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CAPÍTULO 8 (Desenvolvimento dos Linfócitos e Rearranjo dos Genes dos Receptores de

Antígenos)

Desenvolvimento de Linfócitos e Rearranjo do Genes dos Receptores de Antígenos

Os progenitores dos linfócitos (células que não expressam receptores de antígenos) no timo e
na medula óssea passam por um processo de desenvolvimento em que se diferenciam em
linfócitos maduros. Esses linfócitos expressam receptores de antígeno altamente diversos que
tem a capacidade de reconhecer uma grande variedade de substancias estranhas. A maturação
é iniciada por sinais de receptores de superfície celular que tem duas funções principais: eles
promovem a proliferação de progenitores e iniciam o rearranjo dos genes receptores de
antígenos.

Visão geral do desenvolvimento de linfócitos: Eventos de maturação de linfócitos que ocorrem


nos órgãos linfóides:

•O comprometimento de células progenitoras com a linhagem linfoide B ou T.

Células-tronco hematopoiéticas no fígado fetal e na medula óssea, dão origem aos linfócitos.

A maturação das células B a partir dos progenitores comprometidos com essa linhagem ocorre
principalmente na medula óssea e, antes do nascimento, no fígado fetal. Os precursores dos
linfócitos T deixam o fígado fetal antes do nascimento e a medula óssea durante a vida e circulam
até o timo, onde completam sua maturação.

O comprometimento com a linhagem B ou T depende das instruções recebidas de vários


receptores de superfície celular, que induzem reguladores de transcrição específicos que levam
um progenitor linfoide comum a assumir, de modo específico, o destino de uma célula B ou uma
célula T. No caso de células B em desenvolvimento, o lócus da cadeia pesada da imunoglobulina
(Ig), inicialmente em uma configuração inacessível à cromatina, é aberto, de modo que torna-se
acessível às proteínas que medeiam o rearranjo e expressão dos genes das Ig. No
desenvolvimento de células Tαβ, o lócus do gene β do receptor de células T (TCR) é o primeiro
a se tornar disponível.

•A proliferação de células progenitoras e células imaturas comprometidas em estágios iniciais


específicos de desenvolvimento.

Durante o desenvolvimento das células B e T, as células progenitoras proliferam-se,


primeiramente, em resposta às citocinas e, posteriormente, em resposta a sinais gerados por
um pré-receptor de antígeno, que seleciona as células que rearranjaram de maneira efetiva o
primeiro conjunto de genes dos receptores de antígenos.

•O rearranjo sequencial e ordenado dos genes dos receptores de antígenos e a expressão de


proteínas dos receptores de antígenos.

Cada clone de linfócito B ou T produz um receptor de antígeno com uma estrutura única de
ligação a antígenos. Em qualquer um dos linfócitos em desenvolvimento, os genes que codificam
os diversos receptores de antígeno são gerados pelo rearranjode diferentes segmentos gênicos
da região variável (V) com segmentos gênicos de diversidade (D) e junção (J). Diversos
receptores de antígenos são gerados e expressos antes de entrar em contato com os antígenos.

Recombinação V(D)J: O processo de recombinação V(D)J em qualquer lócus de Ig ou TCR


envolve a seleção de um gene V, um segmento D (quando presente) e um segmento J em cada
linfócito e o rearranjo de um desses segmentos, de modo a formar um único éxon V(D)J que
codificará para a região variável uma proteína do receptor de antígeno. Nos loci da cadeia leve
das Ig e das cadeias α e γ do TCR, nas quais faltam segmentos D, um único rearranjo junta um
gene V selecionado aleatoriamente a um segmento J, também selecionado aleatoriamente. Os
loci das cadeias H das Ig e β e δ do TCR contêm segmentos D, e nesses loci, dois eventos de
rearranjo distintos devem ser iniciados separadamente, juntando um primeiro D a um J e, em
seguida, um segmento V para ser fundido a um segmento DJ.

Etapas sequênciais no processo de rearranjo gênico:

•Abertura da cromatina em regiões específicas do cromossomo para tornar os segmentos


gênicos de receptores de antígenos acessíveis às enzimas que medeiam a recombinação.

•Dois seguimentos gênicos selecionados devem ser aproximados um do outro, atravessando


uma distância cromossômica considerável.

•Quebras são introduzidas na dupla fita nas extremidades codificadoras destes dois segmentos;

•Nucleotídeos são acrescentados ou removidos nas extremidades quebradas;

•As extremidades processadas são ligadas para produzir genes receptores de antígenos clonais
únicos, porém diversos, que podem ser transcritos de maneira eficiente.

