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Calendário e Festas Judaicas

http://www.hebcal.com (conversor de datas)


Acesse ao link acima para descobrir a data de seu aniversário hebraico que é
o o dia em que você realmente nasceu! É possível instalar, gratuitamente, um
aplicativo no seu computador ou smartphone, para acompanhar As datas
importantes no judaísmo .
AGENDA 5776 / 5777
Atestado para justificar faltas na escola para Shabat e Yom Tov ( Imprimir e
entregar para a diretoria). Nessas datas é proibido ir ao trabalho também por motivos
religiosos
Nesses seguintes dias o trabalho e a frequência à escola são proibidos por motivos
religiosos.
 Se você é o dono da sua empresa não esqueça de avisar a sua secretária para não
marcar reuniões nas datas que constam nesse atestado .
 Se você trabalha em uma empresa avise o RH para descontar essas datas dos seus dias
de férias.
 Coloquei nesse atestado somente as festas judaicas em que o trabalho é expressamente
proibido nelas, em festas como Chanuca pode-se trabalhar normalmente
 Atenciosamente – Rabino Avraham Eitan Gloiber

Os meses judaicos são :


Tishrei , Cheshvan , Kislev , Tevet , Shevat , Adar (às vezes, Adar II
também)Nissan , Iyar , Sivan Tamuz , Av , Elul
Os meses judaicos são Lunares . É por eles que são determinadas as festas
judaicas, o horário das Tefilot (rezas) e outras Mitzvot.
De início, esses nomes podem parecer difíceis de serem gravados. Mas, ao
decorrer do ano, sem que se note, você já estará familiarizado com eles , com
os Yamim Tovim (festas judaicas) e as estações relacionadas a cada um.

O Ano Judaico
Como dissemos, o mês judaico se inicia com o nascimento da lua que aparece
no céu como um crescente estreito que gradualmente se torna mais pleno a
cada noite, até ficar perfeitamente cheio e redondo, no meio do mês. Então, a
Lua “encolhe” até desaparecer totalmente por volta do fim do mês, apenas
para reaparecer no começo do novo mês. Quando a Lua surge primeiramente
como um estreito crescente, é chamada em hebraico de Molad – ( novilúnio ,
nascimento da Lua). No Shabat anterior a Lua nova, anunciamos e
abençoamos o novo mês (exceto o mês de Tishrei, que é abençoado
unicamente pelo próprio D’us).
De um nascimento da lua ao seguinte passam-se pouco mais de 29 dias e
meio. Esta é a duração do mês. Mas, uma vez que não podemos ter metade do
dia pertencendo a um mês e a outra metade ao seguinte, o calendário foi
construído de maneira a termos, às vezes 29 dias, e às vezes 30 dias no mês
judaico. Nunca mais, nem menos.
É por isso que, às vezes, temos um dia de Rosh Chôdesh (início do mês) e às
vezes dois. Quando temos um dia de Rosh Chôdesh, significa que o mês que
se finda tem 29 dias; se temos dois dias de Rosh Chôdesh, o primeiro pertence
ao mês anterior (ou seja, é o 30º dia do mês que finda), enquanto o segundo
dia de Rosh Chôdesh é o primeiro dia do novo mês. Assim, quando anunciamos
o novilúnio de Iyar, por exemplo, dizemos: “Rosh Chôdesh Iyar será no
domingo e na segunda-feira; que nos venha para o bem”.
Esta proclamação informa-nos imediatamente que o mês de Nissan, que se
finda, teve 30 dias, enquanto o primeiro dia de Iyar cairá na segunda-feira
seguinte.
Num ano “comum” temos seis meses “cheios” (ou “completos”) de 30 dias
cada, e seis meses “curtos” de 29 dias, seguindo-se um ao outro (30, 29, 30,
29 etc). Isso nos dá um total de 354 dias no ano judaico. (Em certos anos
“perdemos” um dia, e em outros “ganhamos” um, fazendo com que o número
total de dias num ano seja de 353, 354, ou 355, conforme o caso. Há boas
razões para isso como, por exemplo, evitar que Yom Kipur caia numa sexta-
feira, ou num domingo, para não se seguirem dois dias de Shabat).
Naturalmente, é importante que conheçamos o calendário judaico, pois
precisamos saber quando observar as nossas festas religiosas. Rosh Hashaná,
por exemplo, é o primeiro e segundo dia de Tishrei; Yom Kipur é o décimo dia
de Tishrei, e Sucot começa no décimo quinto dia de Tishrei; Pêssach começa
no décimo quinto de Nissan, e Shavuot é no quinquagésimo dia seguinte, (i.e.,
6 e 7 de Sivan). E então, há Chanucá e Purim, e ainda os dias de jejum. O
próprio Rosh Chôdesh é como se fosse um pequeno feriado, ocasião em que
fazemos orações especiais. Na Amidá e no Bircart Hamazón, por exemplo,
costumamos acrescentar o trecho de Yaalê Veiavô.
A Torá nos fala do mês e do dia da celebração de uma festa, como também da
estação do ano em que deve ser comemorada. Por exemplo, que Pêssach deve
ser na primavera (considerando-se as estações do Hemisfério Norte) – a
estação em que nossos antepassados saíram do Egito – e Sucot deve ser no
outono (tudo tendo como referência a terra de Israel). Portanto, não devemos
ignorar o sistema solar que determina as quatro estações do ano (Tecufot).
O Ano Solar tem pouco menos de 365 dias e meio, enquanto o Ano Lunar tem
cerca de 11 dias a menos! Portanto, se ignorassemos inteiramente o Ano
Solar, nossas festas não seriam na mesma época a cada ano, com relação à
estação do ano, e iriam atrasar 11 dias. Em cerca de três anos, sairiam fora de
sua respectiva estação por aproximadamente um mês; em nove anos, por
cerca de três meses. E a festa de Pessach que pela Torá tem que ser na
primavera cairia no Inverno !
Por essa razão, não devemos permitir que o Ano Lunar se distancie do Ano
Solar; e sempre devemos aproximá-los. É por isso que o calendário judaico
tem um mês a mais a cada três anos, ou seja, os 11 dias de diferença a cada
três anos formam um novo mês de Adar.
Adicionamos um mês de Adar, e o mês de Adar normal se torna Adar ,
empurrando Nissan para o seu lugar apropriado, que é na Primavera e assim
todas as outras festas cairão na época certa e nas estações adequadas.
O calendário judaico é de fato maravilhoso. Nossos sábios, que construíram
um calendário para todos os tempos, eram realmente sábios nas ciências da
Astronomia e da Matemática.
É preciso um período de 19 anos para “ajustar” o Ano Lunar e o Ano Solar,
para que ambos comecem exatamente ao mesmo tempo, sem defasagem.
Portanto, o calendário judaico está dividido em períodos (ou ciclos) de 19 anos.
Em cada período, ou ciclo, há sete anos embolísmicos: o 3º, 6º, 8º, 11º, 14º,
17º e 19º.
Assim, torna-se fácil descobrir se um ano judaico qualquer é embolísmico.
Divide-se o ano judaico por 19; se o resto for 3, 6, 8, 11, 14, 17 ou 19 (no
último caso, não sobrará resto), este será um Ano Embolísmico.
Festas do ciclo do ano Judaico

TISHREI :
Rosh Hashaná

O Aniversário do Universo
Rosh Hashaná, considerado o aniversário do Universo, é na realidade o sexto
dia da Criação, quando D’us criou o primeiro homem, Adam – o propósito de
toda a Criação. O primeiro ato de Adam foi proclamar D’us como Rei do
Universo. Por isso, a cada Rosh Hashaná coroamos
o Todo Poderoso como Regente do mundo, reafirmando nosso compromisso de
servi-Lo apropriadamente. Assim como D’us completou a Criação no primeiro
Rosh Hashaná, a cada Rosh Hashaná Ele reavalia a qualidade de nosso
relacionamento com Ele, assumindo uma vez mais o sustento do mundo. Nisto
se constitui o julgamento de Rosh Hashaná.
Nossos sábios explicam que em Rosh Hashaná somos julgados por D’us. Se
merecedores,D’us nos inscreverá no Livro da Vida. Dez dias depois, em Yom
Kipur, o Livro é selado. Pelo arrependimento sincero, preces e práticas de
caridade, podemos suaviza
Véspera de Rosh Hashaná –
Neste dia distribui-se tsedacá aos pobres para que possam comprar o
necessário para Yom Tov.
• Hatarat Nedarim (anulação de promessas) é realizada na sinagoga após
Shacharit (a Prece Matinal), perante um tribunal de dez homens.
• Entre as compras feitas para Rosh Hashaná deve-se incluir uma fruta da
nova estação que ainda não foi ingerida, para poder recitar a bênção de
Shehecheyánu no acendimento das velas e no kidush da segunda noite
Hatarat Nedarim –
A cerimônia de Hatarat Nedarim anula qualquer promessa não cumprida por
esquecimento ou força maior. É realizada antes de Rosh Hashaná para que o
ano novo reinicie sem conexão com qualquer falha do passado.
Leis e costumes de Rosh Hashaná
Comemora-se Rosh Hashaná por dois dias, 1 e 2 de Tishrê –
• As atividades proibidas no Shabat também o são em Rosh Hashaná, com
exceção de carregar (objetos permitidos) num domínio público e cozinhar para
as refeições do mesmo dia.
• Deve-se deixar uma vela ou fogo aceso antes do pôr-do-sol, que dure o
suficiente para que, as velas da segunda noite de Rosh Hashaná possam ser
acesas e a comida preparada a partir desta chama. É proibido criar fogo em
Yom Tov (riscando um fósforo). Somente é permitido passar o fogo de uma
chama previamente acesa com um palito ou vela (tomando cuidado de não
apagá-la posteriormente).
• Em Rosh Hashaná os tefilin não são colocados.
A principal mitsvá de Rosh Hashaná é ouvir o toque do shofar. De acordo com
a Torá deve-se ouvir pelo menos trinta toques. Porém é costume ouvir cem
toques, trinta após a leitura da Torá e o restante durante e após o término das
orações.
• Deve-se prestar atenção especial às bênçãos antes do toque do shofar e
responder amên.
• Ao ouvir o toque do shofar, a pessoa deve ser despertada para retornar a
D’us e proclamá-Lo como Rei do Universo.
• A partir do momento em que as bênçãos do shofar são recitadas até os
últimos toques (no final do serviço religioso), os presentes devem permanecer
em completo silêncio, sem conversar.
• Ao retornar da sinagoga, recita-se o kidush da noite de Rosh Hashaná
• Costuma-se usar chalot redondas em Rosh Hashaná simbolizando, entre
outras razões, a coroação de D’us neste dia. Expressa-se também a esperança
de que o ano novo seja perfeito e traga o melhor de tudo para cada um.
• Distribui-se um pedaço da chalá para cada participante, mergulhando-o no
mel antes de comer. Isto é feito em todas as refeições da Festa. Antes de
ingerir a chalá, pronuncia-se a bênção “Hamôtsi” .
• Na primeira noite de Rosh Hashaná, antes de iniciar a refeição, mergulha-se
uma maçã doce no mel. Recita-se a bênção da fruta e um pedimos à D’eus nos
nos dar um ano bom e dôce.
• Em Rosh Hashaná costuma-se comer coisas que simbolizam doçura, bênção
e fartura. Portanto, vinho doce ou bebidas doces, peixe e carne gorda fazem
parte desta refeição. (Não se come nada temperado com vinagre ou raiz forte
para não
ter um ano amargo. Nozes também não.)
• Serve-se cabeça de peixe ou carneiro (na prática, a língua é utilizada) para
representar o desejo de ser “cabeça”, sobressaindo-se com justiça e servindo
de exemplo para todos.
• Tsimes, um prato de cenouras doces, também é servido. A palavra yidish
para cenouras é meren, que também significa acrescentar. Assim, tsimes
representa o desejo de possuir mais méritos que falhas
• Outros alimentos especiais são: alho-poró, acelga, tâmara, abóbora-
moranga, feijão fradinho e romã.
• O bolo de mel é também uma sobremesa tradicional durante esta época
• Na conclusão da refeição, recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon),
encontrada no Sidur (Livro de Rezas). Acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô,
lembrando a data de Rosh Hashaná (Yom Hazicaron).
Em Rosh Hashaná à tarde, logo após Minchá (a Prece Vespertina), é costume ir
até um lago ou poço onde haja peixes, para recitar a prece de Tashlich e
invocar a mercê Divina. Esta oração encontra-se no Machzor (Livro de Rezas)
de Rosh Hashaná. A palavra tashlich advém do versículo: “Tu jogarás (tashlich)
seus pecados
nas profundezas do mar.” A água simboliza bondade; e os peixes, com seus
olhos sempre abertos, representam a vigilância constante da Divina
Providência
No final do segundo dia de Rosh Hashaná recita-se a havdalá encontrada no
Sidur, sem acender a vela trançada e sem cheirar as especiariasAcesse o Link
abaixo e veja a brachá para os alimentos simbolicos de Rosh Hashaná
http://www.chabad.org.br/datas/rosh/indexA.html
*(Fonte Chabad.org.br)

Jejum Guedalya
Motivo do jejum: Guedalyá ben Achicam, governador de Israel, foi assassinado
em Rosh Hashaná 3339, dois meses após a destruição do Primeiro Templo,
causando a dispersão do povo judeu remanescente. Nossos sábios fixaram o
jejum para o dia seguinte a Rosh Hashaná.
Comemora-se: Dia 3 de Tishrei
Duração: 1 dia. Inicia-se no dia seguinte a Rosh Hashaná, ao alvorecer, e
termina com o surgimento das estrelas.
Obs: Se esta data ocorrer no sábado, o jejum é transferido para o domingo.
Os Dez dias de Teshuvá
Os dez primeiros dias do mês de Tishrei – os dois dias de Rosh Hashaná, os
sete dias que se seguem e Yom Kipur – são época propícia para reparar falhas
e nos aproximar de D’us, chamados de Dez Dias de Teshuvá.
Teshuvá: Significa retorno. O judaísmo enfatiza que a centelha Divina da alma
é boa. Não se alcança o verdadeiro arrependimento por meio da severa auto-
condenação, mas pela percepção de que nosso mais profundo desejo é realizar
o bem de acordo com a vontade de D’us. Os sete dias entre Rosh Hashaná e
Yom Kipur são oportunos para fazer teshuvá pelo ano que passou

