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Língua Portuguesa:

Estudos Gramaticais
Material Teórico
Classes de Palavras

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Carlos Augusto Andrade

Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Classes de Palavras

• Os Verbos
• Classes de Palavras – Os Advérbios
• As Preposições
• As Conjunções
• As Interjeições

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Agora, estudaremos os verbos, os advérbios, as preposições, as
conjunções e as interjeições.

ORIENTAÇÕES
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos
para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não apro-
fundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o
lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por
exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado
horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como


sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados


em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu
do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que
se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Classes de Palavras

Contextualização
Dando continuidade à Unidade II, passaremos, neste momento, a estudar cinco
outras classes de palavras, como já dissemos na Introdução desta Unidade. Com
exceção dos verbos, a grande maioria das classes que serão estudadas é invariável,
portanto, teremos tópicos informativos menores nesses casos.

Ressaltamos que, como nas Unidades anteriores, não pretendemos aprofundar


o estudo de tais classes/vocábulos. A intenção é que possamos reconhecê-las/los e
observar as classificações e os usos dessas classes/desses vocábulos.

Esperamos que os conteúdos aqui apresentados contribuam para o seu


crescimento em relação às questões gramaticais trabalhadas. Qualquer dúvida, não
esqueçam de entrar em contato conosco.

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Os Verbos
Na Língua Portuguesa, o sistema verbal é composto pelos tempos verbais simples
e suas combinações. Ao falarmos em verbos, estamos trabalhando com palavras
que expressam algum tipo de ação, de estado ou de algum fenômeno natural.

Ex.: Marta andou de bicicleta. O verbo andar indica uma ação.

Joana estava com gripe na semana passada. O verbo estar relaciona o


sujeito Joana ao estado em que ela se encontrava na semana passada
(estado gripal).

Choveu muito em São Paulo. O verbo chover indica um fenômeno natural.

Ao estudarmos os verbos, trabalhamos com a classe de palavra mais rica em


variações, pois eles são flexionados em modo, tempo, pessoa e número.

Por exemplo, ao dizer/escrever o verbo flexionado “corremos”, sabemos que


ele está no tempo presente, do modo indicativo, na primeira pessoa do plural.
Calma, não é hora de ficarmos assustados, veremos a seguir essa questão mais
detalhadamente.

Quando dizemos que os verbos variam em número e pessoa, estamos falando


das pessoas do discurso, tais como vimos nos pronomes. Elas podem ser do singular
ou do plural, como demonstra o quadro a seguir:

Pessoa Singular Exemplo Pessoa Plural Exemplo


1ª Eu Eu compro 1ª Nós Nós Compramos
2ª Tu Tu compras 2ª Vós Vós comprais
3ª Ele/Ela Ele/Ela compra 3ª Eles/Elas Eles/Elas compram

Da mesma forma, os verbos podem variar em tempo e modo. Como seria isso?

Todos já vimos no Ensino Fundamental e Médio que há três modos em que


poderíamos flexionar o verbo. São eles:
• Indicativo – Ao ser flexionado, o verbo oferece o sentido de certeza, de fato,
ou seja, não paira uma dúvida sobre o que foi apresentado.

Ex.: As janelas da casa de campo foram levadas pelo furacão.

Marcelo venceu a corrida.

Nas próximas eleições, votaremos nos melhores candidatos.

O modo indicativo apresenta seis tempos verbais:


a) Presente – Expressa um sentido de algo que está acontecendo.

Ex.: Eu leio Jorge Amado nas horas de folga.

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UNIDADE Classes de Palavras

Há três pretéritos, ou seja, sentidos que se voltam ao passado. Observem a


diferença entre eles:
b) Pretérito perfeito – Como o próprio nome diz, expressa um sentido que já
foi concluído no passado.

Ex.: Marta estudou para a prova.


c) Pretérito imperfeito – O sentido que os verbos flexionados nesse tempo
expressam é de que os fatos não foram totalmente concluídos; esses fatos são
contínuos, mas não terminados.