A utilização de diferentes combinações dos segmentos V, D, e J e a adição e remoção de


nucleotídeos nas junções contribuem para a diversidade tremenda dos receptores de antígeno.
A maior contribuição para a diversidade de receptores de antígeno é feita pela remoção ou
adição de nucleotídeos nas junções de segmentos V e D, D e J ou V e J no momento em que
esses segmentos são unidos. Devido à diversidade juncional, anticorpos e moléculas do TCR
mostram a maior variabilidade nas junções das regiões V e C, que formam a terceira região
hipervariável ou CDR3.

Eventos de seleção que preservam as células que produziram receptores funcionais e


eliminam células potencialmente perigosas que reconhecem fortemente antígenos próprios.

•O processo de desenvolvimento de linfócitos contém numerosas etapas intrínsecas,


denominadas pontos de controle, nas quais as células em desenvolvimento são testadas e
somente continuam a amadurecer se a etapa anterior do processo tiver sido concluída de
maneira eficaz.

•Seleção positiva: processo pelo qual células T em desenvolvimento no timo (timócitos) cujos
TCRs se ligam às próprias moléculas de MHC são salvas da morte celular programada, ao passo
que os timócitos cujos receptores não reconhecem as próprias moléculas de MHC morrem. A
seleção positiva garante que as células T maduras são restritas ao próprio MHC e as células T
CD8+ são específicas para complexos de peptídeos com moléculas de MHC de classe I e células
T CD4+ para complexos de peptídeos com moléculas de MHC de classe II. As células T maduras
cujos precursores tenham sido selecionados positivamente por moléculas de MHC próprio no
timo são capazes de reconhecer antígenos de peptídeos estranhos apresentados pelas mesmas
moléculas de MHc próprio em células apresentadoras de antígenos em tecidos periféricos.

•Seleção Negativa: É o processo que elimina ou altera os linfócitos em desenvolvimento cujos


receptores de antígenos (autorreativos) ligam-se fortemente a antígenos próprios presentes nos
órgãos linfóides geradores. Esse processo contribui para a manutenção da autotolerância. As
células T em desenvolvimento com uma alta afinidade por antígenos próprios são eliminadas
por apoptose, um fenômeno conhecido como deleção clonal. Células B imaturas altamente
autoreativas podem ser induzidas a realizar mais rearranjos no gene das Ig e, assim, evitar a
autoreatividade. Fenômeno conhecido como edição do receptor. Se a edição falha, as células B
auto reativas morrem. A seleção negativa de linfócitos imaturos é um mecanismo importante
para a manutenção da tolerância a muitos antígenos próprios; isso também é denominado
tolerância central porque se desenvolve nos órgãos linfóides centrais (geradores).

Diferenciação das células B e T em subpopulações funcionalmente e fenotipicamente distintas:


(B: células foliculares, da zona marginal, B-1) (T: αβ CD4+ e CD8+, células NKT e células γδ).

•Resposta mediada pelos linfócitos B

Existem dois tipos de respostas:

T dependente

T independente

•Memória: Capacidade de uma segunda resposta de maior magnitude e rapidez frente a um


segundo encontro com um antígeno específico.

•Antigenos T-independentes do tipo I são tidos por aqueles que são reconhecidos pela
imunidade inata, ou seja, LPS que independe da especificidade e se liga a Toll 4, e também CPG
que são fragmentos bacterianos ligantes de Toll 9. Já os antigenos T-independentes do tipo II
são carboidratos (apresentam cadeias repetitivas)

•Respostas humorais T-independentes quando ativadas na ausência de citocinas iniciam apenas


a secreção de IgM. Na presença de citocinas podem sofrer troca de classe. A célula que passa a
secretar IgG não volta a secretar IgM.

•O linfócito B se forma a partir de progenitores (células indiferenciadas) com o auxílio de células


estromais na medula óssea. Sua função é produzir anticorpos. O BCR, anticorpo de membrana,
é a molécula que caracteriza o linfócito B.

•Isotipos diferentes de imunoglobulina são expressos na superfície da membrana do linfócito B.


O primeiro isotipo sempre a ser expresso na medula óssea é o IgM. Além desse, o linfócito B
também expressa outro isotipo de membrana, o IgD, e com isso já tem condições de sair da
medula óssea de forma madura.

•Ao sair da medula, o linfócito B tem dois destinos. Pode virar uma célula de memória ou atingir
um estágio de plasmócito. O plasmócito é a fase secretora do linfócito B onde ele está
produzindo anticorpos. O linfócito B sai da medula em direção aos órgãos linfoides secundários
e tecidos.

•Fases da resposta imune humoral: A ativação de célula B é iniciada pelo reconhecimento


específico de antígenos por meio de receptores Ig de superfície das células. O antígeno, além de
outros estímulos, incluindo células T auxiliares, estimulama proliferação e a diferenciaçãode
clones específicos de células B. A progênie do clonepode se diferenciar em plasmócitos
secretores de anticorpos, pode sofrer maturação da afinidade ou pode persistir como células de
memória. A gigantesca expansão é necessária para manter o mesmo ritmo dos microrganismos
que se dividem rapidamente.

