UNIDADE DE APRENDIZAGEM E

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: “O
PROFESSOR FAZ A DIFERENÇA”

1. Quais são os objectivos da Unidade de Aprendizagem e Desenvolvimento

Profissional (UADP)?

Os principais objectivos da UADP são:

- Incentivar a criação de Comunidades de Aprendizagem (CA) de

professores/educadores nas escolas/agrupamentos de escolas com vista a
melhoria das aprendizagens dos alunos.

- Apoiar os professores/educadores que integram as CA, dando formação e

acompanhando o processo de planificação e implementação de práticas com
vista à melhoria das aprendizagens dos alunos.

- Para além disso, é também objectivo da UADP fornecer formação

acreditada em várias temáticas relacionadas com o trabalho docente.

2. Qual a diferença entre desenvolvimento profissional e aprendizagem

profissional?

O desenvolvimento profissional tem a ver com a aprendizagem do professor/educador e

implica uma participação individual e mais ou menos ocasional destes em actividades
de formação com vista à actualização de conhecimentos sobre determinadas temáticas
específicas.

A aprendizagem profissional implica, para além da aprendizagem com vista ao

desenvolvimento profissional do professor/educador, a sua participação em grupos de
trabalho - as Comunidades de Aprendizagem que têm por objectivo melhorar a
aprendizagem dos alunos. Integrados nas Comunidades de Aprendizagem, os
professores/educadores identificam problemas profissionais comuns e, com o objectivo
de os resolver, envolvem-se num processo colaborativo de reflexão, partilha de
experiências e planificação conjunta de alternativas de actuação pedagógica. Este
processo tem essencialmente por base uma metodologia de investigação-acção, de
forma possibilitar relacionar a teoria educativa com a prática profissional. Conta, para
todo o processo e sempre que necessário, com o apoio profissional de agentes
exteriores à escola (neste caso os profissionais da Universidade de Trás-os-Montes e

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Alto Douro que integram a equipa de formação da UADP). Assim, a aprendizagem

profissional é um processo que exige uma participação mais sistemática e prolongada
dos professores em processos formativos de aprendizagem com um objectivo
primordial: a experimentação de alternativas fundamentadas de actuação pedagógica
que visam a mudança imediata da prática dos professores nas áreas ou situações que
estes identificam como problemáticas e, em consequência, a melhoria dos resultados
escolares dos alunos.

3. Quem constitui a equipa de formação da UADP?

Nome Áreas de interesse e intervenção

Maria Helena Santos Silva - Metodologia de Ensino das Ciências (do

Professora associada Pré-escolar ao Ensino Secundário)
helsilva@utad.pt - Aprendizagem cooperativa
Tel. 259330135 - Supervisão educativa
- Práticas educativas eficazes
Carlos Ferreira - Avaliação das aprendizagens
Professor auxiliar - Desenvolvimento curricular
caferreira@utad.pt - Metodologia de trabalho de projecto
Tel. 259330144
Manuel Cabral dos Reis - Metodologias de ensino tendo por
Professor associado com agregação suporte a utilização da Internet
mcabral@utad.pt
tel. 2593502374
Maximino Esteves Correia Bessa - Metodologias de ensino tendo por
Professor auxiliar suporte a utilização da Internet
maxbessa@utad.pt
Tel. 2593502324
Emanuel Soares Peres Correia - Metodologias de ensino tendo por
Assistente convidado suporte a utilização da Internet
epes@utad.pt
Tel. 2593502357
Joaquim José Jacinto Escola - Comunicação Educativa
Professor auxiliar - Filosofia Contemporânea
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jescola@utad.pt; jjescola@gmail.com - Didáctica da Filosofia