Ex.: E
 les contemplavam os quadros, enquanto as portas do museu se
mantiveram abertas.
d) Pretérito mais que perfeito – Ele é utilizado quando o sentido que
desejamos dar ao enunciado é o de uma ação pretérita concluída, antes de
outra ação pretérita ter se iniciado.

Ex.: Quando Joana chegou, Marcelo já comprara os móveis da casa.

Há dois tipos de futuro. É importante saber utilizá-los. Vejamos a diferença


entre eles.
e) Futuro do presente – Empregaremos esse tempo quando quisermos criar
um enunciado no qual a ação ou o fato ainda se realizará. Vejam os exemplos:

Ex.: No próximo Natal, ganharei uma bicicleta nova.


f) Futuro do pretérito – Esse tempo verbal deverá ser usado observando-se
alguns contextos específicos:

– Quando se enunciam fatos que acontecerão, relacionando–os a outro



do passado:

Ex.: Geraldo falou que não chegaria tarde para o jantar.

– Para enunciar um fato que poderá ou não acontecer; que sempre dependerá
de alguma condição;

Ex.: Se eu pudesse escolher, levaria a Fernanda ao baile.

– Enunciar algo incerto, ou fazer insinuações:

Ex.: Quem seria aquele professor bonito que leciona a Disciplina Estudos
Gramaticais no curso de Letras a Distância da Universidade Cruzeiro do Sul?

– Outra forma de uso se justifica à medida que fazemos sugestões ou pedidos de


maneira mais educada:

Ex.: Você poderia tirar seu carro da minha vaga?


• Subjuntivo – Diferentemente do modo Indicativo, o Subjuntivo exprime
dúvida, desejo, trabalhando com ações hipotéticas. Temos três tempos que
compõem esse modo: Presente, Pretérito Imperfeito e Futuro. Vejamos cada
um deles.

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a) Presente – Expressa ações incertas, hipotéticas ou desejadas no presente.
Observe os exemplos:

Ex.: Afirmo que ele lê todo o livro hoje.

Duvido que ele leia todo o livro hoje.

Enquanto no primeiro exemplo temos o verbo destacado no Presente do


Indicativo, pois a oração exprime certeza, no segundo, ao contrário, temos o
verbo no Subjuntivo, declarando uma dúvida expressa.
b) Pretérito Imperfeito – Assim como o Presente do Subjuntivo, o Pretérito
Imperfeito exprime ações incertas, hipotéticas, nesse caso, no passado.
Vamos observar os seguintes exemplos:

Ex.: Eu não tenho dúvidas de que ele comprou a fazenda.

Eu não tinha clareza de que ele comprasse a fazenda.

Da mesma forma que ocorre no Presente do Subjuntivo, ao usarmos no


desenvolvimento de nossos textos enunciados que expressem dúvida, devemos
observar se estamos empregando o verbo no modo e tempo adequados.
c) Futuro - Expressará ações que, se forem realizadas, condicionarão a segunda
ação citada. Para melhor compreensão, vamos observar os exemplos:

Ex.: Como você é inteligente; não terá dificuldade nas avaliações.

Se você for inteligente, não terá dificuldade nas avaliações.

Quando se conjuga os verbos no Subjuntivo, geralmente se utiliza para o Presente


a conjunção “que”, para o Pretérito Imperfeito “se” e para o Futuro “quando”.

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


Que eu cante Se eu cantasse Quando eu cantar
Que nós cantemos Se nós cantássemos Quando nós cantarmos
Que eles cantem Se eles cantassem Quando eles cantarem

Costuma-se dizer que o Subjuntivo é utilizado com frequência em orações encai-


xadas, ou seja, fazendo relação com outras orações em processos de subordinação.
• Imperativo – A classificação tradicional é quem coloca o Imperativo distinto
do Indicativo e do Subjuntivo, em um modo à parte. Como veremos no quadro
a seguir, ele está mais próximo do Subjuntivo. O que o diferencia, então? É o
sentido que se deseja empregar em função do contexto de uso que indicará se
o verbo deve ou não estar no Imperativo. Se o desejo é produzir sentidos para
manifestar ordem ou apelo em orações não encaixadas, devemos usá-lo.

