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ARQUIDIOCESE DA PARAÍBA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO


Gurinhém – PB
ARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO
“CATEQUESE DE
CATEQUESE
JOVENS EDE JOVENS EEADULTOS
ADULTOS DE CRISMA”

VOC VOCÊ DIANTE DE SI MESMO:

Querido(a) catequizando(a), depois de ter vivido a primeira etapa da catequese, refletindo


sobre o chamado de Deus e à resposta que várias pessoas souberam dar ao Senhor, agora é o
momento de você se fazer várias perguntas e ter a coragem de também respondê-las.
 Pense e responda : “Quem sou eu?”Já pensou? Se você respondeu “eu sou
eu”, está certo! A primeira afirmação a ser feita é exatamente essa: cada pessoa é
um ser único!
Até nas impressões digitais, somos diferentes uns dos outros! Deus não nos criou como um
papel carbono! Eu não sou um grãozinho perdido entre outros inúmeros e idênticos grãos de areia
da praia! Eu sou eu! Nunca existiu nem existirá alguém igual a mim! Deus criou-me com
características exclusivas e deu-me dons e capacidades que outros não receberam. Ele tem um
projeto especial e único para mim e me ama pessoalmente, assim como eu sou.
“Eu sou eu!” Parece simples, mas é fantástico, é maravilhoso! Cada pessoa humana tem
uma dignidade única e irrepetível.
Ao nascer, o ser humano parece diferir bem pouco de um ser irracional. Parece...De fato,
porém, cada ser humano tem, algo que o distingue essencialmente, de toda outra criatura. Ele é um
ser em esperança, capaz de crescer e desenvolver as enormes possibilidades que lhe são próprias: a
capacidade de pensar e de julgar entre os valores e contra valores que o rodeiam, a capacidade de
ser livre e de amar. A primeira página da Bíblia, que fala sobre a criação, nos diz:
Deus disse: “Façamos o ser humano a nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para
que domine sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todos os animais
selvagens e todos os animais que se movem pelo chão”. Deus criou o ser humano à sua
imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou, e Deus os abençoou e
lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a!” (Gênesis 1,26-
28).
Assim, podemos ver, que Deus criou o ser humano para se responsabilizar pelos seus bens,
não para ser dominados e escravizados por eles; Criou-o livre para cultivar a natureza, não para
destruí-la; livre para amar e fazer do mundo um lugar de irmãos, onde tudo seja distribuído
igualmente entre todos.
O ser humano é verdadeiramente livre quando não se deixa dominar pelos instintos, mas
sabe pensar e julgar antes de agir; quando não se submete a influências negativas nem se deixa
escravizar pelos bens materiais; quando, libertando-se do egoísmo e de todos os contra valores que
o rodeiam se abre para o amor. Podemos concluir que: “A pessoa vive e cresce como gente à
medida que se esforça para ser livre!”

QUESTÕES:
a) Você sabe valorizar a sua vida como dom de Deus?
b) O que Deus quer de você, lhe fazendo único e irrepetível?
c) Você é uma pessoa livre para escolher o chamado de Deus?
VIVER JUNTOS COMO FILHOS DE DEUS:
Neste segundo encontro, nós daremos continuidade ao tema que abordamos anteriormente e descobriremos
que existe uma segunda verdade a respeito do ser humano: Cada pessoa é um ser comunitário!
Ninguém se realiza e é feliz sozinho. Ninguém é uma ilha! Precisamos dos outros, para podermos
crescer como gente.
Ainda no livro da Criação, no Gênesis, há o seguinte trecho: “E o Senhor disse: ‘Não é bom que o
homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar que o corresponda”(Gênesis 2,18). E assim Deus criou o
ser humano homem e mulher: para viver em comunidade, à sua imagem e semelhança. E nós sabemos que
Deus não é um ser solitário, é uma comunidade de pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Uma comunidade
unida por um amor tão grande que é um só Deus, ao mesmo tempo uno e trino: A Santíssima Trindade.
É isso: o que realiza o ser humano o diálogo, a comunhão, a participação, o amor que nos torna
irmãos; é saber estar com os outros, ajudando-nos; é saber viver em comunidade. Jesus Cristo não quis
ficar sozinho. Ele escolheu um grupo de companheiros para viver a experiência da comunhão em sua
própria vida e poder passa-la para os outros. Podemos, ainda tirar uma segunda conclusão: “a pessoa vive e
cresce como gente à medida que se esforça para viver em comunidade!”

Agora que nós já falamos sobre você diante de si mesmo e a importância de viver juntos, nós
podemos chegar a uma outra verdade fundamental, cada pessoa é filha de Deus!
Ainda naquele capítulo que descreve a criação, a Bíblia diz “então o Senhor Deus formou o ser
humano com o pó do solo, soprou-lhe nas narinas o sopro da vida, e ele tornou-se um ser vivente”
(Gn 2,7). Sim, há algo de divino em cada ser humano, há alguém acima e dentro de nós que nos ama como
Pai que nos convida a vivermos como seus filhos e nos dá a capacidade de sermos realmente livres e
irmãos. Sim, é em Deus que as pessoas de todos os tempos procuram e encontram sua suprema realização e
felicidade! Eis aqui, portanto, a terceira conclusão: “a pessoa vive e cresce como gente à medida que se
abre para o absoluto, DEUS!” Enfim, podemos resumir toda nossa conversa acerca do “que é ser gente” e
dos três planos da realização humana, em uma frase: Realizamo-nos como pessoas humanas quando
somos livres e nos sentirmos irmãos e filhos de Deus.
E, quando alguém luta para ser autenticamente livre, procura ser irmão de todos e procura construir
um mundo de irmãos, procura a Deus e sua vontade, para viver como verdadeiros filhos de Deus, aí está o
Espírito de Deus!

PARA REFLETIR:
a) Você já sentiu o amor de Deus em sua vida? Como?
b) De que forma, em sua opinião, percebemos a presença de Deus em nossa vida?

Obs: Pedir que todos tragam a Bíblia para o próximo encontro!

Maria:
Para o povo do Antigo Testamento o Messias, Filho de Deus, o
Libertador, deveria surgir como alguém forte, poderoso, guerreiro. Deus,
porém, segue outra maneira de agir. Ele costuma realizar seus projetos
utilizando-se de pessoas pobres, fracas, idosas ou jovens demais, como Maria.
Deus faz do que é fraco, a sua força.
Nazaré, a terra de Maria, era um povoado pequeno e sem importância. Dizia-se que
os galileus eram rudes, ignorantes, impuros, pagãos. Por isso, existia um preconceito que
dizia: De Nazaré pode sair algo de bom? (3ô 1,46). No entanto, era de Nazaré a jovem
Maria.

O Chamado:

Deus escolhe Maria para ser a Mãe do Salvador. Ela estava prometida em casamento
a José. Devia ter muitos sonhos: uma família numerosa, uma vida tranqüila, envelhecer ao
lado do seu marido, filhos e netos. No entanto, o Senhor tinha um projeto bem diferente
para ela, ser a mãe do Salvador, Jesus Cristo! Quando o anjo lhe anuncia esta notícia ela
interroga: mas como será isto? A resposta do anjo é clara: ”O Espírito Santo descerá sobre
ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra,“ (Lc 1,35). Maria fica surpresa,
todavia, percebendo que aquela era à vontade de Deus, responde ao chamado dizendo: “Eis
aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra,” (Lc 1, 38).

A Resposta:

Depois da resposta de Maria, assumindo a atitude de serva de Deus, ela vai ajudar a
sua prima Isabel que estava no sexto mês de gravidez. As primas quando se encontram vão
cantar a alegria dos pequenos que acreditam no amor e na misericórdia de Deus, (Lc 1,39-
56). Assim, a vida de Maria vai ser um constante serviço a Deus e a humanidade inteira. Ela
vai tomar como sua a palavra do próprio Filho que dizia: “Pois o Filho do Homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.

PARA REFLETIR...

1. Por que Deus escolhe os fracos para realizar seus projetos?


2. Maria poderia ter dito não, porque não o disse?
3. Qual é a alegria de ser servo?

A Bíblia fornece poucas informações


diretas sobre o segundo período da vida de Paulo.
Elas são como janelas abertas. Deixam entrever
algo da riqueza desses treze anos da sua vida.

Paulo: História de vida:


Paulo estava com 28 anos de idade. Tinha poder e prestígio. Em nome do Sinédrio liderava a
perseguição contra os cristãos. Pediu licença para persegui-los até Damasco da Síria, a mais de 200 Km de
distância (At. 9,1-2; 26, 9-12).
Sete dias de viagem. Enquanto caminhava para lá, de repente, uma luz aparece. Paulo cai e ouve
uma voz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At. 9,4).
Paulo perseguia a comunidade dos cristãos. Porém, Jesus pergunta: “Porque me persegues?” Jesus
identifica-se com a comunidade. E colocando-se do lado do perseguido, desaprova o perseguidor

Reflexão...
Paulo parece á pessoa que tomou o ônibus, pensando poder seguir nele até o ponto final da sua
viagem. Porém, de repente, o ônibus parou, o motorista gritou: “Ponto final! ” “Desse todo mundo !” Era o
ponto final do ônibus, mas não da viagem. Paulo teve que descer. Inesperadamente, encontrou-se sozinho,
sem rumo, perdido no meio do caminho, perto de Damasco.
A queda:
A queda na estrada de Damasco foi um divisor de águas. A vida de Paulo divide-se em antes e
depois. A entrada de Jesus não foi pacífica, mas sim uma tempestade violenta.

A Graça:
Lá na estrada de Damasco, de repente, sem esforço nenhum da sua parte, Paulo recebeu, de graça,
exatamente aquilo que todo o seu esforço de 28 anos não tinha conseguido alcançar, a saber: a certeza de
que Deus o acolhia e o justificava. Deus lhe mostrou o seu amor, quando ele, Paulo, estava sendo
“blasfemo, perseguidor e insolente”. A graça foi maior que o pecado! Essa experiência da bondade de Deus
foi uma luz tão forte que Paulo ficou cego! Ela não cabia na idéia que ele fazia de Deus, e provocou a
ruptura. Agora, Paulo já não consegue confiar naquilo que ele faz por Deus, mas só naquilo que Deus faz
por ele. Já não coloca sua segurança na observância da Lei, mas sim no amor de Deus por Ele. Gratuidade!

ESTA FOI A MARCA DA EXPERIÊNCIA DE PAULO NA ESTRADA DE DAMASCO, QUE


RENOVOU POR DENTRO TODO O SEU RELACIONAMENTO COM DEUS.

Para Refletir:
1. Paulo era um homem piedoso e fiel à sua fé, mesmo assim necessitou encontrar-se com Jesus?
Você já experimentou este encontro ou acha que basta cumprir os mandamentos de Deus e da
igreja para ser feliz?
2. Você já se sentiu “derrubado do cavalo” como Paulo em algum momento de sua vida?
3. O que você entende por conversão?

OS DOIS FILHOS:
Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse
ao pai: Pai, dá-me a parte da herança que me cabe. E o pai dividiu os bens entre eles.
Poucos dias depois o filho mais novo juntou o que era seu, e partiu para um lugar
distante. E aí esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que
possuía, houve uma grande fome nessa região, e ele começou a passar necessidade.
Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para a roça cuidar dos
porcos. O rapaz queria matar a fome com a lavagem que os porcos comiam, mas nem
isso lhe davam. Então, caindo em si, disse: “Quantos empregados do meu pai tem pão
com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. Vou me levantar, e eu vou encontrar o meu
pai, e dizer a ele: Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chame teu
filho. Trata-me como um dos teus empregados. Então se levantou e foi ao encontro do
Pai.
Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão. Saiu correndo, o
abraçou, e o cobriu de beijos Então o filho disse: Pai, pequei contra Deus e contra ti;
já não mereço que me chame teu filho. Mas, o pai disse aos empregados: “Depressa,
tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel no seu dedo e
sandálias nos pés. Peguem o novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete.
Porque este meu filho estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi
encontrado. E começaram a festa.
O filho mais velho estava na roça. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e
barulho de dança. Então chamou um dos criados, e perguntou o que estava
acontecendo. O criado respondeu: É seu irmão que voltou. E seu pai, porque o
recuperou são e salvo, matou o novilho gordo. Então, o irmão ficou com raiva, e não
queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. Mas ele respondeu ao pai: “Eu trabalho
para ti a tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua; e nunca me deste um
cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse seu filho, que
devorou os teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho gordo! ‘Então o pai
lhe disse: ‘Filho, você está sempre comigo, e tudo que é meu é teu. Mas, era preciso
festejar e nos alegar, porque esse seu irmão estava morto, e tornou a viver; estava
perdido e foi encontrado”.
(Lc 15, 11-32)
A Resposta do Pai...
1. Objetivos:
 Ajudar os jovens a descobrirem que seguir a Jesus Cristo é ter a capacidade de saber
conviver com as pessoas, respeitando as dificuldades de cada um e ajudando a
superar seus problemas.
 Fazer os jovens perceberem que o cristão deve ter uma atitude positiva na vida,
estando sempre disposto a reconciliação ou perdão.
 Evitar dar conclusões pelos jovens e a tentativa de dar ensinamentos, mas ajudá-los a
refletir, fazendo com que cada um chegue a suas próprias conclusões.
 Não explorar demais o aspecto pessoal e emotivo, mas fazer uma leitura mais
coletiva.
 Estimular a tomar atitudes de perdão para experimentarem o amor de Deus em suas
vidas.
ORIENTAÇÃO PARA OS ANIMADORES DE GRUPO

1) Reler bem o texto (pedir que os jovens leiam).

2) Levar os jovens a resolver os questionamentos do evangelhos dramatizado com as


seguintes questões :

 você acha que o filho mais novo se arrependeu?


 será que o filho mais velho vai entrar e participar da festa do seu irmão ?
 esse texto fala mais dos filhos ou do pai? Por que?
 qual é o assunto principal deste texto ?

Deus é um Pai misericordioso e mesmo que nos afastemos d ’Ele,


ansiosamente Ele espera a nossa volta!”
DOM HÉLDER CÂMARA

MADRE TEREsA DE CALCUTÁ

“Sou um lápis nas mãos do criador.”

Madre Teresa nasceu em 27 de agosto de 1910, na cidade albanesa de Skopje. O pai,


era um bem sucedido comerciante, diplomado em farmácia e também proprietário de
construtora. Sua mãe, também era de família abastada. Agnese, seu nome de batismo, tinha
dois irmãos. Era hábito da família, pertencente à minoria católica - a maioria era muçulmana -
visitar os doentes e atender aos pobres uma vez por semana. Todos os dias, a mãe e os filhos
assistiam a missa e a tarde recitavam o rosário.

Com 18 anos graças a leituras de cartas de missionários da Índia decide abraçar aquela
vida. O único meio disponível era entrar numa congregação de freiras. Existem também
missionárias leigas, mas na época, final da década de 20, apenas as irmãs saiam em missões.
Escolhe a Congregação de Nossa Senhora de Loreto, que tem uma missão naquele país da
Ásia.
Aos 20 anos, faz seus primeiros votos. Toma o nome de irmã Teresa, em homenagem à Santa
Teresa do Menino Jesus. Escolheu este nome para devotar-se, como a santa francesa, à
obediência e poder deste modo servir com amor total a Jesus.

Em seguida foi mandada para Calcutá com a tarefa de estudar e conseguir o diploma do
magistério.
Ao chegar na estação de trens de Calcutá, se deparou com um enorme contingente de
miseráveis, em parte gerados pelos conflitos religiosos na independência da Índia. Em todas as
estações do trajeto a cena era a mesma. Aí sente o chamado para deixar a Congregação e
dedicar-se totalmente ao serviço dos pobres. Segundo ela,

"Naquela noite, abri os olhos para o sofrimento e entendi em profundidade a essência de


minha vocação... Sentia que o Senhor pedia-me para renunciar à vida religiosa tranqüila... para
sair às ruas e servir os pobres... Mas não os pobres quaisquer. Ele me chamava para servir os
desesperados, os mais pobres entre os pobres de Calcutá... Essas eram as pessoas que Jesus,
durante aquela viagem, indicou-me para amar".

Madre Teresa não desejava porem abandonar a vida religiosa. Comunica suas intenções
e um ano e meio depois, o arcebispo de Calcutá solicita ao papa Pio XII que a irmã possa deixar
a Congregação de Loreto e iniciar uma vida religiosa fora do Convento. O papa em pouco tempo
concordou.
Em 16 de agosto de 1948, deixa o hábito e abandona o convento.
Decidiu vestir-se com um sari, a indumentária mais comum na Índia, e escolheu o branco, a cor
dos pouco importantes. Como calçado adotou a sandália.

"...Dormia onde estivesse, no chão, freqüentemente em lugares infestados de


ratos; comia aquilo que comiam meus assistidos e somente quando havia um pouco
de alimento... Mas havia escolhido aquela vida para realizar o Evangelho ao pé da
letra, sobretudo na parte que diz: 'Tinha fome e deste-me de comer, estava nu e
vestiste-me, estava preso e vieste visitar-me'...".
Conseguira obter a colaboração de leigos. Jovens médicos e enfermeiras ajudavam a
cuidar dos doentes. Um padre celebrava uma missa dominical reservada às crianças das
favelas.
Além dos três votos tradicionais de pobreza, castidade e obediência, comuns a todas as
Congregações, fazem ainda um quarto voto, o da caridade.
Em 1953, sendo já cerca de 30 irmãs, mudam-se para uma casa de 3 andares. Nesta época
fundam a sua primeira grande obra social, a "Casa dos moribundos".
Calcutá era uma cidade com centenas de milhares de indigentes. Todo dia dezenas
desmaiavam de fraqueza. Muitos deles não se levantavam mais e morriam na rua.

