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Tratamento terciário de

efluentes
Profa. Dra. Michelle C.A. Xavier
michellecax@mail.uft.edu.br

Universidade Federal do Tocantins-UFT


2018/2
NÍVEIS DO TRATAMENTO DOS
ESGOTOS
Para se conseguir boas eficiências de remoção de cada um desses parâmetros, as técnicas
de tratamento são divididas em graus ou níveis, de acordo com o grau de remoção de
poluentes ao qual se deseja atingir:

Classificação

Tratamento Tratamento
Tratamento
preliminar ou secundário
primário
pré-tratamento

Tratamento terciário
Tratamento de efluentes
Tratamento terciário
• Objetivo:
Remover agentes patogênicos e/ou
substâncias tóxicas ou indesejáveis que não
foram eliminados nos tratamentos anteriores
• Principais agentes removidos:
 Sólidos em suspensão
 Compostos orgânicos dissolvidos
 Compostos inorgânicos dissolvidos
 Organismos patogênicos que causam: tuberculose, disenteria, cólera,
leptospirose e tifo
 Vírus: causam diarréia, hepatite e polio
 cor
 Micropoluentes
 Nutrientes (N e P)
Principais tecnologias do tratamento
terciário

• Filtração
• Adsorção com carvão ativado
• Troca iônica
• Processos com membranas (ultrafiltração,
osmose inversa)
• Oxidação química
• Lagoas de maturação
• Remoção de nutrientes (N e P)
Filtração
• Remover sólidos em suspensão
• Remover microrganismos

Não foram removidos no decantador


secundário (polimento)

 Consiste do escoamento do efluente por um leito poroso,


constituído por areia, carvão antracito ou outro material
granular.

• Filtro de areia
• Filtro de areia e antracito
• Filtros rotativos
Adsorção com carvão ativado
Princípio: adsorção física dos compostos na superfície do carvão
sem reação química
Adsorção dos compostos orgânicos da fase líquida para a sólida se dá em três
estágios:
• Movimento do contaminante (adsorvato ou soluto) através de um filme
superficial envolvendo a fase sólida (adsorvente)
• Difusão do adsorvato para dentro dos poros do carvão ativo
• Adsorção do material na superfície do meio absorvedor

100 vezes mais


poroso que o
carvão comum

Área superficial
600 a 1000 m2/g
de carvão
Adsorção com carvão ativado
Material adsorvido pode ser removido permitindo a reutilização do
carvão regenerado durante alguns ciclos de operação

Regeneração: térmica, a vapor, extração por solvente, tratamento


básico ou ácido, oxidação química

Formas utilizadas:
• Grãos
• Pó

Carvão ativo granular mais empregado


- tamanho partícula superior a 0,1 mm
- fácil regeneração
Troca iônica
• Remoção de poluentes como sulfato de zinco, cadmio, níquel,
cromatos, materiais radioativos, etc.
• Utilização de resinas de troca iônica

Princípio: remoção de íons indesejáveis em um líquido através da transferência destes íons


para um material sólido, que retém estes íons e liberam no processo uma quantidade
equivalente de uma espécie desejável armazenada anteriormente no material sólido.

Processo estequiométrico

A resina de troca iônica é uma matriz onde são adicionados grupos


funcionais ionizáveis (catiônicos ou aniônicos)
Troca iônica

Capacidade de troca iônica da resina  capacidade limitada de


armazenamento de íons indesejáveis

Quando atingida essa capacidade resina perde funcionalidade


 regeneração ou substituição da resina

Ex.: resina polimérica sintética  maior estabilidade e capacidade


que as zeólitas (resina anterior)
Processos de separação com
membranas

• Objetivo: Remoção de partículas de um solvente (filtração).

• Utilizam membranas semipermeáveis, que funcionam como um


filtro, deixando a água passar por seus poros, impedindo a
passagem de sólidos dissolvidos.

• O transporte de uma dada espécie através da membrana ocorre


devido a existência de uma força motriz  gradiente de pressão
(2 a 10 bar)
Processos de separação com
membranas

• Quanto menor o poro da membrana, maior terá que


ser a pressão exercida, logo maior o custo.

