DROGAS E ADOLESCÊNCIA
2014
DROGAS E ADOLESCÊNCIA
2014
Resumo
A adolescência e uma fase do desenvolvimento humano em que ocorrem muitas
mudanças é uma fase conflituosa da vida devido às transformações físicas e emocionais
vividas. Surge a curiosidade, os questionamentos, a vontade de conhecer, de
experimentar o novo mesmo sabendo dos riscos, e um sentimento de ser capaz de tomar
as próprias decisões. Este artigo aborda um assunto importante sobre as drogas na
adolescência, focando as principais causas da dependência, os riscos a influencia e a
importância do apoio familiar. No passado, a dependência química era tratada como
desvio moral, fraqueza do individuo, malandragem. Era basicamente um caso de
policia. Hoje o enfoque entre especialistas é totalmente outra. A organização mundial da
saúde considera a dependência química uma doença e classifica a compulsão pelas
drogas.
Sabe-se que o abuso de substancias ou de drogas é provocado por um conjunto de
fatores psicológicos, socioambientais e biológicos. Em alguns casos a dependência é
provocada pela própria força da droga.
1 – INTRODUÇÃO 05
2 – DESENVOLVIMENTO HUMANO 05
2.1. Desenvolvimento humano: na perspectiva das teorias 06
psicanalíticas
2.2. Desenvolvimento humano: na perspectiva das teorias 08
cognitivo desenvolvimentais
2.3. Desenvolvimento humano: na perspectiva das teorias da 10
aprendizagem
3 – ADOLESCÊNCIA 11
4 – DROGAS 14
5 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL 17
6 – SUGESTÃO DE ATIVIDADES PARA SER DESENVOLVIDA 18
NAS ESCOLAS
7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 19
8 – REFERÊNCIAS 20
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO HUMANO
GENITAL 13-18 Genitais Intimidade sexual madura Adultos que integraram, com
sucesso, os estágios anteriores
devem emergir com um
interesse sincero pelos outros,
e sexualidade amadurecida.
Fonte: Bee, 1997, tabela 2.1, p.62.
2-3 Autonomia versus Novas habilidades físicas levam à livre escolha; ocorre o
vergonha, dúvida treinamento do controle dos esfíncteres; a criança aprende a
controlar-se, mas pode desenvolver vergonha se não se
manejar adequadamente a situação.
4-5 Iniciativa versus Organiza atividades em torno de alguma meta; torna-se
culpa mais positiva e agressiva; conflito de Édipo com progenitor
do mesmo sexo pode levar a culpa.
13-18 Identidade versus Adapta o senso do self às mudanças da puberdade, faz uma
confusão escolha ocupacional, atinge identidade sexual adulta e busca
novos valores.
19-25 Intimidade versus Forma uma ou mais relações de intimidade que vão além do
isolamento amor adolescente; forma grupos familiares.
0-2 Sensório-mot O bebê entende o mundo em termos de seus sentidos e suas ações motoras. Um
or móbile seria aquilo que ele sente ao agarrar, a forma como ele parece, o gosto
que ele produz na boca do bebê.
2-6 Pré-operacion Por volta dos 18-24 meses, a criança consegue usar símbolos para representar
al os objetos a si mesma, internamente, e começa a ser capaz de captar as
perspectivas dos outros, a classificar objetos e a utilizar à lógica simples.
12+ Operações A criança torna-se capaz de manipular ideias e eventos ou objetos. Ela é capaz
formais de imaginar e pensar sobre as coisas que jamais viu ou que ainda não
aconteceram; consegue organizar ideias ou objetos de maneira sistemática e
pensar dedutivamente.
Fonte: Bee, 1997, tabela 2.3, p.69.
3. ADOLESCÊNCIA
No Dicionário Aurélio (1999, p.55), o verbete adolescência está definido da
seguinte forma: [Do lat. Adolescentia. ] O período da vida humana que sucede a
infância, começa com a puberdade, e se caracteriza por uma série de mudanças
corporais e psicológicas (estende-se aproximadamente dos 12 aos 20 anos).
Sillamy (1998, p12), define adolescência como:
Época da vida situada entre a infância, que continua, e
a idade adulta. Trata-se de um “período ingrato”, marcado por
transformações corporais e psicológicas, que começa pelos 12
ou 13 anos e termina entre 18 e 20 anos. ... No plano
psicológico, a adolescência é marcada pela reativação e o
desabrochar do instinto sexual, confirmação dos interesses
profissionais e sociais, o desejo de liberdade e de autonomia e
a riqueza da vida afetiva. ... A função da adolescência é
reconhecer em todas as virtualidades desenvolvidas, as
potencialidades de cada um, aquelas que permitirão aos
indivíduos escolher um caminho e engajar-se na vida adulta.
Mas também é descobrir mais intimamente os seres humanos,
o si-próprio e os outros, e estabelecer novas relações com o
entorno: distancia em relação aos pais, aproximação
(camaradagem, amizade, amor) de seus pares. Os adolescentes
constituem um conjunto social particularmente rico e
dinâmico.
Para Lacerda (1998 p.101), Adolescer, no latim Adolescere, s ignifica não apenas
crescer, mas também adoecer, ou seja, nem bem saudável nem bem doente para valer.
