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16/06/2019 Paraná – Wikipédia, a enciclopédia livre

Paraná
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O  Paraná  é  uma  das  27  unidades
Estado do Paraná
federativas  do  Brasil,  localizado  ao  norte
da região Sul,  da  qual  é  o  único  a  ter  área
limítrofe  com  estados  de  outras  regiões.  É
dividido  em  399  municípios  e  seus
estatoides  limítrofes  são  os  estados
brasileiros de Mato  Grosso  do  Sul  (a  NO),
de  São  Paulo  (ao  N  e  a  L)  e  de  Santa
Catarina (ao S)  e  a  província argentina  de Bandeira Brasão
Misiones  (a  SO)  e  os  departamentos Hino: Hino do Paraná
paraguaios de Canindeyú e Alto Paraná  (a
Gentílico: paranaense
O),  além  do  oceano  Atlântico  (a  L).  Sua
área  é  de  199  307,922  km²,  um  pouco
menor  que  a  Romênia,  país  com  formato
semelhante. Sua capital é Curitiba. Outros
municípios  importantes  são:  Londrina,
Maringá,  Ponta  Grossa,  Guarapuava,
Cascavel,  São  José  dos  Pinhais  e  Foz  do
Iguaçu.  É  o  quinto  estado  mais  rico  do
Brasil  pelo  PIB,  ficando  atrás  apenas  de
SP, RJ, MG e RS. [6]

Seu território, que abrange toda a extensão
da antiga República do Guairá à época do
Império  Espanhol,  era  a  província  mais
nova do Brasil  imperial,  desmembrada  de
São  Paulo  em  1853,  sendo  seu  primeiro
presidente Zacarias de Góis. Foi criada por
motivos diversos, podendo ser citados uma
Localização
punição pela participação dos paulistas na
 ­ Região Sul
Revolta  Liberal  de  1842,  um  acordo  pelo
Mato Grosso do Sul (NO)
apoio  oferecido  pelos  paranaenses  à
 ­ Estados limítrofes São Paulo (N e L)
Revolução Farroupilha e o cultivo lucrativo Santa Catarina (S)
da  erva­mate.  É  também  o  mais  novo  ­ Regiões geográficas
estado  da  região  Sul  do  país,  logo  depois 6
intermediárias
do  Rio  Grande  do  Sul  (1807)  e  Santa  ­ Regiões geográficas
29
Catarina (1738). imediatas
 ­ Municípios 399

Capital
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paran%C3%A1 1/39
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O  estado  é  historicamente  conhecido  por  Curitiba


sua  grande  quantidade  de  pinheirais
Governo
espalhados  pela  porção  do  planalto  sul,
 ­ Governador(a) Ratinho Júnior (PSD)
onde  o  clima  é  subtropical  úmido,  como
 ­ Vice­governador(a) Darci Piana (PSD)
nos  estados  de  Santa  Catarina  e  do  Rio
 ­ Deputados federais 30
Grande do Sul enquanto o resto do Brasil é
 ­ Deputados estaduais 54
tropical.  A  espécie  predominante  na
Alvaro Dias (PODE)
vegetação  é  a  Araucaria  angustifolia.  Os
Flávio Arns (REDE)
ramos dessa árvore aparecem na bandeira e  ­ Senadores
Oriovisto Guimarães
no  brasão,  símbolos  adotados  em  1947.
(PODE)
Atualmente,  esse  ecossistema  encontra­se
muito  destruído  devido  à  ocupação
Área  
humana.
 ­ Total 199 307,922 km² (15º) [1]

População 2018
O  relevo  do  Paraná  é  dos  mais  altos  do
 ­ Estimativa 11 348 937 hab. (5º)[2]
Brasil:  52%  do  território  estadual  tem
 ­ Densidade 56,94 hab./km² (12º)
altitude  superior  a  seiscentos  metros  e
somente  3%  da  área  territorial  são Economia 2016
inferiores a trezentos metros. Os rios mais  ­ PIB R$ 401.662 bilhões (5º)
importantes  do  Paraná  são  o  Paraná,  o  ­ PIB per capita R$ 35.726 (7º)
Iguaçu, o Ivaí, o Tibagi, Paranapanema,  o Indicadores 2010/2015[3][4]
Itararé  e  o  Piquiri  e  o  clima  do  estado  é  ­ Esper. de vida (2015) 76,8 anos (7º)
classificado como temperado.  ­ Mort. infantil (2015) 9,7‰ nasc. (25º)
 ­ Alfabetização (2010) 94,2% (6º)
 ­ IDH (2017) 0,796 (4º) – alto [5]

Índice Fuso horário UTC−03:00


Clima subtropical Cfa/Cfb
Etimologia
História Cód. ISO 3166­2 BR­PR
Período colonial
Período imperial Site governamental http://www.pr.gov.br (htt
Período republicano p://www.pr.gov.br)

Geografia
Clima
Meio ambiente
Demografia
Religiões
Composição étnica, migração e
povos indígenas
Hierarquia urbana e regiões
metropolitanas
Governo e política
Subdivisões
Economia
Setor primário
Setor secundário
Setor terciário
Infraestrutura
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Saúde
Educação
Transportes
Serviços e comunicações
Segurança pública e criminalidade
Cultura
Instituições e bibliotecas
Patrimônio cultural, festivais e
culinária
Pontos turísticos
Esportes
Feriados
Ver também
Notas
Referências
Bibliografia
Ligações externas

Etimologia
O nome do estado é derivado de “Paraná”, termo da língua geral paraná, que significa “rio”. [7] Refere­se ao rio
Paraná, que delimita a fronteira ocidental de seu território, onde ficava o salto de Sete Quedas (hoje submerso
pela represa da Usina Hidrelétrica de Itaipu) na divisa com Mato Grosso do Sul e com o Paraguai. O rio Paraná
nasce  da  confluência  dos  dois  rios:  Paranaíba  e  Grande,  que  se  encontram  quase  mais  a  oeste  de  Minas
Gerais. [8][9] O potamônimo[nota 1] deu o nome à região, que foi elevada à categoria de província autônoma em
1853,  desmembrando­se  da  São Paulo,  e  a  de  estado  em  1889.  A  pronúncia  “Paranã”  era  encontrada  até  há
pouco tempo. [10][9] Os naturais do estado do Paraná são denominados paranaenses. [11]

História

Período colonial
No  período  pré­cabralino,  a  região  que  atualmente  constitui  o
estado  do  Paraná  era  habitada  por  diversos  povos  indígenas
brasileiros  por  milhares  de  anos  antes  da  chegada  dos  primeiros
exploradores europeus a esse lugar. [12] Estes incluíam os carijós, no
litoral, do grupo tupi, e os caingangues, no interior, do jê. [12]

No  período  pré­colonial,  a  região  ficou,  no  século  XVI,  esquecida


por Portugal[13]  e  foi  explorada  por  demais  países,  que  buscavam
especialmente  madeira  de  lei.  As  mais  importantes  expedições
foram  as  espanholas,  trazendo  os  religiosos  da  Companhia  de
Jesus,  que  fundaram  centros  de  povoamento  no  oeste  do  Paraná,
Capitanias do Brasil em 1534. estado cujo território pertencia em grande parte à coroa Espanhola.
Em  1554,  Ontiveros,  a  uma  légua  do  Salto  das  Sete  Quedas,  foi
fundada  por  Domingo  Martínez  de  Irala,  Governador  do

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Paraguai. [14][15] Posteriormente, há três léguas de Ontiveros, foi fundada a Ciudad Real del Guayrá, na foz do
Rio Piquiri. [15][14] Em 1576, os espanhóis fundaram à margem esquerda do rio Paraná, Vila Rica do Espírito
Santo. [14][15]  Com  três  cidades  e  diversas  “reduções”  ou  “pueblos”  a  região  era  à  época  conhecida  como
“Provincia Real del Guaira”. [16][15]

Nos  primeiros  anos  do  século  XVII,  depois  de  se  descobrir  ouro  em  terras  paranaenses,  os  luso­brasileiros
iniciaram  a  ocupação  da  região,  por  intermédio  de  bandeiras  que  saíam  de  São  Vicente.  Já  em  1629,  os
estabelecimentos  dos  padres  jesuítas,  exceto  Loreto  e  Santo  Inácio,  sofreram  destruição  completa  dos
bandeirantes paulistas[17][15] e, em 1632, Antônio Raposo Tavares, cercou e destruiu Vila Rica, último reduto
espanhol  com  capacidade  para  que  fosse  oferecida  resistência. [18][15]  No  Paraná,  uma  região  aurífera  foi
descoberta, antes de Minas Gerais. Os povoadores se estabeleceram assim no litoral como no primeiro planalto
paranaense. O povoamento era mais concentrado em Paranaguá, núcleo, por certa época, da sociedade mais
meridional  da  América  Portuguesa.  Quarenta  e  quatro  anos  depois  da  fundação  de  Paranaguá  (1648),  em
1693,  Curitiba  foi  elevada  à  categoria  de  vila,  sendo  transformada  no  centro  que  comandaria  a  expansão
territorial  do  Paraná.  Era  muito  difícil  explorar  o  ouro,  porque  não  eram  conhecidos  métodos  de  exploração
decentes, e também porque a mão de obra era escassa. Dessa forma, durante a descoberta de ouro em Minas
Gerais, esse minério do Paraná deixou de ser totalmente importante. [13] Apenas em 1820 o território ocidental
do  Paraná  foi  entregue  à  coroa  portuguesa  passando  a  ser  politicamente  anexo  à  Província  de  São  Paulo,
recebendo o nome de “Comarca de Curitiba”. [15]

A  Capitania  de  Nossa  Senhora  do  Rosário  de  Paranaguá,  fundada  pelo  Marquês  de  Cascais  em  1656, [19]
substituiu a Capitania de Santana, [20][21] que teve início na foz da baía de Paranaguá  e  fim  na  atual  cidade
catarinense de Laguna. [20][22][23][24] Tinha como limites a de Santo Amaro (parte da segunda seção da de São
Vicente)  ao  norte, [20]  as  águas  salgadas  do  oceano  Atlântico  a  leste[25]  e  o  Governo  do  Rio  da  Prata  e  do
Paraguay a oeste, [26]  estados  extintos  delimitados  pelo  Tratado  de  Tordesilhas. [25][27]  O  povo  parnanguara
começou a dedicar­se à lavoura e o curitibano, à pecuária. Curitiba prosperou porque era necessário alimentar e
transportar os mineradores das Minas Gerais. Com o Caminho Viamão­Sorocaba aberto, o qual fazia a ligação
entre  o  Rio  Grande  do  Sul  e  São  Paulo  por  intermédio  da  região  de  Curitiba,  teve  início  uma  fase  nova  no
histórico  paranaense:  o  tropeirismo,  o  qual  havia  se  estendido  pelos  séculos  XVIII e XIX.  Espalharam­se  as
fazendas  de  pecuária  e  a  figura  humana  principal  começou  a  ser  o  fazendeiro  tropeiro,  ou  seja,  aquele  que
vendia tropas de gado, principalmente muar. [13]

