QUESTÕES:
a) Você sabe valorizar a sua vida como dom de Deus?
b) O que Deus quer de você, lhe fazendo único e irrepetível?
c) Você é uma pessoa livre para escolher o chamado de Deus?
VIVER JUNTOS COMO FILHOS DE DEUS:
Neste segundo encontro, nós daremos continuidade ao tema que abordamos anteriormente e descobriremos
que existe uma segunda verdade a respeito do ser humano: Cada pessoa é um ser comunitário!
Ninguém se realiza e é feliz sozinho. Ninguém é uma ilha! Precisamos dos outros, para podermos
crescer como gente.
Ainda no livro da Criação, no Gênesis, há o seguinte trecho: “E o Senhor disse: ‘Não é bom que o
homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar que o corresponda”(Gênesis 2,18). E assim Deus criou o
ser humano homem e mulher: para viver em comunidade, à sua imagem e semelhança. E nós sabemos que
Deus não é um ser solitário, é uma comunidade de pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Uma comunidade
unida por um amor tão grande que é um só Deus, ao mesmo tempo uno e trino: A Santíssima Trindade.
É isso: o que realiza o ser humano o diálogo, a comunhão, a participação, o amor que nos torna
irmãos; é saber estar com os outros, ajudando-nos; é saber viver em comunidade. Jesus Cristo não quis
ficar sozinho. Ele escolheu um grupo de companheiros para viver a experiência da comunhão em sua
própria vida e poder passa-la para os outros. Podemos, ainda tirar uma segunda conclusão: “a pessoa vive e
cresce como gente à medida que se esforça para viver em comunidade!”
Agora que nós já falamos sobre você diante de si mesmo e a importância de viver juntos, nós
podemos chegar a uma outra verdade fundamental, cada pessoa é filha de Deus!
Ainda naquele capítulo que descreve a criação, a Bíblia diz “então o Senhor Deus formou o ser
humano com o pó do solo, soprou-lhe nas narinas o sopro da vida, e ele tornou-se um ser vivente”
(Gn 2,7). Sim, há algo de divino em cada ser humano, há alguém acima e dentro de nós que nos ama como
Pai que nos convida a vivermos como seus filhos e nos dá a capacidade de sermos realmente livres e
irmãos. Sim, é em Deus que as pessoas de todos os tempos procuram e encontram sua suprema realização e
felicidade! Eis aqui, portanto, a terceira conclusão: “a pessoa vive e cresce como gente à medida que se
abre para o absoluto, DEUS!” Enfim, podemos resumir toda nossa conversa acerca do “que é ser gente” e
dos três planos da realização humana, em uma frase: Realizamo-nos como pessoas humanas quando
somos livres e nos sentirmos irmãos e filhos de Deus.
E, quando alguém luta para ser autenticamente livre, procura ser irmão de todos e procura construir
um mundo de irmãos, procura a Deus e sua vontade, para viver como verdadeiros filhos de Deus, aí está o
Espírito de Deus!
PARA REFLETIR:
a) Você já sentiu o amor de Deus em sua vida? Como?
b) De que forma, em sua opinião, percebemos a presença de Deus em nossa vida?
Maria:
Para o povo do Antigo Testamento o Messias, Filho de Deus, o
Libertador, deveria surgir como alguém forte, poderoso, guerreiro. Deus,
porém, segue outra maneira de agir. Ele costuma realizar seus projetos
utilizando-se de pessoas pobres, fracas, idosas ou jovens demais, como Maria.
Deus faz do que é fraco, a sua força.
Nazaré, a terra de Maria, era um povoado pequeno e sem importância. Dizia-se que
os galileus eram rudes, ignorantes, impuros, pagãos. Por isso, existia um preconceito que
dizia: De Nazaré pode sair algo de bom? (3ô 1,46). No entanto, era de Nazaré a jovem
Maria.
O Chamado:
Deus escolhe Maria para ser a Mãe do Salvador. Ela estava prometida em casamento
a José. Devia ter muitos sonhos: uma família numerosa, uma vida tranqüila, envelhecer ao
lado do seu marido, filhos e netos. No entanto, o Senhor tinha um projeto bem diferente
para ela, ser a mãe do Salvador, Jesus Cristo! Quando o anjo lhe anuncia esta notícia ela
interroga: mas como será isto? A resposta do anjo é clara: ”O Espírito Santo descerá sobre
ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra,“ (Lc 1,35). Maria fica surpresa,
todavia, percebendo que aquela era à vontade de Deus, responde ao chamado dizendo: “Eis
aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra,” (Lc 1, 38).
A Resposta:
Depois da resposta de Maria, assumindo a atitude de serva de Deus, ela vai ajudar a
sua prima Isabel que estava no sexto mês de gravidez. As primas quando se encontram vão
cantar a alegria dos pequenos que acreditam no amor e na misericórdia de Deus, (Lc 1,39-
56). Assim, a vida de Maria vai ser um constante serviço a Deus e a humanidade inteira. Ela
vai tomar como sua a palavra do próprio Filho que dizia: “Pois o Filho do Homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
PARA REFLETIR...
Reflexão...
Paulo parece á pessoa que tomou o ônibus, pensando poder seguir nele até o ponto final da sua
viagem. Porém, de repente, o ônibus parou, o motorista gritou: “Ponto final! ” “Desse todo mundo !” Era o
ponto final do ônibus, mas não da viagem. Paulo teve que descer. Inesperadamente, encontrou-se sozinho,
sem rumo, perdido no meio do caminho, perto de Damasco.
A queda:
A queda na estrada de Damasco foi um divisor de águas. A vida de Paulo divide-se em antes e
depois. A entrada de Jesus não foi pacífica, mas sim uma tempestade violenta.
A Graça:
Lá na estrada de Damasco, de repente, sem esforço nenhum da sua parte, Paulo recebeu, de graça,
exatamente aquilo que todo o seu esforço de 28 anos não tinha conseguido alcançar, a saber: a certeza de
que Deus o acolhia e o justificava. Deus lhe mostrou o seu amor, quando ele, Paulo, estava sendo
“blasfemo, perseguidor e insolente”. A graça foi maior que o pecado! Essa experiência da bondade de Deus
foi uma luz tão forte que Paulo ficou cego! Ela não cabia na idéia que ele fazia de Deus, e provocou a
ruptura. Agora, Paulo já não consegue confiar naquilo que ele faz por Deus, mas só naquilo que Deus faz
por ele. Já não coloca sua segurança na observância da Lei, mas sim no amor de Deus por Ele. Gratuidade!
Para Refletir:
1. Paulo era um homem piedoso e fiel à sua fé, mesmo assim necessitou encontrar-se com Jesus?
Você já experimentou este encontro ou acha que basta cumprir os mandamentos de Deus e da
igreja para ser feliz?
2. Você já se sentiu “derrubado do cavalo” como Paulo em algum momento de sua vida?
3. O que você entende por conversão?
OS DOIS FILHOS:
Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse
ao pai: Pai, dá-me a parte da herança que me cabe. E o pai dividiu os bens entre eles.
Poucos dias depois o filho mais novo juntou o que era seu, e partiu para um lugar
distante. E aí esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que
possuía, houve uma grande fome nessa região, e ele começou a passar necessidade.
Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para a roça cuidar dos
porcos. O rapaz queria matar a fome com a lavagem que os porcos comiam, mas nem
isso lhe davam. Então, caindo em si, disse: “Quantos empregados do meu pai tem pão
com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. Vou me levantar, e eu vou encontrar o meu
pai, e dizer a ele: Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chame teu
filho. Trata-me como um dos teus empregados. Então se levantou e foi ao encontro do
Pai.
Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão. Saiu correndo, o
abraçou, e o cobriu de beijos Então o filho disse: Pai, pequei contra Deus e contra ti;
já não mereço que me chame teu filho. Mas, o pai disse aos empregados: “Depressa,
tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel no seu dedo e
sandálias nos pés. Peguem o novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete.
Porque este meu filho estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi
encontrado. E começaram a festa.
O filho mais velho estava na roça. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e
barulho de dança. Então chamou um dos criados, e perguntou o que estava
acontecendo. O criado respondeu: É seu irmão que voltou. E seu pai, porque o
recuperou são e salvo, matou o novilho gordo. Então, o irmão ficou com raiva, e não
queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. Mas ele respondeu ao pai: “Eu trabalho
para ti a tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua; e nunca me deste um
cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse seu filho, que
devorou os teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho gordo! ‘Então o pai
lhe disse: ‘Filho, você está sempre comigo, e tudo que é meu é teu. Mas, era preciso
festejar e nos alegar, porque esse seu irmão estava morto, e tornou a viver; estava
perdido e foi encontrado”.
(Lc 15, 11-32)
A Resposta do Pai...
1. Objetivos:
Ajudar os jovens a descobrirem que seguir a Jesus Cristo é ter a capacidade de saber
conviver com as pessoas, respeitando as dificuldades de cada um e ajudando a
superar seus problemas.
Fazer os jovens perceberem que o cristão deve ter uma atitude positiva na vida,
estando sempre disposto a reconciliação ou perdão.
Evitar dar conclusões pelos jovens e a tentativa de dar ensinamentos, mas ajudá-los a
refletir, fazendo com que cada um chegue a suas próprias conclusões.
Não explorar demais o aspecto pessoal e emotivo, mas fazer uma leitura mais
coletiva.
Estimular a tomar atitudes de perdão para experimentarem o amor de Deus em suas
vidas.
ORIENTAÇÃO PARA OS ANIMADORES DE GRUPO
Com 18 anos graças a leituras de cartas de missionários da Índia decide abraçar aquela
vida. O único meio disponível era entrar numa congregação de freiras. Existem também
missionárias leigas, mas na época, final da década de 20, apenas as irmãs saiam em missões.
Escolhe a Congregação de Nossa Senhora de Loreto, que tem uma missão naquele país da
Ásia.
Aos 20 anos, faz seus primeiros votos. Toma o nome de irmã Teresa, em homenagem à Santa
Teresa do Menino Jesus. Escolheu este nome para devotar-se, como a santa francesa, à
obediência e poder deste modo servir com amor total a Jesus.
Em seguida foi mandada para Calcutá com a tarefa de estudar e conseguir o diploma do
magistério.
Ao chegar na estação de trens de Calcutá, se deparou com um enorme contingente de
miseráveis, em parte gerados pelos conflitos religiosos na independência da Índia. Em todas as
estações do trajeto a cena era a mesma. Aí sente o chamado para deixar a Congregação e
dedicar-se totalmente ao serviço dos pobres. Segundo ela,
Madre Teresa não desejava porem abandonar a vida religiosa. Comunica suas intenções
e um ano e meio depois, o arcebispo de Calcutá solicita ao papa Pio XII que a irmã possa deixar
a Congregação de Loreto e iniciar uma vida religiosa fora do Convento. O papa em pouco tempo
concordou.
