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MORFOLOGIA: Classes Gramaticais Invariáveis

O ADVÉRBIO

Os advérbios e as locuções adverbiais são classificados de acordo com a circunstância que expressam em:

 Afirmação: sim, certamente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza.


 Dúvida: talvez, quiçá, possivelmente, provavelmente.
 Intensidade: muito, pouco, bastante, demais, menos, tão.
 Lugar: aqui, ali, aí, cá, lá, atrás, perto, abaixo, acima, dentro, fora, além, adiante, à direita, à esquerda.
 Tempo: agora, já, ainda, amanhã, cedo, tarde, sempre, nunca, de manhã, de repente.
 Modo: assim, bem, mal, depressa, devagar, calmamente, afobadamente, alegremente, à vontade, ao
léu.
 Negação: não, tampouco, de maneira alguma.

EMPREGO DOS ADVÉRBIOS:

1. Quando se coordenam vários advérbios terminados em - mente, pode-se usar esse sufixo apenas
no último:
Ex: Estava dormindo calma, tranqüila e sossegadamente.

2. Antes de particípios não se devem usar as formas irregulares do comparativo de superioridade


(melhor, pior), e sim as formas analíticas (mais bem, mais mal):
Ex: Aquelas alunas estavam mais bem preparadas que as outras.

3. Na linguagem popular, é comum o advérbio receber sufixo diminutivo. Nesses casos, o sufixo não
adquire valor propriamente diminutivo, e sim superlativo:
Ex:
Ele chegou cedinho. (muito cedo)
Moro pertinho de você. (bem perto)

4. Ainda na linguagem popular, é comum a repetição do advérbio a fim de intensificá-lo:


Ex:
Devo chegar cedo, cedo.
Parto logo, logo

A PREPOSIÇÃO

EMPREGO DAS PREPOSIÇÕES:

1. As preposições podem assumir inúmeros valores semânticos:

 Meio – Chegou de ônibus.


 Origem – Voltou de Pernambuco.
 Companhia – Saiu com os amigos.
 Falta ou ausência – Vivia sem dinheiro.
 Finalidade – Discursava para convencer.
 Lugar – Morava em uma praia distante.
 Causa – Morreu de fome.
 Matéria – Usava um chapéu de palha.
 Posse – O carro de Paulo é antigo.
 Assunto – Conversavam sobre futebol.

2. Algumas preposições podem aparecer unidas a outras palavras. Quando na junção da preposição
com outra palavra não houver perda de elemento fonético, teremos combinação. Caso haja alteração
fonética, teremos contração.

1
Combinação:
ao (a + o) aos (a + os) aonde (a + onde)

Contração:
do (de + o) dum (de + um)
desta (de + esta) no (em + o)
num (em + um) neste (em + este)

3. A preposição a pode se fundir com um outro a (ou as). Essa fusão é indicada pelo acento grave (`)
e recebe o nome de crase.

Ex:
Vou à escola. (Vou a + a escola.)
Fizeram referência às colegas. (Fizeram referência a + as colegas.)

4. Na linguagem formal culta, não se deve fazer a contração da preposição de com o artigo que
encabeça o sujeito de um verbo.

Ex:
Está na hora de a onça beber água. (e não: Está na hora da onça beber água.)

A CONJUNÇÃO

As conjunções, assim como as locuções conjuntivas, classificam-se em coordenativas e subordinativas.

Conjunções Coordenativas

As conjunções coordenativas subdividem-se em:


 Aditivas (indicam soma, adição): e, nem, mas, também, mas ainda.
 Adversativas (indicam oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto.
 Alternativas (indicam alternância, escolha): ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer.
 Conclusivas (indicam conclusão): pois, (posposto ao verbo), logo, portanto, então.
 Explicativas (indicam explicação): pois (anteposto ao verbo), porque, que.

Conjunções Subordinativas

As conjunções subordinativas subdividem-se em:


 Causais (exprimem causa, motivo): porque, visto que, já que, uma vez que, como, etc.
 Condicionais (exprimem condição): se, caso, contanto que, desde que, etc.
 Consecutivas (exprimem resultado, consequência): que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, de
maneira que, etc.
 Comparativas (exprimem comparação): como que (precedido de mais ou menos), etc.
 Conformativas (exprimem conformidade): como, conforme, segundo, etc.
 Concessivas (exprimem concessão): embora, se bem que, ainda que, mesmo que, conquanto, etc.
 Temporais (exprimem tempo): quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, etc.
 Finais (exprimem finalidade): a fim de que, para que, que, etc.
 Proporcionais (exprimem proporção): à proporção que, à medida que, etc.
 Integrantes: que, se (quando iniciam oração subordinada substantiva).

Observação: Assim como ocorre com as preposições, é o contexto que determina o tipo de relação
estabelecida pela conjunção (ou locução conjuntiva), pois uma mesma conjunção (ou locução conjuntiva)
pode estabelecer relações diferentes entre orações.
Ex:
Você irá bem na prova desde que estude. (A locução conjuntiva desde que está estabelecendo relação
de condição.)
Não para de falar desde que a aula começou. (A locução conjuntiva desde que está estabelecendo
relação de tempo.)
Gritou tanto que ficou rouco. (A conjunção que está estabelecendo relação de consequência)
Ele gritou mais que eu. (A conjunção que está estabelecendo relação de comparação)

2
A INTERJEIÇÃO

Interjeição é a palavra invariável através da qual exprimimos sentimentos e emoções variados.

 Alegria: ah!,oh!, oba!


 Advertência: cuidado!,atenção!
 Alívio: ufa!,arre!
 Animação: coragem!,avante!, eia!
 Desejo: Oxalá!,tomara!
 Dor: ai!,ui!
 Espanto: oh!,chi!, ué!, barbaridade!, uai!
 Impaciência: hum!,hem!
 Invocação: ô!,alô!, olá!
 Silêncio: psiu!,silêncio!

Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva.

Ex: Ora bolas! / puxa vida! / se Deus quiser!

QUESTÔES

1. (TRT-9° Região)
... o manuscrito em que informavam sobre disputas e gladiadores...

A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

A) Em pequenas cidades, um jornal é o veículo..................contam os moradores para obter informações


locais.
B) Seria necessário considerar os avanços da tecnologia..................os tradicionais jornais se adaptem às
necessidades de um mundo moderno.
C) O grupo controlador de um jornal é sempre aquele.................se exige especialmente compromisso com a
ética e a verdade.
D)As manchetes, ...............atraem leitores, nem sempre apontam para fatos verdadeiramente relevantes
para a maioria.
E)O editorial trata de questões ..................são expostas as linhas de pensamento e a posição crítica do
corpo diretivo de um jornal.

2. (TRE – Alagoas)
...encarregadas de fazer com que as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam
realizadas com certa eficiência e autonomia. (final do texto)

A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) Muitos políticos duvidavam ...... fosse possível chegar a um consenso naquela questão.
(B) A prática política ...... os idealistas sonhavam mostrou- se ineficaz diante de tantos conflitos.
(C) O regime democrático, ...... são respeitadas as liberdades individuais, foi finalmente restabelecido
naquele país.
(D) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas ....... se marcasse a data das eleições.
(E) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões ...... a maioria espera.

3. (TRT24 REGIÃO – 2011)

Por outro lado, a TI permitiu uma ampla modificação no sistema de produção, em que se busca cada vez
mais foco e especialização... (3o parágrafo)

A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) A evolução tecnológica aplicada à agricultura tem sido importante ...... se desenvolvam novos métodos
eficazes de produção.
3
(B) A visão tradicional é a ...... um parque industrial pujante deve garantir o crescimento econômico de
qualquer país.
(C) Os produtores, ...... defendem o aumento da exportação agrícola, buscam melhores condições para o
transporte da safra aos portos.
(D) A preocupação com os lucros, ...... se baseiam as transações comerciais, conduz à aplicação de novas
tecnologias no setor de serviços.
(E) Todas as pesquisas ...... se referiam os economistas indicavam a expansão da produção agrícola,
fundamentada no avanço tecnológico.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Sobre Classes de Palavras, em qual das alternativas abaixo, existe uma afirmação CORRETA?

a) “Ao longo dos seus 36 anos, o guia eleitoral passou por várias modificações...” – o verbo sublinhado
indica uma ação que está por vir.
b) “...gerando discussões políticas...” – neste contexto, o termo sublinhado se classifica como um
substantivo.
c) “...algumas bastante significativas.” – o termo sublinhado é um advérbio, daí ser invariável.
d) “Embora criado para auxiliar na escolha do eleitor...” – o termo sublinhado se classifica como conectivo
que indica temporalidade.
e) “...se notabilizou pela “pancadaria” entre adversários...” – o termo sublinhado é uma palavra invariável,
classificada como conjunção.

2. Identifica-se relação de causa e consequência, respectivamente, no segmento:

(A) O século XX escolheu a democracia como forma predominante de governo e, para legitimá-la, as
eleições pelo voto da maioria.
(B) Assim como a confiança entre pessoas, legitimidade é uma entidade invisível. Mas ela contribui para a
formação da própria essência da democracia...
(C) Quanto mais marcadas por divisões sociais e por incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e
necessitam de lideranças que busquem consensos.
(D) Mas também não há democracia sem o Poder Judiciário, encarregado de nos lembrar e impor um
sistema legal...
(E) Como o papel do Poder Executivo é agir com prontidão, não lhe é possível gerir a democracia sem
praticar arbitragens e fazer escolhas.

3. Apesar do medo, D. João embarcou na carruagem que o aguardava e seguiu para o centro da
cidade. A caminho, no entanto, percebeu que, em lugar de ofensas e gritos de protestos, a multidão
aclamava seu nome. (2o parágrafo)

O trecho acima está reescrito com correção e lógica em:

(A) Embora estivesse com medo, D. João subiu na carruagem que estava esperando por ele e dirigiu-se ao
centro da cidade. Entretanto, durante o trajeto, em vez de escutar ofensas e protestos, ouviu o seu nome
ser aclamado pela multidão.
(B) Por estar com medo, D. João subiu na carruagem que o esperara, dirigindo-se ao centro da cidade. A
medida que se aproximava do seu destino, escutou a multidão aclamar o seu nome, porém não insultando-o
e ofendendo-o.
(C) À medida que estava com medo, D. João subiu na carruagem cuja esperara, dirigindo-se ao centro da
cidade. Todavia, durante o trajeto, escutaria gritos de aprovação ao invés de ofensas e protestos.
(D) Porém, com medo, D. João sobe na carruagem que esperava-o, dirigindo-se para o centro da cidade.
Ao estar-se aproximando do seu destino, escutaria seu nome sendo aclamado pela multidão, que, para sua
surpresa, não protestava ou gritavam ofensas.
(E) Estando com medo, todavia, D. João subiu na carruagem que o esperava para se dirigir no centro da
cidade. Surpreende-o, pois que, no caminho, escuta a multidão aclamando o seu nome em vez de estar
gritando ofensas e protestos.

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Leia o texto e responda a questão.

Ao lado do vinho, a região do Mediterrâneo tem uma cesta de produtos nobres cujo consumo nos
países em desenvolvimento, até recentemente, era restrito às classes altas. Nos últimos cinco anos,
A)porém, artigos como frutas secas, vinagre balsâmico, nozes e castanhas começaram a ganhar mercado
nos emergentes. Nos quatro maiores, os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), nenhum avançou mais
rápido que o azeite. Desde 2005, as vendas do produto nesses países tiveram, em média, crescimento de
235%. Nos Estados Unidos da América (EUA), o segundo maior mercado mundial de azeite, atrás apenas
da União Europeia, o número ficou na casa dos 20 %. Dois fatores ajudam a entender a difusão do óleo de
oliva nos BRICs. B) O primeiro é a expansão da renda: uma classe média maior gasta mais, tanto em
volume quanto em qualidade. Tão importante quanto ISSO, no entanto, foi o fato de que os
fabricantes de azeite entenderam que cada lugar tem as suas especificidades. Na Índia, por exemplo,
o produto passou a ser vendido na seção de produtos de beleza dos supermercados. Além de nutrir os
cabelos das indianas, ele é usado na pele, para prevenir estrias.
Entre os integrantes dos BRICs, o Brasil é o que tem, de longe, o maior mercado de azeite: o consumo
deverá atingir 50.000 toneladas em 2010. C)COMO o país tem forte influência espanhola, italiana e
portuguesa (os mais importantes produtores mundiais), o hábito de usar o óleo em pizzas e saladas
é mais comum do que nos outros do grupo — e as empresas do ramo praticamente não mudam suas
táticas de venda no mercado brasileiro. Na China, o comércio do produto varia conforme o calendário. Em
datas festivas, as pessoas trocam vidros de azeite como presente. As empresas se preparam para essa
época e fazem embalagens especiais, já que a finalidade do produto é enfeitar as estantes das casas. “Os
chineses quase não comem salada. Tivemos de encontrar maneiras alternativas para vender lá”, diz David
Prats, presidente do grupo espanhol Borges, um dos maiores fabricantes de azeite do mundo. A companhia,
D) que há quinze anos vende seus produtos no Brasil por meio de importadoras, decidiu no ano
passado abrir uma filial no país. “O mercado brasileiro está fervilhando. E) Enquanto as nossas vendas
ficaram estáveis em alguns países, no Brasil elas subiram 30% em 2009”, completa o espanhol.

Renata Betti. O óleo da massa. In: Veja, 3/3/2010, p. 27. Internet: <veja.abril.com.br> (com adaptações).

4. No que se refere a aspectos linguísticos do texto, assinale a opção correta.

A O vocábulo “porém” estabelece uma relação de condição entre a oração da qual faz parte e a oração
anterior.
B O vocábulo “isso” retoma a expressão “a expansão da renda”.
C A conjunção “Como” introduz oração que expressa um fato que está em conformidade com a ideia
apresentada no período que a antecede.
D Na linha, o termo “que” faz referência a “companhia” e poderia, sem prejuízo para a correção gramatical
do texto, ser substituído por onde.
E O vocábulo “Enquanto”, por expressar uma ideia de proporcionalidade, poderia ser substituído por À
medida que, mantendo-se o sentido original do texto.

O preconceito racial provavelmente jamais será extinto, A) por ser parte da condição humana e ter
raízes profundas na história da espécie. B) Mas C) pode ser reprimido por todos os meios compatíveis com
os valores e o sistema jurídico das sociedades abertas. É uma empreitada permanente que, pela própria
disseminação da hediondez a ser combatida, transcende as fronteiras dos países. Requer robustos acordos
supranacionais que incentivem, em toda parte, a educação baseada na tolerância e no D)respeito às
diferenças, a partir da premissa de que todos os seres humanos são essencialmente iguais. A cooperação
multilateral é indispensável também para a denúncia das políticas de cunho racista, E) bem como para a
aprovação de leis compartilhadas que tipifiquem e punam, com severidade, qualquer forma de
discriminação entre as pessoas, onde quer que ocorra.

O Estado de S.Paulo, Editorial, 23/4/2009 (com adaptações).

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5. Com relação ao texto acima, assinale a opção incorreta.

A) Na linha 2, o segmento “por ser” poderia ser substituído por uma vez que é, desde que a forma verbal
“ter” fosse alterada para tem, a fim de que o período se mantivesse correto gramaticalmente.
B) A conjunção “Mas” (l.3) pode, sem prejuízo para a informação original do período, ser substituída por
qualquer uma destas conjunções seguidas de vírgula: Porém, Contudo, Todavia, No entanto.
C) Logo após a conjunção “Mas” (l.3), subentende-se a elipse da expressão antecedente “O preconceito
racial” (l.1).
D) O sinal indicativo de crase em “às diferenças” (l.9-10) justifica-se pela regência da palavra “respeito”
(l.9) e pela presença de artigo definido feminino plural.
E) A expressão “bem como” (l.13) estabelece uma relação de finalidade entre as orações do período em
que ela ocorre.
Gabarito
01. C 02. E 03. A 04. B 05. E

CLASSES VARIÁVEIS

O SUBSTANTIVO (FLEXÃO DE GÊNERO)

Dependendo da forma que assumem, os substantivos podem ser classificados em biformes ou uniformes.

Substantivos Biformes- são aqueles que apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino:

Masculino Feminino Masculino


Feminino
Aluno aluna Bode cabra
Menino menina Carneiro ovelha
Homem mulher Cavaleiro amazona

Substantivos Uniformes - são os que apresentam uma única forma, tanto para o masculino como para o
feminino. Subdividem-se em:

1. Epicenos – são os substantivos uniformes que designam alguns animais: onça, jacaré, tigre, borboleta,
foca. Caso se queira especificar o sexo do animal, devem-se acrescentar as palavras macho ou fêmea.
Ex:a onça macho, a onça fêmea (o substantivo onça será sempre feminino), o jacaré macho, o jacaré
fêmea (o substantivo jacaré será sempre masculino)

2. Comum de dois gêneros – são os substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a
diferenciação de gênero é feita pelo artigo ou outro determinante qualquer.
Ex: o artista, a artista; o estudante, a estudante; este dentista, aquela dentista; jornalista recém-formado,
jornalista recém-formada.

3.Sobrecomuns – são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, o gênero é fixo (sempre
masculino ou sempre feminino) e os artigos e outros determinantes permanecem invariáveis.

Mudança de sentido com mudança de gênero:

Há substantivos idênticos na forma, porém de gêneros diferentes. Veja alguns exemplos:

Substantivo feminino Significado


A cabeça parte do corpo
A capital cidade principal
A rádioestação transmissora
Substantivo masculino Significado
O cabeça o chefe, o líder
O capital o dinheiro, os bens
O rádio aparelho receptor

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FLEXÃO NÚMERO:

Quanto ao número, o substantivo pode ser singular ou plural.