•O linfócito B atua como célula apresentadora de antígeno, participa também da supressão de


respostas imunes e secreção de anticorpos. Os linfócitos B maduros após a estimulação
antigênica povoam os órgãos linfóides periféricos, que são locais onde os linfócitos interagem
com antígenos estranhos. O antígeno se liga às imunoglobulinas M e igD de membrana nas
células B virgens maduras e as ativa. Algumas células B ativadas começam a produzir outros
tipos de anticorpos além da IgM e IgDpelo processo denominado troca de isotipo (classe) de
cadeia pesada.

Maturação de Afinidade: Conforme uma resposta imune humoral se desenvolve, células B


ativadas produtoras de anticorpos que se ligam a antígenos om afinidade crescente passam a
dominar progressivamente a resposta.

•As respostas de anticorpos a antígenos proteicos requerem que o antígeno seja internalizado
por células B específicas, processados e seus peptídeos apresentados aos linfócitos T auxiliares
CD4+, que por sua vez ativam as células B. Por isso as proteínas são classificadas como antígenos
T-dependentes. O termo linfócito T auxiliar se deve ao fato de as células T estimulam ou auxiliam
os linfócitos T a produzir anticorpos.

•A troca de isotipo e a maturação da afinidade são caracteristicamente observadas em respostas


imunes humorais T dependentes a antígenos proteicos.

•A célula T auxiliar folicular, facilita a formação de centros germinativos, os quais são estruturas
geradas em órgãos linfóides, onde ocorrem vários eventos relacionados às respostas imunitárias
humorais T-dependentes.

•Em respostas T-dependentes, os plasmócitos migram dos centros germinativos em órgãos


linfóides periféricos, onde são produzidos, para a medula óssea, pode podem viver por muitos
anos. Esses plasmócitos de vida longa secretam continuamente anticorpos que proporcionam
proteção imediata sempre que um microrganismo que pode ser reconhecido por esses
anticorpos infecta o indivíduo.

•Algumas linhagens de célula B ativadas de forma T dependente podem se diferenciar em


células de memória, que sobrevivem em um estado de repouso, sem secretar anticorpos, mas
montam respostas rápidas em encontros posteriores com o antígeno.

•As células dendríticas apresentam muitos MHCs e moléculas co-estimulatórias (por exemplo o
par CD28 – B7 (1e 2)). Ela permite que o pH no interior do fagolisossomo seja básico e com isso
consegue armazenar antígenos de forma eficiente e assim apresenta-los. O linfócito B naive não
é bom APC quanto as CD pois apresentam poucos MHCs e moléculas co-estimulatórias. O
processo de ativação do linfócito B faz com que ele expresse em sua membrana mais MHCs e
moléculas co-estimulatórias habilitando-o a ser APC.

•As respostas de anticorpos a antígenos multivalentes (cada molécula com vários epítopos
idênticos) não proteicos com determinantes repetitivos, tais como polissacarídeos, alguns
lipídeos e ácidos nucleicos, não requerem a participação de linfócitos T auxiliares antígeno-
específicos. São denominados antígenos T-independentes.

A estrutura do complexo protéico BCR

•As IGM e IGD de membrana apresentam caudas citoplasmáticas curtas e não transduzem sinais
gerados após o reconhecimento de antígeno. Os sinas mediados por Ig são transduzidos por
duas outras moléculas chamadas Igα e Igβ e estão associadas às Ig de forma não covalente. Essas
proteínas contem um motivo ativatório ITAM cada nas suas caudas citoplasmáticas que
apresenta resíduos de tirosinas que são alvos de fosforilações mediadas por quinases. A
fosforilação dos resíduos de tirosina dos ITAMs aciona todos os eventos de sinalização
subseqüentes do BCR. Igα e Igβ são frouxamente ligadas a tirosinoquinases da família Src tais
como Lyn, Fyn Blk, que quando fosforilados ativam uma segunda enzima sinal, SyK, que migra
para o núcleo e promove a transcrição de genes relacionados com a ativação da célula B.

•O linfócito B apresenta um correceptor que reconhece fragmentos do complemento


covalentemente ligados ao antígeno ou fazem parte dos imunocomplexos contendo o antígeno.
Esse receptor aumenta a força de ativação do linfócito B, potencializando em até 10 vezes. O
correceptor CD2I reconhece o fragmento do complemento C3d que opsoniza o antígeno,
levando a ativação da cascata de PI3K que é um amplificador do BCR. Há outros dois
correceptores, o CD19, que é usado como marcador de linfócito B e também o CD81, cuja a sua
função não é bem elucidada.