Em 16 de agosto de 1948, deixa o hábito e abandona o convento.
Decidiu vestir-se com um sari, a indumentária mais comum na Índia, e escolheu o branco, a cor
dos pouco importantes. Como calçado adotou a sandália.
Recolhendo-os ela dizia "São filhos de Deus, devem morrer com um sorriso nos lábios". Ela
queria que deixassem este mundo com a certeza de que alguém os amava.
Mesmo franzino, tímido e inseguro, com poucos amigos e fortes laços familiares, sem
grande talento ou inclinação para o estudo, Gandhi tornou-se o mais improvável dos líderes do
século XX. Nascido numa sociedade que clamava a obediência, a submissão e o respeito às
tradições ocidentais como objetivos naturais da vida pública e privada, quebrou o elo da
dominação externa que durante 300 anos manteve a Índia na condição de colônia européia. Ao
mesmo tempo, aboliu costumes enraizados na sua cultura que perpetuavam uma sociedade
estratificada em castas que legitimavam superstições desumanas.
Nesses sentido, podemos afirmar que Gandhi foi o grande pedagogo de seu povo e do
mundo, pois usa participação na História me transforma a percepção do papel de um político, de
um cidadão incomum e , igualmente, de pai-mãe de família. As injustiças impostas a uma
comunidade ou nação são perpetradas por alguns, mas sustentadas por todos, inclusive pelos
oprimidos. Esta é a grande descoberta que ele nos oferece: vitima e carrasco se alimentam
mutuamente. Para combater a injustiça, é necessário auto-educar-se.
COMPROMISSO COM A NÃO VIOLÊNCIA
Para Gandhi, portanto, a não cooperação com ignominioso é um dever. Mas um dever
cujo cumprimento pode se realizar unicamente por meios não violentos. Sejam quais forem os
instrumentos usados para acabar com a exploração e as injustiças,eles têm de estabelecer um
compromisso com a não violência (ahimsa) – principio soberano de transformação pessoal e
social -, cujo o propósito é restaurar a dignidade tanto do agressor como da vítima.
Conseqüentemente, a ação reparadora deve estar à agressão e nunca ao agressor.
Esse sentido, a não violência é uma linguagem, uma modalidade de ser e de estar no
mundo que se aprende com a prática, com o exercício cotidiano inspirado no compromisso de
não causar sofrimentos gratuitos nem alimentar ressentimentos. Se o que se busca é
estabelecer relações mais justas e solidárias, é necessário concentrar o poder reparador da
ação na própria situação que gerou e que sustenta o conflito. Inverter a situação entre opressor
e oprimido, tornando este último ganhador e o outro, perdedor, seria inútil porque preserva o
circulo vicioso de vingança que retro-alimenta vítima e carrasco, corrompendo e bestializando
ambos.
“Pode-se garantir que um conflito foi solucionado segundo os princípios da não
violência se não deixa nenhum rancor entre os inimigos e os converte em amigos”.
Revela-se então, uma ousadia intelectual que amplia nosso entendimento da condição
humana, ao mesmo tempo em que promove a criação de um número maior de alianças para
fortalecer o tecido social sobre bases de convivência confiável que, por sua vez, abrem caminho
para a paz.
“Não sou um santo que se tornou político. Sou um político está tentando ser santo”.
“A não violência é o primeiro artigo da minha fé; e é também o último artigo do
meu credo”.
Gandhi nasceu na Índia em 1869 e, desde cedo, dedicou-se a lutar contra todo o tipo de
dominação, racismo e violência. Para isso, estudou sânscrito, persa, árabe, latim, inglês e
francês. Formou-se como advogado e defendeu os direitos dos negros da África do Sul e dos
párias na Índia. Dizia:
“A sabedoria só deve ter um fim: melhorar o ser humano.”
Sentia-se transtornado ao ver a miséria que o colonialismo inglês submetia o seu povo.
Durante a sua vida, o mundo atravessou duas guerras mundiais.
Quando alguém perguntava sobre a sua mensagem, respondia: “Não tenho mensagens.
Minha mensagem é a vida.” Intitulou sua autobiografia: “A história das minhas experiências
com a verdade”. Acreditava que essa verdade se chama Deus. “Tudo o que faço é na busca de
Deus. Anseio por vê-lo, face a face. Deus se chama verdade.” Entregou sua vida a causa da
verdade. Vivia o hinduísmo, aberto às outras tradições religiosas. Tudo o que fazia se baseava
na confiança em Deus.
O mundo inteiro o reconhece como “Mahatma”, grande alma. A solidariedade transformou
a sua vida. Seu método de trabalho consistia em duas medidas interiores: a satyagraha
(“desobediência civil”) e a ahimsa (a não violência ativa). Se uma lei é injusta, não se deve
obedecê-la. É compromisso do crente com a verdade. Como fazer isso? Alguém, segundo
Gandhi, só pode considerar-se no caminho espiritual quando extingue de si mesmo qualquer
violência, física, mental ou da palavra.
Martin nasceu em Atlanta, centro vital da população negra nos Estados unidos, em 15 de
janeiro de 1929. Sua família pertencia a classe média negra. Seu pai Martin Luther era ministro
da igreja Cristã Batista. Os batistas são uma seita protestante separada da Igreja da Inglaterra
no século XVII. Essa Igreja não aceita o batismo de crianças, pois só considera válido o de
adultos, e por imersão. São mais de 25 milhões de crentes nos Estados Unidos, Inglaterra e
Alemanha.
Ele estudou em um seminário de sua crença, especialmente os problemas sociais e aos
17 anos tornou-se pastor assistente da igreja de seu pai. Formou-se em Teologia e depois, o
doutorado na Universidade de Boston. Martin conhece uma jovem de nome Coretta Scott, em
1953, assistindo uma reunião musical, ela estuda música como bolsista. Ambos são solistas
vivendo a felicidade da paz. Em 18 de junho do mesmo ano, seu pai abençoa o matrimônio.
Casados Martins e Coretta vão ao sul para pregar “só um sermão”, num domingo de janeiro de
1954.
As palavras do jovem reverendo comovem a comunidade, que começa a crescer a cada
domingo. Depois de quatro sermões, os fiéis, unanimemente, pedem-lhe que fique como pastor
definitivo. A realidade sócio-econômica dessa cidade de nome Montgomery não diferia muito de
qualquer cidade sulista de trezentos anos atrás; culturas de algodão, tabaco e criação de gado.
Pouca indústria, poucos donos de terra e, portanto, uma vida dependente e miserável para o
negro. Era chamado de “reverendo” King, via a comunidade negra totalmente submissa, com
medo de lutar contra as injustiças raciais.
Tornou-se defensor da filosofia da não violência e liderou a partir de 1955, uma campanha
pacífica pela justiça para o povo negro americano. As palavras do revendo King sintetizam o
coração de um povo e a verdade da natureza humana inspirada no Evangelho:
...Eu acalento o sonho de que um dia toda a nação se ponha de pé e viva o verdadeiro
significado de sua crença. Sustentamos que essas verdades são evidentes por si
mesmas, que todos os homens são criados iguais.
...Eu acalento o sonho de que, um dia, nas róseas montanhas da Geórgia, os filhos dos
antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos, possam sentar-se juntos à
mesa da fraternidade.
...Eu acalento o sonho de que, um dia, inclusive o Estado do Mississipi, um Estado
abrasado pela injustiça, abrasado pelo calor da opressão, se transforme num oásis de
liberdade e justiça...
Em 28 de agosto de 1963 liderou a grande marcha dos viajantes da liberdade até
Washington que reuniu 250.000 mil pessoas exigindo os direitos civis dos negros
americanos. Foi covardemente assassinado em 5 de abril de 1968.
Martin Luther King se sentiu chamado ao serviço a partir da proposta do Reino de Deus
que Jesus inicia, Reino da verdade, da justiça, do amor e da paz. Foi no sofrimento do
seu povo que ele encontrou a motivação humana pra dizer SIM a Deus e assumir a
vocação. Como Jesus, teve que pagar alto preço, a própria vida. Ele é destas é destas
pessoas que são chamadas Bem-Aventurados, Profeta dos tempos modernos, sua voz
continua a chamar, convocar os cristãos a saírem da passividade e construírem o Reino
de Deus.
(...) E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando
nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda
cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens
pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir
mãos e cantar nas palavras do velho espiritual negro:
"Livre afinal, livre afinal.
BÍBLIA I:
Para iniciar o encontro e criar uma sensibilização para o estudo da palavra, vamos
cantar o Salmo 139(138):
- Tu me conheces quando estou sentado,Tu me conheces quando estou de pé, vês claramente
quando estou andando, quando repouso, tu também me vês. Se pelas costas sinto que me abranges,
também de frente sei que me percebes. Para ficar longe do teu Espírito. O que farei? Aonde irei
não sei.
Para onde irei, para onde fugirei? Se subo ao céu ou se me prostro no abismo, eu te encontro
lá.Para onde irei? Para onde fugirei? Se estás no alto das montanhas verdejantes ou nos confins
do mar!
- Se eu disser que as trevas que me escondam e que não haja luz onde eu passar pra ti a noite é
clara como o dia, nada se oculta ao teu divino olhar. Tu me teceste no seio materno, e definiste
todo o meu viver. As tuas obras são maravilhosas. Que maravilha meu Senhor sou eu.
Tema do encontro => Bíblia, Palavra de Deus.
Muitas pessoas dizem que não entendem o que está escrito na Bíblia. Acham os textos
difíceis e por isso quase não os lêem. Outras nem sabem procurar uma leitura na Bíblia. Há alguns
anos levávamos para a catequese um pequeno livrinho: o CATECISMO. Hoje, descobrimos que a
melhor mensagem está no livro de Deus e da comunidade: AS SAGRADAS ESCRITURAS. Nelas
foram escritos os segredos de Deus com muito amor e carinho, assim sendo, as suas palavras
devem ser gravadas nos nossos corações pela leitura e a meditação. Nenhuma preocupação ou
situação de nossas vidas devem distanciar-nos dessa leitura. Devemos criar o bom hábito,
diariamente, de beber desta fonte. “Se o corpo tem fome, a alma tem igualmente necessidade
todos os dias de um alimento que o fortifique” (S. Crisóstomo 407 d.C.).
O que é a Bíblia?
A Bíblia Cristã é conhecida por vários nomes diferentes: Revelação, Palavra de Deus,
História da Salvação, Escritos Sagrados ou Sagradas Escrituras, Livros inspirados ou na forma
tradicional: Bíblia.
