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A Constituição Federal de 1988 é nossa sétima Carta Magna.

Foi cunhada em um momento histórico do país


em que a sociedade e a classe política, em especial os membros da Assembleia Nacional Constituinte,
vislumbraram a oportunidade de se produzir a “lei das leis”, a lex superior, a norma nomarum que garantisse
a correção das injustiças sociais e colocasse o país em condições de ingressar na modernidade munido de
uma legislação que, respeitando os Direitos Humanos e os ideais da Revolução Francesa, assegurasse o bem
estar comum.

Nossa Constituição se compromete em praticar, através do Estado Democrático de Direito, o bem estar
comum, estabelecendo a relação entre governante e governado pautada no respeito aos direitos e garantias
fundamentais. Para isso, elaborou em minúcias e regulou com detalhes diversas matérias não contempladas
por outras constituições provocando a transformação da ordem jurídica pátria, ao introduzir no ordenamento
uma série de princípios informadores da norma constitucional que passaram a orientar a construção e a
aplicação do Direito.

Assim, o constitucionalismo moderno promoveu uma volta aos valores, uma reaproximação entre ética e
Direito. Esses valores compartilhados por toda a comunidade, em dado momento e lugar, materializaram-se
em princípios, que passaram a estar abrigados na Constituição e no ordenamento jurídico. Eles espelham a
ideologia da sociedade, seus postulados básicos, seus fins, dando unidade e harmonia ao sistema, integrando
suas diferentes partes e atenuando tensões normativas.

Como toda Constituição, tendo a pretensão de ser duradoura, superior e imperativa, para ser eficaz social e
juridicamente, necessita da constante interpretação constitucional e de ajustes no seu texto para atingir a sua
finalidade fática acompanhando as inovações advindas da estrutura social moderna e da complexidade das
relações humanas.

Mas, como a Constituição de 1988 celebrou o fim de um longo período de ditadura militar, os membros da
Assembleia Nacional Constituinte assumiram a responsabilidade de garantir a nova ordem estabelecida
através do 4º Parágrafo do Artigo 60 onde as cláusulas pétreas definem a manutenção de um Estado
Democrático livre e respeitoso em relação aos direitos humanos. Assim, em que pese às modificações
temporais necessárias, as garantias individuais e coletivas fundamentais não podem, sob absolutamente
nenhuma circunstância, ser retiradas das pessoas ou suprimidas por quaisquer interesses políticos.

De tal forma nossa Constituição foi redigida para que as bases do direito positivo pátrio que são o principio
da legalidade, da isonomia e da intangibilidade das liberdades públicas estivessem presentes para garantirem
a representatividade e a soberania popular.

Assim, na promulgação do Estado de Direito Democrático garantiu-se que o Estado se submeta à jurisdição
e como qualquer pars, chamado em juízo, esteja em igualdade de condições com a outra pars. Garantiu-se
também que a jurisdição deva aplicar a lei preexistente e que deva ser exercida por uma magistratura
imparcial e independente cercada de todas as garantias para assegurar as liberdades públicas.

O enorme poder conferido pelos cidadãos ao Estado ficou delegado a órgãos autônomos e independentes
entre si com funções delimitadas pelo próprio texto constitucional, sendo o povo o titular da coisa pública,
enquanto o papel do Estado tornou-se o de mero administrador, gestor de bens, valores e interesses
considerados públicos.

Como sustentáculo do relacionamento Estado-Cidadão, a Constituição estabeleceu que só a lei obriga e


nenhuma norma a não ser a legal, pode ter força inovadora obrigatória e nenhuma outra manifestação estatal,
judiciária ou administrativa pode suprir-lhe a ausência. O que significa dizer que, à luz do direito, em que
pesem as correntes de interpretação, a lei é o ponto de partida e é por onde deve gravitar o pensamento
jurídico na tomada de decisões e no cumprimento do dever e do não dever.

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