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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS


BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
ECONOMIA POLÍTICA II - PROFº DRº MANOEL REBELLO

ARIEL DORNELES DOS SANTOS

RESUMO DO TEXTO: PENSAMIENTO ECONÓMICO DE


WILLIAM PETTY (1632 -1687) - Luis Jair Gómez G.

MARÇO-2019
CAMPO GRANDE - MS
Resumo do texto: PENSAMIENTO ECONÓMICO DE WILLIAM PETTY
(1632 -1687) - Luis Jair Gómez G.

O autor propõe que ao realizar uma análise das proposições de Petty, é


preciso tomar cuidado para não cair na busca por alguém que possa simplesmente
nos fornecer toda a explicação da economia moderna dominante. Esse
procedimento é perigoso, pois pode acabar por deturpar as ideias de um
determinado autor e ainda desconsiderar toda uma história da economia que foi
necessária para que este chegasse até as suas conclusões. Sendo assim, a
proposta é de fazer uma imersão na vida e na época em que viveu, o que propiciará
uma contextualização da formação de Petty.
Aos olhos do autor, como ele bem salienta, o texto "Tratado dos Impostos e
Contribuições" é o trabalho mais importante de Petty. E é, portanto, um trabalho de
base para as análises do autor sem ter que ficar fadado às críticas ou juntar
questões de historiadores da economia.
Diante deste preambulo, o autor aponta seus eixos tratados no texto: época,
formação e contribuições para a economia.
No que diz respeito à época, Petty viveu no século XVII, entre 1623 1687.
Muitos historiadores classificam esse período como sendo o "Grande Século"
devido as variadas proposições dominantes da época que, em grande medida, eram
excludentes entre si. Era a época do classicismo e do poder cortês, das
preocupações e ostentações da realeza.
Contudo, o autor aponta que há outra visão do século XVII que o reconhece
como o "século das crises" que vê o conceito de crise, tal como Marineau, como
sendo uma mudança repentina que pode ocorrer para o bem ou para o mal. Umas
das possibilidades de ver essas crises são as guerras numerosas que ocorriam na
época e a peste que agravava cada vez diminuindo os índices demográficos,
apresentando grave mortalidade em todo o mundo ocidental. A maioria dos casos
dessas crises se iniciaram no século anterior ou ainda no século XV, contudo,
tornam-se importantes suas análises para evidenciar os aspectos da época que
intensificaram e promoveram, em certa medida, a construção do pensamento crítico
de Petty. Nesse sentido, o autor aponta para alguns casos.
Um desses é a transição do "Cidade-Estado" para o "Estado-Nação",
conceito esse que traz uma nova ordem político-econômica que deixa de ser a
economia pessoal do senhor feudal para se tornar uma economia política
preservando interesses coletivos, baseado em arrecadação de impostos e
contribuições diversas. É perceptível verificar essa transição política fazer parte da
sociedade moderna, o que Luhmann coloca como sendo a "transição da
diferenciação estratificada para a diferenciação funcional do sistema social". Isso é
extremamente importante, pois há uma conduta, ao menos no campo das ideias de
proposição, de uma mudança na estrutura política de funcionamento do governo e
na forma econômica de subsistência desse sistema e que é percebida desde o
"Príncipe" de Maquiavel (século XVI, 1532) até o "Tratado" de Petty (século XVII,
1622). A escrita de Petty, como é colocado, seria para externalizar os conceitos
problemáticos e não para o uso particular, o que em o "Príncipe" seria para uma
preservação de estado. Essa transformação dos conceitos entres os séculos é
colocada pelo autor como diáfana tendo em vista a preocupação do príncipe com o
principado e da sorte do estado com as obrigações com as pessoas mais pobres,
levando em consideração uma conjuntura de debilidades que assolavam uma
nação e que exigiria uma atenção do Estado.
Além disso, surgem formulações importantes para a economia, como o
conceito de trabalho atrelado a ideia de força que aparece em Kepler em 1621,
conceito esse que relaciona a alma com o espírito que movimenta o corpo através
da força, resguardado na tradicional concepção neoplatônica. Nesse mesmo tempo,
Newton apresenta concepções sobre o tempo onde o distingue de absoluto do
tempo aparente e vulgar, sendo o primeiro validado pela matemática e o segundo
pelos aspectos mais sensíveis. Isso se torna relevante, pois conduz à relação de