O verbo no Imperativo, como estudaremos mais adiante, é classificado como


defectivo, ou seja, não se conjuga em todas as pessoas do discurso. Nesse caso,
na primeira, pois ninguém dá uma ordem ou exprime um desejo a si mesmo. Sua
formação pode ser observado no quadro a seguir:

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UNIDADE Classes de Palavras

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo


Tu compras Que tu compres Compra tu Não compres tu
Ele compra Que ele compre Compre você Não compre você
Nós compramos Que nós compremos Compremos nós Não compremos nós
Vós comprais Que vós compreis Comprai vós Não compreis vós
Eles compram Que eles comprem Comprem vocês Não comprem vocês

O que observamos é quase a replicação do Subjuntivo para o Imperativo, com


exceção das segundas pessoas do singular e do plural, que são mantidas, tais como
no Presente do Indicativo, retirando-se apenas o “s”. No entanto, quando usamos
a forma negativa, todos os verbos se mantêm na mesma conjugação do Subjuntivo.

Vamos aos exemplos:

Ex.: Lute pelos seus direitos.

Leve sua própria cruz.

Pensando ainda nos verbos, podemos dizer que a relação entre ele e o sujeito é
chamada de concordância verbal. Teremos uma Unidade somente para trabalhar
essa questão. Aguardem!

Dissemos, no começo, que os verbos variam. Tal variação é possível, pois o


sistema da Língua permite alterar a estrutura por meio de morfemas gramaticais,
que são chamados também de desinências. Essas questões serão abordadas com
mais profundidade na Disciplina que tratará da Morfologia da Língua. Neste
momento, queremos observar apenas como eles se classificam.

Classificação dos Verbos


Só para conhecermos, de forma bem objetiva, os verbos são classificados como:
a) Regulares – Aqueles que mantêm o mesmo radical (morfema lexical) na
conjugação.

Dar destaque – Radical é a parte da palavra que não se modifica durante a


conjugação do verbo.

Pretérito Imperfeito Futuro do Pretérito


Presente do Indicativo Futuro do Subjuntivo
do Indicativo do Indicativo
Eu canto Eu cantava Quando eu cantar Eu cantaria

Vejam que o termo “cant”, chamado de radical ou de morfema lexical, não se


altera na conjugação; por isso o verbo cantar é considerado regular.
b) Irregulares – Esses já têm alguma alteração na estrutura, na medida em que
conjugamos o verbo.

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É o caso do verbo ouvir. No presente do indicativo, primeira pessoa, ele fica
“eu ouço”; no pretérito perfeito, já aparece na primeira pessoa como “eu
ouvi”, alterando o radical.
c) Anômalos – são verbos irregulares, cuja modificação é muito intensa, como
a dos verbos ser e ir, por exemplo.

Pretérito Imperfeito Futuro do Pretérito


Presente do Indicativo Futuro do Subjuntivo
do Indicativo do Indicativo
Eu sou Eu era Quando eu for Eu seria
Eu vou Eu ia Quando eu for Eu iria

d) Defectivos – São os verbos que deixam de ter alguma flexão.

Ex.: “Abolir” não se conjuga na primeira pessoa, mas se conjuga em outra.

A princesa Isabel aboliu a escravidão no Brasil.


e) Abundantes – Os verbos abundantes apresentam formas equivalentes,
tais como:

Entregar Entregado Entregue


Aceitar Aceitado Aceito
Eleger Elegido Eleito
Emergir Emergido Emerso

Não devemos esquecer de que, para ampliar o conhecimento das questões


apresentadas, é fundamental a pesquisa nas Referências propostas.

Bem, agora passaremos a estudar os Advérbios.

Classes de Palavras – Os Advérbios


Os advérbios, de acordo com a norma gramatical, são vocábulos invariáveis,
utilizados para exprimir alguma circunstância em que se deseja modificar a oração
como um todo ou o verbo, o adjetivo e até mesmo o próprio advérbio. Vejamos os
exemplos a seguir:

Ex.: Ele pensava muito.