A palavra Bíblia vem da palavra grega Biblos, que significa livros ou coleção de livros.
Embora seja um volume apenas, a Bíblia contém muitos livros; é uma verdadeira biblioteca. A
Bíblia católica contém 73 livros, eles foram escritos por muitos autores inspirados por Deus.
As traduções da Bíblia:
A Bíblia foi traduzida para ser compreendida. Como o hebraico era uma língua muito difícil
e não era falada pelo povo, surgiram as traduções gregas. Ao ser traduzida para o grego foram
acrescentados 7 livros que não constavam na Bíblia hebraica. A diferença entre a Bíblia dos
católicos e dos Evangélicos está nesses livros. Os Evangélicos adotaram a Bíblia hebraica que tem
7 livros a menos, e nós católicos a tradução grega. Os livros que nós consideramos como parte da
Bíblia são: Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico, Sabedoria 1 e 2, Macabeus, parte de Estér e
Daniel.
1. Quem, Senhor, habitará na tua tenda? quem morará no teu santo monte?
2. Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça, e do coração fala a verdade;
3. que não difama com a sua língua, nem faz o mal ao seu próximo, nem contra ele aceita nenhuma
afronta;
4. aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor; aquele que,
embora jure com dano seu, não muda;
5. que não empresta o seu dinheiro a juros, nem recebe peitas contra o inocente. Aquele que assim
procede nunca será abalado. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai....
(Texto elaborado por Pe. Marcilio Cavalcanti baseado no livro: Caminho de fé.De Leomar Antônio e
Francisco Lelo – Paulinas – Editado e organizado por Diac Edvan Vieira)
BÍBLIA II:
Para iniciar o encontro e criar uma sensibilização para o estudo da palavra, vamos cantar o
Salmo 139(138):
- Tu me conheces quando estou sentado,Tu me conheces quando estou de pé, vês claramente
quando estou andando, quando repouso, tu também me vês. Se pelas costas sinto que me abranges,
também de frente sei que me percebes. Para ficar longe do teu Espírito. O que farei? Aonde irei
não sei.
Para onde irei, para onde fugirei? Se subo ao céu ou se me prostro no abismo, eu te encontro
lá.Para onde irei? Para onde fugirei? Se estás no alto das montanhas verdejantes ou nos confins
do mar!
- Se eu disser que as trevas que me escondam e que não haja luz onde eu passar pra ti a noite é
clara como o dia, nada se oculta ao teu divino olhar. Tu me teceste no seio materno, e definiste
todo o meu viver. As tuas obras são maravilhosas. Que maravilha meu Senhor sou eu.
I. COMO ESTÁ DIVIDIDA A BÍBLIA?
A primeira grande divisão da Bíblia é classificada em: Antigo Testamento e Novo Testamento,
conforme foram escritos os livros antes ou depois de Cristo. O A.T. e o N.T. se dividem em vários livros
num total de 73 (46 no A.T. e 27 no N.T.).
Outra divisão da Bíblia são os capítulos (números grandes que encabeçam os textos) e versículos
(números pequenos que ficam dentro do texto).
II – Na Bíblia há grande variedade de textos. Por exemplo: No Antigo Testamento temos leis, histórias,
crônicas, poesias de amor, cantos de liturgia, provérbios e até algumas fábulas. Muitas vezes um mesmo
acontecimento pode ser contado de formas diferentes, tudo isso depende do que nós chamamos de gêneros
literários. Vejamos:
Em caso de dúvida, procurar pessoas que já caminharam mais e pedir que ajudem a compreender melhor
os textos; nas livrarias católicas existem bons livros que ajudam a esclarecer dúvidas.
Encerrar o encontro com oração espontânea de agradecimento pela Bíblia, canto, Pai-Nosso, Ave-Maria,
etc. Pedir para trazerem a Bíblia para o Próximo encontro.
A Bíblia surge no meio de um povo do Oriente, o povo de Israel. Este povo cria uma literatura que relata sua
história, suas reflexões, sua sabedoria, sua oração. Toda essa literatura é inspirada por sua fé num único Deus que
lhes revela – “Estou sempre com vocês”.
O povo da Bíblia mora perto do mar mediterrâneo, no Oriente Médio. Inicialmente, é um grupo de
migrantes, vindos da Mesopotâmia (hoje, atual Iraque). São chamados Hebreus e descendem de Abraão.
Muita gente quer ser dona dessa terra onde moram esses hebreus. Os cananeus, outros moradores de lá, a
chamam de Canaã. Os israelitas chamam de Israel. Mais tarde, será chamada: Palestina, terra dos filisteus.
Os Patriarcas (Gn 12, 1-8) => Com Abraão se inicia a história do povo da Bíblia. Abraão sai da Mesopotâmia,
à procura de uma nova terra. Sai com sua família e vai morar em Canaã. Isto se dá pelo ano 1850 a.C. Em Canaã,
nascem os filhos, os netos. A família vai se multiplicando.
Abraão. Isaque e Jacó São chamados Patriarcas. Eles são os primeiros pais e fundadores do povo da
Bíblia.(Jacó é também chamado de Israel)
O povo muda para o Egito (Ex 1, 1-13) => Muita gente se muda para o Egito, onde a terra é mais fértil.
Entre eles estão Jacó e sua família.
Como o passar dos tempos, os faraós (reis) do Egito, começam a escravizar o povo, e, entre outros, os
hebreus.
Libertação e volta a Terra(3,1-10) => Surge no meio do povo um líder que chefia um movimento de
libertação. Com a ajuda de Deus, faz o povo fugir da opressão dos reis do Egito. Este líder é Moisés. O povo
caminha pelo deserto durante 40 anos, de volta a Canaã, Moisés morre antes de o povo entrar naquela terra. Em seu
lugar fica Josué, como principal líder do povo. Depois da morte de Jesus, o povo é liderado por outros chefes
chamados Juízes. O último deles é Samuel.
Divisão do Reino=> Depois da morte do Rei Salomão há muitas lutas políticas e brigas. O reino acaba dividido
em dois: O Norte, que não quer aceitar o filho de Salomão como rei. Fica com o nome: Reino do Norte, ou Israel o
Sul; que fica fiel a família de Davi. O Reino do sul se chama Reino de Judá.
As denominações
Os grandes impérios daquele tempo não deixam o povo da Bíblia em paz. Em 724/721 a.C., a Assíria invade
o reino do Norte (Israel) e toma posse daquela região.
Mais ou menos 150 anos depois, o império da Babilônia vence a Assíria e toma posse do Sul (Judá), pondo
fim a sua existência. Os babilônios levam boa parte da população de Judá para a Babilônia, onde permanece durante
50 anos (587 – 238 a.C.). É o tempo do Exílio.
Mas a Babilônia, por sua vez, é vencida pela Pérsia. O rei dos Persas deixa o povo judeu voltar para sua
terra. Daí em diante, os judeus são quase sempre dominados pelos povos estrangeiros. È nesta época de dominação
que surge a esperança de um MESSIAS, um novo Davi que salvará seu povo. Os livros redigidos desde o tempo de
Salomão até agora, formam o Antigo Testamento.
Dizemos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Quem nos fala na Bíblia é o próprio Deus. Como? Será que Deus
tomou a mão de cada autor para escrever o que ele quis dizer? Ou Deus que iluminou a mente de alguém que, de
repente, ficou sabendo o que Deus queria comunicar?
A história da Bíblia não é tão diferente da história de outros povos daquele tempo. Mas a diferença é que
esses povos não descobriram o que Israel, ajudado por Deus, percebeu: “Não estamos sós. Deus caminha conosco.
Estamos na sua mão. Existe uma relação especial entre Deus e nós”.
A descoberta da Revelação
Esta descoberta da relação profunda entre Deus e seu povo, nós a chamamos de Revelação. Claro que o povo
não poderia descobrir isso sem que o próprio Deus não os tivesse dado a luz para entender.
Já vimos que, inicialmente, o povo é um punhado de gente simples, que vai crescendo e se multiplicando.
Mas acontecem coisas importantes na vida dessa gente: a mudança para o Egito, a opressão lá, a saída sob a
liderança de Moisés, a passagem pelo deserto. Assim, o povo aprende a lutar, a observar e a refletir sobre tudo o que
acontece. Vão descobrindo a mão de Deus em tudo isso e expressa sua fé em celebrações festivas, em cantos e
orações. Contam de pai para filho as grandes obras de Deus.
De volta à terra de Canaã, liderados pelos Juízes,e, mais tarde, pelos primeiros reis, o povo vai se unindo
mais. Começa a formar uma nação mais bem, organizada, com certa liderança no mundo daquele tempo. E começou
a escrever (já no tempo de Salomão). Escrevem o que? A vida do povo: suas lutas, suas reflexões, suas orações, seus
cantos. Assim, a Bíblia começa a ser escrita.
E assim continua. Há a divisão do Reino, as dominações estrangeiras, a volta para a terra. O povo vai
vivendo, sofrendo, lutando rezando e outros escritos da Bíblia vão surgindo. Eles são obras especialmente de homens
que falam inspirados por Deus: os profetas. Eles vão ajudar o povo a refletir melhor e a compreender o que Deus
espera. Vão ajudar também o povo a viver melhor, a celebrar, a lutar, a não perder a esperança.
Deus fala pelos acontecimentos e pelas palavras
A Bíblia é o reflexo de uma vivência do povo com seu Deus, de Deus com seu povo. Deus está na história do
povo, e, por isso, está na Bíblia. Por sua vez, a Bíblia, vai ajudar o povo a viver. É Deus, através da Bíblia, que anima
e orienta seu povo para continuar a lutar, viver e nunca desanimar.
A Aliança => O povo da Bíblia vai descobrindo, cada vez mais, quais os laços que o ligam a Deus. Dizem: Deus
nos ama. Os profetas gostam de comparar Deus com um marido todo delicado à sua esposa. Deus é o esposo; o
Povo, a comunidade, é a esposa. Também gostam de outra comparação: o povo de Israel, em vez de procurar aliar-se
a um império poderoso, faz aliança com o próprio Deus.
Nós, hoje, chamamos de aliança o anel de casamento. É porque o anel lembra o compromisso do casal:
AMOR E FIDELIDADE ATÉ A MORTE. Assim é o amor de Deus para com seu povo. Por isso chamamos a Bíblia
o livro da Aliança.
No 2° livro da Bíblia, o Êxodo, lemos como Deus faz aliança com seu povo. O Povo vive no Egito sob a
escravidão e dominação dos poderosos. Sofre muito. Deus manda Moisés para libertar seu povo da escravidão e leva-
lo de volta à terra de Canaã. É uma libertação penosa, difícil, mas o povo vê claramente a mão libertadora de Deus
que o ajuda a vencer. Atravessando o deserto, chega ao monte Sinai. Aí o povo celebra a Aliança com Deus.