•Os receptores inibitórios do linfócito B apresentam motivo ITIM que recruta fosfatases que
geram defosforilações nos resíduos de tirosina que servem como sinal inibitório para a célula.
Um receptor inibitório do linfócito B é o FCYRII, que é receptor inibitório que se liga a porção FC
de IgG produzida no decorrer da resposta imune.

CAPÍTULO 9 (Ativação dos Linfócitos T)

ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS T

O objetivo da ativação é gerar a partir de um pequeníssimo número de linfócitos T virgens com


o receptor específico para o antígeno e questão, um grande número de células efetoras
funcionais assim como de uma população de células de memória, que sejam capazes de reagir
rapidamente em um segundo encontro com esse antígeno.

APC

As APCs apresentam o complexo peptídeo-MHC às células T através do reconhecimento do


complexo pelo TCR (1º sinal) e enviam coestímulos adicionais (2º sinal), necessários para a
completa ativação do linfócito T. Esses coestimuladores são moléculas presentes na membrana
das APCs. Além disso, secretam citocinas essenciais para que a célula T se torne efetora. Ao
ocorrer a apresentação às células T, as APCs recebem sinais desse linfócito que intensificam a
sua função de apresentação de antígeno.

Na presença de microorganimos, as APCs aumentam a expressão de MHC de classe II e de


coestimuladores, aumentando a eficiência na apresentação de antígenos e elevando a secreção
de citocinas. Esses eventos amplificam a capacidade das APCs em ativar a resposta de células T.

•Células dendríticas

É a APC mais profissional por se localizarem estrategicamente nas portas de entrada de


patógenos; ter capacidade de migração dos tecidos para as zonas de células T nos órgãos
linfoides secundários; apresentar grande densidade de MHC em sua superfície uma vez
detectado o antígeno; por apresentar coestímulo; e ter capacidade de manter o pH do
fagolisossomo mais básico, permitindo que a degradação do antígeno seja lenta, o que faz com
a que a apresentação perdure mais.

Os antígenos que cruzam as barreiras epiteliais ou são produzidos nos tecidos são capturados
por células dendrítica imaturas; os antígenos circulantes são capturados por células dendríticas
do baço. Ao reconhecerem um antígeno ligado a um PAMP via receptores PRRs e endocitá-lo,
esse antígeno é degradado pelas enzimas do lisossomo e adentram o MHCIIC, que é um
compartimento contendo os MHCs de classe II em formação. Então uma enzima é responsável
por degradar toda a cadeia invariante, deixando apenas o peptídeo CLIP na fenda. O HLA-DM
possui alta afinidade por esse peptídeo, logo, ele se liga ao peptídeo CLIP instabilizando o MHC.
Para que o MHC se estabilize novamente, o peptídeo do antígeno liga-se a ele na fenda em uma
conformação estendida. Dessa maneira, os MHCs de classe II contendo o antígeno são levados
à superfície das células dendríticas por meio de vacúolos.

Além de expor os MHCs de classe II na superfície, as células dendríticas maduras passam a


expressar o receptor de quimiocinas CCR7, que reconhece duas quimiocinas, a CCL19 e CCL21,
produzidas nas zonas de célula T no linfonodo. Desse modo, a célula dendrítica madura migra
do tecido para o linfonodo através da linfa pelos vasos linfáticos aferentes. As células T virgens
também expressam CCR7, por isso, elas migram para a mesma região do linfonodo através da
veia de endotélio alto (HEV), onde estão concentradas as células dendríticas com o antígeno.
Isso maximiza a probabilidade do encontro entre a dendrítica com o antígeno e a célula T virgem
com o receptor específico para aquele antígeno. Uma vez ocorrido o reconhecimento do
antígeno pelo TCR, o receptor CD28 do linfócito T reconhece as moléculas coestimuladoras B7-
1 e B7-2 (CD80 e CD86), expressas em altos níveis na célula dendrítica madura, gerando o 2º
sinal. Isso leva à completa ativação do linfócito T CD4. As células Th CD4 ativadas expressam o
CD40L, que se liga ao CD40 expresso na célula dendrítica, enviando sinais que aumentam a
expressão de B7 na superfície. Essa alça de retroalimentação serve para amplificar a resposta da
célula T. As proteínas responsáveis pela transdução do sinal são a CD3, que fazem parte do TCR
(receptor propriamente dito + CD3).

OBS: Apenas linfócitos T virgens apresentam selectina (= CD62L) que permite o processo de
rolamento. Ele não recircula para o tecido periférico pois não apresenta as moléculas de adesão.
*Na ausência de coestimulação, a célula T entra em um estado de anergia, se tornando não-
responsiva.