Ganhou na mega sena. Estava muito feliz.

Ele ganha muito bem.

Lamentavelmente, o Brasil perdeu a copa.

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UNIDADE Classes de Palavras

Como podemos observar, no primeiro exemplo, temos o advérbio “muito”,


que modifica o sentido do verbo “pensar”, atribuindo a ele uma intensidade. No
segundo, o mesmo advérbio intensifica também, mas, nesse caso, o adjetivo “feliz”.
Para que haja clareza nesse sentido, procuramos, no terceiro exemplo, mostrar o
mesmo advérbio intensificando agora o advérbio “bem”. Já “lamentavelmente”, no
quarto exemplo, refere-se a toda oração.

Nota: já que utilizamos o advérbio “muito”, é bom lembrar que quando ele se refere
a um substantivo, deixa de ser advérbio e passa a ser pronome adjetivo indefinido.

Ex.: Hoje estou com muito calor.

Classificação dos Advérbios


A Gramática Normativa apresenta alguns tipos de advérbios, classificando-
os de acordo com a circunstância que enunciam. A seguir, um pequeno quadro,
mostrando alguns casos. Ressaltamos, no entanto, que não se deve esquecer de
que, no contexto de uso, muitas dessas circunstâncias são modificadas não só em
seu sentido, mas também em sua classificação.

Tipo Advérbios
Afirmação Sim, certamente, realmente, efetivamente, certo, decididamente, realmente
Dúvida Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez etc.
Intensidade Muito, demais, pouco, menos, bastante, pouco, mais, menos etc.
Lugar Aqui, dentro, ali, adiante, fora, atrás, além, lá, cá, acima etc.
Modo Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, debalde, devagar etc.
Negação Não, nem, nunca, jamais, tampouco etc.
Tempo Hoje, amanhã, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, cedo etc.

Alguns estudiosos, ao tratarem dos advérbios em relação ao uso, observam


que os de afirmação e de negação não indicam circunstância propriamente dita,
mas negam ou afirmam algo, preferindo dizer que a classe indica certos valores
semânticos ao invés de falarem em “circunstância”.

Vamos observar como o advérbio pode ser modificado pelo contexto.

Observemos o exemplo: O sim da questão é este. Todos devem fazer boas


escolhas na vida.

O vocábulo “sim” está na relação de advérbios e isoladamente diríamos que é


um advérbio de afirmação. No entanto, no exemplo, tornou-se um substantivo,
pois foi levado a essa classe pela presença do artigo “o”.

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Vejam como, em algumas expressões, o sentido de determinados advérbios
modificam em função do contexto oracional ou da expressão linguística.

Ex.: Você pode me ajudar? Pois não, disse Carmem a Antônio.

Você pode me ajudar? Pois sim, disse Renato a João, tenho mais o que fazer.

As expressões “pois sim” e “pois não” adquirem sentidos completamente


inversos aos dos advérbios que fazem parte delas. Vejam só, ali, “pois sim” quer
dizer não e “pois não” quer dizer sim.

Podemos usar o sufixo “mente” para transformar outras classes em advérbios.

Ex.: O carro é veloz.

Velozmente, o carro de Astrogildo passou pela bandeira de chegada.

Como podemos ver, ao inserirmos o sufixo “mente” no adjetivo “veloz”,


construímos o advérbio de modo “velozmente”.

Nota: ao usar dois advérbios que tenham o sufixo “mente”, lembremos de que há
uma regra para tornar o discurso claro. Para tanto, basta usar o sufixo no segundo
deles. Observemos o exemplo: Perfeita e adequadamente, as roupas foram todas
despachadas para à Europa.

