ENGENHARIA CIVIL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
BELÉM – PA
2019
LAURO BRAZ BENTES SARUBBI JUNIOR
ROSENILDO PINHEIRO MIRANDA JUNIOR
Belém – PA
2019
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Lauro e Raika e meus irmãos Braz Nicolas e Laurri por todo o
incentivo durante os anos de faculdade, meu amigo Thyago Guerreiro por ter me
ajudado nas horas mais difíceis da vida onde só posso agradecê-lo.
Ao meu amigo Rosenildo pela compreensão e apoio durante a jornada finita
que hoje terá seu fim, tal jordana que resultou durante meses de estudos esse
momento. Também aos meus grandes amigos da faculdade, que permitiram que essa
caminhada fosse menos complicada.
Agradeço em especial o Eng. Giovanni Almeida Giordano, o qual estendeu a
mão para ajudar de bom grado um conterrâneo, acreditando no futuro de mais um
Oriximinaense
Agradeço ao orientador Renato, pelo empenho dedicado à elaboração
deste trabalho.
Meus agradecimentos аоs amigos das Famílias Veras, Almeida, Bentes,
Oliveira, Guerreiro, Sarubbi, os quais me acolheram da melhor maneira possível e me
deram assistência para continuar até o fim do objetivo através de conselhos e
experiências de vida, companheiros de trabalho е irmãos na amizade que fizeram
parte da minha formação е que vão continuar presentes em minha vida com certeza.
“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem
o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.” – Albert
Einstein.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar os custos de uma
licitação terceirizada através de um estudo de caso. A obra em estudo se trata do
fornecimento de mão de obra para a construção de uma escola com seis salas de
aula, na área do residencial Chico Narrina no município de Abaetetuba/PA. O trabalho
analisou os itens de maior relevância na curva ABC, que representam
aproximadamente 80% do custo final da obra. Os 18 itens tiveram suas cotações e
quantificações revistas, quando possível. As inconsistências que foram encontradas
tiveram seus motivos analisados.
This undergraduate thesis aims to analyze the costs of a third-party tender through a
case study. The work under study deals with the supply of labor to build a school with
6 classrooms in the Chico Narrina residential area in the municipality of Abaetetuba /
PA. The work analyzed the items of greater relevance in the ABC curve, which
represent approximately 80% of the final cost of the work. The 18 items had their
quotations and quantifications revised, when possible. The inconsistencies that were
found had their reasons analyzed.
Figura 1 .................................................................................................... 21
Gráfico 1 – Diferenças encontradas nos serviços .................................... 39
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 .................................................................................................. 25
Quadro 2 ................................................................................................ 322
Quadro 3 ................................................................................................ 333
Quadro 4 ................................................................................................ 333
Quadro 5 ................................................................................................ 333
Quadro 6 ................................................................................................ 344
Quadro 7 ................................................................................................ 344
Quadro 8 ................................................................................................ 344
Quadro 9 ................................................................................................ 355
Quadro 10 .............................................................................................. 355
Quadro 11 .............................................................................................. 355
Quadro 12 .............................................................................................. 366
Quadro 13 .............................................................................................. 366
Quadro 14 .............................................................................................. 366
Quadro 15 .............................................................................................. 377
Quadro 16 .............................................................................................. 377
Quadro 17 .............................................................................................. 377
Quadro 18 ............................................................................................ 3838
Quadro 19 ................................................................................................ 38
Quadro 20 ................................................................................................ 39
Quadro 21……………………………………………………………………….40
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA
Para a construção civil, um dos maiores inimigos é o tempo, o qual se
apresenta como um fator de alto valor econômico, porém, escasso para as atividades
da construção. Tal fator tem grande valor nos processos e, por conta disso,
profissionais almejam otimizar o tempo para findar um melhor lucro. O problema surge
através de erros, os quais buscam acelerar o que foi planejado no orçamento de obra,
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tendo como consequência a imprecisão do orçamento, pois poderá ocorrer erros não
esperados, incluindo alterações de prazos na entrega de projetos e serviços, por isso,
a busca por serviços terceirizados vem aumentando.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 GERAL
Elaborar um estudo comparativo de custos entre um orçamento contratado e
os custos do SINAPI/SEDOP.