"...Veio-me a idéia de fundar uma casa onde esses moribundos pudessem


terminar seus dias assistidos, vendo ao seu lado um rosto humano, uma pessoa que
sorrisse com ternura para fazer entender que não deveriam ter medo, pois estavam
indo para a casa do se Pai.... Lá todos os dias, ocorre um real contato entre o céu e a
terra..."

Recolhendo-os ela dizia "São filhos de Deus, devem morrer com um sorriso nos lábios". Ela
queria que deixassem este mundo com a certeza de que alguém os amava.

Ganhadora do prêmio Nobel da Paz, a religiosa dedicou 50 anos a cidade Calcutá,


servindo aos necessitados. Seu trabalho começou em 1948, espalhando-se por 100 países e foi
financiado por fundações públicas, doações privadas e pelos inúmeros prêmios que recebeu.
Madre Tereza criou uma rede mundial de abrigos para os pobres das favelas e uma das
primeiras casas para aidéticos. Veio a falecer no dia 5 de setembro de 1998, aos 87 anos, de
parada cardíaca.

“(...) O bem que você faz será esquecido amanhã.


A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável.
Seja honesto e franco mesmo assim!
Se você der ao mundo o melhor de si mesmo, você corre
o risco de se machucar. Dê o que você tem de melhor.
Mesmo assim!”

JESUS está feliz em vir a nós,


como a VERDADE a ser dita,
como a VIDA a ser vivida,
como a LUZ a ser acesa,
como o AMOR a ser amado,
como a ALEGRIA a ser dada,
como a PAZ a ser difundida.
Madre Teresa.

Resumo realizado com base na obra: "Teresa dos


pobres", de Renzo Allegri. Paulinas, São Paulo, 1998.
Divulgado mediante autorização.
Editado por Diac. Edvan Vieira

Formatado por Francisco Miguel, animador de Crisma.


MAHATMA GANDHI

Mesmo franzino, tímido e inseguro, com poucos amigos e fortes laços familiares, sem
grande talento ou inclinação para o estudo, Gandhi tornou-se o mais improvável dos líderes do
século XX. Nascido numa sociedade que clamava a obediência, a submissão e o respeito às
tradições ocidentais como objetivos naturais da vida pública e privada, quebrou o elo da
dominação externa que durante 300 anos manteve a Índia na condição de colônia européia. Ao
mesmo tempo, aboliu costumes enraizados na sua cultura que perpetuavam uma sociedade
estratificada em castas que legitimavam superstições desumanas.
Nesses sentido, podemos afirmar que Gandhi foi o grande pedagogo de seu povo e do
mundo, pois usa participação na História me transforma a percepção do papel de um político, de
um cidadão incomum e , igualmente, de pai-mãe de família. As injustiças impostas a uma
comunidade ou nação são perpetradas por alguns, mas sustentadas por todos, inclusive pelos
oprimidos. Esta é a grande descoberta que ele nos oferece: vitima e carrasco se alimentam
mutuamente. Para combater a injustiça, é necessário auto-educar-se.
COMPROMISSO COM A NÃO VIOLÊNCIA
Para Gandhi, portanto, a não cooperação com ignominioso é um dever. Mas um dever
cujo cumprimento pode se realizar unicamente por meios não violentos. Sejam quais forem os
instrumentos usados para acabar com a exploração e as injustiças,eles têm de estabelecer um
compromisso com a não violência (ahimsa) – principio soberano de transformação pessoal e
social -, cujo o propósito é restaurar a dignidade tanto do agressor como da vítima.
Conseqüentemente, a ação reparadora deve estar à agressão e nunca ao agressor.
Esse sentido, a não violência é uma linguagem, uma modalidade de ser e de estar no
mundo que se aprende com a prática, com o exercício cotidiano inspirado no compromisso de
não causar sofrimentos gratuitos nem alimentar ressentimentos. Se o que se busca é
estabelecer relações mais justas e solidárias, é necessário concentrar o poder reparador da
ação na própria situação que gerou e que sustenta o conflito. Inverter a situação entre opressor
e oprimido, tornando este último ganhador e o outro, perdedor, seria inútil porque preserva o
circulo vicioso de vingança que retro-alimenta vítima e carrasco, corrompendo e bestializando
ambos.
“Pode-se garantir que um conflito foi solucionado segundo os princípios da não
violência se não deixa nenhum rancor entre os inimigos e os converte em amigos”.
Revela-se então, uma ousadia intelectual que amplia nosso entendimento da condição
humana, ao mesmo tempo em que promove a criação de um número maior de alianças para
fortalecer o tecido social sobre bases de convivência confiável que, por sua vez, abrem caminho
para a paz.
“Não sou um santo que se tornou político. Sou um político está tentando ser santo”.
“A não violência é o primeiro artigo da minha fé; e é também o último artigo do
meu credo”.
Gandhi nasceu na Índia em 1869 e, desde cedo, dedicou-se a lutar contra todo o tipo de
dominação, racismo e violência. Para isso, estudou sânscrito, persa, árabe, latim, inglês e
francês. Formou-se como advogado e defendeu os direitos dos negros da África do Sul e dos
párias na Índia. Dizia:
“A sabedoria só deve ter um fim: melhorar o ser humano.”
Sentia-se transtornado ao ver a miséria que o colonialismo inglês submetia o seu povo.
Durante a sua vida, o mundo atravessou duas guerras mundiais.
Quando alguém perguntava sobre a sua mensagem, respondia: “Não tenho mensagens.
Minha mensagem é a vida.” Intitulou sua autobiografia: “A história das minhas experiências
com a verdade”. Acreditava que essa verdade se chama Deus. “Tudo o que faço é na busca de
Deus. Anseio por vê-lo, face a face. Deus se chama verdade.” Entregou sua vida a causa da
verdade. Vivia o hinduísmo, aberto às outras tradições religiosas. Tudo o que fazia se baseava
na confiança em Deus.
O mundo inteiro o reconhece como “Mahatma”, grande alma. A solidariedade transformou
a sua vida. Seu método de trabalho consistia em duas medidas interiores: a satyagraha
(“desobediência civil”) e a ahimsa (a não violência ativa). Se uma lei é injusta, não se deve
obedecê-la. É compromisso do crente com a verdade. Como fazer isso? Alguém, segundo
Gandhi, só pode considerar-se no caminho espiritual quando extingue de si mesmo qualquer
violência, física, mental ou da palavra.

MARTIN LUTHER KING


“Eu tenho o sonho de que, um dia, os homens se ergam e percebam que são
feitos para viver uns com os outros, como irmãos”.

Martin nasceu em Atlanta, centro vital da população negra nos Estados unidos, em 15 de
janeiro de 1929. Sua família pertencia a classe média negra. Seu pai Martin Luther era ministro
da igreja Cristã Batista. Os batistas são uma seita protestante separada da Igreja da Inglaterra
no século XVII. Essa Igreja não aceita o batismo de crianças, pois só considera válido o de
adultos, e por imersão. São mais de 25 milhões de crentes nos Estados Unidos, Inglaterra e
Alemanha.
Ele estudou em um seminário de sua crença, especialmente os problemas sociais e aos
17 anos tornou-se pastor assistente da igreja de seu pai. Formou-se em Teologia e depois, o
doutorado na Universidade de Boston. Martin conhece uma jovem de nome Coretta Scott, em
1953, assistindo uma reunião musical, ela estuda música como bolsista. Ambos são solistas
vivendo a felicidade da paz. Em 18 de junho do mesmo ano, seu pai abençoa o matrimônio.
Casados Martins e Coretta vão ao sul para pregar “só um sermão”, num domingo de janeiro de
1954.
As palavras do jovem reverendo comovem a comunidade, que começa a crescer a cada
domingo. Depois de quatro sermões, os fiéis, unanimemente, pedem-lhe que fique como pastor
definitivo. A realidade sócio-econômica dessa cidade de nome Montgomery não diferia muito de
qualquer cidade sulista de trezentos anos atrás; culturas de algodão, tabaco e criação de gado.
Pouca indústria, poucos donos de terra e, portanto, uma vida dependente e miserável para o
negro. Era chamado de “reverendo” King, via a comunidade negra totalmente submissa, com
medo de lutar contra as injustiças raciais.
Tornou-se defensor da filosofia da não violência e liderou a partir de 1955, uma campanha
pacífica pela justiça para o povo negro americano. As palavras do revendo King sintetizam o
coração de um povo e a verdade da natureza humana inspirada no Evangelho:
...Eu acalento o sonho de que um dia toda a nação se ponha de pé e viva o verdadeiro
significado de sua crença. Sustentamos que essas verdades são evidentes por si
mesmas, que todos os homens são criados iguais.
...Eu acalento o sonho de que, um dia, nas róseas montanhas da Geórgia, os filhos dos
antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos, possam sentar-se juntos à
mesa da fraternidade.
...Eu acalento o sonho de que, um dia, inclusive o Estado do Mississipi, um Estado
abrasado pela injustiça, abrasado pelo calor da opressão, se transforme num oásis de
liberdade e justiça...
Em 28 de agosto de 1963 liderou a grande marcha dos viajantes da liberdade até
Washington que reuniu 250.000 mil pessoas exigindo os direitos civis dos negros
americanos. Foi covardemente assassinado em 5 de abril de 1968.
Martin Luther King se sentiu chamado ao serviço a partir da proposta do Reino de Deus
que Jesus inicia, Reino da verdade, da justiça, do amor e da paz. Foi no sofrimento do
seu povo que ele encontrou a motivação humana pra dizer SIM a Deus e assumir a
vocação. Como Jesus, teve que pagar alto preço, a própria vida. Ele é destas é destas
pessoas que são chamadas Bem-Aventurados, Profeta dos tempos modernos, sua voz
continua a chamar, convocar os cristãos a saírem da passividade e construírem o Reino
de Deus.

a) O que lhe chama mais atenção neste encontro de hoje?


b) O que você acha da resposta de Martin Luther King?
c) Você se sente incomodado(a) com as injustiças?

(...) E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando
nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda
cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens
pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir
mãos e cantar nas palavras do velho espiritual negro:
"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

Elaborado pelo Pe. Marcílio e seminarista Jamaci.


Editado por Diac. Edvan Vieira

BÍBLIA I:

 Para iniciar o encontro e criar uma sensibilização para o estudo da palavra, vamos
cantar o Salmo 139(138):
- Tu me conheces quando estou sentado,Tu me conheces quando estou de pé, vês claramente
quando estou andando, quando repouso, tu também me vês. Se pelas costas sinto que me abranges,
também de frente sei que me percebes. Para ficar longe do teu Espírito. O que farei? Aonde irei
não sei.
Para onde irei, para onde fugirei? Se subo ao céu ou se me prostro no abismo, eu te encontro
lá.Para onde irei? Para onde fugirei? Se estás no alto das montanhas verdejantes ou nos confins
do mar!
- Se eu disser que as trevas que me escondam e que não haja luz onde eu passar pra ti a noite é
clara como o dia, nada se oculta ao teu divino olhar. Tu me teceste no seio materno, e definiste
todo o meu viver. As tuas obras são maravilhosas. Que maravilha meu Senhor sou eu.
Tema do encontro => Bíblia, Palavra de Deus.
Muitas pessoas dizem que não entendem o que está escrito na Bíblia. Acham os textos
difíceis e por isso quase não os lêem. Outras nem sabem procurar uma leitura na Bíblia. Há alguns
anos levávamos para a catequese um pequeno livrinho: o CATECISMO. Hoje, descobrimos que a
melhor mensagem está no livro de Deus e da comunidade: AS SAGRADAS ESCRITURAS. Nelas
foram escritos os segredos de Deus com muito amor e carinho, assim sendo, as suas palavras
devem ser gravadas nos nossos corações pela leitura e a meditação. Nenhuma preocupação ou
situação de nossas vidas devem distanciar-nos dessa leitura. Devemos criar o bom hábito,
diariamente, de beber desta fonte. “Se o corpo tem fome, a alma tem igualmente necessidade
todos os dias de um alimento que o fortifique” (S. Crisóstomo 407 d.C.).
O que é a Bíblia?
A Bíblia Cristã é conhecida por vários nomes diferentes: Revelação, Palavra de Deus,
História da Salvação, Escritos Sagrados ou Sagradas Escrituras, Livros inspirados ou na forma
tradicional: Bíblia.
A palavra Bíblia vem da palavra grega Biblos, que significa livros ou coleção de livros.
Embora seja um volume apenas, a Bíblia contém muitos livros; é uma verdadeira biblioteca. A
Bíblia católica contém 73 livros, eles foram escritos por muitos autores inspirados por Deus.

Quando a Bíblia foi escrita?


A Bíblia não foi escrita de um dia para o outro, alguns fatos foram escritos 100 anos depois
que as coisas aconteceram, outros 200 anos, e outros até mais de 500 anos. A Bíblia levou 11
séculos para ser escrita. A Palavra de Deus foi, primeiramente vivida pelo povo de Deus, falada e
recordada muitas vezes no meio do povo. A Bíblia saiu da memória do povo. Nasceu da
preocupação de não esquecer o passado. A isto chamamos de tradição oral.

Onde foi escrita a Bíblia?


A maior parte da Bíblia foi escrita na palestina, onde o povo vivia. Outra parte na Babilônia,
onde o povo viveu exilado 600 anos a.C. Outra parte no Egito para onde o povo foi depois que saiu
da Babilônia.
O Novo Testamento tem partes que foram escritas na Síria, Ásia Menor, Grécia e na Itália,
onde havia muitas comunidades fundadas por São Paulo. Em cada um desses povos havia
diferentes costumes e experiências religiosas. Tudo isto deixou marcas na Bíblia e teve influência
na maneira da Bíblia nos apresentar a mensagem de Deus.
Quem escreveu a Bíblia?
Diversos tipos de pessoas, homens e mulheres, jovens e idosos, pessoas de diversas
profissões e classes sociais diferentes. Pessoas que sabiam ler e escrever e pessoas que só sabiam
contar histórias. Elas escreveram por inspiração divina e deixaram registrados os acontecimentos
do povo de Deus. Mas, nem todos os acontecimentos foram escritos; apenas os mais importantes
da grande história do povo de Deus.

Em que línguas foi escrita?


A Bíblia foi escrita em 3 línguas diferentes: Hebraico, Aramaico e Grego. O hebraico era a
língua sagrada e o aramaico era a língua familiar. O aramaico foi falado pelos Hebreus até
entrarem em Canaã, neste país o povo teve que aprender o hebraico. Quando a Palestina foi
invadida pelos gregos, o povo foi obrigado a falar a língua grega. Todo o N.T. foi escrito em grego.

As traduções da Bíblia:
A Bíblia foi traduzida para ser compreendida. Como o hebraico era uma língua muito difícil
e não era falada pelo povo, surgiram as traduções gregas. Ao ser traduzida para o grego foram
acrescentados 7 livros que não constavam na Bíblia hebraica. A diferença entre a Bíblia dos
católicos e dos Evangélicos está nesses livros. Os Evangélicos adotaram a Bíblia hebraica que tem
7 livros a menos, e nós católicos a tradução grega. Os livros que nós consideramos como parte da
Bíblia são: Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico, Sabedoria 1 e 2, Macabeus, parte de Estér e
Daniel.

=>Após avisos, finalizar com a oração abaixo:


Salmo 15 => Refrão: Quem morará no teu santo monte?

1. Quem, Senhor, habitará na tua tenda? quem morará no teu santo monte?
2. Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça, e do coração fala a verdade;
3. que não difama com a sua língua, nem faz o mal ao seu próximo, nem contra ele aceita nenhuma
afronta;
4. aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor; aquele que,
embora jure com dano seu, não muda;
5. que não empresta o seu dinheiro a juros, nem recebe peitas contra o inocente. Aquele que assim
procede nunca será abalado. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai....

(Texto elaborado por Pe. Marcilio Cavalcanti baseado no livro: Caminho de fé.De Leomar Antônio e
Francisco Lelo – Paulinas – Editado e organizado por Diac Edvan Vieira)

BÍBLIA II:
Para iniciar o encontro e criar uma sensibilização para o estudo da palavra, vamos cantar o
Salmo 139(138):
- Tu me conheces quando estou sentado,Tu me conheces quando estou de pé, vês claramente
quando estou andando, quando repouso, tu também me vês. Se pelas costas sinto que me abranges,
também de frente sei que me percebes. Para ficar longe do teu Espírito. O que farei? Aonde irei
não sei.
Para onde irei, para onde fugirei? Se subo ao céu ou se me prostro no abismo, eu te encontro
lá.Para onde irei? Para onde fugirei? Se estás no alto das montanhas verdejantes ou nos confins
do mar!
- Se eu disser que as trevas que me escondam e que não haja luz onde eu passar pra ti a noite é
clara como o dia, nada se oculta ao teu divino olhar. Tu me teceste no seio materno, e definiste
todo o meu viver. As tuas obras são maravilhosas. Que maravilha meu Senhor sou eu.
I. COMO ESTÁ DIVIDIDA A BÍBLIA?