Locuções Adverbiais
As locuções adverbiais são formadas por dois ou mais vocábulos. Elas têm o
mesmo valor do advérbio; equivalem a ele, podendo ser classificadas em um de
seus tipos. Elas se formam com a presença de uma preposição, em conjunto com
um substantivo ou um advérbio. Vamos aos exemplos:

Tipo Locuções Adverbiais


Afirmação sem dúvida, por certo etc.
Intensidade de pouco, de todo etc.
Lugar em cima, de cima, à direita, à esquerda, ao lado, de fora, por fora etc.
Modo às claras, às pressas, à vontade, à toa, de mansinho, em silêncio, frente a frente etc.
Negação de modo algum, de jeito nenhum etc.
Tempo à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes, de repente etc.

Bem, resumindo um pouco o que foi apresentado, vejamos o que a Banda Sujeito Simples
Explor

apresenta em relação aos advérbios.


Disponível em: https://youtu.be/oWifZlz79tA

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UNIDADE Classes de Palavras

As Preposições
As preposições são vocábulos invariáveis. Não sofrem flexão de gênero, número
ou grau. Sozinhas, não possuem sentido. A principal função é relacionar as palavras
e, nesse contexto, elas adquirem sentidos a partir dessas relações.

São preposições:

a, ante, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre etc.

Nota: há alguns estudos que procuram mostrar como se utiliza ou utilizou a


preposição “per”. Apesar de ser usada muito mais no passado, ainda hoje
podemos observá-la, por exemplo, na expressão latina per capita, em português,
por cabeça. Notemos, também, que as contrações pelo, pela, pelos, pelas
contêm essa preposição que continua em uso e justifica as expressões “per si”
e “de per si”. Outros estudiosos concluem que essa preposição de origem latina
tem as mesmas funções sintáticas que “por”. Por conta disso, concluem que, por
grande semelhança eufônica e escrita dessas preposições, poderíamos considerar
que ambas formam as contrações pelo, pela, pelos, pelas.

Classificação das Preposições


Ao atuarem exclusivamente como preposições, são chamadas de essenciais.

No entanto, palavras de outras classes podem ser usadas como preposições.


Quando isso ocorrer, tais palavras serão chamadas de preposições acidentais.

São elas:

que, durante, conforme, segundo, como, salvo, fora, exceto etc.

Há expressão mais clássica “Tenho de sair”, acabou dando lugar a “Tenho que
sair”. Temos, no primeiro exemplo, uma preposição essencial e, no segundo, mais
usado na oralidade, uma acidental.

Contração e Combinação das Preposições


Em algumas situações, as preposições podem ser combinadas ou sofrer processo
de contração com outras palavras.

Dizemos que combinam quando não há perda de nenhum fonema.

Ex.: Ele assistiu ao filme.

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Temos, no exemplo, a combinação da preposição “a” mais o artigo definido
“o”. Vamos observar alguns exemplos a seguir:
• na – preposição em mais artigo definido a;
• da – preposição de mais artigo definido a;
• do – preposição de mais artigo definido o;
• daquele – preposição de mais o pronome demonstrativo aquele;
• donde – preposição de mais advérbio onde;
• naquela – preposição em mais pronome demonstrativo aquela.

Uma questão importante para o bom uso das preposições é que as essenciais
regem a forma oblíqua tônica dos pronomes pessoais, enquanto as acidentais a
forma reta. Consideremos os exemplos:

Ex.: Você irá sem mim à formatura?

Todos, exceto eu, votaram favorável ao aumento de salários dos Deputados.

A seguir, apontamos algumas expressões que o uso tem desviado da norma.


Alguns casos por desconhecimento da regência verbal.

a) Ele gosta que você fale de Antropologia. (inadequado)

Ele gosta de que você fale de Antropologia. (adequado). O verbo gostar é


transitivo indireto; por isso necessita de preposição.

b) Em vez de utilizar a preposição “após” antes de verbos no particípio, prefira


a locução “depois de”.

Ex.: Ele comprou o carro após consultar vários preços. (inadequado)

Ele comprou o carro depois de consultar vários preços. (adequado)

c) Não usar a preposição “a” depois de após.

