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DIÁRIO DE JOHN BARLEYCORN
Legenda
Personagens
Locais
Deuses
Espécies
Itens
Escrituras
Organizações
Eventos
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SOPRO DO DRAGÃO
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Sumário
Sumário .............................................................................................................. 4
4
III – As Minas de Phandelver
21 de Tarsakh de 1489
preparamos magias e nos aparelhamos para encontrar Gundren. Guardamos parte das
nossas coisas no armorial da masmorra e o trancamos à chave, que ficou com Varis.
Antes de sairmos vimos que Uthred voltava à sua forma normal, o que foi providencial
para termos a equipe completa. Troquei com ele minha machadinha por uma espada
Às 9 horas encontramos Gundren na loja de Barthen e ele nos guiou pelas matas em
anão que nos contou um pouco de sua história com a caverna. Ele e seus irmãos a
mostrou sem valor comercial, pois se desfazia ao ser retirado da rocha. Nesse tempo
longe nos corredores. Uma caveira envolta em chamas verdes flutuando a alguns
metros do chão parecia vigiar as entranhas da montanha. Por sorte a criatura não os
molestou. Tilion acreditou que se tratava de uma caveira flamejante, e essa foi sua
com raios cauterizantes dos seus olhos e magias terríveis convocadas dos recessos
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sombrios de sua memória. Conjuradores das trevas criam as caveiras flamejantes a
partir dos restos mortais de magos. Quando o ritual é completado, chamas verdes
flamejante lembra-se vagamente de sua vida anterior. Apesar de ela poder falar
com sua antiga voz e poder relembrar dos principais eventos do seu passado, ela não
garante a ela acesso total à magia que ela portava em vida, permitindo que ela
conjure magias enquanto ignora os componentes materiais e somáticos que ela não
pode mais realizar. Inteligente e vigilante, uma caveira flamejante serve seu
continuamente, concedendo a luz plena que a criatura controla. Ela usa essas
chamas como arma, focando-a para disparar raios ardentes de suas órbitas
oculares. Os fragmentos de uma caveira flamejante se juntam a não ser que eles
sejam salpicados com água benta ou alvos da magia dissipar magia ou remover
maldição. Se ela não puder mais atender aos seus propósitos, a caveira flamejante
Neverwinter no dia 5 de Ches estudar tudo que poderia encontrar sobre a história da
Mina de Phandelver. Enquanto isso, seus irmãos procuraram fazer o registro da mina
algumas novidades, como o fato de que os magos à época chamaram a minério vermelho
lido tudo que pôde obter sobre a caverna, Gundren preparou seu retornou à Phandalin,
tendo arrumado como companhia para a viagem Sildar Hallwinter que conheceu um
dia antes de nossos caminhos se cruzaram pela primeira vez no pátio da feira de
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Neverwinter, no dia 29 de Ches. Como sabemos, o retorno a Phandalin nunca ocorreu
uma vez que a caravana foi interpelada pelos gnolls de Yorrgh e os hobgoblins de Klarg.
Nesse meio tempo procuramos na mata por folhas de ruibarbo e por uma víbora, que
suportada por uma coluna maciça. O ambiente era supreendentemente frio e arejado
para um lugar nas profundezas da montanha, com três grandes estalagmites e várias
grande buraco de 6 metros de altura levando ainda mais fundo nas entranhas das
rochas. Em algum lugar distante à nordeste soava um som rítmico de ondas quebrando
Era Tharden, um dos irmãos de Gundren, que entrou em desespero ao ver seu parente
poeira provenientes de algo entre duas e três semanas passadas. Outras pegadas, essas
com marcas de calçados humanos, seguiam para o buraco arrastando algum peso que
parecia um corpo. Assumimos que seria o outro irmão anão, Nundro, e tivemos
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esperança que ele estaria vivo, do contrário sangue estaria seguindo os rastros. Gundren
nos pediu que o salvasse e anunciou que dali ele retornaria com o corpo de Tharden.
Então era hora de adentrar finalmente a Caverna do Eco Ondulante. Descemos por
uma corda atada a uma coluna. A escuridão me rendeu uma queda, que além de ferir
meu orgulho me causou escoriações leves. Foi necessário acender a lanterna que Eodion
carregava e para isso cedi um de meus frascos de óleo. Agora sim, todos eram capazes de
enxergar. A primeira parte da caverna era formada por uma cadeia de túneis
Aqui o trabalho parecia ter sido feito por verdadeiros artesãos, porém o cheiro ácido era
de podridão. Varis e Enna, capazes de enxergar muito bem no escuro, fizeram uma
rápida investida furtiva nos corredores mais próximos, encontrando no setor mais à
direita uma porta e uma escada - de onde um barulho de ossos sendo roídos se fazia ouvir
nojenta causou algum dano, mas após uma breve luta foi
direita da gruta havia uma passagem com alguns degraus para um terreno elevado.
Seguimos por ali e nos deparamos com uma porta estreita a frente, por onde apenas uma
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discutíamos por onde seguir, Varis abriu a porta revelando um dormitório ocupado por
cinco bugbears. Eodion conjurou um feitiço que isolou a porta com adagas voadoras e
conseguimos manter as bestas dentro da sala atacando de fora. Tilion usou uma
criando o caos entre eles. Vimos que no canto contrário havia uma porta que estava
protegida por muitos escombros, como se para segurar uma perigosa criatura ou magia.
O último bugbear, porém, desesperado com nossa investida, preferiu enfrentar seja lá o
que tivesse lá e começou a derrubar a barricada para fugir pela porta, mas o matamos
Adentramos o recinto e vimos chegando pela porta aberta vários zumbis e a anunciada
caveira flamejante. Varis se pôs à frente da porta com seu escudo e a despeito dos avisos
claros do perigo se recusou a fechar a porta. A resposta foi dolorosa. A cabeça esquelética
lançou uma bola de fogo que adentrou a porta e explodiu no meio de todos nós,
lutando. Dessa vez levando a sério o risco, fechamos a porta e começamos a lutar numa
poucos os zumbis desistiram de nos atacar, bem como a caveira voltou para onde estava
anteriormente. Nesse mesmo tempo Conan farejou na porta às nossas costas a chegada
de novos personagens na luta e corri até lá para ver o que seria. Eram quatro bugbears
descendo o corredor e reconheci um deles como o famigerado Rei Grol. Voltei e fechei a
porta. Por algum tempo consegui impedir que eles entrassem, mas devido ao seu grande
Nos poucos momentos de calmaria que se seguiram pusemos barreiras na porta, caso os
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passagem secreta que nos tirasse da arapuca em que nos metemos. Revistei ainda o corpo
de Grol, encontrando 15pc, 13pe e uma poção não identificada. Ao abrir novamente a
porta à frente vimos que a caveira e zumbis faziam nova investida em nossa direção,
mas dessa vez lutamos até o seu fim, quando Varis a atingiu com um martelo mágico
mais alguns momentos de tormento. Nesse momento algo curioso ocorreu. Percebemos a
ira incomum e imprudente com que Tilion atacou um dos monstros que havia lhe
atingido. Ignoramos o fato e seguimos até que conseguimos deitar todos os monstros
definitivamente.
Após uma boa hora de necessitado descanso fomos vistoriar o recinto de onde vinham os
o minério queimava para ser levado à forja mágica. Aqui um sem número de esqueletos
secos jaziam no chão, papéis muito antigos se esfacelavam sobre móveis carcomidos e
restos de minérios se amontoavam pelos cantos. Uma canaleta, agora seca, mostrava
por onde a água passava para girar o mecanismo do fole. O canal vinha da parede ao
norte e sumia na parede ao leste. Esse era um possível caminho que poderíamos tomar
uma vez que estava completamente seco. O ambiente parecia intocado a séculos, exceto
pelos mortos, o que indicava que os nossos facínoras tinham evitado o confronto com a
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medonha sentinela, ou simplesmente ignoraram aquela área da caverna. Nas paredes
leste e sul havia outras passagens e decidimos ir ao sul. Enna foi na frente usando sua
primeiro. Ela retornou rápido, narrando o panorama: uma enorme câmara com grandes
mesas estava infestada de carniçais que agora queriam nossos ossos para roer.