Singular aluno, relógio, mãe
Plural alunos, relógios, mães

Há, no entanto, alguns substantivos que só aparecem no plural, como: os afazeres, as fezes, os parabéns,
as núpcias, os pêsames, os óculos, as férias, os víveres.

Plural dos Substantivos Compostos

Não é fácil sistematizar o plural dos substantivos compostos, uma vez que ocorrem muitas oscilações,
mesmo no padrão culto da língua. Cumpre, no entanto, observar as seguintes regras:

1. Os substantivos compostos ligados sem hífen formam o plural como se fossem substantivos
simples.
Ex:
Aguardente aguardentes
Passatempo passatempos
Vaivém vaivens

2. Nos compostos formados de palavras repetidas (ou muito semelhantes), só o segundo elemento
varia.
Ex:
Teco-teco teco-tecos
Reco-reco reco-recos
Tico-tico tico-ticos

3. Nos compostos cujos elementos venham unidos por preposição, só o primeiro elemento varia.
Ex:
Pão-de-ló pães-de-ló
Mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça

4. Nos compostos formados por dois substantivos, se o segundo elemento limita ou determina o
primeiro, indicando tipo ou finalidade, a variação ocorre somente no primeiro elemento.
Ex:
Banana-maçã bananas-maçã
Salário-família salários-família
Peixe-espada peixes-espada
Caneta-tinteiro canetas-tinteiro
Manga-rosa mangas-rosa
Samba-enredo sambas-enredo

Obs.: Convém lembrar, no entanto, que a pluralização dos dois elementos é muito comum, mesmo no
padrão culto, e que essas formas já aparecem dicionarizadas.

5. Nos compostos formados de verbo seguido de substantivos no plural, ambos os elementos


ficam invariáveis.
Ex:
o saca-rolhas os saca-rolhas
o tira-dúvidas os tira-dúvidas

6. Para os demais substantivos compostos, convém observar o seguinte: só devem ir para o plural
os substantivos, os adjetivos e os numerais. Os verbos e os advérbios, assim como os prefixos que
entram na formação dos substantivos compostos (co-, ex-, vice- etc.), evidentemente não variam.

 Variam os dois elementos (substantivo + substantivo; substantivo + adjetivo; adjetivo + substantivo;


numeral + substantivo).
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Ex:
Couve-flor couves-flores
Cabra-cega cabras-cegas
Amor-perfeito amores-perfeitos
Quinta-feira quintas-feiras
Boa-vida boas-vidas
Primeiro-ministro primeiros-ministros
Cachorro-quente cachorros-quentes
Obra-prima obras-primas

 Varia apenas o segundo elemento (verbo + substantivo; advérbio + adjetivo; prefixo + substantivo).
Ex:
Guarda-roupa guarda-roupas
Bem-amado bem-amados
Guarda-comida guarda-comidas
Abaixo-assinado abaixo-assinados
Guarda-chuva guarda-chuvas
Ex-aluno ex-alunos
Beija-flor beija-flores
Coautor coautores
Vira-lata vira-latas

Obs.: Quando a palavra guarda referir-se à pessoa, ao militar, e vier seguida de adjetivo, será substantivo
e, portanto, irá para o plural: guardas-noturnos, guardas-civis, guardas-florestais.

FLEXÃO DE GRAU:

Aumentativos e diminutivos formais


Ex.: cartão, portão, caldeirão, etc.

O grau com valor afetivo ou pejorativo


Ex.: paizinho, mãezinha (afetivo);
gentinha (pejorativo).

Formação do diminutivo plural:

Ex.: bar  bares (plural) bare + s barezinhos

O ARTIGO

EMPREGO DOS ARTIGOS:

1. É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral AMBOS e o substantivo a que esse
numeral se refere.
Ex: O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges.

2. Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo CUJO(e flexões).
Ex:
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Este é o autor cuja obra conheço.

3. Não se deve usar artigo antes das palavras CASA (no sentido de lar, moradia) e TERRA (no
sentido de chão firme), a menos que venham especificadas.
Ex:
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permaneceram na terra dos anões.
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4. Com relação a nomes de lugar, alguns admitem a anteposição do artigo, outros não.
Ex:
Passaram o carnaval em Salvador.
Florianópolis é a capital de Santa Catarina.
Nevou em Roma.
Brasília é a capital da República.
Arroz-de-cuxá é um prato típico do Maranhão.
Passaram o carnaval na Bahia.
Faz muito calor no Piauí.

5. Se o nome de lugar que não admite artigo vier qualificado, o uso do artigo será obrigatório.
Ex:
A bela Florianópolis é capital de Santa Catarina.
Não conheciam a velha Salvador.
Estavam na Roma antiga.
A moderna Brasília é considerada um monumento arquitetônico.

6. Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, com exceção de SENHOR (a),
SENHORITA e DONA.
Ex:
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.

7. Emprega-se o artigo definido com o adjetivo no grau superlativo.


Ex:
Não consegui resolver as questões mais difíceis.
Ou
Resolvi as mais difíceis questões.

8. Emprega-se o artigo definido com valor de superlativo absoluto sintético.


Ex: Não se trata de mais uma música, esta é a música.

9. Não se une à preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias.
Ex:
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
A notícia foi publicada em O Globo.
“Inês de Castro” é o episódio de Os lusíadas.

10. Depois do pronome indefinido TODO emprega-se artigo quando se quer dar idéia de inteiro,
totalidade. Quando se quer dar ideia de qualquer, omite-se o artigo.
Ex:
Ele leu todo o livro. (o livro inteiro)
Todo homem é mortal. (qualquer homem)
Todo o país comemorou a conquista. (o país inteiro)
Todo país tem seu governo. (qualquer país, cada país)

Morfossintaxe do Artigo:

Como vimos, o artigo sempre estará se referindo a um substantivo. Justamente por isso, exerce na oração a
função sintática de adjunto adnominal do substantivo a que estiver se referindo. Observe:

a) O dia permanece nublado. (O artigo o integra o sujeito “O dia”, em que o substantivo desempenha o
papel de núcleo e o artigo desempenha o papel de adjunto adnominal.)

b) Eles não conheciam as leis. (O artigo as integra o complemento verbal “as leis”, em que o substantivo
desempenha o papel de núcleo e o artigo desempenha o papel de adjunto adnominal.)

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c) Um problema ainda permanece sem solução. (O artigo um integra o sujeito “Um problema”, em que o
substantivo desempenha o papel de núcleo e o artigo desempenha o papel de adjunto adnominal.)

d) Compareceram umas pessoas ilustres. (O artigo umas integra o sujeito “umas pessoas ilustres”, em que
o substantivo desempenha o papel de núcleo; o artigo umas e o adjetivo ilustres desempenham o papel de
adjuntos adnominais.).

O NUMERAL

EMPREGO E FLEXÃO DOS NUMERAIS

1. Quando antepostos ao substantivo, empregam-se os numerais ordinais, que concordarão com


esse substantivo. Se estiverem pospostos ao substantivo, usam-se os numerais cardinais, que
concordarão com a palavra número (subentendida).
Ex:
Segunda casa ou casa dois
Décima quinta cabine ou cabine quinze
III Salão do Automóvel (terceiro)
II Maratona Estudantil (segunda)

Observação: quando se quer fazer referência ao primeiro dia do mês, deve-se utilizar o numeral ordinal:
primeiro de maio, primeiro de abril.

2. Na indicação de reis, papas, séculos e partes de uma obra, temos um caso particular: quando
pospostos ao substantivo, usam-se os numerais ordinais até décimo, inclusive. A partir daí, devem-
se empregar os cardinais.
Ex:
Século VII (sétimo)Henrique VIII (oitavo)
Século XXI (vinte e um) Luís XV (quinze)
João Paulo II (segundo)capítulo II (segundo)
João XXIII (vinte e três)capítulo XIII (treze)

Se o numeral anteceder o substantivo, será obrigatório o uso do ordinal.


Ex:
Vigésimo primeiro século
Décimo terceiro capítulo

3. Ambos, substituindo o cardinal dois, flexiona-se em gênero, concordando com o substantivo.


Ex:
Ambos os alunos estavam presentes.
Ambas as alunas foram premiadas.

4.Quando os numerais multiplicativos acompanham substantivos, variam em gênero, concordando


com o substantivo.
Ex:
Ele tomou um suco duplo.
Ele tomou uma vitamina dupla.

5. O fracionário meio concorda em gênero com o substantivo a que se refere.


Ex:
Comprou meio quilo de arroz.
Comprou meia tonelada de arroz.
Completou a corrida em dois minutos e meio.
(dois minutos e meio minuto)
Completou a corrida em duas horas e meia.
(duas horas e meia hora)

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6. Os fracionários variam em número, concordando com os cardinais que os acompanham.
Ex:
Um terço dois terços
Um quinto três quintos

Morfossintaxe do Numeral:

Na oração, o numeral substantivo exerce as mesmas funções do substantivo (núcleo do sujeito, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal, vocativo, etc.).

Um é pouco, dois é bom, três é demais. (Numeral como núcleo do sujeito.)

Gostavam de ambos. (Numeral como núcleo do objeto.).

Dois mais dois são quatro. (Numeral desempenhando a função de predicativo do sujeito.).

Já o numeral adjetivo exerce a função de adjunto adnominal.

Quinze pessoas compareceram à reunião. (Numeral na função de adjunto adnominal, acompanhando o


substantivo pessoas, núcleo do sujeito.)

O ADJETIVO

LOCUÇÃO ADJETIVA

Locução adjetiva é a expressão formada de preposição + substantivo (ou advérbio), com valor de adjetivo.
Ex:
diade chuva (= dia chuvoso)
pneu de trás (= pneu traseiro)
atitudes de anjo (= atitudes angelicais)
menino do Brasil (= menino brasileiro)

Em alguns casos, a locução adjetiva não apresenta um adjetivo correspondente, mas nem por isso deixa de
ser uma locução adjetiva. É o que ocorre com:
Ex:
Discurso sem pé nem cabeça
piano de cauda

ADJETIVOS PÁTRIOS

Adjetivos pátrios são aqueles que se referem a países, continentes, cidades, regiões, etc., exprimindo
nacionalidade ou a origem do ser:

Ex:
a) Amazonense (relativo ao Estado do Amazonas ou à região amazônica)
b) Catarinense ou barriga-verde (relativo ao Estado de Santa Catarina)
c)Rio-grandense-do-sul, sul-rio-grandense ou gaúcho (relativo ao Estado do Rio Grande do Sul)

FLEXÃO DE GÊNERO

No que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é semelhante à dos substantivos: podem ser do gênero
masculino ou feminino.
Homem honesto / mulher honesta
Homem simples / mulher simples
Homem corrupto / mulher corrupta
Homem inteligente / mulher inteligente

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FLEXÃO DE NÚMERO

Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples, ou seja, a terminação
do plural varia conforme a terminação do singular.

Ex:
Pessoa honesta / pessoas honestas
Regra fácil / regras fáceis

Os substantivos empregados como adjetivos ficam invariáveis.


Ex:
Blusa vinho / blusas vinho
Mulher monstro / mulheres monstro
Camisa rosa / camisas rosa
Homem aranha / homens aranha

Adjetivos Compostos

 Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último elemento varia, tanto em gênero
quanto em número.
Ex:
pactos sócio-político-econômicos
causas sócio-político-econômicas
acordos luso-franco-brasileiros
lentes côncavo-convexas
camisas verde-claras
sapatos marrom-escuros

 Se o último for substantivo, o adjetivo composto fica invariável.


Ex:
Camisas verde-abacate
Sapatos marrom-café
Blusas amarelo-ouro

 Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis.

Ex:
Blusas azul-marinho
Camisas azul-celeste
 No adjetivo composto surdo-mudo, ambos os elementos variam.

Ex:
Meninos surdos-mudos
Meninas surdas-mudas

FLEXÃO DE GRAU

O adjetivo apresenta-se no grau comparativo quando a qualidade que ele expressa está em comparação
com a de outros seres, e no grau superlativo quando essa qualidade se apresenta em grau elevado.
A mudança de grau pode ser obtida por dois processos:

 Sintético – a alteração de grau é feita através de sufixos: Esta casa é agradabilíssima.


 Analítico– a alteração de grau é feita pelo acréscimo de alguma palavra que modifique o adjetivo: Esta
casa é muito agradável.

12
GRAU COMPARATIVO

O comparativo pode ser:

De igualdade– a qualidade expressa pelo adjetivo aparece com a mesma intensidade nos elementos que
se comparam. O comparativo de igualdade apresenta, geralmente, a seguinte forma:

Ex:
Esta casa é tão arejada quanto aquela.

tão + adjetivo + quanto (ou como)

De superioridade– a qualidade expressa pelo adjetivo aparece mais intensificada no primeiro elemento da
relação de comparação. O comparativo de superioridade apresenta, geralmente, a seguinte forma:
Ex:
Esta casa é mais arejada (do) que aquela.

mais + adjetivo + (do) que

De inferioridade– a qualidade expressa pelo adjetivo aparece menos intensificada no primeiro elemento da
relação de comparação. O comparativo de inferioridade apresenta, geralmente, a seguinte forma:

Ex:
Esta casa é menos arejada (do) que aquela.

menos + adjetivo + (do) que

GRAU SUPERLATIVO

O superlativo pode ser:

Absoluto – a qualidade atribuída pelo adjetivo não expressa em relação a outros elementos.
Ex: Este exercício é muito fácil. (superlativo absoluto analítico)
Este exercício é facílimo. (superlativo absoluto sintético)

Relativo – a qualidade atribuída pelo adjetivo é expressa em relação a outros elementos.


Ex: Este exercício é o mais fácil do capítulo. (superlativo relativo de superioridade)
Este exercício é o menos fácil do capítulo. (superlativo relativo de inferioridade)

O superlativo absoluto sintético é feito pelo acréscimo dos sufixos superlativos: - íssimo, - ílimo ou -
érrimo.

Alguns superlativos absolutos sintéticos apresentam mais de uma forma: uma erudita, mantendo íntima
relação com a origem da palavra; outra mais popular, consagrada pelo uso:
Ex:
Agudo- acutíssimo ou agudíssimo
Cruel- crudelíssimo ou cruelíssimo
Livre- libérrimo ou livríssimo
Magro- macérrimo ou magérrimo ou magríssimo

O PRONOME (PESSOAIS)

Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do discurso. Além das flexões de pessoa
(primeira, segunda e terceira), gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), pronome pessoal
apresenta variação de forma (reto ou oblíquo), dependendo da função que desempenhar na oração.
O pronome pessoal será reto quando desempenhar a função de sujeito da oração e será oblíquo quando
desempenhar a função de complemento verbal.

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Número Pess Pronom Pronomes Oblíquos
oa es Retos

1ª Eu me,mim,comigo

2ª Tu Te, ti, contigo


Singular
3ª ele / ela Se, si, consigo, o, a, lhe

1ª Nós nos, conosco

2ª Vós vos, convosco


Plural
3ª eles / se, si, consigo, os, as, lhes
elas

PRONOMES DE TRATAMENTO

Alguns pronomes de tratamento:

PRONOME ABREV. USO


Você v. Familiar
Vossa Senhoria V. Sª (s) Comercial
Vossa Excelência V. Exª (s) Altas autoridades
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) Sacerdotes e bispos
Vossa Eminência V. Ema.(s) Cardeais
Vossa Majestade V.M.(VV.MM.) Reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Alteza V. A. Príncipes
Vossa Magnificência V. Mga.(s) Reitores
Senhora e Senhor Sra. Sr. Respeito

Emprego dos Pronomes Pessoais:

Os pronomes oblíquos conosco e convosco são utilizados normalmente em sua forma sintética.
Caso haja palavras de reforço, tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica.
Ex:
Queriam falar conosco.
Queriam falar com nós dois.

Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z,
assumem a forma lo, la, los, las, e os verbos perdem aquelas terminações.

Ex:
Vou amá-lo por toda a minha vida. (amar + o)
As nossas crianças, amemo-las com intensidade. (amemos + as)
O jogo, fi-lo sozinho. (fiz + o)

Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão,-õe,
assumem a forma no, na, nos, nas.

Ex:
Entregaram-no ao professor.
O assunto, dão-no por encerrado.
Abençoem - nos para que partam tranquilos.

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Na primeira pessoa do plural (nós), a forma verbal perde o s final quando seguida do pronome
oblíquo nos.
Ex:
Queixamo + nos Queixamo-nos
Referimos + nos Referimo-nos

Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de vossa, quando nos dirigimos à pessoa
representada pelo pronome, e por sua, quando nos referimos a essa pessoa.

Ex:
Vossa excelência já aprovou os projetos? – perguntou o assessor.
Sua Excelência, o governador, deverá estar presente à inauguração – relatou o repórter.

1. No português moderno falado no Brasil, você deixou de ser pronome de tratamento e assumiu
todas as características e funções de um pronome pessoal de segunda pessoa, substituindo o tu e o
vós. No entanto, continua fazendo a concordância com o verbo na terceira pessoa.

