Anda di halaman 1dari 5

LITURGIA DO CULTO DOMINICAL

Rev. Ivan Carlos Costa Martins

Liturgia é mais do que o programa do culto. É o próprio serviço que a comunidade de


fé oferece a Deus em Jesus Cristo por meio do Espírito Santo. Parte de nosso serviço litúrgico
oferecido a Deus é o culto; e o verdadeiro culto continua na vida e se expressa na relação
com o próximo. Segundo Allmen (2006) o culto dominical recapitula e proclama a história da
salvação. O amor de Deus tomou forma em Jesus.
Sendo a própria vida culto a Deus (e serviço ao próximo) há uma ocasião especial em
que aqueles e aquelas que se arrependeram de seus pecados, nasceram de novo e foram
batizados, reúnem-se para adorar a Deus e trazer à memória a salvação em Jesus: é o culto
dominical. A liturgia do culto deve, como qualquer prática da igreja, ser inspirada na Bíblia e
na tradição da Igreja ao longo dos séculos. Todo culto deve ser desenvolvido em ordem e
decência (1Coríntios 14.40). De modo geral podemos afirmar que: o culto a Deus deve ser
realizado ao modo de Deus.

Qual a liturgia do culto dominical?

Na Bíblia há inúmeros registros de culto e de celebrações (ex.: Lucas 24.30-31; Atos


2.42; Romanos 12.1-2; Colossenses 3.16). Um dos modelos mais claros está registrado em
Isaías:

TEXTO MOMENTO CÚLTICO

Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, toda a terra está cheia de sua glória Adoração

Ai de mim, estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meu de Confissão e Perdão
um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei...
Com a brasa viva segura por uma tenaz o anjo tocou a minha boa e disse: “Veja,
isto tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa foi removida, e o seu pecado será
perdoado”

Então, ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós?” Edificação

1
E eu respondi: “Eis-me aqui. Envia-me!” Dedicação

Ele disse: “Vá” Envio

INVOCAÇÃO. A Invocação é mais do que início do culto. É invocação mesmo da


presença de Deus.
Os cristãos sempre combateram a idéia de que Deus ocupa permanentemente um
espaço, ou está preso a um determinado espaço físico, como criam outros povos,
com relação às suas divindades. Por essa razão, cabe perfeitamente um momento de
invocação na abertura do culto, como reconhecimento de que o mesmo só se inicia
de verdade com a convicção de que Deus e os fiéis ocupam o mesmo espaço para o
diálogo cúltico. (VALVERDE, 1996, p. 28).

A invocação é necessária porque não temos controle sobre o Senhor; Ele não está à
nossa disposição. Os/As primeiros/as cristãos/cristãs eram conhecidos/as como “aqueles
que invocam o Nome” (Atos 9.14,21; 15.17; Romanos 10.12-13; 1Corintios 1.2). Há uma
grande promessa para nós: “Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou
no meio deles” (Mateus 18.20). A invocação no culto também é acolhimento das pessoas e
convite à celebração: “vinde”; “adorai”; “louvai”; “celebrai”; “bendizei”.

ADORAÇÃO. Na Adoração celebramos quem Deus é. Interessa-nos apenas o ser de


Deus, sua beleza e seus atributos. Deus é Santo! Deus é Fiel! Deus Justo! Deus é Bom! Deus é
Luz! Deus é o único digno. Deus é muito mais que nossas palavras podem conter. Por isso
que adorar é reconhecer, prostrar-se, glorificar, exaltar, honrar. Adoramos, não porque
Deus precise de nossa adoração, ou que precisemos satisfazer alguma necessidade humana.

CONFISSÃO. Entre as partes do culto a que menos damos atenção é a confissão.


Algumas pessoas chegam até a questionar a necessidade da confissão no culto.
Esse momento não deve ser suprimido da ordem do culto, pois, quanto mais
atingidos formos pela Graça, e plenos do Espírito Santo, mais convencidos ficamos de
nossos pecados, da justiça e do juízo (conf. João 16.8). (COLÉGIO EPISCOPAL, 2006, p.
13).

Quantas vezes paramos durante a semana para refletir o que fazemos de errado? A
atitude comum na Bíblia depois de deparar-se com Deus é a confissão (Êxodo 3.6; Isaías 6.5;
Lucas 5.8). Ela é inspirada pelo temor. Quando nos colocamos diante de Deus em
2
arrependimento, confissão e contrição, recebemos dEle o perdão (Provérbios 28.13; Salmo
32.1-5; 51.1-17; 1João 1.5-2.2).

LOUVOR. No louvor reconhecemos o que Deus fez em nosso favor. “O louvor é a


expressão suprema de gratidão a Deus por seu amor incondicional para com toda sua
criação” (JUNKER, 2004, p. 4). Não louvamos a Deus para que Ele nos abençoe.
É necessário perceber que não se trata, aqui, de uma troca de favores, uma barganha
ou negociata espiritual do tipo: louvamos a Deus e Ele nos abençoa por isso. Antes,
trata-se de uma relação de amor entre Pai e Seus filhos e filhas, a qual ocorre
diariamente no âmbito de nossas mais diversas experiências humanas. (COLÉGIO,
2006, p. 14-15).

Dentro do período do Louvor recolhemos dízimos e ofertas. Há algum significado


especial nisto? Compreendemos que ofertas são fruto de nosso louvor e gratidão a Deus
pelo muito que Ele nos tem feito. Também durante o Louvor abrimos para oportunidades e
testemunhos pessoais. Os objetivos são gratidão e inspirar a fé.