E foi nessa hora que percebemos quanto desatentos fomos. Atrás de nós a luz verde
bruxuleando nas paredes nos lembrou das palavras de Tilion: “Os fragmentos de uma
caveira flamejante se juntam a não ser que eles sejam salpicados com água benta ou
E assim novamente estávamos entre duas frentes de ataque. Para nossa sorte, os
segurá-los na passagem estreita. Aqui novamente vimos Tilion assumir uma persona
descontrolada contra uma besta que o atacou. Definitivamente ele não estava com
toda as suas estruturas emocionais intactas. E enfim a luta terminou com nosso
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18-03-2017 (Caverna do Eco Ondulante – 2º Dia)
Era o fim de nossas forças e fomos descansar escondidos atrás da grande fornalha.
22 de Tarsakh de 1489
Acordamos pela manhã do dia 22 e nos preparamos para esquadrinhar o resto da mina,
porém ouvimos passos vindos da sala de banquetes e nos preparamos para uma nova
batalha. No entanto, quem apareceu à nossa frente foram ninguém menos que Sildar
ali naquele momento ficamos felizes com sua chegada. Disseram estar preocupados
conosco e que vieram em nosso socorro, apesar de que estávamos ausentes a apenas um
dia. Perguntei a Gundren pelo seu irmão Tharden e ele apenas disse que já o tinha
enterrado, que estava bem com isso. Bem, os anões são conhecidos por serem duros e isso
não soou estranho para ninguém. Aproveitei também para tirar uma dúvida que me
roía a mente nas últimas horas. Com quem ele e seus irmãos conversaram sobre a mina?
Como o Aranha Negra poderia ter vindo a saber que eles a descobriram? Gundren
conclusão.
Os dois descreveram o caminho que fizeram para chegar até nós e disseram não ter
enfrentado nenhum perigo, e que tinham passado por uma porta e uma larga câmara
bem próximas ainda à entrada da caverna. Decidimos retornar e entrar na tal porta,
a qual pelos nossos cálculos seria do mesmo recinto que a outra porta que achamos no
dia anterior e que ignoramos, o que se provou uma teoria correta. Era um velho
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alojamento com beliches de pedra e novamente corpos e corpos de anões engalfinhados
com orcs provavam que os relatos da batalha que ocorreu ali não eram exagerados. E
aqui mais carniçais se banqueteavam, se contentando em roer ossos secos. Não tardou
para que esses se tornassem novos corpos no chão sob nossas armas.
Aproveitei a calmaria após a luta para analisar melhor a poção que consegui com o
Rei Grol, e pela sua aparência e consistência percebi que era uma poção de vitalidade,
algo que seria muito útil caso necessitasse passar muito tempo na ativa sem descanso.
seguiu, tentando avançar furtivamente. Porém, uma pedra solta a traiu. Uma
nuvem de stirges voou do teto nos atacando, felizmente sem êxito. Com um ataque
fulminante deitamos todas as criaturas aladas no chão. Cortei uma tira de couro de
uma das bestas e entreguei a Enna, que vinha reclamando da necessidade de tal
seguindo para sul e outro para leste, de onde um brilho verde era emanado. Desconfiados
de que se tratava de uma nova caveira flamejante, seguimos o corredor ao sul. No fim
do corredor havia uma bifurcação, com um pequeno corredor para cada lado e uma
porta no fim de cada um. Decidimos visitar primeiramente o corredor a oeste. Essa era a
Gundren vinham atrás desses, acompanhados de perto por Tilion e Eodion. Protegendo a
retaguarda estavam Enna, Conan e eu. Assim sendo, foi de longe que vi o que julguei
a mais vil ação ser consumada. No momento em que Uthred abria sorrateiramente a
porta para averiguar o que tinha ali, Hallwinter e Gundren atacaram os dois da
dianteira à traição. Uma punhalada nas costas quase derrubou o guerreiro enquanto
outra lâmina afiada se dirigiu ao clérigo desprotegido de seu escudo. A revolta tomou
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nossos corações, pois havíamos confiado naquelas traíras de dentes afiados, e nos fez
Marcarrubras finalmente liderados de perto por seu líder, Cajavidro, também conhecido
como Iarno Albrek. O maldito conjurou uma magia imobilizando Eodion enquanto
seus asseclas atacaram. E então a situação se complicou ainda mais quando da porta
que Uthred abriu, uma pequena horda de esqueletos mortos-vivos atacou. Momentos de
que traíram. Porém, mesmo no calor da batalha percebi o absurdo que era aqueles dois
nos terem levado até ali apenas para nos chacinar. Não fazia sentido, e por meio da
minha ligação natural com Conan o fiz farejar aqueles dois e ele correspondeu me
avisando que algo no cheiro dos dois indicava que as coisas não eram o que pareciam. E
assim foi. Quando o primeiro dos dois caiu, sua forma humana deu lugar à gosma
humanoide conhecida como duplo, um monstro metamorfo. Enfim pudemos lutar com
o espírito reestabelecido sabendo que nossos aliados ainda eram nossos aliados. E assim
Enna, novamente em sua forma bestial, esmagou Iarno como o verme que era. Sildar
Para ter uma prova do cumprimento do nosso acordo, decapitei o bandido e guardei sua
cabeça num saco e o pendurei em meu cinto, para desgosto dos demais presentes. Com os
limpar as armas e explorar os dois recintos. No recinto oeste, onde estavam os esqueletos,
nada havia além de mais ossos e escombros. Porém, no escritório do mago traidor
pergaminhos das magias encantar pessoas e bola de fogo, além do seu famoso cajado de
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vidro. Dada a natureza mágica dos itens, todos ficaram aos cuidados de Tilion. Sobre
caverna, provavelmente o mapa de Gundren, além da planta de uma sala ornada com
um balcão de pedra no centro da sala, havia um cofre trancado que Uthred em sua
brutalidade tentou abrir a golpes de espada, sem obter sucesso, evidentemente. Usei meu
acessar o interior do cofre, que continha 600pc, 180pp, 90pe e 60po. E por fim encontramos
Descansamos por uma hora para recuperar as forças e nos prepararmos para enfrentar
Voltamos para a câmara anterior e resolvemos que era hora de enfrentar o dono
daquela luz verde que emanava no corredor leste. Para nossa surpresa não era uma
caveira flamejante, e sim uma grande colônia de fungos fosforescentes que iluminava
as paredes com a luz esmeralda. No entanto, entre os inofensivos fungos uma outra
tóxica nos dois que voltaram rapidamente. Vendo a impossibilidade de passar por ali
sem sermos atacados, ateei fogo a uma boa quantidade de fungos no canto esquerdo da
sala, o que nos obrigou a retornar para a câmara anterior para esperar a fumaça se
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dissipar, o que só ocorreu após uma hora. Tempo suficiente para um novo e breve ataque
de stirges.
fungos haviam sido queimados. Porém, mesmo estando muito distantes, os esporos
localizados no outro extremo do recinto expeliram seu venenoso vapor em nossa direção.
Então chegamos a uma extensa abertura na rocha, com vários metros de largura e
profundidade. Abertura grande o suficiente para abrigar duas salas protegidas por
eram cobertos por pequenos cristais que davam uma bela ilusão de um céu estrelado.
fundidas por uma grande fonte de calor e lá dentro desvendamos a fonte de tal calor
estampada no chão. Uma grande mancha da explosão de uma bola de fogo. Distribuídos
pelo recinto, os móveis ainda se mantinham inteiros e a parede à esquerda era ornada
por uma porta reforçada. Uthred avistou um baú num canto e o abriu atrás de possíveis
sala. Felizmente o ser se mostrou de bom coração e pudemos nos desculpar pela ação
antes que ele se indignasse. Ao provar que não éramos da corja do Aranha Negra, o
espírito nos viu como seus amigos e abriu sua história conosco. O que hoje era fumaça já
foi um poderoso mago, chamado Mormesk, e estava presente na grande batalha contra
orcs e magos a 200 anos atrás sendo morto naquele momento, agora penando a maldição
de ter o espírito preso ao local em que seu corpo morreu. E essa foi sua versão da histórica
batalha:
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"Um ser de grande poder chefiava os orcs e drows no ano de 1299, O Ano da Garra.
