A Organização Mundial de Saúde – OMS definiu como idoso um limite de 65 anos ou mais de
idade para os indivíduos de países desenvolvidos e 60 anos ou mais de idade para indivíduos
de países subdesenvolvidos.
No final da década de 40/50, alguns fatores começaram a ocorrer em países desenvolvidos que
levaram ao envelhecimento da população: a mortalidade caiu devido conquistas da área da
saúde, avanços tecnológicos, melhoria nutricional, urbanização das cidades, cuidados com a
higiene pessoal e ambiental, etc.
Em países menos desenvolvidos como no Brasil, o aumento da expectativa de vida se deu nos
últimos 60 anos pelos avanços na área da saúde, em vacinas, uso de antibióticos,
quimioterápicos que previnem ou curam muitas doenças. Além disso, a partir da década de 60
houve uma queda na fecundidade que permitiu uma explosão demográfica.
Estima-se que no Brasil nos próximos 20 anos, a população de idoso pode chegar ou
ultrapassar 30 milhões de pessoas, 13% da população geral.
A sociedade não está preparada, pois a qualidade de vida não acompanha esse avanço, há uma
carência no aspecto politico e social que deem suporte aos idosos. Estes são os que
apresentam maiores problemas de saúde, muitos precisam de internações e uma boa parcela
possui alguma doença crônica.
O envelhecimento é afetado pelo estado de espirito da pessoa, pois envolve muitas mudanças
sendo necessária uma adaptação a estas. Tensões psicológicas e sociais podem deteriorar o
processo de envelhecer de uma pessoa.
O papel social do idoso é importante para dar significado nessa etapa, pois envolve como a
pessoa levou sua vida e as condições atuais que se encontra. O trabalho permite o ato de
existir enquanto cidadão, nós depositamos aspirações e perspectivas de vida. Neste aspecto
destaca-se a aposentadoria como um momento onde há ruptura entre os tempos.
A aposentadoria foi concebida como instituição social que garante uma renda a pessoa até sua
morte. E nessa fase pode acontecer uma crise, pois a pessoa não se sente valorizada, a
competição, auto estima e sensação de ser útil são reduzidas. É como se houvesse uma
ausência de papeis que causa angustia, sua marginalização e isolamento do mundo.
Ainda é muito pouca a ação governamental efetiva e muitas iniciativas são de caráter
assistencialista e acabam por favorecer o isolamento do idoso na sociedade.
As famílias são de suma importância para fortalecer as relações interpessoais, mas quando o
papel se inverte e muitas vezes os filhos se tornam responsáveis pelos pais, estes não possuem
tempo para ouvir o idoso, o que também afeta psicologicamente e socialmente. A família
influencia a segurança emocional.