Ex.: Alfredo retornou após ao término do jogo. (inadequado)

Alfredo retornou após o término do jogo. (adequado)

Outros exemplos podem ser encontrados nas Referências.

Locuções Prepositivas
As locuções prepositivas, assim como as locuções adjetivas e as adverbiais, são
um grupo de palavras que, neste caso, tem o mesmo valor das preposições. Assim
como as preposições, as locuções prepositivas não variam em gênero e número.
São expressões fixas.

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UNIDADE Classes de Palavras

A Gramática aponta para algumas formas utilizadas muitas vezes na oralidade,


que são inadequadas do ponto de vista da norma. O quadro a seguir apresenta
algumas delas:

Uso inadequado Uso adequado


a nível de em nível de
à medida em que na medida em que
ao mesmo tempo que ao mesmo tempo em que
apesar que apesar de que
de modo a de modo que
a longo prazo em longo prazo
em vias de em via de
ao ponto de a ponto de

As Conjunções
Assim como as preposições, as conjunções têm como função estabelecer
relações. As primeiras com palavras, as segundas com palavras e orações.

Elas podem ser de dois tipos principais: conjunções coordenativas ou conjunções


subordinativas.

As primeiras relacionam termos ou orações que são sintaticamente completos


neles mesmos. Já as segundas ligam termos ou orações que possuem uma relação
de dependência.

Ex.: Herculano assina o Diário de São Paulo e Marcelo prefere ler o Estadão.

Marcela cantará a música “Angel”, se sua voz estiver afinada.

No primeiro exemplo, a conjunção “e” relaciona duas orações que são


sintaticamente completas. No entanto, no segundo, há uma relação de dependência,
pois a conjunção “se” constrói na relação entre as orações um sentido de condição.

Para efeito de conhecimento, mostraremos, nos dois quadros a seguir, as


conjunções e as respectivas classificações. No entanto, voltamos a falar no contexto
de uso que pode mudar os efeitos de sentido nas relações que elas estabelecem.

Não queremos que nossos alunos fiquem decorando as conjunções. É importante


perceber os valores semânticos que elas adquirem, que elas adquirem na medida
em que se relacionam nas orações e nos termos.

Classificação das Conjunções


Observemos, a seguir, o quadro das conjunções coordenativas:

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Tipos Conjunções Sentido na relação
Adicionam um termo a outro, ou uma oração a outra de mesma função
Aditivas e, nem... gramatical.
Ex.: Ele jogou bem e eu pude aplaudi-lo no campo.
mas, porém, contudo, Relacionam duas orações ou palavras, promovendo ideia de contraste.
Adversativa
todavia, entretanto... Ex.: Estudou muito, mas foi reprovado.
O sentido que essas conjunções estabelecem em suas relações é de
ou, ou...ou, ora, já...já, alternância.
Alternativa
quer...quer.
Ex.: Vai cortar os cabelos ou fazer as unhas?
Exprimem sentido de conclusão ou de consequência.
logo, pois (depois do
Conclusivas Ex.: Leu tudo sobre teatro musical, logo não terá problemas em sua
verbo), portanto...
exposição sobre o assunto.
Na relação que faz entre as palavras ou as orações, essas conjunções
que, porque, pois (antes produzem o sentido de explicar ou justificar algum fato.
Explicativas
do verbo) , porquanto
Ex.: Ela conseguiu o papel, porque conhecia o diretor.

Nota: a conjunção “pois” poderá ser conclusiva ou explicativa; para tanto, como
mostra o quadro, ela deverá se posicionar após o verbo, quando o sentido é
de conclusão. Caso o sentido que se deseja expressar seja o de explicação, ela
deverá estar antes do verbo, conforme os exemplos.

Ex.: Milton é um grande cantor, gravará, pois, seu CD rapidamente (conclusiva).

Osmar ficou no banco de reserva, pois estava contundido (explicativa).

Para fazer as relações entre as orações, há um grupo de vocábulos denomi-


nados “locuções conjuntivas”. Para as conjunções coordenativas, expressam os
mesmos sentidos.