tempo e trabalho, relação que é explorada pela economia e permite atribuir e
quantificar o trabalho, bem como estabelecer diretrizes sobre sua força, duração,
remuneração etc.
Além disso, o capitalismo começa a difundir e se interligar às viagens
transoceânicas e a estabelecer fábricas pautadas em uma espécie de solidariedade
comunitária, fazendo com que houvesse uma dinâmica de trabalho um pouco
amparada nos moldes feudais de retribuição/troca/doação, cujo crescimento estava
pautado no crescimento e de certa forma universalização da moeda como o símbolo
dessas interações.
Contudo, essas alterações nessa época não substituíram por completo o
modelo feudal, pois esse deve ser visto, como aponta o autor, como um processo
gradual que o dinheiro traz nas relações, pois quantifica a operação relacional antes
e depois dos processos econômicos. Ou seja, as relações começam a ser avaliadas
a partir do dinheiro e não mais, ou não somente, a partir dos produtos em si que
diziam respeito, bem como o trabalho, produzindo assim uma aritmética comercial
pessoal de construção dessa valoração dentro da economia. Sendo assim, com o
tempo esse sistema passa não caber mais no sistema feudal, ocupando espaço e
buscando formas de relações comerciais pautadas nesse novo mercado apontado
como uma anomalia (para a época).
No que diz respeito a formação, Petty nasceu em Romsey, Hampshire, em
26 de maio de 1632. Estudou medicina em Paris, Utrecht e Amsterdã e concluiu o
doutorado em Oxford (onde se tornou professor de anatomia). Passou a ser médico
do exército irlandês, participou do parlamento sendo nomeado Inspetor Geral da
Irlanda. Em 1662 escreveu o "Tratado de Impostos e Contribuições", sendo o seu
trabalho mais conhecido. Trabalho esse que traz levantamentos das questões e
funções socais do Estado, bem como de qual forma pode se obter apoio político
para cumprir tais funções. Petty também recebe o mérito em suas obras pelo
aspecto metodológico do uso da estatística que se mostrava extremamente
contundente para suas análises.
Sobre este trabalho, vale ressaltar o capítulo I "Das Diversas Espécies de
Encargos Públicos", onde Petty aponta alguns encargos como: o militar, como
sendo aquele que defende o país por terra e mar de invasores e conflitos internos,
podendo inclusive estar associado na defesa de outro Estado, e é preciso que esse
encargo seja grande o suficiente para essa defesa; o sustento dos governantes é
outro ramo do encargo, bem como seus subordinados e pessoas ligadas de alguma
forma com contribuições ao Estado. Para o sustento desses governantes, Petty
indica que dever ser praticado riquezas em um grau superior das ocupações
privadas, tornando esses governantes diferenciados quanto aos demais também
nesse aspecto e não somente de aptidão física e mental superior. Outros cargos
como o de xerife, juiz de paz etc., são colocados como secundários, mas admitem
respeitabilidade dos demais devido ao temor do seu poder. Outro ramo que se
apresenta de encargo público diz respeito aos pastores das almas dos sujeitos,
cargo esse que busca fazer com que os sujeitos se instruam pelas leis de Deus e
não ocorram em crimes e/ou deturpações das leis do Estado. Devendo esses
pastores receberem não somente pela função, mas possuírem condições de seduzir
outros sujeitos para os seus propósitos. As escolas e universidades são um ramo
de encargo, pois propiciam conhecimentos importantes aos sujeitos devendo,
inclusive, realizar seleções a partir de suas aptidões naturais. As crianças, órfão e
desempregados é um ramo de encargo público que precisa ser ministrado, pois não
se pode deixar a própria sorte esses indivíduos. E o último ramo diz respeito aos
encargos das estradas, rios navegáveis, pontes etc., tendo em vista que há um valor
de interesse geral.
Para falar sobre as contribuições de Petty, o autor salienta que há muitas e
fortes diferenças do pensamento econômico capitalista desde a teorização de Petty
nos inícios de seus escritos para o decorrer de suas obras. O autor aponta que a
economia ainda não estava reconhecida como um campo acadêmico como era, por
exemplo, o campo da medicina que é a formação inicial de Petty. Petty estava
situado em um dos princípios fundadores da "modernidade" e pelo conceito de
"Estado-Nação" que, sendo esquematizado nessa época, não havia referências
