os capacitores são identificados com siglas
diversas, conforme tabela III.
A gama de temperatura indica que se a temperatura variar na faixa dada, há uma variação da capacitância que é a
dada pela letra indicativa da faixa de variação da capacitância.
· Não ser impressa (identificação por catálogo do fabricante). Geralmente 500V para os maiores e 100V para os
mini-discos.
· Ser identificada por um código (ex: um traço ( _ ) indica tensão nominal de 100 V).
50
Figura 72 – Exemplos de identificação de capacitores cerâmicos
A principal diferença entre os capacitores de disco cerâmico e os capacitores plate é que estes possuem placas
retangulares de cobre em vez de placas circulares de prata.
As camadas metálicas individuais são conectadas umas às outras através de uma terminação metálica onde são
soldados os terminais de capacitor.
Características: Baixíssimas perdas no dielétrico, alta resistência de isolação, estabilidade da capacitância, baixa
porosidade e conseqüente resistência à umidade.
Tipos: Poliéster (MKT), Prolipropileno (MKP), Poliestireno (MKS) e Policarbonato (MKC ou MAC).
51
TIPO METALIZADO
Têm como característica marcante a propriedade de auto-regeneração. O dielétrico desses capacitores consiste
de filmes de plástico em cuja superfície é depositada, por processo de vaporização, uma fina camada de alumínio,
deixando-o metalizado.
Na fabricação do capacitor pode-se bobinar ou dispor o conjunto armaduras mais dielétrico em camadas (em
sanfona). Através da contactação das superfícies laterais dos capacitores com metal vaporizado, obtém-se bom
contato entre as armaduras e os terminais, assegurando baixa indutância e baixas perdas.
No caso de aplicação de uma sobre-tensão que perfure o dielétrico a camada de alumínio existente ao redor do
furo é submetida à elevada temperatura, transformando-se em óxido de alumínio (isolante) desfazendo-se então
o curto-circuito. Este fenômeno é conhecido como auto-regeneração.
Embora este princípio também seja válido para os capacitores eletrolíticos, a principal diferença entre estes e os
demais tipos de capacitores reside no fato de que um dos eletrodos - o cátodo - é constituído de um fluído
condutor - o eletrólito - e não somente uma armadura metálica como se poderia supor. O outro eletrodo, o
ânodo, é constituído de uma folha de alumínio em cuja superfície é formada, por processo eletroquímico, uma
camada de óxido de alumínio servindo como dielétrico.
Figura 73 - Circuito série com os três elementos passivos e uma bateria. capacitor é comparar o fluxo de corrente elétrica
com o fluxo de água fornecido por um tanque,
como mostra a figura 8. Um capacitor armazena energia quando está carregado. O tanque d’água é associado a
um capacitor que, por sua vez, é enchido por uma bomba (carregado por uma bateria). A quantidade de carga no
capacitor é análoga à quantidade de água no tanque. A altura da água com relação a um ponto de referência é a
tensão à qual a bateria “bombeou” (colocou) o capacitor, e a área do tanque é a capacitância. Um tanque alto e
52
estreito poderia conter a mesma quantia de água de um tanque baixo e largo, mas o tanque alto e estreito
produziria mais pressão. Há, também, capacitores “altos e estreitos” (alta tensão, baixa capacitância) e capacitores
“baixos e largos” (baixa tensão, alta capacitância).
Figura 74 - Analogia hidráulica para o funcionamento de um capacitor reduzida, a água pode fluir mais livremente (válvula
aberta).
Uma vez que a água estiver fluindo pode-se interromper pelo fechamento da válvula. A água no cano, já em
movimento, deve parar. Se a válvula for fechada muito rapidamente, a água deverá parar de fluir da mesma
forma. Quando uma válvula é fechada rapidamente, a energia da água em movimento repentinamente não tem
para onde ir. A água forçará os canos em algum ponto, de tal forma que, em alguns sistemas hidráulicos, chegará a
causar um som característico (o chamado Golpe de Ariete).
A água em movimento atua assim como um indutor age nos circuitos eletrônicos, ou seja, tenta manter a corrente
fluindo. A bateria é a bomba, o capacitor é o tanque, o resistor e a chave são a válvula e o indutor é a água em
movimento no cano. O circuito resultante é o mesmo.
Com esta analogia hidráulica poderemos agora entender o comportamento dos capacitores em circuitos de
corrente contínua. SIMBOLOGIA
UNIDADE DE MEDIDAS
Sua unidade é o farad (F).
53
Pap =V x I = _______ x ______ = ______
Sem capacitor
2 ª Experiência
Com capacitor
Devido a isto se utiliza o capacitor para melhorar o fator de potência (Cos. Baixo) das instalações.
54
CIRCUITO TRIFÁSICO
A energia elétrica que mais utilizamos é gerada em corrente alternada, o que possibilita uma geração em larga
escala e a baixo custo.