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Verificar o processo de orçamento terceirizado da obra em estudo.
• Encontrar divergências de quantificação e cotação.
• Analisar e mensurar a melhoria na qualidade do produto através da
aplicação de cuidados abordados no trabalho.
1.4 DELIMITAÇÕES
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 TERCEIRIZAÇÃO E ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO
Segundo Dias (1998), a Engenharia de custos pode ser definida como uma
área da engenharia em que os problemas referentes a cotação dos gatos e avaliações
econômicas são solucionados através de normas, critérios, princípios e experiências
adquiridas ao longo do tempo. Taves (2004) complementa dizendo que se trata de
uma disciplina que oferece suporte para a formação do preço das obras e para o
controle de seus custos. Caracteriza-se ainda por técnicas científicas utilizadas para
solucionar problemas de estimativa, regulagem de custos e lucratividade em outros
campos da engenharia (MOURA & CONCURD, 2011).
Dessa forma, o procedimento de terceirizar, pode ser visto como uma técnica
e não um fenômeno, “onde deixou de ser uma simples forma de diminuição de custos,
modificando-se para uma técnica que visa à qualidade, eficiência, especialização,
eficácia e produtividade” (JUNIOR, 1996 p.71).
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2.2.1 Insumos
De acordo com Mattos (2007), insumo é cada um dos itens de material, mão
de obra equipamento que entram na realização direta do serviço. Como material tem-
se a parte física que é consumida no processo. Esse material pode ser incorporado à
obra uma vez que os exemplos de tijolos ou argamassa, ou ter uma função temporária
como o caso das formas nas concretagens. A mão de obra é o insumo que diz
reverência à pessoa que executa total ou parcialmente o serviço. Esse insumo vem
geralmente quantificado em horas trabalhadas ou pode também ter um valor fechado
de empreitada.
Empreitada é uma consonância entre quem fornece o serviço (trabalhador) e
o contratante (construtora) que estabelece um valor monetário para uma unidade de
serviço que pode ser metro (m), metro quadrilátero (m²), unidade (un), pavimento
(pvto), etc. Nesse valor pode ou não estar incluso os encargos sociais.
Os equipamentos são insumos físicos que não são consumidos no processo.
Como exemplo pode se citar uma grua ou uma betoneira. A quantificação desta classe
de insumo se dá geralmente em CHP (Custo Horário de Produção) e na compra do
equipamento, quando necessário. No SINAPI, por exemplo, o CHP de um
equipamento é uma constituição que aglomera a desvalorização do equipamento, a
manutenção, o operador, o combustível, etc. As ferramentas não são classificadas
uma vez que equipamentos podem ser quantificados e pedidos no orçamento assim
como os Equipamentos de proteção individual (EPIs), mas, ainda no SINAPI, EPIs e
ferramentas estão inclusos na mão de obra que atualmente está em forma de
constituição, contendo também os encargos, além da hora do trabalhador.
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2.2.2 Unidade
2.2.4 Cotação
conseguir o preço real que será pago quando no tempo de orçamento estiver definido
o resultado e o fornecedor.
Mattos (2006) diz que a simples obtenção de um preço nem sempre é
bastante por si só. Para não haver “furo no orçamento”, ao preço fornecido devem ser
adicionados os custos de frete, carreto, impostos, tarifas de importação e qualquer
outra taxa que venha a incidir. Os indivíduos, encarregados de cotação e ordens de
compra devem estar muito orientados a essa saudação.
2.3 QUANTIFICAÇÃO
A Curva ABC tem sua forma mais geral e visual, representada por uma
tabela, em que são listados os insumos ou serviços em ordem decrescente de impacto
no orçamento. Essa dispõe de informações de descrição, unidade, quantidade, custo
21
Para Mattos (2007), o nome “curva” vem do gráfico que pode ser traçado,
mostrando a percentagem acumulada de cada insumo no valor reunido total da obra.