Chamavam-no de Galvorn. Muitos morreram, mas meu amigo, o vice chefe anão
Galvorn, em segredo, usou a Forja das Magias para criar sete joias entre 1300 e 1310.
A forja das magias perdeu praticamente todo seu poder depois disso. Ele usou anões
Caverna do Eco Ondulante, para criar um local secreto para guardar o que ele
ser uma joia digna de um tesouro de reis. Essas minas, que se estendem bem além das
Ano do Convite Divino, magos drows poderosos incrustaram encantos e enigmas nas
Minas da Loucura. Não pude acompanhar, pois emanavam uma aura mágica
No início desse ano a mina foi ocupada por um drow, que chamam de Aranha
Negra. Ele veio com gnolls, bugbears e hobgoblins, além de outros drows. Acredito
que ele não saiba de toda a história das minas, pois só conseguiu enviar uma
pequena equipe a dois dias atrás para as Minas da Loucura. A equipe ainda não
voltou".
E esse foi seu relato, o que fechava algumas contas e abria outras. A informação mais
Então, qual seria seu interesse nos anões e no seu mapa, a ponto de mover mundos para
o interceptar e o manter prisioneiro por tanto tempo? Posso até imaginar o cenário. Os
bandidos encontram dois anões bisbilhotando sua caverna e os torturam para que
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revelem quem mais sabe do segredo. Os pobres, sob as carícias do ferro quente, entregam
seu irmão e a existência do mapa. Aranha Negra ordena que seus patifes interceptem
o último Rockseeker e manda uma carta para seus parceiros drows que acompanham
Galvorn em seu intento macabro na Tumba dos Mutilados, avisando que está tudo sob
controle. O que não encaixa nesse cenário é o fato de dois daqueles anões ainda estarem
vivos e terem sido mantidos prisioneiros. Teriam suas habilidades de anão usadas para
escavar ainda mais fundo na terra ou alguma diabrura oculta ainda estava
dentro da mina. O mago num esforço incomensurável saiu de sua alcova e nos levou
até o local onde supostamente estaria a entrada secreta da mina, num ponto
justamente entre as duas grandes portas que víamos. Porém nada ali indicava o menor
sinal de que havia algo além de rocha maciça. A resposta era magia, e o mago falou
que viu os bandidos entrarem ali balbuciando palavras arcanas em uma língua de
mundos impensáveis.
Apresentei a estranha planta do salão com colunas e o mago disse não conhecer a
língua ali escrita, mas o desenho retratava uma grande sala localizada no setor
noroeste da mina. Além disso, contamos a ele o evento que presenciamos no Norte,
quando Galvorn tentou sugar a vida do menino Rothrel. Mormesk confessou não fazer
ideia do que esse ritual poderia significar e quais poderiam ser os intentos do poderoso ser,
Para encerrar o encontro, Mormesk nos pediu um favor. Eis seu pedido:
novo lar. Ele foi até um grande sistema de cavernas sob o Dente de Pedra, um
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centro. Ali, Durgeddin disse que construiria a fortaleza secreta de Khundrukar -
o Salão do Esplendor. Ele deixou um mapa para que eu pudesse segui-lo, caso
conseguisse fugir. Vão até lá e procurem saber o que aconteceu com os anões.
indicada por Mormesk. Prometemos cumprir mais essa missão, adicionada por uma
promessa de Varis. Iríamos dar um jeito de acabar com a maldição que prendia seu
Deixamos os aposentos e subimos as escadas para o patamar onde estava a segunda porta
grande no canto leste da caverna. Daqui vimos melhor como terminava a câmara.
Havia dois corredores, um a oeste e o outro seguindo numa escada descendente ao norte.
Além disso, atrás de uma parede, uma porta menor ladeava a grande porta dupla.
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Abrimos essa última, que nos deixou cara a cara com algo saído dos pesadelos de um
louco. Uma bola de carne verde e lamacenta, com um grande olho fitando o além,
fileiras de dentes e quatro tentáculos encimados por olhos menores nos receberam com
um "oi" dito como a essência do mais puro sarcasmo e vilania que fez gelar nossos ossos.
Era um espectador, uma classe mais baixa de observador, conjurado de dimensões além
negócios escusos, porém Uthred num momento de valentia atacou a besta com seu arco
e flecha, que atingiu o infinito atrás do monstro. Varis conjurou uma magia
magia para cima de Uthred como um espelho rebate a luz do sol. Desfalecido no chão, o
incluem Eodion desacordada por sua própria investida e a perda de meu precioso fogo
alquímico, o monstro caiu sob uma flecha que desferi me esgueirando pela porta
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Perigo vencido, pudemos explorar o ambiente. Na salinha lateral encontrei, em um
armário, uma bela armadura polida com um dragão gravado em seu peitoral e um par
e dei os brincos a Eodion e deixei a armadura para que Uthred ou Varis a reclamassem.
O primeiro ficou com o artefato. Na sala grande havia ainda mais móveis, uma
centro finalmente a forja mágica, flamejando suas eternas chamas verdes. Nas
estantes nada além de papel se esfacelando e atrás delas apenas pó. Na parede ao sul
havia um tríptico com pinturas finas e rebuscadas, muito bem conservadas, mostrando
uma palavra escrita em caracteres iguais aos vistos na planta misteriosa, além de um
drthoag radago
vistoriamos a enigmática forja, que lançava sua luz verde pela sala. Tilion
concentrou-se por alguns momentos e suas forças arcanas o revelaram que aquela era
de fato a Forja Mágica de Phandelver. Embora fosse apenas um arremedo do que já foi,
enfraquecida pela exploração de Galvorn, ainda teria forças suficientes para dar
poderes temporários às nossas armas. Banhamos nossas armas nas chamas mágicas
Antes de partir para o setor norte da caverna fomos reconhecer uma porta que deixamos
para trás, no corredor por onde o falso Hallwinter nos indicou. Era apenas uma
pequena sala com diversos barris de bebida já carcomidos e vencidos. Ali não havia
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nada que nos interessasse, mas seria um bom ponto protegido para descansarmos dentro
da mina.
Voltamos para a câmara dos cristais celestes e decidimos seguir pela escada que descia
rumo ao norte, de onde cada vez mais alto, retumbava o som das ondas. Não tardou
para que encontrássemos sua fonte. Um gigantesco lago subterrâneo se perdia de vista
dentro da montanha, e de onde estávamos, víamos apenas sua parte às margens de uma
escarpa, onde estávamos no seu cimo. Seguimos beirando o caminho sobre a escarpa e
cada vez mais rumo ao oeste. Decidimos que não estávamos fazendo nada ali e enfim
fomos explorar o setor noroeste, onde deveríamos ter ido desde o começo.
Seguimos pelo corredor onde Rei Grol nos alcançou e novamente o caminho se bifurcava
a leste e oeste. Uma rápida vistoria a leste revelou uma gigantesca câmara dividida
por uma vala profunda, onde um ralo fio de água ainda corria. No outro extremo, dois
que abandonamos anteriormente. A leste sim, estava nosso objetivo. Guardada por um
pesado portão de ferro, estava a sala ilustrada na planta, com seis colunas segurando
o teto, uma estátua de anão, com grandes pedras brilhantes no lugar das órbitas no
fundo e uma grande águia ladrilhada no piso. E sobre esse piso os peões do jogo. Quatro
prendendo três de nós. Uthred, Tilion e eu estávamos presos ao chão, porém não
incapacitados.
Uthred foi o primeiro que se libertou e correu voltando para o corredor por onde viemos.