Os geradores usados são trifásicos, ou seja, possuem um enrolamento com três bobinas, nas quais é gerada a
energia através da indução eletromagnética, e a cada uma destas bobinas damos o nome de fase.
Como estas bobinas estão dispostas em posição físicas separadas e eqüidistantes uma das outras, a geração
ocorre em momentos distintos nas mesmas, provocando desta maneira um defasamento entre as tensões
geradas.
Cada um dos pares de extremidades das bobinas é interligado a um condutor comum o qual damos o nome de
neutro, e as extremidades restantes formam as três fases onde cada uma representa uma bobina do gerador.
Entre uma fase e um neutro teremos uma tensão (d.d.p.) que chamamos de tensão de fase e neutro (Vfn) ou
tensão simples.
55
Entre duas fases a tensão (d.d.p.) que encontramos é bem maior a qual chamamos de tensão fase-fase (Vff) ou
tensão composta (tensão de linha).
A tensão composta é 1,73 vezes maior que a tensão Figura 80 – Medição da Tensão no Equilíbrio de Fases
simples.
Assim:
Dizemos que um circuito está ligado em estrela, quando as cargas estão ligadas entre
fase e neutro e um circuito trifásico.
56
Figura 81 – Circuito Estrela
Notamos que no condutor neutro não há corrente, pois as cargas são iguais.
Notamos que no condutor neutro há uma corrente, pois as cargas são diferentes.
57
Assim, não podemos retirar o condutor neutro, pois a fase que contém menos carga sofrerá uma sobre-tensão e a
fase com maior carga sofrerá uma sub-tensão.
Dizemos que um circuito está ligado em triângulo quando as cargas estão ligadas entre fase e fase, em um circuito
trifásico.
TRANSFORMADORES (TRAFO)
Como vimos, a maior parte da corrente que trabalhamos é alternada. Figura 86 – Poste de Rua
A razão disso são os transformadores, pois os mesmos só funcionam com este tipo de corrente.
58
No trafo observamos fios de entrada e fios de saída.
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Constituição:
•Enrolamentos (primário e
secundário).
enrolamentos).
Alimentando-se a bobina do primário com corrente alternada (C.A.), esta produz um campo magnético alternado
(que é composto de linhas de força).
59
O núcleo de ferro conduz as linhas de força (campo magnético), submetendo a bobina secundária à ação deste
campo. O campo magnético variável (alternado) induz uma corrente elétrica na bobina secundária.
Para que um transformador seja elevador de tensão, é necessário que tenha maior número de espiras no
secundário e menor número de espiras no primário.
Para que o trafo abaixador de tensão, é necessário que tenha maior número de espiras no primário e menor
número de espiras no secundário.
Assim, verificamos a relação entre tensão e espiras, a qual é dada pela fórmula:
V1 = Tensão primária
V2 = Tensão secundária
Exemplo:
Um transformador tem 550 espiras no primário e 1100 espiras no secundário. Sua tensão de primário é de 110V.
Calcular a tensão do secundário.
60
Podemos substituir os três transformadores
monofásicos por um trifásico, o qual é
constituído por:
• 1 núcleo de ferro
• 3 enrolamentos primários
Figura 92 – Transformador Trifásico
• 3 enrolamentos secundários
• isolamento
O primário em triângulo.
O secundário em estrela.
61
Figura 94 – Circuito Elétrico
Neste caso a leitura do voltímetro deverá ser multiplicada pela relação do TP (Rtp) para obter a tensão primária.
Um exemplo prático de TC é o alicate volt-amperímetro, onde a bobina do primário é o próprio condutor da rede,
e a bobina secundária está enrolada em torno das garras do alicate. A bobina secundária alimenta o circuito
interno do volt-amperímetro (o galvanômetro).
A principal característica do TC é que este possui poucas espiras no primário e muitas no secundário.
62
Figura 96 – Medição de Corrente Elétrica em uma das Fases
Detalhes construtivos
. Estator: parte fixa do motor. É constituído de bobinas que produzem o campo magnético.
. Rotor: parte móvel do motor. Pode conter uma bobina ou um ímã permanente.
A construção típica de um motor de indução é do tipo “gaiola de esquilo”, no qual os condutores do rotor
assemelham-se a uma gaiola.
A rotação dos motores de indução pode ser calculada pelo seu escorregamento.
Motores síncronos: máquinas em que giram em uma freqüência proporcional ao sistema. Possuem um campo
magnético no rotor controlado por uma fonte CC. Este campo pode ser controlado, no qual sua principal aplicação
é na absorção de potência reativa Também podemos dividir os motores CA em:
Motores trifásicos: O uso de três fases permite a configuração de um campo magnético girante no estator, no qual
o rotor seguirá naturalmente.
