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Remédios FLORAIS CHRISTINE WILDWOOD

REMéDIOS

FLORAIS

EDITORIAL ESTAMPA

1994
FICHA TÉCNICA

Título original: Floiver Remedies. Natural Healing with Floiver Essences Ilustrações: Nancy
Lawrence
Capa: José Antunes
Ilustração da capa: Clematis. (Estampa)
Fotocomposição: Byblos - Fotocomposição, Lda.
Impressão e Acabamento: Rolo & Filhos - Artes Gráficas, Lda.
Depósito Legal nº 76063/94
ISBN 972-33-0959-9
Copyright: (@) Christine Wildwood 1992

Edição original publicada por Element Books, Limited Grã-Bretanha 1992 (@) Editorial
Estampa, Lda., Lisboa
para a língua portuguesa
ÍNDICE

AGRADECIMENTOS 11
1.O QUE SÃO OS REMÉDIOS FLORAIS DE BACH? 13
Um método simples de potenciação 16
Remédios Florais em acção 18
Complementares e profilácticos 20
Existem ainda mais Remédios por encontrar? 21
O treino em Terapia Floral de Bach 22
Bach, o compositor, ou “Batch”? 23
Comprar os Remédios 23
2. COMO FUNCIONAM ESTES REMÉDIOS? 25
* energia vital 26
* escultura ou o rio? 26
Vibração 28
Abarcando o Todo 28
Vibrações medicinais 29
A aura 31
Pelas suas próprias palavras 32
3. APRENDER A RECEITAR 33
Receitar a si próprio 34
Autoconhecimento 34
Reacções ao tratamento 35
Encontrar o Remédio certo 36
Aprender a seleccionar os Remédios 37
Análise dos sonhos 38
Receitar para os outros 40
A consulta 41
Usos especiais dos Remédios Florais 43
Gravidez 43
Bebés 44
Crianças 45
Animais 46
Plantas 46
4.OS TRINTA E OITO REMÉDIOS 47
Agrimony 49
Aspen 51
Beech 53
Centaury 54
Cerato 56
Cherry Plum 57
Chestnut Bud 59
Chicory 61
Clematis 62
Crab Apple 64
EIm 65
Gentian 67
Gorse 68
Heather 70
Holly 71
Honeysuckle 73
Hombeam 75
Impatiens 76
Larch 77
Mimulus 79
Mustard 80
Oak 82
Olive 83
Pine 84
Red Chestriut 86
Rock Rose 87
Rock Water 88
SclerantIrus 90
Star of Bethlehem 91
Sweet Chesmut 93
Vervain 94
Vine 96
WaInut 98
Water Víolet 99
White Chestnut 100
Wild Oat 102
Wild Rose 103
willow 104
Rescue Remedy 106
5. DOSAGENS E OUTRAS APLICAÇõES 109
Preparação do tratamento 110
Dosagem 110
Utilização genérica 110
Bebés e mães a amamentar 110
Animais 111
Plantas 111
Aplicações externas 111
Compressas 111
Banhos 112
Tratamento do rosto 112
Duração do tratamento 112
Utilização do Rescue Remedy 113
6. EXPERIÊNCIAS COM A TERAPIA DE BACH 115
Alguns casos estudados 116
7. PARA UMA SAúDE TOTAL 125
Pôr em prática 128
A origem do stress 128
Harmonia com a natureza 129
Procura interior 130
Protecção física 134
Fortalecer a aura 135
Criar um canal de cura 136
Meditação projectada 137
E finalmente 140
NOTAS 141
OUTRAS LEITURAS 143
MAPA DE CONSULTA RÁPIDA 145
AGRADECIMENTOS

Um “muito obrigado” a todas as pessoas de Mourit Vemon e a todos aqueles que, de alguma
forma, contribuíram para o “nascimento” deste livro. Muito obrigado ainda ao Dr. Edward
Bach, cujo espírito brilhante continua vivo através do seu trabalho.
O QUE SÃO OS REMÉDIOS FLORAIS DE BACH?

Motint Vernon, uma casinha com jardim em Oxfordshire, na Inglaterra, é a origem de um


curioso sistema de cura conhecido como Terapia Floral de Bach.

Neste método certas flores silvestres são seleccionadas devido à sua especial capacidade
de tratar problemas de personalidade ou de ordem emocional que perturbam o doente, mais
do que pela pretensão de curar os sintomas físicos de determinada doença.

Os trinta e oito remédios, que compõem a farmacopeia dos florais de Bach, têm vindo a ser
preparados em Mount Vemon há cerca de sessenta anos. De facto, os actuais responsáveis
continuam a recolher flores silvestres dos mesmos locais e a utilizar os métodos de
preparação originais que foram descobertos nos anos 30 pelo médico visionário Dr. Edward
Bach. A beleza simples da casa, também conhecida por Centro de Bach, combinada com a
personalidade simples do próprio Dr. Bach, é perfeitamente visível nas suaves curas com
plantas que têm vindo a ser, embora pacificamente, cada vez mais reconhecidas por todo o
mundo.

Foi em Mount Vernon que Bach passou os seus últimos anos de vida. Foi aqui que
aperfeiçoou o seu trabalho e foi daqui que partiu, satisfeito com o facto de a sua missão na
Terra ter sido cumprida.

Para podermos começar a perceber o sistema de Bach, precisamos de analisar a filosofia


em que se baseia. Embora este assunto vá ser
aprofundado uns capítulos mais adiante, comecemos pela procura por Bach de um método
de tratamento que abarcasse tanto a mente como o espírito das pessoas - um método que
não exigisse tanto a prática de medicina, quanto uma sensibilidade natural e preocupação
para com os outros.

Em 1930, Edward Bach, agora com 43 anos de idade, era já detentor de um extraordinário
talento como consultor, bacteriologista e homeopata.
O seu nome foi perpetuado pelos sete “Nósodos de Bach”, que ele descobriu e que ainda
são utilizados, hoje em dia, como “remédio” homeopático. (Nósodos são “medicamentos”
homeopáticos, preparados com substâncias de origem patológica).

Para grande surpresa da classe médica britânica, Bach sentiu-se inspirado (pois nada mais
explica o que aconteceu) a deixar a sua lucrativa prática médica e a dedicar-se a uma nova
forma de cura; um método perfeitamente benigno, que não afectasse os homens nem os
animais. Estava convencido de que substâncias venenosas, de origem animal, vegetal ou
mineral, não deveriam ser
utilizadas para curar - mesmo quando utilizadas em doses mínimas, como no caso da
homeopatia.

A sua experiência homeopática abriu-lhe, no entanto, os olhos para uma terapia vibrátil.
Tinha a noção de que substâncias médicas, muito bem diluídas (tão diluídas que não
conseguiriam ser observadas no laboratório), podiam despertar um poderoso efeito de cura
no corpo humano. Esta noção veio a influenciar o desenvolvimento do seu próprio sistema
de cura.

Igualmente importante para Bach era a percepção de que o stress


permanente, resultante de emoções fortes como a raiva, o medo ou a
preocupação, diminuíam a capacidade de defesa contra as doenças. Nessa altura o corpo
ficaria mais atreito a todo o tipo de infecções e doenças, podendo tratar-se de uma
constipação, herpes, um problema digestivo, ou algo bastante mais grave.

Ao mesmo tempo reparou que o estado de espírito da pessoa tem tudo a ver com o
percurso, gravidade e duração da doença de que padece. Bach notou ainda que pessoas
sofrendo do mesmo mal e tendo o mesmo tipo de personalidade se davam bem com o
mesMo tipo de “medicamentos”, mas outras pessoas com diferente temperamento e
padecendo da mesma doença precisavam de um “medicamento diferente. Assim, o lema de
Bach passou a ser o seguinte:
14
“Não prestes atenção à doença; considera, sim, a personalidade da pessoa doente.”

De acordo com as ideias de Bach, a doença é a consolidação de um estado mental e, neste


campo, partilhava as opiniões de Platão e
de muitos outros praticantes contemporâneos da medicina holística.

Embora inteligentíssimo e com um sólido passado científico, Bach nunca perdeu o contacto
com a sua natureza espiritual. Era, mais do que tudo, um “homem de coração”, guiado pela
intuição ou por aquilo a que algumas pessoas chamam inspiração divina. Acreditava
cegamente que a chave para a arte da verdadeira cura se encontrava, não nos laboratórios,
mas no reino das plantas e que estas, tão especiais, poderiam ser encontradas na natureza,
alimentadas pela Terra-Mãe e a receber “energia” pela acção combinada da água, ar puro e
luz solar.

Logo depois de deixar Londres, Bach instalou-se numa pequena aldeia perto de Betws-y-
Coed, a norte do País de Gales. Vivendo perto da natureza, a sua sensibilidade inata
desenvolveu-se por completo. Já tomara consciência do seu dom de cura pois, muitas vezes
seguira o impulso de pôr a mão no braço ou sobre o ombro de um dos seus pacientes e, de
imediato, estes se sentiam invadir por uma “onda” de energia “curativa”.