A primeira grande divisão da Bíblia é classificada em: Antigo Testamento e Novo Testamento,
conforme foram escritos os livros antes ou depois de Cristo. O A.T. e o N.T. se dividem em vários livros
num total de 73 (46 no A.T. e 27 no N.T.).
Outra divisão da Bíblia são os capítulos (números grandes que encabeçam os textos) e versículos
(números pequenos que ficam dentro do texto).

Para Encontrarmos um texto na Bíblia é necessário que saibamos que costuma-se


representar os livros pelas duas primeiras consoantes ou uma ou duas consoantes e uma
vogal de seu nome (Gênesis – Gn; Êxodo – Ex; Crônicas – Cr ou Cro); e o significado de alguns
sinais que são usados acompanhados das citações:

A vírgula (,) => serve para separar os capítulos dos versículos.


O ponto (.) => significa “e”
O ponto e vírgula (;) => separa um capítulo de outro capítulo.
O hífen (-) => significa “até” ou “ao”.

Vamos ver alguns exemplos:


Mt 2 => Mateus, capítulo dois
Jo 5, 3 => João, capítulo cinco, versículo três.
At 4, 2.9 ; 5,5-12 => Atos do Apóstolos, capítulo quatro, versículo dois e versículo
nove, capítulo cinco, do versículo cinco ao versículo doze.

II – Na Bíblia há grande variedade de textos. Por exemplo: No Antigo Testamento temos leis, histórias,
crônicas, poesias de amor, cantos de liturgia, provérbios e até algumas fábulas. Muitas vezes um mesmo
acontecimento pode ser contado de formas diferentes, tudo isso depende do que nós chamamos de gêneros
literários. Vejamos:

A) NO ANTIGO TESTAMENTO TEMOS:


=> Procurar na Bíblia livro por livro.
 Pentateuco (Conjunto dos 5 primeiros livros) ; Livros Históricos (16 livros) ; Livros Proféticos (18
livros) ; Livros Sapienciais (7 livros)

B) NO NOVO TESTAMENTO TEMOS:


 Os Evangelhos (4 primeiros livros); Atos dos Apóstolos ; Cartas Paulinas (14 livros); Epístolas
Católicas (7 livros) e Apocalipse de São João.

III – COMO LER A BÍBLIA?


III.I Leituras Equivocadas:
A) Fundamentalismo ou literalismo: consiste em ler as passagens da Escritura e pretender entende-las, e
explica-las ao pé da letra. Este tipo de leitura não considera que o texto bíblico foi escrito a mais de 2000
anos com formas de falar não usadas em nossa época.

=> Características do Fundamentalismo:


 Não permite o diálogo. Os outros que não aceitarem o texto como está são considerados inimigos
da fé;
 Desvaloriza tudo o que é do ser humano e só valoriza o que é espiritual;
 Usa capítulos ou versículos isolados para provar as doutrinas que afirma;
 Buscam soluções mágicas, milagrosas para os problemas humanos;

B) Ideologismo: uso indevido da bíblia para justificar os próprios interesses, exemplos:


 Em sentido político para justificar idéias que levem o povo a submissão às autoridades;
 Em sentido moralista: tira-se da escritura os textos para justificar rígidas normas de conduta, Ex: é
pecado as mulheres usarem Jóias,cortarem os cabelos; é proibido participar de festas do “mundo”.
IV - LEITURA CORRETA DA BÍBLIA:
 Ler devagar e atentamente o texto como uma mensagem que Deus dirige a você em seu
momento de vida;
 Buscar uma situação semelhante na vida de hoje, com pessoas semelhantes colocadas
num problema parecido. Ver qual é solução que Deus dá a esse problema na bíblia;
 Buscar o que Deus quer de mim neste texto. Dentro da situação atual, como eu posso
aplicar este texto da bíblia na minha vida presente, segundo as minhas limitações e
possibilidades;
 Leitura engajada, capaz de olhar a mensagem, não como algo exterior mas como algo que
esta perto de mim;
 Para ler bem a escritura deve-se pedir sempre a inspiração do Espírito Santo para
compreender bem os acontecimentos iluminando-os com a palavra de Deus frente aos
problemas pessoais, comunitários e sociais;
 Resumindo, neste tipo de leitura deve-se seguir três passos: leitura, comparação com o
presente , conclusão e ação.

Atividade para o grupo:


1) Os catequizandos, em grupos menores, devem localizar, ler e comentar do que se trata cada passagem
dos seguintes textos: Gênesis 1, 26-29 ; Êxodo 34,10-14 ; Isaías 54, 5-7; Lucas 2, 1-7 ; Atos dos Apóstolos
2, 42-45 (os que já sabem procurar os textos, ajudam os que ainda não sabem encontrar uma leitura)
=> Os catequizandos são convidados a relembrar aquele versículo que mais lhes chamou a atenção

 Em caso de dúvida, procurar pessoas que já caminharam mais e pedir que ajudem a compreender melhor
os textos; nas livrarias católicas existem bons livros que ajudam a esclarecer dúvidas.
 Encerrar o encontro com oração espontânea de agradecimento pela Bíblia, canto, Pai-Nosso, Ave-Maria,
etc. Pedir para trazerem a Bíblia para o Próximo encontro.

Bíblia III : O povo da Bíblia

A Bíblia surge no meio de um povo do Oriente, o povo de Israel. Este povo cria uma literatura que relata sua
história, suas reflexões, sua sabedoria, sua oração. Toda essa literatura é inspirada por sua fé num único Deus que
lhes revela – “Estou sempre com vocês”.

O povo da Bíblia mora perto do mar mediterrâneo, no Oriente Médio. Inicialmente, é um grupo de
migrantes, vindos da Mesopotâmia (hoje, atual Iraque). São chamados Hebreus e descendem de Abraão.
Muita gente quer ser dona dessa terra onde moram esses hebreus. Os cananeus, outros moradores de lá, a
chamam de Canaã. Os israelitas chamam de Israel. Mais tarde, será chamada: Palestina, terra dos filisteus.

Os Patriarcas (Gn 12, 1-8) => Com Abraão se inicia a história do povo da Bíblia. Abraão sai da Mesopotâmia,
à procura de uma nova terra. Sai com sua família e vai morar em Canaã. Isto se dá pelo ano 1850 a.C. Em Canaã,
nascem os filhos, os netos. A família vai se multiplicando.
Abraão. Isaque e Jacó São chamados Patriarcas. Eles são os primeiros pais e fundadores do povo da
Bíblia.(Jacó é também chamado de Israel)

O povo muda para o Egito (Ex 1, 1-13) => Muita gente se muda para o Egito, onde a terra é mais fértil.
Entre eles estão Jacó e sua família.
Como o passar dos tempos, os faraós (reis) do Egito, começam a escravizar o povo, e, entre outros, os
hebreus.

Libertação e volta a Terra(3,1-10) => Surge no meio do povo um líder que chefia um movimento de
libertação. Com a ajuda de Deus, faz o povo fugir da opressão dos reis do Egito. Este líder é Moisés. O povo
caminha pelo deserto durante 40 anos, de volta a Canaã, Moisés morre antes de o povo entrar naquela terra. Em seu
lugar fica Josué, como principal líder do povo. Depois da morte de Jesus, o povo é liderado por outros chefes
chamados Juízes. O último deles é Samuel.

Os primeiros Reis (2Sm 2,7)


Para ser mais forte contra os ataques dos inimigos, o povo deseja um rei, assim como o tem outros povos
vizinhos. O primeiro rei é Saul. O segundo é o rei Davi. É considerado o Rei mais importante que o povo da Bíblia
teve em toda sua história. Davi vence todos os povos vizinhos, une o povo e aumenta seu reino. Como capital
escolhe Jerusalém. O terceiro rei é Salomão (mais ou menos 900 a.C.). É durante o reinado de Salomão que surgem
os primeiros escritores da Bíblia. Antes, as histórias do povo eram transmitidas de boca em boca, de pai para filho.

Divisão do Reino=> Depois da morte do Rei Salomão há muitas lutas políticas e brigas. O reino acaba dividido
em dois: O Norte, que não quer aceitar o filho de Salomão como rei. Fica com o nome: Reino do Norte, ou Israel o
Sul; que fica fiel a família de Davi. O Reino do sul se chama Reino de Judá.

As denominações

Os grandes impérios daquele tempo não deixam o povo da Bíblia em paz. Em 724/721 a.C., a Assíria invade
o reino do Norte (Israel) e toma posse daquela região.
Mais ou menos 150 anos depois, o império da Babilônia vence a Assíria e toma posse do Sul (Judá), pondo
fim a sua existência. Os babilônios levam boa parte da população de Judá para a Babilônia, onde permanece durante
50 anos (587 – 238 a.C.). É o tempo do Exílio.
Mas a Babilônia, por sua vez, é vencida pela Pérsia. O rei dos Persas deixa o povo judeu voltar para sua
terra. Daí em diante, os judeus são quase sempre dominados pelos povos estrangeiros. È nesta época de dominação
que surge a esperança de um MESSIAS, um novo Davi que salvará seu povo. Os livros redigidos desde o tempo de
Salomão até agora, formam o Antigo Testamento.

Deus também Caminha com seu povo

Dizemos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Quem nos fala na Bíblia é o próprio Deus. Como? Será que Deus
tomou a mão de cada autor para escrever o que ele quis dizer? Ou Deus que iluminou a mente de alguém que, de
repente, ficou sabendo o que Deus queria comunicar?
A história da Bíblia não é tão diferente da história de outros povos daquele tempo. Mas a diferença é que
esses povos não descobriram o que Israel, ajudado por Deus, percebeu: “Não estamos sós. Deus caminha conosco.
Estamos na sua mão. Existe uma relação especial entre Deus e nós”.

A descoberta da Revelação
Esta descoberta da relação profunda entre Deus e seu povo, nós a chamamos de Revelação. Claro que o povo
não poderia descobrir isso sem que o próprio Deus não os tivesse dado a luz para entender.

Antes do livro, a vida.

Já vimos que, inicialmente, o povo é um punhado de gente simples, que vai crescendo e se multiplicando.
Mas acontecem coisas importantes na vida dessa gente: a mudança para o Egito, a opressão lá, a saída sob a
liderança de Moisés, a passagem pelo deserto. Assim, o povo aprende a lutar, a observar e a refletir sobre tudo o que
acontece. Vão descobrindo a mão de Deus em tudo isso e expressa sua fé em celebrações festivas, em cantos e
orações. Contam de pai para filho as grandes obras de Deus.
De volta à terra de Canaã, liderados pelos Juízes,e, mais tarde, pelos primeiros reis, o povo vai se unindo
mais. Começa a formar uma nação mais bem, organizada, com certa liderança no mundo daquele tempo. E começou
a escrever (já no tempo de Salomão). Escrevem o que? A vida do povo: suas lutas, suas reflexões, suas orações, seus
cantos. Assim, a Bíblia começa a ser escrita.
E assim continua. Há a divisão do Reino, as dominações estrangeiras, a volta para a terra. O povo vai
vivendo, sofrendo, lutando rezando e outros escritos da Bíblia vão surgindo. Eles são obras especialmente de homens
que falam inspirados por Deus: os profetas. Eles vão ajudar o povo a refletir melhor e a compreender o que Deus
espera. Vão ajudar também o povo a viver melhor, a celebrar, a lutar, a não perder a esperança.
Deus fala pelos acontecimentos e pelas palavras

A Bíblia é o reflexo de uma vivência do povo com seu Deus, de Deus com seu povo. Deus está na história do
povo, e, por isso, está na Bíblia. Por sua vez, a Bíblia, vai ajudar o povo a viver. É Deus, através da Bíblia, que anima
e orienta seu povo para continuar a lutar, viver e nunca desanimar.

A Aliança => O povo da Bíblia vai descobrindo, cada vez mais, quais os laços que o ligam a Deus. Dizem: Deus
nos ama. Os profetas gostam de comparar Deus com um marido todo delicado à sua esposa. Deus é o esposo; o
Povo, a comunidade, é a esposa. Também gostam de outra comparação: o povo de Israel, em vez de procurar aliar-se
a um império poderoso, faz aliança com o próprio Deus.
Nós, hoje, chamamos de aliança o anel de casamento. É porque o anel lembra o compromisso do casal:
AMOR E FIDELIDADE ATÉ A MORTE. Assim é o amor de Deus para com seu povo. Por isso chamamos a Bíblia
o livro da Aliança.

A celebração da Aliança no Monte Sinai

No 2° livro da Bíblia, o Êxodo, lemos como Deus faz aliança com seu povo. O Povo vive no Egito sob a
escravidão e dominação dos poderosos. Sofre muito. Deus manda Moisés para libertar seu povo da escravidão e leva-
lo de volta à terra de Canaã. É uma libertação penosa, difícil, mas o povo vê claramente a mão libertadora de Deus
que o ajuda a vencer. Atravessando o deserto, chega ao monte Sinai. Aí o povo celebra a Aliança com Deus.
Podemos ler isto no livro do Êxodo, capítulo 19, 1-8 e capítulo 20.
Deus diz que o povo será seu povo. E, como Povo de Deus, terá uma responsabilidade toda especial entre
todos os povos. Como resposta ao gesto libertador de Deus, Deus espera fidelidade, responsabilidade. Deus quer lhes
mostrar que a escravidão no Egito acabou, mas que o povo ainda pode continuar sendo escravizado. Por isto, Deus
dá umas normas para ajudá-los a não cair novamente na escravidão, permitindo que uns dominem os outros dentro
do próprio povo.
Estas normas nós as chamamos: “Os dez mandamentos”. O povo da Bíblia as chamam de “Lei da Aliança”.
Mas é claro que para todos que a Lei lhes é dada para continuarem verdadeiramente livres.
Por, isso o povo da Bíblia considera os mandamentos um grande presente de Deus. Eles são o caminho da
verdadeira paz e felicidade.

BíbliaIV:
Os profetas, os guardiões da Aliança (Is 30, 1-5)

Apesar de entender todas essas coisas, o povo é, muitas vezes infiel à Aliança. Cai no pecado, na
desobediência. Como esposa infiel, vai atrás de outros amores.
Aí surgem aqueles homens sábios e santos, chamados profetas. Eles falam em nome de Deus e chamam a
atenção do povo, quando está enveredando por um caminho errado, os profetas advertem: “Se continuarem assim,
as coisas irão mal. Mudem de atitude. Convertam-se!”
Mas os profetas não somente ameaçam. Em tempos de grande sofrimento e perseguição, são eles que falam
da esperança: “Deus virá novamente libertar seu povo. Deus não se esqueceu de sua Aliança. Ele vai concluir
uma nova Aliança.”

Assim, o povo vai descobrindo:


“Apesar da nossa infidelidade Deus continua o esposo que vai educando sua esposa à fidelidade. Sempre
espera a nossa volta. Sempre nos dá uma nova chance. Sempre perdoa e começa de novo.”
(pode-se ler na Bíblia, somo os profetas falam sobre a aliança. IS 54, 5-7; Is 62,5; Jr 31, 31-33; Ez 16 1ss; Os
2, 21.22)

A primeira etapa: O Antigo Testamento


A Bíblia está dividida em duas grandes partes:
O antigo Testamento (A.T.) ou velho Testamento;
O Novo Testamento (N.T.)
Correspondem as duas grandes etapas da história do povo de Deus: a Antiga Aliança (Antes de Jesus) e a
Nova Aliança (a partir de Jesus).

A Bíblia é uma Biblioteca


A Bíblia é como uma coleção ou uma biblioteca. Ela contem 73 livros de épocas e estilos diferentes.
O antigo Testamento contem 46 livros
O Novo Testamento contem 27 livros
Ao todo são 73 livros.

O Pentateuco
Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento são chamados “Pentateuco”. É uma palavra grega que significa
“cinco livros”. Também chamados de tora (LEI) pois contém a lei da Antiga Aliança.
Os livros do pentateuco são:
Gênesis (Gn) => O livro que traz reflexões sobre as origens do mundo, do pecado, do homem, do povo de
Deus.
Êxodo (Ex) => Saída. Reflete sobre a saída do povo hebreu do Egito sob a liderança de Moisés.
Levítico (Lv) => Se chama assim porque traz as leis do culto e as obrigações dos sacerdotes e Moisés.
Números (Nm) => O nome deste livro deriva do recenseamento da população citado nele.
Deuteronômio (Dt) => Segunda lei. É o livro que relata novamente a promulgação da lei da Aliança.
Convida à conversão e fidelidade.
Os livros do Antigo Testamento
Livros Históricos. São 16 livros que narram história do povo e seus líderes, como por exemplo, José, Juízes,
Samuel, Reis.
Algumas edições da Bíblia reúnem os quatro livros de Samuel, os Reis sob o único título de livro dos Reis.
Assim:
O 1° livro de Samuel = 1° livro dos Reis
O 2° livro de Samuel = 2° livro dos Reis
O 1° livro de Reis = 3° livro dos Reis
O 2° livro de Reis = 4° livro dos Reis
Nessas edições, o 1° e 2° Crônicas são chamados: 1° e 2° Livro dos Paralipômenos.
Livros Sapiênciais ou de sabedoria. São 7 livros. Nees encontramos a expressão da sabedoria e dos
sentimentos do Povo: ditados, poesias, cantos, orações, etc.
Livros Proféticos. São 18 livros. Trazem a vida e a mensagem dos Profetas. Por exemplo: Isaías, Jeremias,
Ezequiel, etc...
Quando foi escrito o A.T. e como?
O Antigo Testamento foi escrito aos poucos, ao longo de quase mil anos.
Já vimos que, de início, as histórias e as leis do povo eram transmitidas boca a boca, de pai para filho.
Quando alguns começaram a colocar por escrito essas tradições (a partir do século X a.C. ou da época de
Salomão), não surgiram logo os livros que conhecemos. Os textos mais antigos foram sendo desenvolvidos e
relembrados mais de uma vez, na medida em que o povo ia aprendendo às lições da história. Com a ajuda dos
Profetas, iam conhecendo novos aspectos da revelação de Deus.
Assim a Bíblia foi escrita em épocas diversas e por muitas pessoas. Por isso, as vezes, A Bíblia pode contar
os mesmos assuntos de maneiras diferentes. (Compare, por exemplo, o relato da criação do homem e da mulher em
Gn 1,26-31 com o relato de Gn 2,7-25).
Outras vezes, num mesmo capítulo, estão entrelaçados trechos de épocas distantes.
Também há grande variedade de tipos de texto (os chamdos gêneros literários). No antigo Testamento temos
leis, histórias, Crônicas, poesias de amor, cânticos da liturgia, provérbios e até umas poucas fábulas e novelas.
Naturalmente é muito importante distinguir esses tipos de texto para entendê-los bem.