Motores monofásicos: Em motores de indução, a presença de somente uma fase não é suficiente para haver um
campo magnético girante, necessário pelo menos para a partida do motor. O principal recurso utilizado é de um
enrolamento auxiliar em série com um capacitor, no qual causará uma defasagem suficiente para iniciar o giro.
MOTOR UNIVERSAL
Possui características construtivas de um motor CC mas ser usado também em CA. Muito usado em aplicações
domésticas, como batedeiras, liquidificadores e aspiradores de pó.
- Potência,
TORQUE OU CONJUGADO
. Conjugado nominal
. Conjugado de partida
VELOCIDADE
Medida em rotações por minuto (rpm).
TENSÃO E CORRENTE
Além da corrente nominal, o motor possui a corrente de partida (usualmente 7 vezes superior a nominal), que é
necessária para vencer a inércia do motor.
64
FATOR DE POTÊNCIA
Perdas
A energia elétrica não é totalmente convertida em energia mecânica. Os principais pontos de perda de potência
são:
. A proteção não deve atuar no momento da partida, mas atuar em condições de falha, . O condutor deve suportar
a temperatura,
. A queda de tensão deve ser inferior à permissível, senão o motor não terá força, além de afetar outros
equipamentos.
Chave estrela-triângulo: através da comutação da forma de interligação das bobinas, o motor recebe menos
tensão, partindo gradualmente. Com as bobinas em estrela a tensão é reduzida, comutando automaticamente em
delta, para tensão nominal, quando o motor estiver em movimento.
Transformador de partida: fornece uma tensão mais baixa para uma partida suave. Uma chave automática
seleciona níveis de transformação até a tensão nominal.
Eletrônica de potência: controla a forma de onda de tensão fornecida, aumentando gradualmente a corrente.
Para isso, o sistema deve estar projetado para suportar esta partida. A corrente de partida é um fator de projeto
da proteção do circuito. A princípio a potência reativa não é preocupante, pois a partida é muito rápida e não
afeta o consumo total.
65
CIRCUITOS TRIFÁSICOS COM MOTORES
Para o cálculo de motores trifásicos, pode-se considerar a potência dividindo-se em três circuitos monofásicos,
com tensão fase-terra. Neste caso o circuito seria do tipo estrela-estrela (vide aula anterior). Como o motor é um
circuito equilibrado, não haverá corrente circulando no neutro (caso exista).
RISCOS DA ELETRICIDADE
A eletricidade deixa a vida muito cômoda, mas devemos observar os riscos inerentes do seu uso. Este capítulo
passa de forma bem objetiva a maioria dos riscos existentes, sendo alguns claramente perigosos, e outros cujas
conseqüências ainda não foram constatadas a longo prazo.
CHOQUE ELÉTRICO
O risco mais óbvio, provém de circuitos com tensão suficiente para fazer passar uma corrente elétrica pelo corpo.
ANATOMIA DO CHOQUE
De forma simplificada, duas grandezas determinam a severidade do choque:corrente elétrica e duração.
O efeito do choque mais iminente à morte é a brilação ventricular, que consiste na série descoordenada e
potencialmente fatal de contrações ventriculares muito rápidas e ineficazes produzida por múltiplos impulsos
elétricos caóticos.
Contrações musculares,
. Queimaduras,
. Efeitos neurológicos,
. Parada respiratória,
Tensão de toque
Tensão de passo
Malha de terra - uniformização do potencial no solo, minimização das tensões de passo e de toque.
Podemos pensar no corpo humano como um sistema, que responde de acordo com cada sinal. É como um circuito
ressonante, mas no caso é devido a complexidade do organismo, inclusive entre indivíduos, teremos vários graus
de sensibilidade.
ELETRICIDADE INDUZIDA
Ao observarmos um circuito elétrico isolado, pensamos que não corremos risco algum. O que é um erro grave em
algumas situações. Basta lembrar dois casos:
. A idéia de um capacitor é a de duas placas separadas por um dielétrico, que é isolante, mas há tensão induzida
de uma placa sobre a outra.
. O transformador são dois conjuntos de bobinas, no qual uma induz corrente sobre a outra através de um campo
magnético.
Mas, o que acontece é que (1) qualquer coisa pode comportar-se como um capacitor, não basta serem duas placas
paralelas; (2) qualquer coisa pode comporta-se como transformador, não basta ter um núcleo de ferro ou até uma
espira completa.
Logo, enquanto você observa um circuito elétrico energizado, este estará induzido em VOCÊ tensões e correntes.
Este circuito pode ser desde um celular até o transformador da sua rua: tudo interage com tudo.
Obviamente alguns circuitos interagem de maneira mais óbvia, por exemplo os circuitos de alta tensão.