Eodion foi derrubada por mísseis mágicos lançados pelo odioso drow. Nesse ínterim
bugbears surgiram de uma passagem no canto leste da sala. Ali vi nosso fim se desenhar,
mas dessa vez não tentamos fugir, e sim ficamos para lutar até o fim. Aranha Negra
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enfeitiçou Uthred, tomando o controle de sus ações, fazendo-o atacar Tilion, que
sucumbiu ante sua espada. Repetidamente, ainda presos por teias, Varis e eu lutamos
contra as aranhas e bugbears, enquanto Enna, agora um grande urso marrom, atacou
o Aranha Negra, tirando seu sangue e fazendo-o sofrer até fugir em disparada, pedindo
por sua vida. Por fim apenas ele ainda estava de pé, quando o último bugbear o
Na passagem a leste havia uma pequena porta fechada, porém a ignoramos porque o
importante agora seria lidar com Aranha Negra, ou melhor Nezznar, que foi como o
maldito se apresentou. O amordaçamos e o levamos pela masmorra até a sala dos barris,
onde sem nenhum sucesso o interrogamos. O leproso, apesar de sua atitude covarde ao se
ver perto da morte, agora parecia bastante indiferente com o risco de vida que corria, e
apenas debochou de nossas ameaças, repetindo uma macabra conversa de que aquilo
em que estávamos nos metendo era algo muito maior que nossa compreensão. Mencionei
a elfa Hûn Aeglosdûr, mas nada em sua linguagem corporal entregou que ele a
conhecesse. Como por meio de interrogatório não avançamos nada, Eodion mais uma
vez se disfarçou como o inimigo, fazendo-se passar por uma drow que vinha ao resgate
do líder. A amarramos e jogamos junto de Nezznar, porém dessa vez ela não demonstrou
sua usual habilidade em criar histórias e logo entregou a farsa. Cansado daquilo
glossário que era justamente o que faltava para que conseguíssemos decifrar a palavra
mágica. Varis se preparava para lançar uma magia que obrigaria Aranha Negra a
apenas falar a verdade - o que poderia nos oferecer informações valiosas sobre os perigos
que nos aguardavam nas Minas da Loucura - quando Eodion, não vendo mais
utilidade no drow, o executou com uma adaga em seu peito, deixando o clérigo
descontrolado de raiva.
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Uma ruidosa discussão se iniciou, com trocas de acusações e julgamentos sobre decisões
erradas de ambas as partes. Uthred apenas olhava, Tilion e Enna se retiraram para
fumar suas ervas no corredor do lado de fora e eu, não vendo como ajudar naquela briga,
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palavra-chave, “Dagor Dagorath”, se é que isso era uma palavra. Ao fim do trabalho
os dois elfos ainda brigavam e aos poucos a discussão esfriou quando foi chegada a hora
assunto, pois não poderíamos ser uma companhia unida se tais atos se repetissem
constantemente.
23 de Tarsakh de 1489
Varis teve novamente uma noite mal dormida e se levantou suando frio. Nos falou que
tem tido pesadelos apocalípticos nas últimas semanas. Nesta noite sonhou com imagens
do mundo sendo destruído por fumaça fria e sufocante, tempestades de raios, ondas de
ácido e incêndios terríveis. Imagens de pessoas queridas para o clérigo, como Arwen, seu
Bahamut. O pesadelo novamente terminara com dez olhos malignos que o seguiam na
escuridão. Ficamos todos apreensivos se eram visões do futuro, porém, nada como um
Agora, crentes de que havíamos descoberto a palavra mágica para abrirmos os portais
das Minas da Loucura, este seria nosso novo foco. Porém, antes de nos embrenharmos
mais fundo ainda nessa nova arapuca, decidimos fazer uma última vistoria no salão
Matamos os dois rapidamente e recolhemos os pertences que levavam, entre eles o cajado
mágico do Aranha Negra, que ficou com Tilion. Além disso havia uma poção de cura,
uma chave, 190pe, 130po, 15pp, 1 caneca de eléctron e 9 pedras preciosas pequenas (10po).
A ganância nesse momento me falou mais alto que a prudência e trepei na estátua do
anão e com a ajuda de um píton e martelo, me pus a arrancar as joias de seus olhos.
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Quando as pedras foram retiradas do local, a óbvia armadilha foi acionada e todo o
teto veio abaixo, injuriando todos. Felizmente os danos não foram permanentes e agora
tínhamos duas pedras preciosas de alto valor para financiar ainda mais aventuras.
bugbears para abri-la. Nada de interessante foi encontrado ali e apenas pudemos
deduzir que aquele era o cárcere onde mantiveram Nundro nesses tempos. E foi para
salvá-lo que nos apressamos em direção ao local onde Mormesk nos indicou a entrada
fazendo a rocha se iluminar em belos adornos refinados que emanavam uma luz
vermelha sepulcral. E ali à nossa frente tínhamos um prisioneiro para resgatar, uma
pedra mágica para recuperar e sabe-se lá quantos inimigos mortais para enfrentar.
Antes de entrar nas Minas da Loucura voltamos para apanhar um pouco de musgo
fosforescente para que Varis pudesse executar seu truque luminoso, além de banhar
na sua metade escombros cobriam o chão. Investigando as pegadas na poeira percebi que
oito pessoas haviam passado por ali. Com muita cautela revistamos os escombros e sob
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eles encontramos dois corpos de drows, ainda conservados, mostrando que o evento foi
percebi inscrições gravadas no chão. Baixei para ler e lá estava escrito nos mesmos
caracteres ainda mais estranhos que os primeiros (TOROG). Torog, o medonho deus
cultuado pelos drows na Tumba dos Mutilados. Falei o nome em voz alta e a gravura
espiral, além de uma pequena câmara em frente. No entanto, quatro pegadas, três
direita. De pronto desconfiamos, era Nundro sendo escoltado por três drows e
provavelmente quatro deles ficaram sob os escombros. Então foi por esse terceiro caminho
que seguimos, onde no fim do corredor uma nova espiral descendente seguia para a
à uma sala de onde os sons de cacarejos e gorgulhos se faziam ecoar. Desconfiados que
eram cocatrizes, monstros cuja bicada podia transformar um homem em pedra, nos
mineiro tombado de ponta cabeça. Não havia dúvida que sob a peça, estaria Nundro
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Eodion pôs dois deles para dormir com sua magia, deixando apenas metade dos problemas
para enfrentarmos. Lancei meu frasco de ácido, mas não longe o suficiente para
pudéssemos atacá-lo sem correr o risco de libertá-lo, o que terminou não sendo uma boa
ideia, uma vez que Uthred trespassou o monstro com sua espada, libertando-o e cortando
minha corda em duas. O segundo bicho adormecido foi morto esmagado quando empurrei
umas das estátuas de drow em cima dele. Quebramos também as outras duas estátuas
Sob o carrinho realmente estava Nundro, assombrado por três dias pelos cocatrizes. Nos
apresentamos e o anão nos agradeceu por salvá-lo. Perguntei a ele como havia se dado
sua captura e sua desventura. Como eu havia imaginado, os anões foram surpreendidos
pelos gnolls, no dia 25 de Ches, e enquanto seu irmão foi morto, Nundro foi entregue aos
drows, que o torturaram, fazendo-o entregar seu irmão Gundren, além de buscarem
masmorra adentro. O bravo anão revelou que seu único desejo agora era vingar o irmão
morto e dar o troco por seu tormentoso sequestro, e assim enfrentaria os perigos que nos
aguardava.
inferior. Sobre o elevador, em idioma anão, estava escrito Udo (UDO). Nundro nos
elucidou que era tradição entre os anões que em suas minas, alguns acessos fossem
dobrar essa curva a parede tomou vida, nos atacando com uma enorme boca cheia de
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dentes e saliva. Não era de fato uma parede, mas um maldito mímico que ocupara um
vão se camuflando para atacar passantes incautos. Esse mímico, porém, escolheu os
passantes errados e não viveu muito para se arrepender. Após a morte da criatura um
novo corredor se abriu à frente, enquanto o corredor original se estendia ainda alguns
metros, antes de descer numa nova espiral. Seguimos pela nova abertura.