Yom Kipur

Dia do Perdão
O que comemora-se: Após o pecado do bezerro de ouro, Moshê rezou e, em
dez de Tishrei, D’us concedeu pleno perdão ao povo judeu. Quando uma
pessoa perdoa outra, isto se deve a um sentimento profundo de amizade e
amor que anula o efeito de qualquer mal que tenha praticado. Do mesmo
modo, o amor Divino é expressão de Seu amor eterno e incondicional.
Embora possamos ter transgredido Sua vontade, nossa essência, a alma,
permanece Divina e pura. Yom Kipur é o único dia do ano em que D’us revela
mais claramente que nossa essência e a Sua são uma só. Ao nível da alma, o
povo judeu é todo igual e indivisível. Sempre que se demonstra a união
essencial, agindo com amor e amizade, mais será revelado o amor de D’us.
Comemora-se: Dia 10 de Tishrei
Duração: 1 dia
Costumes
Na madrugada da véspera de Yom Kipur (ou nos dias precedentes) é realizado
o ritual de caparot.
• Segura-se um galo branco (para os homens) ou uma galinha branca (para as
mulheres), enquanto é recitada uma breve prece .
• As aves são ritualmente abatidas e uma soma equivalente a seu real valor é
doada aos pobres.
• Pode-se também fazer caparot com dinheiro, doando-o a seguir para
tsedacá.
Fazendo as Pazes
• Yom Kipur perdoa pecado cometido contra D’us; transgressões praticadas
contra o próximo são perdoadas somente após ter se desculpado
pessoalmente.
Outros Costumes da Véspera de Yom Kipur
• É mitsvá todos os homens irem ao micvê na véspera de Yom Kipur para
entrar com pureza no Dia Sagrado.
• Após Shacharit (a Prece Matinal) é costume pedir à alguém um pedaço de
lêcach (bolo de mel). A intenção é, caso seja decretado que durante o ano a
pessoa deva receber caridade, que cumpra sua pena ao pedir este lêcach.
Aquele que entrega o lêcach deve desejar um ano bom e doce.
Antes de Minchá (a Prece Vespertina) deve-se dar bastante tsedacá.
Neste momento deve-se dar também o resgate das caparot. É costume
distribuir caixinhas ou pratos pela sinagoga para coletar esta tsedacá. O Báal
Shem Tov afirmou: “O barulho das moedas nos pratos destrói as forças
negativas.”
As Refeições
• Na véspera de Yom Kipur é mitsvá fazer duas refeições fartas – uma no
almoço e
outra à tarde. Dizem nossos sábios: “Todo aquele que come e bebe na véspera
e jejua
em Yom Kipur é considerado como se jejuasse dois dias seguidos.”
• Costuma-se usar chalá redonda, mergulhando os pedaços no mel, após a
ablução das mãos e recitação das bênçãos “Al netilat yadáyim” e “Hamôtsi” .
• Na última refeição antes do jejum não se come peixe. Costuma-se comer
creplach,tradicionais pasteizinhos de carne.
• Os alimentos desta refeição devem ser de fácil digestão.
• Deve-se convidar pessoas pobres para a mesa, principalmente na última
refeição, para que a mesa sirva como capará (expiação).
Abençoando os Filhos
• Os pais costumam abençoar os filhos com a Bênção Sacerdotal antes de ir
à sinagoga, desejando que sejam selados para uma longa vida, com temor a
D’us:
Velas: Acendem-se as velas na véspera, do pôr-do-sol com as bênçãos
apropriadas.
• O jejum de Yom Kipur inicia-se antes do pôr-do-sol
e termina ao completo anoitecer .
• As atividades criativas proibidas no Shabat também o são em Yom
Kipur, inclusive carregar em propriedade pública. Portanto deve-se tomar
cuidado para não transportar o livro de orações, talit e óculos de leitura ou
qualquer outro objeto. Estes devem ser deixados na sinagoga antes do início
do jejum.
A proibição de comer e beber em Yom Kipur recai até mesmo sobre uma
quantia mínima.
Existe, porém, uma quantia estipulada de comida ou bebida que, se ingerida,
consiste em transgressão de uma proibição maior. No caso de um doente que
deve comer, conforme veremos adiante, deve ser-lhe dada, na medida do
possível, uma quantia menor que esta quantia. No caso de líquidos, deve ser
dado ao doente o equivalente a menos de uma bochecha cheia a cada nove
minutos, ou pelo menos a quatro minutos, se for suficiente. No caso de
alimentos sólidos,
deve-lhe ser dado menos de 30 centímetros cúbicos no prazo acima, se
possível. É preferível beber a comer neste dia em caso de doença.
As crianças que já entendem a santidade do dia não costumam comer
guloseimas neste dia.
Até mesmo enxaguar a boca não é permitido.
Se a pessoa não tem força suficiente para ir à sinagoga em jejum, deve
permanecer em casa,de cama, mas jamais comer para ter forças para ir à
sinagoga ou rezar. Se a pessoa sabe que se for à sinagoga passará mal, talvez
precisando comer no meio do jejum, não deve ir.
Além de abster-se de comer e beber, em Yom Kipur também é proibido:
Usar perfumes, óleos, desodorantes, maquiagem ou loções.
Lavar-se.
Calçar sapatos de couro (mesmo que sejam parcialmente de couro).Manter
relações conjugais

*(Fonte: chabad.org.br)Sucot

Um período alegre é iniciado com a festa de Sucot, compensando o solene


período de Rosh Hashaná e Yom Kipur.
O que comemora-se: Nos quarenta anos de peregrinação pelo deserto, ao sair
da escravidão egípcia em direção à Terra Prometida, os judeus foram cercados
por nuvens de glória, com as quais D’us envolveu o povo em sinal de proteção.
Para celebrar este evento e aumentar nossa consciência do amor todo
abrangente de D’us, recebemos a ordem: “Em sucot (cabanas) deveis habitar
por sete dias”. Construimos por este motivo uma sucá, moradia temporária,
cujo teto é coberto de folhagens.
Há mitsvot nas quais utilizamos apenas algumas partes de nosso corpo, por
exemplo: a mitsvá de tefilin, filactérios, que envolve o braço e a cabeça; tefilá,
prece, envolve a mente e o coração e assim por diante.
Mas embora as Nuvens de Glória desaparecessem no quadragésimo ano, na
véspera da entrada na Terra de Israel, nunca cessamos de acreditar que D’us
nos dá Sua proteção, e esta é a razão de termos sobrevivido a todos nossos
inimigos em todas as gerações.
Durante a festa de Sucot, os homens devem comer diariamente numa sucá
(cabana) especialmente construída para este fim. Nestes sete dias, não é
permitido comer fora da sucá qualquer refeição que contenha pão ou massa.
Há aqueles que não costumam beber nem ao menos um copo de água fora da
sucá.
Nos primeiros dois dias e noites da festa, o kidush, prece sobre o vinho,
antecede a refeição. Nas duas primeiras noites, é obrigatório comer na sucá ao
menos uma fatia de pão (além do kidush), mesmo que esteja chovendo. Nos
outros dias, se chover, é permitido fazer as refeições dentro de casa.
Comemora-se os primeiros dois dias: Dia 15 e 16 de Tishrei
Duração: 2 dias. Inicia-se antes do pôr-do-sol da véspera e termina ao
completo anoitecer do segundo dia.
Velas: Acendem-se as velas na véspera, antes do pôr-do-sol do primeiro e do
segundo dia com a bênção apropriada.
Kidush: Recita-se o kidush dentro da sucá ao retornar da sinagoga após a
Prece Noturna, Arvit, e na manhã do dia seguinte, após a Prece Matinal,
Shacharit e Mussaf, a Prece Adicional, ao retornar da sinagoga, ambos sobre
uma taça repleta de vinho.
OBS: Os tefilin não são colocados durante os sete dias de Sucot.
CHOL HAMOED SUCOT – DIAS INTERMEDIÁRIOS
Duração: 5 dias, do 3º até o 7º dia.
Costumes
Quatro Espécies
Durante todos os dias de Sucot (exceto Shabat) deve-se recitar a bênção sobre
as quatro espécies. Elas são compostas de um etrog (cidra), um lulav
(palmeira), três hadassim (galhos de mirta) e duas aravot (folhas de salgueiro).
Dentre muitas explicações, cada uma das quatro espécies representa um tipo
de judeu. As quatro espécies juntas simbolizam a união do povo judeu;
precisamos uns dos outros. As quatro espécies são balançadas nas quatro
direções, para o alto e para baixo e para ambos lados, direito e esquerdo, para
frente e para trás, simbolizando a presença Divina em toda a parte.
Refeição
Durante toda a festa, os homens devem fazer as refeições dentro da sucá.
É costume comer chalot redondas e mergulhar cada fatia no mel antes de
comer, durante os dois dias de Yom Tov.
O kidush e as bênçãos das velas não são recitados em Chol Hamoêd (exceto
shabat chol hamoêd).
Proibições
Trabalho: Todos os trabalhos são permitidos em Chol Hamoed. Evita-se, porém,
na medida do possível, escrever e executar outros serviços específicos como
costurar. Se o fizer, é preferível que o faça de maneira não perfeita. É
preferível contratar serviços profissionais após Chol Hamoed: dentista,
alfaiate, etc, sempre que possível.
Roshaná Rabá
O sétimo dia de Sucot é chamado Hoshaná Rabá (Grande Hoshaná) sendo
considerado o último dia do “julgamento” Divino no qual o destino do novo ano
é determinado. O Salmo L’David Hashem Ori, que tem sido acrescentado à
nossa prece diária desde 1º de Elul, é recitado nesta data pela última vez.
Leis e costumes
Estudo noturno
Costuma-se permanecer acordado na noite de Hoshaná Rabá (este ano, na
noite entre domingo e segunda-feira) e estudar Torá. Recitamos todo o Livro de
Devarim e o Livro de Tehilim. Em algumas congregações é costume para o
Gabai distribuir maçãs (significando um ano doce) para todos.Na noite de
Hoshaná Rabá é costume ficar de vigília, recitando Salmos e Ticun (coletânea
de trechos das Sagradas Escrituras especialmente compilados).
Salgueiro e hoshanot
Além das Quatro Espécies usadas a cada dia de Sucot, é uma “mitsvá
rabínica”, datando da época dos Profetas, segurar um aravá adicional, ou
salgueiro, no sétimo dia de Sucot. No Templo Sagrado, grandes ramos de
salgueiro com 6 metros eram colocados ao redor do altar. Atualmente,
fazemos um feixe com cinco ramos de salgueiro e os carregamos junto com as
Quatro Espécies ao redor da mesa de leitura da sinagoga durante as preces
Hoshaanot, das quais recitamos hoje uma versão mais completa, fazendo sete
circuitos ao redor da bimá (em vez do único que é feito diariamente). Na
conclusão de Hoshaanot golpeamos o chão cinco vezes com o feixe de
salgueiro, simbolizando “amenizar as cinco medidas de severidade”.
Refeição
Uma refeição festiva no almoço é feita na sucá. Mergulhamos o pão no mel
(como fazemos em toda refeição festiva desde Rosh Hashaná) pela última vez.
Hoje também é a última ocasião na qual recitamos a bênção especial para
comer na sucá. pois o mandamento bíblico de habitar na sucá é apenas para
sete dias (embora seja prática em muitas comunidades – e este é o costume
Chabad – de comer na sucá também no oitavo dia, Shemini Atsêret).
*( Fonte: Chabad.org.br )
Shemini Atzeret

” O oitavo Dia da Assembléia Solene” é uma festa à parte ao final de Sucot. Há


uma prece especial por chuvas para a Terra de Israel
Comemora-se: Shemini Atseret ou o Oitavo dia da Assembléia em 22 de
Tishrei.
Duração: 1 dia. Antes do pôr-do-sol até a véspera do pôr-do-sol do dia
seguinte.
Kidush: Ao retornar da sinagoga recita-se o kidush da noite de Yom Tov sobre
uma taça repleta de vinho, dentro da sucá.
Após as orações do dia, ao retornar da sinagoga, recita-se o kidush referente
ao dia de Yom Tov.
Yizcor: No dia de Shemini Atsêret recita-se Yizcor em memória de entes
queridos falecidos.
Costumes
Hacafot
Nas noites de Shemini Atsêset, após a prece noturna, Arvit, realizam-se sete
Hacafot (voltas) com os Rolos da Torá ao redor da bimá (mesa destinada à
leitura da Torá) com danças e alegria. É costume trazer as crianças para
participarem das Hacafot.
Refeição
Costuma-se comer na sucá, mas sem recitar a bênção Leshêv Bassucá.
Costuma-se usar chalot redondas e mergulha-se cada fatia três vezes no sal
antes de comer.
Proibições
As mesmas atividades criativas proibidas no shabat também o são em Shemini
Atsêret, exceto carregar em domínio público, cozinhar para as refeições a
serem consumidas no mesmo dia (se for utilizado fogo de uma chama acesa
desde a véspera) e outras atividades ligadas à preparação dos alimentos.
Simchat Torá

O Júbilo com a Torá – Marca o ciclo anual da leitura da Torá que é terminado e
reiniciado neste dia. Dançamos e nos alegramos com a Torá
Comemora-se: Dia 23 de Tishrei
Duração: 1 dia
Velas:Acendem-se as velas antes do pôr-do-sol com a bênção apropriada.
Kidush: Ao retornar da sinagoga recita-se o kidush da noite de Yom Tov e após
as orações do dia, ao retornar da sinagoga, recita-se o kidush referente ao dia
de Yom Tov, ambos sobre uma taça repleta de vinho.
Costumes
Na noite de Simchat Torá, após a prece noturna, Arvit, realizam-se sete hacafot
(voltas) com os rolos da Torá ao redor da bimá com danças e muita alegria. É
costume trazer as crianças para participarem das hacafot.
Em Simchat Torá as refeições não são mais realizadas na sucá.
Costuma-se comer chalot redondas e mergulhar cada fatia três vezes no sal
antes de comer.
Todos os homens são chamados à Torá. Meninos menores de bar mitsvá são
chamados todos juntos à Torá. A porção final da Torá é lida, completando o
ciclo anual, e a seguir, a leitura é reiniciada (primeira porção, do primeiro livro,
Bereshit).
*( Fonte: chabad.org.br )
CHESHEVAN : Não tem festas judaicas.
KISLEV:
Chanucá

Chanucá significa, literalmente, “Inauguração”. A festa recebeu este nome em


comemoração ao fato histórico de que os macabeus “chanu” (descansaram)
das batalhas no “cá” (25º dia) de Kislêv.
Duração: 8 dias.
Por que comemora-se
Antiocus, rei da Síria, governou a Terra de Israel depois da morte de Alexandre,
o Grande. Pressionou os judeus a aceitarem a cultura greco-helenista,
proibindo o cumprimento das mitsvot (preceitos) da Torá e forçando a prática
da idolatria pagã.
Antiocus foi apoiado por milhares de soldados de seu exército. Em 165 AEC, os
Macabeus, corajosos lutadores oriundos de uma família de muita fé, os
Chashmonaim, apesar do antagonismo esmagador, saíram vitoriosos de uma
batalha travada contra o inimigo.
O Templo Sagrado, violado pelos rituais greco-pagãos, foi novamente
purificado e consagrado e a Menorá (candelabro) reacesa com o azeite puro de
oliva, descoberto no Templo.
A quantidade encontrada era suficiente para apenas um dia, mas
milagrosamente durou 8 dias, até que um novo óleo puro pudesse ser
produzido e trazido ao Templo. Em lembrança destes milagres comemoramos
Chanucá durante oito dias.
Sobre Chanucá
Por Eliyahu Kitov
Os oito dias da Festa de Chanucá começam em 25 de Kislev. As luzes são
acesas toda noite durante os oito dias da festa.
Os Sábios (Shabat 21b) perguntaram: O que é Chanucá? Os Rabinos
ensinaram: A partir do vigésimo quinto dia de Kislev, são observados oito dias
de Chanucá, durante os quais não são feitas eulogias e o jejum não é
permitido. Pois quando os gregos entraram no Santuário, profanaram todos os
azeites [usados para acender a Menorá]. E quando a Casa Hasmoneana
prevaleceu e os derrotou, eles procuraram e encontraram apenas uma ânfora
de azeite com o selo do Cohen Gadol – e esta jarra tinha azeite suficiente para
queimar um dia. Mas ocorreu um milagre e o azeite ardeu durante oito dias.
No ano seguinte, os Sábios designaram estes oito dias como uma festa, com
canções de louvor e agradecimentos. Durante o período do segundo Templo
Sagrado, os reis gregos emitiram decretos rigorosos contra Israel, banindo
suas práticas religiosas e proibindo-os de estudar Torá e cumprir as mitsvot.
Eles roubaram o dinheiro e suas filhas, entraram no Santuário e os atacaram,
profanando tudo que era ritualmente puro. Causaram grande angústia a Israel
e oprimiram os judeus até que o D’us dos nossos pais teve misericórdia deles
e os libertou, salvando-os das mãos de seus inimigos. A Casa Hasmoneana –
os Cohanim Guedolim – prevaleceram, matando-os e salvando Israel das mãos
deles. E eles nomearam um rei dentre os cohanim, e o reino de Israel foi
restaurado por mais de duzentos anos, até a destruição do Segundo Templo
Sagrado.
Foi no dia 25 de Kislev que Israel prevaleceu e venceu seus inimigos. Entraram
no Santuário e encontraram apenas uma ânfora [de azeite] puro. Continha o
suficiente para um dia, mas eles acenderam as luzes da Menorá e durou oito
dias, até que prensassem azeitonas para extrair azeite puro (Rambam, Hilchot
Chanuca 3).
Os Sábios daquela geração portanto decretaram que esses oito dias,
começando em 25 de Kislev, fossem designados dias de júbilo e louvor, e que
se acendessem luzes na entrada das casas em cada uma dessas oito noites,
para divulgar o milagre. E estes dias são chamados de Chanucá –
[inauguração, consagração; pode-se também interpretar a palavra como]
chanu [eles descansaram] ca [no vigésimo quinto] – pois no vigésimo quinto
dia eles descansaram da batalha contra seus inimigos.
O Talmud declara que os dias foram designados para “prece e agradecimento”.
Cumprimos a obrigação de “louvor” recitando Hallel completo durante
Shacharit, as preces matinais em todos os oito dias de Chanucá. A obrigação
de “agradecimento” é cumprida recitando-se Al haNissim que é inserido na
prece Amida e no Bircat Hamazon, prece de Graças Após as Refeições quando
se ingere pão, hamotsi.
Costumes de Chanucá

Como Acender a Chanukiá:


Uma Chanukiyá tem oito braços numa fila reta de igual altura. O shamash
(vela auxiliar), usado para acender a Chanukiyá, é colocado mais alto ou à
parte das outras. Uma Chanukiyá que funcione com eletricidade pode ser
usada como decoração de Chanucá, mas não cumpre a mitsvá (conexão com
D’us) de acendimento da Chanukiyá.
Parte da mitsvá de Chanucá é a divulgação do milagre de Chanucá, portanto
colocamos a Chanukiyá no batente oposto à mezuzá, ou numa janela,
claramente visível do lado de fora. Velas podem ser usadas, mas devido ao seu
papel no milagre de Chanucá, uma Chanukiyá com azeite é especialmente
significativa.
Na primeira noite de Chanucá, reúna a família para o acendimento da
Chanukiyá. Antes de acender, recite a bênção apropriada. Utilize o shamash
para acender a primeira vela, no extremo direito da Chanukiyá.
Na segunda noite, acenda uma vela adicional à esquerda da vela acesa na
noite anterior. Repita o mesmo processo a cada noite de Chanucá, onde a vela
a ser acesa é sempre a nova, procedendo da esquerda para a direita. As velas
devem arder durante pelo menos meia hora.
Se uma vela apagar durante o período em que deveria estar ardendo, deve ser
reacendida. Na noite seguinte, os pavios e o azeite restantes podem ser
reaproveitados.
A luz da chanukiyá é sagrada e não pode ser utilizada para outro fim, como
leitura ou trabalho.
Acendimento na véspera e após o Shabat
Na tarde de sexta-feira, acendemos as velas de Chanucá pouco antes das
velas de Shabat. (No Shabat, o sagrado dia de repouso, é proibido acender
uma chama). A chanukiyá não pode ser tocada ou removida depois de seu
acendimento na sexta-feira até sábado após o anoitecer. No sábado, as velas
de Chanucá somente são acesas após o final do Shabat, depois que a prece de
Havdalá é recitada.
Luzes, velas, ação!
Primeiro, acende-se o shamash, depois pronuncia-se as seguintes bênçãos:
1. Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech Haolam, asher kideshánu
bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner Chanucá.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com
Seus mandamentos, e nos ordenou acender a vela de Chanucá.
2. Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech Haolam, sheassá nissim laavotênu,
bayamim hahêm, bizman hazê.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que fez milagres para
nossos antepassados, naqueles dias, nesta época.
Na primeira noite ou pela primeira vez, acrescenta-se:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech Haolam, shehecheyánu vekiyemánu
vehiguiyánu lizman hazê.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos
manteve e nos fez chegar até a presente época.
Em seguida, acendem-se as velas da chanukiyá com o shamash, da esquerda
para a direita. Após acender as velas, coloca-se o shamash à esquerda da
chanukiyá de modo que fique mais alto do que as chamas da chanukiyá, e
recita-se:
Hanerot halálu ánu madlikin al hateshuot, veal hanissim, veal haniflaot,
sheassíta laavotênu, bayamim hahêm, bizman hazê, al yedê cohanêcha
hakedoshim. Vechol shemonat yemê Chanucá, hanerot halálu côdesh hem,
veen lánu reshut lehishtamesh bahen, êla lir’otan bilvad, kedê lehodot ul’halel
leshimechá hagadol, al nissêcha, veal nifleotêcha, veal yeshuotêcha.
Nós acendemos estas luzes em virtude das redenções, milagres e feitos
maravilhosos que realizaste para nossos antepassados, naqueles dias, nesta
época, por intermédio de Teus sagrados sacerdotes. Durante todos os oito dias
de Chanucá, estas luzes são sagradas, e não nos é permitido fazer qualquer
uso delas, apenas mirá-las, a fim de que possamos agradecer e louvar Teu
grande nome, por Teus milagres, Teus feitos maravilhosos e Tuas salvações.

Sevivon:
Antíoco decretou que cada aula de Torá era crime punível com morte ou
prisão. Em desafio, as crianças estudavam em segredo, e quando as patrulhas
sírias eram avistadas, fingiam estar jogando uma inocente brincadeira de pião,
também conhecido como dreidel (em yidish) e sevivon (em hebraico).
As Letras
Todo sevivon possui quatro lados com uma letra hebraica em cada um deles.
Cada letra é a inicial de uma palavra. As quatro letras são:
Nun primeira letra da palavra Nes, que significa “milagre”
Guimel primeira letra de Gadol, que significa “grande”
Hei primeira letra de Haya, que significa “era” ou “foi”
Shin primeira letra de Sham, que significa “lá”
Juntas, estas letras formam a frase: “Um grande milagre aconteceu lá”.
Em Israel, ao invés da letra shin (para designar sham, lá), o sevivon possui a
letra pei de pô, (aqui) para que as letras dos lados do pião forme a frase: “Um
grande milagre aconteceu aqui”.
Atualmente
Uma vez que as crianças têm dinheiro e tempo livre, é natural que acabem
brincando com o sevivon.
Mas o sevivon também tem uma mensagem especial: possui quatro lados,
cada um com uma letra do alfabeto hebraico, formando a frase: “Um grande
milagre aconteceu lá”, mostrando assim que, mesmo nos momentos de lazer,
a pessoa deve lembrar que a Providência Divina dirige tudo, em todas as
situações.
Chanucá Guelt:
Durante Chanucá é costume dar guelt (dinheiro) aos filhos, para ensinar-lhes a
intensificar a caridade e as boas ações, e incrementar o espírito festivo da
data.
Essa sutil forma de “suborno” é um componente essencial no processo
educacional. Maimônides discute a importância de usar incentivos e prêmios
até que uma criança tenha idade suficiente para entender por si mesma a
importância e a beleza da Torá e mitsvot.
O dinheiro que damos as crianças, o guelt de Chanucá, celebra a liberdade e o
mandato de canalizar a riqueza material para fins espirituais.
Chanucá guelt pode ser dado a qualquer tempo no decorrer de Chanucá
(exceto no Shabat). Alguns têm o admirável costume de dar o guelt em todas
as noites de Chanucá. Em Chabad, é costume dar toda noite, mas entregar
uma soma maior na quarta ou na quinta noite.
Sonhos e Bolinhos de Batata:
Veja receitas para Chanucá: https://ongtora.com/culinaria/
Na festa de Chanucá há o costume de ingerir comidas fritas em óleo como
bolinhos de batata (levivot ou latkes), e sonhos (sufganiyot). Estes alimentos
são preparados e degustados em honra ao milagre que ocorreu com o azeite.
Pratos à base de laticínios, como bolinhos de queijo, são também apreciados,
pois lembram os feitos de uma famosa heroína judia, Yehudit, na época do
Segundo Templo Sagrado de Jerusalém.
Israel encontrava-se sitiada pelo cruel e opressivo exército Greco-Sírio. Yehudit
ajudou a assegurar a vitória para as forças judaicas, assassinando o terrível
general do exército grego, Holofernes. Deu a ele queijo salgado para comer,
acompanhado de vinho forte para eliminar sua sede. O vinho o “derrubou”
fazendo-o cair em sono profundo. Yehudit então tomou de sua espada e o
matou. Os soldados do general fugiram com medo. A vitória dos Macabeus
seguiu-se a este ato de coragem
*( Fonte: pt.Chabad.org )
TEVET : Assará Betevet
SHEVAT:

Tu B´Shevat -O Ano novo das


árvores
Dia 15 de Shevat é o Ano Novo das Árvores.
Segundo a lei judaica, há um ciclo agrícola de sete anos, concluindo com o ano
sabático.
Quando o Templo Sagrado estava de pé em Jerusalém, nos anos um, dois,
quatro e cinco desse ciclo, os fazendeiros eram conclamados a separar um
décimo da sua produção e comê-la em Jerusalém. Este dízimo é chamado
Maaser Sheni, o Segundo Dízimo , porque é em edição aos (dois por cento que
devem ser dados aos Cohanim, e aos) dez por cento que são dados ao Levitas.
No terceiro e no sexto anos do ciclo, em vez de os proprietários comerem o
Maaser Sheni em Jerusalém, eles davam este segundo dízimo aos pobres, que
tinham permissão de consumi-lo onde quisessem. [No ano sabático, não são
separados dízimos. Toda a produção que cresce durante este ano não tem
dono e está livre para qualquer pessoa pegar.]
Portanto era de vital importância que o novo ano começasse para a produção.
Nossos rabinos estabeleceram que um fruto que brotava antes de 15 de
Shevat é produto do ano anterior. Se brotasse depois, era produto do “ano
novo”. [Em comparação, cereais, vegetais e legumes têm o mesmo Ano Novo
que os seres humanos, o 1º de Tishrei.]
Por que é assim?
Na região do Mediterrâneo, a estação chuvosa começa com a Festa de Sucot.
Leva aproximadamente quatro meses (de Sucot, 15 de Tishrei, até 15 de
Shevat) para as chuvas da nova estação saturarem o solo e as árvores
produzirem frutos. Todos os frutos que brotarem antes são produto das chuvas
do ano anterior, e são separadas como dízimo junto com as colheitas do ano
anterior.
Embora esse dia seja Rosh Hashaná para as árvores, conferimos uma
importância especial a este feriado porque “O Homem é [comparado à] árvore
do campo” (Devarim 20:19). Cultivando raízes fortes – fé e comprometimento
a D’us – produzimos muitos frutos – Torá e mitsvot.
Leis e Costumes
Neste dia é costume partilhar os frutos pelos quais a Terra Santa é louvada
(Devarim 8:8): azeitonas, tâmaras, uvas, figos e romãs. Se provar qualquer um
desses frutos pela primeira vez na estação, lembre-se de recitar a bênção
Shehecheyanu. (Uma bênção recitada em ocasiões festivas, agradecendo a
D’us por “nos sustentar e nos permitir chegar a essa ocasião.” Esta bênção é
recitada antes da bênção padrão Há’etz, recitada sobre os frutos.
Devido à natureza festiva do dia, omitimos as seções Tachanun (pedidos de
perdão e confissão) das preces.

Há diversas formas de comemorar este dia tão especial em nosso calendário.


Refletir sobre a imensidão dos milagres encontrados na natureza, já é um forte
motivo para celebrar a data de Tu Bishvat.
Preservar a natureza, plantar árvores, transmitir amor e cuidados com as
plantas, também é positivo. Mas comemoramos o aniversário das árvores
agradecendo ao Criador pelas bênçãos que nos envia nos fornecendo sustento
e abençoando todas Suas criaturas através da ingestão de novos frutos,
conforme o costume askenazita, ou conforme os sefaraditas. Estes seguem a
comemoração cabalística originária da cidade de Tsefat, que toma a forma de
um sêder, similar ao de Pêssach, onde cerca de 12 frutas seguem uma
determinada ordem de degustação, acompanhadas por leituras específicas.
As doze frutas
Trigo
É a base de sustento, mas necessita de muito trabalho para crescer, ser
colhido e processado (a cevada, embora não esteja incluída neste sêder, é
uma das sete espécies pelas quais Israel é enaltecida. Usada com frequência
para alimentar animais, sua designação para o ômer inspira nossos esforços
na subjugação de nosso instinto animal).
Azeitona
Fornece o melhor óleo quando o fruto é esmagado. O azeite flutua sobre
outros líquidos.
Tâmara
É frequentemente uma metáfora para a retidão, pois a tamareira é alta,
frutífera e impenetrável a mudança de ventos, assim como devemos ser.
Uva
Possui a capacidade de transformar-se em diferentes tipos de alimentos
(passas) e bebidas (vinho), da mesma forma como cada um possui o potencial
de êxito em algum aspecto da Torá e no cumprimento de seus preceitos e
pode ser especial a sua maneira.
Figo
Deve ser colhido assim que amadurece, pois logo estraga. Analogamente,
devemos ser rápidos nas mitsvot (preceitos) à mão antes que a oportunidade
seja perdida.
Romã
Assim como as mitsvot, a romã possui 613 sementes (se você tiver paciência
de contar!) lembrando que “mesmo a pessoa que possui falhas, está repleta
de méritos, assim como uma romã é repleta de sementes.”
Etrog
É considerado extremamente belo e é fundamental na festa de Sucot. A cidra
permanece na árvore durante todo o ano, beneficiando-se de todas as
estações, ensinando que devemos ser autênticos o ano todo.
Maçã
Ela leva 50 dias para amadurecer, do mesmo modo que os judeus levam 50
dias para amadurecerem entre a saída do Egito em Pêssach e Shavuot,
preparando-se para o recebimento da Torá. Assim como a macieira produz
frutos antes das folhas, assim devemos cumprir mitsvot sem o pré-requisito da
compreensão, conforme afirmamos na outorga da Torá: “Nassê venishmá”,
“Faremos [e depois] entenderemos.”
Noz
A noz divide-se em quatro, correspondendo às letras do Tetragrama e às
quatro “rodas da Carruagem Divina”. Como possuem duas cascas que devem
ser removidas, uma dura e outra mole, assim também devemos sofrer a
circuncisão física e espiritual.
Amêndoa
Significa entusiasmo em servir a D’us, pois a amendoeira é sempre a primeira
a florescer. É por isto que o cajado de Aharon fez brotar especificamente
amêndoas.
Alfarroba
Demora mais para crescer que qualquer outra fruta. Lembra-nos da
necessidade de investir muitos anos no estudo da Torá para obter um
entendimento claro e valioso.
Pêra
Pêras de diferentes cepas ainda mantêm muita afinidade, nos ensinando a
importância de nos mantermos coesos promovendo a união de nosso povo.
*Fonte: pt.Chabad.org
ADAR:
Purim

Purim
A Festa de Purim é celebrada todo ano em 14 de Adar. Comemora a salvação
do povo judeu na antiga Pérsia da trama de Haman “para destruir, matar e
aniquilar todos os judeus, jovens e velhos, crianças e mulheres, num único
dia.”
A história resumida:
O império persa do 4º século AEC abrangia mais de 127 países, e todos os
judeus eram seus súditos. Quando o Rei Achashverosh mandou executar sua
esposa, a Rainha Vashti, por recusar-se a cumprir suas ordens, ele organizou
um desfile de beleza para encontrar uma nova rainha. Uma moça judia,
Esther, foi a escolhida e tornou-se a nova rainha – embora ela se recusasse a
divulgar qual era sua nacionalidade.
Nesse interim, o antissemita Haman foi nomeado primeiro ministro do império.
Mordechai, o líder dos judeus (e primo de Esther), desafiou as ordens do rei e
se recusou a inclinar-se perante Haman. Haman ficou ofendido e convenceu o
rei a emitir um decreto ordenando o extermínio de todos os judeus em 13 de
Adar – data escolhida por um sorteio feito por Haman.
Mordechai reuniu todos os judeus, convencendo-os a se arrepender, jejuar e
rezar a D’us. Enquanto isso, Esther pediu ao rei e a Haman que fossem com
ela a um banquete. Esther revelou ao rei sua identidade judaica. Haman foi
enforcado, Mordechai foi nomeado primeiro ministro no lugar dele, e foi
emitido um novo decreto – concedendo aos judeus o direito de se defenderem
contra seus inimigos.
Em 13 de Adar os judeus se mobilizaram e mataram muitos dos seus inimigos.
Em 14 de Adar eles descansaram e celebraram.
Preceitos e Costumes de Purim
Jejum de Ester
Quando jejua-se
Em 13 de Adar.
Duração
O jejum começa antes do amanhecer e termina após o anoitecer.
Significado
Mordechai, conselheiro do rei da Pérsia, Achashverosh, vestido de andrajos e
cinzas, conclamou os judeus para retornar à Torá.
Sua prima, a rainha Ester, jejuou em penitência por três dias e pediu ao povo
judeu que fizesse o mesmo. Só então encaminhou-se até o rei para acusar
Haman de querer matar seu povo.
Os judeus obtiveram permissão para se defender e, em 13 de Adar, lutaram
contra o inimigo, destruindo-o. Para relembrar este dia de prece e jejum que
precedeu a vitória, nossos Sábios instituíram o Jejum de Ester.
Costumes
Antes da prece de Minchá é costume doar três moedas de meia unidade
monetária para tsedacá, em lembrança do meio-shekel que cada um deveria
doar para o Templo Sagrado. Para quem esquecer ou não estiver presente na
sinagoga, poderá realizar este costume na manhã de Purim, antes da leitura
da Meguilá ou durante o dia.
Purim
Quando Comemora-se
Em 14 a 15 de Adar.
Significado
Origina-se da palavra “Pur”, sorteio. Referente a data em que Haman sorteou
e marcou para o aniquilamento de todo o povo judeu. Na verdade,
transformou-se na data de sorte do povo judeu, quando então foi salvo e saiu-
se vitorioso. Esta data marcou para sempre o dia em que comemora-se com
grande alegria a festa de Purim.
Preceitos
Leitura da Meguilá
Deve-se ouvir duas vezes a leitura da Meguilá de Ester: uma na noite de
Purim, e a outra pela manhã.
Mishlôach Manot
Envia-se alimentos a pelo menos um amigo no decorrer do dia de Purim que
devem ser de duas espécies (fruta, massa e/ou bebida), prontos para consumo
e entregues através de um mensageiro.
Matanot Laevyonim
Doa-se uma certa quantia em dinheiro para pelo menos dois carentes no
decorrer do dia de Purim. Caso não se encontre ninguém nestas condições, a
doação deve ser colocada em uma caixinha de tsedacá.
Refeição Festiva
Uma refeição festiva é realizada ainda durante o dia de Purim e deve conter
pão, vinho e carne.
Costumes
Reco-Reco
Toda vez que o nome de Haman (acompanhado de um adjetivo) for
mencionado durante a leitura da Meguilá, faz-se barulho com o reco-reco ou
outros instrumentos sonoros.
Fantasia
Purim é uma festa feliz e fantasiar-se é uma maneira alegre e divertida de
aumentar ainda mais a alegria do milagre ocorrido. Existem dois tipos de
milagre: aquele que é óbvio e aquele que está oculto pela Natureza. Purim
pertence a segunda categoria. Nos fantasiamos para reafirmar que a Natureza
nada mais é além de uma “fantasia” da mão Divina.
Proibições
É proibido jejuar em Purim. Reserva-se o dia, ou grande parte dele, para
realizar todas as mitsvot referentes à festa. Qualquer trabalho desnecessário
deve ser evitado ao máximo.
Fonte: Pt.Chabad.org
Foto: Elena Flerova
NISSAN:
Pessach