Como foi conservado e multiplicado o A.T.?


Naquela época se escrevia, com tinta e caneta, em folhas de papiro (depois costurados para formar rolos) ou
pedaços de couro ou pergaminho (depois, se juntavam em forma de livro). O texto original era copiado muitas vezes.
Conhecemos hoje muitas cópias desses manuscritos. Eles transmitiram o texto hebraico do Antigo
Testamento e suas tradições mais antigas, gregas e latinas. Só no século XV, as Bíblias começaram a ser impressas e
aí se introduziu a divisão em capítulos e versículos, que usamos até hoje.
A Nova Aliança em Jesus Cristo
Já vimos como Deus fez Aliança com seu Povo. Libertou o povo da escravidão e o levou de volta à terra de
Canaã. Deus deu sua lei e esperou do seu povo, amor e fidelidade.
Mas nem sempre esta resposta foi dada. O povo se afastava de Deus. Então surgiram os profetas que
lembravam ao povo o seu compromisso.
Jesus é o novo Profeta
Depois de ter falado pelos profetas, Deus quer falar, ainda mais perto. Quer revelar-se ainda melhor. Ele o
faz através de seu Filho, Jesus.
Jesus é Profeta por excelência, o grande enviado de Deus, o seu grande mensageiro, o Filho. Muito mais do
que os profetas, ele pode falar de Deus, mostrar quem é Deus.
Jesus mostra o Deus da Aliança, o Deus de amor que se dá até o fim. A bondade de Jesus, a sua misericórdia,
a sua exigência, a sua doação até a morte, mostram o amor de seu Pai.
Jesus, por seu modo de viver e pregar, entra em choque com as autoridades de seu tempo. Jesus prega um
Deus diferente, que eles não podem aceitar. Por isto o eliminam. Jesus é condenado à morte de Cruz, a morte mais
escandalosa que um judeu podia imaginar.

A Boa nova se espalha=> Mas, depois do aparente fracasso, os apóstolos de Jesus testemunham: “Jesus está
vivo. Jesus Ressuscitou!” Verdadeiramente Ele é o Messias, o Cristo, o Senhor! Fortificados pelo poder do Espírito
Santo, vão anunciar esta mensagem á todos que querem ouvir. Surgem as primeiras comunidades cristãs e a Igreja se
espalha rapidamente no mundo daquele tempo.
O Antigo Testamento fala de Jesus

Os primeiros seguidores de Jesus são Judeus. Segundo o costume, reúnem-se para ouvir as escrituras que
são, então, somente o Antigo Testamento. Mas eles começam a ler aqueles escritos com novos olhos. Tudo se
ilumina com nova luz, com novo entendimento. Eles descobrem que o Antigo Testamento fala de Jesus,
veladamente, e que anuncia como aquele que vai completar a obra de Deus, como o Messias esperado. Ver
Evangelho de João (5,39).

Bíblia V :
Para o Cristão, a Bíblia toda é o livro de Jesus Cristo. Sua vinda é o acontecimento que
divide em duas partes a história humana. Tudo pode ser visto como preparação para sua vinda o u
conseqüência dela.

Com Jesus tudo se torna novo


Com Jesus inicia-se um novo Reino de justiça e amor. Cristo é o novo Rei, o novo Davi.
Surge um novo povo: todos os que seguem a Jesus Cristo e se unem na Igreja de Jesus.
A antiga lei tem sua plenitude na nova lei. Lei do amor.
Jesus é o novo Moisés que liberta seu povo do pecado e que caminha com ele rumo a uma
nova terra de justiça e paz.
A história do povo de Deus, o novo Israel, continua.
Cristo veio renovar, aperfeiçoar e levar tudo à sua plenitude.

A Segunda Etapa: Os livros do Novo Testamento


Como vimos, o livro lido nas antigas comunidades cristãs era o Antigo Testamento. O Novo
Testamento ainda não estava escrito.
Jesus não escreveu nem mandou escrever nada. Nem os apóstolos e os discípulos tinham
gravador para registras as palavras de Jesus.
Os apóstolos começaram a pregar. Transmitiam oralmente o que Jesus havia feito e ensinado.
Daqui e dali surgiram resumos. Tais resumos surgiram de base para os Evangelhos que foram
escritos mais tarde, a partir do ano 70 d.C. ou pouco antes.
Nas comunidades Cristãs também se refletia sobre o ensinamento dos apóstolos e alguns
deles, principalmente Paulo, colocaram por escrito suas orientações através de “Cartas ou
Epístolas”. Assim surgiram os livros do Novo Testamento.

Os Evangelhos

São os quatro livros que vêm logo no começo do Novo Testamento.


A Palavra Evangelho quer dizer: Boa Nova, boas notícias.
Os Evangelhos proclamam como boa nova, que Jesus é o Cristo, o Salvador. Narram às
ações e as palavras de Jesus, mas do jeito como diversas comunidades cristãs as refletiam.
Assim temos, nos quatro Evangelhos, pontos de vista diferentes sobre a vida e a mensagem
de Jesus.
Os autores dos Evangelhos são considerados Mateus, Marcos, Lucas e João. Eles colocaram
por Escrito tradições vindas desde os apóstolos e reflexões das comunidades cristãs.

Atos dos Apóstolos.


É um livro Escrito pos São Lucas, autor do 3° Evangelho.
Este livro narra a vida dos apóstolos, especialmente Pedro e Paulo, suas atividades e
pregação, desde a ressurreição de Jesus até a chegada do Evangelho à capital do Império, Roma.
Descreve também, um pouco da vida das primeiras comunidades cristãs, para apresentá-las
como modelo a serem seguidas pelos cristãos de outras épocas.

Cartas de São Paulo


São Atribuídas a Paulo 14 cartas.
Delas, 9 são dirigidas às comunidades Cristãs. Paulo fundava comunidades e, de vez em
quando, voltava para ajudá-las, anima-las e resolver problemas. Quando não podia ir pessoalmente,
enviava longas cartas.
As cartas dirigidas a uma comunidade são: Carta aos Romanos, duas cartas aos Corintios, Carta
aos Gálatas, Carta aos Efésios, aos Filipenses, duas cartas aos Tessalonicenses.
Seguem as 3 cartas chamadas pastorais. Estas cartas são dirigidas a comunidades, mas a
seus líderes ou pastores. Daí o nome, cartas pastorais. São elas: Primeira e Segunda Carta a
Timóteo e a Carta a Tito. Há ainda uma carta dirigida a um cristão chamado Filemom.
A ultima é uma carta dirigida, em geral, aos hebreus. Esta é provavelmete, uma das cartas
que não foram escritas por Paulo, mas por discípulos dele.
As cartas que São Paulo escreveu pessoalmente são mais antigas que os Evangelhos. A mais
antiga é a primeira carta de São Paulo aos Tessalonicensses, escrita em 51, que é também o livro
mais antigo do N.T.
Paulo morreu em 64 ou 67, antes que fosse escrito o primeiro Evangelho, o de Marcos.

Epístolas Católicas
Ainda há 7 cartas ou epístolas “católicas”. São chamadas assim porque não se dirigem a
uma pessoa ou a uma determinada comunidade, mas a todas as Igrejas Cristãs. São elas: Carta de
São Tiago, Duas cartas de São Pedro, Três cartas de São João e a Carta de Judas.
Apocalipse
Este livro é atribuído a João.
Apocalipse significa revelação.
O autor deste livro deseja sustentar a fé dos primeiros cristãos e encorajá-los a suportar com
firmeza as primeiras perseguições principalmente as de Nero e Domiciano, imperadores Romanos.
O autor usa uma linguagem simbólica, mas que é entendida pelos cristãos. Assim descreve a
derrota dos perseguidores e a vitória final de Cristo.
Não é um livro de mistérios, nem anuncia desgraças para os cristãos. Pelo contrário, é um
livro que conforta e dá coragem.
O Apocalipse é o último livro da Bíblia.

Bíblia VI :
1. COMO CHEGOU ATÉ NÓS A REVELAÇÃO DE DEUS

Deus acolheu a fé de um homem chamado Abraão, estabeleceu com ele uma aliança e deu origem, a
partir de sua descendência, ao povo eleito. Esteve sempre presente na história deste povo inspirando
patriarcas, juízes, profetas e reis, por meio de palavras e ações libertadoras. Essas ações e palavras
inspiradas foram transmitidas oralmente de geração em geração e, pouco a pouco, uma parte foi anotada
sob a inspiração do Espírito Santo, tornando-se o Antigo Testamento – parte da Escritura Sagrada que
narra o tempo de preparação para a vinda do Messias prometido.

Na plenitude dos tempos, “a Palavra se fez carne e veio morar entre nós” (Jo 1,14). Deus toma a
iniciativa de comunicar a sua presença, agora não mais somente em palavras, como no Antigo Testamento,
mas entra na história dos homens por meio do seu Filho enviado ao mundo.
As primeiras comunidades cristãs, atendendo às necessidades dos discípulos de Cristo, e
impulsionadas pelo Espírito Santo para transmitir toda a Verdade, registraram os fatos da vida e os
ensinamentos de Jesus, Mestre e Senhor. Formaram assim um outro conjunto de escritos. Este novo
conjunto, nascido à luz do mistério da ressurreição de Jesus, completou os escritos Sagrados da Antiga
Aliança: é o Novo Testamento.
Assim, a fé da Igreja Católica tem suas fontes referenciais na Sagrada Escritura e na Tradição da
Igreja.
2. JESUS, O FILHO AMADO DE DEUS PAI, É A PLENITUDE DA REVELAÇÃO

Jesus é a PALAVRA porque revela o Pai, como ele próprio disse ao discípulo Filipe: “Jesus lhe
disse: há tanto tempo estou convosco e não me conheces? Quem me tem visto, tem visto o Pai. Como
podes dizer: Mostra-me o Pai?” (Jo 14,9). São Paulo afirma: “Ele é a imagem do Deus invisível, o
primogênito de toda criatura...” (Col 1,15). Também São João afirma: “No princípio era a Palavra de
Deus, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus (...)”. “Ninguém jamais viu a Deus, o Filho
Unigênito, que está no seio do Pai, é quem o deu a conhecer.” (Jo 1, 1.18).
Jesus recebeu todas as coisas do Pai. Só ele conhece o Pai, e ninguém pode conhecer o Pai senão
através da revelação do Filho. Jesus aperfeiçoa e completa a revelação do AT. Confirma com o testemunho
divino, que Deus está conosco para libertar-nos das trevas do pecado e da morte e para ressuscitar-nos para
a vida eterna.
Dessa forma, a revelação do Antigo Testamento alcança, através de Jesus, a sua plenitude.
Aquilo que Deus falou pelos profetas ele o tornou inteiramente claro em seu Filho.
Através de Jesus Cristo a humanidade inteira tem clareza sobre o seu destino de ser filho de Deus
Pai, pela força do Espírito Santo.

“A partir do momento em que nos deu o seu Filho, que é a sua única e definitiva Palavra, Deus nos disse
tudo de uma só vez nessa Sua Palavra e não tem mais nada a dizer” (São João da Cruz)

3. A SAGRADA TRADIÇÃO E A SAGRADA ESCRITURA

Os encontros com Jesus de Nazaré eram sempre experiências que transformavam a vida. Suas
palavras, gestos e sinais ficaram gravados de forma inesquecível nos ouvintes. Essas testemunhas
transmitiram as suas memórias, que, de geração em geração, chegaram até nós. Chamamos de Tradição a
essa transmissão feita pelos sucessores dos apóstolos ao longo do tempo.
Assim, a Tradição subsiste de forma escrita no conjunto dos livros que formam a Bíblia, já
completada como palavra escrita revelada aos homens, e de forma viva através dos sucessores apostólicos
que guardam o depósito escrito, ajudando a preservar, através dos tempos que mudam, a fidelidade a Jesus
de Nazaré e a seu Evangelho.
A palavra de Deus na Bíblia chegou até nós e se conservou por meio da Igreja -Tradição.

4. A TRADIÇÃO DA IGREJA FOI O BERÇO DO NOVO TESTAMENTO


O primeiro escrito do Novo Testamento foi, provavelmente, a Carta aos Tessalonicenses, escrita
aproximadamente, por volta do ano 51 d.C. Nesta data a Igreja tinha já 20 anos de existência, durante os
quais, a mensagem circulava em forma oral, e esta Tradição seguia proclamando, ensinando e escrevendo,
que Jesus Cristo é o Senhor da vida e do mundo.
É evidente que a Tradição da Igreja foi o berço onde se desenvolveu o NT. Para nós sendo a
Tradição da Igreja anterior ao NT, então a ordem natural e divina das coisas é, Tradição da Igreja e Bíblia,
duas partes da mesma verdade que é Jesus Cristo.

5. O MAGISTÉRIO DA IGREJA: MISSÃO DE ENSINAR


A tarefa de toda a Igreja – pastores e fiéis – é evangelizar: viver e anunciar o Evangelho do Reino
de Deus, expresso na Tradição e na Sagrada Escritura.
Embora tendo enviado sobre todos os povos o Espírito da verdade, Jesus Cristo confiou,
especialmente, aos apóstolos e seus sucessores, os bispos juntos com os padres, seus colaboradores, a
função de ensinar e dirigir o povo de Deus na fidelidade à sua Palavra. É o serviço que chamamos de
Magistério, o qual não está acima da Palavra nem do povo de Deus, mas justamente a seu serviço. O
Magistério da Igreja, ensina e define a verdade em assuntos de doutrina ou de moral. Prega essa verdade,
que não é sua, mas lhe é confiada por Cristo Jesus.
O Magistério é autoridade a serviço da Palavra e do povo de Deus. À Igreja foi confiada, por Jesus
Cristo, na força do Espírito Santo, a reta interpretação das Sagradas Escrituras.
Ela é a intérprete autêntica da Bíblia, e recebeu o encargo de ensinar em nome de Deus: assim,
chamamos de Tradição a todo esse Depósito da Fé, que tem Jesus Cristo como centro e que, ao longo dos
tempos, a Igreja é chamada a guardar, a interpretar, e a fazer com que mais pessoas o conheçam,
conhecendo creiam, crendo esperem e esperando amem, para a construção de um mundo cada vez melhor.
A nível prático, todo cristão batizado pode ler e interpretar a Palavra de Deus na sua vida, na
vida de seu grupo ou comunidade. No entanto, para que não haja erros, quando essa Palavra é colocada
para todos(universalmente), é preciso então que o Magistério possa confirmá-la, evitando interpretações
contrárias à verdade.

Procure na Bíblia:
- A Igreja é a única autoridade para ensinar: Mt 18,17 - A Igreja é coluna e sustentáculo da verdade: 1Tm
3,15
- A Igreja continua a obra de Cristo: Jo 20, 21-23 - A Igreja é indestrutível e perpétua: Mt 28,20

QUEM É JESUS CRISTO?


Para muitas pessoas Jesus é um herói, para outras um grande líder da história, para outras ainda, um
sonhador. Na verdade, todas as pessoas têm alguma coisa para dizer a respeito dele, mas quantas conhecem
mesmo o homem de Nazaré, o Filho de Deus?

UM POUCO DE SUA VIDA


Ele nasceu em Belém, filho de José e Maria. Era judeu da terra da Palestina. Não freqüentou escola
regular e era carpinteiro, profissão que aprendeu com seu pai. Até os 30 anos viveu com sua família e se
preparou para a missão, vivendo no meio do povo mais pobre e conhecendo a vida e as pessoas, suas
dificuldades e suas esperanças.