Ex:
Você irá ao cinema? (você: segunda pessoa; irá: terceira pessoa)
Vocês irão ao cinema? (vocês: segunda pessoa; irão: terceira pessoa)

QUESTÕES

1. (TRTPE -2012) Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi substituído
corretamente por um pronome em:

a) A Inveja habita o fundo de um vale = habitá-lo


b) jamais se acende o fogo = lhe acende
c) serviu de modelo a todos = serviu-os
d) infectar a jovem Aglauros= infectá-la
e) ao dilacerar os outros = dilacerar-lhes

2. (FCC) A tecnologia surgida no século XX beneficiou, em especial, os amantes da música, tornando


possível ouvir música individualmente com fones de ouvido e transportar amúsica com facilidade
por meio de aparelhos portáteis, o que transformou a música em uma diversão de fácil acesso.

Evitam-se as desnecessárias repetições da frase acima substituindo-se os elementos grifados,


respectivamente, por:

(A) a ouvir - transportar-lhe - lhe transformou


(B) a ouvir - lhe transportar - transformou-na
(C) ouvi-la - transportar-lhe - transformou-a
(D) lhe ouvir - a transportar - transformou-lhe
(E) ouvi-la - transportá-la - a transformou

3. (FCC) Os mais fortes empreendiam a conquista colonial, legitimavam a conquista colonial,


atribuindo à conquista colonial o mérito de uma transformação civilizadora que tornava a conquista
colonial uma espécie de benemerência.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada,
por:

(A) legitimavam-na - atribuindo-lhe - a tornava


(B) a legitimavam - atribuindo-na - tornava-lhe
(C) legitimavam-na - lhe atribuindo - lhe tornava
(D) legitimavam-lhe - a atribuindo - a tornava
(E) legitimavam-a - lhe atribuindo - tornava-a

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4.(Técnico da Fazenda Estadual SP – 2010)

O segmento grifado está substituído de modo INCORRETO pelo pronome correspondente em:

(A) para sublimar uma frustração = para lhe sublimar.


(B) porque projetamos sentimentos humanos em animais = porque os projetamos.
(C)Os cientistas submeteram um grupo de animais = submeteram-no.
(D)revelando sua cor verdadeira = revelando-a.
(E) Os bichos aprenderam rapidamente a associar o prêmio = a associá-lo.

PRONOMES POSSESSIVOS

Pronomes possessivos são aqueles que se referem às pessoas do discurso, indicando ideia de posse.

Concordância dos Pronomes Possessivos

Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com a coisa possuída, e em pessoa com o
possuidor.
(Eu) Vendi meus discos.
(Eu) Vendi minha coleção de discos.
(Tu) Releste teus papéis?
(Tu) Releste tua prova?
(Nós) Emprestamos nossos discos.
(Nós) Emprestamos nossa casa.

Emprego dos Pronomes Possessivos:

Em muitos casos, a utilização do possessivo de terceira pessoa (seu e flexões) pode deixar a frase
ambígua, ou seja, podemos ter dúvidas quanto ao possuidor.

Ex: A professora disse ao diretor que concordava com sua nomeação. (Nomeação de quem? Da professora
ou do diretor?)

Obs: Para evitar essa ambiguidade, deve-se, sempre que possível, substituir o pronome seu (e flexões)
pela forma dele (e flexões).
A professora disse ao diretor que concordava com a nomeação dela. (da professora)
A professora disse ao diretor que concordava com a nomeação dele. (do diretor)

Há casos em que o pronome possessivo não exprime propriamente ideia de posse. Ele pode ser
utilizado para indicar aproximação, afeto ou respeito.

Ex:
Aquele senhor deve ter seus cinquenta anos. (aproximação)
Meu caro uno, procure esforçar-se mais. (afeto)
Minha Senhora, permita-me um aparte. (respeito)

A palavra seu que antecede nomes de pessoas não é pronome possessivo, mas corruptela de
senhor.
Ex:
Seu Humberto, o senhor poderia emprestar-me o martelo?

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Pronomes demonstrativos são aqueles que indicam a posição de um ser em relação às pessoas do
discurso, situando-o no espaço ou no tempo.

Emprego dos Pronomes Demonstrativos:

Os pronomes demonstrativos podem ser utilizados para indicar a posição espacial de um ser em
relação às pessoas do discurso.
16
Os demonstrativos de primeira pessoa (este e flexões, isto) indicam que o ser está próximo à pessoa que
fala.
Ex:
Esta menina que está aqui ao meu lado se chama Lúcia.
Este livro que trago comigo é um romance.
Isto que eu tenho nas mãos é uma chave.

Os demonstrativos de segunda pessoa (esse e flexões, isso) indicam que o ser está próximo à pessoa com
quem se fala.
Ex:
Essa menina que está aí ao teu lado se chama Lúcia.
Esse livro que tu trazes contigo é um romance.
Isso que você tem nas mãos é uma chave.

Os demonstrativos de terceira pessoa ( aquele e flexões, aquilo) indicam que o ser está próximo à pessoa
de quem se fala, ou distante dos interlocutores
Ex:
Aquela menina que estuda na outra sala se chama Lúcia.
Aquele livro que está lá na biblioteca é um romance.
Aquilo que está ali nas mãos de Pedro é uma chave.

a) Os demonstrativos servem para indicar a posição temporal, revelando proximidade ou


distanciamento no tempo, em relação à pessoa que fala.

O demonstrativo de primeira pessoa este (e flexões) revela tempo presente, ou bastante próximo do
momento em que se fala.
Ex:
Hoje é feriado, por isso desejo aproveitar este dia.
Desejo viajar ainda nesta semana.

O demonstrativo de segunda pessoa esse (e flexões) revela tempo passado relativamente próximo ao
momento em que se fala.
Ex:
Na quarta-feira passada fiz aniversário; nesse dia reuni-me com os amigos.
No mês passado completei dezoito anos; nesse mesmo mês tirei a carteira de habilitação.

O demonstrativo de terceira pessoa aquele (e flexões) revela tempo remoto ou bastante vago.
Ex:
Em 1970, a seleção brasileira de futebol era imbatível. Resultado: naquele ano o Brasil se sagrou
tricampeão mundial.
Em 1922 realizou-se a semana de Arte Moderna em São Paulo; naquela época, muitas pessoas criticaram
as propostas modernistas.

Os pronomes demonstrativos podem indicar o que ainda vai ser dito e aquilo que já foi dito.

Devemos empregar este (e flexões) e isto quando queremos fazer referência a alguma coisa que ainda vai
ser dita.
Ex:
Espero sinceramente isto: que sejam chamados os melhores.
Estas são as qualidades de um bom texto: clareza, correção, elegância e concisão.

Devemos empregar esse (e flexões) e isso quando queremos fazer referência a alguma coisa que já foi dita.
Ex:
Que sejam chamados os melhores; é isso que espero.
Clareza, correção, elegância e concisão; essas são qualidades de um bom texto.

Emprega-se este em oposição a aquele quando se quer fazer referência a elementos já mencionados. Este
se refere ao mais próximo; aquele, ao mais distante.

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Ex:
Matemática e Literatura são matérias que me agradam: esta me desenvolve a sensibilidade; aquela, o
raciocínio.

PRONOMES RELATIVOS

Pronomes relativos são aqueles que retomam um termo anterior (antecedente) da oração, projetando-se
numa outra oração.

Emprego dos Pronomes Relativos:

1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.


Ex:
Este é o autor a cuja obra me refiro. (me refiro a)
Este é o autor de cuja obra gosto. (gosto de)
São opiniões em que penso. (penso em)

2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas e é precedido de preposição.


Ex:
Não conheço a menina de quem você falou.
Este é o rapaz a quem você se referiu.

3. É comum empregar o relativo quem sem antecedente claro. Nesse caso, ele é classificado como
relativo indefinido e não é antecedido de preposição.
Ex:
Quem cala consente. (= Aquele que cala, consente.)

4. O pronome relativo que pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas.
Ex:
Não conheço o rapaz que saiu. (pessoa)
Não li o livro que você me indicou. (coisa)

5. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com


preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
Ex:
Esta é a pessoa de que lhe falei.
Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei.
Aquela é a ferramenta com que trabalho.
Aquele é o empreiteiro para o qual trabalho.

6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o pronome demonstrativo o (e flexões).
Ex:
“Cesse tudo o que a Musa antiga canta...” (Camões)
Sei o que estou dizendo.
Calou o que sentia.

7. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, equivalendo a do qual (e flexões). Deve
concordar com a coisa possuída.
Ex:
Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei. (casa da pessoa)
Esta é a cidade cujas praias são lindas. (praias da cidade)
Feliz o pai cujos filhos são ajuizados. (filhos do pai)

8. O pronome relativo quanto (e flexões) normalmente tem por antecedentes os pronomes


indefinidos tudo, tanto, etc.; daí seu valor indefinido.
Ex:
Falou tudo quanto queria.
Coloque tantas quantas forem necessárias.
Também pode ser empregado sem antecedente. Esse emprego é comum em certos documentos jurídicos.
Saiba quantos lerem esta escritura...

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9. O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual.
Ex:
Esta é a casa onde moro.
Não conheço o lugar onde você está.

Onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser usado sem antecedente.
Ex:
Sempre morei na cidade onde nasci.
Fique onde está.

Aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da
combinação da preposição a + onde.
Ex:
Não conheço o lugar aonde você irá.
Voltei àquele lugar aonde meu pai costumava me levar quando criança.

PRONOMES INDEFINIDOS

Pronomes indefinidos são aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago e impreciso.

Emprego dos pronomes indefinidos:

O indefinido algum, quando posposto ao nome, assume valor negativo, equivalendo a nenhum.
Ex:
Motivo algum me fará desistir do cargo.
Livro algum faz referência a este episódio.

O pronome indefinido cada não deve ser utilizado desacompanhado de substantivo ou numeral.
Ex:
Recebemos mil reais cada um.

Certo é pronome indefinido quando anteposto ao nome a que se refere. Quando posposto, será
adjetivo.
Ex:
Não entendi certos exercícios. (pronome indefinido)
Os exercícios certos valerão nota. (adjetivo, com sentido de “corretos”)

Todo, toda (no singular), quando desacompanhados de artigo, significam qualquer.


Ex:
Todo homem é mortal. (qualquer homem)

Quando acompanhado de artigo, passam a dar a ideia de totalidade.


Ex:
Ele comeu todo o bolo. (o bolo inteiro)

No plural, todos, todas sempre virão seguidos de artigo, exceto se houver palavra que os exclua, ou
numeral não seguido de substantivo.
Ex:
Todos os alunos compareceram.
Todos estes alunos compareceram. (estes: palavra que exclui o artigo)
Todos cinco compareceram. (cinco: numeral não seguido de substantivo)
Todos os cinco alunos compareceram.

Qualquer tem por plural quaisquer.


Ex:
Acabaram acolhendo quaisquer soluções.
A palavra qualquer, quando posposta ao substantivo, assume valor pejorativo.
Era um malandrinho qualquer.

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PRONOMES INTERROGATIVOS

Pronomes interrogativos são aqueles usados para formular uma pergunta, de forma direta ou indireta.
Ex:
Que impacto a rejeição do público causou em você? (interrogativa direta)
Gostaria muito de saber quem fez isso. (interrogativa indireta)

O VERBO

FLEXÕES DO VERBO

FLEXÃO DE PESSOA

O verbo flexiona-se em pessoa concordando com o seu sujeito. São três as pessoas do verbo:

 Primeira pessoa – a que fala:

Eu aprecio a natureza.
Nós apreciamos a natureza.

 Segunda pessoa – com quem se fala:

Tu aprecias a vida.
Vós apreciastes a vida.

 Terceira pessoa – de quem ou do que se fala:

Ele aprecia a vida.


Elas apreciam a vida.

FLEXÃO DE NÚMERO

O verbo pode se apresentar no singular ou no plural, concordando com o sujeito da oração.

Ex:
sujeito (singular)

Joaquim aprecia a vida.

Verbo (singular)

Sujeito (plural)

Joaquim e Pedro apreciam a vida.

Verbo (plural)

Como se pode observar, o verbo sempre concorda em pessoa e número com o sujeito da oração. Isso
ocorre mesmo quando o sujeito, representado pelos pronomes pessoais retos, estiver implícito.

Ex:
Ressuscitaremos a qualquer custo. (sujeito implícito: nós, primeira pessoa do plural)

FLEXÃO DE TEMPO

Sabemos que o verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir três situações básicas:
presente, pretérito e futuro.

 Se o processo ocorre no momento da fala, temos o tempo presente.


 Se o processo já ocorreu, temos o tempo pretérito.
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 Se o processo ainda vai ocorrer, temos o tempo futuro.

FLEXÃO DE MODO

Entende-se por modo a atitude que o falante assume em relação ao processo verbal (de certeza, de dúvida,
de ordem, etc.). São três os modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo.

 Modo indicativo – apresenta o fato como certo, preciso, seja ele pretérito, presente ou futuro.

Exemplos:
Respeitamos a natureza.
Respeitávamos a natureza.
Respeitaremos a natureza.

 Modo subjuntivo – apresenta o fato como incerto, duvidoso.

Exemplos:
Se respeitássemos a natureza, o mundo ficaria melhor.
Se respeitarmos a natureza, o mundo ficará melhor.

 Modo imperativo– exprime uma ordem, um pedido ou um conselho.

Ex:
Respeite a natureza.
Passe-me o açúcar, por favor.
Evite tomar sol depois das 10 horas da manhã.

FLEXÃO DE VOZ

A flexão de voz indica a relação estabelecida entre o verbo e seu sujeito. Conforme o tipo dessa relação, o
verbo pode apresentar-se na voz ativa, na voz passiva ou na voz reflexiva.

 Voz ativa – quando o sujeito é o agente, isto é, aquele que executa a ação expressa pelo verbo:

Ex: O aluno fez a atividade proposta.(sujeito agente/ativo = o aluno

 Voz passiva– quando o sujeito é o paciente, ou seja, o receptor da ação expressa pelo verbo. Há dois
tipos de voz passiva:

- voz passiva analítica – formada pelo verbo auxiliar conjugado mais particípio do verbo principal.

Ex: A atividade proposta foi feita pelo aluno. (pelo aluno=agente da passiva)

- voz passiva sintética (ou pronominal) –formada por verbo na terceira pessoa mais a partícula
apassivadora se.

Ex: Fez-se a atividade proposta.

 Voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, ou seja, executor e receptor da
ação expressa pelo verbo. A voz reflexiva apresenta sempre a seguinte construção: sujeito + verbo na voz
ativa + pronome oblíquo reflexivo.

Ex:
A menina cortou-se.

verbo na voz ativa pronome reflexivo

21
FORMAS NOMINAIS

 Infinitivo: indica o processo propriamente dito, sem situá-lo no tempo; desempenha, assim, função
semelhante à do substantivo:

Ex:É preciso recuperar os valores éticos.

O infinitivo pode apresentar flexão de pessoa, originando duas formas: o infinitivo impessoal (não se
flexiona) e o infinitivo pessoal (flexionado).

 Particípio:indica uma ação já acabada, desempenhando função semelhante à do adjetivo. O particípio


flexiona-se em gênero e número, concordando com o substantivo a que se refere:

Infinitivo Particípio regular Particípio irregular


Aceitar Aceitado Aceito

Acender Acendido Aceso


Benzer Benzido Bento
Exprimir Exprimido Expresso
Expulsar Expulsado Expulso
Enxugar Enxugado Enxuto
Prender Prendido Preso
Ex:
Preservada a natureza, sobreviveremos.
Preservado o meio ambiente, sobreviveremos.

Na linguagem atual, os verbos pagar, gastar e ganhar são usados apenas no particípio irregular, com
qualquer auxiliar.

Ex: Ele havia pago a conta.


Tinham gasto todo o dinheiro.
Havia ganho muitos presentes no aniversário.

 Gerúndio: indica um processo verbal em curso, desempenhando função semelhante à do adjetivo e à do


advérbio. O gerúndio não apresenta flexão.

Ex:
“Caminhando e cantando e seguindo a canção, Somos todos iguais, braços dados ou não”
(Geraldo Vandré)

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

Quanto à flexão, os verbos classificam-se em: regulares; irregulares; defectivos; abundantes.

 Regulares – são aqueles que seguem o paradigma, isto é, o modelo da conjugação. Quando um verbo é
regular, o radical se mantém em todas as formas e terminações são as mesmas do paradigma.

Observações: Em alguns casos, podemos encontrar alterações nos radicais de verbos regulares; é
necessário observar se essa alteração é apenas um caso de acomodação gráfica para manter a identidade
fonética. É o que ocorre, por exemplo, com os verbos ficar (fico, fiquei), fingir (finjo, finges) e vencer
(venço, vences).

 Irregulares – são aqueles que se afastam do modelo da conjugação, apresentando alterações ou no


radical ou nas desinências.

Eu peço tu pedes
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 Defectivos– são verbos de conjugação incompleta, ou seja, não apresentam algumas formas. São
exemplos os verbos falir e abolir no presente do indicativo.

 Abundantes– são aqueles que possuem duas ou mais formas de idêntico valor. A abundância ocorre
com maior frequência no particípio de alguns verbos, que, além da forma regular (desinência – do),
apresentam outra forma, denominada irregular ou abundante.

Quando o verbo apresenta duplo particípio, deve-se usar a forma regular com os auxiliares ter e haver e a
forma irregular com os auxiliares ser e estar.

EMPREGO DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS

MODO INDICATIVO

 Presente– exprime um fato que ocorre no momento em que se fala:

Ex: Vejo um pássaro na janela.

 Pretérito perfeito– exprime um fato já concluído anteriormente ao momento em que se fala.

Ex: Ontem eu reguei as plantas do jardim.