Período imperial
A  comarca  de  Paranaguá  e  Curitiba,  que  integrava  a
Capitania  de  São  Paulo,  foi  fundada  em  19  de
novembro  de  1811.  Mesmo  após  a  independência  do
Brasil  ter  sido  proclamada,  a  região  submetia­se
continuamente  à  Província  de  São  Paulo.  Em  6  de
fevereiro  de  1842,  Curitiba  foi  elevada  à  categoria  de
cidade  por  uma  lei  provincial  paulista.  Em  29  de
agosto de 1853, enfim, o imperador Pedro II do Brasil
assinou a Lei Imperial n.º 704, que criou a Província
Províncias imperiais do Dom Pedro II por
do  Paraná,  a  qual  foi  criada  por  motivos  diversos.
Brasil em 1822. volta dos 25 anos,
dois anos antes da Podem ser citados três: uma punição pela participação
criação da província. dos  paulistas  na  Revolta  Liberal  de  1842,  um  acordo
pelo  apoio  oferecido  pelos  paranaenses  à  Revolução

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Farroupilha  e  o  cultivo  lucrativo  da  erva­mate;  Curitiba  foi  transformada  em  capital  e  Zacarias  de  Góis  foi
nomeado como o primeiro presidente da província. Naquele tempo, bem como o comércio de gado, a produção
de erva­mate se expandiu muito. Devido à reduzida população provincial, foi iniciado um programa oficial de
imigração  europeia  (especialmente  poloneses,  alemães  e  italianos),  o  qual  colaborou  para  que  fossem
expandidas a colonização e o aparecimento de novas economias. [13]

No  final  do  século  XIX,  a  prosperidade  econômica  paranaense  foi


novamente impulsionada quando as ferrovias foram implantadas,
porque  isso  possibilitou  que  a  indústria  de  madeira  crescesse,  já
que  as  matas  de  araucárias  aos  portos,  como  Paranaguá,  e  a  São
Paulo, eram ligadas por certas estradas de ferro. Em igual tempo, o
transporte  de  muares  desapareceu,  e  isso  causou  uma  crise  na
sociedade pastoril. [13]

Serraria em plena floresta.
Período republicano
Após  a  República  ter  sido  proclamada  (1889),  intensificou­se  o
povoamento do Paraná, principalmente na região das terras roxas
do norte do estado. Ali, fazendas cafeeiras e cidades se fixaram nos
talvegues  dos  três  rios:  Paranapanema, Cinzas  e  Jataí.  Durante  a
administração  do  presidente  Floriano  Peixoto,  a  Revolução
Federalista e a Revolta da Armada repercutiram no Paraná, em que
foram travados muitos combates. Em 1912, iniciou­se a Guerra do
Contestado, duelo de oposição entre os habitantes empobrecidos da
região que se situa dentre os rios Uruguai, Pelotas, Iguaçu e Negro,
Panteon dos Heroes, onde jazem os
e  as  forças  oficiais.  Além  disso,  o  Paraná  e  Santa  Catarina
corpos dos legalistas que
disputaram o litígio, motivando a denominação e o conflito acabou
combateram no Cerco da Lapa.
em 1916. [13]

Os revolucionários de 1930, os quais puseram Getúlio Vargas como
presidente do Brasil, não precisaram encarar grande resistência no
Paraná.  Na  administração  de  Vargas,  o  único  governante  foi
Manuel  Ribas  (duas  vezes  como  interventor,  uma  como  eleito),  o
qual  mereceu  destaque  por  realizar  obras  de  importância. [28][13]
São exemplos: a Estrada do Cerne, o reaparelhamento do Porto de
Paranaguá,  além  de  rodovias  interligando  algumas  cidades  do
estado  e  da  melhoria  da  educação,  saúde  e  demais  áreas. [28]  Nos
anos  50,  a  ocupação  territorial,  que  se  concluiu  nos  anos  60,  foi Mapa do Paraná, 1934. Arquivo
efetivada. [13] Nacional.

Antes  de  1961,  o  Paraná  era  politicamente  controlado  por  Moisés


Lupion, por duas vezes governador (1947–1950, 1956–1961). [28] Lupion foi sucedido por Ney  Braga,  amigo
dos militares, [29] também, ocupante do cargo por duas vezes (1961–1966; 1979–1982). [29] Escolhido por voto
popular  nas  eleições  de  1982,  José  Richa  foi  governante  do  estado  antes  de  1986. [30]  Depois  vieram  os
governantes eleitos Álvaro Dias (1987–1991)[31] e Roberto Requião (desde 1991). [32] Requião ficou no cargo até
abril de 1994, [32]  quando  foi  sucedido  por  Mário Pereira,  que  concluiu  o  mandato. [33]  Em  1994,  foi  eleito  o
candidato pedetista, Jaime Lerner, que assumiu em janeiro de 1995, e foi reeleito em 1998. [34] Requião venceu

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as eleições em 2002, permanecendo no cargo até 2007, um ano depois de ser reeleito em 2006. Em 2010, [32]
assumiu seu vice Orlando Pessuti, que completou o mandato. [35] Beto Richa, filho do fluminense José Richa,
foi eleito governador em 2010, [36][37][38][39] sendo reeleito em 2014. [40] Richa continuou no governo do estado
até abril de 2018, quando foi sucedido por Cida Borghetti, que concluiu o mandato. [41][42] Em 2018, Ratinho
Júnior foi eleito governador, [41][43] assumindo o poder executivo em janeiro de 2019. [44][45]

Geografia
O  Paraná  é  uma  das  27  unidades  federativas  do  Brasil,
localizado  a  norte  da  região  Sul.  Tem  como  limites  São
Paulo  ao  norte  e  nordeste;  com  Santa  Catarina  ao  sul;
com  Mato  Grosso  do  Sul  a  noroeste;  com  os
departamentos paraguaios de Canindeyú e Alto Paraná a
oeste;  e  com  a  província  argentina  de  Misiones  a
sudoeste. [46]

O estado tem 199 307,922 km² de área e litoral com cerca
Pico Paraná, o ponto culminante da região Sul. de  100  km  de  extensão,  o  segundo  menor  do  Brasil,
superado  apenas  pelo  Piauí,  com  68  praias  e  diversas
ilhas. [47][48][49]  Cortado  a  norte  pelo  Trópico  de
Capricórnio,  o  Paraná  está  situado  entre  os  paralelos
22° 30′ 58″  N  e  26° 43′ 00″  S  e  entre  os  meridianos
48° 05′ 37″  L  e  54° 37′ 08″  O.  Tem  quatro  pontos
extremos.  São  eles:  a  cachoeira  do  Saran  Grande,  em
Jardim Olinda,  a  norte;  a  nascente  do  Rio  Jangada,  em
"A Taça" no Parque Estadual de Vila Velha. General  Carneiro,  a  sul;  a  leste  a  foz  do  Ararapira,  em
Guaraqueçaba,  e  a  oeste  o  Porto  Palacim  em  Foz  do
Iguaçu. [50]

Mais de 52% do território do Paraná localiza­se numa altitude superior a 600 m e 89% superiores a 300 m;
apenas 3% localiza­se numa inferior a 200 metros. As áreas aplainadas que se dispõem às altitudes de maior
elevação, as quais compõem planaltos de escarpas formando as serras do Mar e Geral, dominam o relevo do
estado. Os terrenos mais baixos estão situados na baixada litorânea, que abrange planícies de aluvião, areias e
morros cristalinos; a parte norte encontra­se fragmentada dando origem à baía de Paranaguá, com aspecto em
formato de dedo. [51]

Terra roxa, o solo de maior fertilidade do Brasil, cobre 40% do território, no Norte do Paraná. Ela expandiu a
cafeicultura, no estado, desde 1920. Tanto os solos das florestas como das formações campestres são inférteis.
Nestes últimos, os agricultores estão usando tecnologias inovadoras para aproveitar melhor os solos. [52]

Suas principais bacias fluviais são: a bacia do rio Paraná, no oeste, a de Paranapanema no norte, a do Iguaçu
no sul e as do Atlântico Sudeste e do Atlântico Sul no leste. [53] A maioria dos rios do estado é afluente do rio
Paraná,  dos  quais  os  de  maior  extensão  são  Paranapanema,  que  separa  a  divisa  norte  do  Paraná  com  São
Paulo, e o Iguaçu, que delimita parcialmente o Paraná com Santa Catarina e a Argentina. A oeste, o rio Paraná
separa o estado do Paraguai  e  a  noroeste,  Mato  Grosso  do  Sul.  Alguns  rios,  de  menor  extensão,  descem  em
direção ao litoral, sendo que os de maior comprimento correm ao estado de São Paulo, desembocando no rio
Ribeira de Iguape. [54]

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Clima
O Paraná caracteriza­se por três tipos climáticos: os climas Cfa, Cfb
e  Cwa  da  classificação  de  Köppen.  O  clima  subtropical  Cfa
acontece  na  planície  litorânea  e  no  oeste  do  estado  (áreas  menos
elevadas do planalto) e apresenta temperaturas médias anuais em
torno  dos  19  °C  e  índice  pluviométrico  de  1  500  milímetros  por
ano. [55]

Clima  Cfb,  subtropical  com  boa  distribuição  de  chuvas  anuais  e


verões suaves, surge na porção de maior elevação e abrange os três
planaltos: cristalino, paleozoico e o leste do planalto basáltico, com
temperaturas  médias  de  17  °C  e  pluviosidades  regulares  durante
todo o ano, em torno de 1 200 milímetros. [55]
Paraná segundo a classificação
O  clima  Cwa,  subtropical  com  verões  de  calor  e  invernos  de climática de Köppen­Geiger.
estiagem,  aparece  na  parte  noroeste  do  território  estadual,
característico dos regimes tropicais, com diminuição das chuvas no inverno; a média térmica é um pouco mais
elevada, por volta de 20 °C. O índice pluviométrico atinge 1 300 mm por ano. Em determinadas épocas do ano,
em  especial  no  inverno  acontecem  geadas,  mais  frequentes  nas  áreas  de  mais  altitude  onde,  em  algumas
ocasiões, ocorrem quedas de neve, um fenômeno raramente visto na região de Curitiba. [55]

Meio ambiente

Rio Iguaçu (esquerda) desembocando no Paraná, na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.