Entretanto, no País de Gales, a sua sensibilidade apurou-se de tal forma que lhe bastava pôr
uma pétala na língua ou pôr a mão sobre uma planta a florescer, para se aperceber das suas
repercussões a nível mental, físico e espiritual.

Mais tarde, Bach veio a adquirir conhecimentos por outra via: durante alguns dias, antes de
a planta para determinada doença ter sido descoberta, sentia com muita intensidade o
perturbante estado de espírito para o qual essa flor constituia o “remédio”. Na verdade, Bach
sofreu bastante durante estas pesquisas, tanto a nível físico como mental.

Na sua opinião, certas flores pertencem a uma “ordem superior” e


têm mais poder do que as plantas medicinais normais, que curam o corpo a um nível
bioquímico. As verdadeiras plantas curativas, dizia ele, resolviam a desarmonia entre o
estado espiritual e físico do ser, transformando emoções negativas, como o medo, a
melancolia e o ódio, em coragem, alegria e amor; e é desta forma que elas “corrigem” a
causa da nossa doença.

Os Remédios Florais não abafam simplesmente os


sintomas de uma percepção turbulenta, como é o caso de tantas subs-15
tâncias perturbadoras. Em vez disso, agem como um suave catalisador, gerando a mudança
a partir do interior.

A maneira exacta como este método se processa, ninguém o sabe ao certo. O seu modo de
agir pode ser semelhante ao de outros métodos de cura vibracionais (ver Capítulo 2),
principalmente as homeopatias “mentais” , que são receitadas consoante o temperamento
da pessoa em questão e não devido aos seus sintomas físicos. Citando Bach:

“Os Remédios curam não por atacarem as doenças, mas porque invadem o nosso corpo
com as belas vibrações da nossa Natureza Superior, na presença da qual a doença começa
a derreter, como a neve derrete ao Sol.”

Um método simples de potenciação

“Que a simplicidade deste método não vos afaste do seu uso, pois
descobrirão que quanto mais as vossas pesquisas avançarem, mais evidente se tornará a
simplicidade de toda a Criação. (2)11

Enquanto morou no País de Gales, Bach passeava pelos verdes prados onde o orvalho
matinal ainda se fazia notar no chão. Foi então que lhe ocorreu que cada gota de orvalho
deveria conter algumas das propriedades da planta sobre a qual caía. Decidiu testar a sua
teoria recolhendo orvalho de várias flores e testando-o em si próprio.

Através dos seus sentidos bem apurados, Bach chegou à conclusão de que o orvalho
continha, realmente, um determinado poder. Mais ainda; o orvalho das flores que cresciam
ao sol era bem mais potente do que aquele que havia sido recolhido das flores que cresciam
à sombra. Chegou também à conclusão de que a energia essencial das plantas só poderia
ser encontrada quando as flores estivessem já completamente desenvolvidas, ou
seja, quando tivessem atingido o seu auge de perfeição e estivessem
prestes a cair.

Tendo provado a si próprio que o orvalho aquecido pelo sol absorvia as propriedades da
planta onde caía, decidiu dedicar-se à tarefa de encontrar uma técnica mais simples de obter
as energias da flor (retirar o
orvalho das plantas revelou-se uma técnica muito morosa).

Ao procurar um método que não destruísse nem danificasse a planta em si, chegou16
mesmo a descobrir dois métodos de extracção, ou “potenciação”, como
ele preferia chamar-lhe: o Método Solar e o Método de Ebulição.

No Método Solar, as melhores cabeças de flores são cuidadosamente escolhidas e


colocadas numa fina e límpida taça de cristal ou vidro contendo água da nascente. A taça é
depois posta no chão (perto do local onde as plantas foram recolhidas), e exposta durante
algumas horas a
uma forte luz solar - ou até a energia curativa dos rebentos ser transferida para a água da
taça. Depois as plantas são cuidadosamente retiradas de dentro de água, com uma folha ou
ramo da planta medicinal, evitando-se assim o contacto físico com a água vitalizada, ou
“essência”. Esta
11 essência” é depois vertida dentro de uma garrafa meio cheia de brandy, que actua como
conservante, e é rotulada com a designação de “Tintura-Mãe”.

Alguns anos mais tarde, à medida que o seu trabalho foi evoluindo, Bach apercebeu-se de
que certos rebentos, tais como Star of Bethlehem, Willow e Ehri exigiam um método de
extracção muito mais poderoso, embora não tivesse explicado porquê. Foi para estas
plantas que criou o Método de Ebulição.

Durante este processo, as diversas partes da planta (rebentos, cones ou flores) são
colocadas numa panela de esmalte com água da nascente para ferverem em lume brando,
durante meia hora. Depois, cobre-se a panela e deixa-se arrefecer. Quando já está fria, a
essência é coada e, tal como no Método Solar, conservada em quantidades iguais de brandy
com o rótulo “Tintura-Mãe”.

O passo seguinte, em ambos os métodos, é a diluição da “Tintura-Mãe” numa outra porção


de brandy. Esta garrafa é rotulada como
“Concentrado de Provisão” e é sob esta forma que os Remédios são normalmente vendidos.

Embora o Concentrado seja o derivado da tintura original, não deixa de ser considerado um
Remédio Concentrado por si só, pois requere diluição adicional em água da nascente, antes
de ser administrado (ver Capítulo 5).

Dos trinta e oito Remédios Florais, dois são ligeiramente diferentes, pois não são preparados
a partir de plantas silvestres europeias. São eles a Rock Water (água da nascente,
potenciada) e o Cerato que é uma planta cultivável, proveniente dos Himalaias.

O facto de Bach ter escolhido a Rock Water como Remédio é fácil


17
de perceber, uma vez que esta é preparada com água da nascente, água essa já vitalizada
pelas energias da Terra (ver página 88). Porém, a razão
pela qual escolheu a ornamental Cerato como planta medicinal, ninguém a sabe.
Julian Barriard, autor de vários livros sobre as curas de Bach, propõe uma teoria
interessante, segundo a qual a planta, simultaneamente, faz a pergunta e dá a resposta.
Cerato é para aquelas pessoas que sofrem de incerteza!

Remédios Florais em acção

Quem não esteja familiarizado com os princípios da homeopatia, que as plantas medicinais
até certo ponto imitam, pode ter dificuldade em
aceitar o facto de com tão pouco se poder fazer tanto.

Tal como temos tido oportunidade de ver até aqui, os Remédios Florais representam a
energia das plantas e não quantidades mensuráveis de uma substância terapêutica. Por este
facto, os mesmos podem ser descritos como uma forma de energia medicinal ou cura
espiritual, acessível a qualquer pessoa.

Os Remédios são preparados com plantas não venenosas e água pura e, por isso, tal como
aconteceria com drogas ou medicamentos compostos de ervas, uma “overdose” seria
perfeitamente inofensiva. Estes não criam dependência e podem ser tomados
indistintamente por adultos, crianças ou mesmo recém-nascidos.

Para além disso, muitos utilizadores das curas de Bach verificaram que os Remédios
também podem ser benéficos para os animais, e até para as plantas, o que naturalmente
acaba com o mito dos placebos frequentemente propagado pelos cépticos.

Para podermos utilizar os Remédios Florais com êxito, precisamos de deixar de pensar em
termos de sintomas físicos. Pelo simples facto de um determinado medicamento natural ter
curado o eczema ou a ansiedade de um amigo, isso não significa que a mesma receita
resolva o seu problema de pele. É importante escolher o Remédio, ou a combinação de
Remédios, adequados às suas necessidades emocionais específicas.

Como já vimos, Bach reconheceu trinta e oito flores com propriedades medicinais, uma para
cada um dos estados de espírito negativos que correntemente ensombram a nossa
percepção. Cada medicamento transpõe o aspecto negativo para o lado oposto ou positivo.
Holly (Sagrado),
18
por exemplo, é o medicamento ideal para os que sentem ódio, inveja ou
suspeita. Uma dose deste remédio permite à pessoa dar sem ter que, obrigatoriamente,
receber algo em troca e ainda ficar feliz com a felicidade dos outros.

Consideremos ainda o tipo Vine: dominador, inflexível e, por vezes, excessivamente


ambicioso. Uma dose deste Remédio fará transparecer o lado positivo de uma
personalidade com estas características, que é própria de um líder duro mas gentil; um tipo
de pessoa capaz de inspirar os outros.

Analisemos um exemplo tirado da vida real. Quem mais, senão um


utilizador habitual das curas florais de Bach, acreditaria que a delicada flor cor-de-rosa do
Castanheiro Vermelho (Red Chestnut) poderia ajudar uma pessoa que está, habitualmente,
demasiado preocupada com o bem-estar dos seus entes queridos?

Ocorreu-me recentemente a energia específica que este Remédio transmite quando Mary
veio ter comigo. Ela estava deprimida e ansiosa pelo facto de o seu sobrinho, Peter, um
jovem soldado, estar a fazer a tropa no Golfo, durante a recente guerra. Ela temia pela sua
segurança:

“E se ele for morto? Como é que a minha irmã irá suportar a dor de o perder? Se ao menos
eu o tivesse conseguido convencer a não se alistar... Ele deve sentir-se tão sozinho, tão
assustado... O que poderei fazer para o ajudar?”