O mais comum, entretanto, é que a Curva ABC seja apresentada na forma de uma
tabela (Tabela 1).
De acordo com Mattos (2006), dependendo da metodologia, pode se
estipular diferentes limites entre as regiões, mas geralmente é alguma coisa como 0%
- 60% a faixa A, 60% - 80% a faixa B e 80% - 100% a faixa C. Vale notar que mesmo
a faixa A significando a maior das regiões da curva, possui o menor número de itens
justamente por estarem ordenados de forma descente. A faixa C deve englobar em
torno de 80% dos itens mesmo tendo um peso somente 20% do custo total da obra.
É também simples que as porcentagens unitárias somadas devem se igualar a 100%.
22
Os encargos são compostos por uma lista de itens, como previdência social,
repouso semanal, férias, décimo terceiro salário, auxílio paternidade e fundo de
garantia. Mas, como salientado por Ávila, Librelotto e Lopes (2003), a formação dos
encargos pode variar para diferentes situações. Por exemplo, na construção social,
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Mattos (2007) diz que o custo direto é necessário aplicar um fator que
represente o custo indireto e o lucro, além dos impostos incidentes. Este fator de
majoração é o Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), expresso em percentual.
Ainda pata Mattos (2007), o BDI é também uma elaboração de itens que deve
incluir o lucro e todo o custo que não aparece na planilha orçamentária, ou seja, os
custos indiretos. Infligir um valor de BDI ou não, é uma decisão que deve ser tomada
pelo orçamentista de acordo com o que foi considerado na planilha orçamentária e
com o que o contratante do serviço solicitou. Por exemplo, estipulou-se um valor
mensal de custo com ferramentas e esse valor foi convertido em um item da planilha
de orçamento, incluir o custo com ferramentas no BDI se torna um erro, pois esse
custo será computado duas vezes. A contratante pode também ter interesse no valor
de custo da obra, não sendo interessante utilizar uma porcentagem para o lucro.
24
3 METODOLOGIA
Este capítulo se trata de como foi feita a análise, mas antes, informa o leitor
sobre todas as variáveis abrangidas como a construtora, a obra, a região e a origem
do orçamento. Dada a base do leitor, é exibida a metodologia de quantificação e
cotação para cada um dos serviços.
3.1 A OBRA
Aterro interno com apiloamento com transporte em carrinho de mão 340,65 R$ 16,54 R$ 5.634,01 2,23% 66,73% B
Pintura sobre paredes, com lixamento, aplicação de 01 demão de selador acrílico,
02 demãos de tinta acrílica
978,56 R$ 5,00 R$ 4.892,80 1,94% 68,67% B
Emboço de parede, com argamassa traço 1:2:9 (cimento/cal/areia), espessura
1,5cm
765,4 R$ 6,00 R$ 4.592,40 1,82% 70,49% B
26
Reboco paulista aplicado para teto, com argamassa traço 1:2:6 (cimento/cal/areia),
espessura 1,5cm - massa única
628 R$ 6,50 R$ 4.082,00 1,62% 72,11% B
Chapisco em parede com argamasso traço 1:3 (cimento/areia) 1743,96 R$ 2,34 R$ 4.080,87 1,62% 73,72% B
R$
Barracão para escritório de obra porte pequeno s=25,41m² 1
3.811,50
R$ 3.811,50 1,51% 75,23% B
Eletroduto de pvc roscável, diâm=40mm (1 1/4") 900 R$ 4,12 R$ 3.704,40 1,47% 76,70% B
Lastro de concreto magro, e=3,0 cm - preparo mecânico - inclusive aditivo,
conforme projeto
288,5 R$ 12,00 R$ 3.462,00 1,37% 78,07% B
• Porcentagem: 13,57%
• Porcentagem acumulada: 13,57%
Foi confeccionada a quantificação por intermédio do volume total de sapatas
a serem executadas no empreendimento. A quantificação feita através do volume
também será utilizada nos itens 8 e 9, de acordo com o volume que cada item atenda.