 Pretérito imperfeito – exprime um fato anterior ao momento em que se fala, mas não o toma como
concluído, acabado. Revela, pois, o fato em seu curso, em sua duração.

Ex: Ele falava muito durante as aulas.

 Pretérito mais-que-perfeito– indica um fato passado que já foi concluído, em relação a outro fato
também passado.

Ex: Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera.

Observação: Na linguagem atual tem-se usado com mais frequência o pretérito mais-que-perfeito
composto.

Ex: Quando você resolveu o problema, eu já o tinha resolvido.

 Futuro do presente – exprime um fato posterior ao momento em que se fala, tido como certo.

Ex: Amanhã chegarão os meus pais.


As aulas começarão segunda-feira.

 Futuro do pretérito – exprime um fato futuro tomado em relação a um fato passado.

Ex: Ontem você me disse que viria à escola.

MODO SUBJUNTIVO

O subjuntivo apresenta o fato de modo incerto, impreciso, duvidoso. Normalmente é empregado em orações
que dependem de outras (subordinadas).

Ex: Viajaríamos se fizesse calor.

 Presente– é empregado nas orações subordinadas para expressar fatos presentes ou futuros.

Ex: É justo que eles fiquem. (presente)


Desejo que todos compareçam. (futuro)

23
 Pretérito imperfeito – indica uma ação passada, presente ou futura em relação ao verbo da oração
principal.

Ex:
Se neste momento eu tivesse coragem, contaria a verdade. (presente)
Mesmo que saísse antes, não teria chegado a tempo. (passado)

Ficaria feliz se ele fosse à minha casa. (futuro)

 Futuro– é empregado em orações subordinadas para indicar eventualidade no futuro.

Ex: Farei o trabalho se tiver tempo.

MODO IMPERATIVO

O imperativo exprime uma atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho. É empregado em orações
absolutas, principais ou coordenadas.

Ex:
Prestem atenção! (ordem)
Empreste-me o livro, por favor. (solicitação)
Venha à festa do meu aniversário. Será lá em casa. (convite)
Não guarde rancor, pode lhe dar uma gastrite. (conselho)

QUESTÕES FCC
1. (TREAC )
Com uma diferença: os 22 jogadores não atuavam como dois times de 11, mas como um único time
jogando contra a bola, perseguida em campo todo o tempo. (último parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado no segmento transcrito está
na frase:

(A) A rivalidade entre torcedores fanáticos por seus clubes leva, muitas vezes, a comportamentos
agressivos, dentro e fora dos estádios.
(B) O comportamento da torcida exibia o orgulho pela beleza do espetáculo e pelo bom desempenho do
time durante a partida.
(C) As cores das pinturas faciais e das máscaras carregam simbolismos próprios de cada nação
representada por elas.
(D) A presença de torcedores maquiados, com bandeiras de diferentes países, sempre constituiu um
espetáculo à parte no futebol.
(E) Sociedades estruturadas com valores comunitários não compreenderiam as regras de um jogo
caracterizado pela competitividade.

2. (TRERN - 2011) É comum que, durante suas brincadeiras, as crianças se ...... para um universo
mágico e ...... a identidade de uma personagem admirada, ...... um super-herói ou uma figura da
realeza.

Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, o que está em:

(A) transportem – assumam – seja


(B) transportam – assumiriam – sendo
(C) transportariam – assumiriam – seria
(D) transportam – assumem – seja
(E) transportem – assumem – seria

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3.(TRETO) A intenção é a de que o filme contribua para a educação ...(4o parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:

(A) ...e, agora, busca-se patrocínio.


(B) A Agência Nacional de Cinema (Ancine) aprovou o projeto ...
(C) ...o longa-metragem apresentará cenas de flagrantes de tráfico ...
(D) ...que queiram se aprofundar no tema.
(E) ...e, por isso, será oferecido para estabelecimentos de ensino.

4. (TRTPE-2012) que já detestava a jovem...

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:

a) A Inveja habita o fundo de um vale...


b) ...todos os que falaram desse sentimento...
c) ...porque esta a espionara...
d) ...que interceda junto a Hersé...
e) Não admitia que a mortal...

5. (TRTPE-2012)
....mas exige em troca um punhado de moedas de ouro.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

a) são exigidos.
b) é exigida.
c) é exigido.
d) foi exigido.
e) foram exigidas.

6. (TRERS)
A atual falta de regras muitas vezes constrange empresas do setor...

Transpondo-se corretamente a frase acima para a voz passiva, obtém-se a seguinte forma verbal.

(A) São constrangidas


(B) É constrangida
(C)Pode constranger
(D)Chega a constranger
(E) Constranger-se-ão

7. (FCC) Transpondo-se para a voz passiva a frase Os velhinhos viam muito pouca coisa, a forma
verbal resultante será:
a) era vista.
b) eram vistos.
c) fora visto.
d) tinham visto.
e) tinha sido vista.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Assinale a frase em que as palavras destacadas correspondem, pela ordem, a substantivo,


adjetivo, advérbio.

a) Feliz a nação que emprega bastantes recursos na educação.


b) As escolas organizadas fazem um extraordinário bem à educação.
c) O governo que a cultura seu povo passa à história.
d) Educação e cultura fazem forte um país bem promissor.
e) A preparação da juventude forja o amanhã de um país.

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2. Assinale o par de frases em que as palavras sublinhadas são substantivo e pronome,
respectivamente:

a) A imigração tornou-se necessária. / É dever cristão praticar o bem.


b) A Inglaterra é responsável por sua economia. / Havia muito movimento na praça.
c) Fale sobre tudo o que for preciso. / O consumo de drogas é condenável.
d) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. / Pesca-se muito em Angra dos Reis.
e) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. / Não entendi o que você disse.

3. Assinale a alternativa cuja expressão destacada NÃO desempenha função substantiva no


contexto.

(A) “‘O próximo passo é realizar novos testes...”


(B) “...os pesquisadores observaram as quantidades do composto...”
(C) “...outros estudos clínicos devem ser realizados.”
(D) “Para chegar a esta conclusão...”
(E) “...que as que têm baixos níveis do composto...”

4. Assinale a alternativa cuja expressão destacada desempenha função adjetiva.

(A) “...ela está presente em alguns alimentos...”


(B) “Entre as pessoas com maiores níveis da vitamina, risco diminui 40%.”
(C) “...têm menos possibilidades de desenvolver câncer de cólon...”
(D) “...as pessoas com maiores níveis de vitamina D no organismo...”
(E) “‘Este é o maior estudo já realizado sobre este assunto..’

5. Assinale a alternativa que apresenta a classificação CORRETA, expressa nos parênteses, do


termo sublinhado.

a) “De fato, conquistar o planeta psíquico dos nossos filhos...” (substantivo)


b) “...que os hábitos dos pais brilhantes revelam ...” (substantivo)
c)“...quem não consegue aprender, não encontra caminhos inteligentes...” (adjetivo)
d “...que ninguém se diploma na educação dos filhos .” (conjunção condicional)
e) “Vivemos tempos difíceis.” (verbo cujo tempo indica que a ação não ocorre no momento da fala)

6. Sobre CLASSES DE PALAVRAS, em apenas uma das alternativas, existe uma afirmativa
INCORRETA. Assinale-a.

A) “Isso sem falar no principal drama dos condomínios atuais...” – os termos sublinhados são classificados,
respectivamente, como: pronome demonstrativo, adjetivo, substantivo e adjetivo.
B) “...deve ter, pelo menos, duas características: honestidade e calma.” – classificam-se os termos
sublinhados, respectivamente, como : numeral, substantivo e adjetivo.
C) “...carro que aparece arranhado de um dia para o outro...” – os termos sublinhados são respectivamente:
pronome relativo, preposição, preposição e pronome indefinido.
D) “Para superar todas essas dificuldades, não bastam paciência e bom senso” – em relação aos termos
sublinhados, são classificados, respectivamente, como: preposição, pronome indefinido e pronome
demonstrativo.
E) “Figura polêmica em muitos casos, o responsável por administrar...” – classificam-se os termos
sublinhados, respectivamente, como: substantivo, adjetivo e substantivo.

7. Considerando os verbos destacados nas frases abaixo, relacione a coluna da esquerda com a da
direita. Depois marque a sequência numérica que corresponde ‘a resposta certa.

( ) Ser livre – como diria o famoso conselheiro – é não ser escravo.


( ) Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade.
( ) Diz-se que o homem nasceu livre.
( ) Diz-se que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana.
( ) Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora não acreditavam que se pudesse chegar
com um fio de linha.

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( ) Os loucos que sonharam sair de seus pavilhões usando a fórmula do incêndio para chegarem à
liberdade, morreram.

(1) infinitivo impessoal


(2) pres. do indicativo
(3) infinito pessoal
(4) futuro do pretérito
(5) imperfeito do subjuntivo
(6) perfeito do indicativo

a) 4-2-6-1-5-3
b) 5-6-2-4-1-3
c) 4-1-2-6-5-3
d) 4-2-1-6-5-3
e) 3-6-5-2-1-4

8. Avalie as afirmações a propósito do emprego das formas verbais.

I – “Estaria” - está no futuro do pretérito do indicativo e exprime probabilidade.


II – “acreditaram” - está no pretérito perfeito do indicativo e indica uma ação passada concluída.
III – “sofre” - está no presente do subjuntivo para enunciar um fato hipotético.
IV – “dispõe” - está no presente do indicativo para indicar um estado atual.

Estão corretas as afirmações


(A) I, II, III e IV.
(B) II, III e IV, apenas.
(C) I, III e IV, apenas.
(D) I, II e IV, apenas.
(E) I, II e III, apenas.

Se implementado nesses moldes, um exame obrigatório nacional cumpriria dupla função: impediria o
acesso à profissão de recém-formados despreparados e, ao longo do tempo, estimularia uma melhora
gradual dos cursos universitários de medicina.

9. Considerados o trecho acima e o respeito ao padrão culto escrito, é correto afirmar:

(A) No início do trecho, está implícita a forma verbal “fosse”; caso estivesse subentendida a forma “for”,
deveria ser usada a forma “cumprirá”.
(B) A forma verbal cumpriria foi empregada para expressar fato futuro tomado como certo e próximo de se
realizar.
(C)Os dois-pontos anunciam ideias que, consideradas de grande importância, não haviam recebido
nenhuma referência anteriormente.
(D)O uso do sinal indicativo da crase manteria sua correção se o segmento fosse: “impediria o acesso à
mais de um cargo que exige boa formação profissional”.
(E) Assim como profissão, está adequadamente grafado o vocábulo “assensão”.

10. É correto afirmar:

[...] Alguns autores preferirão falar de meio pré-técnico em lugar de meio natural. Mas a própria ideia de
meio geográfico é inseparável da noção de técnica. Para S. Moscivici (1968), as condições do trabalho
estão em relação direta com um modo particular de constituição da natureza, e a inexistência de artefatos
mais complexos ou de máquinas não significa que uma dada sociedade não disponha de técnicas.
Estamos, porém, reservando a apelação de meio técnico à fase posterior à invenção e ao uso das
máquinas, já que estas, unidas ao solo, dão uma toda nova dimensão à respectiva geografia. Quanto ao
meio técnico-científico-informacional é o meio geográfico do período atual, onde os objetos mais
proeminentes são elaborados a partir dos mandamentos da ciência e se servem de uma técnica
informacional da qual lhes vem o alto coeficiente de intencionalidade com que servem às diversas
modalidades e às diversas etapas da produção.

27
(A) O futuro do presente simples preferirão(linha 15) foi empregado para exprimir, com valor de presente,
uma probabilidade sobre o fato mencionado.
(B) Se o autor estivesse tratando de "meios", a forma da expressão teria de ser "meios pré-técnico".
(C) A conjunção Mas (linha 16), em vez de, como usualmente, introduzir oração que denota restrição ao que
foi dito anteriormente, indica apenas que se vai passar para outro assunto diferente, como em
“Corrupção é o tema do dia, mas vou falar de amizade”.
(D) Compreende-se que o autor, em sua abordagem, não estabelece distinção entre “técnicas” e “artefatos”,
sejam estes mais complexos ou menos complexos.
(E) O segmento a própria ideia de meio geográfico é inseparável da noção de técnica (linhas 16 e 17)
equivale a “o apropriado conceito de meio geográfico prescinde da noção de técnica”.

Estamos, porém, reservando a apelação de meio técnico à fase posterior à invenção e ao uso das
máquinas, já que estas, unidas ao solo, dão uma toda nova dimensão à respectiva geografia.

11. Considerada a frase acima, em seu contexto, afirma-se com correção:

(A) O emprego de Estamos evidencia inquestionavelmente que o autor fala em nome do grupo de
pesquisadores que adota a expressão meio técnico para designar a fase posterior à invenção e ao uso
das máquinas.
(B) Substituindo reservando a apelação por “nomeando”, o segmento manteria a correção e o sentido
originais com a formulação “nomeando de meio técnico à fase posterior à invenção e ao uso das
máquinas".
(C) O pronome estas retoma a invenção e as máquinas.
(D) A expressão unidas ao solo exprime a circunstância que determina a existência da nova dimensão
citada.
(E) O termo respectiva sinaliza que se trata da geografia já citada no texto.

“No meu tempo, já existiam velhos, mas poucos”. A frase de Machado de Assis nos leva a supor que havia
mais velhos quando ele próprio se tornou um velho. E hoje, muito mais ainda, embora os manuais de
redação recomendem que não se fale mais em “velhos”, mas em “idosos”.

(Carlos Heitor Cony, “Prazo de validade”. Folha de S. Paulo, A2 opinião, 27/10/2011)

12.No fragmento acima, as formas verbais havia e se tornou foram empregadas para

(A) indicar, respectivamente, uma ação provável e uma ação efetivamente realizada no passado.
(B) indicar, entre ações simultâneas passadas, uma que estava se processando quando sobreveio a outra.
(C) denotar que ambas as ações tiveram a mesma duração momentânea.
(D) substituir, ambas, o futuro do pretérito.
(E) denotar fatos que foram um (o segundo) a consequência do outro (o primeiro).

13.Afirma-se com correção:

(A) Do ponto de vista gramatical, é apropriada a substituição de existiam por “deviam haver”.
(B) Considerado o que aconselha o padrão culto escrito, é adequada a substituição de recomendem que
não se fale por “recomendem que não fale-se”.
(C) Do ponto de vista do sentido, são equivalentes os segmentos quando ele próprio e “quando mesmo ele”.
(D) As aspas em “velhos” e “idosos”, na última linha, são exigidas por remeterem às palavras empregadas
por Machado de Assis.
(E) O uso de embora sinaliza que os manuais de redação, ainda que se oponham ao emprego de “velhos”,
não impedem Cony de usar a palavra para designar “idosos”.

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14.A frase que atende integralmente ao padrão culto escrito é:

(A) Vossa Excelência, é certo que vossa presença está sendo reclamada: todos querem que continui a
prestar apoio ao grupo de trabalho.
(B) As alterações que provirem da reunião com o prefeito serão bem recebidas, se contemplarem os direitos
de todos os cidadãos da comunidade.
(C) Os guardas-florestais requereram revisão do acordo feito com empresas que não respeitam as normas
ambientais.
(D) Se o manual contesse todas as informações necessárias, não haveria necessidade de eu estar
solicitando mais esclarecimentos.
(E) Se você o ver ainda hoje, avise que o prazo para entrega do documento expirará amanhã.

15. A frase que admite transposição para a voz passiva é:


a) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
b) O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande diversidade fenômenos.
c) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de
unificação.
d) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida.
e) Por ser algo separado, ele é foco do olhar iludido e da falsa consciência.

Segundo estimativas, só na década de 80 do século XX os garimpeiros que atuavam no leito do Tapajós, no


município de Itaituba – PA, despejaram 600 toneladas de mercúrio nas águas do rio. O metal, no fundo das
águas, transforma-se em várias formas orgânicas, que são absorvidas por diversas espécies de algas, que
servem de alimento para peixes menores. Já os pescados maiores, que geralmente são carnívoros,
alimentam-se das espécies menores, que já estão contaminadas.

Ullisses Campbell. O minério maldito. In: Correio Braziliense, 14/4/2005, p. 18 (com adaptações).

16.A respeito do emprego das estruturas linguísticas do texto, julgue os seguintes itens.

I O substantivo comum “rio” (l.4) refere-se ao substantivo próprio “Tapajós” (l.2).

II Na forma verbal “transforma-se” (l.4), o pronome indica que é o próprio metal que sofre a transformação.

III Preservam-se a coerência e a correção textual ao se transformar o trecho “que são absorvidas por
diversas espécies de algas” (l.5-6) na voz ativa correspondente: absorvem diversas espécies de algas.

IV O emprego de alimentam as, em lugar de “alimentam-se das” (l.8), mantém a correção gramatical do
texto, mas altera as relações semânticas entre os termos da oração.

A quantidade de itens certos é igual a

A) 0. B) 1. C) 2. D) 3. E) 4.

17.Assinale a opção incorreta, com relação ao pronome “que” e a expressão que ele retoma no texto
II.

A) Na linha 2, o pronome “que” refere-se a “estimativas” (l.1).


B) Na linha 5, o pronome “que” refere-se a “várias formas orgânicas” (l.5).
C) Na linha 6, o pronome “que” refere-se a “diversas espécies de algas” (l.5-6).
D) Na linha 7, o pronome “que” refere-se a “os pescados maiores” (l.7).
E) Na linha 8, o pronome “que” refere-se a “espécies menores” (l.8).