ELETRICIDADE ESTÁTICA
Choques, queima de equipamentos
CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS
Interferências
67
RISCOS INDIRETOS
O uso incorreto da eletricidade pode causar várias conseqüências:
NORMAS E LEGISLAÇÃO
A NR-10 trata da segurança relativa a qualquer trabalho envolvendo eletricidade em níveis perigosos. Alguns dos
assuntos tratados são:
. Natureza da eletricidade para o pessoal leigo, mas que está exposto ao risco,
. Primeiros socorros,
. Legislação pertinente,
2. Projetos Elétricos e SPDA – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas: Projetos elétricos em geral;
Projeta sistema de SPDA, em conformidade com a NBR 5419, com toda a documentação técnica requerida:
relatório de necessidade de SPDA, Estratificação e resistividade de solo, Determinação do nível de proteção e
desenhos completos; Instalação do SPDA completo; Aterramentos elétricos; Proteção contra surtos de tensão;
3. Diagnóstico energético: Conservação de energia; Correção de fator de potência; Análise de faturas para
enquadramento tarifário; Diagnóstico de consumo com determinação de pontos de perdas e oportunidade de
redução; Medição de curva de carga e avaliação de carregamento de transformadores; Análise de harmônicos;
Alteração de matriz energética;
4. Grupo Geradores: Projeta e instala grupos geradores elétricos; Manutenção preventiva e corretiva de grupos
geradores; Redução de custos de energia elétrica;
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5. Serviços de engenharia elétrica: Correção de Fator de Potência; Analise do fator de potência, calculo do sistema
de correção, dimensionamento de banco de capacitor automático e individual; Análise e correção de harmônicos e
distúrbios da rede elétrica; Rateio da Energia elétrica por centro de custo; Laudos de instalações elétricas NR-10;
Laudos de SPDA Prontuário das instalações elétricas;
Sabendo-se a potência média, multiplica-se pela duração de uso e número de dias do mês (no exemplo abaixo foi
considerado 30 dias).
Basta deixar os aparelhos ligados por 15 minutos que você pagará a demanda com se estivessem permanecidos
ligados o mês todo.
HORÁRIO DE PONTA
O sistema elétrico tem como horário crítico, em dias úteis, em torno de 18 às 22 horas, o que é chamado de
horário de ponta. Para isso cada empresa possui uma tarifa diferenciada para o horário de ponta.
O horário de ponta varia para cada empresa de energia, mas consiste em três horas seguidas. Por exemplo, a Light
determinou como horário de ponta de 17:30 às 20:30. O horário restante é o de fora de ponta, com tarifa mais
barata.
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faturas em função do: (a) consumo (kWh) , (b) demanda (kW), (c) fator de potência e (d) diferentes tipos de
tarifas.
Para a elaboração das faturas os consumidores finais (indústrias, residências, propriedades rurais, comércio e
outros), são classificados em dois Grupos conforme o Quadro 1
B-1 - Residencial;
B-1 - Residencial Baixa Renda;
B-2 - Rural;
B-3 - Não Residencial Nem Rural; e
B-4 - Iluminação Pública.
DEMANDA
Demanda corresponde ao consumo de energia dividido pelo tempo adotado na verificação. Conforme legislação
brasileira é determinado para fins de faturamento que este período seja de 15 minutos. Assim, por exemplo, se
determinada instalação possui quatro motores de 30 kW (40 cv) que são acionados da seguinte maneira:
70
No entanto, a demanda para o faturamento mensal será o maior entre os seguintes valores:
Demanda registrada - corresponde ao maior valor de demanda medido em intervalos de 15 minutos durante
período, em média considera-se um mês. Desta forma, dentre 3000 valores registrados, seleciona-se o maior.
Demanda contratada - cabe ao usuário, com base nas cargas instaladas e processo produtivo, definir o valor de
demanda necessário. Fator que será considerado pela concessionária ao definir os equipamentos para atender a
solicitação de serviço, como: transformadores, dispositivos de proteção e/ou eventualmente até a subestação.
FATOR DE POTÊNCIA
Geralmente em circuitos elétrico têm-se potências ativas e reativas. As potencias ativas referem-se ao somatório
dos valores dispensados a realização de trabalho como: aquecimento, resfriamento, iluminação e acionamento de
equipamentos. Enquanto as potências reativas são associadas à manutenção de campos elétricos, como os que
ocorrem nas espiras dos motores elétricos. Ao somar vetorialmente as potências ativas e reativas têm-se a
potência total.
Desta forma, define-se como fator de potência, a razão entre potência ativa e potência total, e seu valor variam
entre 0 e 1.
Conforme legislação brasileira, o fator de potência deverá ter como limite mínimo o valor de 0,92. Caso ocorra
valores menores o consumidor será penalizado. O registro do fator de potência ocorre em intervalos horários.