Pêssach comemora a libertação do povo judeu da escravidão no Egito. Uma


das maiores mitsvot durante esta festa é a proibição de consumir alimentos
fermentados e a obrigação de comer matsá.
Antes de começarmos a falar de Pêssach, é fundamental saber o que é um
alimento denominado “Chamêts”, já que durante os oito dias da festa, a lei
judaica proíbe seu consumo ou possessão.
Chamêts é qualquer comida ou bebida feita à base de trigo, centeio, cevada,
aveia ou espelta, ou de seus derivados, mesmo que em quantidade mínima,
que é fermentado. A única exceção é a matsá, que é o pão não fermentado,
pois foram tomadas precauções especiais para assá-la. Entretanto, mesmo
matsot para as quais não foram tomados cuidados estritamente minuciosos
(para evitar o início do processo de fermentação) serão consideradas chamêts.
Alimentos que durante o ano inteiro foram verificados, e se enquadram dentro
das rigorosas leis da dieta judaica, cashrut, não são necessariamente também
permitidos para Pêssach. Requerem preparação especial e só podem ser
consumidos durante os oito dias da festa se contiverem em sua embalagem o
selo “Casher para Pêssach” emitido por um rabino ortodoxo.
O QUE NÃO É CHAMÊTS
Carnes, aves, peixes
Todas as frutas
Todos os vegetais.(O costume Ashkenazim é nao comer feijões, ervilhas, arroz,
milho e sementes em Pêssach, embora o seja permitido entre os sefaradim.)
Produtos lácteos com apropriada supervisão Casher para Pêssach
Todos os alimentos embalados que tenham supervisão rabínica ortodoxa que
seja válida para Pêssach.
BEDICAT CHAMÊTS – A BUSCA DO CHAMÊTS
Uma busca formal por chamêts deve ocorrer na noite anterior à Pêssach. A
busca do chamêts é feita à luz de uma vela. Os membros da família percorrem
aposento por aposento, onde quer que algum alimento possa ter sido
“esquecido”.
É um costume cabalístico colocar dez pedaços de pão bem embrulhados (para
que não caia nenhum farelo) e espalhados pelos diversos ambientes, para
serem achados e coletados durante a busca geral de chamêts. As crianças
curtem muito este momento, percorrendo os quartos, sala e cozinha munidos
com uma pena que serve para “varrer” o chamêts. Antes de procurar, a
seguinte bênção é recitada:
“Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu Mêlech Haolám, Asher Kideshánu Bemitsvotav
Vetzivánu Al Biur Chamêts.“
“Bendito és Tu, Senhor nosso D’us, Rei do Universo que nos santificou com
Seus mandamentos e nos ordenou remover o chamêts.”
Ao concluir a busca e após ter-se recolhido qualquer chamêts que por acaso
tenha sido encontrado, a seguinte declaração de anulação deve ser
pronunciada:
“Todo fermento ou qualquer produto fermentado em meu poder que não vi ou
removi, e de que não tenho consciência, seja considerado sem valor e sem
dono como o pó da terra.”
O chamêts encontrado durante a busca deve então ser embrulhado e colocado
de lado, para ser queimado na manhã seguinte na sinagoga juntamente com o
chamêts de outros membros de sua comunidade e que passaram pelo mesmo
procedimento.
A lei proíbe o uso de qualquer chamêts que permaneça em propriedade judia
durante Pêssach, mesmo após o fim do feriado. A não ser que tenha sido
transferido para um não-judeu. Tal transferência de chamêts, por meios legais,
deve ter um contrato na forma da lei, que dê ao não-judeu posse total de
todos os alimentos chamêts.
Os detalhes legais que envolvem esta transferência de propriedade são
muitos, e apenas um rabino deve ser encarregado da sua execução.
A QUEIMA DO CHAMÊTS
A partir das 9h30, da manhã anterior ao Pêssach não pode mais ser ingerido
chamêts.A queima do chamêts deve ser realizada até às 10h30 da manhã
anterior à Pêssach.Não se deve ingerir nenhuma matsá, vinho ou nada que
será usado durante o sêder, antes do mesmo ser realizado.Qualquer chamêts
remanescente sem vender deve ser queimado. Informar-se com a sua
sinagoga sobre o horário quando o chamêts será queimado. Após o chamêts
ser jogado ao fogo, a seguinte declaração é pronunciada:
“Todo fermento ou qualquer produto fermentado que esteja em meu poder,
que eu tenha visto ou não, que tenha observado ou não, que tenha removido
ou não, seja considerado sem valor e sem dono, como o pó da terra.“
Clique aqui para ver a procuração da venda do Chamêts.
LIMPEZA DE PÊSSACH
Na maioria dos lares judaicos, os preparativos para Pêssach iniciam-se logo
após a festa de Purim, em torno de um mês antes de Pêssach. O objetivo de
tamanha antecedência é o cuidado minucioso que deve ser atribuído a cada
um para eliminar totalmente o chamêts de sua propriedade, seja ela sua casa,
escritório, automóvel, etc.Para eliminar todo o chamêts, alguns cuidados são
tomados. A limpeza é planejada para que todos os aposentos sejam muito
bem limpos.o escritório, carro, etc.Além de toda a casa, os seguintes lugares
devem ser conferidos para assegurar-se que estão livres de chamêts:
escritório, carro, bolsos das roupas (especialmente de crianças) livros de bolso,
bainhas de calças, punhos de roupas, além do aspirador de pó (o saco
descartável deve ser removido e a caixa limpa, caso seja saco não
descartável, o mesmo deve ser lavado).Alimentos para animais de estimação
geralmente contêm chamêts. Consulte um rabino para saber como proceder.
Quartos (um por dia) – Lavar e limpar
Cortinas, janelas, persianas, paredes, portas, maçanetas, rodapés, estrados da
cama, em baixo do colchão, encostos das camas, limpar quadros e porta
retratos, passar lustra móvel nos armários se forem de madeira, dentro e fora
ou se for de outro material limpar com pano úmido e sabão neutro.. Lavar
colchas e edredons, travesseiros colocar para ventilar e/ou lavar.
Aspirar e lavar bem o piso, não esquecendo das frestas. Por dentro dos
roupeiros tirar os objetos por partes, separar o que é para doar e o que volta
para dentro dobrando ou pendurando e separando por cores ou tipos (saias
com saias/camisas etc.) ou por ocasiões (social, esporte, festa etc.). Padronizar
cabides e separar as roupas que precisam de reparos. Aproveitar se a
sapateira fica nos quartos para lustrá-los.
Sala
Repetir o processo dos quartos. Tampos de mesas com vidro removíveis devem
ser retirados e lavados com esponja umedecida com água e álcool. Nas bordas
e cavidades da mesa onde foi retirado o tampo, retirar a sujeira que ficou
impregnada de pó ou…chamêts. Aspirar poltronas e sofás; se forem de couro
ou material sintético lavar com esponja e sabão neutro. Secar bem. Se for de
tecido, tirar manchas, passar aspirador com vapor quente se houver, ou
simplesmente limpá-lo bem.
Banheiros
Azulejos e lustres podem ser lavados. Armários devem ser lavados. Separar
todo o material de higiene em uma prateleira ou armário que não será usado
durante Pêssach reservando lugar limpo para os produtos de higiene da lista
Casher para Pêssach (shampoos, sabonetes, escovas de dente novas e pasta
de dente, bem como cosméticos que fazem parte da lista).
Área de serviço
Azulejos, secadores de roupa e lâmpadas podem ser lavados. O tanque deve
ser lavado, bem como o piso. Sacudir os bolsos de mochilas, bolsas, pastas
etc., removendo todos os resíduos
Cozinha
O melhor é lavar toda a louça que estiver dentro dos armários, toalhas e panos
de louça. Se for trancá-los e vendê-los em Pêssach, não é necessário proceder
dessa forma. Azulejos, lâmpadas etc., é opcional lavar. O dever é limpar e
remover muito bem todo resíduo das geladeiras, fogão, lava-louças,
microondas, forno, etc., além de armários, frestas, pias e ralos (colocar Diabo
Verde ou Soda Cáustica após a pia ter ficado 24h sem uso para remover o
chamêts).
Limpar bem todos os eletrodomésticos, retirando a sujeira concentrada nas
pás e fios ou lâminas (batedeira, processador, liquidificador etc.).
Não esquecer de retirar e lavar todas as lixeiras da casa. Limpar o saco do
aspirador jogando fora o saco se for descartável ou lavando, caso seja de
tecido.
Como a cozinha é a parte da casa que merece um cuidado especial e
minucioso já que concentra mais vestígios de chamêts, verificar mais detalhes
em nosso guia de Pêssach sobre casherização de utensílios.
Como Preparar a cozinha para Pêssach :
FOGÃO
Se possível, devem ser trocadas as grelhas. Caso contrário, devem ser
aquecidas até ficarem incandescentes. A mesa do fogão deve ser limpa e
casherizada posteriormente derramando sobre ela água fervente e passando
uma pedra ou ferro em brasa para que a água continue fervendo. Após este
procedimento, sugere-se cobrir a mesa do fogão com folha de alumínio. Se a
mesa for esmaltada, deve ser bem limpa e depois coberta com uma folha de
alumínio grossa ou chapa. As bocas devem ser bem limpas e depois o fogo é
aceso no máximo para eliminar resíduos de chamêts. Os botões do gás devem
ser retirados e limpos (há quem costume cobri-los com contact ou folha de
alumínio).
FOGÃO ELÉTRICO
Deve ser aceso no máximo até a chapa avermelhar. Sobre a mesa restante
joga-se água fervendo, passando na água uma pedra ou ferro incandescente.
FORNO
As grades devem ser aquecidas até ficarem incandescentes. O forno deve ser
bem limpo com um produto especial que remova toda a gordura. Em seguida,
deve ser aquecido na temperatura máxima durante duas horas. Se possível, as
paredes internas devem ser revestidas, bem como o teto, o chão, a parede
interna da porta com folhas de alumínio grossa.
FORNO AUTOLIMPANTE
Há dois tipos de autolimpante: aquele que chega até cerca de 500ºC se
casheriza automaticamente, ao ser limpo na temperatura máxima até o final
do ciclo. Porém, o forno que não chega a esta temperatura deve seguir a
limpeza do forno normal.
FORNO DE MICROONDAS
Deve ser limpo internamente com produto de limpeza e ficar 24 horas sem
uso. Em seguida, coloca-se um recipiente não usado nas últimas 24 horas com
água limpa, deixando o forno ligado até formar bastante vapor. Se possível,
este processo deve ser feito três vezes, enchendo o recipiente sempre com
água fria. Depois disso, o interior deve ser limpo. Se possível, deve ser trocado
o prato de vidro ou coberto com isopor ou plástico grosso. De preferência, ao
usar este forno para cozinhar, é prudente cobrir por completo os alimentos.
PIA
Cubas de porcelana, cerâmica ou esmaltadas não podem ser casherizadas.
Neste caso, devem ser limpas e cobertas com chapas especiais para Pêssach
por todos os lados (pode ser usada folha de alumínio grossa, em duas
camadas).
Cubas de metal, mármore ou granito podem ser casherizadas. Para tanto a pia
não deve ser usada com alimentos quentes por 24 horas antes da
casherização e deve ser meticulosamente limpa.
É jogado no ralo um produto desentupidor para destruir qualquer vestígio de
chamêts.
Em seguida, seca-se a pia. Posteriormente, é despejada água fervente de uma
chaleira ou panela nova, ainda borbulhando, atingindo todos os cantos da
cuba, balcão, torneiras, ralos, etc.
Enquanto a água é despejada, deve-se passar sobre a pia uma pedra ou ferro
incandescente para fazer a água borbulhar. É costume forrar a pia com folha
de alumínio após a casherização.
LIQUIDIFICADOR, BATEDEIRA, MULTIPROCESSADOR
A máquina deve ser bem limpa e, de preferência, envolvida em papel alumínio.
Um novo copo, novas faquinhas para o multiprocessador e liquidificador, e
novas pás e tigelas para a batedeira devem ser compradas.
GELADEIRA E FREEZER
Devem ser descongelados e limpas as paredes internas, prateleiras e gavetas
com um pano úmido e produtos de limpeza; na borracha da porta, deve ser
usada uma escovinha também para melhor limpeza de resíduos infiltrados. Há
o costume de cobrir as prateleiras com borracha, plástico ou alumínio.
ARMÁRIOS
Devem ser bem limpos e forrados.
MESAS E BALCÕES
Se possível, água fervente deve ser jogada à semelhança da pia; caso possa
estragar a mesa, deve ser limpa e forrada. Basta limpar bem a mesa da sala,
sobre a qual não se coloca nada quente com perigo de estragá-la, e cobri-la
com uma toalha. A mesinha do cadeirão das crianças também deve ser
casherizada. Pode ser coberta com papel contac.
TOALHAS DE MESA (MENOS AS DE PLÁSTICO) E GUARDANAPOS
De preferência devem ser reservados para uso exclusivo de Pêssach. Se não
for possível, as bordas devem ser escovadas para retirar possíveis resíduos de
chamêts, e as toalhas lavadas com água quente, sem engomar.
Os utensílios que usamos durante todo o ano para Chamêts não devem ser
utilizados desde a véspera de Pessach, até finalizada a Festa; Deve-se lava-los
bem, e guarda-los em lugar bem fechado. Hoje em dia está ao alcance de
quase todos ter louça especial para Pessach.Entretanto, para aqueles que não
é possível, poderão usar a vasilha normal depois do processo da Hagalá
(escaldadura), excepto os utensílios de porcelana ou cerâmica que não são
susceptíveis de escaldar.Devido a que são múltiplos os casos e os detalhes,
assim como os costumes sobre este procedimento, aconselhamos a consultar
a autoridade rabínica da comunidade.
*Aqueles que não puderem estar adquirindo novos utensílios para Pessach,
orientamos fazerem uso dos DESCARTÁVEIS.