Alguns dias depois de começar a tomar o Remédio, Mary telefonou-me a dizer que se sentia
muito mais calma e, mais importante ainda, que tinha enviado, para o sobrinho, palavras
encorajadoras de amor e segurança.

“Ele afinal de contas é um homem” -- disse ela, -- logo, tem o direito de dar à sua vida o
rumo que entender, por mais perigoso que seja.”

Depois deu-se o caso de Mark, um homem tímido ao qual faltava confiança em si próprio e
que previa, antecipadamente, a sua derrota permanente. A certeza desse seu fracasso
estava enraizada e era reforçada por experiências passadas.

Aos trinta e sete anos de idade, estava em vias de fazer o seu exame de condução, pela
décima vez:

“Não vale a pena” dizia ele, “eu não fui feito para conduzir, nunca vou conseguir passar. Nem
sei porque continuo a gastar o meu dinheiro.”
19
Mark é um exemplo típico do estilo de Larch. O aspecto inclinado e lânguido das raízes
desta árvore espelha exactamente o tipo de características ao qual este remédio se destina -
falta de confiança e desespero. Tenho de admitir que Mark não passou no tal teste de
condução, mas dois meses mais tarde, estando já a tomar o Remédio havia duas semanas,
conseguiu passar - o que constitui um milagre, tal como ele próprio explicou!

Na maior parte das vezes, as pessoas não se incluem tão facilmente num só tipo de
personalidade, tal como os exemplos anteriores sugerem. A maior parte dos casos necessita
de uma combinação de Remédios Florais, para assim lidar com os vários aspectos
negativos que predominam, especialmente em casos de profunda desarmonia física e
emocional (ver Capítulos 3 e 6).

Complementares e profilácticos

Embora Bach fosse um idealista, não era irrealista. Por isso, terá sido o primeiro a utilizar
outras formas de tratamento, sempre que necessário, como complemento dos Remédios
Florais.

A filosofia holística diz que o intelecto, o corpo e o espírito estão interligados e que o que
quer que afecte um destes aspectos, afecta os outros também.

É sabido que são poucas as pessoas que se ajudam a si próprias, vivendo uma vida o mais
saudável possível. Uma pessoa que se alimente, apenas, com comida pouco saudável, fume
demasiado e não se levante da cadeira, não pode esperar que os Remédios façam milagres
a nível físico, muito embora eles consigam despertar nas pessoas o desejo de mudar de
hábitos.

No entanto, até o próprio Dr. Bach, ciente embora da importância de uma vida saudável e de
uma boa dieta, nem sempre aderiu a este princípio.

De facto, não seria exagero dizer que foi o seu próprio desleixo, decorrente do excesso de
trabalho e de cigarros, que contribuiu para o seu fraco estado de saúde e morte precoce.

Os Remédios Florais de Bach são um excelente complemento de todas as outras formas de


tratamento, quer se trate da Alopatia (medicina ortodoxa), Homeopatia, curas com ervas,
Acupunctura, Aromaterapia ou
quaisquer outras. Funcionam a nível mental/espiritual sem interferirem
20
nas outras curas destinadas ao corpo, reforçando, sim, essas formas de tratamento.

Na minha experiência como terapeuta de aromas, os medicamentos naturais ajudam a


libertar certos medos e tensões que, com frequência, se manifestam através de frio, dores e
hiper-sensibilidade em certas áreas do corpo como os pés, o plexo solar, os ombros ou as
nádegas. Os Remédios parecem acelerar os processos de cura, especialmente naquelas
pessoas que não se conseguem desligar dos problemas.

Os Remédios de Bach têm um papel muito importante na área do tratamento preventivo. É


realmente muito melhor tomá-los como tal, em vez de esperar por estar doente. Estes
Remédios ajudam-nos a lidar com os altos e baixos da vida. Agem sobre as emoções que,
por seu turno, agem sobre o corpo. Se se tentar corrigir um estado de espírito negativo, será
possível evitar uma perturbação física antes desta ter tempo de se manifestar como doença.

Existem ainda mais Remédios por encontrar?

Embora Bach achasse que o seu trabalho estava completo, seria irrealista pensar que não
existem mais plantas de “nível superior”. Pode até já ter deparado com outros medicamentos
naturais conhecidos por
11 essências florais”, preparados pelo método de Bach. Embora estes métodos sejam, sem
dúvida alguma, eficazes, não devem ser confundidos com os Remédios Florais de Bach,
nem com extracções aromáticas conhecidas como óleos de essências, também por vezes
chamados “essências”, utilizadas na aromoterapia e na perfumaria.

Algumas essências florais são baseadas em Remédios de ervanária: quer-se com isto dizer
que, para além dos seus efeitos fisiológicos, se pensa que estas poderão também influenciar
alguns estados de espírito. Os medicamentos de Bach lidam, única e exclusivamente, com
estados de espírito negativos.

Mimulus, por exemplo, embora tenha propriedades medicinais, se utilizado como chá de
ervas ou como remédio homeopático, lida com o medo e a ansiedade, enquanto Remédio de
Bach. Não tem qualquer tipo de influência directa no corpo. No entanto, ao transformarem o
medo e a ansiedade nos seus pólos positivos de coragem e
21
compreensão, uma cura a nível físico é bastante provável. Desta forma os Remédios de
Bach, curam indirectamente o corpo.

No primeiro contacto com o sistema de Bach, pode ser difícil aceitar que só existem trinta e
oito estados de espírito negativos. Com certeza que deverá haver mais! Por exemplo, não
existe nenhum medicamento específico para a fúria.

De acordo com John Rainsell e Judy Howard do Centro de Bach, a fúria e outros estados de
espírito não incluídos, são apenas “derivados” de outros mais importantes. São sentimentos
que podem ser criados ou provocados por um sem número de problemas diferentes.

Precisamos, então, de aprofundar mais as causas, começando por determinar como e


porquê qualquer condição do intelecto se manifesta.

A fúria é muitas vezes associada ao ódio e à inveja, mas pode também ser causada por uma
frustração, preocupação, ressentimento ou
qualquer outro tipo de condição mental. Precisamos, então, de perguntar a nós próprios ou à
pessoa em tratamento, qual a causa da sua fúria?

Por outras palavras: é aprofundando as causas da fúria de cada um que o Remédio, ou


combinação de Remédios, se torna evidente.

Embora eu por vezes utilize outras essências de flores, fico um pouco desorientada com um
estado de espírito não “identificado”. Independentemente daquilo de que uma pessoa sofre,
há sempre um Remédio Floral de Bach adequado à sua personalidade e padrão de
comportamento em mudança.

O treino em Terapia Floral de Bach

Não há quaisquer qualificações profissionais na Terapia Floral de Bach. A maioria dos


praticantes são especializados em qualquer outro tipo de terapia e utilizam os Remédios de
Bach como complemento de outra cura qualquer. O Dr. Bach pretendia que o seu tratamento
fosse uma medida simples e de auto-ajuda, ao alcance das pessoas dos diversos níveis
sociais. Por essa razão os livros e panfletos existentes foram sempre considerados
suficientes por si só.

Os Remédios de Bach nunca são publicitados, mas no entanto há seminários e palestras


organizados por pessoas cujo intuito é espalhar a ideia da sua existência. Poderá
22
encontrar informações sobre essas palestras nos “placards” informativos de lojas de
produtos naturais, clínicas naturistas e bibliotecas públicas.

Se pretender estabelecer-se como praticante de curas com florais de Bach, seria muito
vantajoso aprofundar os seus conhecimentos na área do aconselhamento e obter a
respectiva qualificação. Não deixe de se
informar sobre os cursos à sua disposição na área onde reside.

Bach, o compositor, ou “Batch”?

Visitantes de Mourit Vemon decerto já ouviram o nome do médico pronunciado como


“Batch”. A família de Bach é oriunda do País de Gales onde a palavra bach tem o significado
de “pequeno” ou “querido” e é pronunciado guturalmente, como acontece com o nome do
compositor. No entanto, Bach iniciou a sua actividade médica em Inglaterra onde a maioria
dos seus colegas estudantes eram ingleses e pronunciavam (ou deturpavam) o seu nome
como “Batch”; e é assim que ele é conhecido desde então, pelo menos em Mount Vemon.

Comprar os Remédios

Os Concentrados bem como os Remédios podem ser adquiridos em


diversas lojas de produtos naturais, farmácias homeopáticas ou nas ervanárias.
23
COMO FUNCIONAM ESTES REMÉDIOS?

Até há bem pouco tempo, uma explicação não esotérica do modo de actuar dos
medicamentos seria perfeitamente inconcebível.

De facto, os autores têm tentado manter-se afastados da dura luz das razões científicas,
para assim se refugiarem nas suaves sombras da reflexão espiritual. Finalmente, no entanto,
com o excelente “despertar” da ciência para a física quântica e o desenvolvimento da
medicina dirigida para o corpo e para o intelecto, uma explicação equalizada poderá ser
possível.

Antes de começarmos a perceber como é que os remédios funcionam, precisamos de nos


afastar dos preconceitos materialistas.