Podemos ler isto no livro do Êxodo, capítulo 19, 1-8 e capítulo 20.
Deus diz que o povo será seu povo. E, como Povo de Deus, terá uma responsabilidade toda especial entre
todos os povos. Como resposta ao gesto libertador de Deus, Deus espera fidelidade, responsabilidade. Deus quer lhes
mostrar que a escravidão no Egito acabou, mas que o povo ainda pode continuar sendo escravizado. Por isto, Deus
dá umas normas para ajudá-los a não cair novamente na escravidão, permitindo que uns dominem os outros dentro
do próprio povo.
Estas normas nós as chamamos: “Os dez mandamentos”. O povo da Bíblia as chamam de “Lei da Aliança”.
Mas é claro que para todos que a Lei lhes é dada para continuarem verdadeiramente livres.
Por, isso o povo da Bíblia considera os mandamentos um grande presente de Deus. Eles são o caminho da
verdadeira paz e felicidade.
BíbliaIV:
Os profetas, os guardiões da Aliança (Is 30, 1-5)
Apesar de entender todas essas coisas, o povo é, muitas vezes infiel à Aliança. Cai no pecado, na
desobediência. Como esposa infiel, vai atrás de outros amores.
Aí surgem aqueles homens sábios e santos, chamados profetas. Eles falam em nome de Deus e chamam a
atenção do povo, quando está enveredando por um caminho errado, os profetas advertem: “Se continuarem assim,
as coisas irão mal. Mudem de atitude. Convertam-se!”
Mas os profetas não somente ameaçam. Em tempos de grande sofrimento e perseguição, são eles que falam
da esperança: “Deus virá novamente libertar seu povo. Deus não se esqueceu de sua Aliança. Ele vai concluir
uma nova Aliança.”
O Pentateuco
Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento são chamados “Pentateuco”. É uma palavra grega que significa
“cinco livros”. Também chamados de tora (LEI) pois contém a lei da Antiga Aliança.
Os livros do pentateuco são:
Gênesis (Gn) => O livro que traz reflexões sobre as origens do mundo, do pecado, do homem, do povo de
Deus.
Êxodo (Ex) => Saída. Reflete sobre a saída do povo hebreu do Egito sob a liderança de Moisés.
Levítico (Lv) => Se chama assim porque traz as leis do culto e as obrigações dos sacerdotes e Moisés.
Números (Nm) => O nome deste livro deriva do recenseamento da população citado nele.
Deuteronômio (Dt) => Segunda lei. É o livro que relata novamente a promulgação da lei da Aliança.
Convida à conversão e fidelidade.
Os livros do Antigo Testamento
Livros Históricos. São 16 livros que narram história do povo e seus líderes, como por exemplo, José, Juízes,
Samuel, Reis.
Algumas edições da Bíblia reúnem os quatro livros de Samuel, os Reis sob o único título de livro dos Reis.
Assim:
O 1° livro de Samuel = 1° livro dos Reis
O 2° livro de Samuel = 2° livro dos Reis
O 1° livro de Reis = 3° livro dos Reis
O 2° livro de Reis = 4° livro dos Reis
Nessas edições, o 1° e 2° Crônicas são chamados: 1° e 2° Livro dos Paralipômenos.
Livros Sapiênciais ou de sabedoria. São 7 livros. Nees encontramos a expressão da sabedoria e dos
sentimentos do Povo: ditados, poesias, cantos, orações, etc.
Livros Proféticos. São 18 livros. Trazem a vida e a mensagem dos Profetas. Por exemplo: Isaías, Jeremias,
Ezequiel, etc...
Quando foi escrito o A.T. e como?
O Antigo Testamento foi escrito aos poucos, ao longo de quase mil anos.
Já vimos que, de início, as histórias e as leis do povo eram transmitidas boca a boca, de pai para filho.
Quando alguns começaram a colocar por escrito essas tradições (a partir do século X a.C. ou da época de
Salomão), não surgiram logo os livros que conhecemos. Os textos mais antigos foram sendo desenvolvidos e
relembrados mais de uma vez, na medida em que o povo ia aprendendo às lições da história. Com a ajuda dos
Profetas, iam conhecendo novos aspectos da revelação de Deus.
Assim a Bíblia foi escrita em épocas diversas e por muitas pessoas. Por isso, as vezes, A Bíblia pode contar
os mesmos assuntos de maneiras diferentes. (Compare, por exemplo, o relato da criação do homem e da mulher em
Gn 1,26-31 com o relato de Gn 2,7-25).
Outras vezes, num mesmo capítulo, estão entrelaçados trechos de épocas distantes.
Também há grande variedade de tipos de texto (os chamdos gêneros literários). No antigo Testamento temos
leis, histórias, Crônicas, poesias de amor, cânticos da liturgia, provérbios e até umas poucas fábulas e novelas.
Naturalmente é muito importante distinguir esses tipos de texto para entendê-los bem.
A Boa nova se espalha=> Mas, depois do aparente fracasso, os apóstolos de Jesus testemunham: “Jesus está
vivo. Jesus Ressuscitou!” Verdadeiramente Ele é o Messias, o Cristo, o Senhor! Fortificados pelo poder do Espírito
Santo, vão anunciar esta mensagem á todos que querem ouvir. Surgem as primeiras comunidades cristãs e a Igreja se
espalha rapidamente no mundo daquele tempo.
O Antigo Testamento fala de Jesus
Os primeiros seguidores de Jesus são Judeus. Segundo o costume, reúnem-se para ouvir as escrituras que
são, então, somente o Antigo Testamento. Mas eles começam a ler aqueles escritos com novos olhos. Tudo se
ilumina com nova luz, com novo entendimento. Eles descobrem que o Antigo Testamento fala de Jesus,
veladamente, e que anuncia como aquele que vai completar a obra de Deus, como o Messias esperado. Ver
Evangelho de João (5,39).
Bíblia V :
Para o Cristão, a Bíblia toda é o livro de Jesus Cristo. Sua vinda é o acontecimento que
divide em duas partes a história humana. Tudo pode ser visto como preparação para sua vinda o u
conseqüência dela.
Os Evangelhos
Epístolas Católicas
Ainda há 7 cartas ou epístolas “católicas”. São chamadas assim porque não se dirigem a
uma pessoa ou a uma determinada comunidade, mas a todas as Igrejas Cristãs. São elas: Carta de
São Tiago, Duas cartas de São Pedro, Três cartas de São João e a Carta de Judas.
Apocalipse
Este livro é atribuído a João.
Apocalipse significa revelação.
O autor deste livro deseja sustentar a fé dos primeiros cristãos e encorajá-los a suportar com
firmeza as primeiras perseguições principalmente as de Nero e Domiciano, imperadores Romanos.
O autor usa uma linguagem simbólica, mas que é entendida pelos cristãos. Assim descreve a
derrota dos perseguidores e a vitória final de Cristo.
Não é um livro de mistérios, nem anuncia desgraças para os cristãos. Pelo contrário, é um
livro que conforta e dá coragem.
O Apocalipse é o último livro da Bíblia.
Bíblia VI :
1. COMO CHEGOU ATÉ NÓS A REVELAÇÃO DE DEUS
Deus acolheu a fé de um homem chamado Abraão, estabeleceu com ele uma aliança e deu origem, a
partir de sua descendência, ao povo eleito. Esteve sempre presente na história deste povo inspirando
patriarcas, juízes, profetas e reis, por meio de palavras e ações libertadoras. Essas ações e palavras
inspiradas foram transmitidas oralmente de geração em geração e, pouco a pouco, uma parte foi anotada
sob a inspiração do Espírito Santo, tornando-se o Antigo Testamento – parte da Escritura Sagrada que
narra o tempo de preparação para a vinda do Messias prometido.
Na plenitude dos tempos, “a Palavra se fez carne e veio morar entre nós” (Jo 1,14). Deus toma a
iniciativa de comunicar a sua presença, agora não mais somente em palavras, como no Antigo Testamento,
mas entra na história dos homens por meio do seu Filho enviado ao mundo.
As primeiras comunidades cristãs, atendendo às necessidades dos discípulos de Cristo, e
impulsionadas pelo Espírito Santo para transmitir toda a Verdade, registraram os fatos da vida e os
ensinamentos de Jesus, Mestre e Senhor. Formaram assim um outro conjunto de escritos. Este novo
conjunto, nascido à luz do mistério da ressurreição de Jesus, completou os escritos Sagrados da Antiga
Aliança: é o Novo Testamento.
Assim, a fé da Igreja Católica tem suas fontes referenciais na Sagrada Escritura e na Tradição da
Igreja.
2. JESUS, O FILHO AMADO DE DEUS PAI, É A PLENITUDE DA REVELAÇÃO
Jesus é a PALAVRA porque revela o Pai, como ele próprio disse ao discípulo Filipe: “Jesus lhe
disse: há tanto tempo estou convosco e não me conheces? Quem me tem visto, tem visto o Pai. Como
podes dizer: Mostra-me o Pai?” (Jo 14,9). São Paulo afirma: “Ele é a imagem do Deus invisível, o
primogênito de toda criatura...” (Col 1,15). Também São João afirma: “No princípio era a Palavra de
Deus, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus (...)”. “Ninguém jamais viu a Deus, o Filho
Unigênito, que está no seio do Pai, é quem o deu a conhecer.” (Jo 1, 1.18).
Jesus recebeu todas as coisas do Pai. Só ele conhece o Pai, e ninguém pode conhecer o Pai senão
através da revelação do Filho. Jesus aperfeiçoa e completa a revelação do AT. Confirma com o testemunho
divino, que Deus está conosco para libertar-nos das trevas do pecado e da morte e para ressuscitar-nos para
a vida eterna.
Dessa forma, a revelação do Antigo Testamento alcança, através de Jesus, a sua plenitude.
Aquilo que Deus falou pelos profetas ele o tornou inteiramente claro em seu Filho.
Através de Jesus Cristo a humanidade inteira tem clareza sobre o seu destino de ser filho de Deus
Pai, pela força do Espírito Santo.
“A partir do momento em que nos deu o seu Filho, que é a sua única e definitiva Palavra, Deus nos disse
tudo de uma só vez nessa Sua Palavra e não tem mais nada a dizer” (São João da Cruz)
Os encontros com Jesus de Nazaré eram sempre experiências que transformavam a vida. Suas
palavras, gestos e sinais ficaram gravados de forma inesquecível nos ouvintes. Essas testemunhas
transmitiram as suas memórias, que, de geração em geração, chegaram até nós. Chamamos de Tradição a
essa transmissão feita pelos sucessores dos apóstolos ao longo do tempo.