Guia para Pêssach


PRIMEIRA NOITE DE PÊSSACH
• Acende-se as velas de Yom Tov
• Na oração da noite, Arvit, recita-se o Halel completo.
• No kidush, acrescenta-se a bênção de shehecheyánu. O kidush encontra-se
na Hagadá.
• Após o sêder, antes de dormir, recita-se somente o primeiro parágrafo do
Shemá e a bênção de Hamapil. Uma vez que esta é uma noite protegida (lel
shimurim), as outras preces de proteção são omitidas.
• Na conclusão da refeição, ao recitar o Bircat Hamazon (Bênção de Graças),
acrescenta-se o parágrafo “Yaalê Veyavô”, lembrando a festa de Pêssach.
PRIMEIRO DIA DE PÊSSACH
• A partir de Mussaf (Prece Adicional) do primeiro dia de Pêssach fala-se
“morid hatal” (que faz cair o orvalho) na segunda bênção da Amidá (em vez de
“mashiv haruach umorid haguêshem”).
• Antes do almoço recita-se o kidush.
• Na conclusão da refeição, ao se recitar o Bircat Hamazon (Bênção de
Graças), acrescenta-se o parágrafo “Yaalê veyavô”, lembrando a festa de
Pêssach.
O acendimento das velas deverá ser feito a partir de uma chama pré-acesa
antes do Yom Tov.
• Os preparativos para o segundo sêder são iniciados somente após este
horário.
• Na oração da noite, Arvit, recita-se o Halel completo.
• Desta noite em diante inicia-se a contagem do ômer, que é feita todas as
noites até a festa de Shavuot. O texto encontra-se no sidur. (Os quarenta e
nove dias entre Pêssach e Shavuot são contados em antecipação ao
recebimento da Torá).
• No kidush, acrescenta-se a bênção de “shehecheyánu”. O kidush encontra-
se na Hagadá.
SEGUNDO DIA DE PÊSSACH
• Antes do almoço recita-se o kidush.
• É costume acrescentar um prato especial na refeição do almoço em
lembrança ao banquete que a Rainha Ester ofereceu nesse dia e que levou ao
milagre de Purim.
• Na conclusão da refeição, ao se recitar o Bircat Hamazon (Bênção de
Graças), acrescenta-se o parágrafo “Yaalê veyavô”.
CHOL HAMÔED PÊSSACH – dias intermediários
• As atividades criativas normalmente proibidas em Yom Tov são permitidas nos
dias de Chol Hamôed exceto em Shabat de Chol Hamôed. Pode-se por
exemplo: andar de carro, acender e apagar luz elétrica, etc. Porém, todo
trabalho que exija muito esforço, muito tempo ou conserto profissional são
proibidos em Chol Hamôed.
• O kidush e as bênçãos das velas não são recitados em Chol Hamôed. Não se
colocam tefilin em Chol Hamôed.
• Nas orações de Arvit (noturna), Shacharit (matinal) e Minchá (da tarde), a
Amidá recitada é a mesma de todo os dias; porém, acrescenta-se o parágrafo
“Yaalê veyavô”, lembrando a festa de Pêssach.
• Também no Bircat Hamazon (Bênção de Graças) acrescenta-se “Yaalê
veyavô”.
• Após Shacharit (Prece Matinal), recita-se meio-Halel, uma leitura da Torá e
uma Amidá adicional, a de Mussaf de Pêssach.
SÉTIMO DIA DE PÊSSACH
o sétimo dia de Pêssach inicia-se, ao entardecer, com o acendimento das velas
de Yom Tov
• Deixa-se uma vela de sete dias ou uma chama acesa antes do acendimento
das velas de Yom Tov.
• Acende-se as velas de Yom Tov
• Não se fala a bênção de shehecheyánu no acendimento das velas, nem no
kidush.
• Antes do jantar recita-se o kidush.
• Na conclusão da refeição, ao se recitar o Bircat Hamazon (Bênção de
Graças), acrescenta-se o parágrafo “Yaalê veyavô”.
• O milagre da Divisão do Mar aconteceu ao amanhecer do sétimo dia de
Pêssach. É costume permanecer acordado nesta noite, tal como os judeus
antigos o fizeram. Estuda-se Torá durante toda a noite.
SÉTIMO DIA DE PÊSSACH
• Em Shacharit (Prece Matinal) meio-Halel é recitado.
• Há uma Leitura da Torá especial de Pêssach que é lida na sinagoga : O
cântico de louvor pelo milagre da travessia do mar.
• Antes do almoço recita-se o kidush.
• Na conclusão da refeição, ao se recitar o Bircat Hamazon (Bênção de
Graças), acrescenta-se o parágrafo “Yaalê veyavô”.
Acendem-se as velas para o 8º dia de Pêssach antes do pôr-do-sol usando uma
chama que esteja ardendo desde antes do pôr-do-sol, é proibido acendê-la
após o crepúsculo).
Não se recita a bênção de”shehecheyán”u no acendimento das velas nem no
kidush.
• Antes do jantar recita-se o kidush.
• Nesta noite, mesmo quem toma cuidado para não molhar a matsá durante
os outros dias de Pêssach, faz questão de comê-la molhada.
• Na conclusão da refeição, ao recitar o Bircat Hamazon (Bênção de Graças),
acrescenta-se o parágrafo “Yaalê veyavô”.
OITAVO DIA DE PÊSSACH
• Em Shacharit (Prece Matinal) meio-Halel é recitado.
• De manhã, antes de Mussaf (Prece Adicional), fala-se Yizcor em memória dos
entes falecidos. É importante lembrar que o principal aspecto do Yizcor é a
caridade prometida e doada (após o término de Pêssach) em memória do
falecido.
• Antes do almoço recita-se o kidush.
• Neste dia, mesmo quem toma cuidado para não molhar a matsá durante os
outros dias de Pêssach, faz questão de comê-la molhada.
• Na conclusão das refeições do dia, ao se recitar o Bircat Hamazon (Bênção
de Graças), acrescenta-se o parágrafo “Yaalê veyavô”.
• É costume chassídico fazer uma refeição especial, com matsá e quatro copos
de vinho, chamada Seudat Mashiach. Esta refeição tem a intenção de
aprofundar nossa conscientização da iminência da Redenção Final. Este
também é o tema da haftará do dia.
TÉRMINO DE PÊSSACH
• Pêssach termina após o completo anoitecer .
• Espera-se mais uma hora antes de abrir os armários de chamêts (vendidos
na véspera de Pêssach), para que o rabino tenha tempo de readquiri-los.
• Toma-se cuidado absoluto para não comprar de um judeu, mesmo depois da
festa, qualquer produto chamêts que ele não tenha vendido na véspera de
Pêssach, porque é proibido usufruir do chamêts que foi propriedade de um
judeu durante Pêssach.
OS PREPARATIVOS PARA O SÊDER
As principais mitsvot do Sêder são: comer matsá; narrar a história do Êxodo ao
recitar a Hagadá e explicar o significado de três itens: Pêssach (cordeiro
pascal), matsá e maror (ervas amargas); beber quatro taças de vinho; comer
maror; e recitar o Halel (cântico de louvores a D’us).
Matsá
Três matsot devem ser colocadas sobre a mesa dentro de um pano com
divisões (ou coloca-se uma matsá em cima da outra, com guardanapos
intercalados entre elas).
As três matsot simbolizam os três tipos de judeus: Cohen, Levi e Israel. Outro
motivo é para que restem duas matsot inteiras mesmo quando a matsá central
é quebrada, como em todo Shabat e Yom Tov, quando deve se ter dois pães na
mesa.
Vinho ou Suco de Uva
Deve-se adquirir vinho tinto, pois todos deverão beber quatro copos no
decorrer do Sêder. Pode-se beber suco, no lugar do vinho.
Um pouco de vinho ou suco debverá ser derramado ao ser pronunciada cada
uma das dez pragas do Egito
Hagadá
É o eixo fundamental do Sêder, “Narrativa”. Toda a ordem – Sêder – será feita
através dos relatos e orientação da Hagadá. É preferível que todos tenham
uma, ou dividam entre si, para que todos possam acompanhar a sua leitura.
Keará
Por cima das três matsot (cobertas) são colocados os seis itens que compõem
a travessa do Sêder, a keará.
Esta travessa contém seis cavidades especiais onde são depositados cada um
dos seis símbolos que serão utilizados no decorrer do Sêder de Pêssach.
Água Salgada
Um recipiente com água salgada deve ser preparado de véspera; lembra as
lágrimas que os judeus derramaram com o trabalho pesado no Egito.
Carpas – Batata ou Cebola
A cebola crua (ou a batata cozida) é mergulhada na água salgada para
despertar a curiosidade das crianças.
Os vegetais simbolizam o potencial de crescimento e renascimento e a água
salgada, nas quais são mergulhados, recorda as lágrimas derramadas pelos
nossos antepassados no Egito.
A palavra hebraica “carpás”, quando lida de trás para frente, simboliza os 600
mil judeus no Egito forçados a realizar trabalhos pesados (cada letra do
alfabeto hebraico possui um valor numérico correspondente; a letra hebraica
“sámech” é igual a 60, multiplicado por 10 mil; as outras três letras
correspondem a pêrech – trabalho pesado).
Betsá
Um ovo cozido duro é colocado no prato do Sêder para comemorar o sacrifício
de Chaguigá, que foi oferecido junto com o sacrifício pascal no Templo.
O ovo é também um símbolo de luto, e expressa nosso sentimento de que,
atualmente, estamos incapacitados de oferecer este sacrifício. Sua forma
arredondada refere-se também ao ciclo de mudança, dessa maneira
expressando nossa esperança de que o Templo será reconstruído em breve.
Zeroá
O pescoço de frango grelhado simboliza o cordeiro pascal trazido ao Templo
Sagrado na véspera de Pêssach. A carne do pescoço é removida e o osso
queimado. O zerôa não é comido no decorrer do Sêder. Zerôa (literalmente,
antebraço) remete ao fato de D’us haver tirado o povo do Egito com “Seu
braço estendido”.
Charôsset
Maçãs, pêras e nozes liquidificadas ou raladas, misturadas com uma pequena
quantidade de vinho tinto, lembram, na cor e consistência, a argamassa usada
no Egito para fabricar tijolos.
Chazêret
Mais ervas amargas (das enumeradas para o maror) para serem ingeridas no
“sanduíche” (vide item Corêch do Sêder).
A KEARÁ
Organize a Keará [travessa] sobre a mesa com três Matsot, uma em cima da
outra. Primeiro [a Matsá denominada] Yisrael, sobre ela, Levi e sobre esta
Cohen. Sobre elas, do lado direito, [coloque] o Zeroa [osso tostado]; a seu
lado, à esquerda, Betsá [ovo]; abaixo deles, no centro, o Maror [raiz forte e
erva amarga]; abaixo do Zeroa, o Charosset [pasta de nozes, frutas e vinho]; a
seu lado abaixo do ovo, o Karpás [cebola (ou batata) 1 e no centro abaixo do
Maror, a Chazeret [raiz forte e erva amarga] a qual se usa para o Corech
[sanduíche].
– O PASSO A PASSO DO SÊDER
Nas duas primeiras noites de Pêssach reunimos a família e amigos em torno da
mesa e esperamos a recitação do kidush pelo condutor do sêder.
É importante que cada convidado tenha sua própria Hagadá, ou sente-se ao
lado de alguém que a tenha, para que possa acompanhar todo o
procedimento, passo a passo, o que deverá ser feito pelo condutor do sêder na
língua que é comum a todos.
Os quinze pontos que serão mencionados abaixo servem de orientação para a
realização do sêder e de modo algum substituem a Hagadá, que inclui todo o
relato do êxodo do Egito além de outros conteúdos de extrema importância e
que serão eternamente insubstituíveis.
1- CADESH Recitar o Kidush
Quando o pai, ou o condutor do sêder, chega da sinagoga na noite de Pêssach,
deve encontrar a mesa posta e tudo pronto para iniciar o sêder. À sua frente
deve haver uma travessa com três matsot inteiras cobertas por um pano e por
cima a keará (a travessa com os seis ingredientes).
O serviço do sêder inicia-se com a recitação do kidush sobre o primeiro dos
quatro copos de vinho que devem ser bebidos durante o sêder.
Os quatro copos de vinho recordam as quatro expressões de re–denção
mencionadas na Torá relativas à libertação do povo judeu do Egito. Também
lembram os quatro grandes méritos que os judeus tinham no exílio egípcio:
não trocaram os nomes hebraicos; falavam a língua hebraica; levaram uma
vida altamente moral; e permaneceram leais uns aos outros.
Após o kidush, recita-se “shehe–che–yánu”. A mulher que já fez esta bênção
no acendimento das velas não deve repeti-la.
Ao beber os quatro copos e comer a matsá os homens se reclinam do lado
esquerdo para acentuar a liberdade, já que antigamente apenas as pessoas
livres se reclinavam enquanto comiam.
O kidush é recitado em voz alta, e cada um deve ter sua própria taça de vinho
e responder “amên” para as bênçãos do kidush. Em seguida todos bebem o
primeiro dos quatro copos de vinho. Como este ano os dois sedarim caem
quarta e quinta-feira, dias 19 e 20 de abril, o seguinte kidush é recitado:
“Savrí Maranán: Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu Mêlech Haolám, Borê Peri
Hagáfen.
Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu Mêlech Haolám, Asher Báchar Bánu Micol Am,
Veromemánu Micol Lashôn, Vekideshánu Bemitsvotav. Vatíten Lánu A-do-nai E-
lo-hê-nu Beahavá Moadím Lessimchá. Chaguím Uzmaním Lessassôn, Et Yom
Chag Hamatsot Hazê, Veêt Yom Tov Micrá Côdesh Hazê, Zeman Cherutênu
Micrá Côdesh, Zêcher Litsiat Mitsráyim; Ki Vánu Vacharta Veotánu Kidáshta
Micol Haamím. Umoadê Codshêcha Bessimchá Uvsassôn Hinchaltánu. Baruch
Atá A-do-nai, Mecadêsh Yisrael Vehazmaním.”
“Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu Mêlech Haolám, Shecheyánu Vekiyemánu
Vehiguiánu Lizman Hazê.”
“Atenção Senhores: Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que
cria o fruto da vinha.
Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que nos escolheu dentre
todos os povos e nos elevou acima de todas as línguas e nos santificou com
Seus mandamentos. E nos deste, ó Senhor nosso D-us, com amor dias festivos
para alegria, festas e épocas para júbilo; este dia da Festa de Matsot e este dia
propício de santa convocação, época de nossa libertação santa convocação,
em recordação à saída do Egito. Pois a nós escolheste e nos santificaste dentre
todos os povos e Teus santos dias festivos nos deste com alegria e júbilo.
Bendito és Tu, ó Senhor, que santifica Israel e as festas.”
“Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos
manteve e nos fez chegar até a presente época.”
2 – URCHATS Abluir as mãos
Todos os presentes à mesa do sêder devem abluir as mãos (vertendo água de
um copo ou caneca três vezes sobre cada mão, primeiro na direita, depois na
esquerda) sem pronunciar a bênção, “Al netilat yadáyim”, sobre a ablução.
3 – CARPAS Antepasto
Um pedaço de cebola crua ou batata cozida é mergulhada na água salgada
(que lembra as lágrimas derramadas pelos judeus com o trabalho pesado no
Egito). Antes de ingeri-lo, a bênção dos legumes é recitada tendo em mente o
maror que será ingerido mais tarde.
Nos tempos antigos somente pessoas livres usavam sal na comida. Assim,
mergulhar o antepasto na água salgada é um ato que simboliza liberdade. É
um dos primeiros atos do sêder destinados a despertar a curiosidade das
crianças.
A palavra hebraica “carpás”, lida de trás para frente, representa os 600 mil
judeus (a letra hebraica sámech vale 60, e vezes 10 mil é subentendido) que
foram forçados a realizar trabalhos pesados (pêrech) no Egito.
Bênção: “Baruch Atá Ado-nai Elo-hê-nu Mêlech Haolam, Borê Peri Haadamá”.
“Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que cria o fruto da
terra.”
4 – YASCHATS Divisão
A matsá do meio (das três matsot da travessa do sêder) é quebrada em duas
partes desiguais; a parte maior é embrulhada e reservada para o “aficoman”
(vide item 12). Isto atrai, uma vez mais, a atenção das crianças e também
relembra a Divisão do Mar Vermelho.a parte menor é colocada na travessa
5 – MAGUID Narração
O segundo copo é enchido (mas só se beberá dele no final da narração) e
inicia-se a narração da Hagadá com as palavras “Hê lachmá anyá…”, quando
se aponta à matsá central partida, ao descobrir parcialmente as matsot, cuja
tradução é a que segue:
“Este é o pão da pobreza que nossos antepassados comeram na terra do Egito.
Quem tem fome que venha e coma; todo o necessitado que venha e festeje o
sêder de Pêssach. Este anos (estamos) aqui; no ano que vem na terra de
Israel. Este ano (somos) escravos, no ano que vem homens livres.”
As crianças fazem a milenar pergunta “Má Nishtaná Halaila Hazê Micol
Haleilot?”, “Por que esta noite é diferente de todas as outras noites?” cantando
na íntegra:
“Má nishtaná haláyla hazê micol halelot?
Shebechol halelot ên ánu matbilín afilu páam echat?
Haláyla hazê shetê peamím.
Shebechol halelot ánu ochlín, chamêts o matsá?
Haláyla hazê culô matsá.
Shebechol halelot ánu ochlín, shear yeracot?
Halayla hazê maror.
Shebechól halelót ánu ochlín, ben yoshevín ubên messubín?
Haláyla hazê culánu messubin”.
“Em que difere esta noite de todas as outras noites? Pois em todas as noites
não mergulhamos alimentos sequer uma vez; porém nesta noite, duas vezes!
“Pois em todas as noites comemos chamêts ou matsá, porém nesta noite,
somente matsá!
“Pois em todas as noites comemos diversas verduras, porém nesta noite,
maror!
“Pois em todas as noites comemos sentados ou reclinados, (porém) nesta
noite todos nós reclinamos!”
Seguindo o texto da Hagadá chegamos à resposta para estas perguntas. A
narração inclui uma breve revisão da história do povo judeu, do sofrimento na
escravidão e dos milagres que o Todo-Poderoso realizou para trazer a
redenção.
É importante relatar o significado de três conceitos fundamentais desta noite:
Pêssach, Matsá e Maror. Pêssach significa que D-us pulou as casas dos judeus
durante a praga dos primogênitos. Matsá nos lembra que não houve tempo
para a massa fermentar, tal era a pressa do Todo-Poderoso para promover o
Êxodo do Egito. Maror (ervas amargas) nos lembra do amargo sofrimento da
escravidão da qual D-us nos libertou.
Ao recitar as dez pragas e suas iniciais, derramam-se gotas de vinho num
recipiente lascado (demonstrando que nossa alegria, representada pelo vinho,
não está completa quando inclui o sofrimento de seres humanos, embora se
tratando de nossos inimigos). Torna-se a encher os copos logo em seguida.
6 – ROCHTSA Segunda Ablução
Após concluir a primeira parte da Hagadá e beber o segundo copo de vinho,
todos os participantes devem abluir as mãos da maneira prescrita antes das
refeições (vide no segundo item, “urcháts”, como fazer a ablução), desta vez
recitando a seguinte bênção:
“Baruch Atá Ado-nai Elo-hê-nu Mêlech Haolam, Asher Kideshánu Bemitsvotav,
Vetsivánu Al Netilat Yadáyim.”
“Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que nos santificou com
Seus mandamentos e nos ordenou sobre a ablução das mãos.”
Sem interrupção com conversas, voltam à mesa para recitar a bênção sobre a
matsá e ingeri-la.
7 – 8 MOTSI -MATSÁ Benção sobre a Matsá
Após concluir a primeira parte da Hagadá e beber o segundo copo de vinho,
todos os participantes devem abluir as mãos da maneira prescrita antes das
refeições (vide no segundo item, “urcháts”, como fazer a ablução), desta vez
recitando a seguinte bênção:
“Baruch Atá Ado-nai Elo-hê-nu Mêlech Haolam, Asher Kideshánu Bemitsvotav,
Vetsivánu Al Netilat Yadáyim.”
“Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que nos santificou com
Seus mandamentos e nos ordenou sobre a ablução das mãos.”
Sem interrupção com conversas, voltam à mesa para recitar a bênção sobre a
matsá e ingeri-la.
9 -MAROR Ervas amargas
Cada pessoa deve pegar cerca de 19 g de maror, mergulhá-lo no charosset e
recitar a seguinte bênção especial do maror antes de ingeri-lo:
“Baruch Atá Ado-nai Elo-hê-nu Mêlech Haolám, Asher Kideshánu Bemitsvotav,
Vetsivánu Al Achilat Maror.”
“Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que nos santificou com
Seus mandamentos e nos ordenou comer do Maror.”
10 – CORECH Sanduiche
O sanduíche de matsá e maror lembra o costume instituído por Hilel. O maror
(cerca de 19 g) é mergulhado no charosset e colocado entre dois pedaços de
matsá (da matsá inferior da travessa do sêder). Antes de ingerir o sanduíche,
recita-se:
“Ken assá Hilel Bizmán Shebeit Hamicdásh Haiá Caiám; Haiá Côrech Pêssach
Matsá Hú Maror Vê Ochel Beiáchad. Cmô Shenehemar Al Matsot Humrorim
Iochluho.”
“Assim fez Hilel na época em que o Templo Sagrado existia: ele juntava o
Cordeiro Pascal, Matsá e Maror e os comia juntos conforme mencionado: ‘Eles
comerão com Matsot e ervas amargas’”
11 – SHULCHAN Banquete
A refeição festiva é servida.
É costume ingerir o ovo duro da travessa do sêder, mergulhado na água
salgada, no início da refeição.
12 – TSAFUN Escondido
Ao final da refeição, come-se a meia matsá reservada para aficoman
(“sobremesa”). Deve-se ingerir ao menos 28,8 g antes da meia-noite,
simbolizando o cordeiro pascal, saboreado antes de meia-noite, na época do
Templo Sagrado. Após o aficoman, não se come nem se bebe mais, a não ser
os dois copos de vinho obrigatórios.
13 – BERACH Benção de Graça
O terceiro copo de vinho é enchido e todos recitam Bircat Hamazon (a Bênção
de Graças após a Refeição) vide texto na Hagadá. Bebe-se o vinho ao
terminar Bircat Hamazon. O copo do Profeta Eliyáhu deve ser enchido e
também o quarto copo de todos os participantes. Abre-se a porta e recita-se a
passagem que simboliza um convite para o Profeta Eliyáhu, o arauto da vinda
de Mashiach, entrar.
14 – HALEL Cântico de louvor
O restante da Hagadá, que contém cânticos de louvor ao Todo-Poderoso, é
recitada. Por fim, bebe-se o quarto copo de vinho terminando com a bênção
posterior ao vinho “…al haguêfen veal peri haguêfen..” vide texto na Hagadá.
15 – NIRTSÁ Aceito
Após concluir adequadamente o serviço do sêder, estamos certos de que foi
bem aceito pelo Todo-Poderoso. Finalizamos o sêder com a exclamação:
“Leshaná Habaá Birushaláyim”, “Ano que vem em Jerusalém
*( Fonte : Chabad.org.br )