As florestas de araucárias são típicas da região Sul, principalmente do Paraná.

As  florestas  tropicais,  uma  porção  da  Mata  Atlântica,  abrangiam  primitivamente  quase  metade  (46%)  do
Paraná, [56] sendo parte dela composta por formações latifoliadas e coníferas, e nas partes de menor altitude ou
de mais baixa latitude (incluindo­se aí toda a fração norte do território estadual). Há outra mista, abundante
na  parcela  mais  extensa  do  planalto  cristalino  e,  em  menores  porções,  no  extremo  leste  do  basáltico  e  um

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pequeno pedaço do paleozoico. Nos dias atuais, é a floresta mais economicamente explorada, sendo os últimos
remanescentes  encontrados  na  planície  litorânea,  na  encosta  da  serra  do  Mar  e  nos  vales  dos  rios  Iguaçu,
Piquiri  e  Ivaí.  O  pinheiro­do­paraná  (Araucaria  angustifolia)  é  uma  das  principais  espécies  encontradas,
além de outras latifoliadas, entre os quais imbuia, cedro e erva­mate. [56]

Os campos limpos  abrangem  mais  de  9%  do  território  do  Paraná  e  predominam  na  parte  leste  do  planalto
paleozoico, bem como em partes de Curitiba e Castro, no cristalino; Guarapuava, Palmas e demais, pequenas,
no basáltico. Os campos cerrados constituem pequenas manchas no planalto paleozoico e no basáltico e são
pouco expressivos, abrangendo menos de 1% superfície estadual. [56]

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, no Paraná existem 29 unidades, criadas
com  o  objetivo  de  preservar  ecossistemas  bastante  degredados,  bem  como  conservar  a  flora,  a  fauna,  os
recursos hídricos e promover o desenvolvimento sustentável, dentre vários motivos. Do total, quatorze reservas
biológicas, cinco parques nacionais, três florestas, duas estações ecológicas, duas áreas de proteção ambiental e
um refúgio de vida silvestre. Quinze delas são administradas pelo governo federal, através do IBAMA,  órgão
vinculado pelo Ministério do Meio Ambiente. [57]

A fauna paranaense varia conforme o ambiente geográfico e é formado por espécies terrestres, que habitam as
florestas e os campos, e aquáticas, que vivem nos rios ou no mar, além de anfíbios, que possuem habitat tanto
na  terra  como  na  água.  Entre  as  espécies  terrestres  destacam­se,  entre  várias  delas,  a  anta  ou  tapir,  guará,
guaraxaim, caititu, bugio, onça, gato­do­mato, jaguatirica, tatu, paca, veado e quati, cobras,  além  das  aves,
como papagaio, tucano, gralha, pica­pau, bem­te­vi, etc. Na fauna aquática destacam­se alguns exemplos de
peixes. São eles: jaú, dourado, pintado e o surubim, encontrados especialmente no rio Paraná e afluentes. Da
fauna do mar existem: pescada, tainha, robalo, linguado e uma grande quantidade de demais peixes, além do
boto,  o  qual  é  um  mamífero.  Dentre  os  anfíbios  existem  a  capivara,  cágado,  tartaruga­marinha,  lontra,
ariranha e o próprio jacaré, este que se encontra no rio Paraná e certos rios litorâneos. [58]

Demografia
A população do estado do Paraná no censo demográfico de 2010  era Crescimento populacional
de 10 444 526 habitantes, sendo a sexta unidade da federação mais Censo Pop. %±
populosa  do  país,  concentrando  cerca  de  5,5%  da  população 1872 126 722
brasileira[60]  e  apresentando  uma  densidade  demográfica  de  52,4 1890 249 491 96,9%
pessoas  por  quilômetro  quadrado  (a  décima  segunda  maior  do 1900 327 136 31,1%
Brasil). [61]  De  acordo  com  este  mesmo  censo  demográfico,  85,33% 1920 685 711 109,6%
dos  habitantes  viviam  na  zona  urbana  e  os  14,67%  restantes  na 1940 1 236 276 80,3%
rural. [62] Ao mesmo tempo, 50,87% eram do sexo feminino e 49,13% 1950 2 115 547 71,1%
do masculino, tendo uma razão sexual de 96,56. [63] Em dez anos, o 1960 4 296 375 103,1%
estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 9,27%. [64] 1970 6 997 682 62,9%
1980 7 749 752 10,7%
Dos  399  municípios  paranaenses,  apenas  dois  tinham  população 1991 8 443 299 8,9%
acima dos quinhentos mil: Curitiba, que é a capital, e Londrina,  no 2000 9 558 454 13,2%
norte  do  estado.  Outros  dezesseis  tinham  entre  100  001  e  500  000 2010 10 444 526 9,3%
(Maringá,  Ponta  Grossa,  Cascavel,  São  José  dos  Pinhais,  Foz  do Fonte: IBGE[59]
Iguaçu,  Colombo,  Guarapuava,  Paranaguá,  Araucária,  Toledo,
Apucarana,  Pinhais,  Campo  Largo,  Arapongas,  Almirante  Tamandaré,  Umuarama,  Piraquara  e  Cambé),
quatorze de 50 001 a 100 000, 55 de 20 001 a 50 000, 109 de 10 001 a 20 000, 105 de 5 001 a 10 000, 93 de
2  001  a  5  000  e  cinco  até  dois  mil  (Esperança Nova, Miraselva,  Santa  Inês,  Nova  Aliança  do  Ivaí  e  Jardim

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Olinda). [65] A maior parte da população do estado se concentra na Mesorregião Metropolitana de Curitiba, que
corresponde  à  região  leste  paranaense,  com  mais  de  30%  da  população  paranaense. [66]  Curitiba,  sozinha,
abrigava  16,8%  do  total  de  habitantes, [67]  além  de  possuir  a  maior  densidade  demográfica  em  relação  aos
demais  municípios  (4  024,84  hab./km²),  enquanto  Alto  Paraíso,  no  noroeste,  detinha  a  menor  (3,31
hab./km²). [68]

O Índice de Desenvolvimento Humano do Paraná é considerado alto conforme o Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgado em 2013,
com dados relativos a 2010, o seu valor era de 0,749,
estando  na  quinta  colocação  ao  nível  nacional  e  na
segunda  a  regional,  depois  de  Santa  Catarina.
Considerando­se o índice de longevidade, seu valor é
de  0,830  (9.º),  o  do  de  renda  é  0,757  (6.º)  e  o  de
educação  é  de  0,668  (6.º). [69] O coeficiente  de  Gini,
que  mede  a  desigualdade  social,  é  de  0,47  e  a
incidência  da  pobreza  de  39,07%. [70]  A  taxa  de
fecundidade  do  Paraná  é  de  1,86  filhos  por  mulher,
uma das mais baixas do Brasil. [71]
Densidade demográfica do Paraná.
   0­25 hab/km²
Religiões
   25­50 hab/km²
De  acordo  com  o  censo  demográfico  de  2010,  a
   50­100 hab/km²
população  do  Paraná  é  formada  por  católicos
   100­150 hab/km²
apostólicos  romanos  (69,596%);  protestantes  ou
   150­200 hab/km²
evangélicos  (22,176%);  espíritas  (1,042%);
   200­300 hab/km²
Testemunhas de Jeová (0,576%); mórmons (0,205%);
   300­400 hab/km² católicos  apostólicos  brasileiros  (0,19%);  budistas
   400­500 hab/km² (0,146%); novos religiosos orientais (0,096%), dentre
   > 500 hab/km² os  quais  os  messiânicos  (0,054%);  islâmicos
(0,083%);  ortodoxos  (0,069%);  umbandistas
(0,067%);  judaístas  (0,039%);  espiritualistas  (0,025%);  tradições
esotéricas  (0,024%);  indígenas  (0,019%);  candomblezeiros
(0,018%)  e  hinduístas  (0,002%).  Outros  4,644%  não  tinham
religião, incluindo­se aí os ateus  (0,322%)  e  agnósticos  (0,065%);
0,537% seguiam outras religiosidades cristãs; 0,35% não tinham fé
determinada;  0,07%  não  souberam,  0,012%  praticavam  outras
religiões;  0,007%  outras  crenças  orientais  e  0,005%  não
declararam. [72]
A Catedral de Maringá, o segundo
mais alto monumento da América do Segundo a divisão da Igreja Católica no Brasil, o Paraná pertence à
Sul. Regional  Sul  II  e  seu  território  é  dividido  em  quatro  províncias
eclesiásticas,  formadas  pelas  arquidioceses  de  Cascavel,  Curitiba,
Londrina e Maringá, e mais 14 dioceses sufragâneas destas. [73]

O  Paraná  também  possui  os  mais  diversos  credos  protestantes  ou  reformados,  sendo  a  Igreja  Universal  do
Reino  de  Deus,  a  Congregação  Cristã,  a  Batista  e  a  Assembleia  de  Deus  as  maiores  denominações.  Como
mencionado,  22,176%  da  população  paranaense  se  declararam  evangélicos,  sendo  que  13,3%  pertenciam  às

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igrejas de origem pentecostal, 4,832% às evangélicas não determinadas e 4,03% às de missão (4,26%). [72]

Composição étnica, migração e povos indígenas
A população do Paraná é composta basicamente por caucasianos,
pardos, afro­brasileiros e povos indígenas. [74] No Brasil colonial, os
colonizadores espanhóis foram os primeiros a iniciar o povoamento
no  território  paranaense. [75]  O  Paraná  foi  colonizado  por
portugueses  e  demais  imigrantes  europeus  (italianos,  alemães,
neerlandeses,  franceses,  ingleses,  poloneses  e  ucranianos)  e
asiáticos (japoneses, coreanos e árabes). [74]

Atualmente  vivem  no  estado  do  Paraná  pouco  mais  de  nove  mil
indígenas,  distribuídos  em  dezenove  grupos,  que  ocupam  área  de
85 264,030 hectares de extensão. Um total de dezessete áreas já se
encontram  demarcadas  definitivamente  pela  Fundação  Nacional
do  Índio  (FUNAI),  órgão  do  governo  brasileiro  responsável  pela
questão, e nelas se encontra a totalidade dos indígenas residentes
no estado. [76]  Dessas,  destaca­se  a  de  maior  população,  a  reserva
De Immigrant ("O Imigrante"), indígena  Rio  das  Cobras,  que  abrange  os  municípios  de  Nova
moinho de vento em estilo holandês
Laranjeiras e Espigão Alto do Iguaçu. [76]
na colônia de Castrolanda, no
município de Castro.
Conforme  pesquisa  de  autodeclaração  do  censo  de  2010,  70,06%
dos  paranaenses  declararam­se  brancos,  25,35%  pardos,  3,15%
pretos,  1,19%  amarelos  e  0,25%  indígenas,  além  dos  sem  declaração  (0,00%). [77]  99,73%  eram  brasileiros
(99,52% natos e 0,21% naturalizados) e 0,27% estrangeiros. [78] Entre os brasileiros, 88,50% nasceram no Sul
(82,98% no próprio estado) e 11,5% em outras regiões, sendo 7,61% no Sudeste, 1,92% no Nordeste  (1,92%),
0,7% no Centro­Oeste e 0,25% no Norte. [79] Muitas pessoas migram de outros estados brasileiros para Paraná
em busca de trabalho ou melhores condições de vida. Dentre os estados, São Paulo tinha o maior percentual de
residentes (5,29%), seguido por Santa Catarina (2,84%) e Rio Grande do Sul (2,68%). [80]