A corrupção, em qualquer de suas manifestações, é um ônus insustentável sobre qualquer sociedade,


especialmente sobre as que são permeadas por grandes desigualdades sociais, como o são as sociedades
latino-americanas. Sem dúvida, trata-se de uma das mais perversas categorias criminosas, visto que mina a
capacidade de os Estados proverem a população de serviços essenciais, retarda a ruptura dos ciclos de
pobreza e compromete a consolidação e o avanço da democracia, podendo deslegitimar um regime.
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Marcelo Araújo e Oscar Adolfo Sanchez. A corrupção e os controles internos do Estado. In: Lua Nova:
Revista de Cultura e Política, n.º 65, 2005 (com adaptações).

18.Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, assinale a opção correta.

A) Além de “proverem” (l.6), provejo, proveu e provi também são formas do verbo prover.
B) Nos trechos “as que são permeadas” (l.3) e “as sociedades latino-americanas” (l.4), o termo “as”, em
ambas as ocorrências, tem valor demonstrativo, podendo-se substituí-lo pelo pronome aquelas, sem
prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto.
C) Na linha 1, se a expressão “em qualquer de suas manifestações” fosse anteposta à expressão “A
corrupção”, o emprego da vírgula logo após “manifestações” deixaria de ser obrigatório, visto que os
termos da oração estariam dispostos em ordem direta.
D) Para o autor do texto, a corrupção é qualificada como categoria criminosa por constituir um dos maiores
crimes contra o patrimônio público.
E) No trecho “como o são as sociedades latino-americanas” (l.4), o pronome “o” refere-se a “desigualdades
sociais” (l.3).

Todos os dias acordo de manhã com esse propósito, que está ao alcance de todos. Mas não dá para mudar
o mundo A)sozinho. É preciso ter parceiros.
Eu sei,B) falar é fácil. Mas sei também que é possível mudar de vida e, assim, mudar o mundo. ComeceC)
vivenciando o presente: preste atenção à postura do seu corpo enquanto você lê, como seus pés estão
apoiados no chão, se sua coluna está ereta,D) se a respiração está tranquila. Pronto:E) você está vivendo o
momento presente com a intensidade que os momentos únicos merecem ser vividos.

Márcia de Luca. Que tal mudar o mundo? In: Revista GOL n.º 32, nov./2004, p. 34 (com adaptações).

QUESTÃO
19. Desconsiderando os ajustes necessários nas iniciais maiúsculas e minúsculas, assinale a opção
em que a substituição proposta para o texto provoca erro e incoerência textual.

A) Na linha 3, porque no lugar do ponto depois de “sozinho”.


B) Na linha 4, que no lugar da vírgula depois de “sei”.
C) Na linha 5, por isso, precedido de vírgula, no lugar do ponto antes de “Comece”.
D) Na linha 8, e no lugar da vírgula depois de “ereta”.
E) Na linha 8, se no lugar de dois-pontos depois de “Pronto”.

20. Assinale a opção em que a flexão de singular ou plural do verbo, na primeira coluna, não é
justificada pelo termo do texto I transcrito na segunda coluna.

A) “dá” (l.2): “para mudar o mundo sozinho” (l.2-3)


B) “É” (l.3): “ter parceiros” (l.3)
C) “Comece” (l.5): “você” (l.7)
D) “está” (l.8, primeira ocorrência): “você” (l.7)
E) “merecem” (l.10): “momentos únicos” (l.10)

Gabarito
01. D 02. E 03. C 04. B 05. C
06. B 07. A 08. D 09. A 10. A
11. D 12. B 13. E 14. C 15. B
16. D 17. A 18. A 19. E 20. D

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REGÊNCIA VERBAL

1. ASSISTIR
No sentido de socorrer, dar assistência é VTD
Ex.: A enfermeira assistiu o doente.

No sentido de ver, observar, presenciar é VTI (A)


Ex.: Paulo assistiu ao (a um) filme na TV.

No sentido de caber,pertencer é VTI (A)


Ex.: Liberdade é um direito que assiste ao homem.

Observação: Admite a forma oblíqua LHE.


Ex.: É um direito que lhe assiste.

 No sentido de morar, residir é VI (EM)


Ex.: Jéssica assiste em Recife.

2. ASPIRAR

No sentido de respirar, sorver, inspirar é VTD


Ex.: Nós aspiramos o/um perfume.

No sentido de almejar, pretender é VTI (A)


Ex.: Pedro aspira ao/a um cargo de chefia.

Observação: Mesmo com a preposição A,este verbo não admite a forma oblíqua LHE (Esse posto? Aspiro-
lhe). Usa-se a forma convencional: Aspiro a ele.

3. VISAR

No sentido de mirar ou dar o visto é VTD


Ex.: O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.
O professor visou os exercícios.

No sentido de almejar, ter em vista é VTI (A)


Ex.: Marcos ajudava sem visar a lucros.

Observação: Nesse sentido, visar não pode ser usado na forma oblíqua LHE (“Esse posto? Viso-lhe”), mas
sim “Esse posto? Viso a ele”.

4. CHAMAR

 No sentido de reunir, convocaré VTD


Ex.: O presidente chamou a (ou pela) imprensa.
O técnico chamou mais (ou por mais) dois jogadores.

No sentido de apelidar, cognominar


Ex.: Chamei (a) Ricardo (de) preguiçoso.

5. PROCEDER

É VI no sentido de: originar-se(DE) e ter fundamento


Ex.: A carta procede do Japão.
Sua acusação não procede.

É VTI para: executar (A)


Ex.: Vossa Excelência irá proceder ao inquérito.
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6. ESQUECER / LEMBRAR

Ambos são VTD (quando não pronominais)


Ex.: Mariana esqueceu (ou lembrou) tudo.

São VTI (DE)quando pronominais


Ex.: Mariana se esqueceu (se lembrou) de tudo.

7. AGRADAR

No sentido de fazer carinho é VTD


Ex.: A mãe agradava o seu filho.

No sentido de contentar,satisfazer é VTI(A)


Ex.: As notas não agradaram aos professores.
(ou não lhes agradaram)

8. INFORMAR, AVISAR, PREVENIR, ADVERTIR, NOTIFICAR, CIENTIFICAR e CERTIFICAR

Apresentam OD (coisa) e OI (pessoa) ou vice-versa:


Ex.: Informe os novos prazos aos interessados.
Informe os interessados dos novos prazos.
(ou sobre os novos prazos)

Caso se utilizem pronomes como complementos:


Ex.: Informe-os aos interessados.
(Informe-lhes os novos prazos)
Informe-os dos novos prazos.
(Informe-se deles ou sobre eles)

9. PAGAR / PERDOAR / AGRADECER

Ex.: Paguei o livro. (VTDOD =coisa)


Paguei ao livreiro. (VTIOI =pessoa)
Paguei o livro ao livreiro. (VTDI)

10. QUERER

No sentido desejar éVTD


Ex.: “Eu quero uma casa no campo.” (Zé Rodrix)

No sentido de estimar, ter afeto - VTI (A)


Ex.: Quero a meus amigos.

11. IMPLICAR

No sentido de acarretar, provocar é VTD


Ex.: Sua postura implicará demissões.

No sentido de incomodar, embirrar é VTI(COM)


Ex.: Ana implica com minhas amizades.

No sentido de Envolver-se é VTDI (EM/COM)


Ex.: Implicaram o tio em atividades criminosas.

12. CUSTAR

No sentido de Ter o valor / preço de é VI


Ex.: A calça custou vinte reais.

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No sentido de Ser penoso/difícil é VTI
Ex.: Custa a um cidadão acreditar nos políticos.
Custou-nos (ou custou-lhes) ter que agir.

Observação: São erradas as construções: “Custamos a / para entender o assunto.”


*Usa-se: Custou-nos entender o assunto.

13. PREFERIR(VTDI)

Ex.: Prefiro doces a salgados.

14. RESPONDER

É VTD para dar o conteúdo da resposta diretamente.


Ex.: Ele respondeu que não estava bem hoje.

É VTI (A) quando se refere a “quem” ou o “que” produziu a pergunta.


Ex.:Ele respondeu ao questionário / ao seu tio.

OUTRAS REGÊNCIAS

a) São Transitivos Diretos: abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, conservar, convidar, proteger,
respeitar, prejudicar, visitar, socorrer, suportar, conhecer, eleger, etc.

b) São Transitivos Indiretos: simpatizar/ antipatizar (com), consistir (em), obedecer/ desobedecer (a)...

c) São Indiferentemente Transitivos Diretos ou Transitivos Indiretos: abdicar (de), almejar (por), ansiar
(por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar-se (com),
desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar
(sobre).

O ESTUDO DA CRASE

Chama-se crase a união de dois sons iguais. Quando essa união se dá entre a preposição a e um outroa,
usa-se o acento grave ou acento de crase.

Ex.: Irei a a festa. Irei à festa.

TIPOS DE CRASE

1) Entre a preposição a e o artigo definido a.

Ex.: Vamos à cidade.

Obs.: O a é artigo definido quando acompanha um substantivo.

2) Entre a preposição a e o pronome demonstrativo a.

Ex.: Ele se referiu à que deixei no armário.

Obs.: O a é pronome demonstrativo quando antecede que ou de, equivalendo a outro pronome
demonstrativo: aquela.

3) Entre a preposição a e o a inicial dos pronomes aquele, aquela, aquilo.

Ex.: Dirija-se àquele vendedor.

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4) Entre a preposição a e o a do pronome relativo a qual.

Ex.: Chegou a aluna à qual entreguei o resultado.

Observações:
a) Como se vê, é necessária a presença da preposição a para que ocorra o fenômeno da crase.

b) Costuma-se dizer por aí que só há crase antes de palavra feminina. Cuidado! Essa afirmação diz respeito
apenas ao caso de preposição mais artigo a, quando, então, o substantivo tem de ser feminino.

PARA SABER SE HÁ CRASE

1) Com nomes comuns

Troca-se a palavra feminina por uma masculina; aparecendo ao, usa-se o acento de crase.

Ex.: Dirija-se à tesouraria. (Dirija-se ao escritório)


Dei o livro à professora. (Dei o livro ao professor)

Obs.: Coisa se troca por coisa (tesouraria / escritório); pessoa, por pessoa (professora /professor). Respeite
isso, ou você pode errar a questão.

2) Com nomes próprios de lugar

Troca-se o verbo que pede a preposição a por outro, que peça outra preposição.

Vamos adotar o verbo vir; aparecendo da, usa-se o acento de crase.

Ex.: Ela foi à Bahia. (Ela veio da Bahia)


Ela foi a Cuiabá. (Ela veio de Cuiabá, e não da)

Observações:
a) Nomes de cidade (segundo exemplo) não se usam com artigo a. Mas, se determinarmos o substantivo,
aparecerá o artigo e, consequentemente, a crase.

Ex.: Iremos à simpática Cuiabá. (Viremos da simpática Cuiabá)

b) Não se devem misturar os dois macetes (nomes comuns; nomes próprios de lugar).

Ex.: Ele foi a Cuiabá.

Se trocarmos (indevidamente) Cuiabá por um substantivo masculino, aparecerá ao, o que nos levará a pôr,
erradamente, o acento de crase:
Ele foi ao Rio de Janeiro, Ele foi à Cuiabá.

CASOS OBRIGATÓRIOS

1) Com a palavra hora, clara ou oculta, indicando o momento em que acontece alguma coisa.

Ex.: Saímos às três horas.


Retornamos às dez.

Obs.: Às vezes se usa o acento diante de palavra masculina, por estar oculta uma outra feminina. A mais
comum e importante é a palavra moda.
Ex.: Escrevia à Machado de Assis. (Escrevia à moda Machado de Assis)

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2) Com determinadas locuções formadas por palavras femininas.

● Adverbiais: duas ou mais palavras com valor de advérbio.

Ex.: Fiz tudo às pressas.

Outros exemplos:

Trabalharam às escondidas.
Fui levado à força.
Quero deixar tudo às claras.
Às vezes, íamos ao teatro.
Isso foi feito à parte.
Paramos à beira-mar.
O homem permaneceu à esquerda.
Fiquem à vontade.
Sempre falavam à meia-voz.

● Prepositivas: grupos de palavras que funcionam como preposição; as que nos interessam neste ponto
começam por àe terminam por de.

Ex.: Ficarei à disposição de vocês.

● Conjuntivas: grupos de palavras que funcionam como conjunção; só existem duas com acento de crase:
à medida que e à proporção que.

Ex.:À medida que corria, ia ficando vermelho.


Aprenderá à proporção que estudar.

3) Com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo.

Ex.: Mostrei o quadro àquela mulher. (= a aquela)


Prefiro este lenço àquele. (= a aquele)
Não me refiro àquilo que ele fez. (= a aquilo)

Obs.: Não existem, em português: a aquele, a aquela, a aquilo. Sempre que isso aparecer, deverá ser feita
a contração: àquele, àquela, àquilo.

4 Com o pronome demonstrativo a.

Ex.: Dirigi-me à que estava no balcão.

Obs.: Haverá acento de crase antes de quee de (à que, à de), sempre que se puder trocar por a aquela
que ou a aquela de; outro macete é a troca pelo masculino; aparecendo ao, há crase.

Ex.: Minha camisa é semelhante à que ele comprou.

CASOS FACULTATIVOS

1) Antes de nomes de mulher.

Ex.: Mandei uma carta à Patrícia. (Mandei uma carta ao Manuel)


Mandei uma carta a Patrícia. (Mandei uma carta a Manuel)

Obs.: Com determinação, a crase é obrigatória.

Ex.: Mandei uma carta à culta Patrícia. (Mandei uma carta ao culto Manuel)

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2) Antes de pronomes adjetivos femininos no singular.

Ex.: Explicarei isso à sua irmã. (Explicarei isso ao seu irmão)


Explicarei isso a sua irmã. (Explicarei isso a seu irmão)

Observações:

a) Se o possessivo estiver no plural, teremos:

● Explicarei isso às suas irmãs. (crase obrigatória: a + as)


● Explicarei isso a suas irmãs. (crase proibida: apenas a preposição)

b) Se for pronome substantivo, a crase é obrigatória.

Ex.: Explicarei isso à sua.

3) Depois da preposição até.

Ex.: Ele foi até à praia. (Ele foi até ao campo)


Ele foi até a praia. (Ele foi até o campo)

Observações:

a) Não confunda com a palavra denotativa de inclusão até, que significa inclusive.

Ex.: Comprou até a revista.

b)Até é a única preposição que admite um a craseado depois dela.

Ex.: Fazia o trabalho após as quatro horas. (e não às)

CASOS PROIBITIVOS

1) Com a palavra casa sem determinação, quando, então, se refere ao próprio lar.

Ex.: Ele foi a casa pela manhã.

Obs.: Com determinação, aparece o acento.


Ex.: Ele foi à casa da esquina.

2) Com a palavra distância, sem especificação, ou seja, sem precisar a distância.

Ex.: O guarda ficou a distância.

Obs.: Com especificação, usa-se o acento.


Ex.: O guarda ficou à distânciade dez metros.

3) Com a palavra terra, quando é o contrário de bordo.


Ex.: Os marujos foram a terra.

4) Em locuções com palavra repetida.


Ex.: Os adversários estavam cara a cara.

5) Antes de palavra masculina.


Ex.: Eles chegaram a cavalo.

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6) Antes de verbo.
Ex.: Estava prestes a chorar.

7) Com a antes de plural.


Ex.: Não se prendia a coisas materiais.

Obs.: Usando-se o artigo, haverá o acento.


Ex.: Não se prendia às coisas materiais. (Não se prendia aos bens materiais)

OBSERVAÇÕES FINAIS

a) Há duas expressões parecidas com a palavra hora.

Das oito às dez horas (as horas do relógio)


De oito a dez horas (ideia de duração)
É errado dizer “de oito às dez horas”, como normalmente se encontra por aí.

b) Veja as expressões abaixo, igualmente parecidas.

Meu colega vivia à toa. (à toa − locução adverbial de modo)


Ele é um homem à-toa. (à-toa − adjetivo)

c) Quando se diz “Voltei à uma hora”, não há erro de crase porque uma é numeral, e não artigo indefinido;
veja o caso obrigatório com a palavra hora.

Vejamos algumas frases em que a presença do acento altera o sentido.

Bateu a porta. (Empurrou a porta para fechá-la)


Bateu à porta. (Chamou)
Chegou a tarde. (entardeceu)
Chegou à tarde. (Ele chegou de tarde)
Saiu a francesa. (A mulher francesa saiu)
Saiu à francesa. (Saiu sem ninguém notar)

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Especialistas apostam que hoje há 32 milhões de brasileiros com potencial para planejar uma boa
aposentadoria. São jovens das classes A e B, com emprego formal, moram em grandes cidades do Sul e do
Sudeste, e são o público-alvo principal das empresas de previdência privada. “Se você começa a investir
nisso com 20, 25 anos, tem condições de chegar à aposentadoria com uma reserva financeira grande”,
resume um dos sócios de uma das cinco maiores consultorias de benefícios e gestão empresarial do país.
A aposentadoria — mesmo a minguada quantiamensal paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) — é a principal renda fixa do idoso paulistano. Segundo o estudo Síntese de Indicadores Sociais
— Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira, publicado em 2009 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, 55,9% dos velhinhos paulistanos são aposentados e 12,8%,
pensionistas. Do total, 6,2% usufruem do duplo benefício.
É o caso de Maria Sonia, de 75 anos de idade. Costarriquenha radicada no Brasil desde os 20 anos —
com passagens por Rio, Natal e Avaré – SP — ela aposentou-se com 60 anos. Ganha, com isso, cerca de
R$ 1,2 mil. Com a morte do marido, alguns anos depois, passou a acumular o benefício da pensão (cerca
de R$ 1 mil). Entretanto, não parou de trabalhar. Empresária, está à frente de uma pousada no bairro do
Paraíso, a quatro quadras de sua casa — aumentando sua renda mensal em cerca de R$ 4 mil. “Chego a
trabalhar até 11 horas por dia”, afirma, com ar vitorioso. “Você tem a idade que você sente.”
Um benefício que não reflete diretamente no bolso das pessoas da terceira idade — mas pode
melhorar sua condição de vida — é a criação, em janeiro, do Fundo Nacional do Idoso. “Quando
regulamentado, receberá doações de pessoas físicas para financiar programas para os idosos, mediante
abatimento fiscal”, diz Cláudia Beré, promotora do Atendimento ao Idoso do Ministério Público Estadual. “A
lei federal que o criou também permite a regulamentação de fundos estaduais e municipais. Já enviamos
ofício ao governo do estado e à prefeitura para saber quais são os planos de implementação.”