Assim, a Tradição subsiste de forma escrita no conjunto dos livros que formam a Bíblia, já
completada como palavra escrita revelada aos homens, e de forma viva através dos sucessores apostólicos
que guardam o depósito escrito, ajudando a preservar, através dos tempos que mudam, a fidelidade a Jesus
de Nazaré e a seu Evangelho.
A palavra de Deus na Bíblia chegou até nós e se conservou por meio da Igreja -Tradição.
Procure na Bíblia:
- A Igreja é a única autoridade para ensinar: Mt 18,17 - A Igreja é coluna e sustentáculo da verdade: 1Tm
3,15
- A Igreja continua a obra de Cristo: Jo 20, 21-23 - A Igreja é indestrutível e perpétua: Mt 28,20
Ele era Filho de Deus e foi enviado em seu nome. Nasceu como homem por vontade do Pai que
decidiu que seu Filho não viesse como rei forte e poderoso, mas como pobre e simples; vivendo em tudo a
condição humana, menos o pecado. Deus inverte as coisas para mostrar que seu desejo é salvar, libertar e
transformar toda pessoa que o busca de verdade. Por isso Jesus dizia: EU SOU O CAMINHO, “A
VERDADE E A VIDA. NINGÉM VAI AO PAI SENÃO POR MIM,” (Jo 5,19). Isto Jesus proclama sem
meias palavras. Ele afirma: EU SOU. Sua palavra é de força porque é a expressão de sua vida, Ele fala do
que acredita e do que vive. Ele não fica na dividida, como acontece com muitos de nós, hoje dizemos sim e
amanhã dizemos não.
O nome para o povo judeu era muito importante. No nome já estava indicada à missão de cada
pessoa. Por isso JESUS significa: Deus Salva e CRISTO significa: Ungido ou escolhido para uma missão.
Também nós somos escolhidos para uma missão. Todos nós viemos para realizar a vontade de Deus. Cada
um tem que encontrar esta missão pessoal para que possa encontrar o sentido de sua vida e deixar Deus
agir naquilo que realiza. Quem não é sensível aos apelos de Deus, quem não o escuta, não pode descobrir
qual o motivo da sua vida, qual a razão do seu viver.
DIALOGANDO COM A PALAVRA: Muitas vezes passamos momentos difíceis em nossas vidas. Há
situações de tanta dor e desespero que nos deixam abalados e de olhos fechados. Caminhamos sem
enxergar as luzes e esperanças que nos rodeiam. No meio de nossas histórias cansadas e sofridas, há
presenças que nos consolam e animam. Nem sempre acolhemos essas ajudas. Quando estamos
mergulhados nos sofrimentos pensamos somente em nós, nem percebemos a mão de Deus que está sempre
conosco.
PARTILHA:
Você, se acha uma pessoa reflexiva e atenta aos apelos do Cristo?
Você já sentiu que em alguns momentos, não enxergava nada e não queria a ajuda de ninguém?
Você já experimentou aceitar a ajuda de pessoas que, como anjos de Deus, ajudaram você a abrir os
olhos e perceber melhor os acontecimentos de sua vida?
ORAÇÃO:
Ó Senhor Jesus, Divino companheiro nas estradas da vida.
Tu conheces minhas tristezas e preocupações. Tu sabes das minhas dúvidas e dificuldades.
Muitas vezes temos os olhos fechados e o coração também. Nem sempre estou aberto a
acolher os outros e me escondo nas trevas do meu isolamento.Mas eu te peço: Caminha
comigo! Vem a mim! Eu quero caminhar contigo! Mesmo que eu não compreenda todo
amor. Que tu tens por mim, fica comigo! Explica-me as Escrituras e aquece meu coração,
Tantas vezes gelado pelo cotidiano. Reparte o teu pão comigo e ensina-me a viver em
comunidade.Se a noite chegar, fica comigo. Se tu vais embora a treva dominará a minha
vida. Como os discípulos de Emaús eu suplico: Renova meu coração, ensina- me as palavras
de vida eterna. Reparte o pão do teu corpo dado por nós. Aquece com teu calor a minha
vida. Enfim, torna-me caminheiro das estradas que anunciam o teu amor! AMÉM!
A MISSÃO DE JESUS
Na aldeia de Nazaré, num dia de sábado, o chefe da sinagoga entregou a Jesus o rolo com as profecias
de Isaías; Jesus escolheu e leu esta passagem: “ O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me
consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação
aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar o ano da
graça da parte do Senhor”. (Lc 4,18-19)
O próprio nome de Jesus, que em hebraico significa “Deus salva”, revela sua identidade e sua missão.
Depois de sua morte e ressurreição, os discípulos o chamarão de Cristo, que quer dizer “ungido” – em
hebraico: Messias – isto é, “consagrado para uma missão”.
Declarando-se o Messias prometido pelo profeta Isaías, Jesus apresentou claramente quem Ele é e para que
veio, seu programa de vida e seu objetivo.
A missão de Jesus é salvar o mundo!
A missão de Jesus é nos libertar e salvar de tudo o que nos escraviza e oprime. Ele veio para
livrar-nos do egoísmo e da cegueira que não nos deixam ver nem o irmão nem a Deus. Tornou-se pobre
para aliviar os pobres e os excluídos da injustiça, da miséria e da opressão. Morreu e ressuscitou para
libertar a humanidade da corrupção, da violência, da guerra e de toda forma de sofrimento e morte. Enfim e
acima de tudo, Jesus veio para nos salvar do pecado que está no mundo e em cada um de nós. Não veio
trazer a salvação como que em um passe de mágica. Ele nos mostrou e abriu o caminho da salvação: “Eu
sou o caminho, a verdade e a vida!” (Jo 14,16). Ele nos liberta e salva à medida que nos esforçamos por
segui-lo, imitando seu modo de ser e de agir.
Para reflexão:
- O que você acha da proposta de Jesus?
- Você se sente chamado a colaborar com este projeto? De que maneira?
- O animador encerra a partilha fazendo uma conclusão do que foi partilhado.
- O animador deve entregar a cada pessoa uma ficha de cartolina e pede que cada um
escreva um compromisso que quer assumir na construção do Reino de Deus. Depois dos
avisos finais, em clima de oração, pedir que cada pessoa leia ou fale espontaneamente,
qual o compromisso que quer assumir. Encerrar com Pai Nosso e a oração abaixo..
ORAÇÃO:
Ó Senhor Jesus, Divino companheiro nas estradas da vida.
Tu conheces minhas tristezas e preocupações.
Tu sabes das minhas dúvidas e dificuldades.
Muitas vezes temos os olhos fechados e o coração também.
Nem sempre estou aberto a acolher os outros e me escondo nas trevas do meu
isolamento.
Mas eu te peço: Caminha comigo! Vem a mim! Eu quero caminhar contigo!
Mesmo que eu não compreenda todo amor. Que tu tens por mim, fica comigo!
Explica-me as Escrituras e aquece meu coração,
Tantas vezes gelado pelo cotidiano.
Reparte o teu pão comigo e ensina-me a viver em comunidade.Se a noite chegar,
fica comigo.
Se tu vais embora a treva dominará a minha vida.
Como os discípulos de Emaús eu suplico: Renova meu coração, ensina- me as
palavras de vida eterna. Reparte o pão do teu corpo dado por nós. Aquece com teu
calor a minha vida.
Enfim, torna-me caminheiro das estradas que anunciam o teu amor! AMÉM!
A palavra “Igreja” quer dizer “Assembléia”. É a Nova Fraternidade que Jesus quer
estabelecer, a fim de que sua presença e ação no mundo sejam continuadas, mostrando aos
homens o amor de Deus e reunindo todos os povos numa única família, num só povo de
Deus. A Igreja foi instituída por Jesus Cristo, para que através dela nos tornemos um só
corpo.
A Igreja é uma realidade tão rica e tão bonita que nós não temos palavras para definir
tudo que ela é. Por isso dizemos que a Igreja é um mistério, ela está intimamente ligada
com a Santíssima Trindade, tendo como cabeça a Jesus Cristo Ressuscitado. Quando
falamos que ela é um mistério, não queremos dizer que seja algo difícil, complicado, mas
uma realidade amorosa, que é maior que a nossa compreensão. Dela nós participamos
cheios de respeito e alegria, numa atitude de fé.
Quando falamos de Igreja, vamos buscar a palavra da Bíblia que vai usar várias
imagens comparativas para nos revelar o que é a Igreja de Jesus: => Igreja Templo do
Espírito Santo, significa mais do que um edifício, é a comunidade reunida, a assembléia
reunida, templo onde habita Deus. (2Cor 6,16)
=> Esposa de Cristo, ela é assim chamada por que forma com Jesus uma só carne e está
bem unida a Ele pelo amor e a fidelidade (2Cor 11)
=> Mãe e Mestra, é assim chamada porque nos comunica a vida divina através dos
sacramentos; ela nos ensina a Palavra de Cristo e nos educa como verdadeiros discípulos e
discípulas de Jesus.
=> Corpo de Cristo, São Paulo (1Cor 12,12), gosta de mostrar a Igreja como um corpo no
qual todos os membros tem sua importância e formam uma mesma unidade. Vigora entre
eles a comunhão: quando um membro passa bem, isso repercute em todos os membros.
Quando outro passa mal, o sofrimento afeta todo o corpo. Os membros da Igreja, Corpo
de Cristo, são todos os batizados. Jesus é a cabeça que continua presente e age no mundo
através do corpo “a Igreja”.
A Igreja se organiza para cumprir sua missão de Evangelizar. Ela é uma instituição
que esta a serviço da missão evangelizadora confiada por Jesus; ela tem uma presença
visível na sociedade, com leis próprias, ministérios ordenados (bispos, padres e diáconos),
ministérios não-ordenados, confiados aos cristãos leigos, pessoas de vida consagrada
(religiosos e religiosas) e o laicato ou leigos.
Ela existe para anunciar e ensinar, para ser testemunha da graça, reconciliar a
humanidade com o Pai misericordioso e perpetuar o sacrifício de Cristo na Santa Missa,
memória de sua morte e gloriosa ressurreição.
A missão da Igreja é o primeiro e mais importante serviço que ela presta ao ser
humano. Nenhum membro da Igreja esta dispensado da missão. Os pais, as famílias, os
jovens, os professores e operários, todos são missionários. Para atingir a todos é necessário
fazer a experiência da vida comunitária e criar comunidades de envio, de acolhida e
compromisso com a defesa da Dignidade Humana, a Preservação da Vida e a Salvação
de Todos.
ORAÇÃO
Olho em tudo e sempre encontro a Ti. Estás no céu, na terra, onde for.