Para o cálculo da fatura seleciona-se o menor valor ocorrido no mês em questão. Assim, dentre 700 registros
mensais, seleciona-se o menor
SISTEMA TARIFÁRIO
Em estudos realizados nos anos oitenta, foi constatado que o perfil de comportamento do consumo ao longo do
dia encontra-se vinculado aos hábitos do consumidor e às características próprias do mercado de cada região. Foi
também caracterizado que o sistema elétrico brasileiro, em quase sua totalidade, possui geração por meio de
hidroelétricas. Portanto, o maior potencial de geração concentra-se no período chuvoso.
Baseando-se nestas características originou-se, em 1982, a nova Estrutura Tarifaria Horo-sazonal. Em que as
tarifas têm valores diferenciados segundo: horários do dia e períodos do ano, conforme descrito abaixo:
71
1) DIVISÃO DO DIA
• Horário de Ponta - Corresponde ao intervalo de 3 horas consecutivas, ajustado de comum acordo entre a
concessionária e o cliente, situado no período compreendido entre as 18h e 21h e durante o horário de verão e
das 19h à 22h.
2) DIVISÃO DO ANO
• Período Seco - Compreende o intervalo situado entre os meses de maio a novembro de cada ano (sete meses).
• Período Úmido - Compreende o intervalo situado entre os meses de dezembro de um ano a abril do ano
seguinte (cinco meses).
Apresentam-se no Quadro 2 os itens considerados nos cálculos das faturas ao aplicar as tarifas Azul e Verde.
Quadro 2 - Itens considerados nos cálculos de faturas de energia elétrica para as tarifas Azul e Verde.
Tarifa Azul
Demanda na Ponta
Demanda Fora de Ponta
Consumo na Ponta
Consumo Fora de Ponta
Tarifa Verde
Demanda
Consumo na Ponta
Consumo Fora de Ponta
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CÁLCULO DAS FATURAS
1) CÁLCULO DA FATURA - TARIFA CONVENCIONAL
- Grupo B
O faturamento é obtido pelo produto do consumo medido pela respectiva tarifa em vigor.
Fc = C x Tc em que,
Fc - valor da fatura, R$
- Grupo A Somente aplicável de forma opcional aos consumidores dos tipos A-3a, A-4 e A-S. Tem-se:
Ft = Dfat x Td + C x Tc , em que,
A seguir são listados alguns enganos muito comuns que ocorrem durante o estudo e ao lidar com a eletricidade.
OMITIR UNIDADE
Em todos os campos da engenharia é essencial uma informação precisa. É necessário informar as unidades em que
se encontram os resultados, juntamente com múltiplos e submúltiplos.
Quando há um terceiro elemento no meio, ele invalida esta condição. Deve-se localizar os elementos e localmente
convertê-los para um equivalente, até que seja possível resolver todo o circuito.
Eventualmente pode não ser possível solucionar o circuito através de equivalente série-paralelo, quando por
exemplo existir mais de uma fonte no circuito.
Neste caso deve-se solucionar um sistema de equações de Kirchoff, mas isto não é objetivo deste curso...
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EXCESSO DE INFORMAÇÃO/ CÁLCULOS DESNECESSÁRIOS
Eventualmente podem ser calculadas todas as características de um circuito, mas o que se pede era somente um
valor, de um detalhe que leva um minuto para resolver. Para isto, preste atenção no que se pede no exercício.
Chaves
Uma chave aberta ou fechada pode alterar totalmente a topologia do circuito.Esta chave pode cortar elementos
em série, ou curto-circuitar elementos em paralelo.
APROXIMAÇÕES
É comum, não somente durante o curso mas na vida profissional, surgir elementos que podem ser, em uma
primeira aproximação, desprezados. Com a prática você poderá julgar se um elemento pode ser aproximado, por
exemplo, para zero ou infinito, deixando desta forma um circuito mais fácil de resolver. Não esqueça de justificar
sua aproximação, bem como de observar se o exercício não aceita aproximações
OHMÍMETRO
Um OHMÍMETRO ou ôhmetro é um instrumento para medir a resistência
elétrica. O desenho de um ohmímetro compõe-se de uma pequena bateria
para aplicar uma voltagem à resistência a ser medida, para depois mediante
um galvanômetro medir a corrente que circula através da resistência. A
escala do galvanômetro está calibrada diretamente em ohms , já que em
aplicação da lei de Ohm, ao ser a voltagem da bateria fixa, a intensidade
circulante através do galvanômetro só vai depender do valor da resistência
medida, isto é, a menor resistência maior intensidade de corrente e vice-
versa.
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MULTÍMETRO
Multímetro digital onde podem se medir várias magnitudes elétricas.