Ele era Filho de Deus e foi enviado em seu nome. Nasceu como homem por vontade do Pai que
decidiu que seu Filho não viesse como rei forte e poderoso, mas como pobre e simples; vivendo em tudo a
condição humana, menos o pecado. Deus inverte as coisas para mostrar que seu desejo é salvar, libertar e
transformar toda pessoa que o busca de verdade. Por isso Jesus dizia: EU SOU O CAMINHO, “A
VERDADE E A VIDA. NINGÉM VAI AO PAI SENÃO POR MIM,” (Jo 5,19). Isto Jesus proclama sem
meias palavras. Ele afirma: EU SOU. Sua palavra é de força porque é a expressão de sua vida, Ele fala do
que acredita e do que vive. Ele não fica na dividida, como acontece com muitos de nós, hoje dizemos sim e
amanhã dizemos não.
O nome para o povo judeu era muito importante. No nome já estava indicada à missão de cada
pessoa. Por isso JESUS significa: Deus Salva e CRISTO significa: Ungido ou escolhido para uma missão.
Também nós somos escolhidos para uma missão. Todos nós viemos para realizar a vontade de Deus. Cada
um tem que encontrar esta missão pessoal para que possa encontrar o sentido de sua vida e deixar Deus
agir naquilo que realiza. Quem não é sensível aos apelos de Deus, quem não o escuta, não pode descobrir
qual o motivo da sua vida, qual a razão do seu viver.

JESUS TOMA A INICIATIVA DE CAMINHAR:


Os discípulos e apóstolos de Jesus sofreram muito ao vê-lo pregado na cruz. Parecia que tudo tinha
se acabado, não havia mais esperança. Estavam com os olhos fechados, com a voz calada e com medo. De
repente, porém, no caminho de Jerusalém para Emaús, dois discípulos falavam da tristeza que invadia seus
corações e da saudade que tinham de Jesus, lembrando suas andanças pela Palestina quando falava de
amor, de perdão e do reino de Deus. Neste momento aconteceu algo especial: Ler: Lc: 24, 13-35

DIALOGANDO COM A PALAVRA: Muitas vezes passamos momentos difíceis em nossas vidas. Há
situações de tanta dor e desespero que nos deixam abalados e de olhos fechados. Caminhamos sem
enxergar as luzes e esperanças que nos rodeiam. No meio de nossas histórias cansadas e sofridas, há
presenças que nos consolam e animam. Nem sempre acolhemos essas ajudas. Quando estamos
mergulhados nos sofrimentos pensamos somente em nós, nem percebemos a mão de Deus que está sempre
conosco.
PARTILHA:
 Você, se acha uma pessoa reflexiva e atenta aos apelos do Cristo?
 Você já sentiu que em alguns momentos, não enxergava nada e não queria a ajuda de ninguém?
 Você já experimentou aceitar a ajuda de pessoas que, como anjos de Deus, ajudaram você a abrir os
olhos e perceber melhor os acontecimentos de sua vida?

 O animador encerra a partilha fazendo uma conclusão do que foi partilhado.


Depois, dá os avisos e considerações finais.
 Conclui o encontro em forma de oração, conforme proposta abaixo:

Sinais que dão a conhecer o Ressuscitado:


Observação: Fazer um jogral em dois coros.

 É preciso reconhecer Jesus na simplicidade e na humildade de um Deus que ama sem


limites.
 Jesus caminha com os discípulos de Emaús e quer fazer o caminho conosco hoje
porque nos ama apesar das fraquezas que temos.
 Na fração do pão Jesus se dá a conhecer. Ele não precisa falar mais nada, os olhos dos
discípulos se abriram diante da ceia e a vida deles mudou.
 Partilhar o pão vai ser a partir daquele momento, a missão dos discípulos. Partilhar o
pão com os pobres, cuidar dos esquecidos, vai ser o sinal dos que amam Jesus.

ORAÇÃO:
Ó Senhor Jesus, Divino companheiro nas estradas da vida.
Tu conheces minhas tristezas e preocupações. Tu sabes das minhas dúvidas e dificuldades.
Muitas vezes temos os olhos fechados e o coração também. Nem sempre estou aberto a
acolher os outros e me escondo nas trevas do meu isolamento.Mas eu te peço: Caminha
comigo! Vem a mim! Eu quero caminhar contigo! Mesmo que eu não compreenda todo
amor. Que tu tens por mim, fica comigo! Explica-me as Escrituras e aquece meu coração,
Tantas vezes gelado pelo cotidiano. Reparte o teu pão comigo e ensina-me a viver em
comunidade.Se a noite chegar, fica comigo. Se tu vais embora a treva dominará a minha
vida. Como os discípulos de Emaús eu suplico: Renova meu coração, ensina- me as palavras
de vida eterna. Reparte o pão do teu corpo dado por nós. Aquece com teu calor a minha
vida. Enfim, torna-me caminheiro das estradas que anunciam o teu amor! AMÉM!

A MISSÃO DE JESUS
Na aldeia de Nazaré, num dia de sábado, o chefe da sinagoga entregou a Jesus o rolo com as profecias
de Isaías; Jesus escolheu e leu esta passagem: “ O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me
consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação
aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar o ano da
graça da parte do Senhor”. (Lc 4,18-19)
O próprio nome de Jesus, que em hebraico significa “Deus salva”, revela sua identidade e sua missão.
Depois de sua morte e ressurreição, os discípulos o chamarão de Cristo, que quer dizer “ungido” – em
hebraico: Messias – isto é, “consagrado para uma missão”.
Declarando-se o Messias prometido pelo profeta Isaías, Jesus apresentou claramente quem Ele é e para que
veio, seu programa de vida e seu objetivo.
A missão de Jesus é salvar o mundo!
A missão de Jesus é nos libertar e salvar de tudo o que nos escraviza e oprime. Ele veio para
livrar-nos do egoísmo e da cegueira que não nos deixam ver nem o irmão nem a Deus. Tornou-se pobre
para aliviar os pobres e os excluídos da injustiça, da miséria e da opressão. Morreu e ressuscitou para
libertar a humanidade da corrupção, da violência, da guerra e de toda forma de sofrimento e morte. Enfim e
acima de tudo, Jesus veio para nos salvar do pecado que está no mundo e em cada um de nós. Não veio
trazer a salvação como que em um passe de mágica. Ele nos mostrou e abriu o caminho da salvação: “Eu
sou o caminho, a verdade e a vida!” (Jo 14,16). Ele nos liberta e salva à medida que nos esforçamos por
segui-lo, imitando seu modo de ser e de agir.

A missão de Jesus é anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus


Jesus tinha um recado de Deus, uma Boa Notícia, um Evangelho para anunciar a todos. Foi para isso
que o pai o enviou. O anúncio Reino de Deus é o núcleo da sua pregação, do seu Evangelho.

Mas afinal, o que é o Reino de Deus?


O Reino de Deus é a realização de seu projeto em nós e no mundo: Reino da verdade e da vida,
Reino da santidade e da graça, Reino da justiça, do amor e da paz. É um mundo do jeito que Deus
quer, uma “terra sem males”, sem injustiça, sem fome, sem pecado, na qual os seres humanos vivam como
irmãos e filhos de Deus.
Não, isso não é utopia! Jesus trouxe e implantou o Reino em nós e no mundo: “O Reino de Deus está
no meio de vocês!”(Lc 17,21). Contudo, é ainda uma pequena semente: vai crescendo, mesmo que não
consigamos enxergar bem o seu crescimento.
A única Lei do Reino de Deus é o amor, como Jesus viveu e ensinou: “ Eu dou a vocês um
mandamento novo: amem-se uns aos outros! Assim como eu os amei, vocês devem se amar uns aos
outros. Se tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos”(Jo
13,34) . Assim, podemos concluir, que todos nós somos chamados para trabalhar na
construção do Reino e, sermos “sal da terra e luz do mundo”, colaborando com a nova criação de Deus.

Para reflexão:
- O que você acha da proposta de Jesus?
- Você se sente chamado a colaborar com este projeto? De que maneira?
- O animador encerra a partilha fazendo uma conclusão do que foi partilhado.
- O animador deve entregar a cada pessoa uma ficha de cartolina e pede que cada um
escreva um compromisso que quer assumir na construção do Reino de Deus. Depois dos
avisos finais, em clima de oração, pedir que cada pessoa leia ou fale espontaneamente,
qual o compromisso que quer assumir. Encerrar com Pai Nosso e a oração abaixo..

ORAÇÃO:
Ó Senhor Jesus, Divino companheiro nas estradas da vida.
Tu conheces minhas tristezas e preocupações.
Tu sabes das minhas dúvidas e dificuldades.
Muitas vezes temos os olhos fechados e o coração também.
Nem sempre estou aberto a acolher os outros e me escondo nas trevas do meu
isolamento.
Mas eu te peço: Caminha comigo! Vem a mim! Eu quero caminhar contigo!
Mesmo que eu não compreenda todo amor. Que tu tens por mim, fica comigo!
Explica-me as Escrituras e aquece meu coração,
Tantas vezes gelado pelo cotidiano.
Reparte o teu pão comigo e ensina-me a viver em comunidade.Se a noite chegar,
fica comigo.
Se tu vais embora a treva dominará a minha vida.
Como os discípulos de Emaús eu suplico: Renova meu coração, ensina- me as
palavras de vida eterna. Reparte o pão do teu corpo dado por nós. Aquece com teu
calor a minha vida.
Enfim, torna-me caminheiro das estradas que anunciam o teu amor! AMÉM!

A IGREJA DE JESUS CRISTO

A palavra “Igreja” quer dizer “Assembléia”. É a Nova Fraternidade que Jesus quer
estabelecer, a fim de que sua presença e ação no mundo sejam continuadas, mostrando aos
homens o amor de Deus e reunindo todos os povos numa única família, num só povo de
Deus. A Igreja foi instituída por Jesus Cristo, para que através dela nos tornemos um só
corpo.
A Igreja é uma realidade tão rica e tão bonita que nós não temos palavras para definir
tudo que ela é. Por isso dizemos que a Igreja é um mistério, ela está intimamente ligada
com a Santíssima Trindade, tendo como cabeça a Jesus Cristo Ressuscitado. Quando
falamos que ela é um mistério, não queremos dizer que seja algo difícil, complicado, mas
uma realidade amorosa, que é maior que a nossa compreensão. Dela nós participamos
cheios de respeito e alegria, numa atitude de fé.
Quando falamos de Igreja, vamos buscar a palavra da Bíblia que vai usar várias
imagens comparativas para nos revelar o que é a Igreja de Jesus: => Igreja Templo do
Espírito Santo, significa mais do que um edifício, é a comunidade reunida, a assembléia
reunida, templo onde habita Deus. (2Cor 6,16)

=> Esposa de Cristo, ela é assim chamada por que forma com Jesus uma só carne e está
bem unida a Ele pelo amor e a fidelidade (2Cor 11)

=> Mãe e Mestra, é assim chamada porque nos comunica a vida divina através dos
sacramentos; ela nos ensina a Palavra de Cristo e nos educa como verdadeiros discípulos e
discípulas de Jesus.

=> Corpo de Cristo, São Paulo (1Cor 12,12), gosta de mostrar a Igreja como um corpo no
qual todos os membros tem sua importância e formam uma mesma unidade. Vigora entre
eles a comunhão: quando um membro passa bem, isso repercute em todos os membros.
Quando outro passa mal, o sofrimento afeta todo o corpo. Os membros da Igreja, Corpo
de Cristo, são todos os batizados. Jesus é a cabeça que continua presente e age no mundo
através do corpo “a Igreja”.

A Igreja se organiza para cumprir sua missão de Evangelizar. Ela é uma instituição
que esta a serviço da missão evangelizadora confiada por Jesus; ela tem uma presença
visível na sociedade, com leis próprias, ministérios ordenados (bispos, padres e diáconos),
ministérios não-ordenados, confiados aos cristãos leigos, pessoas de vida consagrada
(religiosos e religiosas) e o laicato ou leigos.

Num grande encontro da Igreja com representantes de todo o mundo, o Concílio


Vaticano II, utilizou-se a imagem da Igreja como Povo de Deus. Imagem que lembra a
igualdade fundamental entre todos os membros da Igreja. O povo de Deus recorda que ela
foi preparada desde a origem da história do povo de Israel. É um povo sacerdotal, profético
e real (1Pd 2, 9-10).

A IGREJA EXISTE PARA SER MISSIONÁRIA

Evangelizar levando a todos os povos a Boa Nova de Jesus, é a missão da Igreja. O


próprio Jesus é quem ordena aos discípulos dizendo: “Ide, pois, fazer discípulos entre
todas as nações e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a
observar tudo o que eu vos tenho ordenado. Eis que eu estou convosco, todos os dias, até
o fim dos tempos” (Mt 28, 19-20).

Ela existe para anunciar e ensinar, para ser testemunha da graça, reconciliar a
humanidade com o Pai misericordioso e perpetuar o sacrifício de Cristo na Santa Missa,
memória de sua morte e gloriosa ressurreição.

A missão da Igreja é o primeiro e mais importante serviço que ela presta ao ser
humano. Nenhum membro da Igreja esta dispensado da missão. Os pais, as famílias, os
jovens, os professores e operários, todos são missionários. Para atingir a todos é necessário
fazer a experiência da vida comunitária e criar comunidades de envio, de acolhida e
compromisso com a defesa da Dignidade Humana, a Preservação da Vida e a Salvação
de Todos.

ORAÇÃO

Senhor nosso Deus, Criador de todas as coisas.


Ousamos chamar-te de Pai.
Porque no teu infinito amor criastes todos nós.
Obrigado(a) por me ter dado a vida.
Obrigado(a), por ser teu (tua) filho(a).
Concede-me a alegria de viver sempre ao teu lado, trabalhando no amor.
Faze com que eu possa viver como discípulo(a), de Jesus teu filho amado.
Que eu saiba viver como Igreja.
Que eu possa contribuir na missão
de construir teu Reino de amor, de justiça e de paz. Amém!.
EU CREIO:

A fé é um Dom concedido por Deus a toda pessoa que entra em


comunhão com Ele. Cada um deve acolher este dom como um presente
especial, acreditando inteiramente na bondade divina.
Crer não significa ter tudo claro e demonstrável. Mesmo aquele que tem fé pode ter
quedas e duvidas em seu caminho. Acreditar é confiar. Quando você acredita em
alguém, não significa que esteja absolutamente seguro de que essa pessoa seja quem
você pensa, mas porque você confia, acredita. Ter fé é confiar em alguém que
chamamos Deus, não é vê-lo nem provar que Ele existe, é muito mais: doar o coração a
Ele, entregar-se em suas mãos, confiar que nele tudo encontra sentido. Nós professamos
nossa fé dizendo que cremos. A resposta para essa profissão do homem a Deus é a FÉ.
O que é a fé? “A fé é um modo de já possuir aquilo que ainda esperamos, a
convicção acerca da realidade que ainda não se vê” (HB 11, 1), diz a Sagrada
Escritura.
Vejamos outro exemplo na Sagrada Escritura: A história de Abraão, um homem de
fé, com muita disposição para fazer a vontade de Deus. Abraão morava com sua mulher
Sara e alguns parentes num lugar chamado Ur. Lá ele percebeu um chamado de Deus.
O Senhor lhe prometeu que de sua família sairia um grande povo, que seria uma benção
para todos os povos da terra. Prometeu também uma terra nova, onde esse povo poderia
viver bem. Abraão confiou em Deus e partiu sem saber exatamente para onde (Gn 17, 1-
26).
Hoje nós entendemos direitinho onde Deus queria chegar com essa história, mas
Abraão não entendia. Ele e Sara eram bem idosos e não tinham filhos, o que era motivo
de grande tristeza. Como iria ser o começo de um grande povo? Que terra seria aquela
que eles nunca tinham visto?
Apesar de não haver nenhuma garantia de sucesso, Abraão foi em frente. Deus
cumpriu o prometido a Abraão e a Sara. Já na velhice, tiveram um filho, a quem
chamaram Isaac. Este casou-se com Rebeca e teve dois filhos, chamados Esaú e Jacó.
Jacó, por sua vez, teve 12 filhos e das famílias desses filhos se formaram as tribos que
deram origem ao povo de Deus.

Porque confiou em Deus e


cumpriu sua missão, mesmo sem ver
claro o futuro, Abraão foi chamado o Pai
da Fé.
Ter fé é fazer como Abraão, crer
verdadeiramente e colocar-se
totalmente nos braços do Deus
Refletindo
– Você conhece pessoas que, como Abraão, confiou em Deus e deixaram alguma
coisa boa para os que vêm depois?
– Abraão foi chamado Pai da Fé porque cumpriu a tarefa que Deus lhe deu,
mesmo sem ver claro qual seria o resultado final. Será que nós somos capazes de
fazer como Abraão, colocar-nos inteiramente nas mãos de Deus?
Canto para animação do encontro:

Olho em tudo e sempre encontro a Ti. Estás no céu, na terra, onde for.
Em tudo que me acontece encontro Teu amor. Já não se pode mais deixar de
crer no seu amor.
É impossível não crer em Ti, é impossível não Te encontrar.
É impossível não fazer de Ti meu ideal.
É impossível não crer em Ti, é impossível não Te encontrar.
É impossível não fazer de Ti meu ideal.
Oração final:
Refrão: Eu creio Senhor, mas aumentai minha fé!
1. Senhor, tu me conheces, sabes bem quem eu sou: minhas alegrias, minhas tristezas,
minhas preocupações e meus sonhos. E tu sabes que desejo confiar totalmente em ti.
2. Quero entregar-me em tuas mãos, colocar meu coração no teu. Espero viver na tua
estrada, dia após dia, crescendo em sabedoria e graça.
3. Orienta, Senhor, minha vida. Aumenta meu amor por ti e faz-me compreender que em
tuas mãos eu sempre estou seguro.
4. Ajuda-me a viver sempre em comunidade. Livra-me do isolamento, ensina-me a aprender
junto com meus irmãos e irmãs de Fé e torna-me um aprendiz do Teu amor.
(Texto elaborado por Mazinho, Pe. Marcílio. Editado por Diac Edvan Vieira. Baseado na obra: Caminho de Fé, de
Leomar Antônio e Antônio Francisco).