Em tudo que me acontece encontro Teu amor. Já não se pode mais deixar de
crer no seu amor.
É impossível não crer em Ti, é impossível não Te encontrar.
É impossível não fazer de Ti meu ideal.
É impossível não crer em Ti, é impossível não Te encontrar.
É impossível não fazer de Ti meu ideal.
Oração final:
Refrão: Eu creio Senhor, mas aumentai minha fé!
1. Senhor, tu me conheces, sabes bem quem eu sou: minhas alegrias, minhas tristezas,
minhas preocupações e meus sonhos. E tu sabes que desejo confiar totalmente em ti.
2. Quero entregar-me em tuas mãos, colocar meu coração no teu. Espero viver na tua
estrada, dia após dia, crescendo em sabedoria e graça.
3. Orienta, Senhor, minha vida. Aumenta meu amor por ti e faz-me compreender que em
tuas mãos eu sempre estou seguro.
4. Ajuda-me a viver sempre em comunidade. Livra-me do isolamento, ensina-me a aprender
junto com meus irmãos e irmãs de Fé e torna-me um aprendiz do Teu amor.
(Texto elaborado por Mazinho, Pe. Marcílio. Editado por Diac Edvan Vieira. Baseado na obra: Caminho de Fé, de
Leomar Antônio e Antônio Francisco).
Para reflexão:
A este Deus em três pessoas, chamamos de trindade Santa. Ninguém tem capacidade para
entender ou explicar direito o que seja a trindade, porque Deus é muito maior que nós: Por isso se
fala em mistério da Santíssima trindade. Ninguém nunca poderia descobrir que a vida de Deus é
assim, Foi Jesus que nos revelou isto:, Ele disse: “Eu e o Pai somos um só” (Jo 10,30). “O Espírito
Santo que o Pai enviará em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas” (Jo 14,26). “Vão por todo
mundo, ensinado e batizando a todos, em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo”. (Mt 28,19).
Refletindo:
A) Você tem vivido uma vida de comunhão com sua família?
B) Você já viveu a experiência de viver o amor-comunhão de Deus em sua vida?
C) Você se sente responsável pela comunhão das pessoas na sociedade?
Oração Final
Começar com o pelo sinal da...
Rezar o Credo em dois coros, pausadamente.
CREDO APOSTÓLICO
Creio em Deus todo poderoso,
Criador do céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor;
Unção dos Enfermos: É o Sacramento pelo qual a Igreja, através da unção e da oração dos
presbíteros, entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os
alivie e salve. É como um ato de solidariedade com os que sofrem (Tg 5, 13-16)
Matrimônio: É o Sacramento do amor. Fomos criados pelo amor. Por amor, dois jovens desejam se
unir e formar um novo lar. É compromisso de amor do casal, símbolo do amor de Deus à sua Igreja (Ef.
5, 22-28.33).
BATISMO E MISSÃO
O Batismo é a entrada na comunidade de Jesus Cristo, a Igreja. A fé nos diz:
=> pelo batismo nos tornamos membros de Cristo;
=> pelo batismo recebemos o adoção filial;
=> pelo batismo nos associamos ao sacerdócio real e profético de Cristo e nos agregamos ao povo
sacerdotal que é a sua Igreja;
Missão Sacerdotal: santificando-se e ajudando na santificação dos outros. Ligando a nossa alegria e o
nosso sofrimento à alegria e ao sofrimento de Jesus. Participando das celebrações e alimentando-nos
com os fatos da vida que revelam a presença de Deus.
Missão Real: fazendo do poder um serviço à libertação. Entregando nossa inteligência, os dons que
recebemos a serviço do Reino. Exercendo um ministério a serviço da comunidade.
SÍMBOLOS DO BATISMO
ÁGUA BATISMAL: é um símbolo todo especial no batismo. Onde há água, brota a vida. A
água é a imagem da gratuidade divina.
EUCARISTIA,
DEUS MESMO SE REPARTINDO COMO PÃO
A Eucaristia é a presença de Jesus em nosso meio. É o alimento que nos dá vida nova. Sacramento da
partilha e da fraternidade. Ela possui muito valor para cada um de nós. É o corpo de Cristo que alimenta
plenamente a nossa vida. Sem nos alimentarmos de Cristo, ficamos fracos e sem ânimo para trabalhar
como Jesus, viver a fraternidade, lutar por um mundo de mais justiça. A Eucaristia é a comunhão dos
irmãos, sinal de participação nas lutas, na dor, na divisão dos bens.
=> Do passado: a Eucaristia é uma Ceia comemorativa e festiva de ação de Graças. Memória do
que aconteceu: “Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste Cálice anunciareis a morte do
Senhor”. (1Cor 11,26). É a recordação do acontecimento salvador, da morte e ressurreição do Senhor.
=> Do presente: a Ceia do Senhor tem uma dimensão de presente, pois o mesmo Jesus que
outrora comeu a ceia com seus discípulos, torna-se presente de maneira sacramental na Eucaristia. Nisto se
manifesta a Graça de Deus. A comunhão da comunidade com Cristo é um chamado constante à luta pela
justiça e pela fraternidade.
=> Do futuro: a Ceia Eucarística é a antecipação do banquete do Reino dos Céus. É a
antecipação da vinda do Senhor.
A Eucaristia é o sinal vivo de Deus presente entre nós como alimento. É o sacrifício da nova
aliança. Jesus se torna Presente no Pão e no Vinho consagrados: É a união da divindade de Jesus com
humanidade de cada um de nós.
Simbologia da Eucaristia:
Para celebrar a Eucaristia, nós Cristãos fazemos o que Jesus fez. Reunimo-nos em torno da mesa,
lemos a Bíblia, recordamos a presença de Deus em nossas vidas, e nos alimentamos com o corpo e sangue
de Jesus pela Eucaristia. O comer juntos significa dividir as dificuldades, os problemas, compartilhar as
alegrias e o dom da vida. Ser convidado a comer junto à mesa é ser acolhido e sentir-se na amizade.
Símbolos da Missa:
a) O Pão: É o símbolo do alimento do trabalho, das necessidades básicas do homem.
b) O Vinho: É o símbolo da festa, da alegria, da abundância, da benção.
c) A Água: Se o Pão e o Vinho são frutos do trabalho humano, a água é a natureza em seu estado
original, não transformada pela a ação do homem. Simboliza a humanidade. As gotas de água
unidas ao Vinho expressão nossa comunhão com Cristo.
d) A Assembléia: A pequena porção do povo de Deus que se reúne para celebrar a eucaristia
representa a Igreja de Cristo.
e) A Mesa: É o lugar onde se reúne a família e se reparte o pão que é o próprio Corpo de Cristo que
nos é dado em sacrifício. Ela simboliza a grande mesa do Reino de Deus.
f) O Sacerdote: É o ministro que atualiza a presença de Cristo em nome de quem preside e consagra.
g) A Palavra de Deus: O que torna a celebração um acontecimento de Fé, é a Palavra de Deus
proclamada em confronto com a vida.
h) Prece Eucarística: O momento alto da Celebração é a Prece Eucarística, proferida pelo sacerdote
com participação dos fiéis. No centro da Prece Eucarística estão as palavras de consagração do Pão
e do Vinho. O sacerdote representa Cristo e, usando as mesmas palavras, transforma o Pão e o
Vinho no Corpo e no Sangue do Senhor.
Sugestões Bíblicas: *Ex 12, 1-14 *Jr 31, 31-34. *1Cor 11, 22-25 *Lc 22, 7-20 * Jo 13, 1-15
Texto baseado na obra: O que são Sacramentos?Do Pe. Amaurílio E organizado por Pe. Marcílio Editado por Diac Edvan
Vieira.
CONFIRMAÇÃO OU CRISMA
A FORÇA DE DEUS AGINDO EM NÓS
Do latim confirmare, confirmação tem o sentido de consolidar, firmar o cristão na fé. É o gesto de
receber a Crisma.
Todo jovem cristão precisa assumir seu papel na comunidade. Por isso, recebe a Crisma.
A palavra Crisma quer dizer óleo. Que sem Crisma é ungido com o óleo sagrado. A confirmação ou
Crisma dá o Espírito Santo e consolida a fé que recebemos no Batismo. É por isso que se chama também
confirmação.
“PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO”
Deus promete a seu povo a presença do seu Espírito. No evangelho de São João, capítulo 3, vemos
que o Espírito de deus é derramado sobre todos. Os profetas, juízes, reis e todo o povo de Deus recebiam o
Espírito de Deus, que produzia em todos frutos abundantes.
No texto de Ezequiel 36, 26ss, o Espírito transforma o coração. O coração é o centro da pessoa. O
Espírito vem para fazer de alguém uma nova pessoa repleta de Deus.
Os apóstolos que haviam convivido com Jesus, que receberam dele uma formação, foram batizados,
receberam no dia de Pentecostes, em comunidade, o Espírito Santo que Jesus ressuscitado derramou sobre
todos eles. Todos foram transformados: de homens medrosos, tornaram-se corajosos e destemidos: de
tímidos, tornaram-se audaciosos; de rudes, tornaram-se repletos da ciência de Deus. O Espírito fala em
cada um deles. Vem sobre a comunidade, e não apenas sobre os indivíduos isoladamente. O Espírito Santo
é enviado a todas as nações que há debaixo do céu. Leiamos isto no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13.
O sacramento da Crisma é eminentemente comunitário. É um dom ou gesto de Cristo á sai Igreja
para o serviço dos irmãos. Ele nos dá a força para alcançarmos a santidade.
Ontem como hoje. Pentecostes acontece na Igreja. Tudo de novo e bom que temos na comunidade é
obra do Espírito Santo. A Igreja ao celebrar a Crisma, torna-se uma criatura nova, renovada pelo Espírito
Santo.
CRISMA
A Igreja brotou da Páscoa de Jesus, mas ganhou impulso quando recebeu o Espírito Santo. Como os
apóstolos, que receberam o Espírito Santo e se entregaram totalmente ao serviço da construção do Reino, o
crismando é um novo apóstolo no seu local de trabalho, de estudos, na comunidade em que vive.
“O Batismo é como a Raiz e o tronco da árvore. A Crisma é como os ramos e os frutos. O Batismo
levanta as paredes e cobre a casa. A Crisma faz o acabamento.”
Nos primeiros séculos da Igreja, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia eram ministrados no
mesmo dia. Naquela época os sacramentos eram vistos como uma unidade do mesmo mistério. Foi a partir
do século XII que tivemos a delimitação dos sacramentos em sete, e com uma especialização bem definida
para cada um deles.
A Crisma é a celebração do dom gratuito de Deus à comunidade Cristã. Quem recebe este dom, tem
algo de original. Deve ser levado a sério. Assume novas responsabilidades na comunidade. Tem uma
contribuição nova a dar ao grupo cristão. Como Jesus, o crismando pode falar com autoridade.