Apresentação cruzada: ocorre a fusão do fagossomo contendo os antígenos ingeridos com o


retículo endoplasmático, e então, esses peptídeos são translocados do RE para o citosol através
de vias pouco conhecidas, onde ocorre a degradação dos peptídeos marcados com ubiquitina
no citoplasma pelo proteossoma. Esses peptídeos são bombeados para o retículo
endoplasmático através da proteína TAP. No RE há o dobramento de MHC de classe I e nesse
processo há interação com os peptídeos. Então, esses MHCs de classe I já ligados ao peptídeo
são transportados para a superfície por meio de vesículas do Golgi. Desse modo, as células
dendríticas são aptas a ativar linfócitos CD8 virgens via MHC de classe I.

•Macrófagos

Na resposta imune celular, os macrófagos fagocitam o antígenos e o apresentam à célula Th1


efetora. Essa células diferenciadas expressam o CD40L e secretam IFN-ɣ que ativam o macrófago
intensificando a ação microbicida dos macrófagos, caracterizando a via clássica de ativação dos
macrófagos. Os macrófagos ativados matam os microorganismos fagocitados principalmente
pelas ações das espécies reativas de oxigênio, óxido nítrico e enzimas lisossômicas. Todos esses
agentes microbicidas são produzidos dentro do lisossomo. Esses macrófagos ativados também
estimulam a inflamação por meio da secreção de citocinas e mediadores lipídicos de curta
duração.

Os macrófagos ativados pela Th2 contribuem para o remodelamento tecidual e formação de


tecido fibroso. Isto pois a IL-4 e IL-13 ativam os macrófagos para expressar enzimas que
promovem a síntese de colágeno e fibrose (via alternativa). As citocinas da Th2 suprimem a
ativação dos macrófagos pela via clássica.

• Células B

Na resposta imune humoral, os linfócitos B internalizam os antígenos e apresentam peptídeos


derivados desse antígeno à célula T helper. Essa apresentação é essencial para a produção de
anticorpos de dependentes de células Th.

Respostas funcionais dos linfócitos T

1)Alterações na expressão de moléculas de superfície

Dentro de algumas horas após a ativação, as células T aumentam a expressão de CD69, que é
uma proteína de membrana. Essa proteína é a responsável por reduzir a expressão do receptor
S1PR1, que reconhece o gradiente de concentração do lipídio S1P. A consequência disso é que
as células T ativadas permanecem tempo suficiente no órgão linfoide para receber os sinais que
ativam sua proliferação e diferenciação em células efetoras e de memória. Depois da
proliferação, o nível de expressão de CD69 diminui e as células T voltam a expressar altos níveis
de S1PR1, permitindo que as células efetoras e de memória saiam dos órgãos linfoides.

Dentro de 24 a 48 horas após a ativação, as células T expressam altos níveis de CD40L que
permite que elas executem sua função efetora, que é a de ajudar os macrófagos e células B.
Além disso, levam à retroalimentação positiva que amplifica a resposta celular do linfócito T.

Após a ativação, as células T reduzem a expressão de moléculas que o conduzem até os órgãos
linfoides, como a L-selectina e o receptor CCR7.

A expressão de CTLA-4 também aumenta no curso de 24 a 48 horas após a ativação do linfócito


T. O CTLA-4 é o receptor inibidor do coestimulador B7. O CD28 possui o mesmo ligante, porém,
sua afinidade pelo B7 é de 20 a 50 vezes menor, sendo assim, ele se acopla ao B7 apenas quando
este se encontra em altos níveis. Uma vez que as APCs não estão mais expostas ao antígeno e
os níveis de B7 são diminuídos, o CTLA-4 liga-se ao B7 preferencialmente, levando ao bloqueio
do coestímulo.

2) Secreção de citocinas de IL-2 e expressão do receptor de IL-2 (IL-2R)

Essa citocina é um fator de crescimento, sobrevivência e diferenciação dos linfócitos T CD4. As


células que reconhecem o antígeno, produzem IL-2. Ela age nas mesmas células que a produzem
e nas células adjacentes, isso garante que as células T específicas para o antígeno sejam as que
mais proliferem, caracterizando a expansão clonal.

• Sinapse Imunológica

Quando o complexo TCR reconhece peptídeos ligados ao MHC na APC, várias proteínas de
superfícies e moléculas de sinalização intracelular das células T são rapidamente mobilizadas
para o ponto de contato entre essas células e a APC, permitindo um contato estável. Essa região
de contato físico é conhecida como sinapse imunológica. As integrinas LFA-1 da superfície da
célula T permanecem na periferia da sinapse, onde atuam estabilizando e prolongando o
contato entre as duas células através da ligação ao ICAM-1 da APC. Isto ocorre pois a célula T
precisa superar os problemas de baixa afinidade do TCR pelo antígeno e da reduzida
disponibilidade de moléculas de MHC disponíveis com o antígeno específico. A sinapse constitui
o local em que o acoplamento repetido do TCR pode ser sustentado por esse número de
peptídeo-MHC reduzido, isso facilita a sinalização eficaz e prolongada da célula T.