IYAR:
Pêssach Sheni

O que é
Um ano após o êxodo do Egito, o povo judeu fez a oferenda de Pêssach no
décimo quarto dia do mês de Nissan. Mas nem todos os judeus puderam
realizá-la. A escritura relata: “Havia alguns homens que estavam ritualmente
impuros (pelo contato com mortos) e incapazes de preparar a oferenda de
Pêssach naquele dia. Aqueles disseram: ‘Por que deveríamos ser privados de
fazer a oferenda do Senhor no seu tempo marcado entre os filhos de Israel?’
Moshê respondeu: ‘Aguardem, e eu ouvirei o que o Senhor ordenará a respeito
de vós’. D’us falou a Moshê: ‘Se qualquer pessoa de vós ou de vossas
gerações futuras estiver ritualmente impura ou numa jornada distante, ainda
assim fará a oferenda de Pêssach ao Senhor. Deverá efetuá-la no décimo
quarto dia do segundo mês’…”
É dada uma nova oportunidade àquele que não ofereceu o sacrifício de
Pêssach no tempo certo – 14 de Nissan – para fazê-lo no dia 14 de Iyar, data
denominada de Pêssach Sheni, o Pêssach do segundo mês, no qual costuma-
se, hoje em dia, comer um pedaço de matsá.
Nada é Irrecuperável
Embora o Pêssach Sheni fosse instituído para aqueles que não podiam ofertar
o sacrifício de Pêssach no seu tempo certo, porque estavam impuros ou
encontravam-se em locais distantes, o seu conceito se aplica a todos os judeus
em todos os tempos – mesmo agora, quando o sacrifício de Pêssach não pode
ser ofertado.
Uma lição clara de Pêssach Sheni é que um judeu nunca deve perder a
esperança. Nas palavras do Rebe anterior: “A idéia de Pêssach Sheni é de que
‘nada é irrecuperável’; sempre podemos retificar nosso comportamento.
Mesmo alguém que estava ritualmente impuro ou ausente numa jornada
distante – mesmo que voluntariamente – pode reabilitar-se.”
Um judeu é intrinsecamente bom; sua alma é uma parte da centelha Divina. O
pecado é uma antítese, completa da sua natureza. Se ele chega a transgredir,
isto é uma anomalia que não pode tocar o seu “eu” essencial. O judeu pode
estar temporariamente impuro, mas sua essência, é dos níveis mais elevados.
Assim, nenhum pecado, nenhuma omissão do serviço a D’us, é irreversível.
Um judeu pode sempre voltar à sua identidade real.
Pêssach é a única festividade que concede uma segunda chance, e isto porque
Pêssach marca o nascimento da nação judia. O êxodo do Egito foi o início de
um processo que culminou com a Outorga da Torá – a transformação dos
judeus numa nação da Torá. Já que a oferenda de Pêssach está ligada com o
êxodo, sua omissão significaria que o êxodo não foi completo. D’us por isto
quis que cada judeu, mesmo aquele que deliberadamente não ofertou o
sacrifício de Pêssach da primeira vez, ganhasse a oportunidade de fazê-lo –
pois se não há nascimento, não há existência. A identidade da Torá estaria
ausente.
Uma segunda chance… para todos!
Embora alguém possa ter cumprido Pêssach da melhor maneira possível,
precisa “cumprir” Pêssach Sheni. Existem vários graus de pureza e impureza
rituais e o judeu deve almejar elevar-se a novos níveis de pureza, construindo
um novo santuário.
Este é o verdadeiro significado de Teshuvá, retorno a D’us. Mesmo uma pessoa
que nunca pecou deve se esforçar para aproximar-se mais de D’us, e desde
que D’us é infinito, um judeu pode elevar-se cada vez mais em sua apreensão
da Divindade.
*( Fonte: Chabad.org.br )
Lag Baômer

Lag Baômer significa “33º do Ômer,” pois este é o 33º dia da “Contagem do
Ômer” que tem a duração de 49 dias, conectando Pêssach a Shavuot, e
interligando a jornada dos judeus na saída do Êgito até a chegda ao Monte
Sinai. No calendário judaico, este corresponde ao 18º dia do mês de Iyar.
Lag Baômer celebra a vida e os ensinamentos de dois dos mais notáveis
Sábios da história judaica: Rabi Akiva e Rabi Shimon bar Yochai.
Rabi Akiva
Rabi Akiva viveu na Terra Santa em uma das épocas mais difíceis de nossa
história: a geração seguinte à da destruição do Templo Sagrado (no ano 69 da
Era Comum) e a impiedosa perseguição dos judeus pelos romanos. Os
Romanos proibiram o estudo de Torá e a prática do Judaísmo sob pena de
morte. Rabi Akiva, que estudara com os maiores Sábios da geração anterior,
desafiou os Romanos transmitindo o que havia recebido a seus discípulos,
garantindo assim a sobrevivência da Torá. De fato, todo o corpo da Lei da Torá
(mais tarde registrado na Mishná e no Talmud) pode ser seguido até os
ensinamentos de Rabi Akiva e seus discípulos.
Até a idade de quarenta anos, Rabi Akiva foi um pastor analfabeto. Mas
Rachel, a bela e piedosa filha do abastado cidadão de Jerusalém cujos
rebanhos Akiva pastoreava, reconheceu seu potencial, e prometeu desposá-lo
se ele devotasse a vida ao estudo de Torá. Ao pastorear as ovelhas de seu amo
certo dia, Akiva encontrou uma pedra na qual havia sido cavado um profundo
sulco por um fio de água. “Se gotas de água podem desgastar a rocha sólida,”
pensou, “certamente as palavras de Torá terminarão por penetrar na minha
mente.”
Akiva e Rachel casaram-se, e ele cumpriu sua promessa, dedicando-se ao
estudo da Torá. Deserdados pelo pai de Rachel, os dois suportaram anos de
pobreza e labuta; por fim, entretanto, o sacrifício foi recompensado: Rabi Akiva
tornou-se o mais notável mestre de Torá de seu tempo, com 24.000 alunos.
“Tudo aquilo que consegui, e tudo que vocês conseguiram,” disse a eles, “é
pelo mérito dela.”
Morte entre os discípulos
Mas então uma tragédia ocorreu. A discórdia e os conflitos entre os discípulos
de Rabi Akiva conduziram milhares à morte nas semanas entre Pêssach e
Shavuot, dizimados por uma peste. É por este motivo que neste período não
realizamos casamentos, cortes de cabelo, ou escutamos música.
Em Lag Baômer, o 33º dia da Contagem do Ômer tristeza e luto são suspensos
por dois motivos: nesta data cessou a morte dos discípulos de Rabi Akiva e
marca o dia de falecimento de Rabi Shimon bar Yochai. Seus ensinamentos
revelaram a dimensão mística da Torá: a Cabalá, a “alma” do Judaísmo. Rabi
Akiva reconstruiu sua grande Escola de Estudos de Torá, reiniciando com seus
cinco discípulos sobreviventes: Rabi Meir, Rabi Yehudá, Rabi Yossi, Rabi
Nechemia e Rabi Shimon bar Yochai.

Rabi Shimon bar Yochai


Como Rabi Akiva, seu mestre, Rabi Shimon sofreu perseguição por parte dos
Romanos, e sua cabeça foi colocada a prêmio. Rabi Shimon precisou esconder-
se com seu filho, Rabi Elazar.
Foram até as colinas ao norte de Israel, e ocultaram-se em uma caverna onde
estudaram Torá dia e noite. D’us realizou muitos milagres para eles: uma
alfarrobeira cresceu na entrada da caverna para alimentá-los, e a água foi
fornecida por uma fonte de água fresca. Eliyáhu, o profeta, apareceu a eles,
ensinando-lhes os mistérios e segredos da Torá.
Após doze anos na gruta, Rabi Shimon soube que o imperador romano que
havia decretado sua morte não vivia mais. O perigo havia passado; Rabi
Shimon e seu filho podiam agora deixar a caverna.
Foi em Lag Baômer que Rabi Shimon e Elazar saíram da escuridão para a luz
do sol. Era primavera, e os fazendeiros estavam atarefados nos campos,
arando e semeando. Porém para Rabi Shimon, esta não foi uma visão bonita.
Para ele parecia uma grande tolice, talvez um pecado. O tempo do ser humano
neste mundo é precioso e breve – como podia desperdiçá-lo trabalhando a
terra, quando poderia devotar-se aos esplendor da sagrada Torá de D’us?
Rabi Shimon havia desenvolvido notáveis poderes durante os doze anos na
gruta, e agora, ao observar com ira esta visão indesejada, os campos e
árvores irromperam em chamas. Ouviu-se uma Voz Celestial, dizendo: “Você
saiu para destruir Meu mundo? Volte para sua caverna!” Portanto, Rabi Shimon
e Elazar retornaram à gruta por mais um ano, mergulhando ainda mais na
sabedoria Divina. Foi durante este décimo terceiro ano na caverna que
descobriram o segredo mais profundo da Torá: que o propósito da Criação é
“Construir uma morada para D’us no mundo físico.”
Aprenderam que embora o trabalho mundano do homem pareça grosseiro e
inferior, a maior santidade está oculta dentro deste mundo físico. D’us deseja
que transformemos o mundo material em uma morada para Ele. Uma vida
totalmente devotada à Torá preenche esta finalidade, mas assim também o faz
uma vida devotada a desenvolver o mundo material em conformidade com a
vontade Divina. Não são todos que devem passar o tempo inteiro no estudo de
Torá, como fizeram Rabi Shimon e seu filho.
Quando Rabi Shimon emergiu da caverna no Lag Baômer seguinte, não estava
menos comprometido com o estudo de Torá; de fato, isso permaneceria sua
“única ocupação” pelo restante de sua vida. Mas ele havia também aprendido
a apreciar o valor dos caminhos na direção do cumprimento do propósito
Divino, em vez do seu. Agora, seu olhar sobre o mundo curava, em vez de
destruir.
Rabi Shimon Bar Yochai não apenas atingiu pessoalmente o mais elevado
entendimento dos segredos da Torá, expressso em sua obra mística, o Zôhar,
como tornou-se o mais ilustre mestre de Torá de sua geração. No último dia de
sua vida, Rabi Shimon reuniu seus alunos e disse-lhes: “Até o dia de hoje,
tenho mantido os segredos em meu coração. Mas agora, antes de morrer,
desejo revelar todos eles.”
O Zôhar
O Zôhar, que significa “esplendor” ou “brilho”, tornou-se a base da
espiritualidade ímpar da Chassidut, fundada no século XVIII por Rabi Yisrael
ben Eliezer, o “Báal Shem Tov”, no Leste Europeu.
O Zôhar descreve o dia da morte de Rabi Shimon como repleto de grande luz e
júbilo sem fim, e a sabedoria secreta que ele revelou naquele dia aos
discípulos; tanto para o mestre como para os alunos, diz o Zôhar, foi como o
dia em que o noivo e a noiva se rejubilam sob a canópia nupcial. Diz-se que o
dia não chegou ao fim antes de Rabi Shimon revelar tudo que lhe fora
permitido revelar. Apenas então o sol recebeu permissão de se pôr; e quando
isso aconteceu, a alma de Rabi Shimon deixou seu corpo, subindo aos céus.
Rabi Abba, um aluno incumbido do trabalho de transcrever as palavras de Rabi
Shimon, conta: “Eu nem ao menos conseguia manter a cabeça levantada,
devido à luz intensa que emanava de Rabi Shimon. Durante todo o dia a casa
esteve repleta de fogo, e ninguém podia chegar perto, por causa da parede de
chamas e luz. No fim do dia, o fogo finalmente arrefeceu, e pude olhar a face
de Rabi Shimon. O sol se punha e com ele a alma do mestre se elevava.
Estava morto, envolto em seu Talit, deitado sobre o lado direito – e sorrindo.”
Rabi Shimon fora banhado em luz e fogo, pois a Torá é comparada ao fogo –
“Aish HaTorá”. Fogo é o material que converte matéria física em energia. Assim
também, a Torá nos mostra como transformar o mundo material em energia
transcendente.
Rabi Shimon bar Yochai faleceu em Lag Baômer. Antes de morrer, instruiu os
discípulos para observarem seu yahrzeit, data de seu falecimento, como um
dia de muita alegria e festividades.
Uma profunda lição
Rabi Akiva ensinou que “Amar p próximo como a si mesmo” é um princípio
cardinal na Torá; de fato, este é o mais famoso de seus ensinamentos.
Como explicar então a morte de milhares de seus discípulos que tornaram-se
os maiores exemplos dos ensinamentos de seu mestre? Como puderam tornar-
se deficientes nesta área tão vital?
O Lubavitcher Rebe explica que a própria diligência deles em cumprir o
preceito “Amar o próximo como a si mesmo” foi sua ruína. Os discípulos de
Rabi Akiva serviam a D’us com a máxima sinceridade e devoção. Assim
parecia a cada um deles que seu enfoque individual era o correto e que aos
outros faltava a perfeição tentando ajudá-los, mostrando seu pensamento
individual.
Nossos Sábios disseram que “Assim como a face de cada pessoa difere das
faces das outras, assim também a mente de cada pessoa é diferente da mente
de seu próximo.” Quando os 24.000 discípulos de Rabi Akiva estudaram os
ensinamentos de seu mestre, o resultado foi 24.000 diferentes nuances de
entendimento, pois os conceitos foram assimilados por 24.000 mentes – cada
uma sendo única e distinta das outras. Se os discípulos de Rabi Akiva tivessem
amado menos uns aos outros, isso teria sido motivo para uma menor
preocupação; mas devido ao fato de que cada discípulo esforçou-se para amar
o condiscípulo como “a si mesmo” sentiu-se compelido a corrigir seu raciocínio
e comportamento “errôneos”, e a esclarecê-los quanto ao verdadeiro
significado das palavras de seu mestre.
Cada judeu dedicado a Torá e mitsvot, embora divirja em sua maneira de
servir a D’us, deve agir com bondade e respeito, e julgar sempre
favoravelmente aquele que ainda se encontra distante ou afastado.
Esta foi a verdadeira lição deixada por Rabi Akiva e Rabi Shimon,
provavelmente o segredo mais profundo revelado da Torá: o serviço a D’us
deve ser desempenhado com verdadeira inspiração e vitalidade amando ao
próximo como a si mesmo e respeitando a individualidade.
Costumes
Arco e flechas
É costume levar as criancas a passeios a parques e espaços abertos para
brincar com arcos e flechas. Conta-se que durante a vida de Rabi Shimon
nenhum arco-íris apareceu no céu. O arco-íris é símbolo de falha humana:
conforme relatado em Bereshit, D’us, após a destruição da geração do Dilúvio,
prometeu que mesmo que a humanidade tornasse a ser imerecedora Ele
colocaria o arco-íris no céu como um pacto de Seu voto de jamais destruir Seu
mundo novamente. Mas enquanto Rabi Shimon estava vivo, seu mérito foi
suficiente para assegurar que D’us não se arrependeria de Sua criação.
O ensinamento chassídico vê outra ligação do arco: ele funciona sob o
princípio de “recuar para poder avançar” – ao empurrar a flecha para trás,
rumo ao próprio coração, o arqueiro a impele a uma grande distância, para
golpear o coração do inimigo. A essência mística da Torá, disseminada por Rabi
Shimon, funciona pelo mesmo princípio. A pessoa deve mergulhar em si
mesma, recolher-se a sua essência e lá descobrirá a “centelha Divina” que
possui. Esta descoberta confere o poder de derrotar o adversário mais obscuro
e transformá-lo em algo bom e positivo.