Esta seguia um pequeno corredor que virava à esquerda, dando vez a um longo corredor
com uma passagem na parede à direita na metade da passagem e uma nova descida
espiralada no seu fim. Aqui, no entanto, o corredor espiral era guardado por uma
grande esfera, lisa como vidro, feita de obsidiana, que tinha grande chance de ser uma
Havia um novo corredor com esquina à direita seguida de outra à esquerda, onde seguia
uma passagem ladeada por dois novos fossos de elevador, o primeiro intitulado
descendente guardada por uma amigável estátua de um anão estendendo a mão para
ser cumprimentado. Apertei a sua mão e de pronto uma voz ecoou de dentro da estátua
proferindo "a gárgula sabe as palavras secretas que fazem abrir a porta". Vendo que o
ato trazia benefícios, todos repetiram o ritual. Tilion recebeu um anel mágico, Uthred
cinco gemas no valor de 50po, Enna recebeu um novo conselho, "não enfrente o golem
obtiveram a mesma resposta que eu. Então descemos a escada em espiral, nos dirigindo
Ao fim da escadaria havia uma porta. Abrimos e demos de cara com um grande salão
oval, num patamar abaixo de onde estávamos, ladeado por uma pequena escadaria
29
onde estávamos e outra no lado oposto, com uma outra porta. O chão era ladrilhado como
uma catedral e no centro daquilo tudo, uma enorme gema pousava sobre um pequeno
Seus ossos jaziam no chão, com a mão esquálida ainda segurando o fruto de sua
sorte de Uthred, pois em sua algibeira havia cinco gemas no valor de 50po. Além disso, o
sujeito usava uma bela armadura dourada, com propriedades mágicas, a qual Varis
não demorou em se apossar, deixando sua antiga armadura para trás. No altar
encontramos novamente o símbolo das duas espadas negras cruzadas, o mesmo que
vimos na Tumba dos Mutilados, porém aqui havia a escritura com o nome do ser. Escrito
tanto na língua que eu próprio batizei de Nezznar (arioch), como num ainda
mais bizarro idioma (ARIOCH), líamos Arioch. Quando nos preparávamos para
seguir, Eodion ignorou o claro aviso de perigo tocando a gema, gerando um efeito de anti-
gravidade, fazendo com que caíssemos para o teto, onde espetos nos esperavam, furando
carne e pele. Pouco tempo depois, o efeito acabou e novamente despencamos para o chão
nos ferindo ainda mais. Aos poucos começamos a entender dolorosamente o porquê de as
Machucados e humilhados seguimos pela porta no canto oposto que levava a uma nova
espiral, descendo ainda mais na terra. Ao fim da espiral havia um corredor que
entrava a direita e ali encontramos o fundo dos fossos dos elevadores Durgeddin e
Mormesk. Aguardando nossa passagem dois insetos, grandes como cães, espreitavam. Um
deles atacou Uthred transformando sua imponente espada em ferrugem num piscar de
olhos, revelando que aqueles eram monstros da ferrugem. Por sorte as pragas morreram
antes que pudessem causar novos estragos. Numa entrada nas paredes do corredor uma
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velha mochila desgastada guardava 3 poções de cura, 1 poção
maligno, que ainda não tínhamos visto até então, tampouco ninguém o conhecia. Um
olho maligno, sem pálpebras, com três dentes pendendo de suas bordas. Tilion empurrou
a porta que se abriu sem dificuldade, porém Varis e Uthred ao passarem pelo arco foram
ajoelhei e prestei uma reverência como a figura fazia, causando a irritação de Varis,
prestava homenagem a algum deus das trevas. Infelizmente a atitude não me livrou
de um choque, pois após me ajoelhar, cruzei o arco em pé. Foi Eodion quem, seguindo a
ideia, cruzou todo o caminho ajoelhada, e mostrou-nos que essa era a forma de transpor
a armadilha profana.
Após o portal uma nova descida em espiral levou a um pequeno corredor, com um fosso
no caminho, coberta por uma ripa de madeira. O fosso tinha a inscrição de outro líder
dos anões, Bon (BON), que segundo Nundro, foi o fundador da mina de Phandelver. Ao
passar pelo fosso ouvimos alguém gritar lá em baixo, pedindo por socorro e repetindo que
corredor espiralado descia ainda mais no interior da terra. Aqui antes do corredor dar
uma volta completa, havia na parede à esquerda, uma porta com um buraco oco em
seu meio, ornada com dentes entalhados, como uma bocarra escancarada e com os dizeres
"veja por mim, veja por ti" (VEJA POR MIM VEJA POR TI). Após tentativas de abri-
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la, de decifrar um possível enigma e de uma longa discussão, onde alguns queriam
seguir enquanto outros insistiam em estudar a porta, enfiei a cabeça pelo buraco,
fazendo com que minha carne e sangue ficassem translúcidos, me dando uma
efeito achou por bem botar o dedo na abertura, tendo também o mesmo efeito em seu
membro. Derrotados pela insistência dos demais, seguimos o corredor deixando para trás
o estranho objeto e eu segui fascinado e aterrorizado pela ideia de, usando um espelho,
poder ver minha própria caveira exposta sem, no entanto, estar morto ainda. Para
No fim da espiral havia um novo portal, esse ainda mais ameaçador. Uma grande
caveira sobre um sol negro, o símbolo do deus Cyric, enfeitava a porta. Varis fez a
descrição desse deus maligno e o que foi revelado não era nada animador:
era um mortal durante os Tempos das Perturbações e foi a chave para a resolução
desse período caótico. No entanto, ele também era um traidor egoísta e um assassino.
assassinato – o mais famoso deles, segundo a lenda, é que Cyric assassinou Mystra,
assim causando a Spellplague. Aqueles que não adoram Cyric veem-no como um
alegações como sendo heresias. Seu Príncipe das Mentiras não é um louco
deturpado, mas um deus da majestade escura que prova que, no final, todas as
patrono tendem a ser sádicos, vigaristas e coisas piores. Outras pessoas rezam para
Cyric quando querem fazer o mal, mas não querem que os outros descubram”.
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Sentindo que ali se encontrava todo o mal da terra retornamos e fomos descansar
trancados na sala de piso ladrilhado. No caminho passamos ainda pelo portal dos
choques, todos ajoelhados, afora Varis, que manteve sua fanática visão do mundo,
autêntico mártir.
Nosso descanso foi interrompido no meio da noite pela visita de um perigoso troll, que
24 de Tarsakh de 1489
Acordamos e fizemos uma rápida refeição, porém necessitávamos de água e Varis por
mineiro encontrados na sala onde encontramos Nundro. Assim pudemos matar a sede e
Descemos pela espiral onde Conan havia sentido cheiro de troll, e após dar voltas e
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provavelmente era o covil do troll que nos atacou, e por fim desembocamos no corredor
Fomos então até o corredor onde a ameaçadora esfera de obsidiana jazia. Investigando
o piso, vimos que de fato, aquela bola negra desceria sobre nós caso descêssemos por ali.
tornando possível que nos esgueirássemos na parede caso ela se lançasse sobre nós. E assim
arriscamos nossas vidas naquele corredor mortal. Como imaginamos, não tardou para
que alguma armadilha arcana fosse disparada e a pesada esfera se precipitasse ladeira
abaixo. Apenas Conan fugiu a tempo, todos os outros foram alcançados pelo monólito
todos se mantiveram vivos no fim das contas. Ao fim do corredor descendente a esfera
atingiu uma área onde uma magia a teleportou de volta para seu canto original.
Nessa área estava gravado o símbolo de Set (set) assim como seu escamoso nome,
mais uma vez em dois caracteres distintos (SET), no entanto aqui escrito com
outra grafia, apenas um S e sem H. Seria um outro deus serpente ou apenas uma nova
Seguimos em frente pelo corredor e em dado momento Tilion sentiu uma forte aura
arcana vinda de trás de uma parede, que parecia ter sido fechada às pressas.
de pedra preta entortada, com 3 metros de altura, cheia de uma névoa púrpura
brilhante e partículas como flocos de neve. Aos poucos a imagem foi tomando a forma
E havia, ladeando esse primeiro, outros três, cada um apontando para uma direção
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diferente e apresentando uma imagem distinta. Segue a descrição do que víamos em
Portal Oeste -
Havia uma cidade de muitas torres, ocupando um vasto recife acima da bifurcação
norte de um rio. A escarpa sobre a qual a cidade foi construída era uma impressionante
e adequada defesa, mas o espaço era escasso no plano, fazendo com que a cidade parecesse
ter mais torres do que qualquer outra cidade de seu tamanho. Era uma cidade apertada
com muitas torres altas, unidas por pontes e com varandas suspensas, de modo que a
espalhavam pela área em volta do cume. Tilion se lembrou de ter passado por essa cidade
Portal Norte -
Vimos através do portal, a luz da manhã banhar altas torres, fazendo-as cintilar.