• Diferenciação das células T CD4

As citocinas atuam sobre as células T estimuladas pelo antígeno, induzindo a transcrição de


genes de citocinas características de algum subtipo. A medida que ocorre a ativação, os genes
que codificam as citocinas do subtipo se tornam mais acessíveis, enquanto os demais genes se
tornam mais inacessíveis. Desse modo, essas células se tornam cada vez mais polarizada.

As citocinas que induzem a diferenciação da células T CD4 em um determinado subtipo são


produzidas pelas APCs. O processo de diferenciação das células CD4 é chamado de polarização.

As características que caracterizam o subtipo da células CD4 efetora são as citocinas que
produzem:

Th1: produção de IL-12, IL-18 e IFN-ɣ.

Th2: produção de IL-4, IL-5 e IL-13.

Th17: produção de IL-17 e IL-22.

*As células efetoras tendem a sair dos órgãos linfoides e migrar para os sítios de infecção onde
estão presentes os microorganismos.

• Células de memória

Algumas células T podem se diferenciar em células de memória. Possuem capacidade de


sobreviver por longos períodos em um estado quiescente depois que o antígeno é eliminado e
montar respostas mais eficientes e mais rápidas em um segundo encontro com esse antígeno
quando comparado às células T virgens, pois as células específicas para esse antígeno já se
encontram em maior quantidade. Além disso, as células de memória possuem altos níveis de
receptor para IL-7, pois é a citocina mais importante para a sua sobrevivência.

CAPÍTULO 10 (Mecanismos Efetores da Imunidade Celular)

 MECANISMOS EFETORES DA IMUNIDADE CELULAR

Os linfócitos T CD8 se proliferam e se diferenciam em linfócitos T citotóxicos (CTL), que


apresentam grânulos citotóxicos que podem matar células que expressam peptídeos derivados
dos antígenos citosólicos (ex.: peptídeos virais) que são apresentados ligados ao MHC de classe
I. Os CTL CD8 matam bactérias intracelulares causando a morte da célula infectada. Quando
expostas à células infectadas, elas liberam grânulos com citotoxinas como perforinas e
granzimas. A perforina facilita a entrada da granzima na célula-alvo, e a granzima deflagra várias
vias de apoptose. A especificidade à células infectadas é possível devido a sinapse imunológica,
visto que essas moléculas só são secretadas no contato do CTL e da célula-alvo.

As células Th1 ocorrem em resposta aos microorganismos que ativam macrófagos,


células dendríticas e células NK. O IFN-ɣ é a principal citocina de ativação dos macrófagos para
matarem os microorganismos fagocitados (via clássica). É produzido pelas células Th1, NK (em
resposta ao IL-12) e T CD8 (em resposta ao reconhecimento do antígeno e à produção de IL-12
e IL-18).
As células Th2 ocorrem em resposta a helmintos e alérgenos. Estimula a produção de
IgE e ativa os eosinófilos e mastócitos para a eliminação dos helmintos. A IL-4 secretada
promove o switch de isotipos da célula B e produção de IgE; a IL-5 secretada ativa eosinófilos
para liberarem o conteúdo dos grânulos e destruir os helmintos, porém, também pode lesionar
o tecido do hospedeiro; a IL-4 e IL-13 juntas promovem proteção nas barreiras epiteliais e
estimulam a ativação de macrófagos pela via alternativa.

As células Th17 ocorrem em resposta a bactérias e fungos. Tem importante papel na


infecção intestinal. Tem função silenciadora de Th2. Recruta neutrófilos, que ingerem e matam
o microorganismo.

CAPÍTULO 11 (Ativação da Célula B e Produção de Anticorpos)

 Ativação do Linfócito B no Sistema Imune

 Respostas de anticorpos dependentes de células T-auxiliares a antígenos protéicos