Processos com membrana:


• Microfiltração
• Ultrafiltração
• Nanofiltração
• Osmose inversa
Processos de separação com
membranas
Processos de separação com
membranas
Processos de separação com
membranas
• Microfiltração

– Processo de separação com membranas mais


próximo da filtração clássica
– Porosidade da membrana: 0,1 e 10 μm
– Retenção de materiais em suspensão e em
emulsão
– Apenas o material em suspensão é retido.
Processos de separação com
membranas
• Ultrafiltração
– Purificar e fracionar soluções contendo macromoléculas
– Porosidade das membranas de utrafiltração: 1 a 100 nm (0,01
um)
– Indicação: Soluções contendo solutos numa ampla faixa de
peso molecular (103 - 106 Daltons)
– Aplicações: clarificação, concentração e fracionamento de
solutos.
– Separação é eficiente quando há pelo menos uma diferença
de 10 vezes no tamanho das espécies
– Utilização: indústria de alimentos, bebidas e laticínios,
aplicações na biotecnologia e na área médica.
Processos de separação com
membranas
• Nanofiltração

– Porosidade das membranas de ultrafiltração: 0,001 µm


– Capaz de separar moléculas pequenas massa molar 200
g/mol
– Separa íons bivalentes (cálcio e magnésio)

Aplicações:
• Tratamento de água
• Operações de abrandamento (dureza da água)
Processos de separação com
membranas
• Osmose inversa

– Retenção de solutos de baixo peso molecular, como sais


inorgânicos, íons metálicos ou pequenas moléculas
orgânicas

– Membranas mais fechadas apresentando, portanto, uma


maior resistência a permeação necessita de pressões
mais elevadas que na ultrafiltração

– O fluxo permeado é no sentido contrário ao fluxo


osmótico normal (osmose inversa)
Processos de separação com
membranas
• Osmose inversa

Fluxo água 

 Fluxo água
Processos de separação com
membranas
• Osmose inversa
Novas gerações de membranas resistentes a ampla
faixa de pH, altas temperaturas, presença de produtos
cáusticos, fluxos permeados mais elevados, ampliou o campo
de aplicação da osmose inversa
• Aplicação:
• tratamento de água
• Produção de água ultrapura
• tratamento de águas duras (cálcio e magnésio)
• indústria alimentos
• dessalinização de águas salobras e do mar

Processos híbridos de separação  osmose inversa em combinação com outros


processos clássicos de separação  mais eficientes
Processos de separação com
membranas
• Processos com membranas são uma excelente alternativa
para a obtenção de efluentes tratados que atendam não
apenas aos padrões de lançamento em corpos d’agua, como
também possam servir de água de reuso.

Membrana é barreira absoluta


para material suspenso e
microrganismos

Os processos com membrana:


• isoladamente (como tratamento terciário)
• associados a biorreatores (biorreatores de membrana – MBR)
Oxidação química
• Os mecanismos de reação mudam a estrutura e as
propriedades químicas das substancias orgânicas.

Objetivos:
• Oxidar poluentes em produtos finais não poluentes
(desinfecção, remoção odor e cor, redução DQO)
• Converter poluentes em substâncias intermediárias
mais biodegradáveis
• Converter os poluentes em substâncias removíveis
por alguma operação ou processo unitário
(precipitação, adsorção em carvão ativado)
Oxidação química
Agentes oxidantes mais empregados:

Processos de oxidação química

• Cloro (Cl2)
• Hipoclorito (HClO-)
• Peróxido de hidrogênio (H2O2)
• Permanganato (MnO4-)
• Ozônio (O3)
• Radiação ultravioleta (UV)
Oxidação química
Tipos de oxidação química
• Processos oxidativos convencionais
• Processos oxidativos avançados (POA)

Processos oxidativos convencionais:

• Destruição dos poluentes por processos oxidativos


• Usados na remoção de odores e como agentes desinfectantes

 Cloro (Cl2)
 Hipoclorito (HClO-)  Permanganato (MnO4-)
 Peróxido de hidrogênio  Ozônio (O3)
(H2O2)
Oxidação química
 Processos oxidativos convencionais:

• Cloro (Cl2)

Proveniente da adsorção de cloro gasoso no efluente a ser tratado.

Risco operacional e • não aceito em projetos mais recentes


alto poder corrosivo • eliminado dos processos mais antigos.

Vantagem:
Permite uma ação residual extremamente útil para manter a ação
mesmo após a saída do líquido da estação de tratamento
Oxidação química
 Processos oxidativos convencionais:

• Hipoclorito (HClO-)
 Principal substituto do cloro gasoso
 Mantendo as mesmas vantagens
 Mais seguro operacionalmente
 Menor poder corrosivo
 Usado na forma NaClO (hipoclorito de sódio)
 Uso também está em declínio devido a outras opções mais
ambientalmente corretas
Oxidação química
Processos oxidativos convencionais:

• Ozônio (O3)

• Forma triatômica do oxigênio de alto poder


oxidante
• Instável em solução aquosa, decompondo-se em
O2, não podendo ser armazenado

• Gerado in situ por um gerador de ozônio

Desvantagem: não mantém uma atividade oxidante


residual.
Oxidação química
Processos oxidativos convencionais:

• Ozônio (O3)

Aplicações:

• Remoção de cianetos, sulfetos, nitritos, metais pesados, Fe, Mn


• Inativação de bactérias
• Remoção de odores em fases gasosas
• Degradação de poluentes em águas residuárias e efluentes agrícolas
Oxidação química
Tipos de oxidação química
 Processos oxidativos avançados (POA):

• Transformam os contaminantes orgânicos em CO2, H2O e


ânios inorgânicos, através da degradação que envolvem
espécies transitórias oxidantes, principalmente radicais •OH-
(reagem rapidamente com uma ampla variedade de substâncias orgânicas
presentes em efluentes)
• São processos limpos e não seletivos
• Usados para destruir compostos orgânicos em fase aquosa,
gasosa ou adsorvidos numa matriz sólida

 O3/UV  H2O2 /Fe2+ (reação de Fenton)


 O3/ H2O2 /UV  Catalisador/H2O2 /UV
 H2O2 /UV  TiO2 /UV
 O3/ H2O2  O3/OH-
Oxidação química
Processos oxidativos avançados (POA):

• Radiação ultravioleta (UV)

• Radiação eletromagnética de alta energia


• Promove reações de oxidação devido a formação de radicais
hidroxila (OH-) no meio.
• Comumente é utilizada associada a um material que age
como catalisador do processo de oxidação (TiO2/UV, O3/UV,
H2O2/UV)
Oxidação química
Processos oxidativos avançados (POA):
• O radical •OH- atua como o principal agente oxidante
• Quanto mais eficiente estes radicais forem gerados maior será o
poder oxidativo do processo  potencial de oxidação muito
elevado

• São processos oxidativos com baixa toxicidade e alta eficácia


utilização crescente
Oxidação química
Processos oxidativos avançados (POA):

• O3/UV

Consiste em 3 processos:
• Fotólise direta (UV)
• Ozonização direta (O3)
• Oxidação por radicais OH-

Limitação: o meio não deve conter sólidos em suspensão


(opaco), uma vez que a transmissão da luz UV no meio é
fundamental para a formação de radiais OH-
Oxidação química
• Necessidade de se obter produtos mais limpos
– Compostos oxidantes como KMnO4 e HClO- podem tornar-se
um risco à saúde devido à sua toxicidade

Oxidantes contaminantes: Oxidantes limpos:

 Cloro/hipoclorito  Oxigênio
 Permanganato  Ozônio
 Ácido nítrico  Peróxido de hidrogênio
 Ácido crômico/di-cromato  POA (Radicais OH-)
Oxidação química

Vantagem:

• São processos destrutivos, quando comparados com


processos físicos, tais como precipitação e adsorção, que
apenas transferem os poluentes de uma fase aquosa para
uma segunda fase.
Lagoas de maturação
• É um tipo de lagoa de estabilização

• São tanques construídos em terra de forma a


receber os esgotos continuamente

• Garante elevados tempos de retenção dos


efluentes

• Propicia mecanismos naturais para a redução da


concentração de microrganismos
Lagoas de maturação

• Constitui de etapa final de tratamento de polimento


(pós-tratamento) após o tratamento secundário

• A lagoa de maturação é uma forma de tratamento


terciário

• São escavações com profundidades inferiores a 1,0 m

• São lagoas fotossintéticas e aeróbicas (O2 de ventos e


pelas algas na presença de luz)
Lagoas de maturação
Lagoas de maturação
• Principal objetivo é a da remoção de organismos
patogênicos, e não da remoção adicional de DBO 
efluente de alta qualidade

• Decaimento dos coliformes devido à incidência da


radiação ultravioleta da luz solar

• Os efluentes das lagoas facultativas são mais clarificados


e assim ocorre boa penetração de luz.
Lagoas de maturação

• Bactérias e vírus são inativados, preponderantemente,


pela exposição prolongada à irradiação solar (raios UV),
sendo letal a conjugação dos seguintes fatores:

• Radiação solar (radiação ultravioleta)


• Elevado pH (pH > 8,5)
• Elevada concentração de OD
• Competição entre microrganismos/predadores
Lagoas de maturação

• A baixa concentração de matéria orgânica


biodegradável contribui para o decaimento por
metabolismo endógeno.

• Promove boa nitrificação dos esgotos (amônia convertida


a nitrato pela reaeração superficial e algas)

• Pequeno aumento na remoção de DBO5.


Lagoas de maturação

• Eficiências na remoção de coliformes fecais superiores a


99,99%, (efluentes coliformes fecais inferiores a
103CF/100 mL).

• Tempo de detenção típico: 7 dias (dependendo dos


padrões de coliformes do corpo receptor)

• É um alternativa bastante econômica à desinfecção do


efluente por métodos mais convencionais, como a
cloração.
Estimativa da eficiência de remoção
esperada nos diversos níveis de
tratamento incorporados numa ETE

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