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Entende-se o conceito de violência como extremamente amplo, podendo ser explicado

partindo das mais diversas óticas como, por exemplo, históricas, culturais, políticas,
psicossociais e econômicas. Segundo Priotto e Boneti (2009), a violência pode ser entendida
como uma ação diretamente associada a uma pessoa ou a um grupo, a qual interfere na
integridade física, moral ou cultural de uma pessoa ou de um grupo. Na contemporaneidade
encontra-se uma crescente atenção à violência no contexto escolar, visto que esse tipo de
violência vem tomando proporções preocupantes, bem como vem gerando uma insegurança
aos alunos, diretores, pais e professores.

Denomina-se violência escolar todos os atos ou ações de violência, comportamentos


agressivos e antissociais, incluindo conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos
criminosos, marginalizações, discriminações, dentre outros praticados por, e entre, a
comunidade escolar (alunos, professores, funcionários, familiares e estranhos à escola)
no ambiente escolar. (PRIOTTO E BONETI, 2009).
Ainda, compreende-se que a violência escolar pode se manifestar de diversas formas,
sendo elas: violência física, agressão física, violência simbólica (verbal e institucional) e
violência verbal. De acordo com Priotto e Boneti (2009), a violência física pode ser de um
indivíduo ou grupo contra a integridade de outros, bem como contra si mesmo, abarcando
desde os suicídios, espancamentos, roubos, assaltou, homicídios e as violências sexuais. Os
autores também afirmam que as agressões físicas seriam os homicídios, estupros, ferimentos,
roubos, além do porte de armas que ferem, sangram e matam. Já a violência simbólica se daria
através dos abusos de poder, apoiado no consentimento imposto perante o uso da autoridade,
como também, por meio da marginalização, discriminação e práticas de assujeitamento usadas
pelas instituições. Por fim, a agressão verbal aconteceria por meio das pressões psicológicas,
humilhações, palavras grosseiras, desrespeito, intimidação ou bullying.

No contexto atual, observa-se um crescimento da preocupação da sociedade com a


agressão verbal com o surgimento do conceito bullying, que conforme Priotto e Boneti (2009)
ocorre quando alguém faz ou diz coisas para mostrar poder sobre outra pessoa. Sabe-se que
esse tipo de violência trás consequências graves à vida do estudante, como falta de interesse
escolar e depressões.

Observa-se que atitudes como ofender, ignorar, excluir, ferir, humilhar, sempre foram
encontradas nas escolas, não importando se de ensino público ou particular, se de ensino
fundamental ou médio. O fenômeno tem-se estendido cada vez mais para as séries
iniciais e acaba muitas vezes por sair da escola e invadir a vida pessoal, através de
mensagens pela Internet e celulares. (PRIOTTO E BONETI, 2009).
Além disso, em conformidade com Priotto (2008 como cidado em Priotto e Boneti,
2009) é preciso diferenciar violência na escola, violência contra a escola e violência da escola.
Os autores elucidam que a violência na escola se caracteriza por distintos fenômenos que
ocorrem no dia a dia escolar, efetuados entre professores, alunos, diretores, funcionários,
familiares, ex-alunos, pessoas da comunidade e estranhos; podendo ser atos de violência física
ou incivilidades que acontecem dentro da escola, no portão de entrada ou na via pública em
frente à escola. Já a violência contra a escola, Priotto e Boneti (2009) esclarecem que essa
seria representada pelos atos de vandalismo, incêndios, destruição, furto ou roubos do
patrimônio escolar. No tocante a violência da escola, essa se apresenta mediante a todo tipo de
prática que parte da instituição escolar que afeta negativamente seus membros, a título de
exemplo: o fracasso escolar, falta de interesse em permanecer na escola, preconceito,
desvalorização e o abuso do poder.

Para mais, compete ressaltar que incluído no construto de violência escolar encontra-
se uma tensão entre os conceitos de indisciplina e violência, ocasionalmente esses termos são
usados como sinônimos no contexto escolar. Logo, se faz necessário estabelecer ponderações
sobre a indisciplina no ambiente escola e, de que forma a violência à indisciplina vem se
tornando uma grande questão atual na escola.

Conceitua-se indisciplina como quebra de regras estabelecidas para um determinado


ambiente, local, causando incômodos e perturbando seu funcionamento e que no
conceito de indisciplina existe uma causa que prejudica o funcionamento do ambiente
e não necessariamente ao outro ser humano. (Debarbieux e Caldeira, 2001 citado
como Priotto e Boneti, 2009).
Já Camacho (2001, citado como Priotto e Boneti, 2009) descreve a indisciplina como
uma forma de manifestação contra a exigência ou quebra de regras ao adequar-se à sociedade.
Partindo dessa visão, a quebra das regras pode expressar danos teoricamente e não um
prejuízo ao trabalho pedagógico. Dessa forma, a violência se diferencia da indisciplina porque
causa danos e sofrimento ao outro ou a alguma coisa que é sua propriedade.