 O antígeno, em sua conformação nativa, intacta, e não processado por APCS é apresentado
às células B. A ligação do antígeno ao receptor libera sinais bioquímicos às células B, que
iniciam o processo de ativação. O receptor internaliza o antígeno ligado em vesículas
endossomais e, se o antígeno for uma proteína ele é processado em peptídeos que podem
ser apresentados via molécula MHC classe II na superfície da célula B para o reconhecimento
por células T auxiliares. O par de moléculas CD40 (presente no linfócito B) e ligante CD40L
(presente no linfócito T auxiliar) fornece sinal para a ativação do linfócito B (induz a
proliferação e diferenciação da célula B, inicialmente nos focos extrafoliculares e, depois nos
centros germintivos). Citocinas produzidas pelo linfócito T são importantes para a ativação
do linfócito B contribuindo para processos de troca de classe.
 A interação entre as células T auxiliares e os linfócitos B é iniciada pelo reconhecimento do
mesmo antígeno protéico pelos dois tipos celulares e segue uma sequência precisa de
eventos. As células T CD4 imaturas são ativadas pelo antígeno (sob a forma e peptídeos
processados) nas zonas das células T por meio da apresentação por células dendríticas e,
então, diferenciam-se em células T auxiliares. As células B imaturas são ativadas nos folículos
pelo mesmo antígeno (em sua conformação nativa) que foi transportado para lá. As células
T auxiliares e as células B ativadas migram em direção uma à outra e interagem nas bordas
dos folículos para formar os centros germinativos, nos quais uma resposta de anticorpos
mais especializada é montada.
 As células T auxiliares e as células B ativadas pelo antígeno movem-se uma em direção à
outra em resposta aos sinais de quimiocinas (CXCR5).
 A ativação T-dependente de células B nos focos extrafolículares produz anticorpos de baixa
afinidade que podem circular e limitar a propagação de uma infecção. A resposta extra-
folicular também auxilia na geração de células T auxiliares foliculares (TFH) que migram para
o folículo e são necessárias para a formação do centro germinativo. Algumas células B
ativadas pelo antígeno no foco extrafolicular também retornam ao folículo, participam na
formação do centro germinativo e sofrem alterações que resultam em uma resposta
humoral mais potente e de longa duração.
 Os eventos característicos das respostas humorais dependentes de células T auxiliares,
incluindo a maturação da afinidade, troca de isotipo, e a geração de plasmócitos e células B
de memória de vida longa, ocorrem principalmente em estruturas organizadas
denominadas centros germinativos, que são criados dentro dos folículos linfóides durante
as respostas imunes T-dependentes. Cada centro germinativo completamente formado
contém células derivadas de um único clone, ou de poucos, de células B específicas para o
antígeno.
 Na região escura dos centros germinativos ocorre intensa proliferação de células B. A região
clara apresenta mais linfócitos e também células dendríticas foliculares que não se
assemelham com as convencionais pois não apresentam antígenos via MHC. Elas são
especializadas na retenção de antígeno por apresentar imunecomplexos associados. A
associação de imunecomplexos leva a ativação do complemento que se fixam na porção FC
do anticorpo. As células dendríticas foliculares têm muitos receptores para FC de anticorpo
e complemento e com isso retém complexos que contém o antígeno.

 Troca de Isotipo (Classe) da Cadeia Pesada


 Algumas vezes ocorrem trocas de isotipo em células B que se encontram nos focos
extracelulares devido a ação das células T auxiliares extrafoliculares lá presentes; no
entanto, isso ocorre com mais freqüência em centros germinativos, sob a influencia das TFH.
A habilidade das células B de produzir diferentes isotipos de anticorpos proporciona uma
notável plasticidade nas respostas imunes humorais por meio da geração de anticorpos que
exercem funções efetoras distintas e estão envolvidos na defesa contra diferentes tipos de
agentes infecciosos.
 As células T auxiliares foliculares produzem IL-21 que induz a ativação e troca de classe do
linfócito B. Citocinas produzidas por TFH, associadas a IL-21 induzem a troca de classe que
ocorre na zona clara: IFN-γ induz a troca para a classe IgG e a IL-4 induz a troca para IgE. A
mudança para IgA é estimulada pelo fator transformante de crescimento-β.
 Ordem dos Isotipos nas trocas de classe: IgM – IgG3 – IgG1 –IgG2b – IgG2a – IgE – IgA.

 Maturação de Afinidade é o processo que conduz a um aumento da afinidade de anticorpos


a um determinado antígeno, conforme progride a resposta humoral T-dependente e é o
resultado da mutação somática dos genes Ig seguida pela sobrevivência seletiva das células
B produtoras de anticorpos com maior afinidade. As células T auxiliares e as interações
CD40:CD40L são necessárias para que se inicie a hipermutação somática nas células B em
proliferação nos centros germinativos que se caracteriza como mutações pontuais nas
regiões variáveis das imunoglobulinas. A presença de mutações está relacionada ao
aumento da afinidade dos anticorpos ao antígeno que induziu a resposta. As células que
sofrem nenhuma ou mutações de baixa afinidade morrem. A estimulação repetida por
antígenos protéicos dependentes de células T leva ao aumento do número de mutações nos
genes Ig das células B específicas a esses antígenos no centro germinativo. Alguma dessas
mutações são mais prováveis de se mostrarem úteis uma vez que produzirão anticorpos de
alta afinidade. No entanto, muitas das mutações podem gerar uma diminuição ou até
mesmo uma perda da capacidade de ligação ao antígeno.