De acordo com um estudo de 2006, a composição genética do Paraná é a seguinte: 79% de herança europeia,
14% africana e 7% indígena. [81] Um estudo mais recente, de 2013, encontrou 71,0% de contribuição europeia,
17,5% africana e 11,5% ameríndia. [82]

Hierarquia urbana e regiões metropolitanas
O  território  do  Paraná  situa­se  dentro  da  área  influenciada  pela  cidade  de  São  Paulo.  A  metrópole  paulista
lidera  a  economia  paranaense  através  das  cidades  de  Ourinhos,  em  São  Paulo,  e  Jacarezinho,  Maringá,
Londrina  e  Curitiba,  no  Paraná.  Ourinhos  e  Jacarezinho  exercem  domínio,  em  grupo,  sobre  a  parte  leste  do
norte do Paraná; Londrina a parcela central da região, e Maringá, o oeste. [83]

Curitiba domina o restante inteiro do estado do Paraná e ainda quase Santa Catarina inteira, menos na porção
oriental  a  região  de  Tubarão  e,  na  parte  ocidental,  a  de  Chapecó.  A  capital  age,  na  área  influenciada  pelo
Paraná, diretamente ou através dos centros intermediários de Ponta Grossa e Pato Branco. A área de influência
direta compreende as porções oriental e sudeste inteiras do estado. Pato Branco domina a parte sul­ocidental,
e Ponta Grossa, as porções central e ocidental inteiras. [83]

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A  Grande  Curitiba,  instituída  pela  lei


complementar  federal  n.º  14  de  1973,  foi  a
primeira  RM  do  Paraná  a  ser  criada,
inicialmente  com  quatorze  municípios,  até
chegar aos 29 atuais. É também a mais populosa
do  estado,  com  mais  de  3,5  milhões  de
habitantes,  e  a  oitava  maior  do  Brasil. [84]  Em
1998,  através  de  lei  complementar  estadual,
foram  instituídas  as  RMs  de  Londrina[85]  e
Maringá. [86]  A  de  Umuarama,  a  quarta  do
estado,  foi  criada  em  agosto  de  2012[87]  e,  em
janeiro  de  2015,  foram  criadas  mais  outras Regiões metropolitanas do Paraná
quatro:  Apucarana,  Campo  Mourão,  Cascavel  e    Apucarana

Toledo, passando para oito atuais. [88]    Campo Mourão


   Cascavel

Governo e política    Curitiba
   Londrina
O estado do Paraná, assim como uma república,
   Maringá
é governado por três poderes, todos com sede na
   Toledo
capital:  o  executivo,  representado  pelo
   Umuarama
governador,  o  legislativo,  pela  Assembleia
Legislativa  do  Paraná,  e  o  judiciário,  pelo
Tribunal de Justiça do Paraná e outros tribunais, e juízes. [89] Também é permitida a participação popular nas
decisões do governo através de referendos e plebiscitos. [90] A atual constituição do estado foi promulgada em
1989,  acrescida  das  alterações  resultantes  de  posteriores  emendas  constitucionais. [89]  Constituem  símbolos
estaduais a bandeira, o brasão e o hino, além do sinete. [89]

O poder executivo paranaense está centralizado no governador do estado, que é eleito em sufrágio universal e
voto direto e secreto, pela população para mandatos de até quatro anos de duração, e pode ser reeleito para
mais um mandato. Ele é o responsável pela nomeação dos secretários de estado, que auxiliam no governo. [89]
A sede do governo estadual, o Palácio Iguaçu, foi inaugurada em 1953, em homenagem às comemorações do
centenário da emancipação política do estado, [91] sendo transferida temporariamente para o das Araucárias,
desde  14  de  maio  de  2007  até  18  de  dezembro  de  2010.  Naquela  época,  o  Iguaçu  voltou  a  abrigar  a  sede  do
governo paranaense. [92] A residência oficial do governador do estado é a Granja do Canguiri. [93]

Desde o começo do período republicano, assumiu pela primeira vez o governo do estado o fluminense Francisco
José Cardoso Júnior, que esteve no poder entre 17 de novembro e 4 de dezembro de 1889. Foi apenas no ano de
1947 onde ocorreu a posse do primeiro governador escolhido por sufrágio universal, Moisés Lupion, eleito pela
segunda vez para um mandato entre 1956 e 1961. [94] O atual chefe do executivo paranaense é Ratinho Júnior,
que assumiu o cargo em 1.º de janeiro de 2019, tendo como seu vice­governador, Darci Piana. [45]

O  poder  legislativo  estadual  é  unicameral  e  exercido  pela  Assembleia  Legislativa  do  Paraná  (Centro  Leg.
Presidente Aníbal Khury), [nota 2] formada por 54 deputados estaduais, eleitos de forma direta para mandatos
quadrienais. Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o
orçamento  estadual  (conhecido  como  Lei  de  Diretrizes  Orçamentárias). [89]  No  Congresso  Nacional,  a
representação paranaense é de três senadores e trinta deputados federais. [95]

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16/06/2019 Paraná – Wikipédia, a enciclopédia livre

O  poder  judiciário  tem  a  função  de  julgar,  conforme  leis  criadas  pelo  legislativo  e  regras  constitucionais
brasileiras,  sendo  composto  por  desembargadores,  além  dos  tribunais  de  júri,  juizados  especiais  e  juízes  de
direito,  substitutos  e  de  paz. [89]  A  maior  corte  do  Poder  Judiciário  paranaense  é  o  Tribunal  de  Justiça  do
Estado do Paraná, localizado no Centro Cívico. [96] Representações deste poder estão espalhadas pelo território
estadual por intermédio de unidades denominadas de comarcas. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral,
o Paraná possuía, em novembro de 2016, 7 864 377 eleitores, representando 5,376% do eleitorado brasileiro, o
sexto maior do país. [97]

Política do Paraná

O Palácio Iguaçu, em Curitiba, foi a sede do governo do Paraná de 1953 a 2007 e desde 18 de dezembro de
2010 voltou a ser novamente o que é hoje.

A Assembleia Legislativa como vista da Avenida Cândido de Abreu, em Curitiba.

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, sede do poder judiciário paranaense.

Subdivisões
O Paraná surgiu como unidade administrativa em 1853 com duas cidades, sete vilas, seis freguesias e quatro
capelas curadas, sendo o município mais antigo, Paranaguá, fundado em 1648, e o último desse período foi
Araucária,  criado  em  1890. [98]  Com  a  Independência  do  Brasil  as  províncias  foram  organizadas  em  1823  e
nesse  ano  o  território  já  pertencia  a  São  Paulo. [99]  Durante  todo  o  período  republicano  o  estado  passou  de
dezenove  localidades  para  399  municípios,  sendo  a  quinta  unidade  de  federação  com  o  maior  número  de
cidades e a segunda da Região Sul, atrás do Rio Grande do Sul e à frente de Santa Catarina. [100]

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Os municípios são unidades constitutivas da união em patamar igual aos estados[101] e são agrupados pelo
IBGE  em  mesorregiões  e  microrregiões.  As  mesorregiões  congregam  diversos  municípios  de  uma  área
geográfica com similaridades econômicas e sociais, não constituindo uma entidade política ou administrativa,
sendo  utilizada  apenas  para  fins  estatísticos.  As  dez  mesorregiões  do  Paraná  são:  Centro  Ocidental
Paranaense,  Centro  Oriental  Paranaense,  Centro­Sul  Paranaense,  Metropolitana  de  Curitiba,  Noroeste
Paranaense, Norte Central Paranaense,  Norte  Pioneiro  Paranaense,  Oeste  Paranaense,  Sudeste  Paranaense  e
Sudoeste Paranaense. [102]

As mesorregiões se subdividem em microrregiões, que
constituem  um  agrupamento  de  municípios
limítrofes, com a finalidade de integrar a organização,
o  planejamento  e  a  execução  de  funções  públicas  de
interesse  comum.  O  Paraná  é  dividido  em  39
microrregiões:  Apucarana,  Assaí,  Astorga,  Campo
Mourão,  Capanema,  Cascavel,  Cerro  Azul,  Cianorte,
Cornélio  Procópio,  Curitiba,  Faxinal,  Floraí,  Ibaiti,
Foz  do  Iguaçu,  Francisco  Beltrão,  Goioerê,
Guarapuava,  Ivaiporã,  Irati,  Jacarezinho, Imagem mostrando a divisão do Paraná em
mesorregiões, microrregiões e municípios.
Jaguariaíva,  Lapa,  Londrina,  Maringá,  Palmas,
Paranaguá,  Paranavaí,  Pitanga,  Pato  Branco,  Ponta
Grossa, Porecatu, Prudentópolis, Rio  Negro,  São  Mateus  do  Sul,  Telêmaco  Borba,  Toledo,  União  da  Vitória,
Umuarama e Wenceslau Braz. [103]

O  governo  do  Paraná  divide  o  território  estadual  em  regiões  de  gestão  e  planejamento,  estabelecidas  com  o
objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das
mesorregiões e microrregiões. [104] As vinte e duas regiões administrativas do estado são: Paranaguá, Curitiba,
Ponta Grossa, Jacarezinho, Londrina, Apucarana, Cianorte, Maringá, Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão,
Cascavel,  Cornélio  Procópio,  Francisco  Beltrão,  Pato  Branco,  Guarapuava,  União  da  Vitória,  Irati,  Toledo,
Ivaiporã, Laranjeiras do Sul, e Pitanga. [104]