tel. 259330114 - Ética
Ana Paula Florêncio Aires - Didáctica da Matemática, em particular
Professora auxiliar Didáctica da Análise Matemática.
aaires@utad.pt - Ensino da Matemática (do Pré-escolar ao
Tel. 259350824 Ensino Secundário).
- História do Ensino da Matemática.
Helena Maria Barros de Campos - Didáctica da Matemática, em particular
Professora auxiliar Didáctica da Geometria.
hcampos@utad.pt - Programas de computador para o ensino
Tel. 259350827 da Geometria.
Armando Loureiro - Aprendizagem Organizacional
Professor auxiliar - Teorias, Modelos e Práticas da Educação
aloureiro@utad.pt de Adultos
259330144
Maria João Carvalho - Organização e Administração Educativa
Professora auxiliar - Avaliação
mjcc@utad.pt
259330135
Ana Paula Monteiro - Gestão e mediação de conflitos
Assistente
paulitamonteiro@gmail.com
Levi Leonido Fernandes da Silva - Didáctica das expressões (Música,
Professor auxiliar Teatro, Expressão Plástica e Motora)
levileon@utad.pt - Música para Teatro e Cinema
Tel: 259330108 - Escrita Criativa (Teatro e suporte
audiovisual)
- Artes interdisciplinares
- Sociologia das artes
- Metodologias activas do ensino da
Música
José Pinto Lopes - Psicologia da Educação
Professor associado - Aprendizagem cooperativa

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jlopes@utad.pt - Gestão da sala de aula

Tel. 259330147 - Dificuldades de aprendizagem
específicas
- Práticas educativas eficazes

4. Existem regras/princípios para o funcionamento das Comunidades de

Aprendizagem e Desenvolvimento Profissional?

Sim. Na tentativa de os disponibilizar de forma a facilmente serem consultados pelos

professores, produzimos três documentos: vídeos, Septálogo e Poster sobre o
funcionamento da UADP.

5. É importante a Direcção da Escola/Agrupamento conhecer o que é a UADP?

Porquê?

Sim. A investigação demonstra que os melhores resultados dos Programas de

Aprendizagem e Desenvolvimento Profissional são obtidos quando a Direcção das
Escolas assume a liderança da aprendizagem e desenvolvimento profissional dos
professores que nelas trabalham. Quando a aprendizagem e o desenvolvimento dos seus
professores é uma prioridade dos líderes da Escola, porque são reconhecidos como uma
das formas mais importantes de conseguir melhorias nas aprendizagens dos alunos.
Também, o trabalho cooperativo dos professores, imprescindível ao funcionamento das
Comunidades de Aprendizagem, exige a criação de algumas condições de trabalho que
necessariamente têm de ser disponibilizadas e apoiadas pela Direcção da
Escola/Agrupamento, nomeadamente a disponibilidade prevista no tempo de
estabelecimento para que os professores que constituem as Comunidades de
Aprendizagem se possam reunir.

A criação de um espaço para realização de aprendizagem em cooperação pode também

facilitar e potenciar as funções de supervisão intermédia, actualmente atribuídas aos
coordenadores dos departamentos curriculares. Deste modo seria facilitado o
trabalho de planificação colaborativa, observação das práticas e os momentos de
reflexão após as observações realizadas, com vista a uma implementação de alternativas

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mais fundamentadas de acção, em ciclos posteriores de supervisão colaborativa (Ponto

1 do artº 42º do Decreto-Lei n.º 75/2008 de 22 de Abril).

A Direcção da Escola/Agrupamento bem como os coordenadores de departamento

curricular têm que assumir a mudança e apoiar os professores que pretendem
implementar práticas educativas que conduzam a essa mudança. Têm de assumir o
papel de líderes instrucionais (liderança pedagógica).

Segundo Hallinger (2003) existem dois tipos de líderes escolares: os líderes

instrucionais (liderança pedagógica) e os líderes transformacionais (liderança
administrativa). Os primeiros são firmes e objectivos e o seu trabalho abrange três
dimensões principais: a missão da escola (objectivos académicos claros e orientações
para os atingir), gestão do programa educativo (coordenação do currículo, supervisão e
avaliação do processo educativo), promoção de um clima de aprendizagem positivo
(apoio a uma atmosfera de aprendizagem positiva tanto para alunos como para
professores). A investigação demonstra que este tipo de liderança tem um efeito
muito mais elevado no desempenho escolar dos alunos em comparação a liderança
administrativa. Estes são competentes e carismáticos e a sua acção caracteriza-se por
quatro factores-chave: influência idealizada; motivação que inspira; estímulo
intelectual; e consideração individualizada (Morrison, 2002; Coleman, 2005).