anteriores, mas estava em processo de construção ante ao "Cidade-Estado". As
concepções de Petty são de cunho mercantilista, pautadas na aritmética mercantil
que o autor aponta como sendo um ponto que permitisse contas pessoais de
compra e venda, e não necessariamente contribuir para uma dinâmica capitalista.
A economia capitalista assim antes de Petty estava mais pautada em uma
instrumentalização de quantificar excedentes monetários acumulados. Mas o autor
alerta que a real preocupação de Petty estava em reconhecer a entidade política
"Estado-Nação" não estando mais atrelada ao príncipe e sua benevolência
(pensando na obra de Maquiavel), mas em um aparato social com alcance maior
que necessitava apoio orçamentário partido da tributação dos beneficiários do
Estado para cumprir suas funções, deixando de lado a ideia do príncipe que por ser
príncipe reivindicava uma tributação.
A proposta de Petty então era de ligar o indivíduo como agente econômico
ao Estado para tornar o "Estado-Nação" viável. O autor aponta que em sua análise,
o sucesso de Petty não diz respeito a uma construção teórica sobre o sistema
econômico, mas sim pela maneira que especifica a relação do problema com a
solução do sistema em questão. Petty faz análises apontando as obrigações da
Irlanda como um Estado e a relação com o seu povo, com isso ele tenta estabelecer
de que forma pode ocorrer uma tributação desse e quais normas devem ser
aplicadas para que sejam equitativas sobre o rendimento e renda desse povo. As
proposições de Petty passavam pelo entendimento de como eram organizadas as
rendas: sua natureza; de que forma elas eram valorizadas e como o imposto era
cobrado, buscando assim estabelecer uma aritmética política. Processo esse que
passava pela desconstrução de uma sociedade feudal para estabelecer relações de
indivíduo e Estado de dependência, mas que permitisse ao indivíduo riqueza
individual, acumulação, sob o manto "protetor" desse Estado. Petty então passa a
estudar diversas formas de conter excedentes, desde o número de médicos para
atender a população à mercadores/varejistas que poderiam realizar transações
comerciais com outros países.
Renda relativa é outro fundamento pelo qual Petty se debruça, sua busca era
a de explicar a natureza tida como misteriosa desta. É, inclusive, nesse momento
que surge a definição de aluguel e que nos permite ter uma noção da acumulação
dessa renda (o excedente sobre tudo o que é indispensável para as necessidades
mais naturais) e equivalência dos bens (como a utilização do tempo de trabalho de
forma padronizada).
A moeda para Petty é um dos pontos mais complicados nas definições
econômicas. O conflito por ter a moeda um valor tido como intrínseco definível pela
relação terra-trabalho. Nesse sentido, é possível construir um equivalente universal,
contudo esses produtos comercializáveis possuem uma característica tida como
intrínseca e necessária, já a moeda não. A moeda então se torna algo mais
superficial e sem tanta valoração como quando comparado ao produto em si que
refletirá no comércio.
O autor aponta que uma concepção que afasta cada vez a sociedade
capitalista do pensamento feudal é a ligação do trabalho com o código moral, além
de relembrar o conceito de "tempo é dinheiro", essa relação é necessária para
viabilizar a instituição desse Estado e contribuição de seu povo com os impostos,
pois, o trabalho de certa forma asseguraria que os pagamentos fossem realizados.
Dessa forma, fica perceptível que Petty tenta em suas obras abordar as
problemáticas de tornar possível a aplicação de taxas e impostos aos cidadãos
diante da mutação política de seu tempo, mas que de certa forma se reflete até os
dias atuais. Essas análises partindo dessas visões de vida, formação e contribuição
nos permite compreender melhor de que forma Petty estava inserido na sociedade
e como seu pensamento foi sendo definido e modificado no decorrer do tempo.
Bibliografia:

GÓMEZ G, Luis Jair. Pensamiento económico de William Petty (1632 -1687).


Ensayos de Economía, [S.l.], v. 10, n. 16, p. 11-38, jul. 1999. ISSN 2619-6573.
Disponível em:
<https://revistas.unal.edu.co/index.php/ede/article/view/23862/24559>. Acesso em:
19 mar. 2019.

PETTY, William. Tratado dos impostos e contribuições. Obras econômicas.


Trad. de Luis Henrique L. Santos, São Paulo: Abril Cultural, 1983a, pp. 33-35.

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