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Um Auto de Gil Vicente

Autoria: Almeida Garrett


Data de publicação: 1838
Local de publicação: Lisboa

Drama histórico da autoria de Almeida Garrett, representado pela primeira vez em


Agosto de 1838, no Teatro da Rua dos Condes, e publicado posteriormente em
volume. No prefácio teórico do autor, este debate o problema do declínio da arte
dramática em Portugal e defende a urgência de se fazer ressuscitar o teatro
nacional, projecto a que a obra se encontra concretamente ligada: "o drama de Gil
Vicente que tomei para título deste não é um episódio, é o assunto mesmo do meu
drama; é o ponto em que se enlaça e do qual se desenlaça depois a acção; (...)
Mas eu não quis só fazer um drama, sim um drama de outro drama, e ressuscitar
Gil Vicente a ver se ressuscitava o teatro".
Nesta peça, evoca-se a corte de D. Manuel I e as duas grandes individualidades
literárias que nela evoluíram: Bernardim Ribeiro (representante da poesia
aristocrática) e Gil Vicente (defensor do teatro). Garrett conseguiu, assim, a proeza
de abordar o Teatro através do teatro, tendo como pano de fundo os ensaios para a
peça Cortes de Júpiter, escrita por Gil Vicente para celebrar a partida da Infanta D.
Beatriz para Sabóia, onde se casaria com Carlos III.

A peça é dividida em três actos, sendo que cada um se desenrola num espaço
diferente. O primeiro passa-se em Sintra onde Pêro Çafio, um dos frequentes
actores das peças de Gil Vicente, ensaia a sua participação nas Cortes de Júpiter. É
então que surge Bernardim Ribeiro a quem Çafio confidencia que durante a
representação, uma moura de nome Taes, envergando uma máscara, entregaria
um anel a D. Beatriz. Bernardim, apaixonado por D. Beatriz, arquitecta o plano de
assumir a personagem de Taes para se poder aproximar da Infanta. No mesmo
acto, contracenam Paula Vicente e Dona Beatriz, confessando esta última o grande
amor que nutre pelo poeta de Menina e Moça. No segundo acto, desenrolado nos
Paços da Ribeira, assistem-se aos preparativos da representação: Gil Vicente e
Paula Vicente não gostam do ensaio de Joana do Taco, destacada para interpretar
Taes. Bernardim aparece disfarçado e pede para falar com Gil Vicente, pedindo-lhe
o papel da moura. Mediante a interferência de Paula, Gil acede. Inicia-se a
apresentação da peça com a presença de D. Manuel I e dos altos dignatários da
Corte, entre os quais Garcia de Resende. Quando Bernardim entra em cena,
modifica as falas da moura, conferindo-lhes um grande lirismo. O Rei percebe que
se trata de Bernardim e manda interromper a representação, retirando-se com
enfado, sem se aperceber que D. Beatriz tinha desmaiado. O terceiro acto passa-se
a bordo do Galeão Santa Catarina que levará a Infanta ao seu destino. D. Manuel
vem despedir-se da sua filha e traz consigo Chatel, o seu Secretário, que
demonstra algumas desconfianças sobre a postura da Infanta. Por intermédio de
Paula Vicente, Bernardim consegue visitar D.Beatriz a quem declara o seu amor.

Como referenciar este artigo:


Um Auto de Gil Vicente. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-
10-10].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$um-auto-de-gil-vicente>.

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