Economia
Em 2013, o Paraná possuía o quinto
PIB  do  Brasil,  com  179  270  000
bilhões  de  reais,  representando
5,90%  do  PIB  nacional  no  ano  de
2005,  contra  6,4%  em  2003.
Entretanto,  o  crescimento  do  PIB
paranaense vem apresentando sinais
de desaquecimento nos últimos dois
anos. Em 2003 a variação real foi de
Exportações do Paraná ­ (2012)[105]
5,2% em relação ao ano anterior. No
ano  seguinte,  2004,  houve  variação
de 3,2%. Em 2005 a variação estimada pelo IPARDES é de apenas 0,3%. Essa desaceleração pode ser atribuída
às crises no campo que vêm atingindo o estado nos últimos anos, e que acabam refletindo no comércio, serviços
e  até  indústria.  Cerca  de  15%  do  PIB  paranaense  provém  da  agricultura.  Outros  40%  vêm  da  indústria  e  os
restantes  45%  são  do  setor  terciário.  Em  2007  apresenta  um  crescimento  de  mais  de  7%  do  PIB,  um  dos

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melhores do país naquele ano. [106] Quanto a sua pauta de exportações, no ano de 2012 os principais produtos
exportados foram a Soja (18,73%), Carne de Aves (10,50%), Açúcar in Natura (8,09%), Farelo de Soja (8,00%)
e Milho (6,36%). [107]

As  principais  atividades  econômicas  são  a  agricultura  (cana­de­açúcar,  milho,  soja,  trigo,  café,  tomate,
mandioca), a indústria (agroindústria, automobilística, papel e celulose) e o extrativismo vegetal (madeira  e
erva­mate). [108] O Paraná tinha em 2009, o quarto maior PIB do Brasil, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro  e
Minas Gerais. [109]

Setor primário
O setor primário é o menos relevante para a economia paranaense:
em 2013, a agropecuária representava somente 10,4% do valor total
adicionado à de todo o estado. [106] O setor agropecuário do Paraná
tem  grande  diversificação  e  alta  produtividade,  bem  como  um
progressivo  parque  industrial. [110][111]  É  o  estado  brasileiro  que
mais  produz  milho  e  soja  e  o  segundo  produtor  de  cana­de­
açúcar. [112]

Os  mais  importantes  produtos  da  agricultura  paranaense  são  o


Plantação de trigo em Céu Azul
trigo,  o  milho  e  a  soja, [112]  riquezas  das  quais  foram  obtidos
recordes  de  safra,  competindo  com  os  demais  estados. [112]  O
cultivo da soja é o mais novo dos três e foi expandido tanto no norte
como  no  oeste  do  estado,  e  depois  no  sul. [113]  Tem  importância,
também,  que  o  algodão  herbáceo  é  especialmente  produzido  no
norte. [113]  A  cafeicultura,  que  é  uma  das  principais  atividades
agrícolas do estado, caso não desfrute da mesma grandiosidade de
antigamente (o Paraná, sozinho, já chegou a produzir 60% do café
de todo o mundo), ainda faz com que o Paraná continue sendo um
dos  mais  importantes  produtores  da  federação  brasileira. [114]  As
plantações  mais  densas  de  café  revestem  a  área  a  oeste  de Plantação de soja em Guarapuava.
Apucarana. [113] Em segundo lugar, o café é produzido nos terrenos
da área zoneada de Bandeirantes, Santa Amélia e Jacarezinho. [113]

No que se refere à pecuária, o Paraná dispõe de uma imensa bovinocultura e é um dos estados brasileiros que
mais  criam  porcos,  principalmente  no  centro,  sul  e  leste  do  estado. [115]  Nos  últimos  vinte  anos,  a
bovinocultura e a suinocultura foram muito expandidas. [113] Como nos demais estados da região Sul, diferem,
no Paraná, os modos de utilização das terras campestres ou florestais. [113] Geralmente, nas zonas campestres,
a  pecuária  extensiva  é  praticada;  nas  florestais,  as  plantações  e  pastos  artificiais  para  engordar  o  gado  são
desenvolvidas. [113]  No  Paraná,  a  quantidade  produzida  de  ovos, de casulos do bicho­da­seda,  mel  e  cera  de
abelha ainda é expressiva. [115]

O subsolo paranaense possui grandes riquezas minerais.  Há  reservas  significativas  de  areia,  argila,  calcário,


caulim,  dolomita,  talco  e  mármore,  bem  como  demais  menores  (baritina,  cálcio).  A  bacia  carbonífera  é  a
terceira  do  Brasil,  e  a  de  xisto,  a  segunda.  Em  relação  aos  minerais  metálicos,  mediram­se  depósitos  de
chumbo, cobre e ferro. [116]

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Setor secundário
Embora  o  estado  possua  um  grande  parque  industrial,  na
economia  paranaense  o  setor  secundário  é  atualmente  o  segundo
menos relevante: em 2013, a participação da indústria representava
somente  26,02%  do  valor  total  adicionado  à  de  todo  o  território
estadual. [106]

Em  meados  do  século XX,  as  atividades  econômicas  da  indústria


impulsionaram  consideravelmente  a  economia  do  Paraná. [117]  Foi
em  consequência  desse  impulso  que  a  urbanização  cresceu,  não
somente na área ao redor de Curitiba, como em polos interioranos, Centro financeiro de Curitiba.
exemplificando,  Ponta  Grossa  —  maior  parque  industrial  do
interior —, Londrina, Cianorte e Cascavel. [113] Os mais importantes gêneros industriais são o de alimentos e o
madeireiro. [113]  Curitiba  é  o  município  que  possui  mais  indústrias  e  os  mais  importantes  setores  de  sua
atividade industrial são os de alimentos e de móveis,  o  madeireiro,  de  minerais  não­metálicos,  de  produtos
químicos e de bebidas. [113] Na Região Metropolitana de Curitiba, em São José dos Pinhais, encontram­se ainda
unidades  industriais  (montadoras)  da  Volkswagen­Audi  e  da  Renault,  ambas  de  grande  porte. [118]  O  setor
madeireiro espalha­se no interior, com importantes centros em União da Vitória, Guarapuava e Cascavel. [113]

O centro mais expressivo dos alimentos produzidos é Londrina, sendo também muito importante a atividade
em Ponta Grossa, considerado um dos maiores parques moageiros de milho e soja da América Latina. [113]  A
mais importante indústria do estado é a Companhia Fabricadora de Papel do grupo Klabin, que se instalou no
conjunto da Fazenda Monte Alegre, no município de Telêmaco Borba. [119]

Setor terciário
O  setor  terciário  é  o  maior  e  mais  relevante  da  economia
paranaense:  em  2013,  a  participação  dos  serviços  representava
63,4% do valor total adicionado à de todo o estado. [106]

Segundo  a  Pesquisa  Anual  de  Serviços  (PAS)  realizada  pelo  IBGE


em 2013, existiam no estado 94 352 empresas, [120] das quais 4 413
eram locais. [121]

Em  2013,  trabalharam  para  todas  essas  empresas,  712  191


trabalhadores,  que  totalizavam  ao  todo  uma  receita  bruta  de O Porto de Paranaguá é responsável
75 551 590 mil reais, juntos com salários e outras remunerações que pela maior parte das exportações
somavam um total de 13 442 569. [120] paranaenses para o comércio
exterior.
No  Paraná,  existiam,  em  2015,  1  559  agências  (instituições
financeiras), que renderam R$ 143 521 153 112 mil em operações a crédito, 211 648 844 mil à vista do governo,
8 972 412 757 mil privados, 37 528 225 778 mil em poupança, 42 277 904 694 mil a prazo e 327 991 725 mil
reais em obrigações por recebimento. [122]

Turismo

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O Paraná é o estado brasileiro que possui a maior quantidade de parques nacionais,  com  destaque  o  Parque


Nacional do Iguaçu e o de Superagui. [123] Foz do Iguaçu, com mais de 270 cachoeiras e quedas d’água[124][125]
é  mundialmente  conhecida,  principalmente  pela[126] Garganta  do
Diabo. Outra atração da cidade é a Usina Hidrelétrica de Itaipu que
é aberta a visitação. [127]

O Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, com pedras em
diversas  formas,  é  outro  exemplo  de  ponto  turístico  do  estado.
Ainda  em  Ponta  Grossa  pode­se  visitar  o  Buraco  do  Padre, [128]  a
Capela  de  Santa  Bárbara  (construída  pelos  Jesuítas)[129]  e  a
Cachoeira da Mariquinha. [130]
Cataratas do Iguaçu, no Parque
Nacional do Iguaçu.
Em Maringá existe a Catedral de Maringá (Basílica Menor de Nossa
Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do
Sul  e  décimo  do  mundo. [131]  Crescente  visitação  tem  ocorrido  na
região  do  Cânion  Guartelá,  (6°  maior  do  mundo  e  do  Brasil)  em
Tibagi. [132]

Curitiba  é  hoje  um  importante  destino  turístico  brasileiro,


especialmente procurado por turistas oriundos de estados vizinhos
que chegam à cidade por via terrestre. [133] Um importante aumento
no  “turismo  de  negócios”  tem  também  se  verificado  nas  últimas
décadas. [134]  Seja  por  razões  de  lazer  ou  trabalho,  o  fluxo  de
Jardim Botânico de Curitiba.
visitantes  estimado  no  ano  de  2006  chega  a  ser  surpreendente:
mais  de  1  800  000  pessoas,  ou  seja,  maior  que  o  número  de
habitantes da cidade. [135]

Durante  o  ano  inteiro,  são  realizadas  feiras  e  festivais,  merecendo  destaque  a  Munchen  Fest  de  Ponta
Grossa, [136] a Oktoberfest de Rolândia, [137] Carnaval de Tibagi, [138] o Festival Internacional de Londrina, [139]
de Teatro de Curitiba (o principal do país), [140] Folclórico e de Etnias do Paraná, [141] e a Feira de Móveis do
Paraná  (Movelpar). [142]  Atraem  ainda  considerável  interesse  as  feiras  agropecuárias  de  grande  porte,  em
especial a Expo Londrina. [143]

Infraestrutura

Saúde
Consideram­se ótimas as condições de saúde do estado,
Mortalidade 20,0 por mil nascimentos
o que torna elevado o nível de economia da população.
infantil (2005)[144]
Em  2005,  funcionavam  4  780  estabelecimentos
hospitalares, [145]  os  quais  contavam  com  28  340 Médicos 16,9 por 10 mil hab.
leitos[145]  e  eram  atendidos,  em  2007,  por  40  187 (2005)[144]
médicos, [146]  5  832  enfermeiros[146] e 19 229 auxiliares Leitos 2,3 por mil hab. (2005)[144]
de enfermagem. [146] Em 2005, da população, 86,1% dos hospitalares
paranaenses  possuem  acesso  à  rede  de  água, [147]
enquanto 68,5% são beneficiados pela de esgoto sanitário. [147]