A ligação das células B ao antígeno apresentado pelas células dendríticas foliculares é necessária
para impedir a morte programada das células B. As células B também apresentam antígeno para
as células TFH do centro germinativo, que por sua vez promove a sobrevivência da célula B. As
células B que se ligam a antígenos com alta afinidade são selecionadas para sobreviver.

A enzima chave necessária para a troca de isotipo e maturação de afinidade é a deaminase


induzida por ativação (AID) cuja expressão é ativada principalmente por sinais de CD40 nas
células THF. A enzima desamina citosinas em moldes de DNA de fita simples, convertendo
resíduos de citosina (c) em resíduos de uracila (u).
 Funções das Igs
 IgM: É o BCR na superfície da membrana do linfócito B. Quando secretada é
pentamérica e possui 10 sítios ativos de ligação a antígeno (são boas para reações de
aglutinação). Na forma solúvel pode estar aberta ou na forma de grampo. Quando se
encontra na superfície de um microrganismo favorece a ativação do complemento.
 IgD: é uma Ig de membrana e não existe na forma secretada.
 IgG: é abundante no soro. Atravessam placenta que apresenta receptores para a sua
porção FC. Também ativam complemento porém são menos eficientes que IgM nessa
função.
 IgA: Apresentam concentrações baixas no soro. São encontradas em regiões de mucosa,
rica em TGF-α e IL-10 indutoras de IgA. É dimérica ligada pela proteína J na forma
secretada. É transocitada para o lúmen do intestino (região de mucosa) e ali neutraliza
bactérias.
 IgE: Apresentam concentrações baixas e quando em concentrações mais elevadas
servem como indício de processos alérgicos e infecção por verme.

Receptores FC: As células principalmente da imunidade inata expressa esses receptores onde os
anticorpos se ligam e induzem ações microbicidas (por exemplo no macrófago).

CAPÍTULO 12 (Mecanismos Efetores da Imunidade Humoral)

 Diferenciação e Funções das Células T CD8+ Efetoras

Os vírus evoluíram para utilizar várias moléculas da superfície celular para obter entrada
nas células do hospedeiro e para usar a maquinaria genética e de síntese protéica das células do
hospedeiro para se replicar e disseminar de uma célula para outra. Os vírus não podem ser
destruídos se as células infectadas não possuírem mecanismos microbicidas intrínsecos, ou se
os vírus estiverem no citosol onde são inacessíveis a esses mecanismos de morte. Nessas
situações, a única maneira de erradicar a infecção estabelecida é matando a célula infectada,
liberando o vírus para o meio extracelular e paralisando a sua capacidade de sobreviver e se
replicar. Essa função de promoção de morte de células com vírus nem seu citosol é mediada por
linfócitos T citotóxicos CD8+. As citocinas produzidas por essas células também contribuem para
a eliminação de uma variedade de microrganismos intracelulares. A segunda função importante
das células CTLs CD8+ é a erradicação de diversos tumores.

Células CD8+ imaturas reconhecem antígenos (vírus ou antígenos de tumores), mas


precisam se proliferar e se diferenciar para gerar um conjunto suficientemente grande de CTLs
para destruir a origem do antígeno. Dentro do citoplasma de CTLs diferenciados, existem
numerosos lisossomos modificados (grânulos) que contém proteínas, incluindo perforinas e
grazimas, cuja função é matar outras células. Além disso, os CTLs diferenciados são capazes de
secretar citocinas, principalmente IFN-γ, que tem a função de ativar fagócitos. O fator de
transcrição t-Bet contribui para o nível elevado da expressão dests proteínas lisossomais e IFN-
γ.

As células dendríticas apresentam antígenos via MHC de classe I a células T CD8+. Esta
via de apresentação requer que os antígenos protéicos estejam presentes no citosol de células
infectadas de modo que estas proteínas possam degradar em proteossomas, para, em seguida,
entrar no retículo endoplasmático por meio do transportador TAP. As células dendríticas
especializadas ingerem as células infectadas, células tumorais ou proteínas expressadas por
essas células, transferem os antígenos protéicos para o citosol e processam os antígenos para a
entrada na via de apresentação de antígenos por MHC de classe I para o reconhecimento por
células T CD8+.

A ativação completa de células T CD8+ imaturas e sua diferenciação em CTLs funcionais


e células de memória podem requerer a participação de células CD4+ auxiliares. Quando ativadas
as células CD4+ auxiliares expressão o ligante CD40L que se liga ao CD40 d células dendríticas
carregadas com antígenos. Essa interação ativa as APCs para torná-las mais eficientes em
estimular a diferenciação das células T CD8+, em parte, induzindo a expressão de
coestimuladores.

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