Primeiro que tudo temos que acreditar na existência de uma única inteligência universal, ou
energia vital.

Em segundo lugar, temos de analisar o conceito, já antigo, de que o corpo não é uma
estrutura sólida, mas sim um rio que está sempre em movimento.

Em terceiro lugar, devemos analisar os componentes desse rio, ou seja, as partículas


subatómicas, melhor conhecidas como energia, ou vibrações.

Por fim, devemos analisar o mundo como um todo e apercebermo-nos de que, longe de
sermos meros observadores do universo, somos na verdade parte integrante da sua malha”,
uma parte vibrante do todo.
25
A energia vital

A doutrina do materialismo refere que o corpo e toda a vida em geral têm uma natureza
bioquímica e que a realidade da mente não passa de uma projecção da matéria.

Mas será que podemos reduzir o ser humano a um nível unicamente químico?

Consideremos, por um momento, a espantosa coordenação e acção sinergética da nossa


fisiologia. Temos tendência para ver o corpo como uma máquina composta por muitas partes
e funções, operando em compartimentos separados, quando de facto, tal como os eco-
sistemas terrestres, tudo está ligado por um elo invisível. Nós conseguimos,
simultaneamente, respirar, comer, falar, pensar, digerir a comida, combater infecções,
renovar as nossas células e fazer muitas mais coisas.

As células sanguíneas, por exemplo, afluem para o local da ferida e começam a formar um
coágulo. Estas células não se dirigiram para lá por acaso; elas “sabiam” para onde se dirigir
e o que fazer quando lá chegassem.

É um facto que qualquer actividade do organismo é activada por uma força “inteligente” e
invisível; uma força que tem a ver com o nosso todo, a todos os níveis e não apenas a nível
bioquímico.

Segundo o físico Dr. Deepak Chopra, “é a inteligência que estabelece a diferença entre uma
casa desenhada por um arquitecto e um
monte de tijolos” ou, por assim dizer, depois da morte física os elementos químicos
permanecem, mas há algo que desaparece.

A escultura ou o rio?

O filósofo grego Heraclito de Éfeso acreditava num mundo de eterna mudança ou de


“transformação” permanente. Ele fez a seguinte interessante observação:

“ninguém se pode banhar no mesmo rio duas vezes” (isto porque o rio está constantemente
a correr).

De igual modo, e de acordo com o Dr. Chopra, se conseguíssemos ver o corpo tal como ele
é na realidade, nunca veríamos também o mesmo corpo duas vezes.

Longe de ser uma “massa” sólida, o corpo está em constante mudança.


O esqueleto, por exemplo, pode parecer sólido, mas os ossos que temos agora não são os
mesmos que tínhamos há três meses atrás. As células do corpo estão constantemente a ser
substituídas. Produzimos um fígado
26
novo cada seis semanas, uma nova pele uma vez por mês e um novo
revestimento do estômago de quatro em quatro dias. Aliás, noventa e
oito por cento dos átomos existentes no nosso corpo não são os mesmos

de há um ano atrás.

Por isso, o corpo que nós vimos e tocamos é, nada mais nada menos, do que uma corrente
de energia. Mas e o intelecto?

Há muitos séculos que os filósofos têm vindo a contemplar a natureza


do intelecto. Uns chegaram à conclusão de que o intelecto é um fenómeno separado da
realidade física, um aspecto do espírito imortal de cada um.

Outros decidiram que o intelecto é uma simples função do cérebro, uma


ficção, utilizando o vocabulário médico.

Embora nunca venhamos a conhecer a verdade absoluta, a física moderna tem começado a
aproximar-se da natureza do intelecto.

Na década de 70 ocorreram interessantes descobertas centradas em novos produtos


químicos, chamados neurotransmissores e neuropeptídios. Na altura, estes produtos foram
considerados revolucionários, pois provaram que os nervos não funcionavam
electronicamente como um sistema de telégrafo, tal como se pensava na época, mas sim
que os impulsos nervosos tinham uma origem química.

Tal como foi dito pelo Dr. Chopra:

“A chegada dos neurotransmissores marcou a interligação entre o intelecto e a matéria de


uma forma muito mais móvel e fluente do que alguma vez tinha sido até então considerada:
muito próxima do modelo de um rio.

Ajudam também a preencher o abismo existente entre o intelecto e o corpo, um dos mais
fascinantes mistérios com que o Homem se tem deparado desde a altura em que começou a
considerar a sua própria existência. (’)”

Surpreendentemente, parece que o pensamento não-material dá razão aos neuroquímicos.


“Pensar” diz Chopra, “é produzir reacções químicas cerebrais, promovendo uma série de
respostas pelo corpo todo”.

Outra fascinante descoberta que vem dar razão à convicção de que o intelecto transcende a
matéria” é o facto de receptores dos neuroquímicos poderem ser encontrados em várias
partes do corpo, tal como na pele e células do sistema imunológico, chamadas monócitos.
Estas células sanguíneas “inteligentes” circulam livremente pelo corpo todo, aparentemente
enviando e recebendo mensagens tão diversas quanto aquelas que se encontram no
sistema nervoso central. Isto significa que,
27
quando estamos contentes, deprimidos, zangados, apaixonados ou sentindo o que quer que
seja, produzimos químicos cerebrais em diversas partes do corpo, e essas partes ficarão
igualmente contentes, deprimidas, zangadas ou apaixonadas.

Ainda mais (como se isto não fosse suficientemente espantoso), sabe-se agora que a
insulina, uma hormona normalmente associada ao pâncreas, é também produzida no
cérebro, tal como os químicos cerebrais transferon e CCK são também produzidos no
estômago. Sem dúvida, a fluente inter-relação mente-corpo, é uma realidade.

Vibração

Uma fórmula matemática muito conhecida, o Teorema de Bell, formulado em 1964 pelo físico
irlandês John Bell, defende que a realidade do universo é um todo inter-relacionado, onde
todos os objectos e acontecimentos reagem às mudanças.

O astrónomo inglês Sir Arthur Eddington chegou ao ponto de concluir que é uma força
inteligente que mantém unido o universo: “A natureza do mundo é a natureza mental”.

Mais recentemente, teóricos como o físico inglês David Bolim, chegaram a


uma conclusão semelhante: que existe um “campo invisível” mantendo toda a realidade
unida, um campo que tem o dom de saber tudo aquilo que se está a passar em todo o lado,
ao mesmo tempo. Este é o mundo mecânico dos “quanta”, um mundo para além do átomo,
do protão, do electrão e do quark. Se estes podem ser divididos em partículas mais
pequenas (pelo menos em teoria), então, ocupam espaço. O que quer que seja que molda o
universo e lhe concede vida, é não-material e não ocupa espaço. Pensa-se então que o
mundo dos “ quanta” subatómico é aquele que é composto por energia ou vibração e que é
na assumpção deste facto que se dá a união entre ciência e misticismo.

A física moderna, em sintonia com o misticismo oriental, vê o universo como uma teia de
vida contínua, harmoniosa e vibrante.

Abarcando o Todo

Ao nível dos “quanta”, a matéria, desde a de um cristal à de um ser


humano, é essencialmente energia ou vibração. Neste âmbito, não é feita
28
qualquer distinção entre o animado e o inanimado, entre o espírito e a
matéria.

Nós vemo-nos separados das outras coisas porque diferentes tipos de matéria e de energia,
tais como a água, a pedra e as formas de vida sensíveis, vibram em frequências diferentes.
A energia do intelecto, por exemplo, vibra tão depressa que aparenta ser invisível, enquanto
a
pedra vibra tão devagar que a pessoa não se apercebe do seu dinamismo. Desta forma os
humanos são “surdos” no que diz respeito a frequências altas e baixas, o que não significa
que não possam ser afectados por elas.

Segundo -o médico alemão Werner Heisenberg, se fizermos vibrar uma única teia cósmica,
afectamo-las todas:

“Desta forma o mundo parece-nos ser um complicado enredo de acontecimentos no qual


diferentes aspectos se alternam, sobrepõem ou combinam, e assim determinam a textura do
todo. (’)”

Tomando tudo isto em consideração, podemos agora observar o modo de actuar dos
Remédios Florais de Bach.

Vibrações medicinais

Bach acreditava que as plantas utilizadas na confecção dos remédios pertenciam a uma
“ordem superior”. Ao contrário das ervas medicinais que vibram quase ao mesmo ritmo da
matéria em si, os Remédios Florais estão em sintonia com as melhores frequências do
intelecto e do espírito. Inundando o nosso campo de energia (ver página 3 1) com estas
frequências superiores, todo o nosso ser (intelecto, corpo e espírito) se alinha com a
corrente cósmica.

As linhas discordantes das emoções negativas, as quais abrandam as nossas vibrações e


nos fazem sentir menos bem, vão tomando uma forma harmoniosa. Tal como foi dito pelo
próprio Bach: “O ser, humano volta a ser mais ele próprio exactamente na altura em que
deixou de o ser.”

Existem, no entanto, muito mais métodos de cura que funcionam a


um nível subtil ou vibrátil: por exemplo a homeopatia, a cura espiritual, a cura por cores, a
cura com cristais, a cura musical e a aromaterapia,
29
embora esta última necessite de recorrer à massagem, para assim fazer realçar a etérea e
vibrátil influência dos óleos de plantas aromáticas.