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De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2008, 77,0%
da  população  paranaense  avalia  sua  saúde  como  boa  ou  muito;
67,4%  realiza  consulta  médica  periodicamente;  48,1%  dos
habitantes  consultam  o  dentista  regularmente  e  8,3%  esteve
internado  em  leito  hospitalar  nos  últimos  doze  meses.  33,4%
declararam  ter  alguma  doença  crônica  e  apenas  27,0%  tinham
plano  de  saúde.  Outro  dado  significante  é  o  fato  de  52,2%
declararem  necessitar  sempre  do  Programa  Unidade  de  Saúde  da
Família — PUSF. [148]
Hospital Evangélico de Curitiba, um
dos mais modernos e bem Na questão da saúde feminina, 40,4% das mulheres com mais de
equipados do Paraná.
40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses;
53,0% entre 50 e 69, mamografia nos dois; e 78,7% entre 25 e 59,
preventivo para câncer do colo do útero nos três. [148]

Educação

Resultados no ENEM
Ano Português Redação

2006[149] 38,07 (6º) 53,77 (3º)


Média 36,90 52,08

2007[150] 53,65 (8º) 56,15 (9º)


Média 51,52 55,99

2008[151] 43,50 (8º) 58,53 (13º)


Média 41,69 59,35
Faculdade Estadual de Direito do
Norte Pioneiro na década de 1970,
Em 2009, foram registradas matrículas de 1 677 128 discentes, nas
hoje CCSA da UENP.
6119 escolas de ensino fundamental do estado, das quais 769 073
eram  municipais,  744  913  estaduais,  162  621  particulares  e  521
federais. [152]  Quanto  ao  corpo  docente  era  o  mesmo  formado  de  82  217  professores,  sendo  que  11  923  eram
particulares. [152]  Em  2009,  ministrava­se  o  ensino  médio,  em  1713  estabelecimentos,  com  74  114  discentes
matriculados e 34 457 docentes. [152] Dos 474 114 alunos, 3560 estavam na escola pública federal, 418 117 na
estadual, e 52 437 na particular. [152]

Em 2013, o total de alunos do ensino médio  passou  a  479  519  (queda  de  1,06%  em  relação  a  2012,  quando
havia 484 633 estudantes). Destes, 4 272 (0,9%) estavam na rede pública federal, 411 299 (85,8%) na estadual
e 63 948 (13,3%) na particular. [153]

Em  2013,  as  instituições  de  ensino  públicas  e  privadas  da  Educação  Básica  do  Paraná  atenderam  10  721
alunos portadores de necessidades especiais, representando um aumento de 10,6% em relação a 2012. Deste
total,  13  (0,12%)  estavam  matriculados  na  rede  federal,  1  540  (14,36%)  na  estadual,  3  601  (33,59%)  na
municipal e 5 567 (51,93%) na particular. [154]

Ensino Superior

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Quanto ao ensino superior, em 2009, o estado tinha 183 estabelecimentos, onde foram registradas matrículas
de  109  592  discentes,  sendo  35  494  alunos  em  escolas  públicas  federais,  71  419  em  estaduais,  2679  em
municipais e 177 291 em particulares. [155]

De acordo com o PNUD do ano 2010 o IDH­Educação do Paraná é
de  0,668,  o  quinto  maior  índice  entre  os  estados  brasileiros,
perdendo apenas para Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e
Distrito  Federal. [156]  Dentre  os  municípios  do  estado,  o  melhor
resultado foi de Curitiba com 0,768 e o pior foi Doutor Ulysses com
0,362. [157]  Ainda  de  acordo  com  a  pesquisa,  o  índice  de
analfabetismo  no  estado  em  adultos  acima  de  25  anos  era  de
7,86%, [157]  sendo  o  menor  de  1,48%,  registrado  em  Quatro
Pontes, [157] e o maior de 24,51% no município de Itaúna do Sul. [157]
Universidade Federal do Paraná.
Em 1912 é fundada a Universidade  Federal  do  Paraná, a primeira
do Brasil e da região Sul do país. [158] Além da UFPR, o Paraná tem universidades espalhadas pelo estado nas
principais  cidades  de  cada  região. [159]  Ainda  em  Curitiba,  encontra­se  a  sede  da  Pontifícia  Universidade
Católica do Paraná — PUCPR[160] e do Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA), entidade sucessora da
Faculdade  de  Direito  de  Curitiba  criada  em  1950. [161]  O  estado  conta  com  uma  universidade  federal
multicampi, a UTFPR. [162]

Em  Ponta  Grossa  a  universidade  estadual  é  a  UEPG,  em  Londrina  é  a  UEL,  Maringá  conta  com  a  UEM,
Guarapuava é sede da UNICENTRO,  Cascavel  é  a  cidade­base  da  UNIOESTE,  que  ainda  dispõe  de  câmpus
espalhados por vários outros municípios, Jacarezinho é a cidade­base da UENP. [159]

O estado conta ainda a UNESPAR, Universidade Estadual do Paraná, em processo de implantação, a qual é
composta  por  sete  centros  universitários,  nas  cidades  de  Apucarana,  Campo  Mourão,  Curitiba,  Paranaguá,
Paranavaí e União da Vitória. [159]

Transportes
No  estado  existem  seis  aeroportos  comerciais,  dos  quais  dois
internacionais:  o  Governador  José  Richa,  em  (Londrina),  o
Internacional  Afonso  Pena  e  o  do  Bacacheri,  de  Curitiba,  e  o
Cataratas,  administrados  pela  Infraero,  além  dos  de  Cascavel  e
Maringá,  geridos  pelas  respectivas
municipalidades. [163][164][165][166]

A  rede  de  rodovias  pavimentadas  abrange  duas  estradas  que


penetram  no  estado,  de  leste  a  oeste:  a  conexão  Ourinhos/SP­
Aeroporto Internacional Afonso
Londrina­Apucarana­Maringá­Paranavaí  (BR­369/BR­376)  e  a
Pena.
Paranaguá­Curitiba­Ponta  Grossa­Guarapuava­Cascavel­Foz  do
Iguaçu  (BR­277).  Em  direção  transversal,  aparecem  as  conexões
Apucarana­Ponta Grossa (BR­376), Sorocaba­Curitiba e São Paulo­Curitiba­Rio Negro. Esta última encontra­
se prolongada até o extremo sul do Rio Grande do Sul e pertence à BR­116. [167]

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O sistema ferroviário paranaense participa notavelmente da vida econômica do estado. No setor sul, as linhas
da Ferroeste (Antiga Ferropar), a Ferrovia da Soja, que a iniciativa privada em 1997 começou a operar e que o
governo  retomou  no  início  de  2007,  no  trecho  de  Guarapuava  a
Cascavel,  estendendo­se  (em  projeto)  até  Guaíra e Foz do Iguaçu.
Outra  estrada  de  ferro  liga  do  Porto  de  Paranaguá  até  Curitiba,
Guarapuava,  Londrina,  Ponta  Grossa  e  Maringá.  De  norte  a  sul,
são  encontradas  as  linhas  da  Rumo  ALL,  ex­América  Latina
Logística,  que  corresponde  à  malha  meridional  da  ex­Rede
Ferroviária Federal, que também privatizou­se na década de 1990,
que liga o Paraná com aos estados de São Paulo, Santa Catarina  e
Rio Grande do Sul. [167]
Rodovia BR­277, próximo ao
O  Paraná  é  ligado  ao  Brasil  e  ao  exterior  através  dos  portos  de
município de Matelândia, no extremo
Paranaguá  e  Antonina. [168]  Os  moradores  das  vilas  e  povoados oeste do estado.
encontrados  nas  ilhas  e  às  margens  da  baía  de  Paranaguá  são
servidos pelos serviços de barcos. [168] Alguns dirigem­se para a Ilha
do Mel, demais para Guaraqueçaba, demais ainda para Cananéia e Iguape no estado de São Paulo, usando­se
do canal do Varadouro. [168] Fazem­se serviços de balsa na baía de Guaratuba, fazendo a ligação entre a cidade
de  igual  nome  (Porto  Damião  de  Souza)  e  Caiobá  (Porto  da  Passagem). [169]  Faz­se  o  transporte  fluvial  em
grande escala no rio Paraná, fazendo a ligação entre a cidade de Guaíra e o estado de São Paulo e, intermédio de
balsa, com Mato Grosso do Sul. [168] A navegação fluvial também há em Foz do Iguaçu, ligando o Brasil com a
Argentina. [168]

Serviços e comunicações
O  estado  conta  com  outros  serviços  básicos.  No  Paraná,  existem  várias  empresas  responsáveis  pelo
abastecimento  de  água.  Em  345  dos  399  municípios  paranaenses,  a  empresa  responsável  por  água  e
saneamento básico (esgoto) é a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). [170]

Em relação à energia elétrica, existe uma empresa no estado, a Companhia Paranaense de Energia. [171] Bem
como as hidrelétricas de Capivari­Cachoeira, no Capivari, a nordeste de Curitiba, e de Júlio Mesquita Filho, no
rio Chopim, no sudoeste do estado, [172] opera no Paraná a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do
mundo em produção de energia (depois da das Três Gargantas, na China), contudo, ainda a em tamanho, na
fronteira Brasil­Paraguai, [173] e erguida em grupo com este país. [174] Terminada em 1991, somente a partir daí
a sua capacidade inteira, de 12 000 MW, começou a ser utilizado, o que fez do Paraná o estado brasileiro que
mais produz energia. [175]  No  entanto,  o  Paraná  também  é  enriquecido  de  energia  produzida  pelas  usinas  de
açúcar e álcool, produtoras de eletricidade desde a queima do bagaço da cana. [176]

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Vista panorâmica da Usina Hidrelétrica de Itaipu à noite, na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Existem  serviços  de  internet  discada  e  banda  larga  (ADSL)  sendo  oferecidos  por
DDDs[177]
diversos provedores de acesso gratuitos e pagos. O serviço de telefonia fixa é oferecido
por algumas operadoras, como a Brasil Telecom e a Sercomtel. [178] O código de área Cidade DDD
(DDD)  do  estado  varia,  desde  041  até  046. [179]  No  dia  2  de  fevereiro  de  2009,  as Curitiba 41
regiões  oeste  e  sudoeste  passaram  a  serem  servidas  pela  portabilidade,  com  outras
Ponta Grossa 42
cidades de DDDs 45 e 46, 19 (São Paulo), 93 e 04 (Pará). [180]
Londrina 43
A  secretaria  responsável 
pelas Maringá 44
comunicações  em  todo  o  Paraná  é  a
Foz do Iguaçu 45
Secretaria  da  Comunicação  Social,  que
Pato Branco 46
atua  tanto  na  assessoria  da  imprensa,
quanto  no  marketing  e  na  Internet. [181]
Existem diversos jornais presentes em vários municípios do estado,
como, por exemplo, Tribuna do Norte (em Apucarana), do Interior
(em  Campo  Mourão),  Diário  Popular  (em  Curitiba),  Gazeta  do
Sede da TV Iguaçu de Curitiba, Iguaçu  (em  Foz  do  Iguaçu),  dos  Campos  (em  Ponta  Grossa),
afiliada à Rede Massa em março de Jornal  do  Oeste  (Toledo),  A  Tribuna  do  Povo  (Umuarama),  de
2008 e ao Sistema Brasileiro de Cianorte,  entre  outros. [182]  Dois  dos  mais  influentes  jornais  do
Televisão desde 1981.
país, [183] Gazeta do Povo e O Estado do Paraná, são paranaenses e
mantém  suas  sedes  na  capital.  O  Paraná  também  concentra  um
grande número de editoras que produzem algumas das principais publicações do estado. Entre elas se destaca
a Imprensa da Universidade Federal do Paraná, editora de livros didáticos, técnicos e científicos, teses, revistas
e periódicos, e encadernadora de brochuras e confeccionadora de impressos de qualquer natureza, de interesse
aos setores, cursos, departamentos e unidades aos membros do corpo docente da UFPR. [184]

