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TEMA: A crioulização através do poema - cantado de Victoria Santa Cruz.

Objeto de pesquisa: Gritaram me negra -


https://www.youtube.com/watch?v=g52jzCTUKXA&t=2s.

Objetivos

Objetivos gerais

Objetivos específicos
Um pouco sobre Victoria Santa Cruz:

Com uma voz forte e intensa, Victoria Eugenia Santa Cruz Gamarra declama seu
poema “Gritaram-me nega” em referencia a experiência de preconceito vivida ainda criança
dentro de um grupo de amigos que a expulsaram simplesmente por ser negra.
Foi a partir deste momento que a poeta, coreógrafa, estilista e folclorista afro-
peruana passou a refletir sobre a importância do sofrimento, percebendo que certas injustiças
poderiam até despertar ódio. Tais experiências fizeram com que ela se reconhecesse como
negra, aumentando assim sua autoestima e fazendo com que descobrisse o prazer de viver de
uma forma mais equilibrada. Victoria cresceu, consciente de sua negritude.
Nascida em La Vitoria, província de Lima, Peru, no ano de 1922, a arte e a cultura
afro-peruana a rodeava. Seu pai, Nicomedes Santa Cruz Aparicio, foi um importante
dramaturgo e poeta, e sua mãe, Victoria Gamarra, bailarina de marinera (dança típica do Peru
que une raízes culturais indígenas, africanas e espanholas) e filha de um famoso ator.
Aos 36 anos, Victoria cria o grupo Cumanana juntamente com seu irmão mais novo,
o poeta, pesquisador e jornalista Nicomedes Santa Cruz Gamarra, um dos primeiros grupos
teatrais inteiramente integrado por negros que tinha como intuito difundir as diversas vertentes
da cultura afro-peruana. Deste projeto, posteriormente, foram lançados alguns discos contando
um pouco da história deste povo e de suas manifestações artísticas.
Com a possibilidade de viajar a Paris para estudar na Universidade de Teatro das
Nações e Escola Superior de Estudos Coreográficos, a poeta se destaca como figurinista,
trabalhando em obras como “El retablo de Don Cristóbal”, de García Lorca e em “La Rosa de
Papel”, de Ramón Del Valle Inclán.
Em seu retorno, funda a “Companhia Teatro e Danças Negras do Peru” fazendo
apresentações nos melhores teatros e na televisão, chegando inclusive a representar seu país
nos Jogos Olímpicos do México em 1968 com grande êxito e premiada por seu trabalho.
Victoria sempre se mostrou engajada em construir sua identidade negra utilizando
o próprio corpo como suporte de resistência e afirmação, assim como também esteve envolvida
na busca da valorização das tradições musicais e culturais negras no Peru. Em consequência de
seu engajamento, a artista recebe, em 1970, o prêmio de melhor folclorista no primeiro Festival
e Seminário Latino-americano de TV, organizado pela Universidade Católica do Chile.
Posteriormente, ela correu o mundo com sua companhia, especialmente nos tempos
em que era diretora do Conjunto Nacional de Folclore do Instituto Nacional da Cultura. Victoria
chegou a fazer turnês pelos Estados Unidos, El Salvador, França, Bélgica, Suíça, entre outros
países. Victoria Santa Cruz foi uma das poucas mulheres latino-americanas e negras a lecionar
na requisitada Universidade Carnegie Mellon, Pensilvânia, nos Estados Unidos, entrando, à
principio como professora convidada, mas anos depois alcança o cargo de professora vitalícia.
Em 2014, após muita dedicação ao estudo e à preservação da tradição afro-peruana,
a artista veio a falecer aos 91 anos por conta de uma debilidade em sua saúde, mas deixou um
legado forte e importantíssimo, sendo considerada como porta-voz de muitas mulheres negras
que enfrentam a cada dia a ditadura do ideal de beleza branco.
Victoria deixa sua mensagem de que é preciso sim absorver o que vem de forma
negativa, mas transforma-lo em afirmação, fortalecendo assim o ser como sujeito numa maior
compreensão de si mesmo. É o renascer, é se esclarecer como negra pertencente a este mundo.
Para a poeta, se todas as “diferentes” raças não perceberam que são uma só, jamais descobrirão
o que é o homem!

SITE: http://www.afreaka.com.br/notas/victoria-santa-cruz-forca-de-uma-voz-
afro-peruana/

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