Edison Veiga, Filipe Vilicic e Vitor Hugo Brandalise. De olho no futuro, jovens planejam aposentadoria. In: O
37
Estado de S.Paulo, 4/4/10, p. C4. Internet: <www.estadao.com.br>(com adaptações

1. Com base no texto, assinale a opção correta no que concerne a regência verbal e nominal e ao
uso do sinal indicativo de crase.
A) No trecho ‘Se você começa a investir nisso’ (l.6), o vocábulo ‘nisso’ denota a complementação indireta
do verbo ‘investir’.
B) Substituindo-se o vocábulo ‘aposentadoria’ por aposentar em ‘chegar à aposentadoria’ (l.7), o acento
grave deve ser mantido, pois sua exigência deve-se à regência de ‘chegar’.
C) No trecho “está à frente de uma pousada no bairro do Paraíso” (l.25-26), o sinal indicativo de crase foi
empregado por se referir a um elemento específico — a pousada; e não a um conjunto de elementos,
de forma geral.
D) No trecho “a quatro quadras da sua casa” (l.26), o emprego do sinal indicativo de crase em “a” é
facultativo.
E) O verbo “reflete”, em “Um benefício que não reflete diretamente no bolso das pessoas da terceira idade”
(l.30-31), é transitivo direto.

2. (...) que a maioria dos recursos naturais de que o homem depende ...(1o parágrafo)

A frase cuja lacuna estará corretamente preenchida pela expressão grifada acima é:

(A) Hoje um terço da população mundial vive em regiões ...... a água é escassa ou imprópria para consumo.
(B) O aquecimento global permite a disseminação de micro-organismos ...... põem em risco o equilíbrio do
ecossistema.
(C) Catástrofes naturais, ...... estudiosos vêm se referindo ultimamente, trazem enormes prejuízos à
economia de todo o planeta.
(D) Os dados ...... contavam os especialistas serviram de base para a previsão dos problemas e a melhor
maneira de enfrentá-los.
(E) Cálculos relativos à exploração de recursos naturais levam à conclusão ...... é necessário evitar o
desperdício.

3. Em qual frase NÃO se emprega o pronome relativo precedido de preposição?

(A) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova forma de pensar.
(B) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa vida.
(C) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante o discurso.
(D) As provações ________ estamos expostos são importantes para descobrirmos novas oportunidades.
(E) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram a atingirmos o
sucesso.

4. Identifique o item em que o comentário sobre a regência do verbo NÃO atende à norma culta
escrita

A) “O sistema penal brasileiro se assemelha a uma ilha ...” – se o verbo fosse substituído pela forma
“compara”, não haveria alteração na regência culta.
B) “ninguém se lembra de que ela existe.” – se o verbo fosse empregado sem o pronome se, ficaria
“ninguém lembra que ...”
C) “quando ocorre uma rebelião ...” – se em vez de “ocorre” fosse “se assiste”, o complemento
permaneceria sem preposição.
D) “mas também por revelar a frieza ...” - se a forma “revelar” fosse substituída por “proceder”, a gramática
normativa recomendaria a crase: “à frieza”.
E) “que decidiam quem devia viver ou morrer” – se em vez de “decidiam” fosse “lutavam”, a regência culta
exigiria a preposição “por”.

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5.No que se refere à regência verbal, assinale a alternativa em que as exigências da Gramática
Normativa foram atendidas.

a) Cristovam Buarque decidiu escrever textos para defender as ideias de que cria.
b) Em seus textos, fica claro que Buarque não abdica em nenhuma de suas convicções.
c) O autor prefere expor suas ideias por meio de textos a ter que expô-las oralmente.
d) O autor não consentiu com a modificação de suas principais ideias sobre a educação.
e) Ler os textos não implica necessariamente em aceitar as ideias neles expostas.

6. Uma das poucas formas de circulação da renda monetária provém justamente do rendimento
daquelas duas categorias. (2o parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima é:

A) Um dos resultados favoráveis da pesquisa diz respeito ao aumento da renda média do trabalhador.
B) Houve queda no nível de desigualdade nos rendimentos obtidos por trabalhadores do sexo masculino e
naqueles obtidos por mulheres.
C) A pesquisa remete a conclusões otimistas acerca da queda da desigualdade social no Brasil, apesar da
permanência da violência urbana.
D) Os dados da pesquisa assinalam uma recuperação significativa do rendimento médio do trabalhador,
especialmente em algumas regiões.
E) Os dados, apesar de positivos, mostram um quadro social ainda bastante violento, contrário a qualquer
comemoração mais otimista.

7. (...) a quantidade de pesquisas científicas sofreu uma explosão. (3o parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase:
(A) ...que segue etapas fragmentadas...
(B) Um estudo é uma tese...
(C) Ele responde a uma pergunta...
(D) Fica com a pesquisa...
(E) ...que carne ajuda no crescimento das crianças.

8. Os trechos a seguir constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro de regência.

a)Desde abril, já é possível perceber algum decréscimo da atividade econômica, com queda da produção de
bens de consumo duráveis, especialmente eletrodomésticos, e do faturamento real do comércio
varejista.
b) Apesar da queda da inflação em maio, espera-se aceleração no terceiro trimestre, fenômeno igual ao
observado nos dois últimos anos, em decorrência da concentração de aumentos dos preços
administrados.
c) Os principais focos de incerteza em relação às perspectivas para a taxa de inflação nos próximos anos
referem-se a evolução do preço internacional do petróleo, o comportamento dos preços administrados
domésticos e o ambiente econômico externo.
d) Desde maio, porém, entraram em foco outros fatores: o racionamento de energia elétrica, a
intensificação da instabilidade política interna e a depreciação acentuada da taxa de câmbio.
e) A mais nova fonte de incerteza é o choque derivado da limitação de oferta de energia elétrica no País,
pois há grande dificuldade em se avaliar seus efeitos com o grau de precisão desejável.

(Trechos adaptados do Relatório de Inflação - Banco Central do Brasil, junho de 2001- v. 3, 1° 2, p. 7 e8)

9. O Brasil abriga 13% das espécies da fauna e da flora existentes em todo o mundo... (início do
texto)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase:
(A) ...e a maior parte delas está na Amazônia.
(B) ... 10% já englobam números espantosos.
(C) As abelhas são 3 mil ...
(D) ...que vivem nas áreas mais profundas do rio ...
(E) ...quantas espécies existem na região?

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10. A frase totalmente de acordo com as normas da gramática prescritiva, no que se refere à
regência, é:

a) Eles estão hesitantes por como apresentar o projeto, pois pensaram, inicialmente, em fazer painel
explicativo à maneira como funciona a engrenagem.
b) Nem bem chegou o rapaz, ela divisou-lhe, e, aproximando-se a ele rapidamente, entregou as pastas de
cujo conteúdo ele já estava a par.
c) A harmonia do homem e a natureza é algo que todos dependem, embora muitos revelem má vontade
para com as coisas naturais simplesmente porque não as conhecem bem.
d) Na sua genuína acepção, a cultura nunca se limitou a reproduzir os desejos dos homens, mas sempre
ergueu a sua voz contra as duras condições em que se desenrola a vida.
e) Desde o momento que as formas culturais constituíram em ganha-pão dos seus criadores, o mercado
começou a agir para ficar propício com elas.

11.As opções a seguir, na ordem em que se encontram, constituem um texto adaptado do jornal
Zero Hora, de 11/4/2009. Assinale a opção em que o emprego do sinal indicativo de crase, no
trecho sublinhado, está incorreto.

A) A transformação do Brasil de devedor em credor do Fundo Monetário Internacional (FMI), com o aporte
à instituição de até US$ 4,5 bilhões, significa um avanço importante para o país e, ao mesmo tempo, um
marco de protagonismo dos emergentes na nova geografia moldada pela crise.
B) O dinheiro a ser empregado corresponde às reservas cambiais. Por isso, nada tem a ver com o que
poderia ser destinado a combater mazelas indiscutíveis da realidade brasileira, como a miséria, a fome
e a degradação quase generalizada dos serviços públicos.
C) Desde o período posterior à II Guerra Mundial, quando foram fundadas instituições multilaterais como o
FMI e o Banco Mundial (BIRD), hoje em processo de reformulação, a participação de países como os
Estados Unidos da América (EUA) caiu da metade para menos de um quarto do produto interno bruto
mundial, enquanto o centro propulsor da economia desloca-se cada vez mais para a Ásia,
particularmente para China e Índia.
D) É em meio a esse processo que o Brasil, oportunamente, candidata-se à exercer maior influência na
redefinição desses organismos, como ficou acertado na última reunião do G-20, que reúne as nações
mais influentes do mundo.
E) Em nenhum dos cenários debatidos desde a eclosão da crise global, há alguma menção à possibilidade
de os EUA perderem sua força hegemônica na economia global.

12. Observando-se os termos sublinhados dos trechos abaixo

I. “...de ter maior flexibilidade para se adaptar às mudanças da sociedade...”


II. “...e que permita às pessoas errarem e acertarem ...”
III. “...para coletar ideias e dar continuidade a elas ...”

é CORRETO afirmar que

A) no trecho I, o acento grave se justifica porque houve a fusão da preposição “a” com o pronome
demonstrativo “as”.
B) no trecho I, estaria correta também a supressão do acento grave.
C) a crase se justifica no trecho II por ter havido a fusão da preposição “a” com o determinante “as”.
D) no trecho III, no termo sublinhado, estaria correto também se nele houvesse o acento grave.
E) a crase do trecho II é facultativa.

13. Quanto à necessidade do uso do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

A) Não se sabe à partir de quando as janelas perderam a sua condição de posto de observação do mundo.
B) Já não interessa à muita gente ficar olhando a vida a partir da janela de uma casa.
C) Os velhinhos ficavam assistindo à tudo das janelas, para onde levavam as almofadas.
D) Das janelas assistia-se à vontade à movimentação das pessoas na rua.
E) Antigamente, à despeito de não haver muito o que fazer, as pessoas pareciam mais dispostas à
observar os detalhes do mundo.

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14. Está correto o emprego do acento indicativo de crase, ou sua ausência, na frase:

A) Com as mãos livres, os homens estavam prontos à carregar os alimentos necessários para sua prole.
B) O homem passou a gastar menos energia a medida que começou a usar somente os pés para andar.
C) Pesquisadores sempre buscaram respostas à questões que explicariam por que o homem se tornou
bípede.
D) Graças a posição ereta, o homem consome menos oxigênio do que os chimpanzés ao andar em
esteiras.
E) Testes à disposição de pesquisadores são elementos importantes nos resultados obtidos a respeito da
evolução da humanidade.

15. A frase inteiramente correta quanto ao uso ou não do sinal indicativo de crase é:

A) Os seres vivos sofrem mutações genéticas e podem passá-las à seus descendentes, postas a prova
pelas condições ambientais em que eles estão.
B) Antes de Darwin, havia a versão religiosa, segundo à qual todas as espécies vivas tinham sido criadas
por Deus, sendo o homem exatamente igual à ele.
C) Segundo Darwin, as espécies vivas tendem à se diferenciar com o decorrer das eras e espécies
“troncos” vão dando origem à outras que se diversificam como “galhos”.
D) À luz dos conhecimentos anteriores a ele, Darwin provocou uma revolução sem precedentes na ciência,
com sua teoria da evolução das espécies.
E) A publicação do livro A origem das espécies pôs fim à conceitos arraigados na sociedade, cabendo à
três grandes seguidores confirmar a teoria darwiniana.

16. A recuperação da malha ferroviária destina-se ...... melhoria das condições de um meio de
transporte mais econômico que, ...... época em que foi implantado, levou o progresso ...... regiões
mais afastadas do país.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:

(A) à à às
(B) à à as
(C) a à às
(D) a a às
(E) à a as

17. “Qualquer criança, tendo acesso à linguagem, domina rapidamente (...) a gramática de sua
língua.” – Analise as paráfrases desse trecho, dadas a seguir.

1. Qualquer criança, tendo acesso à uma língua, domina rapidamente a gramática dessa língua.
2. Qualquer criança, tendo acesso à sistemas linguísticos, domina rapidamente a gramática desses
sistemas.
3. Qualquer criança, tendo acesso à escola, domina rapidamente a gramática de sua língua.
4. Qualquer criança, tendo acesso à qualquer linguagem, domina rapidamente a gramática de sua língua.

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado em:

A) 1 e 4, apenas.
B) 3, apenas.
C) 1, apenas.
D) 3 e 4, apenas
E) 1, 2, 3 e 4

18. O valor que atribuímos ...... coisas é resultado, não raro, de uma história pessoal e intransferível,
de uma relação construída em meio a acidentes e percalços fundamentais. Assim, nosso apreço por
elas não corresponde absolutamente ...... valorização que alcançariam no mercado, esse deus todo-
poderoso, que, no entanto, resta impotente quando ao valor econômico se superpõe ...... afeição.

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Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada,

(A) às à A
(B) as à A
(C) as A À
(D) às a A
(E) às À À

19. Graças ...... resistência de portugueses e espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio imposto por
Napoleão e deu início ...... campanha vitoriosa que causaria ...... queda do imperador francês.

Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,

(A) a à A
(B) à a A
(C) à à A
(D) a a À
(E) à a À

20.O consumo de água na agricultura chega ...... 70% da água doce disponível, considerando-se
tanto a irrigação das lavouras quanto ...... produção de cereais destinados ...... alimentação do
rebanho de corte.

a) A a a
b) A à à
c) À a à
d) À à a
e) A a à

Gabarito
1. A 2. E 3. E 4. C 5. C
6. C 7. A 8. C 9. B 10. D
11. D 12. C 13. D 14. E 15. D
16. A 17. B 18. A 19. C 20. E

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Ocupa-se da relação entre artigo, numeral, pronome e adjetivo com o substantivo.

CONCORDÂNCIA DO ADJETIVO (ADJUNTO ADNOMINAL) COM O SUBSTANTIVO

O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.


Ex.: A casa amarela ficava no fim da rua.

Um só adjetivo referindo-se a mais de um substantivo de gênero ou número diferentes:

 Quando vem após os substantivos, concorda com o mais próximo ou com os dois (substantivos).

Ex.: O rapaz e a moça apaixonada / apaixonados saíram.

Observação:É importante lembrar o seguinte critério, quando o adjetivo concordar com os dois
substantivos: masc. + masc., masc. + femin. oufemin. + masc. = masculino plural; femin. + femin. =
feminino

 Quando vem antes dos substantivos, concorda com o mais próximo.

Ex.: Os antigos postes e luminárias eram requintados.

42
Dois adjetivos referindo-se ao mesmo substantivo:

Ex.:Os líderes americano e italiano se reuniram.


O líder americano e o italiano se reuniram.

CONCORDÂNCIA DO PARTICÍPIO
COM O SUBSTANTIVO

O particípio concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere:

nas orações reduzidas

Ex.:Dado o sinal, todos se retiraram.


Concluídas as análises, mostraremos os dados.

na voz passiva

Ex.: Foram anotadas todas as reclamações.


Haviam sido anotados os detalhes da conversa.

Quando o particípio se refere a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes:

Ex.: O empenho e a confiança foram ampliados.

 O particípio não varia quando forma tempo composto


Ex.: Ninguém havia anotado as reclamações.
Todos haviam anotado as reclamações.

CASOS GERAIS

É preciso / É necessário / É proibido...


 Sem elemento determinante ficam invariáveis. Caso contrário, concordam em gênero com ele.

Ex.: É proibido entrada.


(sem elemento determinante)

É proibida a entrada.
(com determinante)

É preciso álcool para limpar a mesa.


(sem determinante)

Seriam precisos vários conferencistas.


(com determinante)

MESMO / PRÓPRIO / INCLUSO / ANEXO / OBRIGAD / SERVIDO / QUITE

 Concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.


Ex.: Seguem anexos os documentos.
Muito obrigadas – responderam elas.
Elas mesmas (ou próprias) fizeram o trabalho.
Nós estamos quites com a receita federal.

Observação: “Em anexo” = invariável

Bastante / Bastantes
 Bastante = muito (a), suficiente. (função adverbial)

43
Ex.: Conheceu bastante coisa durante a visita.
Estudei bastante hoje.

 Bastantes = muitos (as), suficientes.


(função adjetiva)

Ex.: Fiz bastantes coisas em casa.


Estudei bastantes assuntos para o concurso.