EDIFICAÇÃO. A Edificação é central no culto. Não significa que seja mais importante.
É continuidade da celebração comunitária. “O pregador é sempre o portador de boas novas
ao povo” (VALVERDE, 1996, p. 31). É o momento que de forma especial paramos para ouvir a
voz de Deus através de Sua palavra escrita. Por isto, exige oração e preparação do pregador
e pregadora; e oração e atenção de quem ouvi; todos e todas na intenção de viver segundo a
palavra de Deus.

SANTA CEIA
A Santa Ceia é o sacramento da Mesa do Senhor. É sinal visível de uma graça
invisível! É mesa de concerto, de reconciliação, de santidade, de comunhão. Pão e vinho
representam corpo e sangue de Jesus Cristo (Marcos 14.22-24; 1Coríntios 11.23-26).
Realizamos em memória dEle.

DEDICAÇÃO
A palavra de Deus sempre exige resposta humana. Ao ouvir João Batista e Pedro as
pessoas perguntaram “O que devemos fazer?” (Lucas 3.7-14; Atos 3.36-41). Não é possível

3
ouvir a palavra de Deus e permanecer insensível (Salmo 95.7b-11; Mateus 6.24-27; Hebreus
3.7-4.13; Tiago 1.22-25). A Dedicação, por isso, também é desafio: “A Dedicação deve ser um
momento de colocação das vidas à disposição do serviço a Deus” (VALVERDE, p. 32).
Algumas comunidades realizam nesse momento a entrega de dízimos e ofertas.
Também é oportuno realizar o apelo ou convite. Em nome de Jesus convidamos as
pessoas ao arrependimento e mudança de vida (Marcos 1.15; Atos 2.38-39). Deus nos deu
“o ministério da reconciliação” e em nome dele suplicamos: “reconciliem-se com Deus!”
(Conf. 2Coríntios 5.16-21).
Como parte da Dedicação há o envio. A Igreja cumpre sua missão no mundo vivendo
e testemunhando o evangelho de Jesus Cristo (Mateus 5.1-16; 25.31-40; 28.18-20).

BÊNÇÃO
O culto cristão incorpora a tradição bíblica da bênção (Números 6.24-26). Pastor ou
pastora abençoa os/as fiéis. No culto convencionou-se adotar a bênção de 2Coríntios 13.13:
“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com
todos vocês”. Além da tradição bíblica e apostólica invoca-se a Trindade Santa: Pai, Filho e
Espírito Santo.

CONCLUSÃO
O professor Messias Valverde contou-nos a história de que, estando numa igreja para
pregar, a pessoa responsável pelo culto iniciou a oração dizendo “Ó Deus, em nome de
Jesus, repreendemos todo espírito de liturgia”. Se a pessoa quis dizer “letargia” e se
confundiu, dá para entender, porém, a idéia de liturgia como uma coisa desnecessária e até
ruim é mais comum do que se imagina. Como vimos há fundamentos bíblicos e teológicos
para a liturgia do culto cristão.
O culto oferecido a Deus pela comunidade de fé deve ser bíblica e teologicamente
fundamentado, a fim de que seja: centralizado na presença do Deus Trino,
fundamentado na Palavra, afirmação da vida comunitária, experiência de renovação
de vida — inclusive de todos e todas — dinâmico e participativo, e convite à missão.
(JUNKER, 2004, p. 3).

De modo geral as igrejas que são contra a liturgia têm um culto pobre em criatividade
e participação e repetem sempre a mesma liturgia: música e pregação. (Pior ainda aquelas

4
igrejas que ficam só no “louvorzão”!). Em sua maioria, tais igrejas desconhecem a Bíblia,
ignoram a prática da Igreja ao longo dos séculos e tentam agradar a homens/mulheres.
Retirar partes essenciais do culto com a justificativa de adequá-lo aos novos tempos, torná-
lo atraente, é um engano.
A observância de cada um dos momentos da liturgia nos ajuda a experimentar com
mais profundidade a riqueza desse momento. Cada ato tem um significado próprio e
nos prepara para o próximo. Ajuda-nos a ter um visão mais ampla de nosso
relacionamento com Deus e com a igreja. (EM MARCHA, 2011, p.76).

Cada momento deve ser devidamente preparado em oração e com criatividade. É um


equívoco acharmos que o Espírito Santo só atua na improvisação. Cada hino deve ser
ensaiado, estudado (qual mensagem transmitimos com esse hino?) e separado a fim de
proporcionar culto a Deus em cada momento da liturgia: adoração é adoração, confissão é
confissão e louvor é louvor. Cada texto bíblico, cada leitura (da litania e/ou do Credo), deve
ser especialmente selecionada com o mesmo objetivo. O silencio faz parte do culto! A
pregação é especial demais para ser feita de qualquer jeito! Cada momento deve ser
conduzido de tal forma que a liturgia flua com naturalidade. É essencial a participação de
leigos, leigas e crianças. Sobretudo, porque o culto a Deus é realizado pela comunidade de
fé.

BIBLIOGRAFIA
ALLMEN, J.J. von. O culto cristão: teologia e prática. (Trad. Dírson Glênio V. dos Santos). 2.ed. São
Paulo: ASTE, 2006.
COLÉGIO EPISCOPAL. O culto da Igreja em missão. São Paulo: Cedro, 2006. (Biblioteca Vida e Missão
—Pastorais).
EM MARCHA. Bíblia e culto: um chamado à santidade. São Paulo: Departamento Nacional de Escola
Dominical da Igreja Metodista, 2011.
JUNKER, Tércio Bretanha. A estrutura bíblico-teológica do culto. In: Mosaico de Apoio Pastoral: Culto
hoje, São Bernardo do Campo, v.12, n.31, p.3-4, junho-agosto 2004.
VALVERDE, Messias. Liturgia e pregação — reflexões sobre o culto cristão. São Paulo: Exodus, 1996.

Anda mungkin juga menyukai