Para podermos analisar melhor a eficácia das substâncias medicinais vibráteis, voltemos ao
mundo da ciência. Embora o relato seguinte fale dos princípios da homeopatia, é também
relevante para o modo de actuar dos Remédios de Bach, na medida em que estes são
utilizados em
quantidades infinitezimais.

Em 1987, um imunobiólogo francês abalou os alicerces da teoria médica dos “não-quanta”,


ao demonstrar que certas substâncias altamente diluídas podem ser tão potentes como
grandes quantidades dessas mesmas substâncias.

Em testes de laboratório, o Dr. Jacques Benveniste demonstrou que células vivas podiam
ser influenciadas pelo imunoglóbulo E, em diluições tão fortes que seria pouco provável que
uma molécula sobrevivesse”.

Apesar de as descobertas de Benveniste terem desafiado as leis do materialismo, este


repetiu a experiência 70 vezes e pediu a outros cientistas que a repetissem em Israel, no
Canadá e em Itália. Todos chegaram à mesma conclusão. Embora as descobertas de
Benveniste tivessem sido publicadas na edição de Junho de 1988 da revista inglesa Nature,
os
editores continuaram a afirmar o seu cepticismo.

Benveniste deu crédito aos métodos homeopatas que implicam quantidades muito pequenas
de substâncias antagónicas para curar o corpo. Um mês depois de publicados os resultados
da experiência, a Nature enviou uma equipa de peritos a França, para observar as
descobertas de Benveniste. Infelizmente este não foi capaz de obter os resultados previstos;
umas tentativas resultaram, mas outras não. Rapidamente e sem mais delongas, a Nature
condenou o trabalho de Benveniste, chamando-lhe uma “ilusão” e ignorando o facto de esse
mesmo trabalho ter sido assinado por outros doze investigadores, em quatro países
diferentes.

Tendo em conta aquilo que já sabemos acerca da natureza do intelecto, será admissível que
as vibrações negativas provenientes dos observadores cépticos, pudessem ter interferido
nas tentativas? Por acaso, a Nature “esqueceu-se” de mencionar as tentativas que
resultaram. Ao que parece, certos membros da medicina convencional estão bastante
relutantes em entrar no reino da realidade quântica.
30
A aura

Como vimos atrás, os métodos vibráteis de cura, tal como a homeopatia e os Remédios
Florais de Bach, actuam a um nível muito subtil. Muitos terapeutas ligados a estes remédios
acham que o efeito de cura é accionado no campo de energia do homem, ou na aura, a qual
rodeia e interpenetra a forma física.

Neste campo, que é essencialmente uma forma de pensamento, o efeito de cura dos
Remédios é absorvido “internamente”, a nível físico. Por outro lado, outras formas de cura,
tais como ervas e drogas, agem de “dentro para fora”, podendo eventualmente afectar a
aura.

Embora a Física descreva a aura de uma forma diferente, de acordo


com o seu próprio nível de percepção física, acredita-se, tacitamente, que a aura é uma
emanação em arco-íris que rodeia o corpo (algumas pessoas mais sensíveis conseguem ver
as suas cores). A aura é composta por um mínimo de três e um máximo de sete “camadas”
de energia, cada camada vibrando numa frequência diferente. O corpo, ou matéria, vibra na
frequência mais lenta ou densa, enquanto que o intelecto, tal como a electricidade, vibra
muito mais rapidamente, razão pela qual raramente nos apercebemos da sualexistência. A
parte do intelecto mais próxima do nível físico, emanando a cerca de dois centímetros e
meio do corpo, é o chamado corpo etérico ou vital. É interessante sublinhar que o corpo
etérico vibra a uma frequência que pode ser detectada por uma técnica de alta voltagem
chamada fotografia de Kirlian. A informação adquirida por este processo mostra uma espécie
de luminosidade e correntes de energia, vindas das mãos ou dos pés. Para um perito, estes
esquemas reflectem o estado emocional e físico de um indivíduo e podem ser
utilizadas como um instrumento de diagnóstico.

Uma aura saudável funciona como um filtro, deixando apenas passar aquilo que for benéfico
para a própria pessoa. Os Remédios Florais de Bach procuram harmonizar as subtis
frequências de energia que se encontram dentro da aura, as quais podem ser enfraquecidas
pelo stress e
dificuldades da vida. Uma aura enfraquecida dará aso a doenças. Para intensificar a acção
dos Remédios, podemos aprender a controlar e a fortalecer a nossa própria aura. Este é um
excelente exercício, pois uma
31
aura forte proteger-nos-á das influências mais diversas, desde os germes ao stress (ver
Capítulo 7).

Pelas suas próprias palavras

Vamos concluir este capítulo com algumas citações retiradas do conciso trabalho de Bach,
Heal ThyseIf. (1)

“A doença nunca será curada ou erradicada pelos métodos materialistas actuais, pela
simples razão de que a doença, na sua origem, não é material. “

“O outro grande princípio é a compreensão da União existente entre todas as coisas: que o
Criador de tudo é o amor e que tudo aquilo de que temos consciência é, em todas as suas
formas infinitas, uma manifestação desse amor.”

“A Escola Médica do futuro não vai interessar-se grandemente pelos resultados e


consequências da doença... mas, sabendo a verdadeira causa das perturbações e
consciente de que os sintomas físicos são perfeitamente secundários, ela vai preocupar-se
em promover a harmonia entre o corpo, o intelecto e o espírito, obtendo assim o alívio da
doença.”
32
APRENDER A RECEITAR

Como já vimos, o princípio básico dos Remédios Florais de Bach é “tratar o paciente e não a
doença”. O Dr. Bach acreditava firmemente que a doença física era o resultado da
desarmonia entre o intelecto e o espírito. Em psicoterapia, o espírito é muitas vezes
designado como o
11 eu superior”, omnisciência que se manifesta naquelas raras e preciosas ocasiões de
inspiração e clareza; aqueles momentos de introspecção profunda sobre a verdadeira razão
da nossa existência.

O eu superior está consciente da nossa verdadeira missão na vida e procura realizá-la


através do intelecto e das emoções: a personalidade. Contudo, a personalidade nem sempre
se apercebe da existência do eu
superior, razão pela qual, muitas vezes, não damos ouvidos à nossa “voz interior”. Vivemos
apenas meio acordados, impulsionados pelas condições sociais e pelas nossas respostas,
subjectivas, aos acontecimentos da vida. Como resultado disto, segundo Bach, em vez de
sentirmos alegria, realização pessoal, sabedoria e coragem, sentimos apenas a desarmonia.
Se pudéssemos agir totalmente em harmonia com o nosso próprio espírito ou eu superior (o
qual, por seu lado, é já uma grande parte do Todo, abrangendo a humanidade, o planeta e o
Cosmos), conseguiríamos atingir as nossas potencialidades máximas e sentir-nos
verdadeiramente felizes. Onde houver uma lacuna entre o eu superior e a personalidade, há
33
doença. O mais recente poder curativo dos Remédios Florais de Bach provém da sua
capacidade de libertar o bloco de energia entre a personalidade e o eu superior. É desta
forma que os Remédios ajudam a
melhorar o aspecto físico da pessoa, sem o qual não poderia haver uma
verdadeira cura.

É claro que o corpo físico é uma parte que está interligada com o Todo corpo, intelecto e
espírito. Daí a importância de estarmos conscientes das nossas necessidades a todos os
níveis. Não devemos descurar o corpo com o intuito de atingirmos a espiritualidade nem, por
outro lado, seguir a ideia de cuidarmos apenas da parte física/material, ignorando as nossas
necessidades espirituais. O resultado seria um desequilíbrio de energias.

Será certo, no entanto, dizer que algumas doenças têm uma


origem puramente física - intoxicação alimentar, malária, febre tifóide e por aí em diante? A
resposta será sim ou não dependendo do ponto de vista de cada um. No que nos diz
respeito, e de um ponto de vista primário, a doença pode ter início a este nível e infiltrar-se
até aos mais variados níveis do nosso Ser, chegando por fim ao nível mental e emocional.
No entanto, e de acordo com a filosofia esotérica (que reflecte os princípios de Bach), a vida
na terra é uma aprendizagem. O espírito escolheu aprender e crescer através da doença, do
sofrimento, das desavenças, de defeitos congénitos, doenças mentais e pobreza. Logo,
neste sentido, a verdadeira origem da doença e do sofrimento (até dos acidentes) é
espiritual.

A vida nunca teve como objectivo ser fácil - e


essa é a lição mais difícil de aprender. Infelizmente, está para além da esfera deste pequeno
livro aprofundar as causas e os motivos da filosofia esotérica. Por esta razão eu encorajo o
leitor interessado a obter um exemplar do livro de Bach intitulado Heal ThyseIf.