No  campo  da  televisão,  o  estado  foi  pioneiro  com  a  criação  da  sua  primeira  emissora,  a  atual  RPC  TV
Paranaense, pelo advogado e empresário Nagib Chede, em 29 de outubro de 1960. [185] Com o passar do tempo,
várias outras emissoras desenvolveram­se no estado e ganharam projeção nacional e regional, como foi o caso
da  CNT, [186]  a  Rede  Massa[187]  e  a  Mercosul, [188]  todas  com  sede  na  Grande  Curitiba.  Além  disso,  há
transmissão de canais nas faixas Very High Frequency (VHF) e Ultra High Frequency (UHF). O Paraná é sede
de alguns canais/emissoras de televisão, como a RIC TV Cornélio Procópio, [189] a RPC Foz do Iguaçu, [190] a TV
Educativa  de  Ponta  Grossa, [191]  a  TV  Carajás  (em  Campo  Mourão)[192]  e  a  TV  Beltrão  (em  Francisco
Beltrão). [193]

Segurança pública e criminalidade
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As mais importantes unidades das Forças Armadas no Paraná são:
no Exército Brasileiro,  o  Paraná  faz  parte  do  Comando  Militar  do
Sul (junto com os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina),
sediado  em  Porto  Alegre,  pertencendo  à  5.ª  Região  Militar  e  5.ª
Divisão de Exército  (com  Santa  Catarina);[194]  merecem  destaque
no  estado  o  13.º  Batalhão  de  Infantaria  Blindado  (Ponta
Grossa)[195]  e  o  20.º  Batalhão  de  Infantaria  Blindado
Helicóptero da Aviação na Polícia (Curitiba);[196]  na  Marinha  do  Brasil,  o  Paraná  pertence  ao  5.º
Militar do Paraná. Distrito Naval,  que  se  sedia  em  Rio Grande;[197]  e  na  Força  Aérea
Brasileira, o Paraná integra o Cindacta II,  localizado  em  Curitiba,
que se encarrega do radar no sul do Brasil, no Mato Grosso do Sul
inteiro, porção meridional e oeste de São Paulo. [198]

A  Polícia  Militar  do  Estado  do  Paraná  (PMPR)  tem  por  função
primordial  o  policiamento  ostensivo  e  a  preservação  da  ordem
pública  no  do  Paraná.  Ela  é  Força  Auxiliar  e  Reserva  do  Exército
Brasileiro,  e  faz  parte  do  Sistema  de  Segurança  Pública  e  Defesa
Social  do  Brasil. [199]  Seus  integrantes  são  denominados  Militares
dos Estados, [200] assim como os membros do Corpo de Bombeiros
Auto Bomba Tanque do Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do do Paraná. [199]
Paraná.
O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná é um comando
Intermediário  da  PMPR,  cuja  missão  consiste  na  execução  de
atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndio, buscas, salvamentos e socorros públicos, no âmbito
do  Estado  do  Paraná. [201]  A  corporação  é  força  auxiliar  e  tropa  reserva  do  Exército  Brasileiro,  e  pertence  o
sistema  de  segurança  pública  e  defesa  social  do  Brasil.  Seus  integrantes  são  denominados  militares  dos
Estados pela Constituição Federal de 1988, assim como os demais membros da Polícia Militar do Paraná. [202]

A Polícia Civil do Estado do Paraná é órgão do sistema de segurança pública ao qual compete, nos termos do
artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência específica da União, as funções de polícia
judiciária  e  de  apuração  das  infrações  penais,  exceto  as  de  natureza  militar. [203]  As  principais  instituições
penitenciárias do estado são a Penitenciária Central[204] e a Colônia Penal Agrícola. [205]

Desde o final de 2014, o estado do Paraná utiliza tornozeleiras eletrônicas para fiscalização do cumprimento de
pena por parte de presos do regime semiaberto. [206] O uso desta tecnologia era estudado deste 2007, quando
um  modelo  tornozeleira  desenvolvido  por  uma  empresa  privada  junto  ao  Instituto  de  Tecnologia  para  o
Desenvolvimento,  órgão  subordinado  ao  governo  estadual,  foi  apresentada  ao  então  governador,  Roberto
Requião. [207] Além de monitorar presos em regime semiaberto do estado, o governo do Paraná fornece parte de
suas tornozeleiras para uso da polícia federal, [208]  mesmo  que  os  monitorados  tenham  residência  em  outro,
como  é  o  caso  do  ex­diretor  da  Petrobrás  preso  durante  a  Operação  Lava  Jato,  Paulo  Roberto  Costa,  que
cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro. [209]

Críticas severas tem sido feitas à falta de efetivos tanto da polícia civil quanto da militar e se mostrado uma
preocupação dos paranaenses, são os mesmos da década de 80 para quase o dobro de população. [210][211][212]

De  acordo  com  dados  do  “Mapa  da  Violência  2012”,,  publicado  pelo  Instituto  Sangari  e  pelo  Ministério  da
Justiça,  a  taxa  de  homicídios  por  100  mil  habitantes,  que  era  de  10,8  em  1980,  subiu  para  35,1  em  2009
(ficando acima da média nacional, que era de 27,0). Entre 2000 e 2009, o número de homicídios subiu de 1766

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para 3 588. Em geral, o Paraná subiu sete posições na classificação nacional dos estados e Distrito Federal por
taxa  de  homicídios,  passando  da  décima­sexta  posição  em  2000  para  a  nona  em  2010.  Curitiba  e  região
metropolitana possuíam taxas doze vezes maiores que a do estado (47,0), enquanto, no interior, o mesmo era
um pouco menor que a média estadual (24,8). [213]

Em  2000,  168  municípios  não  registravam  nenhum  caso  de


homicídios  do  estado,  número  caindo  para  130  em  2010.
Considerando­se  todos  os  municípios  com  mais  de  cem  mil
habitantes, que em 2000 eram 60, passaram, em 2010, para 101 do
total do mesmo. Entre os municípios acima de 50 000 e abaixo de
100  000  habitantes,  destacam­se  Pinhais  e  Piraquara,  que
apresentaram forte crescimento nos níveis de violência. Ao mesmo
tempo,  a  região  metropolitana  da  capital  registrou  um  forte
Mapa da violência no Paraná.
aumento de 126,7% nas taxas de homicídios, enquanto, no interior
do estado uma queda de 24,8%. [213][214]

Conforme o “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008”, também publicado pelo Instituto Sangari,
as cidades paranaenses que apresentavam as maiores taxas de homicídios por grupo de cem mil habitantes
eram Foz do Iguaçu (98,7), Guaíra (94,7), Tunas do Paraná (90,1) e Rio Bonito do Iguaçu (80,1). [215]

Cultura
Em sua composição étnica, a cultura do Paraná soma uma grande quantidade de etnias  como  portugueses,
espanhóis,  italianos,  alemães,  neerlandeses,  eslavos,  poloneses,  ucranianos,  árabes,  coreanos,  japoneses,
gaúchos, catarinenses, paulistas, mineiros, nordestinos, indígenas e africanos, as quais colaboraram para que
a alma do povo paranaense fosse consolidada. Possivelmente observamos a cultura do estado no artesanato,
na culinária, no folclore, quer dizer, nas diferentes maneiras dos paranaenses se expressarem. [216]

No  começo,  os  hábitos  e  as  lendas  dos  índios  redimensionaram  a


cultura da Europa, de Portugal e de Espanha.  O  povo  paranaense
legou  uma  grande  quantidade  dos  hábitos,  como  o  costume  de
consumo  de  ervas,  milho,  mandioca,  mel  e  tabaco.  Depois,  os
tropeiros  colaboraram  com  a  cultura  de  consumir  o  chimarrão,  o
café  e  o  feijão­de­tropeiro  e  os  escravos africanos  trouxeram  como
legado a feijoada, a cachaça e suas danças e ritos. Posteriormente,
os  imigrantes  europeus,  fixados  especialmente  no  sul  e  leste  do
Paraná,  deixaram  manifestações  próprias  misturadas  à  cultura Interior da Ópera de Arame, em
Curitiba.
popular  estadual  que  existia  antes  das  recentes  contribuições
culturais  de  outros  países.  Tradições  polonesas,  alemãs,
ucranianas,  libanesas  e  japonesas,  como  é  o  caso,  foram  somadas  às  manifestações  originárias  dos  povos
indígenas, da África, de Portugal e de Espanha, diversificando ainda mais a cultura do Paraná. Dessa forma, o
Paraná  é  uma  imensa  formação  cultural  de  influência  por  grupos  deslocados  de  seus  países  ou  Estados  por
diversos motivos. Essa miscigenação inteira faz parte da cultura paranaense, que se manifesta e se representa
na arquitetura, na literatura, na música e em demais artes cênicas e visuais. [216]

Entre  os  principais  paranaenses  ilustres  podemos  destacar:  David  Carneiro,  um  dos  mais  renomados
historiadores  brasileiros[217]  e  pai  do  historiador  David  Carneiro  Júnior;[218]  Moysés  Paciornik,  médico
curitibano;[219]  Michel  Teló,  medianeirense,  ex­integrante  do  Grupo  Tradição;[220]  Tony  Ramos,

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araponguense,  ator  da  Rede  Globo;[221]  entre  os  escritores,  Dalton  Trevisan,  Helena  Kolody  e  Paulo
Leminski;[222] os cientistas César Lattes, Metry Bacila, João José Bigarella e Newton Freire­Maia, este último
mineiro  radicado  em  Curitiba;[223]  Sônia  Braga,  maringaense;[224]  a  dupla  sertaneja  Chitãozinho  e  Xororó,
astorguense;[225] Jaime Lerner, político, arquiteto e urbanista curitibano;[226] Anízio Alves da Silva, inventor
do  supletivo  (atualmente  conhecido  como  Educação  de  Jovens  e  Adultos);[227]  Deivid  Willian  da  Silva,
londrinense, jogador do Clube Atlético Paranaense;[228] Dirceu José Guimarães;[229] Fábio Campana, natural
de  Foz  do  Iguaçu,  jornalista;[230]  Aramis  Millarch;[231]  os  ex­governadores  Roberto  Requião  de  Mello  e
Silva[232]  e  Moysés  Lupion;[233]  Laurentino  Gomes,  maringaense,  escritor;[234]  Grazi  Massafera;[235]  Maria
Fernanda Cândido;[236] dentre vários outros.