Observemos o quadro:

Tipos Locuções Conjuntivas Sentido na relação


não só... mas também, não Adicionam um termo a outro, ou uma oração a outra de mesma
Aditivas só...como também, bem função gramatical.
como, não só...mas ainda. Ex.: Ele não só fez o gol, como também ganhou a partida.
Relacionam duas orações ou palavras, promovendo ideia de
Adversativa no entanto, não obstante... contraste.
Ex.: Deu um bom lance no carro, no entanto não consegui adquiri-lo.
Exprimem o sentido de conclusão ou de consequência.
Conclusivas por conseguinte, por isso...
Ex.: Jairo fez um bom trabalho, por isso recebeu a promoção.

Vamos observar o quadro de conjunções subordinativas a seguir, no qual estão


apresentados seus tipos:

Tipos Conjunções Sentido na relação


porque, pois, porquanto, Elas iniciam a oração subordinada dando-lhe o sentido de causa.
Causais
como [= porque]... Ex.: Os aviões voam porque têm asas e um motor possante.
que, qual (depois de tal), A relação explicita uma comparação.
Comparativas quanto (depois de tanto),
como... Ex.: Ferdinando é tão alto quanto o pai.

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UNIDADE Classes de Palavras

Tipos Conjunções Sentido na relação


Elas iniciam orações subordinadas, para estabelecer relações de oposição, não
Concessivas embora, conquanto, que... implicando em impedimento de uma das ocorrências.
Ex.: Embora chova, Adolfo continuará a corrida.
A relação que elas propiciam é de hipótese, condição.
Condicional se, caso, quando...
Ex.: Se os políticos olhassem mais para o povo, haveria menos miséria no país.
conforme, como [= O sentido expresso por elas é o de conformidade.
Conformativa conforme], segundo,
consoante... Ex.: Faremos tudo, conforme seu Juvêncio ordenou.
que (combinada com os Elas indicam a consequência do que já estava declarado.
Consecutiva vocábulos tal, tanto, tão ou
tamanho). Ex.: Marcela estava tão mal que quase faleceu.
A relação que elas estabelecem é de finalidade.
Finais porque [= para que], que... Ex.: O professor indicou a bibliografia para que todos pudessem se preparar
para as avaliações.
Indicam circunstâncias de tempo.
Temporais Quando...
Ex.: Ronaldinho marcou o gol quando a defesa do outro time titubeou.
São usadas para anteceder as orações substantivas, exercendo as funções de
sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e
Integrantes que, se. aposto.
Ex.: Marinaldo falou que todos estavam bem.

Da mesma forma que as coordenativas, temos locuções conjuntivas subordina-


tivas. Observemos seus tipos e exemplos no quadro a seguir.

Tipos Conjunções Sentido na relação


Elas iniciam a oração subordinada, dando-lhe sentido de causa.
pois que, por isso que, já que, uma
Causais Ex.: Andavam de um lado para o outro, pois que o calor estava
vez que, visto que, visto como...
insuportável.
do que (depois de mais, menos, A relação explicita uma comparação.
Comparativas maior, menor, melhor, pior), assim
como, bem como, como se, que nem. Ex.: O apartamento de Ernesto é maior do que a casa de Fagundes.
ainda que, mesmo que, posto que, Elas iniciam orações subordinadas, para estabelecer relações de
Concessiva bem que, se bem que, apesar de que, oposição, não implicando em impedimento de uma das ocorrências.
nem que... Ex.: Ainda que chova, não faltarei ao trabalho.
A relação que elas propiciam é de hipótese, condição.
contanto que, salvo se, sem que,
Condicional
dado que, desde que, a menos que... Ex.: Poderá sair da cidade, contanto que deixe algo de garantia
para quitar o aluguel.
Elas indicam a consequência do que já estava declarada.
de forma que, de maneira que, de
Consecutiva Ex.: Juvêncio abrirá o Conservatório de forma que todos poderão
modo que, de sorte que...
praticar antes da audição.
A relação que elas estabelecem é de finalidade.
Finais para que, a fim de que... Ex.: O silêncio estava por toda parte para que todos pudessem
descansar.
à medida que, ao passo que, à
proporção que, enquanto, quanto
mais... (mais), quanto mais... (tanto Indicam fato realizado ou para se realizar simultaneamente com a
mais), quanto mais... (menos), oração a que se referem.
Proporcionais
quanto mais... (tanto menos), quanto
menos... (menos), quanto menos... Ex.: À medida que ele falava, ela reclamava dos maus tratos.
(tanto menos), quanto menos...
(mais), quanto menos... (tanto mais)