Receitar a si próprio

Autoconhecimento

Antes de começarmos a receitar para os outros, precisamos de adquirir algum


autoconhecimento. Se você for terapeuta ou estiver de algum modo ligado ao “movimento de
crescimento”, então terá consciência da
34
importância do autoconhecimento como pré-requisito para compreender os outros. No
entanto, o maior obstáculo desta tarefa é ser capazes de olhar para a outra pessoa sem nos
deixarmos influenciar pelos nossos pró prios medos, pelas nossas experiências,
condicionamentos sociais, crenças religiosas ou preconceitos. Muito poucos seres humanos
chegam a atingir uma posição de não julgamento dos outros, mas podemos todos, pelo
menos, tentar fazer o mesmo.

Podemos começar por nos


consciencializarmos dos nossos próprios bloqueios, condicionamentos e
áreas de crescimento atrofiado. Este será o primeiro passo. O segundo passo será aplicar
os Remédios Florais de Bach.

Observe como se sente quando precisa de um Remédio em particular e como se sente


depois de o tomar. Se a sua vida está estável, neste momento, então é óbvio que será mais
difícil notar qualquer diferença em termos de perspectivas. Contudo, são poucas as pessoas
que se encontram completamente isentas de conflitos interiores, por isso pode tentar receitar
os Remédios de acordo com os sonhos que tem. O subconsciente nunca esquece os
conflitos não resolvidos, embora o intelecto consciente o faça muitas vezes (ver “Análise dos
sonhos” na pág. 38).

Uma dificuldade comum na tarefa de autodiagnóstico, especialmente quando uma pessoa


está a passar por uma crise, é a incapacidade da pessoa se “afastar de si própria” o
suficiente para se aperceber de que Remédios Florais precisa. É aqui que um amigo ou um
terapeuta floral de Bach poderá ajudar. Desabafar com uma pessoa compreensiva que se
consegue relacionar connosco, é já uma parte muito importante do processo de cura e
poderá fazer com que encontremos a nossa força interior.

Reacções ao tratamento

Durante as primeiras semanas de tratamento, as radiações das plantas podem abranger


apenas as emoções superficiais, em vez dos medos e conflitos profundos, que são a causa
do nosso estado físico e mental. No entanto, lidando com cada estado emocional novo que
surja, bloqueios mais antigos poderão vir ao de cima e, eventualmente, sair cá para fora.
Quando isto acontecer poderá sentir os sintomas físicos piorarem e
experimentar maiores ou menores crises de consciência.
35
Qualquer agravamento durará, apenas, alguns dias e deverá ser encarado como um sinal
positivo, pois é a prova de que a pessoa escolheu o Remédio certo. Diz-se, por vezes, que
“uma pessoa não pode fazer sair cá para fora o que não se encontre já lá dentro”, por isso tal
reacção não é um efeito secundário, como acontece com as curas com drogas, mas uma
indicação de que o seu corpo e mente se estão a corrigir e os Remédios Florais de Bach
actuando como um catalisador, no processo. Deverá salientar-se que a intensidade da
reacção parece ter a ver com a sensibilidade própria e com a abertura de cada um em
relação à mudança. A maioria das pessoas passa por mudanças ténues durante algumas
semanas ou meses, sentindo-se, no entanto, cada vez mais optimistas e capazes de lidar
com os altos e baixos da vida.

Se, no entanto, se sentir oprimido com as várias mudanças que estão a ocorrer no seu corpo
e na sua mente, embora isto seja raro, deverá deixar de tomar os Remédios de Bach e
procurar ajuda profissional de um terapeuta de Bach ou de um consultor bem formado na
área do “crescimento pessoal”.

Encontrar o Remédio certo

No primeiro “encontro” com as descrições dos Remédios Florais no


Capítulo 5, poderá sentir que precisa de todos eles! Bach fez questão de testar um composto
dos trinta e oito medicamentos, mas não ficou satisfeito com o resultado. Descobriu que a
vibração de uma só planta, bem escolhida, tinha um efeito mais profundo do que várias em
conjunto, o que não obsta a que possa haver pessoas que, temporariamente, precisem de
um composto de seis ou mais plantas.

A melhor maneira de começar é registar os nomes dos Remédios de que pensa precisar e
depois analisá-los bem, um a um, para decidir qual será o Remédio-Tipo e quais serão os
Remédios de Apoio.

Remédios-Tipo: o Remédio-Tipo é a flor vibrátil que corresponde por inteiro à sua


personalidade. Poderá ser extrovertido, um líder nato e muito falador. Estas características
sugerem Remédios como o Vine, Vervain e Impatiens. Se, por outro lado, você é calado e
reservado, então precisaria de Remédios como o Mimulus, Centaury, ou Water Violet. Claro
que a vibração de cada planta tem o seu aspecto positivo e nega-
36
tivo. O lado positivo do Impatiens, por exemplo, é notório naqueles que, embora aprendam
depressa, são pacientes e compreensivos com aqueles que não são tão espertos. Contudo,
quando as vibrações do Impatiens começam a diminuir, o aspecto negativo deste tipo de
personalidade torna-se evidente: impaciência e falta de tacto com aqueles que não são tão
espertos como eles próprios. O Remédio-Tipo de uma pessoa pode, então, ser necessário
em épocas intervaladas da vida de uma pessoa.

Remédios de Apoio: os Remédios de Apoio destinam-se aos estados emocionais superficiais


que não são característicos, mas sim temporários. Por exemplo, podemos guardar
sentimentos de inveja ou ódio em relação ao novo companheiro de uma antiga namorada
(Holly) ou sentir-mo-nos nervosos e apreensivos antes de um caso de tribunal (Mimulus).

Curiosamente, Bach descobriu que o modo como a pessoa se comporta quando não se
sente bem, é muitas vezes a chave para descobrir
o seu Remédio-Tipo. Em geral, a maioria dos trinta e oito Remédios-Tipo pode ser utilizada
como Remédios-Tipo ou Remédios de Apoio.

Aprender a seleccionar os Remédios

Não deverá ser muito difícil reduzir o número de remédios de que precisa para seis, mas se
verifica que poderá vir a precisar de sete ou oito não deixe de os apontar, para não
acontecer omitir uma das flores essenciais. Com o tempo, o processo de selecção tornar-se-
á cada vez mais fácil.

Os seguintes tópicos, testados e comprovados, ajudarão na sua


familiarização com os Remédios Florais:

1. Tente “receitar” para personagens das telenovelas ou dos romances. As personagens de


ficção são normalmente versões exageradas de pessoas verdadeiras, logo têm traços de
personalidade muito bem definidos. Ou, para tornar as coisas um pouco mais difíceis, tente
diagnosticar Remédios-Tipo para pessoas conhecidas da sociedade em que se insere:
políticos, membros da Família Real ou pessoas da televisão, por exemplo. Observe, ainda, a
sua
própria família, amigos e vizinhos.
37
2. Faça uma retrospectiva da sua vida e tente identificar os diferentes estados emocionais
que predominam em diferentes épocas. Como é que se sentiu no seu primeiro dia de escola,
por exemplo? Sentia-se seguro e com confiança em si próprio, o líder do grupo (Vine)? Ou
sentiu-se intimidado pela exuberância das outras crianças e consequentemente demasiado
envergonhado para se juntar a elas (Mimulus)? E na sua vida amorosa? Era você a parte
sempre rejeitada, o parceiro demasiado dominador que acabava com a alegria e
espontaneidade de todas as relações (Chicory)? Ou você foi sempre a vítima, o escravo
voluntário de uma personalidade mais forte e vincada (Centaury)?

3. Agora pense no presente. Pense na forma como reage a críticas;


como reagiria se lhe faltasse dinheiro para pagar a conta no supermercado; como lida com a
doença e com a dor. Observando as suas reacções face às situações da vida, depressa
descobrirá o seu Remédio-Tipo.

Análise dos sonhos

Embora não seja um modo tradicional de aplicar os Remédios Florais de Bach, a


experiência ensinou-me que os sonhos são um instrumento precioso para a terapia de Bach.
É um método que tanto pode ser
empregue num autodiagnóstico como, quando tiver já mais experiência, no diagnóstico de
outrem.

A maioria dos sonhos representa situações e padrões aguardando resolução e, ao contrário


do que se possa pensar, os sonhos não costumam fornecer resoluções para os nossos
problemas (embora já o tenham feito). Pelo contrário, eles põem questões e pedem
respostas. Por isso, em vez de nos deixarmos inundar pelo simbolismo e interpretação dos
sonhos, que podem ser muito ilusórios para os principiantes, concentremo-nos no
sentimento e nas reacções, ou falta de reacções, que os seus sonhos lhe evocam e receite
de acordo com elas. Por exemplo, você pode ficar chocado por uma expressão de inveja ou
violência num sonho seu (Hollv), ou qualquer outro tipo de reacção forte, que raramente
transparece quando você está acordado. É um facto que aquilo com que nós não lidamos na
vida, aparecerá retratado nos nossos sonhos - sonhos repetidos são particularmente
importantes para explicar este ponto. Da
38
mesma forma, a falta de sono pode ser explicada pelo facto de a pessoa,
inconscientemente, não querer lidar com certos problemas reprimidos que precisam de ser
expressos.