Também há multímetros com funções avançadas que permitem: gerar e detectar a freqüência intermediária de
um aparelho, bem como um circuito amplificador com alta voz para ajudar na sintonia de circuitos destes
aparelhos; o rastreamento do sinal através de todas as etapas do receptor baixo prova; realizar a função de
osciloscópio acima do milhão de mostras por segundo em velocidade de varredura, e muito alta resolução;
sincronizar com outros instrumentos de medida, inclusive com outros multímetros, para fazer medidas de
potência pontual (Potência = Voltagem x Corrente Elétrica); utilizar-se como aparelho telefônico, para poder ligar
a uma linha telefônica baixo prova, enquanto se efetuam medidas pela mesma ou por outra adjacente; realizar
verificações de circuitos de eletrônica do automóvel e gravação de ráfagas de alta ou baixa voltagem.
Este instrumento de medida por seu preço e sua exatidão segue sendo o preferido do aficionado ou profissional
em eletricidade e eletrônica. Há dois tipos de multímetros: analógicos e digitais.
OSCILOSCÓPIO
Osciloscópio Tektronik.
Denomina-se osciloscópio a um instrumento de medida eletrônico para a representação gráfica de sinais elétrica
que podem variar no tempo, que permite visualizar
fenômenos transitórios bem como formas de ondas em
circuitos elétrico e eletrônicos e mediante sua análise se pode
diagnosticar com facilidade quais são os problemas do
funcionamento de um determinado circuito. É um dos
instrumentos de medida e verificação elétrica mais versátil
que existem e se utiliza em uma grande quantidade de
aplicações técnicas. Um osciloscópio pode medir um grande
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número de fenômenos, se vai previsto do transdutor adequado.
O osciloscópio apresenta os valores dos sinais elétricos em forma de coordenadas em um ecrã, na que
normalmente o eixo X (horizontal) representa tempos e o eixo E (vertical) representa tensões. A imagem assim
obtida se denomina oscilograma. Costumam incluir outra entrada, chamada “eixo Z” que controla a luminosidade
do faz, permitindo realçar ou apagar alguns segmentos da traça. O funcionamento do osciloscópio está baseado
na possibilidade de desviar um faz de elétrons por médio da criação de campos elétrico e magnéticos. As
dimensões do ecrã do TRC estão atualmente padrão na maioria de instrumentos, a 10 cm no eixo horizontal (X)
por 8 cm no eixo vertical (E).
O osciloscópio fabrica-se baixo muitas formas diferentes, não só quanto ao aspecto puramente físico
senão quanto a suas características internas e por tanto a suas prestações e possibilidades de aplicação
das mesmas. Existem dois tipos de osciloscópios: analógicos e digitais. Os analógicos trabalham com
variáveis contínuas enquanto os digitais fazem-no com variáveis discretas. Ambos os tipos têm suas
vantagens e inconvenientes. Os analógicos são preferíveis quando é prioritário visualizar variações
rápidas do sinal primeiramente em tempo real. Os
osciloscópios digitais utilizam-se quando se deseja
visualizar e estudar eventos não repetitivos, como bicos
de tensão que se produzem aleatoriamente.
ANALIZADOR DE ESPECTRO
Um analizador de espectro é um equipamento de medida
eletrônica que permite visualizar em um ecrã as componentes
espectrais dos sinais presentes na entrada, podendo ser estas qualquer tipo de ondas elétricas, acústicas ou
ópticas.
No eixo de ordenadas costuma apresentar em uma escala logarítmica o nível em dB do conteúdo espectral do
sinal. No eixo de abscissas representa-se a freqüência, em uma escala que é função da separação temporária e o
número de mostras capturadas. Denomina-se freqüência central do analizador à que corresponde com a
freqüência no ponto médio do ecrã. Com freqüência mede-se com eles o espectro da potência elétrica.
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UNIDADES DO SI
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GRANDEZAS E UNIDADES NO SI
diferença de potencial elétrico, tensão elétrica, força volt V A/V m2 . kg . s-3 . A-1
eletromotriz
capacitância elétrica
farad F V.S m-2 . kg-1 . s4 . A2
resistência elétrica
ohm Ω Wb/m2 m2 . kg . s-3 . A-2
condutância elétrica
siemens S Wb/A m-2 . kg-1 . s3 . A2
fluxo magnético
weber Wb cd/sr m2 . kg . s-2 . A-1
indução magnética, densidade de fluxo magnético
tesla T lm/m2 kg . s-2 . A-1
indutância
henry H J/kg m2 . kg . s-2 . A-2
fluxo luminoso
lumen lm J/kg cd
iluminamento ou aclaramento
lux lx cd . m-2
atividade (de radionuclídeo)
becquerel Bq s-1
dose absorvida, energia específica
gray Gy m2 . s-2
dose equivalente
siervet Sv m2 . s-2
..
.