Ou seja, a maior influência positiva do líder instrucional (liderança pedagógica) na

aprendizagem dos alunos advém de que este:

A. Define e comunica objectivos partilhados

Isso significa que trabalha em colaboração com os professores para definir, comunicar e
usar dados para orientar a definição de objectivos partilhados por todos para a Escola.
Os objectivos são utilizados na tomada de decisões organizacionais, para alinhar as
práticas de ensino, para comprar materiais curriculares e para fornecer metas de
progresso. Estes objectivos unem toda a Escola em torno de uma missão comum a
alcançar.

B. Monitoriza e fornece feedback sobre o processo de Ensino e de Aprendizagem

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Esta dimensão descreve as actividades do líder instrucional em torno do currículo

académico. Estas actividades incluem tornar-se visível na Escola, conversando com os
alunos e os professores, proporcionando elogios e feedback a professores, alunos e
restante comunidade escolar sobre desempenho académico e garantindo que o tempo de
ensino na escola não é interrompido.

C. Promove o desenvolvimento profissional na escola

Ligados a esta dimensão estão os comportamentos coerentes com a aprendizagem ao

longo da vida. O líder instrucional incentiva os professores a saberem mais sobre o
desempenho escolar dos alunos através da análise de dados relativos a esse
desempenho, proporciona oportunidades de desenvolvimento profissional que estão
alinhadas com os objectivos da Escola e disponibiliza literatura profissional e recursos
para a aprendizagem e desenvolvimento profissional dos professores.

Em alguns países, incluindo Portugal, nas escolas onde os líderes adoptam um papel de
liderança instrucional ou pedagógica mais forte, existe mais colaboração entre os
professores, melhores relações entre alunos e professores, mais reconhecimento dado
aos professores por práticas de ensino inovadoras e mais ênfase nos resultados de
avaliação do trabalho dos professores em termos de desenvolvimento (OCDE, 2009).

Leituras recomendadas:

Ovando, M. (2009). Líderes instrucionais e sua capacidade de fornecer feedback

construtivo aos professores. Disponível em:
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/5772/4193
Timperley, H. (2010). Aprendizagem e desenvolvimento profissional, pp. 25-26
Disponível em:
http://www.ibe.unesco.org/fileadmin/user_upload/Publications/Educational_Practices/E
dPractices_18po.pdf

OCDE (2009). Criação de Ambientes Eficazes para o Ensino e Aprendizagem:

Primeiros Resultados do TALIS. OCDE. Disponível em:
http://www.oecd.org/dataoecd/18/39/43021685.pdf

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6. Que tipos de acções de formação promove a UADP?

Acções de formação creditadas e com possibilidade de serem frequentadas através da

modalidade de e.learning (ensino a distância) e b.learning (ensino misto) (ver Questão
11) no âmbito das seguintes temáticas:

- Aprendizagem cooperativa na sala de aula – Oficina de formação – 50 horas – 2

unidades de crédito

- O trabalho de projecto como uma metodologia de ensino- aprendizagem – Oficina de

formação – 50 horas - 2 unidades de crédito

- Gestão de conflitos e mediação escolar – Oficina de formação – 50 horas - 2 unidades

de crédito

- Filosofia contemporânea - Oficina de formação – 50 horas - 2 unidades de crédito

- A utilização da tecnologia educativa no ensino da Filosofia - Oficina de formação – 50

horas

- Ética na informática - Oficina de formação – 50 horas - 2 unidades de crédito

- Resolução de problemas: uma forma de aprender a pensar - Oficina de formação – 50

horas - 2 unidades de crédito

- Software para o ensino da Geometria - Oficina de formação – 50 horas - 2 unidades de

crédito

- Avaliação de escolas - Oficina de formação – 50 horas - 2 unidades de crédito

7. Todos os professores/educadores da UADP têm de frequentar acções de

formação creditadas?