É interessante ver que, se as reacções que a pessoa tem nos sonhos forem parecidas com
aquelas que tem quando está acordada, significa que já atingiu um certo nível de
consciência de si própria. Se, por outro lado, as reacções forem muito diferentes, isto
significa que há muita coisa reprimida que a pessoa tem de enfrentar. De igual modo, se
você for apenas um espectador no mundo do sonho, não seria arriscar muito dizer que você
será também um espectador na vida.

Os Remédios Florais tendem a activar o mundo dos sonhos; daí ser


importante anotar os seus sonhos durante o primeiro mês, enquanto estiver a tomar os
medicamentos (receitados da forma habitual). Quando conseguir identificar temas ou
emoções repetidas, estará pronto para começar um trabalho mais profundo com os
Remédios. Poderá até “pedir” um sonho em particular antes de adormecer; o subconsciente,
normalmente, obedece.

Mantenha uma caneta e um bloco ao lado da sua cama e, assim que acordar (pois os
sonhos esquecem-se muito rapidamente), escreva tudo aquilo de que conseguir lembrar-se
sobre um sonho importante (não é preciso anotar todos). Se não conseguir lembrar-se do
sonho em si, tente recordar-se daquilo que sentiu ou da disposição com que ficou. Depois,
tente responder às perguntas que se seguem, que são baseadas no trabalho do terapeuta do
sonho, Strephon Kaplan-Williams. Não se preocupe se não conseguir responder,
integralmente, a todas as perguntas; responda somente ao máximo que conseguir. O
objectivo do exercício é permitir que você encare os seus sonhos do ponto de vista de Bach:

1. Que estou eu a fazer e por que o faço?


2. O que preciso eu de enfrentar neste sonho?
3. Será que eu reagiria desta forma na vida real, ou estarei a reagir
de uma forma muito diferente?
4. O que é que neste sonho tem a ver com outros sonhos que eu já
tenha tido?
5. O que é que neste sonho tem a ver com o que se está a passar
comigo ou com a minha vida presente?
39
6. Porque é que eu tive este sonho? Que será que eu preciso de encarar ou decidir?

Considere o seguinte sonho, recordado por Sarah, uma mulher nos seus quarenta anos de
idade e prestes a engrenar numa nova profissão de enfermeira psiquiátrica. Escolheu
trabalhar com os Remédios Florais por razões de autoconhecimento. Curiosamente, Sarah
tomava Larch devido à sua falta de confiança em si própria. Uma noite pouco antes de
adormecer, pediu ao seu eu superior um sonho que lhe desse ideias sobre como resolver os
seus problemas. O seu pedido foi-lhe plenamente concedido:

“Eu tinha acabado de dar à luz um bebé indesejado. Pus a linda criança,
sorridente, dentro de um carrinho, que arrumei em cima do roupeiro para não atrapalhar. A
parteira veio examinar-me, mas eu sentia-me suja e
envergonhada, pois não me lavava desde a altura em que dei à luz. Mas o sentimento de
culpa foi mais forte e fez-me reagir. Corri para o quarto primeiro que a parteira e tirei o
carrinho de cima do roupeiro, mesmo a
tempo! Suspirei de alívio; o meu outro sentimento de culpa não tinha sido exposto! “

Qualquer psicanalista teria um dia em cheio com este sonho! No entanto, na terapia de
Bach, os aspectos mais importantes dos sonhos são os sentimentos, acções e reacções das
pessoas. Os Remédios Florais farão o resto, ou seja, eles accionarão o processo de cura,
eliminando os
sentimentos de culpa e de falta de higiene, que provêm da infância rígida e sexualmente
reprimida de Sarah. Os medicamentos naturais escolhidos para este caso foram o Crab
Apple para a falta de amor próprio e para a necessidade de limpeza e Pine para a culpa.

Para terminar este assunto, a minha experiência pessoal diz-me que os Remédios de Bach
parecem envolver a pessoa numa espécie de bola de cristal, que a protegerá de sonhos
potencialmente aterradores. É como
se os remédios viessem equipados com uma válvula de segurança psíquica!

Receitar para os outros

Quando tiver trabalhado com os Remédios durante algum tempo e


conseguir receitar para si próprio, deverá ser capaz de receitar para a sua
40
família e amigos. No entanto, alguns utilizadores da Terapia de Bach dizem que diagnosticar
em nós próprios é por vezes mais difícil do que diagnosticar em pessoas que conhecemos
bem. Isto ocorre porque, quando a pessoa está em crise, não é fácil ser objectiva consigo
própria. Porém, diagnosticar numa pessoa completamente estranha requer muito mais
perícia, razão pela qual vamos começar por esse nível.

A consulta

Um bom terapeuta é uma pessoa que conseguiu desenvolver duas características


essenciais: a capacidade de se identificar com outra pessoa e a paciência de ouvir.

Identificarmo-nos não é apenas pormo-nos no lugar da outra pessoa; é também a


capacidade da pessoa se relacionar com a força interior da outra e com a sua própria. Ao
fazê-lo, estamos a ajudar a pessoa a sair da sua negatividade, sem nos deixarmos envolver
pelo seu sofrimento. É de importância vital distinguir o conceito de identificação e o de
compaixão. A capacidade de identificação está bastante ligada ao nosso ser intuitivo,
enquanto a compaixão está mais ligada ao nosso ser em desespero, daí esgotar a nossa
energia emocional. Por isso, antes da consulta, deverá passar algum tempo a concentrar-se
na ligação ao seu eu superior. (ver pág. 137).

Ouvir, como terapeuta, é escutar a vários níveis. Escutamos com o intelecto as palavras que
eles usam e a maneira como a sua história é relatada. Por exemplo: “Já tentei tudo, mas
nada deu resultado” (Gorse); ou “Eu sei que foi tudo culpa minha; eu deveria ter sido mais
compreensiva” (Pine). Será que eles falam numa voz baixa e ansiosa (Mimulus)? Ou será
que eles se inclinam para a frente, agarram o seu braço e o
11 afogam” com a sua história, incluindo um relato gráfico de todas as suas
doenças (Heather)?

Devemos também escutar com os olhos, observando a linguagem corporal. Será que estão
relaxados e confiantes, sentados confortavelmente na cadeira? Ou estarão meio sentados,
batendo os dedos em cima da mesa?

Acima de tudo deveremos escutar com a nossa intuição, com o nosso eu superior. É pelo
facto de estarmos ligados a esta fonte de amor que
41
somos capazes de ler nas entrelinhas”. Talvez haja algo nos seus olhos que demonstre dor,
raiva, frieza ou medo, embora nesta fase não estejam conscientes de que albergam tais
sentimentos.

Se uma pessoa tem dificuldade em se expressar, conduza-a imperceptivelmente na direcção


certa, perguntando-lhe sobre a sua infância, vida doméstica e por aí fora. Tente estabelecer
a maneira como essa pessoa reage aos acontecimentos da sua vida. Por exemplo, se esta
mencionar algum tipo de perturbação, um divórcio ou um caso amoroso acabado, tente
descobrir como reagiu nessa altura. Se recorreu ao álcool, à comida em excesso, ou o
contrário, à droga (incluindo calmantes receitados pelo médico e antidepressivos, ou ainda
aos chamados “speeds”)? Quais as
situações de que tem medo presentemente: uma operação iminente, o
nascimento de uma criança, uma mudança de emprego, uma ida para outro país, a reforma?

Por vezes as repercussões do choque podem ser tão retardadas, que só anos mais tarde se
farão sentir - talvez disfarçadas de depressão, culpa ou medo. O trauma do aborto, um
acidente de automóvel ou a morte de uma pessoa querida, podem ser algumas das razões
para o
estado emocional e físico, presente, de uma pessoa. Nestas circunstâncias receite sempre
Star of Bethlehem para o choque e outros remédios para a depressão, medo e culpa, ou
para os sintomas que se fizerem sentir.

Curiosamente, o Dr. Bach verificou que, quando a pessoa parece precisar de muitos
Remédios ou não se dá com o tratamento, Holly ou
Wild Oat poderão ser os catalisadores necessários. A vibração de ambas as plantas “abrirá
uma caixinha”, permitindo desta forma que uma série de emoções recalcadas venha ao de
cima. Como resultado, deverá então ser mais fácil receitar de acordo com as emoções que
agora se conhecem. Receite Holly quando a pessoa tiver uma natureza activa ou intensa e
Wild Oat quando se tratar de pessoas mais passivas.

Em doenças crónicas como a artrite e os eczemas, a análise dos sonhos pode revelar quais
os sentimentos desagradáveis que se encontram na origem da doença. Os Remédios
Florais, abarcando as emoções recalcadas, accionarão então o processo da verdadeira
cura; mas é importante que a pessoa coopere a todos os níveis, buscando uma terapia
adequada tal como a medicina com ervas ou a quiroprática e se infor-
42
mem o melhor possível sobre a dieta a seguir, no caso da sua doença em particular.

Enquanto a pessoa está a falar, não deixe de ir anotando todos os


Remédios que lhe vão vindo à cabeça. No entanto, não deixe que o tirar de apontamentos se
torne demasiado absorvente. É importante manter uma relação relaxante e igualitária, uma
atmosfera de confiança durante a consulta. Pode sempre tirar apontamentos imediatamente
a seguir, enquanto a história da pessoa ainda estiver fresca na sua memória.