Instituições e bibliotecas
A  Universidade  Federal  do  Paraná  foi  criada  em  1912, [237]  e  a
Pontifícia  Universidade  Católica  do  Paraná,  em  1959. [238]  Dos
museus que existem no estado, o de maior importância é o Museu
Paranaense,  em  Curitiba,  criado  em  1876  pelo  historiador
Agostinho Ermelino de Leão, com coleções históricas, etnográficas
e arqueológicas, bem como sua biblioteca especializada. [239]

Outra instituição de importância é o Museu Coronel Davi Antônio
da Silva Carneiro, também na capital. [240] O Patrimônio Histórico
O Museu Paranaense, em Curitiba.
e  Artístico  Nacional  tombou  suas  coleções,  como  as  do
Paranaense. [241] Seu acervo tem peças arqueológicas, etnográficas e
numismáticas. [240]  Em  Paranaguá,  dois  museus  constituem  um  atrativo  aos  visitantes:  o  Museu  de
Arqueologia e Artes Populares, vinculado à Universidade Federal do Paraná e cujo local de funcionamento é no
antigo Colégio dos Jesuítas, e o do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá. [242]

As  maiores  bibliotecas  encontram­se  em  Curitiba:  a  Biblioteca


Pública  do  Paraná, [243]  a  do  Museu  Paranaense, [244]  as  da
UFPR[245] e a da PUCPR em Curitiba. [246] Há também bibliotecas
especializadas,  como  a  do  Instituto  Paranaense  de  Assistência
Técnica e Extensão Rural, que possui um grande acervo relacionado
com tecnologias agrícolas, [247] e a do Sindicato e Organização das
Cooperativas  do  Estado  do  Paraná,  especializada  em  assuntos
relacionados com o cooperativismo. [248]

A Biblioteca Pública do Paraná é a
Patrimônio cultural, festivais e culinária maior biblioteca pública do estado e
da região Sul do país em número de
O Patrimônio Histórico também catalogou, no estado, uma grande acervo bibliográfico.
diversidade  de  monumentos  arquitetônica  e  historicamente
valiosos, como a igreja matriz de São Luís, em Guaratuba, a casa na
qual faleceu o general Carneiro, em Lapa, a histórica residência dos jesuítas, e a fortaleza de Nossa Senhora dos
Prazeres, em Paranaguá. [174]

As  principais  festas  religiosas  do  estado  são  a  de  Nossa  Senhora  da  Luz, em Curitiba, [249]  e  a  do  Rocio,  em
Paranaguá, seguido de grande procissão. [250]  A  principal  festa  popular  é  a  Congada  da  Lapa,  originária  da
África  e  que  homenageia  São  Benedito,  na  cidade  de  Lapa. [251]  A  quantidade  de  eventos  artístico­culturais

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paranaenses é riquíssima e variada e apresenta o Festival Folclórico e de Etnias do Paraná, [252] o Internacional
de  Música  de  Londrina, [253]  o  de  Dança  de  Cascavel, [254]  o  de  Teatro  de  Curitiba[255]  e  o  de  inverno  de
Antonina. [256]

As diversas origens de sua população são testemunhadas pela cozinha paranaense. [257] A exemplo da feijoada
brasileira, o prato mais característico é o barreado, que se aprecia no litoral inteiro e cujo ingrediente principal é
o  cozimento  da  carne,  por  uma  grande  quantidade  de  tempo,  em  panela  de  barro,  até  ser
desmanchado. [257][258] O churrasco é, como no sul inteiro, um dos
pratos mais típicos do interior, junto com os das comunidades de
imigrantes alemães, poloneses e italianos. [257]

Pontos turísticos

Um barreado feito num restaurante
em prato de porcelana.

Atravessado por estradas e repleto de restaurantes, o Paraná é um
estado  de  grande  atrativo  ao  turismo. [259]  São  merecedoras  da
atenção  do  turista  a  capital,  com  seus  museus,  jardins  e
A Estrada de Ferro Curitiba­
Paranaguá no caminho entre Curitiba universidades,  o  teatro  Guaíra,  o  Passeio  Público  (com  o  jardim
e Morretes. zoológico), [260]  os  monumentos  históricos  de  Guaratuba,  Lapa  e
Paranaguá,  e  especialmente  a  Estrada  de  Ferro  Curitiba­
Paranaguá, uma das obras de maior fama da engenharia brasileira.
Dos trens que a cortam, um grandioso panorama envolvente de paisagens serranas e litorâneas é descortinado
ao mesmo tempo. [261]

Antônio  Rebouças,  irmão  (prematuramente  morto)  do  engenheiro,  monarquista  e  abolicionista  André,
projetou  a  ferrovia,  no  segundo  reinado. [262]  Contrária  à  hipótese  de  peritos  estrangeiros  convidados  pelo
governo,  a  estrada,  que  se  abriu  ao  trânsito  em  1885, [263]  foi  erguida  em  um  traço  em  linha  de  simples
aderência. [261] Possui 111 km de extensão, 41 pontes e treze túneis, [263] doze dos quais se escavaram na rocha
viva,  bem  como  o  arrojado  viaduto  Vicente  de  Carvalho,  com  84  m. [263]  Várias  destas  obras  de  arte  foram
criadas  para  superar  os  trechos  de  maior  dificuldade.  Elas  ainda  se  consideram  muito  audaciosas,  para  a
topografia da região. [261]

São  inúmeros  os  acidentes  naturais  turisticamente  interessantes  no  Paraná,  como  as  rochas  de  arenito
vermelho de Vila Velha, os quais têm aparência de dólmens, na periferia de Ponta Grossa; as grutas de calcário
de Campinhos, em Tunas do Paraná, gruta da Lancinha (maior em biodiversidade do sul do Brasil) em Rio
Branco do Sul, e do Monge, em Lapa; as cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu; o Parque Nacional do Iguaçu,
com  suas  florestas;  a  ilha  do  Mel,  com  seu  balneário,  o  farol,  a  caverna  e  a  antiga  fortaleza  da  Barra,  em
Paranaguá; as praias de Pontal do Sul, Praia de Leste, Matinhos, Caiobá e Guaratuba. [261]

Esportes

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O futebol é o esporte mais popular no estado de Paraná, seguido por vôlei, basquete, ginástica, artes marciais e
automobilismo. [264]  O  futebol  foi  introduzido  no  início  do  século
XX, tendo como principais equipes o Clube Atlético Paranaense, o
Coritiba  Foot  Ball  Club  e  o  Paraná  Clube,  além  de  outros  times
menores. O Campeonato Paranaense,  realizado  anualmente  desde
1915,  é  o  principal  evento  de  futebol  no  estado,  organizado  pela
Federação Paranaense de Futebol, contando com a participação de
doze equipes na primeira divisão. [265] Os estádios de futebol Major
Antônio Couto Pereira  e  a  Arena da Baixada,  ambos  em  Curitiba,
são os maiores do Paraná. [266]

O  Paraná  é  sede  de  eventos  esportivos  nas  mais  diversas Estádio Joaquim Américo Guimarães


modalidades,  seja  de  importância  local,  nacional  e  até  mesmo (ou Arena da Baixada) durante o jogo
entre Irã e Nigéria durante a Copa do
internacional, entre os quais os Jogos Oficiais do Paraná, realizados
Mundo FIFA de 2014.
pela secretaria estadual do esporte e que reúne os Jogos Abertos do
Paraná, os Jogos Colegiais (JOCOPS), os Universitários (JUPS), os
da Juventude (JOJUPS) e da Primavera (JEP);[267] o Campeonato
Mundial  de  Carros  de  Turismo,  a  Fórmula  Truck,  a  GT3  Cup,  a
Stock Car Brasil e a SuperBike Brasil, eventos que são realizados no
Autódromo Internacional de Curitiba. [268] O Paraná sediou quatro
jogos da Copa do Mundo de 2014, realizados no Estádio  Joaquim
Américo  Guimarães  (Arena  da  Baixada),  em  Curitiba. [269]  Há
ainda diversos incentivos à prática de esportes. [270]

Dentre  as  principais  personalidades  do  esporte  paranaense  estão: Entrada do Autódromo Internacional


no futebol, Rogério Ceni (ex­goleiro do São Paulo Futebol Clube)  e de Curitiba, localizado em Pinhais.
Pedro  Ken;  Dalila  Bulcão  Mello,  Joyce  Batista  e  Rolando  Ferreira
Júnior,  no  basquete;  Clésio  Prado,  Elisângela  Oliveira,  Emanuel
Rego, Ericléia Bodziak (Filó), Gilberto Amauri Godoy Filho (Giba), no vôlei; e Angélica Kvieczynski, Ana Paula
Scheffer,  Daiane  dos  Santos,  Khiuani  Dias,  Nicole  Müller,  na  ginástica;  nas  artes  marciais:  Anderson  Silva
(muay thai), Camila Coninck Costa (judô), Marcelo Barreto (taekwondo), Rosilette dos Santos (judô) e Volnei
Cláudio Mânica (kung fu); David Muffato e seu pai Pedro Muffato, ambos no automobilismo. [264]

Feriados
O Paraná não possui data magna nem feriados estaduais. Em 2014 foi apresentado e aprovado na Assembleia
Legislativa  do  Paraná  uma  lei  que  instituía  a  dissolução  do  polêmico  feriado  da  emancipação  política  do
estado,  passando  a  ser  ponto  facultativo.  O  feriado  não  era  cumprido  pelas  empresas  públicas  e
particulares. [271]

Ver também
Municípios do Paraná
Municípios do Paraná por população
Região geoeconômica Centro­Sul do Brasil
Região Sul do Brasil
Unidades federativas do Brasil

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Brasil

Notas
1.  Potamônimo ou potamónimo é um vocábulo que define um topónimo que tem origem num nome de um rio.
2.  O nome oficial do prédio do poder legislativo é uma homenagem ao ex­deputado estadual do Paraná e
catarinense de nascimento, falecido em 30 de agosto de 1999.

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