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MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS
NOME DO NOME DO
FATOR SÍMBOLO FATOR SÍMBOLO
PREFIXO PREFIXO
OUTRAS UNIDADES DO SI
dia d 1 d = 24 h
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OUTRAS UNIDADES E CONVERSÕES
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PALAVRAS-CHAVE USADAS NO ESTUDO DA ELETRICIDADE
A lista abaixo pode ser usada para pesquisas, discussões em sala de aula:
. Co-geração
. Norma NR-10
. Retificador
. Transformador "zig-zag"
. Equalização de potencial
. Dispositivo DR
. Esquemas TT, TN e IT
. Forno de indução
. Coordenação de isolamento
. Ciência energética
. Disjuntor a vácuo
. Compatibilidade eletromagnética
. UPS
. Cabo OPGW
. Relé de distância
. CLP
. CCAT
. FACTS
. Pára-raios radioativos
. Askarel
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EXERCÍCIOS GERAIS
1) Calcule a resistência equivalente dos circuitos abaixo.
d)
e)
f)
83
2) Calcule os valores das variáveis dependentes:
a) E= 120 V; P= 60 W; I= ?; R=?
b) E= 8 V; I= 0,2 A; P= ?; R= ?
c) R= 2.000 W; E= 40 V; I= ?; P=?
3) Quatro resistores de valores iguais estão conectados em série. Se a resistência equivalente é 49 W, qual o valor
de cada resistor?
4) Um resistor de 10 W; outro de 15 W e um de 30 W são conectados em série com uma fonte de 120 VCC. Qual a
Req (Resistência Equivalente)? Qual a corrente que circula no circuito? Qual a potência dissipada por cada
resistência?
5) Qual a corrente total fornecida pela bateria no circuito abaixo e a potência dissipada em cada resistor?
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7) Qual a corrente que indicará o amperímetro ideal no circuito abaixo:
8) Quatro lâmpadas idênticas L, de 110 V, devem ser ligadas a uma fonte de 220 V, a fim de produzir, sem
queimar, a maior claridade possível. Qual a ligação mais adequada?
9) Numa indústria de confecções abastecida por uma rede de 220 V, é utilizado um fusível de 50 A para controlar a
entrada de corrente. Nessa indústria existem 100 máquinas de costura, todas ligadas em paralelo. Se a resistência
equivalente de cada máquina é 330 W, qual o número máximo de máquinas que podem funcionar
simultaneamente?
10) Uma lâmpada de filamento dissipa a potência elétrica de 60 W quando ligada em 110 V. Calcule a resistência
elétrica do filamento.
11) Um aparelho elétrico quando em funcionamento, é percorrido por uma corrente de 20 A, alimentado por 110
V. Determine a potência elétrica consumida pelo aparelho.
12) Um resistor de 200 W de resistência elétrica dissipa a potência de 3200 W. Calcule a intensidade corrente que
o atravessa.
13) Deseja-se ligar um conjunto de lâmpadas de 60 W em uma rede de 127 V, no qual o circuito possui um
disjuntor de 10 A. Calcule o número máximo de lâmpadas que podem ser ligadas sem causar sobrecarga (supondo
o disjuntor ideal).
85
14) EXERCÍCIOS DE PESQUISA E APLICAÇÃO:
14.1- Calcule a conta de luz aproximada de uma empresa com a seguinte utilização de energia:
Dados:
h) Tarifa azul.
14.2. Pesquise dois equipamentos elétricos do mesmo tipo e capacidade (ex. lâmpada, microondas, ar
condicionado, geladeira, TV), eventualmente de tecnologias diferentes (ex. lâmpadas incandescentes e
fluorescentes, TV de LCD e de plasma). Compare potência e preço. Procure um equipamento dito "mais eficiente",
supostamente mais caro, e compare com um equipamento "menos eficiente", mais barato. Compare para um
mesmo regime de utilização (número de horas por dia no qual o equipamento ficará ligado) e para uma mesma
tarifa, o período no qual o equipamento mais eficiente torna-se vantajoso em relação ao menos eficiente. Calcule
a economia para a vida útil total do equipamento.
86
14.3. Um motor de indução trifásico, 220/ 380 V, 600 cv, rendimento 0,80, fator de potência 0,76, Ip/ In = 6,7.
Calcular:
14.4. Um professor pediu a seus alunos que ligassem uma lâmpada a uma pilha com um pedaço de fio de cobre.
Nestas figuras, estão representadas as montagens feitas por quatro estudantes:
Considerando-se essas quatro ligações, é CORRETO afirmar que a lâmpada vai acender apenas:
a) Na montagem de Mateus
b) Na montagem de Pedro.
87
14.5. (FUVEST 2009) Dínamos de bicicleta, que são geradores de pequeno porte, e usinas hidrelétricas funcionam
com base no processo de indução eletromagnética, descoberto por Faraday. As figuras abaixo representam
esquematicamente o funcionamento desses geradores.