Cada torre era de uma tonalidade diferente. Existiam mil cores suaves: rosados intensos,
amarelos cor de pólen, púrpuras e verdes pálidos, malvas, marrons e alaranjados, vagos
azuis, brancos e dourados. Tudo parecia belo à primeira luz do dia. Um grande porto era
protegido por um labirinto de canais. Uma torre se destacava sobre o porto e sobre o imenso
monte que adentrava até o centro da laguna. Era uma torre verde mar, baixa e
robusta em comparação com a maioria das torres, mas ainda assim resultava em uma
edificação formosa e destacada, com amplas janelas de onde se podia avistar todo o
Portal Sul -
Aqui restos sombrios de uma outra e esquecida era: enormes pilares quebrados, lançando
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caindo aos pedaços; blocos de pedra ciclópicos tombados; ídolos despedaçados, cujas feições
cortada pela tortuosa linha de um rio seco há muito tempo. No meio da imensidão, as
garras pontiagudas das ruínas, as colunas erguidas como mastros rompidos de navios
naufragados. E tudo isso dominado pelo enorme domo de marfim. A base do domo era um
projetado sobre as margens do antigo rio. Degraus largos conduziam a uma grande porta
de bronze no domo, que repousava sobre sua base como a metade de algum ovo titânico.
Portal Leste -
Uma grande planície, espalhando-se numa escuridão disforme que some de vista.
O vento soprava do Oeste, e as grandes nuvens subiam alto, flutuando para o Leste;
mesmo assim apenas uma luz cinzenta chegava aos campos desolados. Ali a fumaça
subia do chão e espreitava nas concavidades; vapores escapavam das fissuras da terra.
Ainda distante, pelo menos a quarenta milhas, víamos montanhas, com seus pés
onde seus topos estavam envoltos em densas nuvens. As montanhas pareciam dormir
num sono sem fogo, ameaçadoras e perigosas como feras adormecidas. Atrás delas
pairavam uma sombra vasta, ominosa como um céu de trovoada, sobre um longo
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E era isso. Afora o primeiro portal, os demais não pareciam sequer pertencer à nossa
realidade e ninguém ali foi capaz de reconhecer que lugares eram aqueles. Tilion
alertou que aqueles eram portais que poderiam nos levar para locais muito distantes e
pior ainda, planos diferentes do cosmo, numa viagem só de ida e com certo assombro
Saímos da gruta e seguimos o pequeno corredor, virando à esquerda onde um mais longo
corredor se estendia, com dois fossos no meio do caminho, ambos transpassados por ripas de
madeira a serem usadas como ponte. Varis amarrou uma corda em torno do torso e subiu
no primeiro arremedo de ponte, que não aguentou seu peso fazendo-o despencar
ruidosamente nos cerca de 9 metros de fosso. Uthred, que segurava a corda, não conseguiu
suportar todo o peso e teve suas mãos levemente queimadas como resultado. Eodion por
meio de seu feitiço de mãos mágicas lançou outra corda amarrando o torso do clérigo e
pusemo-nos a içá-lo com pressa uma vez que ele gritou algo sobre um horror gelatinoso
estar tentando atacá-lo. Quando estávamos prestes a salvá-lo, vimos em seu encalço
subindo pelas paredes do fosso um cubo gelatinoso, o horror ao qual ele se referia, um
monstro que engolfa e corrói suas vítimas. Tentando escalar pela corda ao mesmo tempo
que a puxávamos, o clérigo, sem muitas habilidades acrobáticas e pesado por sua
seria o fim do nosso companheiro, não fosse um forte puxão na corda que demos,
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gosmento e resgatamos Conan de sua armadilha. Enna curou Varis que levantou
Enfim consegui pular sobre o primeiro fosso e usar a madeira do segundo para fazer com
fim do fatídico corredor. Ao ser aberta, nos deparamos com a dantesca cena. Uma enorme
parecendo ser o líder, prostrado sobre um barril de madeira, gritando palavras de ordem.
Tentei enganá-lo, afirmando sermos amigos de Udo Dirkschneider, e que estávamos ali
para ajudá-los, mas a resposta foi que aquele era o próprio Udo, que com certeza já
mão uma picareta e na outra um pergaminho e gritava coisas como "bolas na parede"
encerrou com os anões derrotados, mas tivemos a primeira baixa na nossa equipe. Conan
jazia sob meus pés, sangrando e sem vida, dando seu último suspiro em meus braços.
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23-04-2017 (Minas da Loucura - 2º Dia)
No fundo da caverna havia um poço onde uma lúgubre névoa pairava, cobrindo o chão
e impedindo de saber o quão fundo era aquela névoa. Na parede, distante algo em torno
névoa seria o túmulo de Conan, pois não deixaria seu corpo ali ao relento para ser
comido por mortos-vivos. Fui até a margem do poço sob os olhares inquisidores de Varis,
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que talvez quisesse arrastar o corpo consigo pelos corredores da mina. Os laços que me
unem ao esplendoroso animal ainda estão acesos na minha mente e sei que nos
inanimado do meu companheiro, que foi engolfado pela névoa. Consternado pela
despedida, não percebi que a névoa foi levantada pelo movimento e rapidamente
aquilo atingiu meus olhos, me causando imensa dor. De repente, eu estava cego e em
desespero tentei limpar meus olhos com água, o que só causou mais desgraça, pois a
névoa transformou-se num líquido corrosivo, que queimou meus olhos. Era mais uma
Então nos pusemos a investigar a caverna. Na mão do esqueleto de Udo, estava uma
picareta com ponta de diamante, que poderia ser a picareta anunciada pela estátua
nome escrito em dois idiomas distintos. Como os outros, aqui estava o idioma de Nezznar
porta por onde viemos era ladeada por outras duas portas equidistantes e de mesmo
tamanho. E na parede adjacente ao sul, havia um corredor aberto, que foi por onde
seguimos.
Esse corredor subia numa espiral até uma câmara onde havia uma pequena
plataforma. No seu cume jazia uma pequena quantidade de enormes ovos de pássaros
quebrados, como e fosse um ninho abandonado. Numa das paredes havia um túnel
abertura no poço das névoas. Definitivamente ninguém entraria ali. Havia dois
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corredores espirais ascendentes, que eram justamente aqueles dois que vimos no primeiro
corredor da entrada da mina, o que significava que finalmente tínhamos varrido toda
aquela área da masmorra. Havia ainda uma pequena câmara, também com um
cocatrizes enjaulados. Então voltamos para a caverna dos esqueletos para averiguar
Além da porta por onde viemos, havia outras duas. A primeira estava trancada com
espigões de ferro fincados no chão. Uthred retirou-os e abriu a porta, que estranhamente
indicava que algo deveria ser mantido preso ali e decidimos não descobrir o que era.
Fechamos a porta, repusemos os espigões e partimos para a outra porta. Nessa, um longo
corredor se estendia por vários metros até uma porta na outra extremidade. No meio do
caminho um elfo e um anão jaziam mortos. Tilion sentiu que ali havia algum tipo
cautelosamente, e chegando perto dos corpos, vimos que o anão estava crivado de
flechas, enquanto o elfo tinha uma única seta enfiada na cabeça de baixo para cima,
como se tivesse se suicidado. Na parede, desenhado com sangue estava um símbolo de sua
ordem, que segundo Tilion era um dos símbolos dos harpistas, uma organização semi-
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Encravado no chão vimos o símbolo da deusa Lolth, e seguindo o mesmo padrão dos outros
acionar alguma armadilha demoníaca, mas antes que pudéssemos investigar, Uthred
transpassou-a, fazendo com que a porta às nossas costas se fechasse, deixando Enna do
lado de fora e o resto de nós presos naquele local maligno. Encontramos na mão do elfo
“Que magia vil! Preso nesse corredor escuro e estreito, sem meios de escapar. Helmut
comeu a última das minhas rações, e agora me olha com olhos famintos. Acho que
E foi isso que ele fez, aparentemente. Varis pegou um manto que o elfo possuía, com ares
flechas restantes, pois teriam mais uso contra o mal agora na minha mão.
qualquer das duas portas, o corredor se esticava, como num pesadelo, e a porta ficava
cada vez mais distante de nós. Tilion concentrou-se naquela magia maligna e
entendeu que aquele era um truque ligado à forma como enxergávamos o mundo. Varis
teve a genial ideia de seguir andando para trás, e em poucos passos suas costas
Chamamos Enna e ela nos acompanhou, todos andando de costas, como uma trupe de
loucos. Cada vez mais aquele lugar fazia jus ao seu nome.