“A Crisma está intimamente ligada ao Batismo e completa sua obra. Se pelo Batismo se nasce para
uma vida nova, pela Crisma os cristãos tornam-se adultos e maduros, plenos de energia, capazes de
enfrentar as dificuldades e lutas que a fé cristã exige.”
“A Igreja é como uma grande obra em construção, em crescimento. O Batismo nos enxerta nesse
edifício como membros vivos, células vivas. A Crisma, por isso, nos torna apóstolos e missionários,
responsáveis pela Igreja em nossa cidade, razão por que o ministro ordinário da Crisma é o Bispo, isto é, o
chefe da igreja local.”
O CRISMANDO É UM PROFETA
A CELEBRAÇÃO
A Crisma é conferida normalmente pelo Bispo que é o centro da unidade da Igreja local, ou por um
Padre por ele delegado.
Na celebração da Crisma, os confirmandos recebem a imposição das mãos, gesto bíblico de benção.
Deus toma posse do crismando e confirma-o para uma missão na comunidade.
O padrinho ou madrinha coloca a mão direita no ombro do crismando em sinal de apoio.
O Bispo marca-o na fronte com o sinal-da-cruz: “(nome)..., recebe o Espírito Santo dom de Deus!”
São dois os sinais da Crisma:
Imposição das mãos: consagração ao Espírito Santo;
Unção: sinal-da-cruz na testa, com o óleo santo.
Normalmente a cerimônia da Crisma ocorre durante a celebração da Eucaristia. Após o Evangelho,
acontecem as seguintes etapas:
1. pequena homilia; 2. apresentação dos confirmandos; 3. renovação das promessas do batismo
4. imposição das mãos; 5. unção com o Crisma; 6. oração dos fiéis
Será que estes dons do Espírito Santos estão renovando a nossa comunidade? Por quê?
Com a celebração do sacramento da Penitência nos reconciliamos com o Pai e com os irmãos. É o
Sacramento que nos restitui a alegria de viver como irmãos na construção do Reino. Olhemos um pouco a
nossa vida penitencial:
PENITÊNCIA É LIBERTAÇÃO
O sacramento da reconciliação foi confiado a comunidade cristã. Toda a Igreja se compromete com
ele. Este sacramento não se limita ao plano pessoal. Mostra, por outro lado, que a fincão da Igreja não é
condenar, excluir, mas acolher e ajudar os pecadores a se reencontrar com Deus, que é Pai e perdoa, com a
comunidade, que os acolhe e consigo mesmo, devendo estar disposto a iniciar uma nova vida.
Sabemos que Jesus veio para que todos tenham vida. O perdão dos pecados traz vida nova para
quem o recebe. Isto fez Jesus. E deixou esta tarefa para a Igreja: “Aqueles a quem perdoardes os pecados
ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais não perdoardes ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22s). A penitência é a
continuação da tarefa libertadora de Jesus de perdoar os pecados e de chamar os homens à reconciliação.
O pecado individual foi muito acentuado no passado. Não pode ser esquecido hoje. Mas não
podemos omitir o pecado social, aquele provocado por estruturas injustas e que tem como conseqüências a
exploração, a injustiça, a marginalização de milhões de filhos de Deus. Este pecado é uma chaga do nosso
tempo. Aumenta sempre mais o numero de empobrecidos, vitimas de uma situação de pecado. A Igreja tem
a missão de ajudar esses irmãos a conquistar os direitos que lhes pertence e que lhes está sendo tirado. O
sacramento da Penitência trás a libertação dessa situação não querida por Deus.
O sacramento da penitência tem dimensão comunitária. O pecado atinge o outro, a família, a
comunidade cristã a sociedade. Tem uma irradiação comunitária. Isto é visto claramente na prática de
Jesus. O perdão por ele concedido envolve o grupo, a família, a comunidade. A reconciliação é um
acontecimento comunitário.
“A Boa nova da reconciliação é Jesus Cristo. Nele resplandeceu, para todos os homens, o amor
salvífico para o Pai. Pelo mistério da encarnação Ele assumiu o pecado dos homens; entrou no mundo e,
para salvar entrou na casa dos pecadores. Por sua palavra e por sua vida entre os homens, revelou a
misericórdia do Pai e denunciou o pecado dos homens ensinando a todos o caminho da volta, do amor e da
libertação”.
“Esta é a vontade do Pai: que por Ele todos os homens sejam salvos. No mistério da sua passagem
por este mundo consumada na morte-ressurreição e ascensão, tornou-se o único sacramento da
reconciliação dos homens com o Pai e dos homens entre si.”
A Penitência é o sacramento do amor de Deus que e é misericórdia, que ama os pecadores, que
oferece perdão, que restaura e liberta. Disso Jesus deu inúmeras provas, o filho esbanjador é perdoado
antes de voltar (Lc 15, 11-22); A ovelha perdida é amada até mesmo nos seus extravios (Lc 15, 3-7). Deus
é amor que acolhe incondicionalmente.
É Cristo quem perdoa nossos pecados. A Igreja leva adiante esta missão, através do sacerdócio e da
comunidade.
Para uma confissão bem feita:
1. Preparar-se com bom exame de consciência. Procuras descobrir as raízes do pecado que
atrapalha nossa vida.
2. Reconhecer que somos pecadores, criar um sincero e profundo desejo de mudar de vida e
voltar para o Pai (ato de contrição).
3. Contar as coisas mais importantes ao representante de Deus e da comunidade: o Padre.
4. Fazer um compromisso prático de viver na comunidade, seguir Jesus e fazer alguma coisa pra
melhorar a vida do mundo, como Zaqueu disse: “Senhor, vou dar metade dos meus bens ao pobres e o
que roubei vou devolver quatro vezes mais”.
5. Cumprir a Penitência como começo de vida nova.
Na confissão dos pecados, revelamos e reconhecemos nossos pecados. Com isso, proclamamos o
poder e a misericórdia de Deus, que perdoa no passado e perdoa no presente.
EXPERIMENTAMOS A DOR
Experimentamos em nossa vida os limites da doença e d velhice. Deus, que nos acompanha sempre,
também nesses momentos está do nosso lado com sua graça, através do sacramento da Unção dos
Enfermos.
Vejamos alguns valores e limites da prática da Unção dos Enfermos:
Valores: Limites:
* Necessidade de Deus e da comunidade nos * Não aceitação da doença como algo
momentos de dor e no tempo da velhice. inerente à nossa condição humana.
* Presença de religiosos, religiosas e * Associação da Unção dos Enfermos com a
numerosos leigos, em nome da Igreja, nos morte.
hospitais e cuidando dos doentes. * Assistência religiosa aos enfermos
protelada até a última hora, quando pouco
ou nada resta a se fazer.
“O sacramento dos enfermos tem por objetivo ajudar o doente e os seus a viver seus sentimentos e a
descobrir na doença e na morte um dom e uma esperança que vem de Deus.” O sacramento da unção dos
Enfermos ajuda o doente e seus familiares a descobrir a paz. Com a presença da doença e a iminência da
morte, nos tornamos mais livres: dos bens, do amor próprio, da vida. Os doentes têm diante de si uma nova
verdade. É um momento importante do perdão e da reconciliação. É também o momento do realismo, onde
vários problemas, inclusive familiares, podem ser vistos em profundidade e resolvidos a contento.
JESUS E A DOENÇA
No tempo de Jesus, a doença era tida como maldição. Jesus colocou-se contrário a este mentalidade:
curou muitos doentes de todos os males. Jesus restituiu, ao mesmo tempo, a saúde e a paz. Seus discípulos
foram convidados a fazer o mesmo. A comunidade primitiva viveu com intensidade este mandamento:
“Alguém dentre vós está sofrendo? Então reze! Está alegre? Então cante louvores! Há algum enfermo?
Mandem, então, chamar os presbíteros da Igreja, para que façam oração sobre ele, ungindo-o com o óleo
em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o levantará e, se tiver cometido pecado,
será perdoado” (Tg 5, 13-15).
Com o tempo, este sacramento, que era usado para restituir a saúde aos doentes, foi sendo
ministrado apenas aos moribundos inconscientes, como uma espécie de passaporte para a eternidade.
Houve uma redução demasiada da Unção dos Enfermos, que passou a ser chamada de Extrema-Unção, a
partir do século XII.
O Concílio de Trento explica que este sacramento se chama Extrema-Unção por ser o último da
lista e por ser administrado em último lugar. Mas, na cabeça do povo, o sentido que ficou foi outro: este é o
sacramento do fim da vida! A que chegou a Unção dos Enfermos, que era chamada pelos antigos de Óleo
Santo!
Com o sacramento da Unção dos Enfermos, a doença e a morte assumem dimensões diferentes:
“completamos em nossa carne o que falta às tribulações de Cristo” (Cl 1, 24), nos unimos a Jesus sofredor
para a redenção do mundo. A doença é como uma prova: somos colocados ao mistério da vida e da morte.
Aparentemente, a doença é um mal. Mas pode se tornar um bem. Com ela podemos reconhecer nossa
pequenez humana. Também com ela podemos reconhecer o dom da vida e da saúde.
A “carta magna” da Unção dos Enfermos é a epístola do apóstolo Tiago (5, 13-15). Destaquemos
alguns aspectos:
Alguém dentre vós está doente: não se trata de um moribundo. Trata-se de alguém com alguma doença de
certa gravidade, ou ancião.
Mande chamar os presbíteros da Igreja: cabe ao enfermo pedir a presença do Padre ou do pessoal da
pastoral da saúde. Os presbíteros vão orar sobre ele impondo-lhe as mãos, ungindo-o com o óleo santo, pedindo a
força de Deus no sofrimento e na dor. É uma oração da família. Deve ser feita com a presença dos parentes mais
próximos.
A oração da fé salvará o doente: salvação espiritual e material.
O Senhor o porá de pé, o ressuscitará: levantar-se-á, colocar-se-á de pé, como acontecia com os doentes
que Jesus curava.
E se tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados! Cura e remissão estão ligados.
SENTIDO DO ÓLEO
Na antiguidade, o óleo era usado para curar os doentes. Jesus fala que o bom samaritano recebeu
óleo em suas feridas. O óleo estava associado à força de Deus. A Unção dos Enfermos utiliza o óleo
sagrado, bento na quinta-feira santa, como sinal que Cristo alivia a dor e restitui a vida.
Na nossa cultura de hoje, o óleo perdeu bastante o valor que tinha no passado. Era utilizado como
tempero, como perfume, na iluminação, no atletismo. Hoje pode ser o símbolo da cultura e da luz.