• Porcentagem: 7,66%%
• Porcentagem acumulada: 21,23%
Quantificação obtida por meio da área total de laje segundo projeto.
• Porcentagem: 6,93%
• Porcentagem acumulada: 28,16%
Este foi item foi quantificado através do perímetro do empreendimento.
• Porcentagem: 6,53%
28
• Porcentagem: 5,08%
• Porcentagem acumulada: 44,98%
Quantificada através da área total de vigas confeccionadas, segundo o
projeto.
• Porcentagem: 5,06%
• Porcentagem acumulada; 50,04%
Item quantificado através da área total construída da escola, seguindo
procedimento técnico da NBR 13753.
• Porcentagem: 5,04%
• Porcentagem acumulada: 55,09%
Foi quantificado utilizando a somatória das áreas de alvenaria construídas
acerca das seis salas da escola.
• Porcentagem: 4,29%
29
• Porcentagem: 2,80%
• Porcentagem acumulada: 62,17%
3.3.10 Reboco paulista para parede, com argamassa traço 1:2:6 (cimento/areia),
espessura 2,5cm:
• Porcentagem: 2,33%
• Porcentagem acumulada: 64,50%
Quantificação feita através da soma da área externa da alvenaria, totalizando
o serviço.
• Porcentagem: 2,23%
• Porcentagem acumulada: 66,73%
Quantificado por intermédio da área útil do terreno.
• Porcentagem: 1,94%
• Porcentagem acumulada: 68,67%
Quantificada por meio da área externa da alvenaria, após conclusão do
reboco paulista.
• Porcentagem: 1,82%
• Porcentagem acumulada: 70,49%
Quantificação feita através da soma da área interna da alvenaria.
3.3.14 Reboco paulista aplicado para teto, com argamassa traço 1:2:6
(cimento/cal/areia), espessura 1,5cm – massa única:
• Porcentagem: 1,62%
• Porcentagem acumulada: 72,11%
Quantificado através da área total do teto, para espera de pintura.
• Porcentagem: 1,62
• Porcentagem acumulada: 73,72%
Quantificação calculada através da somatória das áreas internas e externas
de alvenaria construída.
• Porcentagem: 1,51%
• Porcentagem acumulada: 75,23%
O barracão foi quantificado conforme a NR 18, que diz que toda obra deve
conter alojamento, instalações sanitárias, vestiário e local para refeições.
• Porcentagem: 1,37%
• Porcentagem acumulada: 78,07%
Foi feita a quantificação por meio das áreas das fundações rasas.
31
• Porcentagem: 1,24%
• Porcentagem acumulada: 79,31%
Quantificada através da área de emboço paulista no teto.
Os preços são todos referentes à data em que foi assinado o contrato da obra,
no mês de abril de 2018. Quando não se encontrar preços com referência válida para
abril de 2018, os valores de datas diferentes serão corrigidos pelo CUB fornecido pelo
SINDUSCON Pará.
32
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.2 A ANÁLISE
Para os itens 1 e 2:
A cotação do custo unitário para estes itens foi feita apenas para mão de
obra, ou seja, o material estrutural não foi adicionado à CPU. A diferença para a
reavaliação existe por conta da diferença de valor de mão de obra.
Para o item 3:
41
A cotação neste item ficou abaixo do preço de mercado, pois, fez parte do
acordo entre contratante e contratado.
Para o item 4:
Por ser uma equipe de trabalho fechada, a mão-de-obra original foi mais
barata, diminuindo o custo em relação ao teto encontrado na tabela do SEDOP.
Para o item 6:
Devido a imprevistos operacionais foi necessária a inclusão de mais mão-
de-obra para que a obra pudesse ser entregue de acordo com o prazo estipulado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ÁVILA, Antônio Victorino; LIBRELOTTO, Lisiane Ilha; LOPES, Oscar Ciro. Apostila
de Orçamentos de Obras. Florianópolis, 2003.