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Tipos Conjunções Sentido na relação
antes que, depois que, até que, logo Indicam circunstâncias de tempo.
Temporais que, sempre que, assim que, desde Ex.: Juvêncio confessou antes que fosse acusado de todas as
que, todas as vezes que... barbáries cometidas por Francisco.

Bem, estamos chegando ao final desta Unidade. Vamos à última classe a ser
estudada: as interjeições.

As Interjeições
Última das dez classes de palavras, as interjeições são “palavras-frase”, pois
expressam um sentido particular, logicamente observado no contexto em que
estão inseridas.
Segundo a Gramática, é um vocábulo invariável que exprime emoções e
sensações, ou funciona como auxiliadora expressiva, atuando sobre o leitor/
ouvinte, de modo que ele adote certo comportamento.
Elas podem ser formadas por:

a) apenas um único som.

Ex.: Oh!, Ah!, Ô, Ó.

b) por palavras: Oba!, Olá!, Claro!

c) por grupos de palavras, chamadas de locuções interjetivas, como: Meu Deus!,


Ora bolas! etc.

Assim como em outras classes, o sentido que expressa a interjeição dependerá


da entonação e do contexto em que ela estiver inserida.

Ex.: Psiu!!!, não consigo ouvir ninguém. (solicitação de silêncio)

Psiu!!!, a garota vai para que lugar? (flerte)

As interjeições podem exprimir satisfação, espanto, dor, surpresa, desejo etc.

Ex.: Oba! Meu time foi campeão. (satisfação)

Nossa!!! Levei um susto quando vi alguém passar na estrada. (espanto)

Ai!!! Não gosto de motorzinho no dente. (dor)

Puxa! Você tirou essa nota alta? (surpresa)

Hum!!! Que vontade de dar uma mordida nesse seu lanche. (desejo)

Não nos esqueçamos de fazer os exercícios propostos e praticar bastante. Unir


teoria e prática é fundamental para aprendermos constantemente.

Bem, agora passaremos à próxima Unidade, que sairá do campo da Morfologia,


para entrar nas relações sintáticas, observando a concordância nominal e verbal.

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UNIDADE Classes de Palavras

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Vídeos
Morfologia - Aula Língua Portuguesa - Advérbios
https://youtu.be/MK0zorvzzFA
Verbos: Parte 1
https://goo.gl/O8rRMy
Verbos: Parte 2
https://goo.gl/8HGgik

 Leitura
Preposições e os Verbos Transitivos Indiretos: Interface Sintaxe-Semântica Lexical
https://goo.gl/csQIGV
Análise Gramatical dos Advérbios de Frase
https://goo.gl/X6pJr8

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Referências
AZEREDO, J. C. de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo:
Publifolha, 2008.

BECHARA, E. Ensino da gramática. Opressão? Liberdade? 12.ed. São Paulo:


Ática, 2006.

________. Moderna Gramática Brasileira. 37.ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2009.

COSERIU, E. Teoria del Lenguaje y lingüística general. Madri: Editorial Gredos,


S.A., 1978.

DUBOIS, J. e outros. Dicionário de Linguística. São Paulo: Cultrix, 2007.

MONTEIRO, J. L. Morfologia Portuguesa. Campinas: Pontes, 1991.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de


gramática no primeiro e segundo graus. São Paulo: Cortez, 1997.

SACONNI, L. A. Nossa Gramática. 30.ed. São Paulo: Nova Geração, 2009.

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