Caro / barato / alto / baixo

Ex.: Elas são altas.(adjetivo)


Elas falaram alto. (advérbio)
A roupa é cara.(adjetivo)
A roupa custou caro. (advérbio)
Meio
 = “um pouco”. (invariável - função adverbial)

Ex.: Amanda está meio pensativa.

 = “metade”. (variável - função adjetiva)

Ex.: Tomamos meia garrafa de vinho.


Estava a meio metro de distância.

 = “veículo, caminho”. (variável - substantivo)


Ex.: O(s) meio(s) de comunicação de massa...

Só / a Sós
 = “somente, apenas”
(invariável - função adverbial)
Ex.: Só eles não concordaram com a proposta.

 = “sozinho” (variável - função adjetiva)


Ex.:Ele(a)(s) está(ão) só(s). (ou “a sós” = invar.)

Menos / alerta / pseudo / a olhos vistos


 São invariáveis

Ex.: Havia menos pessoas na reunião de hoje.


Os policiais estavam alerta.
(ou “em alerta” = invariável)
Trata-se de pseudo-sábias.
O dinheiro inflacionado desaparece a olhos vistos.

Observação: Alerta = “aviso, sirene” é substantivo e sofre flexão. Ex.: Já dei vários alertas ao gerente.

Possível / Possíveis
 Usadas em expressões superlativas

Ex.:O político obteve o maior elogio possível.


As portas estão o mais bem fechadas possível.
As notícias são as melhores possíveis.
Fazíamos trabalhos os mais legais possíveis.

Adjetivos adverbializados
 Ficam invariáveis.
Ex.:Márcio foi direto à secretaria. (=diretamente)

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Saiu rápido para o trabalho (=rapidamente)

Tal qual
 “Tal” concorda com o antecedente e “qual” com o consequente.
Ex.:Raphael é tal quais os pais.
As meninas eram tais qual a mãe.

CONCORDÂNCIA VERBAL

COM O SUJEITO SIMPLES

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, estando o sujeito antes ou depois do verbo.
Ex.: Os presidiários faziam misérias.
Vós conseguistes um bom dinheiro.

COM SUJEITO COMPOSTO ANTEPOSTO AO VERBO

O verbo concorda com os dois elementos do sujeito.


Ex.: Olinda e Igarassu são cidades históricas.
A secretária e o diretor chegaram pontualmente.

 Se os núcleos forem sinônimos ou formados de palavras de um mesmo conjunto significativo.


(singular ou plural)
Ex.:A sinceridade e a franqueza é / são uma virtude.

Núcleos em sequência gradativa.


(singular ou plural)
Ex.: A amizade, o companheirismo, a união levou-o / levaram-no ao sucesso profissional.

 Núcleos resumidos por pronome indefinido (tudo, nada, alguém, todo/a/s...)


Ex.: Papel, lápis, borracha, tudo era caro na loja.
Tios, irmãos, primos, todos chegaram cedo.

COM SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO AO VERBO

O verbo concorda com o termo mais próximo ou com os dois elementos do sujeito.

Ex.: Vende(m) -se casa e apartamentos.


Chegou (ou chegaram) a carta e o bilhete.

OUTROS CASOS GERAIS

Quando o sujeito é formado de um coletivo:


Ex.: O cardume escapou.
Os cardumes escaparam.

Quando o sujeito é formado de um coletivo singular (especificado com adjunto plural ou não):

Ex.: Um grupo chegou. (não especificado)


Um grupo de mães chegou / chegaram.
(especificado)

Com nomes próprios só plural:

Ex.: Minas Gerais não possui mar.


(sem determinante)

45
As Minas Gerais não possuem mar.
(com determinante)

Observação: Quando se trata de títulos de obras, admite-se o plural ou o singular.


Ex.:Os lusíadas é/ são uma obra de Camões.

Pronomes de tratamento: sempre usar 3ª pessoa.

Ex.: Vossa Excelência conhece seu problema.


Vossas Excelências conhecem seus problemas.

Pronomes relativos QUE e QUEM


Ex.: Fui eu que paguei a conta.
Fomos nós quem pagou / pagamos a conta.

Núcleos ligados por OU


Ex.: Ana ou Júnior vencerá o jogo.
(exclusão = singular)

Recife ou Natal possuem belas praias.


(adição = plural)

Com a palavra “SE”

Ex.:Analisou-se o plano de reforma agrária.


(P.A.)
Analisaram-se os planos de reforma agrária.
(P.A.)
Precisa-se de homens e mulheres corajosos.
(I.I.S)
Descansa-se muito em Aldeia.
(I.I.S)

SUJEITO FORMADO POR EXPRESSÕES

Um ou outro – o verbo fica no singular.

Ex.: Hoje, um ou outro viaja a Brasília.

Um e outro,nem um nem outro,nem... nem... – o verbo vai, de preferência, para o plural.

Ex.: Um e outro esculpiam a madeira da porta.

Um dos que, uma das que– o verbo vai, de preferência, para o plural. (singular = ênfase)
Ex.: Eu era uma das que mais estudavam.
O aluno é um dos que menos aparecem.

Mais de, menos de – o verbo concorda com o numeral que segue a expressão.

Ex.: Mais de um tenista representou o Brasil.


Mais de cem pessoas morreram no incêndio.

*Casos especiais:

Mais de um aluno, mais de um professor faltaram. (expressões repetidas na mesma frase)

Mais de um veículo chocaram-se.


(“se” = indicando reciprocidade)

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A maior parte de(ou uma porção de, grande número de, a maioria de, metade de...) – o verbo fica, de
preferência, no singular.
Ex.: A maioria precisa ler mais.
(não especificado)

A maioria dos alunos precisa/precisam ler mais.

Locuções pronominais [Qual(is) de nós...; muito(s) de vocês, ... ] – O verbo concorda com o pronome
indefinido (ou interrogativo) ou com o pronome pessoal.

Ex.:Qual de vós é humilde?


Quais de vós são / sois humildes?

COM NÚMERO PERCENTUAL

Ex.: 1% (da produção) foi vendido.


5% (das pessoas) discordam da imposição.
1% das pessoas discorda (m) da imposição.
Os 87% da produção de soja foram negociados.

Expressão HAJA VISTA: “Vista” é invariável.


Ex.: Haja(m) vista os ladrões de colarinho branco.

COM VERBOS IMPESSOAIS

Por não possuírem sujeito, os verbos impessoais ficam na 3ª pessoa do singular.

 Haver (singular) usado no sentido de: “O F-E-RA” (ocorrer, fazer, existir, realizar-se e aconte-cer)

Ex.: Há alunos que estudam muito. (=existem)


Houve uma grande festa. (=realizou-se)
Há muitos anos que não nos vemos. (=faz)

 FA-S-E (verbos fazer, ser e estar) indicando: tempo decorrido, hora, data ou fenômeno da natureza.
“Fazer” e “estar” sempre no singular; o verbo “ser”, singular ou plural de acordo com o sujeito.

Ex.:Faz meses que te espero. (e não “fazem”)


Era cedo quando cheguei.
Estava um dia chuvoso. / Hoje é/são 20 de maio.

 Verbos = Fenômenos da natureza (Chover, nevar, ventar, gear, trovejar, relampejar, anoitecer, etc.)
Ex.: Choveu ontem. / Anoiteceu lentamente.

 Expressões “basta de”, “chega de”, “passa de”, etc.

Ex.: Chega de preguiça!


Já passa de uma hora.

Observações:
1 - Os verbos que exprimem fenômenos da natureza, quando usados em sentido figurado, deixam de ser
impessoais.

Ex.: Já amanheci cansado. - Eu


Choveram denúncias no INSS. - denúncias.

2 - Quando acompanhado de verbo auxiliar, o verbo impessoal transmite ao auxiliar a sua impessoalidade.
Ex.:Deverá haver feiras de artesanato na praça.
Vai fazer cinco anos que te vi.
47
3 - Na língua popular é comum o uso do verbo ter, impessoal, no lugar de haver ou existir.

Ex.:Tem gente nova no pedaço.


Tem dias em que a gente estuda demais.

CONCORDÂNCIA DOS VERBOS DAR, SOAR E BATER

Na indicação de horas, esses verbos concordam com o número de horas que, normalmente, é o sujeito. A
não ser que sejam usadas outras palavras como sujeito.

Ex.:Deu dez horas o relógio da matriz.


Bateram cinco horas no relógio da matriz.

FALTAR, SOBRAR E BASTAR

Esses verbos concordam com o sujeito.

Ex.:Basta uma semana para terminar o evento.


Faltam quinze minutos para as duas horas.

CONCORDÂNCIA DO VERBO SER

 O verbo ser ora concorda com o sujeito, ora concorda com o predicativo.

Ex.: Esses sorrisos são a minha alegria.


Minha vaidade são minhas filhas.
O parlamentar sempre ausente sois vós.

 Se o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como pouco,
muito, menos de,mais de etc, o verbo ser fica no singular.

Ex.:Cinco quilos de arroz é mais do que preciso.


Trezentos reais pela passagem é muito.

CONCORDÂNCIA DO VERBO PARECER

Antes do infinitivo admite duas concordâncias:

Ex.: As brincadeiras pareciam alegrar a todos.


As brincadeiras parecia alegrarem a todos.

As paredes parece que têm ouvidos.


(Parece que as paredes têm ouvidos)

48
EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Assinale a opção correta quanto à concordância e regência.

A) A Revolução de 1930 tinha como um dos princípios à moralização do sistema eleitoral. Um dos
primeiros atos foram a criação de uma comissão de reforma da legislação eleitoral, ao qual trabalho
resultou o primeiro Código Eleitoral do Brasil.
B) O Código Eleitoral de 1932 criou a justiça eleitoral, que passou a ser responsável perante todos
trabalhos eleitorais — alistamento, organização das mesas de votação, apuração dos votos,
reconhecimento e proclamação dos eleitos. Além disso, regularam em todo o país as eleições federais,
estaduais e municipais.
C) A justiça eleitoral é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelos tribunais regionais eleitorais, pelos
juízes e pelas juntas eleitorais. Esses órgãos tem suas composição e competências estabelecida pelo
Código Eleitoral.
D) O fato é que as instituições públicas devem estar atenta à seu ambiente interno e externo.
Internamente, a justiça eleitoral vem desempenhando seu papel ao promover com lisura o processo
eleitoral. Externamente, apesar de, constitucionalmente, já estar imbuída por caráter social, busca agora
a aproximação para com o cidadão, para mostrá-lo o caminho para a inclusão social.
E) A partir de 1986, com a informatização do cadastro de eleitores, a justiça eleitoral tem trazido
extraordinária evolução ao processo eleitoral brasileiro. A urna eletrônica estabeleceu o auge desse
processo de modernização, que continua em constante aprimoramento.

2. As opções seguintes constituem, na ordem apresentada, um texto adaptado do jornal Zero Hora,
de 9/4/2009. Assinale a opção correspondente ao trecho que apresenta erro de concordância.

A) O abrandamento na fiscalização é o principal responsável pelo salto no número de motoristas com o


hábito de dirigir depois de ingerir álcool, o que exige a volta do rigor contra infratores e a ênfase em
campanhas permanentes de conscientização.
B) Como ficou provado no período imediatamente posterior à vigência da lei, no ano passado, só as
punições têm o poder de intimidar quem costuma assumir o volante mesmo tendo bebido.
C) Isso significa que é preciso desfazer de imediato a sensação de que o poder público vai continuar a
tolerar abusos desse tipo por parte dos condutores de veículos.
D) As novas normas foram impropriamente batizadas de Lei Seca, pois não impõe qualquer restrição a
quem gosta e quer beber.
E) A punição prevista é unicamente para quem, mesmo depois de beber além da conta, põe em risco a
própria vida e a dos outros ao assumir o volante.
QUES
3. Considerando as normas vigentes da concordância verbal, analise as afirmações a seguir e
assinale a alternativa correta.

a) No trecho: “Mais uma vez os resultados do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB) no
Brasil vêm demonstrar o porquê da dificuldade de o país atingir níveis sociais parecidos com os do
“primeiro” mundo”, o verbo destacado está no plural em concordância com o núcleo de seu sujeito
(‘resultados’); mas a concordância estaria igualmente correta se esse verbo estivesse no singular,
concordando com o termo ‘Índice’.
b) No enunciado: “Faltam instituições de ensino de qualidade, em tempo integral.”, o verbo está no plural
em concordância com o núcleo de seu sujeito plural, que está posposto (‘instituições’).
c) No trecho: “o que temos no nosso país são muitos maus modelos, principalmente aqueles que deveriam
primar em dar bons exemplos, pela responsabilidade que têm com a sociedade”, o verbo destacado
poderia estar no singular, jáque, neste caso, funciona como o verbo ‘haver’ e, por isso,é impessoal.
d) No enunciado: “Não basta a escola.”, a forma verbal é invariável; por isso, a forma singular deveria ser
mantida se o enunciado fosse alterado para “Não basta os ensinamentos da escola.”.
e) O enunciado: “Os maus exemplos não deve ser imitados.” está bem formado, no que se refere à
concordância verbal, pois o verbo ‘ser’, neste caso, permite que o outro verbo.

49
4. Em relação à CONCORDÂNCIA, analise o trecho abaixo.

“É necessário um ambiente aberto que propicie o risco e que permita às pessoas errarem e acertarem...”
Vamos flexionar o termo sublinhado no plural e manter os tempos verbais dos verbos contidos
neste trecho. Como resultado, perceberemos que apenas uma das alternativas abaixo NÃO CONTÉM
ERRO. Assinale-a.
a) São necessários ambientes abertos que propiciem o risco e que permitão às pessoas errarem e
acertarem.
b) São necessários ambientes abertos que propiciarão o risco e que permitirão às pessoas errarem e
acertarem.
c) Seriam necessários ambientes abertos que propicie o risco e que permita às pessoas errarem e
acertarem.
d) Foram necessários ambientes abertos que propiciassem o risco e que permitam às pessoas errarem e
acertarem.
e) São necessários ambientes abertos que propiciem o risco e que permitam às pessoas errarem e
acertarem.

5. Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a forma entre parênteses
NÃO completa corretamente a lacuna da frase:
a) Nem sempre são _________ ao conhecimento do público as causas e consequências dos acidentes
nucleares. (levadas)
b) Animais e plantas de determinada região podem ser acidentalmente _________ pela radiação atômica.
(contaminados)
c) Devem ser melhor _________ em nossa terra os recursos hídricos e outras fontes não poluentes de
energia. (exploradas)
d) É preciso que a construção e o funcionamento de usinas nucleares sejam _________ por rigorosas
normas de segurança. (controlados)
e) Ainda não foram precisamente _________ as vantagens e desvantagens da utilização do átomo como
fonte de energia. (avaliadas)

6. A concordância está correta APENAS na frase:

A) Os que estavam em campo era os assuntos diplomáticos.


B) A cobertura dos jogos mostravam as imagens das principais autoridades.
C) Não se tratam de forças revolucionárias capazes de transformar uma nação.
D)Jogos de futebol podem ser vistos como um enorme espelho que reflete a sociedade.
E) Uma partida entre 22 jogadores podem ser considerados um reflexo da comunidade.

7. A concordância está inteiramente correta na frase:


(A) A cultura globalizada, aparentemente, esmagam as distintas culturas locais, porém é importante
constatar reações no sentido de preservação das individualidades.
(B) No mundo globalizado, expõe-se todas as informações culturais, de modo que as sociedades vai
incorrer numa padronização de hábitos e de tradições.
(C) A pluralização das experiências humanas são poderoso instrumento de construção das sociedades
nacionais, embora se identifique tendências à padronização de costumes.
(D) O que se observa atualmente é o fato de que todos querem ser diferentes e, portanto, passam também
a respeitar mais as diferenças encontradas em toda sociedade.
(E)Alguns valores que já se encontra disseminado em todo o mundo tende a aumentar cada vez mais sua
influência, determinando o comportamento das pessoas.

8. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural para preencher corretamente a
lacuna da frase:
(A) ...... (costumar) seguir os nossos atos de indisciplina a invocação das sábias palavras daquela velha
frase.
(B) Entre os adolescentes não ...... (ser) de hábito respeitar os limites da liberdade individual.
(C) A ninguém da classe ...... (deixar) de tocar, naquela época, seus alertas contra o nosso anarquismo.
(D) Nas aulas em que ...... (caber) invocá-las, a professora repetia as palavras daquele velho ditado.
(E) Um desafio que aos homens sempre se ...... (impor), em razão dos seus impulsos egoístas, está em
respeitar o espaço alheio.

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9. A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase:

(A) Os dados da pesquisa apontaram para um aumento no número de trabalhadores admitidos com carteira
assinada.
(B) O controle dos índices inflacionários vieram aumentar progressivamente o poder de consumo da
população brasileira.
(C) Constatou-se, nos resultados da pesquisa, índices que demonstram crescente melhoria das condições
de vida no país.
(D) Ainda não se tornaram possíveis controlarem os altos índices de violência urbana, apesar da
preocupação dos responsáveis pela segurança.
(E) Alterações positivas em relação ao aumento da renda do trabalhador foi detectado nos dados obtidos
pela pesquisa Pnad.

10. Assinale a alternativa na qual as regras vigentes de concordância foram obedecidas.

A) Apesar de serem poucas as ações concretas, no Brasil não falta defensores do meio ambiente.
B) Quem de nós podemos prever com certeza até quando nosso planeta conseguirá resistir?
C) Embora cresça, no Brasil, os casos de desmatamento, o governo parece não querer ver a situação.
D) As defesas de nossas matas e de nossas riquezas naturais têm ficado sob a responsabilidade do
governo.
E) A necessidade de preservar o meio ambiente é assunto que está em pauta já fazem muitos anos.

