25
In Direito Processual Civil Brasileiro. 3.º Vol. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 1995,
p.75.
26
apud Oliveira, Francisco Antônio de. A Execução na Justiça do Trabalho. 3ª ed., São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1995, p. 132.
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27
Doria, Dylson. Curso de Direito Comercial. Vol. 1.º. 12ª Ed. São Paulo: Saraiva:
1997, p.204.
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28
In Sociedades Comerciais. 7ª ed. - São Paulo: Atlas, 1998, p. 118.
29
In Curso de Direito Comercial. Vol. I, 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 1997, p.204-5.
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Já o art. 18 da Lei das sociedades por quotas diz que na omissão do contrato (e
logicamente da lei) serão observados os princípios da lei que regula as sociedades por
ações:
“ Art. 18. Serão observadas quanto às sociedades por quotas, de
responsabilidade limitada, no que não for regulado no estatuto social, e na
parte aplicável, as disposições da lei das sociedades anônimas.”
O professor Fábio Ulhoa Coelho, bem interpreta o mencionado dispositivo:
“Observe-se bem que o dispositivo mencionado não elege a Lei das
Sociedades Anônimas como supletiva da disciplina legal da sociedade
limitada, mas do seu contrato social. Assim, os sócios poderão pactuar
cláusula divergente de disposição contida na Lei n.º 6.404/76, uma vez que
esta somente terá vigência em relação às sociedades limitadas na hipótese
de omissão do ato constitutivo. A solução seria diferente, evidentemente, se
acaso o legislador houvesse tomado a legislação do anonimato como
diploma supletivo do Decreto n.º 3.708/19”.30
Assim, apesar da sociedade de responsabilidade limitada ser tida como um
tipo societário distinto, a contrário senso, temos que, a aplicação de princípios típicos de
sociedades de pessoas, incluindo a impenhorabilidade de suas quotas sociais, somente é
possível no caso de previsão legal ( que é inexistente) ou de previsão contratual neste
sentido. Portanto, na omissão do contrato, deve-se aplicar os princípios das sociedades
de capital previstos na Lei n.º 6.404/76, e, neste caso, pode haver penhora de quotas.
O professor Dylson Doria ensina que “toda e qualquer restrição à livre
transferência das quotas deve vir expressamente prevista no contrato social que, para
evitar dúvidas, regulará convenientemente o assunto. Omisso o contrato, nenhuma
restrição se pode opor à cessão de quotas, salvo se manifestamente inidôneo o
adquirente”.31
Como já afirmado anteriormente, a nossa jurisprudência não é pacífica acerca
da possibilidade ou não da penhora recair sobre as quotas sociais, no entanto, os
posicionamentos mais recentes dos nossos Tribunais são no sentido de admiti-la.
A primeira decisão do STF que admitiu a possibilidade de penhora das quotas
sociais foi julgada em 8-10-53 no RE 24.118 e, apesar de muito criticada pelos Ilustres
Rubens Requião e Waldemar Ferreira, tem importância histórica e merece por nós a
transcrição da sua ementa, elaborada pelo saudoso Ministro Nelson Hungria:
“São penhoráveis as cotas de sociedade limitada, substituindo-se a
final o credor-exeqüente nas vantagens e ônus do quotista-executado,
30
In Manual de Direito Comercial. 3ª ed., São Paulo: Saraiva, 1992, p. 143.
31
Ob. Cit., p. 209.
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32
Apud Waldirio Bulgarelli in Ob. Cit. p. 184.
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33
In Curso de Direito Processual Civil. Vol. II, 22ª ed., Rio de Janeiro: Editora Forense,
1998, p.199-200.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DORIA, Dylson. Curso de Direito Comercial. Vol. 1.º, 12ª Ed., São Paulo: Saraiva:
1997;
GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro. 3.º Vol., 10ª ed., São
Paulo: Saraiva, 1995;
MARTINS, Fran. Curso de Direito Comercial. 6ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 1977;
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial.1.º Vol., 19ª ed., São Paulo: Saraiva,
1989;
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol. II, 22ª ed.,
Rio de Janeiro: Forense, 1998.