Corte de Cabelo em Meron


Durante o período do Ômer é proibido o corte de cabelos em sinal de luto
pelas mortes dos discípulos de Rabi Akiva. Lag Baômer, entretanto, é um dia
de júbilo, no qual todo o luto é suspenso. Por esta razão em Lag Baômer há
sempre muitos garotos de três anos que estão esperando desde Pêssach para
terem seu primeiro corte de cabelo.
A cidade de Meron recebe centenas de meninos para a cerimônia de
opsherenish, reunindo milhares de pessoas que dirigem neste local preces o
ano todo, especialmente nesta época do ano. É um grande mérito realizar
aitsvá de corte de cabelo no local onde se encontram sepultados Rabi Shimon
e seu filho Elazar.

Ovos cozidos
Costuma-se comer ovos cozidos em Lag Baômer, pois o ovo é sinal de luto –
neste dia, em memória a Rabi Shimon Bar Yochai. Ainda em vida, ele pediu
que esse dia fosse celebrado com muita alegria. Para cumprir seu pedido,
enfeitamos as cascas dos ovos. Há o costume de serem cozidos com com
cascas de cebola, a fim de deixá-los coloridos.
*(Fonte : Pt.Chabad.Org )
SIVAN :

Shavuot
Shavuot é o dia da outorga da Torá. Segundo dos três maiores Dias Festivos
(Pêssach é o primeiro e Sucot o terceiro).A palavra Shavuot significa
“semanas”: assinala a compleição das sete semanas entre Pêssach e Shavuot
(o período do ômer), durante o qual o povo judeu preparou-se para a Outorga
da Torá. Durante este tempo, purificou-se das cicatrizes da escravidão e
tornou-se uma nação sagrada, pronta a entrar em uma aliança eterna com
D’us.
Nomes adicionais
Shavuot é também chamada de Atsêret, que significa a Compleição, porque
juntamente com Pêssach, completa uma unidade. Ganhamos nossa liberdade
em Pêssach a fim de recebermos a Torá em Shavuot.
Outro nome para Shavuot é Yom Habicurim, ou o Dia dos Primeiros Frutos.
Numa expressão de agradecimento a D’us, começando em Shavuot, cada
fazendeiro na terra de Israel levava ao Templo Sagrado uma oferenda do
primeiro trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras que cresciam
no campo.
Shavuot é também chamado Chag Hacatsir, a Festa da Colheita, porque o
trigo, o último dos grãos a ficar pronto para ser cortado, era colhido nesta
época do ano.
As atividades proibidas no Shabat também o são em Shavuot, com exceção de
carregar em um domínio público e cozinhar (se for utilizado fogo de uma
chama acesa desde a véspera).
• Em Shavuot os Tefilin não são colocados
Véspera de Shavuot
Adornando a casa com folhagens e flores
Em Shavuot costuma-se enfeitar a casa e a sinagoga com frutas, flores e
folhagens. O motivo disso é que na época do Templo Sagrado, os primeiros
frutos da colheita eram oferecidos em Shavuot. Nossos Sábios relatam
também que, embora o Monte Sinai se localizasse em um deserto, quando a
Torá foi outorgada a montanha floresceu e muitas flores brotaram.
Antes de acender as velas no horário indicado para a sua cidade, lembre-se de
deixar uma chama ou vela votiva pré acesa. Como há a proibição de fazer fogo
no dia de Yom Tov e lembrando que você terá que acender novamente as velas
no segundo dia de Shavuot, deverá fazê-lo transferindo o fogo da vela votiva
ou desta chama, já que existe a permissão de manusear o fogo, mas não de
criá-lo, riscando o fósforo ou de apagá-lo. No segundo dia de Shavuot , ao
anoitecer, acenda as velas somente após o completo anoitecer .
Costuma-se comer alimentos à base de leite em Shavuot. Existem várias
razões para este costume:
A partir da outorga da Torá, passou a valer a obrigação de cumprir as leis da
Cashrut. Como a Torá foi outorgada no Shabat, nenhum animal podia ser
abatido e nem os utensílios podiam ser casherizados, portanto neste dia come-
se laticínios.
Outro motivo é que a Torá é comparada ao leite. A palavra hebraica para leite
é “chalav”. Quando o valor numérico de cada uma das letras da palavra chalav
são somadas (8+30+2), chega-se ao total de quarenta. Quarenta é o número
de dias que Moshê passou no Monte Sinai, recebendo a Torá diretamente de
D’us.
1º dia de Shavuot
Os Dez Mandamentos
Shavuot é o dia no qual celebramos a grande revelação da Outorga da Torá no
Monte Sinai, no ano 2448. As almas de todos os judeus de todos os tempos
juntaram-se para ouvir os Dez Mandamentos, transmitidos pelo próprio D’us.
Em Shavuot, na realidade, D’us está nos dando novamente a Torá. Por isso, o
Rebe conclamou que todo judeu, homem, mulher, e especialmente crianças
(até mesmo bebês recém-nascidos) devem fazer todo o esforço para estarem
presentes numa sinagoga durante a leitura dos Dez Mandamentos.
O Livro de Ruth
Em muitas sinagogas lê-se o Livro de Ruth no segundo dia de Shavuot. Há
vários motivos para este costume:
A – Shavuot é a data de nascimento e yahrzeit (dia de falecimento) do Rei
David, e o Livro de Ruth registra sua ancestralidade. Ruth e seu marido Boaz
foram os bisavós do Rei David.
B – As cenas de colheita, descritas no Livro de Ruth, são apropriadas ao
Festival da Colheita.
C – Ruth foi uma convertida sincera que abraçou o judaísmo de todo o coração.
Em Shavuot, todos os judeus foram como convertidos, tendo aceitado a Torá e
todos seus preceitos.
Refeição de leite
No almoço, após o kidush, faça uma refeição festiva de laticínios. Espere no
mínimo 1h de intervalo para realizar uma refeição de carne.
•Antes da refeição festiva da noite, recite o kidush de Yom Tov.
2º dia de Shavuot
Yizcor
Recita-se Yizcor em memória de entes queridos falecidos.
Antes da refeição festiva, recite o kidush de Yom Tov.
*( Fonte: pt.Chabad.org

TAMUZ: 17 de Tamuz –
O dia 17 de Tamuz é marcado por tristeza e luto; um dia de jejum e
introspecção para o povo judeu. Marca a data em que os romanos romperam
as muralhas de Jerusalém para darem início à destruição do Segundo Templo,
no ano 70 EC. Nessa mesma data Moshê quebrou as tábuas ao ver o povo
judeu adorando o bezerro de ouro.
As três semanas mais tristes de nosso calendário vão do dia 17 de Tamuz até 9
de Av -Tishá BeAv. São marcadas por um período de luto pela destruição do
Templo Sagrado e o consequente exílio físico e deslocamento espiritual – no
qual ainda nos encontramos: a galut.
É chamado de ben hametsarim – “entre os apertos”, baseado no versículo
(Echá 1:3) que declara: “Todos seus perseguidores alcançaram-na dentro dos
apertos.” Os Sábios (Echá Rabá 1) explicam que ‘dentro dos apertos’ refere-se
a dias de aflição que ocorreram no período entre 17 de Tamuz e 9 de Av. Nesse
período, muitas calamidades abateram-se sobre o povo judeu através das
gerações. Foi durante este período, dentro dos apertos, que tanto o primeiro
quanto o segundo Templos foram destruídos. Este período foi portanto
estabelecido como um tempo de luto pela destruição dos Santuários.
Durante essa época, diminuímos a extensão de nosso júbilo. Casamentos não
são realizados, abstemo-nos de ouvir música, dançar, fazer viagens
recreativas, e de cortar os cabelos ou barbear-nos. Segundo o costume
sefaradita, que é baseado na opinião de Bet Yossef, cortes de cabelo são
permitidos até a semana na qual Tish’á Beav realmente cai.
Costuma-se não recitar a bênção Shehecheyanu nesse período. Dessa
maneira, não vestimos roupas novas ou ingerimos frutas que ainda não
tenham sido comidas nessa estação, para que não tenhamos que recitar
Shehecheyanu. Entretanto, quando confrontados com uma oportunidade de
cumprir uma mitsvá que passará – como por exemplo, uma circuncisão ou um
pidyon haben – então é feita a bênção. Da mesma forma, se uma fruta nova
estiver disponível nesse período de três semanas e talvez não esteja depois,
Shehecheyanu é recitada. Como é costumeiro permitir que seja recitada a
bênção no Shabat, é preferível guardar a nova fruta até o Shabat. Uma mulher
grávida que tenha vontade de comer a fruta, porém, ou uma pessoa doente
que necessita dela para sua saúde, pode recitar Shehecheyanu durante as três
semanas.
Costuma-se ser ainda mais cuidadoso que o normal ao se evitar situações
perigosas. Pessoas devotas separam um período de tempo para reflexão e luto
pela destruição de ambos os Templos. Em algumas comunidades costuma-se
recitar o Ticun Chatsot mesmo ao meio dia.
Reflexões sobre o mês de Tamuz
Há alguns fatos que ocorreram nessa data e que merecem ser citados.
 O dia 17 de Tamuz é um dia de jejum em lembrança à cinco tragédias que
assolaram o povo judeu em diversas épocas de sua história. O primeiro desses
foi o fato de Moshê ter quebrado as Tábuas da Lei. Nas preces de Selichot,
rezadas nesse dia, há menção à quebra das Tábuas, sem referência ao motivo
(o bezerro de ouro). Isto porque a milagrosa escrita Divina gravada nas Tábuas
nunca mais foi recuperada. Foi perdida para sempre essa forte revelação
Divina cujas letras estavam gravadas de fora a fora, de forma legível sob
qualquer ângulo e cuja mensagem podia ser claramente transmitida, sem
qualquer possibilidade de distorção.
 O número 21 (soma dos dias das Três Semanas) forma a palavra hebraica Ach,
que significa apenas; 17 (de Tamuz) tem o valor numérico da palavra hebraica
Tov, bem. Ambas iniciam um versículo que diz: “Ach tov Leyisrael”, “Apenas o
bem para Israel”. Isto mostra que, de modo mais profundo, os acontecimentos
desagradáveis das Três Semanas, na realidade, levarão somente a coisas boas.
 Número três, no judaísmo, representa perfeição e eternidade. E assim está
escrito: “A corda tríplice não se desmanchará facilmente”. De fato, esse
número é recorrente: há três Patriarcas, três Festas de Peregrinação, a Lei
Escrita é composta de três partes (Torá, Neviim e Ketuvim), entregue no
terceiro mês após a saída do Egito, ao povo judeu formado por três grupos
(Cohen, Levi e Yisrael) etc.
 Se o número três é tão significativo, por que então tantas tragédias recaíram
sobre o povo judeu durante as Três Semanas? A resposta é que todo esse
sofrimento são etapas que levam à Era Messiânica. Isto é aludido ao fato de os
dois jejuns, 17 de Tamuz e 9 de Av, sempre coincidirem com o mesmo dia da
semana do Sêder de Pêssach, quando comemoramos a saída do Egito e nossa
libertação.
 Fonte: pt.Chabad.org