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Abandonando a porta, seguimos um novo corredor estreito que terminava com uma
passagem. Eodion invocou-a e seus olhos acenderam com uma maligna luz vermelha e
proferiu as palavras:
Cyric era o príncipe das mentiras, disse a ele: ‘Você deve fazer
uma afirmação. Se ela for verdadeira, eu te condenarei à prisão eterna. Se ela for
falsa, te despedaçarei’. Depois que Cyric fez a sua afirmação, Ao decidiu libertá-lo e o
E a resposta desse enigma seria a chave para abrir o portal de Cyric no patamar abaixo.
Seguimos o corredor abaixo e numa outra curva, emoldurado atrás de um vidro estava
elétrica, incluindo minha pessoa. Ao menos agora estávamos de posse dos artefatos
indicados pela estátua do anão, que poderiam atingir um golem. Seguimos o corredor e
nos deparamos com a porta que translucidou minha carne, agora pelo lado oposto do que
Antes de finalmente enfrentarmos o perigo por trás da porta de Cyric, decidimos explorar
o elevador Udo. Então Enna e Tilion subiram na base de madeira e nós os descemos
segurando as grossas cordas de cânhamo. O que ocorreu lá embaixo não sei aos detalhes,
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mas segundo os relatos posteriores havia um corpo coberto de fungos segurando uma bela
espada curta. Tilion com mãos mágicas puxou a espada para si, mas a distância não
era o suficiente para livrá-lo do gás que os fungos expeliram ao serem perturbados,
levando o mago ao chão. Enna gritou que içássemos o elevador e foi o que fizemos. Varis
curou Tilion do envenenamento e Enna guardou a espada. E então era chegada a hora
estátua e evitaríamos até o fim um confronto com um golem, se de fato ele existisse. E
então concordamos que estávamos prontos. Não podíamos estar mais errados.
Após todo o tempo em que a gárgula jogou seu enigma, fiquei remoendo-o em minha
mente. E por fim cheguei à conclusão que sabia a resposta. Se Ao disse a Cyric que
fizesse uma afirmação, que se fosse verdade, seria preso e se fosse mentira, seria
dizer que Cyric afirmou algo que nem poderia ser verdade nem mentira. Cyric afirmou
que Ao o despedaçaria. Se isso fosse mentira, Ao teria que despedaçá-lo, o que tornaria
a afirmação verdadeira, criando um círculo vicioso que enganou o próprio Ao, que para
não ser injusto se viu obrigado a libertar Cyric. E assim foi, proclamei “Despedaçar-
me-ás” perante a porta, que abriu passagem para nós. E assim como se abriu, fechou-se
Um corredor dando algumas voltas e chegamos à uma sala com um altar de sacrifícios
no seu centro. Sobre o altar um velho corpo esquelético jazia com um punhal fincado
em seu peito. A marca de sangue seco manchava uma canaleta que se perdia num
pequeno buraco que levava sabe-se lá para que inferno. Na parede atrás do altar uma
grande laje de obsidiana pairava como um espelho negro. E escrito na pedra do altar
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estava marcada nossa sentença “O sacrifício é a única entrada e a única saída”. Depois
de muito ponderarmos sobre o que significava aquilo, foi Nundro que proferiu as
palavras que ninguém tinha coragem de dizer em voz alta. Só sairíamos daquelas
paredes sacrificando um de nós sobre o altar. O anão mais uma vez deu prova de sua
continuar lutando contra aqueles malditos e limpasse a sua existência da terra, além
de deixar a mina segura para que Gundren pudesse enfim ter paz e alguma
solução, porém ficou cada vez mais claro que aquela era nossa única opção. Uthred
derrubou o esqueleto do altar e Nundro deitou-se. Houve uma comoção geral e Varis fez
uma pantomima se oferecendo para morrer em seu lugar, mas foi logo ignorado. Uthred,
Tilion e eu nos convencemos que aquele era o único caminho a ser tomado, enquanto os
outros três se negavam a consumar o fato. Tilion vendo Nundro deitado no altar se
precipitou, pegou o punhal do corpo e tentou cravá-lo no anão, sendo impedido por Varis.
Nundro, o único bravo naquele momento, absteve-se e ficou deitado, já entregue ao seu
destino. Agi mais rápido do que alguém pudesse reagir e apunhalei o peito do anão, com
lágrimas intangíveis nos olhos e pesar no coração. E assim o sangue escorreu pelo buraco,
fazendo com que a laje negra recuasse para dentro da parede abrindo um novo corredor.
Do fim do corredor uma luz vermelha e sons de enormes martelos ecoavam como trovões
em nossos ouvidos. Gravado na pedra, o símbolo de Tiamat, bem como seu nome em duas
Furtivamente fomos até a abertura avaliar o que nos esperava e vimos a cena que fez
gelar o sangue nas veias. Um enorme golem de ferro, moldado em ferro e fogo, bruto como
o metal do qual era feito, minerava a krimsonita nas paredes quebrando-as com seus
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próprios punhos, esmagando rocha como alguém esmaga uma batata cozida sobre a
mesa. As paredes reluziam com luz própria iluminando parcamente a grande caverna
impedida por um maciço bloco que deixava apenas duas estreitas passagens de cada
assim foi. Transformada em rato, a druida desapareceu pelas estreitas brechas da rocha
e nos deixou esperando alguns longos minutos. Vimos o rato voltar se esgueirando pelas
que após o bloco de pedra havia uma caverna pelo menos três vezes maior que aquela
que víamos, repleta de insetos gigantes, os quais ela não soube identificar. No lado
direito havia uma grande passagem por onde uma enorme criatura roxa passava de
instantes em instantes, como se dando voltas num túnel. Do lado esquerdo havia uma
pequena gruta, onde o corpo de um mago jazia ao lado de seu grimório, que ela trouxe
para entregar a Tilion. O mago deu uma rápida olhada no livro e viu que se tratava
providencial pergaminho da magia arrombar. Talvez fosse nosso passe para fora
daquela arapuca.
Infelizmente nada daquilo servia para nos tirar de onde estávamos no momento.
Teríamos que todos passar pelo golem, e encontrar uma forma de abrir caminho pelo
bloco rochoso. E foi aí que me ocorreu a ideia. Se aquela criatura era um constructo
feito com o único objetivo de servir a um propósito, sem vontade própria e com o poder de
derrubar montanhas, ele seria a chave de saída. Assumi que o nome encontrado no
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assim o chamaríamos. Foi acordado que Eodion tinha carisma e poder de atuação certos
para se passar por um mestre, e assim a instruí que tomasse a poção de invisibilidade
que eu carregava e fosse até perto do ser, chamando-o de Angauthur e o ordenasse que
fosse minerar krimsonitas na outra câmara. Assim ela o fez, com exímia maestria
adjacente, fazendo-o abrir uma imensa passagem na rocha, para nosso regozijo e
deleite.
Demos um tempo para que o golem se acomodasse em sua tarefa e então carregando o
corpo de Nundro nos braços seguimos silenciosamente o caminho aberto. Passando pela
nova abertura pudemos ver que antes de ir minerar no local indicado, o gigante
esmagou todos os insetos além de um morcego gigante banhando o chão da caverna com
patas, sangue e asas negras. Seguimos beirando a parede da caverna e fomos até a
passagem alta onde, num patamar abaixo de nós, víamos a cada minuto um enorme
verme púrpura dar voltas como se procurasse algo em seu caminho para ser devorado. A
saída seria esperar o bicho passar e corrermos atrás dele sem sermos vistos, até encontrar
uma saída pela tangente. Enna, no entanto, achou melhor fazer um prévio
dando uma volta completa e retornando até onde esperávamos. Segundo ela havia
uma porta na parede à direita e teríamos tempo de correr até lá e abrir a porta,
escapando daquele inferno. Devido à necessidade de correr rápido, decidi que era hora de
nojento animal, para correr, junto aos meus companheiros para alcançarmos a
prometida porta.