Nesses dois tipos de geradores, a produção de corrente elétrica ocorre devido a transformações de energia:
88
14.6. (UFF 2010) - Duas lâmpadas incandescentes A e B são ligadas em série a uma pilha, conforme mostra a figura
1. Nesse arranjo, “A” brilha mais que B. Um novo arranjo é feito, onde a polaridade da pilha é invertida no circuito,
conforme mostrado na figura 2. Assinale a opção que descreve a relação entre as resistências elétricas das duas
lâmpadas e as suas respectivas luminosidades na nova situação.
d ) Explique o método fasorial, suas vantagens no estudo de sistemas de corrente alternada e uma restrição.
e ) Explique o fenômeno da ressonância em um circuito CA: quais as condições necessárias para que ocorra,
que tipo de elementos estão envolvidos, a diferença da associação série e paralelo, além dos valores de
tensão e corrente que possam ocorrem.
g ) Defina fator de potência. Como isto influencia a produção e transmissão de energia elétrica?
h ) Cite métodos de reduzir o consumo descontrolado de energia reativa, e eventuais cuidados a se tomar ao
usar estes métodos.
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i ) Cite fontes de geração de energia reativa.
l ) Esboce um circuito trifásico, com um gerador ligado em estrela e uma carga em delta. Se cada bobina do
gerador produz 1000 V, calcule a tensão na carga.
m ) Explique a função do neutro no sistema trifásico. Teoricamente, ele é necessário para um sistema
equilibrado? Ele é usado na prática? Por quê?
p ) Qual é, aproximadamente, o horário de ponta? Explique porque são usadas tarifas mais elevadas neste
horário.
r ) Descreva o significado de demanda contratada e tarifa de ultrapassagem.Esboce uma curva de carga como
exemplo.
u ) Cite defeitos típicos que podem ocorrer em um sistema de energia elétrica, e os respectivos equipamentos
utilizados a minimizá-los.
v ) Cite três elementos de proteção elétrica utilizados na indústria, explicando sua função específica (do que
eles protegem).
x ) Explique os possíveis defeitos oriundos de rotores bloqueados e uma forma de evitar tais defeitos.
aa ) Explique porque um disjuntor residencial não será suficiente para prevenir choques elétricos. Aponte o
equipamento apropriado, descrevendo como ele complementa o disjuntor.
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EXERCÍCIOS DE ELETROMAGNETISMO
1) -Três cargas pontuais, Q = 300μC, e ,Q = 400 μC e Q = 500 μC acham-se localizadas em (6,0,0) m , (0,0,6) m e
1 C 3
2) - A lei da gravidade de Newton pode ser escrita , onde m e m são massas, pontuais, separadas por uma
1 2
distância R e G é a constante gravitacional; 6,664´10-11 m3/kg.s2. Duas partículas, cada uma tendo uma massa
de 15 mg estão separadas de 1,5 cm. Quantos elétrons são necessários adicionar a cada partícula de modo a
equilibrar a força gravitacional ?
3) - Há quatro cargas pontuais iguais, de 20 μC, localizadas sobre os eixos x e y, em ± 3 m. Calcule a força que age
sobre uma carga de 120 μC, localizada em (0,0,4) m.
4)- Duas pequenas esferas plásticas estão arranjadas ao longo de uma fibra isolante que forma um ângulo de 45º,
com a horizontal. Se cada esfera contiver uma carga de 2×10-8 C, e tiver uma massa de 0,2 g, determine a
condição de equilíbrio para as duas esferas sobre a rampa, bem como a posição relativa entre elas.
5) - Prove que a força de repulsão entre duas cargas pontuais e positivas separadas por uma distância fixa é
máxima quando as suas cargas possuem mesmo valor.
6) - Duas cargas pontuais idênticas de Q C estão separadas por uma distância d m. Calcule o campo elétrico rE para
pontos pertencentes ao segmento que une as duas cargas.
7) - Imagine que a terra e a lua possam receber cargas elétricas, de modo a equilibrar a força de atração
gravitacional entre elas. (a) Encontre a carga requerida para a terra, se as cargas estão numa razão direta
entre as superfícies da terra e da lua. (b) Qual é o valor de E na superfície da lua, devido às suas cargas? Note
que, uma vez que as forças de origem gravitacional e eletrostática estão relacionadas com o inverso do
quadrado da distância, não é necessário conhecer a distância terra-lua para resolver este problema.
QUE DEUS POSSA NOS ABENÇOAR E NOS FORTALECER, AFIM DE QUE SEJAMOS PRÓSPEROS; E PARA ALÉM DO
CONHECIMENTO, QUE CADA VEZ MAIS A SABEDORIA DE JESUS CRISTO SEJA O NOSSO ALVO!
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