Em relação ao papel da escola na vida das crianças e dos adolescentes, compreende-se


que ela ocupa um ambiente de construção de saberes, de socialização e de coexistência, onde
são desenvolvidas habilidades e identidades se formam. Entretanto, como dito a priori, a
escola vem surgindo como local de produção e reprodução dos mais distintos tipos de
violência. Quanto à violência escolar, Chaves (2014) constata que atualmente verifica-se com
maior nitidez uma tensão entre o sistema escolar e as expectativas dos jovens.
Infere-se, portanto, que a violência no contexto escolar tem uma singularidade e que
vários fatores cooperam para que ocorram os conflitos e as violências na rotina escolar. Antes
de tudo, é importante enxergar o papel que o aluno tem na dinâmica escolar.

A escola estabelece normas que visam organizar o seu funcionamento, mas que, na
maioria das vezes, não conseguem responder aos seus objetivos e, além disso, são
formuladas e implementadas de forma unilateral, sem se considerar a palavra do aluno,
o mesmo pode-se dizer em relação às punições. (CHAVES, 2014)
Nos dias atuais, vê-se uma profunda mudança na instituição escolar consequente do
aumento das dificuldades cotidianas, que surgem dos impasses de gestão, bem como das
questões internas e da desordem social, manifestada por meio de eventos externos à escola.
Nesse sentido, a escola não se mostra mais como um lugar segura de convivência social e de
construção de saber, aliás, transformou-se em cenário de violência. Apesar de muitos
estudiosos ainda relacionarem a violência escolar às desigualdades sociais e a violência
urbana, entende-se que a escola e suas características têm papel fundamenta na produção ou
prevenção da violência.

Neste sentido, cabe à instituição escolar refletir e discutir temas que afligem a
humanidade em seu cotidiano, dentre os quais se destacam a violência, suas formas de
prevenção e as possíveis repercussões no desenvolvimento da criança e do
adolescente. Essa responsabilidade social se deve, em parte, ao reconhecimento de que
a esfera de convivência repercute diretamente na socialização infanto-juvenil, além de
ser, juntamente com a família, espaço crucial para defesa dos direitos humanos.
(Njaine, Minayo, 2003 citado como Marriel, Assis, Avanci & Oliveira, 2006)
Portanto, Marriel Assis, Avanci e Oliveira (2006) afirmam que é resguardada a escola
um papel importante em relação à prevenção da violência, de tal forma que o Estatuto da
Criança e do Adolescente assegura a proteção às crianças, mas o controle e a percepção da
violência ao redor delas cabem a cada órgão que tem contato mais direto com essas crianças,
no caso a escola e a família. Com isso, sobre incide na escola uma ampla responsabilidade de
socialização de crianças e adolescentes, advindos de distintos ambientes e com diferentes
hábitos e atitudes.

Em vista disso, é necessário discutir novas estratégias de combate à violência escolar,


dado que em grande parte das vezes perante as situações violentas as escolas reagem com
atitudes punitivas e repressivas, as quais não são efetivas em longo prazo. Uma importante
estratégia a ser ressaltada segundo Marriel Assis, Avanci e Oliveira (2006), é investir na
melhoria da relação entre aluno e professor, abrir mão dessa relação tradicional do professor
forte e do aluno em posição subalterna, criando assim uma relação com uma hierarquia menos
aparente para surgem discussões e novos modelos de escola que venha da voz do aluno.

Logo, esses novos modelos de relações menos rígidos estabelecem relações menos
violentas, mais agradáveis e tolerantes. Para isso, são necessárias novas visões de disciplina e
indisciplina como discutido previamente.

É preciso reconhecer que o termo indisciplina não se restringe apenas a desordem,


descontrole e falta de regras, mas também, ao processo de construção de
conhecimento; provoca falas, movimento, rebeldia, oposição, inquietação e busca de
respostas, o que pode causar desconforto para o corpo docente. Sob o aspecto positivo,
a indisciplina se torna resistência à dominação, submissão às injustiças, desigualdades
e discriminações em busca da identidade e dos direitos (Camacho, 2000 como citado
em Marriel Assis, Avanci e Oliveira, 2006).
Isto posto, o combate à violência exige ações dos mais diversos lugares e de distintas
dificuldades. Como explicitado concerne a escola tomar iniciativas para transformar um
sistema tradicional que não está funcionando para que haja um relacionamento prazeroso e
que busque a diminuição da violência escolar.

REFERÊNCIAS

Palma Priotto, E., & Wessler Boneti, L. (2009). Violência escolar: na escola, da escola e
contra a escola. Revista Diálogo Educacional, 9(26), 161-179.

Roque Chaves, F. (2014). Escola e violência sob a ótica da sociologia. Nova Lisboa.

Marriel, L., Assis, S., Avanci, J., & Oliveira, R. (2006). A violência escolar e auto-estima de
adolescentes (pp. 35 - 50). Rio de Janeiro.

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