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Conseguimos alcançar a porta, porém abri-la era outra coisa. Gravada em sua fronte
estavam os símbolos de Set, Lolth, Kiaransalee, Torog, Tiamat e Arioch, sobrepostos pelo
símbolo que vimos na porta com um homem ajoelhado: Um olho maligno, sem
pálpebras, com três dentes pendendo de suas bordas. Eu me preparava para pronunciar
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os nomes dos seis deuses que conhecia
senhor, eu o liberto da sua prisão no Eterno Vazio. Retorne pela Porta da Noite para dar
Traduzimos o texto e descobrimos que o que estava escrito ali eram justamente os dizeres
que Eodion recitou tocando Rothrel na Tumba dos Mutilados. Ao contrário do que
pensamos na época, não era uma oração de proteção ou abjuração, mas sim uma
nós os responsáveis pela sua libertação de alguma prisão do além. Na parede sul
haviam gravadas em grandes botões de pedra as letras formando os nomes daqueles seis
deuses negros, unidos por toda aquela rede de intrigas divina. Parecia um código para
abrir uma passagem secreta, e logo deciframos que deveriam ser pressionadas as letras
que formavam o nome MELKOR. Então uma pequena alcova se abriu, revelando uma
bacia de pedra com formato de duas mãos em concha com cerca de 1 metro de diâmetro.
Havia um pequeno buraco no teto através do qual sangue escorria para dentro da
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bacia de pedra, enchendo-a. Devíamos estar bem abaixo do altar e aquele era nada
Eodion aproximou-se da bacia, enfiou a mão no sangue do anão e retirou uma pedra
branca levemente esférica opalescente com um núcleo de diamante astral. Era a coisa
mais linda e perfeita que já vi em minha vida e provavelmente era o mesmo para meus
parceiros. Ela atraía energia para si como um ímã fraco. Dentro de sua superfície
brilhante, havia imagens refletidas de cenas passadas e triunfos. Era com certeza um
tesouro único.
No entanto, pouco depois que Eodion retirou a pedra da bacia de sangue, ainda
vermelha, bem como nossos corpos e qualquer coisa que ali estivesse. Eodion desfaleceu,
caindo como um boneco sem vida no chão, enquanto sua energia, ou mesmo sua alma,
era sugada pela pedra através de uma névoa negra que saia de seu corpo flácido. Aos
poucos todos nós começamos a nos transformar em pedra, da mesma forma que ocorreu
com Uthred naquela caverna no Norte, meses atrás. A dor era excruciante, todos os meus
próprios corpos. Então a Pedra tornou-se completamente negra e vimos o resto da vida
ser drenada de Eodion. A feiticeira jazia no chão, completamente pálida e com olhos
opacos.
A pedra escorregou de sua mão e caiu no chão, com um baque surdo, rolando pelo
pavimento liso da sala com um som seco, deixando um rastro de sangue em seu percurso.
Escutamos então sons de passos vindos do Leste, de um lugar que não havia porta
alguma até então. Uma figura feminina esguia, branca como a lua, abaixou-se e
pegou a joia com elegância. Hûn Aeglosdûr! Era óbvio que ela estava enfiada até o
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pescoço naquela trama. A bruxa do além caminhou até Eodion, levantou a cabeça
inerte e sorriu com desdém, deixando escapar em seguida que seria melhor ter arrastado
a feiticeira por aqueles cabelos brancos até ali. A intrigante afirmação, que denotava
Duas novas peças entraram no jogo, zombando ainda mais de nosso infortúnio,
respondendo à elfa que deuses preferem mover peças em tabuleiros. E era isso o que nós
éramos. O cínico ser era alto, com olhos vermelhos como chamas, trajando uma
anos, também trajando uma armadura negra de metal. Já havíamos visto essa
criança antes, embora parecesse ter crescido bastante desde quando a conhecemos:
Era Rothrel Gommok. Seus olhos estavam agora completamente brancos e não havia
expressão em seu rosto. Depois percebemos que seu nome era um anagrama daquele que
meio daquela intriga cósmica, manipulados como golens de carne. O ser maior, que
àquelas alturas eu tinha certeza se tratar de Lorde Galvorn, informou Aeglosdûr que
tudo tinha dado certo, uma vez que a pedra havia capturado a essência do sangue
Valar, expressão que ainda é um mistério para mim. Referia-se ao sangue de Nundro,
Eodion ou algo além da nossa visão? Dizendo isso, o ser negro afirmou que apenas um
enquanto o sangue vermelho escorria pela ferida. Tudo em volta ficou terrivelmente
frio. Antes que a Pedra da Eternidade caísse no chão, a criança a segurou com uma das
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mãos enquanto se atirou sobre o pescoço da moribunda, bebendo o sangue que escorria e
pulsava do pescoço.
- Melkor Morgoth, meu senhor, eu o liberto da sua prisão no Eterno Vazio. Retorne pela
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A cena era suja e blasfema. Uma escuridão enorme tomou conta da sala, drenando
mágica daquele local para o corpo da criança. Depois de minutos, que pareceram
sua forma original. A criança levantou-se banhada em sangue divino, como uma
montanha que avança sobre o mar e tem seu topo acima das nuvens, revestida com
gelo e coroada de fumaça e fogo. Galvorn ajoelhou-se perante a entidade que crescia em
poder e forma e que com um simples gesto, criou um portal. As duas figuras o
Então aos poucos comecei a escutar algo sussurrar no fundo de minha mente.
“Minha centelha se esvai, mas hoje consegui enganar o príncipe das mentiras, o
que enganou o próprio Oculto. Ele é o meu pai e já teve muitos nomes, nesse plano e
vingança dessa traição. Vocês me devem um pacto de sangue. Todos vocês! Gorthaur
finalizou aqui o ritual, conseguindo resgatar seu mestre, preso a milênios atrás em
outro plano: Melkor - Morgoth Bauglir, o tirano sinistro inimigo do mundo. Ele
precisará de tempo para recuperar seu poder plenamente, talvez meses, talvez
anos, mas é a maior ameaça aos planos de existência do que qualquer evento
Torog, Arioch, Set. Cada um desses possui atualmente um anel forjado aqui há 200
anos. Só possuindo todos eles Sauron poderá ser derrotado. Quem sabe que novos
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aliados ele poderá conseguir com a chegada de seu mestre? Consegui enganá-lo, ele
acha que vocês estão todos mortos. No entanto, Cyric tomou meus poderes. Por isso,
caso vocês fraquejem em sua vontade, há um risco grande que ele os perceba. Caso
Nezznar estava certo afinal de contas. Não tínhamos ideia de onde estávamos nos
metendo e fomos meros peões, manipulados por aqueles deuses desde o início, que nos
usaram para concluir seu escabroso intento. Agora tínhamos o dever de impedir que
aquele tenebroso evento, clamado por todos como Dagor Dagorath, se consumasse. E para
isso teríamos que ir atrás desses malditos anéis forjados por Galvorn e espalhados pelos
Aos poucos voltamos a tornar-nos carne, recobrando nossas faculdades físicas e mentais.
Varis iluminou a sala e pude ver Eodion levantando-se com um novo sopro de vida em
seu corpo, bem como o resto de nós sentimos o poder de uma deusa fluir para nossas almas.
Para meu alívio, aparentemente meu rosto havia voltado ao normal, bem como o dedo
mínimo de Eodion. De uma forma estranha, me senti muito mais poderoso do que eu era
gato preto e 6 diamantes. Nesse momento sob o altar abriu-se uma passagem formada
por uma escada para a sala de sacrifício, resolvendo nossos problemas para sair dali. O
portal de Cyric também se encontrava aberto. Corremos como demônios por entre
corredores sem pestanejar nem pensar duas vezes. Partimos daquela maldita
masmorra, onde jamais deveríamos ter entrado, deixando para trás o corpo de dois bravos
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