AV- Tisha B´av


Quando começa o mês de Av, limitamos ainda mais nosso júbilo, a ponto de
evitar qualquer coisa que possa nos alegrar. Assim, não plantamos árvores
destinadas a dar sombra, ou somente pela sua beleza. Da mesma forma, não
empreendemos qualquer construção ou projetos para reforma da casa apenas
pelo luxo, como redecorar ou pintar a residência. Entretanto, se a pessoa não
tem onde morar, pode construir uma casa neste período.
É proibido comprar, costurar, tecer ou tricotar novas roupas – mesmo se a
pessoa pretende usar esta roupa somente após Nove de Av. Não se pode nem
mesmo comprar uma roupa usada, se a compra for feita por causa de sua
beleza. A proibição de adquirir uma roupa nova é mais rigorosa que vestir algo
novo que foi comprado previamente.
Deve-se assinalar, entretanto, que estas restrições referem-se apenas a
situações onde nenhuma mitsvá esteja envolvida. Com a finalidade de cumprir
um mandamento – como por exemplo, adquirir roupa nova para uma noiva ou
noivo, ou construir uma casa para eles – estas coisas são permitidas. Se
houver motivo para temer que o preço da roupa subirá após Nove de Av, pode-
se comprar quaisquer roupas que desejar, mas não se deve usá-las até depois
de Nove de Av.
A partir de Rosh Chôdesh Av não se pode lavar roupas, mesmo se forem ser
usadas até depois de Nove de Av. Se restar apenas uma muda de roupas,
porém, estas podem ser lavadas após Rosh Chôdesh, até a semana que inclui
Nove de Av.
Uma pessoa que transpire profusamente e precise mudar a camisa
diariamente deveria preparar uma certa quantidade de camisas, e vestir cada
uma delas por alguns instantes antes de Rosh Chôdesh. Poderá então usá-las
durante a semana em que cair Nove de Av.
Além da proibição de terem o cabelo cortado, os adultos também estão
proibidos de cortar o cabelo das crianças, começando a 17 de Tamuz, e de
lavar as roupas dos filhos a partir de Rosh Chôdesh Av. As roupas de bebês,
entretanto, podem ser lavadas – mesmo durante a semana em que cai o Nove
de Av. Se possível, não se deve lavar grandes quantidades, e não se deve fazê-
lo publicamente.
É proibido calçar sapatos novos a partir de Rosh Chôdesh. Entretanto, calçados
adquiridos especialmente para o Nove de Av – como por exemplo, feitos de
lona ou borracha – podem ser usados mesmo se forem novos.
Pode-se realizar um noivado durante este período, mas não é permitido
realizar uma celebração com refeição festiva.
A partir de Rosh Chôdesh até depois de Nove de Av é proibido comer carne ou
beber vinho, pois durante este período os sacrifícios e libações no Templo
Sagrado cessaram. Pelo costume, esta proibição expandiu-se para incluir
alimentos cozidos com carne. Entretanto, pode-se ingerir alimentos que foram
preparados numa panela de carne. O costume sefaradita é manter este rigor
apenas na semana que inclui Nove de Av. Em uma refeição festiva servida por
ocasião de uma circuncisão, pidyon haben, bar mitsvá, ou na conclusão do
estudo de um tratado talmúdico, etc. – pode-se comer carne e beber vinho.
Começando em Rosh Chôdesh, é costumeiro para os abatedores rituais deixar
as facas de lado. Durante este período, são abatidos animais somente para
pessoas doentes, ou para uso em uma refeição festiva.
Costuma-se não usar vinho, mas cerveja, para o serviço de Havdalá.
Começando em Rosh Chôdesh Av [segundo o costume sefaradita, começando
com a semana que inclui Nove de Av], não se pode banhar o corpo inteiro –
nem mesmo em água fria. Não nos banhamos em piscina, rio, ou mar.
Entretanto, se Rosh Chôdesh cair numa sexta-feira, pode-se banhar em água
morna em honra ao Shabat.
A proibição acima refere-se especificamente a banhar-se por prazer. Quem
precisar banhar-se por razões de saúde – como uma pessoa que recebeu
ordens do médico para banhar-se – ou um operário cujo trabalho o faça ficar
sujo, pode fazê-lo durante este período.
Na sexta-feira antes de Shabat Chazon – o Shabat imediatamente anterior a
Nove de Av – é proibido lavar o corpo inteiro, mesmo em água fria. Pode-se
lavar o rosto, as mãos e os pés em água fria. Quem costuma se lavar antes do
Shabat com água quente pode usá-la também nesta sexta-feira, mas apenas
para lavar o rosto, as mãos e os pés.
Quem costuma imergir num micvê na sexta-feira, pode fazê-lo na sexta-feira
do Shabat Chazon também. Entretanto, alguém que apenas ocasionalmente
imerge às sextas-feiras, não deve fazê-lo nesta sexta-feira.
Shabat Chazon
O Shabat que precede Nove de Av é chamado Shabat Chazon, pois a Haftará lida
neste Shabat é extraída do primeiro capítulo de Yeshayahu, que começa com
as palavras Chazon Yeshayahu. Esta haftará é a última das três leituras dos
Profetas que falam das calamidades que se abateram sobre Israel, e que são
lidas antes de Nove de Av. Costuma-se chamar o líder da congregação para ler
a haftará de Chazon.
O versículo – Como posso suportar sozinho o trabalho que me dais, a vossa
carga e a vossa contenda (Devarim 1:12), encontrado na porção semanal da
Torá lida neste Shabat, é costumeiramente cantado com a lamentosa melodia
do cântico de Meguilat Echá. Em algumas comunidades, esta melodia também
é usada para entoar a haftará inteira; em outras comunidades, esta melodia é
usada apenas para os versículos de admoestação dentro da haftará.
Pode-se comer carne e beber vinho em todas as três refeições no Shabat
Chazon, mesmo se coincidir com o próprio Nove de Av [neste caso o jejum é
adiado até o dia seguinte]. Entretanto, seudá shelishit – a terceira refeição do
Shabat – não deveria ser estendida até a noite, como é habitual nos outros
Shabatot. Ao contrário, a refeição deve ser encerrada antes do pôr-do-sol.
Quando Shabat Chazon cai no dia que antecede Nove de Av, a Havdalá inteira
não é recitada na conclusão do Shabat, ou seja, não recitamos a bênção sobre
o vinho ou sobre especiarias. Ao contrário, apenas a bênção sobre a criação do
fogo [borê meorê haesh] é feita. No encerramento de Nove de Av, são
recitadas as bênçãos sobre o vinho e a bênção que diferencia entre o sagrado
e o secular [hamavdil ben côdesh lechol]. Mulheres que não rezam Ma’ariv
devem recitar Baruch hamavdil ben côdesh lechol no sábado à noite, antes de
fazer qualquer serviço.
AS LEIS DE 9 de AV:
Há cinco coisas proibidas em Nove de Av: comer e beber, lavar-se, untar-se
com óleo, vestir sapatos de couro e coabitar.
Não há diferença entre a noite (da véspera) e o dia de Nove de Av. Pode-se
comer sómente antes do pôr-do-sol na véspera de Nove de Av; o crepúsculo é
considerado como noite, e alimentar-se é proibido.
Todos devem jejuar em Nove de Av, incluindo mulheres grávidas e mães em
fase de amamentação. Quem estiver doente, porém, pode comer, mesmo se
sua doença não lhe ameaça a vida. Entretanto, uma pessoa doente deve
abster-se de comer iguarias e deveria ingerir somente o que for
absolutamente necessário para seu bem-estar físico.
Se Nove de Av cai num domingo e uma pessoa doente precisa comer durante
o jejum, deve recitar Havdalá antes de comer [pois Havdalá não é recitado na
noite anterior por causa de Nove de Av].
A pessoa não pode enxagüar a boca em Nove de Av, até o fim do jejum.
Lavar-se por prazer é proibido, tanto em água quente quanto fria. Entretanto,
se as mãos estão sujas, pode lavá-las. Pode também lavar as mãos após
levantar-se pela manhã como faz todos os dias, bem como após usar o
banheiro. Entretanto, não pode lavar a mão inteira, mas apenas os dedos. Com
os dedos ainda úmidos, pode lavar os olhos com eles. Se os olhos estão sujos,
pode enxagüá-los como faz normalmente.
Se a pessoa estiver cozinhando e preparando comida, pode lavar os alimentos,
pois a intenção não é lavar as mãos.
A proibição de calçar sapatos aplica-se àqueles de couro. Sapatos feitos de
lona ou borracha podem ser usados. Porém, se são cobertos de couro ou se
têm solas de couro, não podem ser usados. Se alguém está caminhando em
local repleto de espinhos ou numa área povoada de não-judeus [onde sua
aparência poderia ser ridicularizada], pode calçar sapatos normais nestes
locais.
É permitido banhar um bebê e aplicar óleo em sua pele, da maneira que
normalmente é feito.
Todas as proibições acima mencionadas se aplicam a partir do pôr-do-sol na
véspera de Nove de Av até o final do jejum.
Como se explicou acima, o estudo de Torá é proibido em Nove de Av porque o
estudo de Torá traz alegria à pessoa. Entretanto, pode-se estudar o terceiro
capítulo do tratado Mo’ed Catan, que fala das leis de luto e excomunhão. Pode-
se também estudar o Midrash do Livro de Echá; Echá com seus comentários, e
Iyov com seus comentários, pois estas obras despertam um sentimento de
tristeza no leitor. Pode-se também estudar os capítulos de admoestação e
calamidades registradas em Yirmiyahu; entretanto, deve-se ter o cuidado de
pular aqueles versículos que falam de consolação. A pessoa pode também
estudar os trechos do Talmud sobre a Destruição, registrada no Tratado Guitin.
Não se deve cumprimentar um amigo e perguntar como vai em Nove de Av, e
não se deve nem dizer “bom dia.” Se alguém for cumprimentado, porém, pode
responder para não ofender os sentimentos, mas em um tom de voz baixo. É
proibido também enviar presentes em Nove de Av.
Em Nove de Av, é costume abster-se de fazer qualquer trabalho que deva ser
feito em um período longo de tempo, pois empenhar-se nesse tipo de
atividade distrai a pessoa de sentir tristeza. Deve evitar este tipo de serviço na
noite da véspera de Nove de Av, e até o meio-dia de Nove de Av. Após meio-
dia, este tipo de trabalho não é habitualmente proibido, mas mesmo assim é
recomendável que a pessoa seja severa consigo mesma e evite este trabalho
até que termine o jejum.
Da noite de Nove de Av até meio-dia, deve-se sentar no chão ou sobre um
banquinho com altura não maior que três larguras de mão.
Deve-se evitar andar pelas ruas ou ir ao mercado, para não conversar à toa e
assim distrair-se do sentimento de luto. Deve-se certamente evitar atividades
que possam levar à leviandade.
Alguns seguem o costume de não dormir em uma cama em Nove de Av; em
vez disso, dormem em colchões colocados no chão. Em qualquer dos casos, a
pessoa deve variar seus hábitos de dormir; por exemplo, se costuma dormir
com dois travesseiros, deve usar apenas um. Algumas pessoas colocam uma
pedra sob o travesseiro ou colchão, como forma de relembrar a Destruição do
Templo.
É costume iniciar somente após meio-dia o preparo dos alimentos que serão
comidos quando terminar o jejum.
Não se deve cheirar perfumes ou especiarias em Nove de Av, nem fumar em
público.
Não se deve vestir roupas bonitas em Nove de Av, mesmo que a roupa não
seja nova.
Muitos têm o costume de lavar o chão e limpar a casa após meio-dia em Nove
de Av, em antecipação da Redenção que aguardamos. Além disso, é uma
tradição que o Mashiach nascerá em Nove de Av.
Costuma-se dizer que a pessoa que come ou bebe em Nove de Av sem ter de
fazê-lo por razões de saúde não merecerá ver o júbilo de Jerusalém. E quem
prantear sobre Jerusalém merecerá ver sua felicidade, como promete o
versículo (Yeshayahu 66:10): “Rejubile-se grandemente com ela, todos que por
ela pranteiam.
Fonte: Pt.Chabad.or

ELUL :

Elul, mês em que nos preparamos para a chegada dos Grandes Dias festivos!!!
Elul é o último mês do ano judaico. Como preparação para Rosh Hashaná, o
Dia do Julgamento, que vem logo em seguida.
Elul é marcado por vários costumes especiais e tradições.No mês de Elul,
fazemos um balanço geral de tudo que fizemos no decorrer do ano.A santidade
exige preparação. Nossa principal tarefa não é criá-la mas sim nos tornarmos
um receptáculo para a santidade, que surge de acordo com a maneira da
preparação
O mês de Elul é a chave para destrancar o significado interior e mais potente
do coração. Como é sabido, as letras hebraicas para formar a palavra “Elul” –
alef, lamed, vav e lamed, são um acrônimo para a frase (do Cântico dos
Cânticos bíblico) ani l’dodi v’dodi li, que significa “Eu sou do meu amado e
meu amado é para mim.”
Essa frase linda e romântica é aquela que representa nosso relacionamento
com o Criador, que é frequentemente comparado ao relacionamento entre
marido e mulher, uma noiva e um noivo, em nossas vidas individuais.
O Zohar explica que no início de Elul estamos achor el achor, que significa
“costas com costas”, e ao final de Elul estamos panim el panim, “face a face”.
É o mês de Elul que nos ensina a necessidade de estarmos dispostos a nos
voltar. O Rei está no campo, nosso Criador está ali, e não importa como
possamos nos sentir, Ele nunca deu as costas. Tudo que precisamos fazer é
nos virar para perceber que Ele está ali e esperando por nós. O “costa a costa”
que vivenciamos no início do mês é baseado em nossas percepções
equivocadas, nossos temores, nossas presunções. Somente quando nos
viramos entendemos a verdade, a essência interior, e então ficamos “face a
face”, o que não somente significa que podemos finalmente olhar um para o
outro, mas além disso, podemos olhar um no outro – pois o radical da palavra
face, panim é o mesmo que pnimiyut, que significa “interiorização”
Então é por isso e como Elul é o mês que começa de costas e termina face a
face. No início do mês não estamos conscientes da realidade que “Eu sou para
meu amado e meu amado é para mim.” Porém, trabalhando em nós mesmos
durante o mês, estando dispostos a nos virar e fazer mudanças, começamos a
entender que nosso Criador jamais virou as costas. Ele sempre esteve nos
encarando, e apenas esperando que nos viremos. E quando o fazemos, então
somos como dois lameds que estão face a face, que formam o coração judaico
e que são a essência do mês de Elul.
Que sejamos abençoados com a capacidade de canalizar os poderes do mês
de Elul, de reconhecer e revelar nossa capacidade de aprender e ensinar, e
através disso, ficar face a face com nós mesmos, com nossos entes queridos e
com nosso Criador, como somos ensinados pelo coração judaico.
Algumas Leis e Costumes
Escute o Toque do Shofar
Começando com o primeiro dia de Elul, até (mas não incluindo) a manhã antes
de Rosh Hashaná, é costume tocar o shofar (chifre de carneiro) após a prece
matinal nos dias de semana. O chamado do shofar estimula o coração. Seus
toques diários proclamam: “Acordem, seus dorminhocos! Examinem suas
ações e se arrependam.”
Recite Salmos Adicionais
A partir do primeiro dia de Rosh Chodesh Elul até, e incluindo Hoshana Raba,
recitamos duas vezes ao dia o Salmo 27. Este costume é baseado no
comentário do midrash “O Eterno é minha luz…” em Rosh Hashaná” … minha
salvação…” em Yom Kipur,” … Ele me ocultará em Sua tenda” em Sucot.
Os chassidim e os sefaraditas incluem isto nas Preces Matinais e Vespertinas; o
costume lituano é recitá-lo durante as Preces de Shacharit e Arvit,
respectivamente, Matinais e Noturnas.
Recite Selichot
A tradição sefaradita é começar recitando selichot imediatamente após Rosh
Chodesh Elul. O costume askenazita é recitar selichot começando na noite de
sábado da semana na qual cai Rosh Hashaná, desde que sejam deixados
quatro dias antes de Rosh Hashaná. Portanto, se Rosh Hashaná cair na
segunda ou na terça-feira da semana, a recitação de selichot é iniciada na
noite de sábado da semana precedente.
Aumente em Doação para Caridade
Durante Elul, a caridade funciona como um escudo contra os maus decretos e
prolonga a vida. Lança um manto de proteção não somente sobre o doador,
mas sobre o povo judeu como um todo. Quando uma pessoa transcende seu
instinto natural e dá sem ser vista, D’us por Sua vez lhe concede mais do que
ele mereceria receber.
Retorno em Penitência
Os fundamentos da penitência são triplos: abandonar o pecado que tem
cometido, arrependimento e confissão. Abandonar o pecado consiste fazê-lo
tanto na prática quanto em pensamento, associado a uma firme resolução de
não repeti-lo. Arrependimento é entender que separar-se de D’us é mau e
amargo, e a intensa percepção de que há um preço para a transgressão.
A confissão pode ser expressa oralmente: “Eu pequei, fiz tal e tal; arrependo-
me de minhas ações e tenho vergonha delas, e jamais as repetirei.”
[Baseado no Livro de Nosso Legado, s.v. Elul.]
O arrependimento exige arrepender-se do passado e tomar uma resolução
positiva para o futuro, porém o primeiro passo é consertar e organizar
adequadamente o presente, para que seja bom e correto em todos os
aspectos da ação, fala e pensamento. Somente então, quando o presente é
como deveria ser, a pessoa pode fazer o trabalho necessário para compensar
as falhas e elementos indesejáveis do passado, e criar linhas de orientação e
disciplina para o futuro.
O mês de Elul é propício para o auto-balanço, e para o arrependimento nas
três “vestes” da alma – pensamento, fala e ação. O serviço Divino exige
completo auto-conhecimento. Assim como ignorar nossas falhas pode ser
incapacitante, o mesmo pode acontecer quando esquecemos de nossas forças.
A pessoa deve conhecer-se bem: tanto as próprias habilidades e talentos
quanto as deficiências e fraquezas.
[traduzido e adaptado da Introdução a Pokeach Ivrim]
*( Fonte: pt.Chabad.org )

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