11. O texto começa por dizer que: “Há diferenças entre a fala e a escrita”. Do ponto de vista da
concordância verbal, também seria correto dizer:

A) Se não houvessem diferenças entre a fala e a escrita, seria mais fácil escrever.
B) Devem haver diferenças entre a fala e a escrita.
C) Houveram diferenças entre a fala e a escrita.
D) Existe diferenças entre a fala e a escrita.
E) Devem existir diferenças entre a fala e a escrita.

12. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase:

(A) São por nossos sentidos que a vida nos vai disciplinando e amadurecendo, deles se valendo para
dissolverem nossas miragens.
(B) Das tantas ilusões que nos alimentaram a juventude não costuma restar muitas na maturidade.
(C) Terão os novos olhos de Isabel mantidos os sonhos e as visões de que se povoou os olhos do doador?
(D) Fosse de quem fosse, as córneas doadas permitiram que Isabel tivesse acesso à cor dos sonhos que
cabem a um jovem desfrutar.
(E)Mais doadores de córnea houvesse, mais jovens poderiam recuperar ou inaugurar a visão de todas as
cores de que é feito o mundo.

13. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para preencher
corretamente a lacuna da seguinte frase:

(A)Não se ...... (admitir) que os doadores tenham seus nomes revelados.


(B) Por falta de informação da família do morto, ......(deixar) muitos doentes de receber o benefício de um
transplante.
(C) Pena não se ...... (ver), através do filtro emocional de uma criatura já morta, todas as belas cenas que
ela testemunhou.
(D) ...... (interessar) muito a Rubem Braga as visões que a jovem Isabel passou a experimentar aos dezoito
anos.
(E) ...... (ocorrer), neste texto, especulações fantasiosas a respeito do que poderia ficar gravado numa fina
membrana.

14. A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase:

(A) No século XX, a produção em massa permitiu que objetos, antes de posse restrita a reis, fossem
acessíveis a toda a população.

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(B) Sempre existiu colecionadores de objetos, que exerce maior poder de atração sobre pessoas quanto
mais estranho ele é.
(C) No século XIX, foi dividido as áreas temáticas da ciência, surgindo então os colecionadores
especializados em reunir um único tipo de objetos.
(D) Permaneceu imutável por séculos as razões que levam algumas pessoas a colecionar objetos, algumas
delas de gosto duvidoso.
(E) O costume de enviar marinheiros pelo mundo para encontrar objetos exóticos mudaram a paisagem de
alguns países e modernizaram a Europa.

15.A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase:

(A) A falta de informações precisas sobre a biodiversidade da Amazônia podem propiciar o


desaparecimento de espécies aí existentes, antes que se descubra todas as suas propriedades.
(B) A dificuldade para obter recursos destinada aos estudos sobre a biodiversidade na Amazônia acaba
impossibilitando a identificação de espécies que possa apresentar propriedades medicinais.
(C) A definição das áreas de conservação depende diretamente do conhecimento científico sobre a fauna e
a flora regionais, para evitar que se percam as possibilidades de sua identificação.
(D) Várias espécies da fauna amazônica está ameaçada de extinção e a preocupação dos especialistas
estão na perda de informações úteis sobre sua importância no equilíbrio desse ecossistema.

Gabarito
1. E 2. D 3. B 4. E 5. C
6.D 7. D 8. C 9.A 10.D
11. E 12. E 13. A 14. A 15.C

PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos
específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.

1- PONTO ( . )

a) Indicar o final de uma frase declarativa.


Ex.: Lembro-me muito bem dele.

b) Separar períodos entre si.


Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) Nas abreviaturas
Ex.: Av.; V. Ex.ª

2- DOIS-PONTOS ( : )

a) Iniciar a fala dos personagens:

Ex.: Então o padre respondeu: – Parta agora.

b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam,


resumem ideias anteriores.

Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.

c) Antes de citação

Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja
infinito enquanto dure.”

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3- RETICÊNCIAS ( ... )

Indicar dúvidas ou hesitação do falante.

Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.

b) Interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta

Ex.:
– Alô! João está?
– Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) Ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia.

Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”
(Cecília- José de Alencar)

a) Indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.

Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros- Raimundo Fagner)

4- PARÊNTESES ( )

Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.

Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.

"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande
tormenta no fim do verão. “(O milagre das chuvas no nordeste- Graça Aranha)

Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

5- PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )

a) Após vocativo
Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Sra.- Humberto de Campos)

b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição
Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional


Ex.: Que pena!

6- PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )

a) Em perguntas diretas
Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação


Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!

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7- VÍRGULA ( , )

a) Indicar a omissão de um termo (geralmente verbo).


Ex.: Na sala, muitos alunos interessados. (há)
Muitos preferem cinema; eu, teatro. (prefiro)

b) Separar termos de mesma função sintática.

Ex.: Alunos, professores e funcionários viajaram.


Mauro comproubalas, pirulitos, doces e pipocas.

c) Para separar aposto e vocativo.

Ex.: Senhor, livrai-nos de todo o mal!


Brasília, capital do Brasil, é belíssima.

d) Para separar palavras e expressões explicativas ou retificativas tais como: por exemplo, ou
melhor, isto é, aliás, além disso, então, etc.)

Ex.: Os atletas chegaram ontem,aliás, anteontem.

e) Para separar os termos e orações deslocados de sua posição normal na frase ou intercalados.

Ex.: De lasanha, eu gosto. / Os livros, você trouxe?


Pela manhã, os alunos foram à escola.
Enquanto todos dormiam, eu estudava.
Terminada a sessão, iremos para casa.
O importante,afirmou o atleta, é competir.

f) Para separar orações coordenadas.

Ex.: Chegou, entrou rápido, depois saiu. (assindética)


Falam muito, mas nada fazem. (sindética)

Observação: As conjunções e, ou e nem, quando repetidas ou empregadas enfaticamente, admitem


vírgula antes.
Ex.: Todos cantavam, e pulavam, e sorriam.
Ele agiu de má fé, e o policial o prendeu. (suj. diferentes)

g) Para separar orações adjetivas explicativas.


Ex.: O candidato, que é inteligente, estuda muito.

Valor semântico - Vírgula

A alteração de valor semântico, mediante o uso das vírgulas, está diretamente relacionada com a função
morfológica da palavra “QUE”. Ocorre quando esta se configura como pronome relativo.

Ex1.:Os micros, que são modernos, custam caro.


(Explicação – sentido amplo)
Os micros que são modernos custam caro.
(Restrição – sentido restrito)

Ex2.:As monarquias, despóticas e sórdidas, prejudicaram a democracia. (Explicação – sentido amplo)

As monarquias despóticas e sórdidas prejudicaram a democracia. (Restrição – sentido restrito)

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8- PONTO E VÍRGULA ( ; )

a) Separar os diversos itens de uma enumeração.


Ex.: Os manifestantes entregaram uma pauta de reivindicação constando os seguintes itens: redução da
jornada de trabalho; direito a descanso remunerado; fim das demissões e garantia dos direitos adquiridos
na última assembleia.

b) Separa orações que em seu interior já tenham vírgula.

Ex.: Antes, você dirigia tudo; agora, dirijo eu.

9- TRAVESSÃO ( - )

a) Dar início à fala de um personagem

Ex.: O filho perguntou:


– Pai, quando começarão as aulas?

b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos


– Doutor, o que tenho é grave?
– Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom

Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas

Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe.

10- ASPAS ( “ ” )

a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

Indicar uma citação textual

Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a
mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas
serão simples. ( ' ' )

Recursos alternativos para pontuação:


Parágrafo ( § )
Chave ( { } )
Colchete ( [ ] )
Barra ( / )

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que
devem preencher as lacunas da frase abaixo:

“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é a contribuição
teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.

a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula


b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula
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d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.

2. Assinale o item em que as vírgulas estão empregadas corretamente:

I - Foi ao fundo da farmácia, abriu um vidro, fez um pequeno embrulho e entregou ao homem.
II - A sua fisionomia estava serena; o seu aspecto tranquilo.
III - E o farmacêutico, sentindo-se aliviado do seu gesto, sentira-se feliz diante de suas lembranças.
IV - Quando, vi que não servia, dei às formigas, e nenhuma morreu.

a) I - IV;
b) II - III;
c) II - IV;
d) I - II;
e) I - III.

Texto LP- I

A revolução da informação, o fim da guerra fria — com a decorrente hegemonia de uma superpotência
única — e a internacionalização da economia impuseram um novo equilíbrio de forças nas relações
humanas e sociais que parece jogar por terra as antigas aspirações de solidariedade e justiça distributiva
entre os homens, tão presentes nos sonhos, utopias e projetos políticos nos últimos dois séculos. Ao
contrário: o novo modelo — cuja arrogância chegou ao extremo de considerar-se o ponto final, senão
culminante, da História — promove uma brutal reconcentração de renda em âmbito mundial, multiplicando a
desigualdade e banalizando de maneira assustadora a perversão social.
Ari Roitman. In: O desafio ético. Rio de Janeiro: Garamond, 2000, p. 10 (com adaptações).

3. Julgue os itens a seguir, a respeito do emprego dos sinais de pontuação no texto LP-I.

I Os travessões nas linhas 1 e 2 marcam a inserção de uma observação adicional e, por isso, podem ser
substituídos por sinais de parênteses.
II Os dois-pontos depois de “contrário” (l.8) introduzem uma enumeração; por isso, os sentidos textuais
permitem a sua supressão.
III Embora os travessões correspondam ao emprego de vírgulas, é recomendável o uso dos travessões
nas linhas 8 e 10 porque a inserção que aí ocorre já inclui vírgulas.
IV A vírgula depois de “mundial” (l.11) marca o fim de um raciocínio; por isso, admite ser substituída por
ponto final.

A quantidade de itens certos é igual a


a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.

4. Assinale a alternativa que apresente pontuação não prescrita pela norma culta.

a)“o futebol é o único motivo para o exercício de seu sentimento, digamos, patriótico.”
b)“A se acreditar no que a mídia insistiu em fazer crer, adversários como Austrália e Japão, em tudo e por
tudo superiores ao Brasil, não passariam de países de quinta categoria pelo simples fato de seus
jogadores – coitados! - não terem a mesma habilidade de nossos craques com a bola nos pés.”
c) “Eu trocaria toda a nossa magnificência futebolística pela metade do desenvolvimento técnico, científico,
e social destes países.”
d) “Idêntico aos demais setores, o futebol brasileiro não é aquilo que muitos querem fazer crer.”
e) “O que somos, na verdade, é grande exportador de craques, que fazem a alegria dos torcedores de
clubes espanhóis, italianos, alemães e franceses.”

Os bem vizinhos de Naziazeno Barbosa assistem ao pega com o leiteiro. Por detrás das
cercas,mudos, com a mulher e um que outro filho espantado já de pé àquela hora, ouvem. Todos aqueles
quintais conhecidos têm o mesmo silêncio. Noutras ocasiões,quando era apenas a briga com a mulher,
esta, como um último desaforo de vítima, dizia-lhe:
Olha, que os vizinhos estão ouvindo .Depois, à horada saída, eram aquelas caras curiosas à janela,
com os olhos fitos nele, enquanto ele cumprimentava .
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O leiteiro diz-lhe aquelas coisas, despenca-se pela escadinha que vai do portão até à rua, toma as
rédeas do burro e sai a galope, fustigando o animal, furioso, sem olhar para nada. Naziazeno ainda fica um
instante ali sozinho. (A mulher havia entrado.) Um ou outro olhar de criança fuzila através das frestas das
cercas. As sombras têm uma frescura que cheira a ervas úmidas. A luz é doirada e anda ainda por longe,
na copa das árvores, no meio da estrada avermelhada. Naziazeno encaminha-se então para dentro de
casa.Vai até ao quarto. A mulher ouve-lhe os passos, o barulho de abrir e fechar um que outro móvel. Por
fim, ele aparece no pequeno comedouro, o chapéu na mão. Senta-se à mesa, esperando. Ela lhe traz o
alimento.
Ele não aceita mais desculpas... Naziazeno não fala. A mulher havia-se sentado defronte dele,
enquanto ele toma o café.Vai nos deixar ainda sem leite...Ele engole o café, nervoso, com os dedos
ossudos e cabeçudos quebrando o pão em pedaços miudinhos,sem olhar a mulher.
É o que tu pensas. Temores... Cortar um fornecimento não é coisa fácil. Porque tu não viste então o
jeito dele quando te declarou: Lhe dou mais um dia!

(Adaptado de: MACHADO, Dyonélio. Os ratos)

5. Sobre a pontuação do texto, são feitas as seguintes afirmações:

I. A separação de mudos (1º parágrafo) e furioso (3º parágrafo) por vírgulas é justificada pela mesma regra.
II. As vírgulas do primeiro período do 3º parágrafo separam orações coordenadas assindéticas.
III. A expressão na copa das árvores (3º parágrafo) está entre vírgulas porque é um adjunto adverbial
deslocado.

Qual(is) está(ão)correta(s)?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
d) Apenas a I e a III.
e) Apenas a II e a III.

6. Analise as proposições e seus argumentos.

I. “Há menas coisa para comprar hoje do que na semana passada”.


O vocábulo menos é invariável, sendo, portanto, considerada inadequada à norma padrão a seguinte
construção: “Há menas coisa para ...”.

II. “Achava os homens declamadores, grosseiros, cansativos, pesados, frívolos, chulos, triviais”.
A vírgula foi utilizada para separar elementos que exercem a mesma função sintática.

III. “À sua volta, tudo lhe parece chorar: as árvores, o capim, os insetos”.
Os dois-pontos foram empregados para anunciar uma enumeração explicativa.

IV. “Só um ou outro menino usava sapatos; a maioria, de tamanco ou descalça”.


Na frase acima e na frase “Nem um nem outro havia idealizado previamente este encontro”, as
expressões um ou outro e nem um nem outro, empregadas como pronomes adjetivos, exigem
normalmente o verbo no singular.

A alternativa CORRETA é
A) I.
B) I e II.
C) II, III e IV.
D) I, II e III.
E) I, II e IV.

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7. A frase pontuada em conformidade com a norma culta escrita é

A) Entendam todos, que a questão não está resolvida, e que assim que for possível, voltaremos ao debate.
B) Através da janela embaçada vislumbravam-se, pinheiros de vários tipos, árvores frutíferas de várias
espécies e ainda, o topo da igreja centenária.
C) O autor alerta na introdução, sobre a necessidade de a leitura ser feita em ritmo lento, compatível com a
gravidade do assunto.
D) Ela conquistava as glórias, eu, as antipatias; assim fomos construindo nossa vida de comerciantes, até
que, um dia, as coisas se inverteram.
E) Do que foi discutido, uma conclusão evidente; todos terão direito de expor suas expectativas, desde que
o façam, com absoluta civilidade.

8. Considere as afirmativas seguintes, a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto:

Uma mata fechada e insalubre, empesteada de mosquitos e animais peçonhentos, que deveria ser
derrubada a todo custo – sempre com incentivo público – pelos colonos, operários e garimpeiros que se
aventuravam pela região.

I. O emprego dos travessões no 1o parágrafo assinala uma pausa que imprime ênfase ao comentário.

Assusta observar que, no intenso debate que se trava sobre a melhor forma de preservar (ou, na maior
parte das vezes, ocupar) a floresta, esteja praticamente ausente o maior protagonista da saga amazônica: o
homem.

II. Os dois-pontos que aparecem no final do 3o parágrafo introduzem um esclarecimento ao que acabou de
ser afirmado.

III. Na frase Só assim eles vão preservar a floresta em vez de destruí-la, ficaria correta a colocação deuma
vírgula após preservar.

Está correto o que se afirma em:

(A) III, apenas.


(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

9. O longa também se propõe a discutir outro problema: o fato de que, mesmo quando salvas das
mãos dos traficantes, muitas aves não são reintroduzidas na natureza.

Considere as afirmativas seguintes, a respeito do parágrafo reproduzido acima:

I. Os dois pontos introduzem um segmento que especifica o sentido da expressão anterior a eles, outro
problema.
II. O segmento isolado por vírgulas no período tem sentido concessivo.
III. Transpondo para a voz ativa a última oração do período, ela deverá ser: os traficantes não reintroduzem
muitas aves na natureza.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) III.
(E) II.

58
10.As opções abaixo apresentam trechos sucessivos e adaptados do editorial de O Estado de
S.Paulo de 7/4/2009. Assinale a opção em que os sinais de pontuação foram utilizados
corretamente.

A) A concentração, a situação mais desfavorável dos pequenos e médios e o aumento do risco de


inadimplência contribuíram, para estreitar o acesso da maior parte das empresas brasileiras ao crédito.
B) As mais prejudicadas, como era previsível foram as pequenas, as médias e as microempresas.
C) Os bancos pequenos e médios são, normalmente, os principais financiadores dessas empresas. Sua
participação chega a 40% no crédito concedido a alguns setores.
D) Nesta crise, esses bancos são menos numerosos, do que já foram; por causa da concentração, e
também os mais prejudicados, na capacidade de emprestar.
E) O governo identificou o problema, e tomou medidas para estimular os poupadores, a aplicar dinheiro em
certificados de depósito emitidos por esses bancos.

Gabarito
1. C 2. E 3. C 4. C 5. D
6. D 7. D 8. B 9. B 10. C

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