Segundo Aberastury e Knobel (1981), a adolescência é um período muito
importante para o desenvolvimento humano. Dele depende a formação da identidade do
futuro adulto. O adolescente enfrenta muitas etapas, passando por fases de desequilíbrio
e instabilidade. Ele tem que encarar a perda de suas formas corporais infantis, de sua
identidade de criança e o carinho infantil que lhes foi dado pelos pais. A essas perdas
chamamos de luto.
O adolescente, passa a ser em certos momentos cobrados como adultos e em
outros como criança, fato que o deixa muito vulnerável e angustiado com os pais e com
os que estão ao seu redor. Esta é a fase onde o indivíduo acha que pode tudo, gosta de
estar sempre em grupo e faze de tudo para ser aceito por este mesmo grupo.
A adolescência, é um período marcado por contradições, ambivalência de
sentimentos, caracterizados pelos conflitos com o meio familiar e social. (Aberastury,
1981).
Muitas famílias não sabem do seu papel na vida do adolescente, ignoram por
falta de informação, por falta de tempo, pois todos tem que trabalhar para sustentar a
casa, causando o afastamento do adolescente da família, indo o mesmo a procura de
seus pares, ou grupos com os quais se identificam, pois não suporta a sensação de
abandono.
Lacerda (1999) aponta: Quando, porém, faltam parâmetros, pode ocorrer o
surgimento de uma identidade “negativa”, onde os adolescentes se conformam com a
falta de sentido e procuram os modelos desviantes dos delinquentes. “Como não
encontram propostas atraentes no sentido da educação e da moralidade, compensam na
rebeldia contra a sociedade, supostamente culpada pelo sofrimento que vão passando”.
Os adolescentes de ambos os sexos são prepotentes, se colocam como aqueles
que sabem tudo, se acham adultos, mas a ingenuidade de todos faz com que eles sejam
presas fáceis dos espertos traficantes. Neste momento existe o risco do primeiro contato
com substâncias químicas, drogas lícitas ou ilícitas, surge à procura aos grupos ao qual
o adolescente quer ser aceito e que tem por costume pressiona-lo a iniciar com a
promessa de aceitação.
No relacionamento em grupo, o adolescente sente-se valorizado, podem
permanecer na superfície, sem submergir na sensação de afogamento sob a avalanche
de neve do fracasso total, ou pode aquecer-se afetivamente, sentindo-se próximos a uma
lareira reconfortante. ( Lacerda, 1998, p 50)
Cada indivíduo vive a fase da adolescência de forma própria, ainda que algumas
mudanças fisiológicas sejam comuns a esta fase. O adolescente, enfrenta ainda
mudanças em todos os âmbitos de sua vida, como a separação de seus pais, novos
casamentos, nascimento de irmãos dos novos casamentos de seus pais, e que através
dessa situação muitos não moram com seus pais e sim com os avós, outros são motivo
de disputa judicial pelos genitores. Sem contar a escola, que devido aos motivos citados,
o adolescente não consegue interagir, ficando isolado. Sem entender o que esta
acontecendo, os professores e a própria escola não lhe dão a atenção devida.
Em Lacerda, 1998 p. 83 e 84: As crianças crescem, tornam-se adolescentes, e os
pais e educadores muitas vezes continuam omissos na atenção e no atendimento as suas
necessidades. A frequência com que foram e continuam sendo chamadas de burras,
ignorante, malvadas, perversas, mentirosas, sem vergonha e semelhantes
denominações, vai dia por dia convencendo-as de que, quem sabe, são mesmo tudo
isso.
Algumas características baseadas na descrição de Maurício Knobel (1991), para
uma adolescência normal: a busca de si mesmo e da identidade, necessidade de
intelectualizar e fantasiar, a deslocalização temporal, a tendência grupal, as crises
religiosas, a evolução sexual manifesta, atividade social reivindicatória, as contradições
sucessivas em todas as manifestações da conduta, a separação progressiva dos pais,
constantes flutuações do humor e do estado de ânimo.
4. DROGAS
5. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
7. CONSIDERAÇOES FINAIS
8. REFERÊNCIAS:
BEE, Helen, A Criança em Desenvolvimento. Ed. Artmed - 9ª ed. Porto Alegre, 2003.
BRUNINI, Carlos e Lourdes Brunini, Como Entender e Criar seu Filho para a Vida: Na
Visão da Pediatria e da Psicologia Infantil. Áurea Editora, São Paulo, 2004.
CHALITA, Gabriel, Educação: A Solução está no Afeto. Editora Gente – 12ª ed. São
Paulo, 2001.
COSTA, Maria Conceição O. – Adolescência: Aspectos clínicos e psicossociais/
organizado por Maria Conceição O. Costa e Ronald Pagnoncelli de Souza – Porto
Alegre: Artmed Editora, 2002.
LUFT, Lya, in Perdas e Ganhos, Editora Record, 2004, 25a edição, pág. 26.
MEIRA, Maria Eugênia Melillo – Psicologia escolar: Praticas e críticas. Maria Eugênia
Melillo de Meira e Mitsuko Antunes, organizadoras – São Paulo: Casa do Psicólogo,
2003.
PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento Humano. Artes Médicas, 7ª ed. Porto Alegre,
2000.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia Afetiva, 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2002.