* Iniciar o encontro invocando a trindade santa cantando.


Eu creio, nós Cremos:
Vimos no encontro anterior, que ter fé é ter confiança em Deus, é colocar-se
inteiramente nas mãos d’Ele, confiar totalmente como fez Abraão. Vimos também que a
fé é um dom dado por Deus a pessoa e esta, deve ser aceita na liberdade.
Hoje vamos refletir um pouco mais sobre a importância da Fé. Nós cristãos temos
fé em um Deus criador de todas as coisas e que fez tudo para que fossemos felizes,
mas o homem não aceitou essa felicidade e se afastou do criador. Então, Deus, na sua
infinita misericórdia, que ama verdadeiramente e quis que humanidade retomasse o
caminho da felicidade, enviou seu próprio Filho, aquele que já existia antes de tudo e que
foi gerado pelo Pai, estando presente em toda ação criadora.
Jesus veio para resgatar a humanidade do pecado e das trevas, para isso,
teve que assumir a condição humana, exceto o pecado. Por isso, Ele se fez carne
através de uma mulher especial, Maria, chamada para ajudar a Deus no plano de
salvação da humanidade. Jesus cresceu e assumiu a sua missão.
Lembram do que refletimos sobre Jesus nos encontros anteriores? Pois é, Jesus
assumiu verdadeiramente o plano de salvação de Deus para com a humanidade, morreu na cruz
e ressuscitou resgatando a todos, dando um novo sentido a nossa vida. Ele tinha que voltar para
onde estava desde o início de tudo, pois era Deus. Mas não nos deixou sozinhos. Para nos dar
força e coragem, Ele envia em unidade com o Pai, o Espírito Santo, que é o amor que une o
Pai e o Filho. Ele nos dá este presente para nos confirmar e encorajar na missão, o Espírito
Santo é o defensor, o advogado, aquele que ilumina as nossas vidas.
Você deve já ter percebido que nós cristãos temos uma maneira especial de acreditar em
Deus. É verdade, temos uma fé trinitária que consiste não em três deuses, mas num único
Deus que ama tanto, a ponto de se revelar em três pessoas. Deus é uma comunidade de amor
com uma única vontade: salvar a humanidade.
Sim, Cremos verdadeiramente, mesmo que às vezes, não compreendermos bem o amor
de Deus por nós, mas o aceitamos através da fé. E esta fé é alimentada quando vivemos em
comunidade (Igreja), que se encontra em torno de um único objetivo: conduzir a humanidade
para aquele que é a fonte de nossa existência. Por isso, podemos dizer que cremos também, na
Igreja que é Una, Santa e Católica, pois esta Igreja é a imagem de Deus, comunidade de irmãos.

Para reflexão:
A este Deus em três pessoas, chamamos de trindade Santa. Ninguém tem capacidade para
entender ou explicar direito o que seja a trindade, porque Deus é muito maior que nós: Por isso se
fala em mistério da Santíssima trindade. Ninguém nunca poderia descobrir que a vida de Deus é
assim, Foi Jesus que nos revelou isto:, Ele disse: “Eu e o Pai somos um só” (Jo 10,30). “O Espírito
Santo que o Pai enviará em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas” (Jo 14,26). “Vão por todo
mundo, ensinado e batizando a todos, em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo”. (Mt 28,19).

Refletindo:
A) Você tem vivido uma vida de comunhão com sua família?
B) Você já viveu a experiência de viver o amor-comunhão de Deus em sua vida?
C) Você se sente responsável pela comunhão das pessoas na sociedade?

Oração Final
Começar com o pelo sinal da...
Rezar o Credo em dois coros, pausadamente.

CREDO APOSTÓLICO
Creio em Deus todo poderoso,

Criador do céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor;

que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;

nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos,

foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos,

ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus,

está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,

donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.


Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica,

na comunhão dos santos, na remissão dos pecados,

na ressurreição da carne, na vida eterna.

SACRAMENTOS – SINAIS DO AMOR DE DEUS


Todos nós precisamos de sinais para nos comunicar com os outros: um aperto de mão, um
piscar de olhos, um sorriso, uma lágrima, a nossa comunicação com os outros acontece através de
sinais.
Também Deus se comunica conosco através de sinais. O mais importante sinal de
comunicação de Deus com a humanidade aconteceu com Jesus Cristo. Jesus Cristo é o sinal de
Deus entre os homens. Sua presença significava o amor que Deus tem para conosco. Nos
evangelhos, Cristo, também costumava usar sinais para se comunicar, um exemplo disto são os
seus milagres. Após a sua morte e ressurreição, para continuar derramando sua graça sobre os
homens, ele deixou os Sacramentos que são os sinais sagrados de Deus que, recebidos com fé
produzem mudanças profundas na nossa vida. Os sacramentos estão presentes em cada momento
da nossa vida como sinal de que Deus está presente nas nossas alegrias e nos nossos sofrimentos.

OS SACRAMENTOS DE CRISTO E DA IGREJA

1. Os Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia

Batismo: O nascimento: entrada na comunidade da família e dos homens.


Confirmação ou Crisma: É o sacramento que confirma e consolida a graça batismal, e concede
o dom especial do Espírito Santo, unindo o cristão à sua Igreja (At. 9, 17-20).
Eucaristia: É a celebração da Ceia do Senhor e a renovação na Nova e Eterna Aliança de Deus
com seu Povo. É fonte e o centro da vida cristã. Ela reúne e faz da Igreja o corpo de Cristo
(1Cor 11, 23-26).

2. Os Sacramentos de Cura: Penitencia ou Reconciliação e unção dos Enfermos


3.
Penitência ou Reconciliação: É o Sacramento pelo qual o cristão obtém da misericórdia
divina, o perdão da ofensa feita a Deus e ao próximo. É reconciliação de Deus e com os outros
(Mt 18,18).

Unção dos Enfermos: É o Sacramento pelo qual a Igreja, através da unção e da oração dos
presbíteros, entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os
alivie e salve. É como um ato de solidariedade com os que sofrem (Tg 5, 13-16)

4. Sacramentos de Serviço: Ordem e Matrimônio


5.
Ordem: É o Sacramento no qual alguns cristãos são consagrados para estar a serviço da comunidade,
animando e articulando o processo de edificação da Igreja na construção do Reino de Deus. É serviço
de união e coordenação da Comunidade (Lc 22, 44-47).

Matrimônio: É o Sacramento do amor. Fomos criados pelo amor. Por amor, dois jovens desejam se
unir e formar um novo lar. É compromisso de amor do casal, símbolo do amor de Deus à sua Igreja (Ef.
5, 22-28.33).

BATISMO: NASCIMENTO PARA A VIDA EM CRISTO


Com o batismo, o cristão ingressa na comunidade eclesial, a Igreja. A palavra Batismo vem do
grego, que significa mergulhar. Com o batismo mergulhamos em uma nova realidade: a vida nova em
Cristo. A origem e o fundamento do batismo cristão está no batismo de Cristo: ao se deixar batizar no
Jordão por João Batista, Jesus assume publicamente a missão de servidor de Javé e de cordeiro que tira o
pecado do mundo (Jo 1, 29-34). Jesus afirmou claramente que aquele que o quisesse seguir deveriam
receber o batismo (Mt 28, 18-20).
O Batismo nos faz testemunhas de Cristo. O trecho de Ef. 2,19 nos afirma que nós, os batizados,
somo a família de Deus. Receber o batismo é integrar-se plenamente nesta família, é tornar-s membro dela.
Não somo discípulos de Cristo isoladamente, mas sim em comunidade.
Ser batizado é morrer todos os dias por aquilo que Jesus morreu: o Reino. O Trecho de Rm 6, 3s
nos ilumina nesta direção. O batismo é o Sacramento de uma mudança de vida. A cruz traçada na fronte, na
celebração batismal, indica simbolicamente a morte e vida triunfante que o novo cristão vai vivenciar.

BATISMO E MISSÃO
O Batismo é a entrada na comunidade de Jesus Cristo, a Igreja. A fé nos diz:
=> pelo batismo nos tornamos membros de Cristo;
=> pelo batismo recebemos o adoção filial;
=> pelo batismo nos associamos ao sacerdócio real e profético de Cristo e nos agregamos ao povo
sacerdotal que é a sua Igreja;

 Missão Sacerdotal: santificando-se e ajudando na santificação dos outros. Ligando a nossa alegria e o
nosso sofrimento à alegria e ao sofrimento de Jesus. Participando das celebrações e alimentando-nos
com os fatos da vida que revelam a presença de Deus.

 Missão Profética: denunciando as injustiças, a corrupção, as autoridades que oprimem o povo, o


pecado, indicando os caminhos de Deus. Sendo testemunha do Deus vivo na História.

 Missão Real: fazendo do poder um serviço à libertação. Entregando nossa inteligência, os dons que
recebemos a serviço do Reino. Exercendo um ministério a serviço da comunidade.

SÍMBOLOS DO BATISMO
 ÁGUA BATISMAL: é um símbolo todo especial no batismo. Onde há água, brota a vida. A
água é a imagem da gratuidade divina.

 VELA DO BATISMO: representa Jesus ressuscitado que vence a escravidão e a morte. O


Batizado é uma nova luz que brilha no mundo em nome de Cristo.
 UNÇÃO: quem é batizado é ungido. A palavra Cristo significa ungido: escolhido por Deus
para uma missão especial.

 VESTE BRANCA: o branco é o símbolo da paz e da vitória. Quem se batiza se torna


vencedor com Cristo.

(Sugestões para leitura bíblica: Gn 1, 1-31; Ex 14; At 2,37-41;Gl3,26-29)

EUCARISTIA,
DEUS MESMO SE REPARTINDO COMO PÃO

A Eucaristia é a presença de Jesus em nosso meio. É o alimento que nos dá vida nova. Sacramento da
partilha e da fraternidade. Ela possui muito valor para cada um de nós. É o corpo de Cristo que alimenta
plenamente a nossa vida. Sem nos alimentarmos de Cristo, ficamos fracos e sem ânimo para trabalhar
como Jesus, viver a fraternidade, lutar por um mundo de mais justiça. A Eucaristia é a comunhão dos
irmãos, sinal de participação nas lutas, na dor, na divisão dos bens.

Vejamos um pouco de história da Eucaristia:


Jesus pertencia ao povo judeu. Os judeus viveram 400 anos de escravidão no Egito. Quando, com a
força de Deus, a união do povo e a liderança de Moisés, eles conseguiram se libertar, celebraram a Páscoa:
passagem da escravidão para a libertação.
A Páscoa era celebrada em família, com muita alegria, muitos cantos, uma festa. Sacrificavam um
cabrito (como forma de agradecer a Deus) e dividiam e três partes: uma para Deus, outra para o sacerdote e
outra para a festa da família. Comiam pão sem fermento (que não é gostoso) e ervas amargas, para recordar
os duros tempos de escravidão. Também Jesus celebrou sua Páscoa em companhia dos seus discípulos. Na
última ceia, fez um resumo de sua vida de doação ao Pai no serviço dos irmãos para a construção do Reino.
Jesus tomou o pão, tomou o vinho, deu graças... A Páscoa agora, é o próprio Cristo. Ele é a doação do Pai
aos irmãos. O novo cordeiro imolado.
O Pão representa o trabalho de todo homem. Todos necessitamos do alimento. O pão não pode ser
concentrado nas mãos de poucos. Quando isso acontece, milhares de irmão morrem de fome. O Vinho
simboliza a alegria. Pão e vinho se transformam em corpo e sangue de Jesus, que são repartidos para
fortalecer a comunidade.
As primeiras Eucaristias dos Cristãos revelavam calor humano, partilha dos bens, presença viva de
Jesus: “Eles se mostravam assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e
as orações”. (At 2,42). As primeiras Eucaristias eram celebradas nas casas das famílias.
A Eucaristia é a ceia da memória da morte e ressurreição de Jesus. É a presença, hoje, aqui e agora,
de Jesus na comunidade, em forma de seu corpo e sangue. Antecipa agora o banquete celeste que um dia
vamos viver. Celebrar a Eucaristia é comprometer-se com um mundo mais fraterno, é lutar contra a
opressão, que não permite que todos tenham pão, é ligar nossa vida aos interesses do Reino.
Para o cristão, O Domingo é o dia especial da celebração da Eucaristia. Cristo ressuscitou na
passagem do sábado para o domingo. O domingo é o dia do Senhor. As comunidades que não tem Padre
celebram este dia com cantos, leituras, reflexões e distribuição da Eucaristia, que é o centro da atividade
principal do cristão durante toda a semana.

Para compreender melhor a Eucaristia, devemos prestar atenção a três dimensões:

=> Do passado: a Eucaristia é uma Ceia comemorativa e festiva de ação de Graças. Memória do
que aconteceu: “Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste Cálice anunciareis a morte do
Senhor”. (1Cor 11,26). É a recordação do acontecimento salvador, da morte e ressurreição do Senhor.
=> Do presente: a Ceia do Senhor tem uma dimensão de presente, pois o mesmo Jesus que
outrora comeu a ceia com seus discípulos, torna-se presente de maneira sacramental na Eucaristia. Nisto se
manifesta a Graça de Deus. A comunhão da comunidade com Cristo é um chamado constante à luta pela
justiça e pela fraternidade.
=> Do futuro: a Ceia Eucarística é a antecipação do banquete do Reino dos Céus. É a
antecipação da vinda do Senhor.

A Eucaristia é o sinal vivo de Deus presente entre nós como alimento. É o sacrifício da nova
aliança. Jesus se torna Presente no Pão e no Vinho consagrados: É a união da divindade de Jesus com
humanidade de cada um de nós.

Simbologia da Eucaristia:
Para celebrar a Eucaristia, nós Cristãos fazemos o que Jesus fez. Reunimo-nos em torno da mesa,
lemos a Bíblia, recordamos a presença de Deus em nossas vidas, e nos alimentamos com o corpo e sangue
de Jesus pela Eucaristia. O comer juntos significa dividir as dificuldades, os problemas, compartilhar as
alegrias e o dom da vida. Ser convidado a comer junto à mesa é ser acolhido e sentir-se na amizade.

Símbolos da Missa:
a) O Pão: É o símbolo do alimento do trabalho, das necessidades básicas do homem.
b) O Vinho: É o símbolo da festa, da alegria, da abundância, da benção.
c) A Água: Se o Pão e o Vinho são frutos do trabalho humano, a água é a natureza em seu estado
original, não transformada pela a ação do homem. Simboliza a humanidade. As gotas de água
unidas ao Vinho expressão nossa comunhão com Cristo.
d) A Assembléia: A pequena porção do povo de Deus que se reúne para celebrar a eucaristia
representa a Igreja de Cristo.
e) A Mesa: É o lugar onde se reúne a família e se reparte o pão que é o próprio Corpo de Cristo que
nos é dado em sacrifício. Ela simboliza a grande mesa do Reino de Deus.
f) O Sacerdote: É o ministro que atualiza a presença de Cristo em nome de quem preside e consagra.
g) A Palavra de Deus: O que torna a celebração um acontecimento de Fé, é a Palavra de Deus
proclamada em confronto com a vida.
h) Prece Eucarística: O momento alto da Celebração é a Prece Eucarística, proferida pelo sacerdote
com participação dos fiéis. No centro da Prece Eucarística estão as palavras de consagração do Pão
e do Vinho. O sacerdote representa Cristo e, usando as mesmas palavras, transforma o Pão e o
Vinho no Corpo e no Sangue do Senhor.

Sugestões Bíblicas: *Ex 12, 1-14 *Jr 31, 31-34. *1Cor 11, 22-25 *Lc 22, 7-20 * Jo 13, 1-15
Texto baseado na obra: O que são Sacramentos?Do Pe. Amaurílio E organizado por Pe. Marcílio Editado por Diac Edvan
Vieira.