Não. Existem as seguintes possibilidades de fazer formação na UADP:

- Obter apenas formação creditada para efeitos de progressão na carreira;

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- Pertencer a uma Comunidade de Aprendizagem da UADP não tendo

interesse em obter formação creditada. Os professores/educadores que
pretendam integrar uma Comunidade de Aprendizagem podem usufruir de
formação apenas com o objectivo de desenvolver os projectos de investigação-
acção com vista à resolução de problemas de aprendizagem dos seus alunos.

- Obter formação creditada para efeitos de progressão na carreira e

simultaneamente pertencer a uma Comunidade de Aprendizagem. Podem
frequentar as acções de formação de forma a poder beneficiar dos créditos e
simultaneamente desenvolver o trabalho associado às Comunidades
Aprendizagem.

8. Qual é o valor da inscrição nas acções de formação creditadas?

Pertence a uma Comunidade de Aprendizagem:

- Tem interesse em obter créditos – 100 Euros

- Não tem interesse em obter créditos – 0 Euros

Não pertence a uma Comunidade de Aprendizagem - 150 Euros

9. Se um membro das Comunidades de Aprendizagem desejar, a UADP passa

uma declaração da sua pertença à Unidade? Em que condições?

Sim. Para isso será necessário que o professor/educador tenha integrado a Comunidade
de Aprendizagem durante, pelo menos, um ano lectivo e produzido um relatório da sua
actividade.

10. Quais são as metodologias de trabalho privilegiadas na UADP?

As metodologias de trabalho estarão sempre dependentes do tipo de formação

pretendido pelos professores/educadores (ver Questão 7), mas será privilegiada sempre
uma dimensão de aplicação prática com recurso à investigação-acção, estudos de caso,
realização de diários de aula para análise/ reflexão colaborativa, etc.

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11. Como será feita a comunicação entre a equipa de formação e os membros das
Comunidades de Aprendizagem?

Estão previstas três modalidades:

a) ensino a distância (e.learning). Será utilizada uma plataforma com

funcionalidades com forte componente de comunicação, participação e colaboração
entre professores e equipa de formação da UADP. Esta plataforma oferece, ainda,
ferramentas de avaliação específicas em diversas actividades (entradas de glossário,
fóruns, trabalhos realizados e enviados online, entre outros) com a possibilidade de
classificação (pelos professores ou pares) através de escalas elaboradas para o efeito.
Especificam-se algumas das principais funcionalidades para as actividades de
formação:

• videoconferência
• glossário
• chat
• diálogo
• trabalho
• teste
• wiki
• fórum
• questionário
• referendo
• book
b) ensino misto (b-learning). É um sistema de formação misto em que uma parte
da aprendizagem se faz através da Internet, no sistema de e-learning e algumas das
actividades da formação são desenvolvidas em sala de aula (sessões presenciais),
juntando o grupo de formandos e o formador-tutor.
c) Em casos a considerar pode haver deslocação de um ou mais membros da
equipa de formação às Escolas/Agrupamento de Escolas (ver Questão 13).

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12. Como podem os membros da UADP divulgar as suas experiências e resultados?

Será realizado anualmente, durante o mês de Outubro na UTAD, um encontro com esse
objectivo. Este encontro envolverá os professores/educadores que integram as
Comunidades de Aprendizagem da UADP, a equipa de formadores da UAPD e outros
professores e investigadores que o pretendam. Este encontro, para além da partilha de
experiências realizadas pelas diferentes Comunidades de Aprendizagem da UADP, será
subordinado a uma temática específica e aberto à comunidade em geral.

Também podem divulgar as suas experiências e resultados numa revista electrónica de

Educação e Psicologia que está a ser criada.

13. Se for de interesse da Escola/Agrupamento que um elemento da equipa de

formação da UTAD se desloque à escola ou agrupamento, quem custeia as
despesas de deslocação e refeições?

As despesas serão asseguradas pela Escola ou Agrupamento de Escolas.

14. O que é necessário fazer se pretender deixar de fazer parte da UADP?

Informar, através de e.mail ou outra forma de comunicação escrita dessa decisão, no

final de um ano lectivo à direcção da UADP.

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