O RESPEITO AO ENFERMO
Para a Igreja, a doença não diminui a dignidade da pessoa humana, criada a imagem de Deus (Gn 1, 26) e
chamada a comunhão de vida com este mesmo Deus e com os irmãos em Cristo, o Filho e o irmão (cf. GS
15.17.22).
Os doentes são sinais e imagens, além disso, do Cristo Jesus, pois servir aos doentes é servir ao
próprio Jesus em seus membros sofredores: “Estive enfermo e me visitastes...Cada vez que o fizestes a um
desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes (Mt 25, 36-40).
Ademais, os doentes são úteis ao mundo e à comunidade eclesial, seja enquanto testemunham a
transitoriedade da vida presente, seja enquanto, vivendo a enfermidade em espírito de fé e de amor,
“completam em sua carne o que falta aos sofrimentos de Cristo, por seu corpo, que é a Igreja” (Cl 1, 24).
Esclarece o novo rito que “é também papel dos enfermos da Igreja, pelo seu testemunho, não só levar os
homens a não esquecerem as realidades essenciais e mais altas, como mostrar que nossa vida mortal deve
ser redimida pelo mistério da morte e ressurreição do Cristo” (Cf rito, nº3).”
ASPECTOS PRÁTICOS
Quem recebe a Unção dos Enfermos? => Os doentes de certa gravidade e os idosos. Também alguém que
vai se operar de alguma doença grave. Este sacramento poderá ser repetido.
O que se requer para a celebração? => O Óleo da oliveira ou outro óleo extraído de plantas, abençoado
pelo Bispo, ou pelo Padre, em caso de necessidade. Na quinta-feira santa o Bispo abençoa o Óleo dos
enfermos.
E o medo de receber a Extrema-Unção? => Há algum tabu por parte dos familiares e dos doentes, quanto
À recepção da Unção dos Enfermos, que na linguagem popular ainda é chamado de Extrema-Unção. A
presença do Padre, as vezes, é tida como espantalho: aquele que vai empurrar o doente para a cova...Que
fazer? Convencer-nos que este sacramento foi instituído para estabelecer a saúde, e chamar o Padre com o
doente “em si” (gozando os sentidos). O ideal é que o próprio doente peça a Unção dos Enfermos.
ORDEM
Consagração ao serviço da comunidade
O DESAFIO DA REALIDADE
Todo cristão é chamado por Deus a doas sua vida no serviço dos irmãos. Há pessoas que entregam
sua vida totalmente a serviço do Reino. Os cristãos consagrados, entre estes o Padre, o Bispo e o Diácono
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\são chamados a prestar um serviço especial à comunidade. O Sacerdote é tirado “do meio
do povo é constituído em favor dos homens em sua relação com Deus. Sua função é oferecer dons e
sacrifícios pelos pecados” (Hb 5,1). Deve entregar sua vida toda em favor da libertação plena dos irmãos.
Na prática do sacramento da Ordem, encontramos valores e limites que devem ser observados:
Valores: Limites:
Cresce na comunidade cristã o amor Mentalidade consumista e capitalista
pelo sacerdócio; que não vê na vocação sacerdotal, religiosa e
Aumenta o numero de Padres que se laical um serviço de promoção ao homem;
doam pela evangelização, sobretudo dos Falta do cultivo vocacional pela família;
pobres; Celibato obrigatório que afasta muitos
É cada vez maior o número de cristãos jovens da vocação sacerdotal, e contra
engajados e consagrados que vivem o testemunho de alguns Padres na vivência do
profetismo até as últimas conseqüências. celibato.
O Padre marcou e ainda marca muito, a sociedade brasileira. Quem é o Padre? Padre, pra quê?
Jesus veio a este mundo para construir o Reino. Chamou diversos colaboradores para trabalhar com
ele diretamente. Dos 12 homens escolhidos por Jesus: “Sigam-me”! onze foram os que continuaram
pregando pelo mundo, curando os males, formando comunidades, animando o povo. Tornaram-se
embaixadores de Cristo (Cf. 2Cor 5, 20). Outros sucederam os apóstolos: é Cristo que continua agindo na
fragilidade de seus seguidores e ministros.
“Todo sacerdócio se inspira no sacerdócio de Cristo. Ser sacerdote é realmente orientar todas as
coisas ao seu fim último que é Deus. Na palavra sacerdócio podemos identificar dos elementos
importantes: sacro ou sagrado e dote ou dom. Sacerdócio seria, então, dom sagrado, dom que vem de Deus
e dom para Deus. Todo homem na ordem da criação é, por vocação, um dom sagrado, um sacerdócio,
porque é filho de Deus, chamado a participar de sua vida e de seu amor.
Cristo, único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2,5), sumo e eterno sacerdote. (Hb 7,26).
O ministério sacerdotal – a sagrada Ordem – é uma vocação para ser o sinal de Cristo que serve. ?
Jesus escolheu discípulos com uma missão especial: continuar aqui na terra a sua missão. Que missão?
Anunciar o Evangelho, guiar o povo de Deus e presidindo o culto. Há três graus no sacramento da Ordem:
- Diácono: permanente (casado) ou transitório (solteiro e viúvo). Presbítero:(Padre) e Bispo.
Na celebração dos sacramentos, o Padre ajuda as pessoas a tomar contato com a própria vida e com
os seus sentimentos, ou seja: fazer sua própria história, à luz da Palavra de Deus.
SACERDÓCIO E CELIBATO
O Concílio Vaticano II destaca o sacerdócio como diaconia (serviço), numa tríplice dimensão:
serviço da palavra, serviço do pastoreio, serviço da liturgia. Na liturgia da ordenação sacerdotal também
são destacadas estas três funções; a pregação, o governo e a santificação.
Quando se fala em sacerdócio, surge sempre a questão do celibato obrigatório para os Padres. Por
que? Sabemos que Jesus não se casou. Foi casto. Não por menosprezo ao casamento. A missão de Jesus era
construir o Reino. Para isso aplicou todas as suas forças. Não se casou para ter mais disponibilidade para
servir o Reino.
No começo da igreja, o celibato não era obrigatório. Pedro, o primeiro Papa, era casado. O celibato
era apresentado como uma maneira de proporcionar mais disposição para o serviço do Reino. Foi a partir
do século VI que o celibato foi se tornando cada vez mais obrigatório na Igreja latina. Hoje é uma lei
eclesiástica para os que desejam assumir o ministério de presbítero entre nós.
É o pastor da comunidade que representa o verdadeiro sacerdote: Jesus Cristo. Está perto do povo:
encorajando-o, denunciando o que oprime os irmãos, anunciando a Boa Nova, reunindo os que estão
perdidos e reconciliando os que estão afastados.
É o homem da Palavra: transmite a palavra de Deus ao homem de hoje. Escuta-a. Vive-a. A Palavra
de Deus é revelada na Bíblia e na vida.
É o ministro dos Sacramentos: através dos sacramentos, atualiza hoje a presença de Jesus na vida do
povo, com o Batismo, a Eucaristia...
É o animador da comunidade cristã: convoca a comunidade em nome de Jesus, conserva-a unida,
estimula-a a enfrentar os problemas, coordena as responsabilidades.
É o educador da fé: ajuda os irmãos a descobrir, desenvolver e repartir o dom da fé. Procura
interpretar os conhecimentos de hoje à luz da fé, para descobrir neles o apelo de Deus.
(Sugestões para leitura... At 9,1-30 / 1Cor 12, 12-31/ Lc4, 16-28 / Mc 10, 28-31)
- O DIÁCONO: (permanente)
Na tríplice missão fortalecido com a graça sacramental, o diácono serve ao povo de Deus nos
ministérios: da Palavra, da Caridade e da Liturgia, em comunhão com o bispo e o presbítero. Ele recebe
uma marca indelével através da ordenação sacramental. “A sua missão está ligado ao Cristo Servo. Através
da vivência da dupla sacramentalidade, a do Matrimônio e o da Ordem ele realiza seu serviço, detectando e
promovendo líderes, a corresponsabilidade de todos numa cultura da reconciliação e da solidariedade..
principalmente nas zonas rurais distantes, onde só através dele ministro ordenado se faz presente” (SD 76-
77)
1. Da Palavra – Antes de ser servidor da Palavra, será discípulo e ouvinte. A missão evangelizadora do
diácono não se restringe à homilia ou o anúncio da Palavra no contexto litúrgico. Como ouvinte e
anunciador, transmite à comunidade a Palavra redentora, da qual ele próprio já experimentou o poder de
transformação.
2. Da Caridade – O diácono testemunha a presença viva da caridade de toda a Igreja e contribui para a
edificação do Corpo de Cristo, reunindo a comunidade dispersa, desenvolvendo o senso comunitário e o
espírito de família. Vai ao encontro das pessoas de qualquer religião ou raça, classe ou situação social,
fazendo-se um servidor de todos como Jesus. Em razão da graça sacramental recebida e da missão
canônica, compete-lhe administrar os bens e as obras de caridade e promoção social da Ireja.
3. Da Liturgia- “Na Igreja primitiva, os diáconos exerciam várias funções litúrgicas”(Inácio de Antioquia).
Hoje, a diaconia litúrgica é exercida pelo diácono na celebração dos sacramentos ou sqcramentais, na
presidência das celebrações da Palavra e na orações. (Dc74 CNBB). E le leva o pão eucarístico e traz para
o altar as oferenda que exprimem a comunhão dos fiéis. No culto, o serviço encontra sua fonte, no serviço,
o culto revela a sua eficácia. “Os Diáconos devem ser respeitáveis, não inclinados ao vinho, de uma só
palavra, sem cobiçar lucros vergonhosos, conservando o mistério da FÉ com consciência limpa”.
(1Tm 3,8-9)
(Material elaborado e organizado por Diácono Edvan Vieira. Extraído do documento 74 da CNBB)
GESTOS E SÍMBOLOS
Diferença de instrução: uma grande diferença intelectual pode causar sérios desentendimentos.
Os gostos e os interesses nem sempre se afinam.
Diferença de condição social: ela muito rica e ele muito pobre ou vice-versa. A tendência é
um fazer do outro seu empregado, e não companheiro de vida conjugal.
Diferença de religião: a prática comprova que, dependendo do grupo religioso, que é possível
que o casamento entre pessoa católica e uma pessoa de outra religião não dê certo. As
dificuldades são práticas e na forma de encarar a vida.
Diferença de idade: é normal o rapaz ter alguns anos a mais do que a moça. Quando a disparidade
é muito grande entre ambos, acontecem problemas: ciúme, mentalidades diferentes, interesses e
gostos diversos. (Sugestões de Leitura: Mt 5, 27-32; 1Cor 7, 1-16; Jo 2, 1-11)
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GURINHEM - PB
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