CONFIRMAÇÃO OU CRISMA
A FORÇA DE DEUS AGINDO EM NÓS
Do latim confirmare, confirmação tem o sentido de consolidar, firmar o cristão na fé. É o gesto de
receber a Crisma.
Todo jovem cristão precisa assumir seu papel na comunidade. Por isso, recebe a Crisma.
A palavra Crisma quer dizer óleo. Que sem Crisma é ungido com o óleo sagrado. A confirmação ou
Crisma dá o Espírito Santo e consolida a fé que recebemos no Batismo. É por isso que se chama também
confirmação.
“PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO”

Deus promete a seu povo a presença do seu Espírito. No evangelho de São João, capítulo 3, vemos
que o Espírito de deus é derramado sobre todos. Os profetas, juízes, reis e todo o povo de Deus recebiam o
Espírito de Deus, que produzia em todos frutos abundantes.
No texto de Ezequiel 36, 26ss, o Espírito transforma o coração. O coração é o centro da pessoa. O
Espírito vem para fazer de alguém uma nova pessoa repleta de Deus.
Os apóstolos que haviam convivido com Jesus, que receberam dele uma formação, foram batizados,
receberam no dia de Pentecostes, em comunidade, o Espírito Santo que Jesus ressuscitado derramou sobre
todos eles. Todos foram transformados: de homens medrosos, tornaram-se corajosos e destemidos: de
tímidos, tornaram-se audaciosos; de rudes, tornaram-se repletos da ciência de Deus. O Espírito fala em
cada um deles. Vem sobre a comunidade, e não apenas sobre os indivíduos isoladamente. O Espírito Santo
é enviado a todas as nações que há debaixo do céu. Leiamos isto no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13.
O sacramento da Crisma é eminentemente comunitário. É um dom ou gesto de Cristo á sai Igreja
para o serviço dos irmãos. Ele nos dá a força para alcançarmos a santidade.
Ontem como hoje. Pentecostes acontece na Igreja. Tudo de novo e bom que temos na comunidade é
obra do Espírito Santo. A Igreja ao celebrar a Crisma, torna-se uma criatura nova, renovada pelo Espírito
Santo.
CRISMA
A Igreja brotou da Páscoa de Jesus, mas ganhou impulso quando recebeu o Espírito Santo. Como os
apóstolos, que receberam o Espírito Santo e se entregaram totalmente ao serviço da construção do Reino, o
crismando é um novo apóstolo no seu local de trabalho, de estudos, na comunidade em que vive.
“O Batismo é como a Raiz e o tronco da árvore. A Crisma é como os ramos e os frutos. O Batismo
levanta as paredes e cobre a casa. A Crisma faz o acabamento.”
Nos primeiros séculos da Igreja, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia eram ministrados no
mesmo dia. Naquela época os sacramentos eram vistos como uma unidade do mesmo mistério. Foi a partir
do século XII que tivemos a delimitação dos sacramentos em sete, e com uma especialização bem definida
para cada um deles.
A Crisma é a celebração do dom gratuito de Deus à comunidade Cristã. Quem recebe este dom, tem
algo de original. Deve ser levado a sério. Assume novas responsabilidades na comunidade. Tem uma
contribuição nova a dar ao grupo cristão. Como Jesus, o crismando pode falar com autoridade.
“A Crisma está intimamente ligada ao Batismo e completa sua obra. Se pelo Batismo se nasce para
uma vida nova, pela Crisma os cristãos tornam-se adultos e maduros, plenos de energia, capazes de
enfrentar as dificuldades e lutas que a fé cristã exige.”
“A Igreja é como uma grande obra em construção, em crescimento. O Batismo nos enxerta nesse
edifício como membros vivos, células vivas. A Crisma, por isso, nos torna apóstolos e missionários,
responsáveis pela Igreja em nossa cidade, razão por que o ministro ordinário da Crisma é o Bispo, isto é, o
chefe da igreja local.”

O CRISMANDO É UM PROFETA

Crisma é a celebração do acesso à maturidade. Os jovens manifestam o que fazem e sentem.


Gostam da vida em grupo. São impelidos pelo Espírito Santo. Este traz criatividade, que nem sempre é do
agrado do mundo adulto, mais acostumado com a rotina e com tudo bem arrumado. Celebrar a Crisma
numa comunidade é deixar o Espírito nela penetrar e dar-lhe nova vida.
Como todas as celebrações, essa deve ser bem preparada, sobretudo por quem vai receber a Crisma:
os jovens. Claro que os pais, os padrinhos e a comunidade devem ser envolvidos. Esta celebração deve
produzir novos laços sociais na comunidade. Um novo membro vai tomar lugar na comunidade Cristã.
Recebemos o Batismo quando éramos crianças. Assim como nossos pais nos deram a vida, um
idioma, uma cultura, também nos transmitiram a fé através do batismo para que, desde pequenos,
participássemos da comunidade Cristã. Com a recepção do sacramento da Crisma, celebramos o ser adulto
do cristão, que assume um compromisso com Cristo, na Igreja.
O crismando é um profeta na comunidade. O profeta recebe os dons do Espírito para o serviço da
comunidade. Fala em nome de Deus com coragem. Ajuda na libertação do povo. Participa com empenho
da construção da comunidade cristã. Você conhece algum profeta dos dias atuais?

A CELEBRAÇÃO

A Crisma é conferida normalmente pelo Bispo que é o centro da unidade da Igreja local, ou por um
Padre por ele delegado.
Na celebração da Crisma, os confirmandos recebem a imposição das mãos, gesto bíblico de benção.
Deus toma posse do crismando e confirma-o para uma missão na comunidade.
O padrinho ou madrinha coloca a mão direita no ombro do crismando em sinal de apoio.
O Bispo marca-o na fronte com o sinal-da-cruz: “(nome)..., recebe o Espírito Santo dom de Deus!”
São dois os sinais da Crisma:
 Imposição das mãos: consagração ao Espírito Santo;
 Unção: sinal-da-cruz na testa, com o óleo santo.
Normalmente a cerimônia da Crisma ocorre durante a celebração da Eucaristia. Após o Evangelho,
acontecem as seguintes etapas:
1. pequena homilia; 2. apresentação dos confirmandos; 3. renovação das promessas do batismo
4. imposição das mãos; 5. unção com o Crisma; 6. oração dos fiéis

O ESPÍRITO SANTO, DOADOR DE DONS

O crismando recebe o Espírito Santo, doador dos dons:


1. SABEDORIA => para conhecer Deus e viver na justiça.
2. ENTENDIMENTO => para compreender tudo com os olhos de Deus.
3. CIÊNCIA => para colocar todo o saber a serviço dos irmãos.
4. CONSELHO => que nos faz sábios diante da vida.
5. FORTALEZA => que nos dá firmeza diante das propostas sedutoras da sociedade.
6. PIEDADE => maneira de amar a Deus no serviço do Reino que começa neste mundo.
7. TEMOR DE DEUS => Colocar Deus, no centro de nossa vida, e não os ídolos da
riqueza, do poder e do prazer.

Será que estes dons do Espírito Santos estão renovando a nossa comunidade? Por quê?

PENITÊNCIA Reconciliação com Deus e com os irmãos


UM POUCO DA NOSA VIDA

Com a celebração do sacramento da Penitência nos reconciliamos com o Pai e com os irmãos. É o
Sacramento que nos restitui a alegria de viver como irmãos na construção do Reino. Olhemos um pouco a
nossa vida penitencial:

AMOR INCONDICIONAL DE DEUS


Quem de nós não experimentou na vida a grande fragilidade e a inclinação para o pecado? O
mistério do mal penetra a nossa vida. Todos nós participamos dele. Também experimentamos a alegria do
perdão: dos nossos pais, de pessoas que não guardam rancor, da comunidade, de Deus. Vivemos numa
sociedade cheia de conflitos e tensões, também experimentados na família e na comunidade cristã. A
tensões nascidas do nosso relacionamento pessoal e tensões vindas da própria sociedade.
A história do mal contada a nós pela Bíblia (assassinato de Abel, opressão dos hebreus, Fraqueza de
Davi, perdão de Jesus a Madalena Pecadora...) está presente na nossa história de hoje.
Quando mergulhamos em nossas dificuldades, temos condições de nos levantar e crescer diante dos
irmãos e diante de Deus. É o que nos ensina a parábola do fariseu e do publicano contada por Jesus.
Os profetas gritam alto as transgressões de seu povo. Revelam-se sentinelas que denunciam as
injustiças despercebidas, as situações de pecado que as estruturas escondem.
No sacramento da reconciliação. Somos convidados a celebrar as tensões, os conflitos, as
transgressões. Este sacramento deve ser vivido através de momentos fortes, ricos da graça de Deus.
O principal do sacramento da reconciliação é o amor incondicional de Deus pelo homem. O ponto
alto da celebração do perdão é este amor divino gratuito e presente.

PENITÊNCIA É LIBERTAÇÃO

O sacramento da reconciliação foi confiado a comunidade cristã. Toda a Igreja se compromete com
ele. Este sacramento não se limita ao plano pessoal. Mostra, por outro lado, que a fincão da Igreja não é
condenar, excluir, mas acolher e ajudar os pecadores a se reencontrar com Deus, que é Pai e perdoa, com a
comunidade, que os acolhe e consigo mesmo, devendo estar disposto a iniciar uma nova vida.
Sabemos que Jesus veio para que todos tenham vida. O perdão dos pecados traz vida nova para
quem o recebe. Isto fez Jesus. E deixou esta tarefa para a Igreja: “Aqueles a quem perdoardes os pecados
ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais não perdoardes ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22s). A penitência é a
continuação da tarefa libertadora de Jesus de perdoar os pecados e de chamar os homens à reconciliação.
O pecado individual foi muito acentuado no passado. Não pode ser esquecido hoje. Mas não
podemos omitir o pecado social, aquele provocado por estruturas injustas e que tem como conseqüências a
exploração, a injustiça, a marginalização de milhões de filhos de Deus. Este pecado é uma chaga do nosso
tempo. Aumenta sempre mais o numero de empobrecidos, vitimas de uma situação de pecado. A Igreja tem
a missão de ajudar esses irmãos a conquistar os direitos que lhes pertence e que lhes está sendo tirado. O
sacramento da Penitência trás a libertação dessa situação não querida por Deus.
O sacramento da penitência tem dimensão comunitária. O pecado atinge o outro, a família, a
comunidade cristã a sociedade. Tem uma irradiação comunitária. Isto é visto claramente na prática de
Jesus. O perdão por ele concedido envolve o grupo, a família, a comunidade. A reconciliação é um
acontecimento comunitário.
“A Boa nova da reconciliação é Jesus Cristo. Nele resplandeceu, para todos os homens, o amor
salvífico para o Pai. Pelo mistério da encarnação Ele assumiu o pecado dos homens; entrou no mundo e,
para salvar entrou na casa dos pecadores. Por sua palavra e por sua vida entre os homens, revelou a
misericórdia do Pai e denunciou o pecado dos homens ensinando a todos o caminho da volta, do amor e da
libertação”.
“Esta é a vontade do Pai: que por Ele todos os homens sejam salvos. No mistério da sua passagem
por este mundo consumada na morte-ressurreição e ascensão, tornou-se o único sacramento da
reconciliação dos homens com o Pai e dos homens entre si.”

CRISTO NOS PERDOA

A Penitência é o sacramento do amor de Deus que e é misericórdia, que ama os pecadores, que
oferece perdão, que restaura e liberta. Disso Jesus deu inúmeras provas, o filho esbanjador é perdoado
antes de voltar (Lc 15, 11-22); A ovelha perdida é amada até mesmo nos seus extravios (Lc 15, 3-7). Deus
é amor que acolhe incondicionalmente.
É Cristo quem perdoa nossos pecados. A Igreja leva adiante esta missão, através do sacerdócio e da
comunidade.
Para uma confissão bem feita:

1. Preparar-se com bom exame de consciência. Procuras descobrir as raízes do pecado que
atrapalha nossa vida.
2. Reconhecer que somos pecadores, criar um sincero e profundo desejo de mudar de vida e
voltar para o Pai (ato de contrição).
3. Contar as coisas mais importantes ao representante de Deus e da comunidade: o Padre.
4. Fazer um compromisso prático de viver na comunidade, seguir Jesus e fazer alguma coisa pra
melhorar a vida do mundo, como Zaqueu disse: “Senhor, vou dar metade dos meus bens ao pobres e o
que roubei vou devolver quatro vezes mais”.
5. Cumprir a Penitência como começo de vida nova.

Na confissão dos pecados, revelamos e reconhecemos nossos pecados. Com isso, proclamamos o
poder e a misericórdia de Deus, que perdoa no passado e perdoa no presente.

SUGESTÕES PARA MELHOR VIVENCIAR A PENITÊNCIA

 Celebração penitencial comunitária nos momentos fortes do ano (Natal, Quaresma,


Páscoa...), fazendo deste ato uma oportunidade para uma revisão da vida cristã nos seus mais
diferentes aspectos.
 Conscientização da comunidade sobre a situação de pecado no mundo de hoje, sobretudo o
pecado social, que marginaliza e oprime.
 Realização de celebrações comunitárias da penitência com grupos homogêneos ou
específicos.
 Existência de um local de horário certo de atendimento de confissões individuais nas Igrejas.
 Promoção de tarefas comunitárias para grupos, como penitência pelos pecados.

SUGESTÕES PARA LEITURAS BÍBLICAS


Mt 18, 21-35 / Mc 2, 13-17 / Lc 15, 11-32 / Lc 5, 17-26; Lc 19, 1-10 / Lc 7, 36-50 / Jo 8, 1-11

UNÇÃO DOS ENFERMOS

EXPERIMENTAMOS A DOR

Experimentamos em nossa vida os limites da doença e d velhice. Deus, que nos acompanha sempre,
também nesses momentos está do nosso lado com sua graça, através do sacramento da Unção dos
Enfermos.
Vejamos alguns valores e limites da prática da Unção dos Enfermos:

Valores: Limites:
* Necessidade de Deus e da comunidade nos * Não aceitação da doença como algo
momentos de dor e no tempo da velhice. inerente à nossa condição humana.
* Presença de religiosos, religiosas e * Associação da Unção dos Enfermos com a
numerosos leigos, em nome da Igreja, nos morte.
hospitais e cuidando dos doentes. * Assistência religiosa aos enfermos
protelada até a última hora, quando pouco
ou nada resta a se fazer.

Todos nós experimentamos a dor em nossa vida.


Também Jesus, que veio a este mundo para que todos tenham vida. Ele teve um carinho especial
para com os doentes e os fracos. A Igreja continua a ação de Jesus a favor dos doentes, especialmente com
o sacramento da Unção dos Enfermos.

“O sacramento dos enfermos tem por objetivo ajudar o doente e os seus a viver seus sentimentos e a
descobrir na doença e na morte um dom e uma esperança que vem de Deus.” O sacramento da unção dos
Enfermos ajuda o doente e seus familiares a descobrir a paz. Com a presença da doença e a iminência da
morte, nos tornamos mais livres: dos bens, do amor próprio, da vida. Os doentes têm diante de si uma nova
verdade. É um momento importante do perdão e da reconciliação. É também o momento do realismo, onde
vários problemas, inclusive familiares, podem ser vistos em profundidade e resolvidos a contento.

JESUS E A DOENÇA

No tempo de Jesus, a doença era tida como maldição. Jesus colocou-se contrário a este mentalidade:
curou muitos doentes de todos os males. Jesus restituiu, ao mesmo tempo, a saúde e a paz. Seus discípulos
foram convidados a fazer o mesmo. A comunidade primitiva viveu com intensidade este mandamento:
“Alguém dentre vós está sofrendo? Então reze! Está alegre? Então cante louvores! Há algum enfermo?
Mandem, então, chamar os presbíteros da Igreja, para que façam oração sobre ele, ungindo-o com o óleo
em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o levantará e, se tiver cometido pecado,
será perdoado” (Tg 5, 13-15).
Com o tempo, este sacramento, que era usado para restituir a saúde aos doentes, foi sendo
ministrado apenas aos moribundos inconscientes, como uma espécie de passaporte para a eternidade.
Houve uma redução demasiada da Unção dos Enfermos, que passou a ser chamada de Extrema-Unção, a
partir do século XII.
O Concílio de Trento explica que este sacramento se chama Extrema-Unção por ser o último da
lista e por ser administrado em último lugar. Mas, na cabeça do povo, o sentido que ficou foi outro: este é o
sacramento do fim da vida! A que chegou a Unção dos Enfermos, que era chamada pelos antigos de Óleo
Santo!
Com o sacramento da Unção dos Enfermos, a doença e a morte assumem dimensões diferentes:
“completamos em nossa carne o que falta às tribulações de Cristo” (Cl 1, 24), nos unimos a Jesus sofredor
para a redenção do mundo. A doença é como uma prova: somos colocados ao mistério da vida e da morte.
Aparentemente, a doença é um mal. Mas pode se tornar um bem. Com ela podemos reconhecer nossa
pequenez humana. Também com ela podemos reconhecer o dom da vida e da saúde.

CARTA MAGNA DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

A “carta magna” da Unção dos Enfermos é a epístola do apóstolo Tiago (5, 13-15). Destaquemos
alguns aspectos:
 Alguém dentre vós está doente: não se trata de um moribundo. Trata-se de alguém com alguma doença de
certa gravidade, ou ancião.
 Mande chamar os presbíteros da Igreja: cabe ao enfermo pedir a presença do Padre ou do pessoal da
pastoral da saúde. Os presbíteros vão orar sobre ele impondo-lhe as mãos, ungindo-o com o óleo santo, pedindo a
força de Deus no sofrimento e na dor. É uma oração da família. Deve ser feita com a presença dos parentes mais
próximos.
 A oração da fé salvará o doente: salvação espiritual e material.
 O Senhor o porá de pé, o ressuscitará: levantar-se-á, colocar-se-á de pé, como acontecia com os doentes
que Jesus curava.
 E se tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados! Cura e remissão estão ligados.

SENTIDO DO ÓLEO

Na antiguidade, o óleo era usado para curar os doentes. Jesus fala que o bom samaritano recebeu
óleo em suas feridas. O óleo estava associado à força de Deus. A Unção dos Enfermos utiliza o óleo
sagrado, bento na quinta-feira santa, como sinal que Cristo alivia a dor e restitui a vida.
Na nossa cultura de hoje, o óleo perdeu bastante o valor que tinha no passado. Era utilizado como
tempero, como perfume, na iluminação, no atletismo. Hoje pode ser o símbolo da cultura e da luz.

O RESPEITO AO ENFERMO

Para a Igreja, a doença não diminui a dignidade da pessoa humana, criada a imagem de Deus (Gn 1, 26) e
chamada a comunhão de vida com este mesmo Deus e com os irmãos em Cristo, o Filho e o irmão (cf. GS
15.17.22).
Os doentes são sinais e imagens, além disso, do Cristo Jesus, pois servir aos doentes é servir ao
próprio Jesus em seus membros sofredores: “Estive enfermo e me visitastes...Cada vez que o fizestes a um
desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes (Mt 25, 36-40).
Ademais, os doentes são úteis ao mundo e à comunidade eclesial, seja enquanto testemunham a
transitoriedade da vida presente, seja enquanto, vivendo a enfermidade em espírito de fé e de amor,
“completam em sua carne o que falta aos sofrimentos de Cristo, por seu corpo, que é a Igreja” (Cl 1, 24).
Esclarece o novo rito que “é também papel dos enfermos da Igreja, pelo seu testemunho, não só levar os
homens a não esquecerem as realidades essenciais e mais altas, como mostrar que nossa vida mortal deve
ser redimida pelo mistério da morte e ressurreição do Cristo” (Cf rito, nº3).”

ASPECTOS PRÁTICOS
Quem recebe a Unção dos Enfermos? => Os doentes de certa gravidade e os idosos. Também alguém que
vai se operar de alguma doença grave. Este sacramento poderá ser repetido.
O que se requer para a celebração? => O Óleo da oliveira ou outro óleo extraído de plantas, abençoado
pelo Bispo, ou pelo Padre, em caso de necessidade. Na quinta-feira santa o Bispo abençoa o Óleo dos
enfermos.

E o medo de receber a Extrema-Unção? => Há algum tabu por parte dos familiares e dos doentes, quanto
À recepção da Unção dos Enfermos, que na linguagem popular ainda é chamado de Extrema-Unção. A
presença do Padre, as vezes, é tida como espantalho: aquele que vai empurrar o doente para a cova...Que
fazer? Convencer-nos que este sacramento foi instituído para estabelecer a saúde, e chamar o Padre com o
doente “em si” (gozando os sentidos). O ideal é que o próprio doente peça a Unção dos Enfermos.

ORDEM
Consagração ao serviço da comunidade

O DESAFIO DA REALIDADE

Todo cristão é chamado por Deus a doas sua vida no serviço dos irmãos. Há pessoas que entregam
sua vida totalmente a serviço do Reino. Os cristãos consagrados, entre estes o Padre, o Bispo e o Diácono
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\são chamados a prestar um serviço especial à comunidade. O Sacerdote é tirado “do meio
do povo é constituído em favor dos homens em sua relação com Deus. Sua função é oferecer dons e
sacrifícios pelos pecados” (Hb 5,1). Deve entregar sua vida toda em favor da libertação plena dos irmãos.
Na prática do sacramento da Ordem, encontramos valores e limites que devem ser observados:

Valores: Limites:
 Cresce na comunidade cristã o amor  Mentalidade consumista e capitalista
pelo sacerdócio; que não vê na vocação sacerdotal, religiosa e
 Aumenta o numero de Padres que se laical um serviço de promoção ao homem;
doam pela evangelização, sobretudo dos  Falta do cultivo vocacional pela família;
pobres;  Celibato obrigatório que afasta muitos
 É cada vez maior o número de cristãos jovens da vocação sacerdotal, e contra
engajados e consagrados que vivem o testemunho de alguns Padres na vivência do
profetismo até as últimas conseqüências. celibato.

CRISTO AGE NOS SEUS MINISTROS

O Padre marcou e ainda marca muito, a sociedade brasileira. Quem é o Padre? Padre, pra quê?
Jesus veio a este mundo para construir o Reino. Chamou diversos colaboradores para trabalhar com
ele diretamente. Dos 12 homens escolhidos por Jesus: “Sigam-me”! onze foram os que continuaram
pregando pelo mundo, curando os males, formando comunidades, animando o povo. Tornaram-se
embaixadores de Cristo (Cf. 2Cor 5, 20). Outros sucederam os apóstolos: é Cristo que continua agindo na
fragilidade de seus seguidores e ministros.
“Todo sacerdócio se inspira no sacerdócio de Cristo. Ser sacerdote é realmente orientar todas as
coisas ao seu fim último que é Deus. Na palavra sacerdócio podemos identificar dos elementos
importantes: sacro ou sagrado e dote ou dom. Sacerdócio seria, então, dom sagrado, dom que vem de Deus
e dom para Deus. Todo homem na ordem da criação é, por vocação, um dom sagrado, um sacerdócio,
porque é filho de Deus, chamado a participar de sua vida e de seu amor.
Cristo, único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2,5), sumo e eterno sacerdote. (Hb 7,26).
O ministério sacerdotal – a sagrada Ordem – é uma vocação para ser o sinal de Cristo que serve. ?
Jesus escolheu discípulos com uma missão especial: continuar aqui na terra a sua missão. Que missão?
Anunciar o Evangelho, guiar o povo de Deus e presidindo o culto. Há três graus no sacramento da Ordem:
- Diácono: permanente (casado) ou transitório (solteiro e viúvo). Presbítero:(Padre) e Bispo.

Na América Latina, fortemente marcada por injustiças (que provocam a marginalização, o


desemprego e a fome), é tarefa do Padre ajudar na organização do povo, solidarizar-se com a causa dos
sofredores e incentivar a transformação da sociedade.
O Padre existe em função do serviço da comunidade. Ele é ordenado para o serviço dos irmãos na
fé. Também a comunidade necessita de ministérios (servidores). Ela deve ser organizada de tal forma que
todos, sobretudo os pobres e os pequenos, possam contribuir para a vida da igreja com os seus dons:
animar, catequizar, cantar, cuidar dos doentes. Tudo isso é poder e deve ser exercido no estilo de Jesus.

Na celebração dos sacramentos, o Padre ajuda as pessoas a tomar contato com a própria vida e com
os seus sentimentos, ou seja: fazer sua própria história, à luz da Palavra de Deus.

SACERDÓCIO E CELIBATO
O Concílio Vaticano II destaca o sacerdócio como diaconia (serviço), numa tríplice dimensão:
serviço da palavra, serviço do pastoreio, serviço da liturgia. Na liturgia da ordenação sacerdotal também
são destacadas estas três funções; a pregação, o governo e a santificação.
Quando se fala em sacerdócio, surge sempre a questão do celibato obrigatório para os Padres. Por
que? Sabemos que Jesus não se casou. Foi casto. Não por menosprezo ao casamento. A missão de Jesus era
construir o Reino. Para isso aplicou todas as suas forças. Não se casou para ter mais disponibilidade para
servir o Reino.
No começo da igreja, o celibato não era obrigatório. Pedro, o primeiro Papa, era casado. O celibato
era apresentado como uma maneira de proporcionar mais disposição para o serviço do Reino. Foi a partir
do século VI que o celibato foi se tornando cada vez mais obrigatório na Igreja latina. Hoje é uma lei
eclesiástica para os que desejam assumir o ministério de presbítero entre nós.

QUEM É MESMO O PADRE?

É o pastor da comunidade que representa o verdadeiro sacerdote: Jesus Cristo. Está perto do povo:
encorajando-o, denunciando o que oprime os irmãos, anunciando a Boa Nova, reunindo os que estão
perdidos e reconciliando os que estão afastados.
É o homem da Palavra: transmite a palavra de Deus ao homem de hoje. Escuta-a. Vive-a. A Palavra
de Deus é revelada na Bíblia e na vida.
É o ministro dos Sacramentos: através dos sacramentos, atualiza hoje a presença de Jesus na vida do
povo, com o Batismo, a Eucaristia...
É o animador da comunidade cristã: convoca a comunidade em nome de Jesus, conserva-a unida,
estimula-a a enfrentar os problemas, coordena as responsabilidades.
É o educador da fé: ajuda os irmãos a descobrir, desenvolver e repartir o dom da fé. Procura
interpretar os conhecimentos de hoje à luz da fé, para descobrir neles o apelo de Deus.

(Sugestões para leitura... At 9,1-30 / 1Cor 12, 12-31/ Lc4, 16-28 / Mc 10, 28-31)

- O DIÁCONO: (permanente)

Na tríplice missão fortalecido com a graça sacramental, o diácono serve ao povo de Deus nos
ministérios: da Palavra, da Caridade e da Liturgia, em comunhão com o bispo e o presbítero. Ele recebe
uma marca indelével através da ordenação sacramental. “A sua missão está ligado ao Cristo Servo. Através
da vivência da dupla sacramentalidade, a do Matrimônio e o da Ordem ele realiza seu serviço, detectando e
promovendo líderes, a corresponsabilidade de todos numa cultura da reconciliação e da solidariedade..
principalmente nas zonas rurais distantes, onde só através dele ministro ordenado se faz presente” (SD 76-
77)
1. Da Palavra – Antes de ser servidor da Palavra, será discípulo e ouvinte. A missão evangelizadora do
diácono não se restringe à homilia ou o anúncio da Palavra no contexto litúrgico. Como ouvinte e
anunciador, transmite à comunidade a Palavra redentora, da qual ele próprio já experimentou o poder de
transformação.
2. Da Caridade – O diácono testemunha a presença viva da caridade de toda a Igreja e contribui para a
edificação do Corpo de Cristo, reunindo a comunidade dispersa, desenvolvendo o senso comunitário e o
espírito de família. Vai ao encontro das pessoas de qualquer religião ou raça, classe ou situação social,
fazendo-se um servidor de todos como Jesus. Em razão da graça sacramental recebida e da missão
canônica, compete-lhe administrar os bens e as obras de caridade e promoção social da Ireja.
3. Da Liturgia- “Na Igreja primitiva, os diáconos exerciam várias funções litúrgicas”(Inácio de Antioquia).
Hoje, a diaconia litúrgica é exercida pelo diácono na celebração dos sacramentos ou sqcramentais, na
presidência das celebrações da Palavra e na orações. (Dc74 CNBB). E le leva o pão eucarístico e traz para
o altar as oferenda que exprimem a comunhão dos fiéis. No culto, o serviço encontra sua fonte, no serviço,
o culto revela a sua eficácia. “Os Diáconos devem ser respeitáveis, não inclinados ao vinho, de uma só
palavra, sem cobiçar lucros vergonhosos, conservando o mistério da FÉ com consciência limpa”.
(1Tm 3,8-9)
(Material elaborado e organizado por Diácono Edvan Vieira. Extraído do documento 74 da CNBB)

MATRIMÔNIO: O DOM DO AMOR FIEL

“O que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19,6).


O matrimônio é o sacramento que celebra o amor que naturalmente brota entre um homem
e uma mulher cristãos. É uma vocação e uma consagração mútua do corpo e do coração. É uma
promessa de fidelidade e de busca de felicidade no amor. Deus os chama para serem uma
comunidade familiar pelo serviço no amor. Como nas Bodas de Caná, Jesus está presente para dar
a sua graça e não deixar que a festa se acabe.
Só um amor muito forte leva a pessoa a entregar-se inteiramente à outra, consagrando a
própria vida para fazer o outro feliz. Pelo Sacramento, ambos se comprometem a ser instrumento
de salvação uma para o outro, fazendo do próprio lar uma pequena Igreja, onde Deus está presente
(Ef 5, 25-33).
A realização do sacramento do Matrimônio se faz num caminhar lento, no dia-a-dia da vida
a dois. A Bíblia fala que “os dois serão uma só carne”, isto é, um só coração e uma só alma. A
graça especial desse sacramento é a fidelidade em se amar e em viver unidos até a morte. Nisto
consiste o sinal-testemunho de um casal cristão: ele apresenta, pela própria vida a dois, o amor, a
aliança e a fidelidade à Deus.
O egoísmo, que leva cada um a pensar só em si mesmo, é o grande pecado no casamento. A
ternura mútua, que envolve a vida do casal e se traduz em carinho, em respeito, em diálogo
constante e em união sexual, é a mais bela expressão de amor conjugal. Sempre fiéis um ao outro,
na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, o casal se torna maduro para gerar e educar novos
filhos de Deus. Assim, a família é um pequeno espelho de Deus, que também se assemelha a uma
família: Pai, Filho e Espírito Santo, que são um só pelo amor e também geram vida.
O Sacramento do Matrimônio é celebrado pela comunidade, tendo como ministros os
próprios noivos. Da sinceridade de seus sentimentos e de sua fé depende a validade desse
sacramento. E é na oração comum e na participação da eucaristia que o casal fará crescer o dom
recebido, de tal modo que a família terá forças para manter-se unida, para superar as dificuldades
da vida e para evitar todos os erros que os meios de comunicação jogam nos lares.

GESTOS E SÍMBOLOS

A celebração do matrimônio é rica em gestos e símbolos. Vejamos alguns significados:


=> A Aliança: Símbolo da fidelidade de Deus a seu povo e de fidelidade do casal que vive o amor.
=>A coroa e o buquê da noiva: símbolos da vitória do verdadeiro amor.
=> As vestes dos noivos: indicam o aspecto festivo e a alegre do casamento. O véu da noiva é
sinal que ela pertence a seu marido e vice-versa.
=> As bênçãos: simbolizam os dons de Deus derramados na vida do novo casal.
=> A imposição das mãos: sinal da transmissão da benção recebida de Deus, transmissão do
Espírito Santo. O casal pertence a Deus e um ao outro. Com a benção de Deus, terão forças para
enfrentar os desafios da vida.
=> A promessa de Fidelidade: é a parte mais importante do casamento. Ambos juram fidelidade
um ao outro e prometem se pertencer mutuamente.

O CASAMENTO E A LEI DA IGREJA

O matrimônio é um compromisso: (pacto, aliança, contrato) entre homem e mulher, com


pleno consentimento e aceitação livre do que estão fazendo, que os une por toda a vida num
único destino, ordenado para o bem de ambos e para criação e educação dos filhos.

 Qualidades Essenciais do Matrimônio: Unidade (um com uma) e indissolubilidade (união


que não pode mais ser desfeita).
Vícios de consentimento: Ignorar o que estão fazendo ou desconhecer o valor do
matrimônio; casar com alguém que tem algum tipo de doença psicológica ou física que o
impeça de assumir as responsabilidades do matrimônio; casar com uma pessoa que
engana o seu cônjuge e depois do casamento apresenta uma qualidade que perturbe a
vida do casal; casar a força, ou levados por um medo grave provocados por outra
pessoa.

O QUE PREJUDICA O CASAMENTO

Alguns fatores podem prejudicar no casamento:


 Machismo: o homem se considera superior a sua mulher. Ela é vista como uma escrava,
empregada, propriedade. Deus não quer que haja dominação de um cônjuge sobre o outro.
 Grau de parentesco muito próximo entre os dois: daí vem à possibilidade de nascimento de
filhos anormais e defeituosos.

 Diferença de instrução: uma grande diferença intelectual pode causar sérios desentendimentos.
Os gostos e os interesses nem sempre se afinam.
 Diferença de condição social: ela muito rica e ele muito pobre ou vice-versa. A tendência é
um fazer do outro seu empregado, e não companheiro de vida conjugal.
 Diferença de religião: a prática comprova que, dependendo do grupo religioso, que é possível
que o casamento entre pessoa católica e uma pessoa de outra religião não dê certo. As
dificuldades são práticas e na forma de encarar a vida.
Diferença de idade: é normal o rapaz ter alguns anos a mais do que a moça. Quando a disparidade
é muito grande entre ambos, acontecem problemas: ciúme, mentalidades diferentes, interesses e
gostos diversos. (Sugestões de Leitura: Mt 5, 27-32; 1Cor 7, 1-16; Jo 2, 1-11)
.
GURINHEM - PB

Índice

1. ...............................................................................VOCÊ DIANTE DE SI MESMO


2. ............................................................VIVER JUNTOS COMO FILHOS DE DEUS
3. ..................................................................................................................MARIA
4. .................................................................................................................PAULO
5. ..................................................................................................FILHO PRÓDIGO
6. .......................................................................................DOM HÉLDER CÂMARA
7. ..................................................................................................MADRE TEREZA
8. .............................................................................................MAHATMA GANDHI
9. ……………………………….........................................……….MARTIN LUTHER KING
10. ...........................................................................................................BÍBLIA I
11. ...........................................................................................................BÍBLIA II
12. ...........................................................................................................BÍBLIA III
13. ...........................................................................................................BÍBLIA IV
14. ...........................................................................................................BÍBLIA V
15. ...........................................................................................................BÍBLIA VI
16. ..............................................................................................O QUE É ORAÇÃO
17. .............................................................................................LEITURA ORANTE
18. ....................................................................................QUEM É JESUS CRISTO
19. ...........................................................................A MISSÃO DE JESUS CRISTO
20. .......................................................................................................... IGREJA I
21. .......................................................................................................... IGREJA II
22. ........................................................................................................... CREDO I
23. ........................................................................................................... CREDO II
21. .................................................................INTRODUÇÃO AOS SACRAMENTOS
22. ...........................................................................................................BATISMO
23. ......................................................................................................EUCARISTIA
24. .............................................................................CONFIRMAÇÃO OU CRISMA
25. ......................................................................................................PENITÊNCIA
26. ..................................................................................UNÇÃO DOS ENFERMOS
27. ..............................................................................................................ORDEM
28. .....................................................................................................MATRIMÔNIO

Elaborado pelo Pe. Marcílio e seminarista Jamaci.


Editado e organizado por Diac. Edvan Vieira
Aprovado por Pe Hélio Rosa e Pe Dorgival Ferreira

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