Quando conversar com a pessoa em questão sobre os Remédios Florais a utilizar, frise bem
as qualidades ou virtudes que terão de ser alcançadas com eles. Por exemplo: em vez de
dizer que o Gentian é para curar uma atitude de desconfiança, diga que este Remédio ajudá-
lo-á a
ter a certeza de que os seus problemas poderão ser ultrapassados.

A minha prática inclui sempre “trabalhos para casa”, tais como exercícios de respiração, uma
cassete de relaxamento, visualização, ou
movimentos lentos de elasticidade para libertar a tensão física e emocional. Se houver muita
falta de amor próprio, sugiro modos de fortificar o ego. Isto poderá incluir um banho
aromático diário, com algumas gotas de Crab Apple adicionada aos óleos da aromaterapia;
ou algo ainda mais simples, como comprar um pequeno presente para si próprio, de vez em
quando: umas flores frescas, um pequeno cristal, fruta exótica, um postal bonito ou qualquer
coisa do género.

Finalmente a coisa mais difícil de aceitar, para um terapeuta, é que a pessoa possa não
estar pronta para se desligar da sua doença, embora isto se passe a nível do subconsciente,
o que não deverá ser encarado como uma falha de qualquer dos lados. A origem do seu
sofrimento pode ser kármica, o que significa que o seu espírito escolheu a doença como
meio essencial para o seu desenvolvimento. Nora Weeks, uma colega de longa data do Dr.
Bach, diz daqueles que tomaram os Remédios antes de falecerem: “Bem, pelo menos
morreram felizes”.

Usos especiais dos Remédios Florais

Gravidez

As belas vibrações dos Remédios Florais são totalmente seguras e


muito benéficas, tanto para a mãe como para o seu futuro filho. O mé-
43
todo de diagnóstico e tratamento é igual ao de sempre. Os Remédios podem ajudar a
minimizar a apreensão e o sofrimento dos períodos pré e pós-parto. Muitos praticantes
sugerem um composto básico de Rescue Remedy e Walnut. Esta mistura pode ser tomada
uns dias antes do dia previsto para o nascimento do bebé, durante o trabalho de parto e,
pelo menos, durante um mês depois do parto para ajudarem a mãe e a criança a lidarem
com as reacções e as mudanças. Tem havido casos em que as mães têm um parto rápido e
fácil e uma boa recuperação devido ao facto de terem tomado o Rescue Remedy, pouco
antes de dar à luz (1).

Para além dos Remédios já mencionados, outros podem ser adicionados ou introduzidos em
substituição, consoante o caso. Por exemplo: o Mimulus para o medo de dar à luz (ou em
casos extremos o Rock Rose); e Impatiens para ajudar aquelas mães que se tornam
inquietas e impacientes à medida que a data se vai aproximando, um estado de espírito
muito comum, especialmente quando o bebé já vem atrasado. Durante o parto, outros
medicamentos tal como o Oak, Hornbeam e Olive são os indicados se a mulher já estiver
exausta e achar que já não consegue continuar; durante o período pós-parto, o Mustard,
Gorse, Gentian, Sweet Chestnut ou Willow podem vir a ter um papel predominante no
levantar da moral da mãe, sofrendo da depressão pós-parto.

Bebés

Poderá ficar surpreendido com o facto de ser relativamente fácil elaborar diagnósticos para
bebés recém-nascidos, embora estes sejam incapazes de nos falar do seu estado de
espírito, Por exemplo: o bebé Agrimony é normalmente feliz e palra, chega até a dar poucas
preocupações, a não ser que algo de muito grave se esteja a passar; o bebé Chicory é muito
exigente, querendo sempre atenção e detestando estar sozinho; o bebé Clematis mostra
muito pouco interesse pelo que quer que seja, dormindo muito e, por vezes, tendo de ser
acordado para as refeições; o bebé Mimulus é muito nervoso, assusta-se com os sons mais
agudos e com movimentos bruscos, enquanto o bebé Impatiens, por seu
turno, tem um certo mau-génio!

Bach acreditava que, observando-se o tipo ou problema da personalidade do bebé, as


disposições passageiras ou os estados de espírito
44
negativos seriam facilmente contornados, antes de começarem a enraizar-se. Quando um
espírito tem oportunidade de receber ajuda nesta altura, a sua passagem pela vida será
muito mais fácil e feliz e menos conturbada a sua personalidade. Que belo pensamento! A
dosagem é a
mesma dos adultos, embora as mães recentes possam, também, tomar o
Remédio (ver pág. 110)

Crianças

As crianças (tal como os animais) são motivo de alegria para os


terapeutas de Bach, pois reagem rápida e eficazmente aos Remédios Florais. Isto porque a
criança tende a expressar os seus sentimentos abertamente, pelo menos até à fase de
consciência de si próprios, na adolescência. Os adultos, como é óbvio, não só são
condicionados pela sociedade como também pelas suas reacções típicas aos altos e baixos
da vida, particularmente a estes últimos. O sentimento de desespero torna-se, então, mais
enraizado e por conseguinte mais difícil de ultrapassar.

Primeiro, tente estabelecer o Remédio-Tipo da criança (se possível). Isto será feito em
épocas intervaladas da infância e até à maturidade, a
não ser que a personalidade mude radicalmente (o que não é um fenómeno desconhecido).
A seguir estabeleça quais os remédios complementares. Por exemplo: Walnut, o remédio
para a mudança e a transição será muito útil durante o período da puberdade. O Víne
ajudará a transformar a energia agressiva do “brutamontes” da escola em qualidades mais
positivas, dignas de um líder. Centaury, por outro lado, ajudará a vítima desse tal
“brutamontes”! Holly ajudará a criança que tem ciúmes do seu irmão mais novo, enquanto a
Rock Rose ou o Rescue Remedy dissiparão os seus pesadelos. Se os pesadelos da criança
forem causados por uma recordação amarga e persistente, então deverá receitar
Honeysuckle. Para o medo do escuro receite Mimulus; para medos vagos, de origem
desconhecida, especialmente se acompanhados por suores frios e tremores, deverá receitar
Aspen; para a criança que não tem sono ou é demasiado activa, receite Vervain; e para a
criança mole ou apática, escolha Clematis. Finalmente, e não esquecendo a criança
demasiado ansiosa e sofredora, aconselhe o Red Chestnut, para conseguir um sentimento
de calma e positividade.
45
Animais

Tal como foi verificado através de vários estudos veterinários (’), os animais tendem a
corresponder aos Remédios Florais mais rápida e, por vezes, mais profundamente do que
os humanos. O diagnóstico é feito do modo habitual, embora a pessoa deva tentar
identificar-se com o animal de modo a compreender o seu estado de espírito. O animal
nervoso, por exemplo, que tende a saltar com medo do mínimo som ou de qualquer
movimento brusco, precisa de Mimulus. Ao cão superpossessivo que põe o dono “doido” por
andar sempre atrás dele, não faria mal um pouco de Chicory. O cão invejoso e desconfiado
que ladra a toda a gente, precisará de Holly. O gato com nove vidas mas que foi já
atropelado por um carro mais do que uma vez, precisa de Chestnut Bud para se conseguir
que aprenda com erros passados... e por aí adiante.

George MacLeod, uma das maiores autoridades do mundo na aplicação de medicamentos


homeopáticos em animais, encoraja todos os seus colegas veterinários a utilizar o Rescue
Remedy para tratarem os choques, acidentes, feridas, trabalho pré-cirúrgico e coisas do
género. “O Dr. Bach foi um génio da medicina” diz ele.

Plantas

Sim, até as plantas se dão bem com os Remédios Florais de Bach; por exemplo, quando
sofrem dos malefícios da peste ou quando são transplantadas. O Rescue Remedy é
indispensável neste aspecto, seguido de Walnut e de Crab Apple (ver Capítulo 5).
46
OS TRINTA E OITO REMÉDIOS

O Dr. Bach agrupou os Remédios em sete categorias:

1. Para aqueles que sentem medo: Rock Rose, Mimulus, Cherry Plum,
Aspen, Red Chestnut.

2. Para aqueles que sofrem de incerteza: Cerato, Scleranthus, Gentian,


Gorse, Hornbeam, Wild Oat.

3. Para a falta de interesse pela realidade presente: Clematis,


Honeysuckle, Wild Rose, Olive, White Chestnut, Mustard, Chestnut Bud.

4. Para a solidão: Water Violet, Impatiens, Heather.

5. Para aqueles demasiado sensíveis no que diz respeito a influências


e ideias: Agrimony, Centaury, Walnut, Holly.

6. Para a desilusão e desespero: Larch, Pine, Elm, Sweet Chestnut,


Star of Bethlehem, Willow, Oak, Crab Apple.

7. Para a preocupação exagerada com os outros: Chicory, Vervain,


Vine, Beech, Rock Water.

Para uma mais fácil consulta, os Remédios florais aparecem, neste capítulo, por ordem
alfabética, estando cada um apresentado da seguinte forma:
47
-Desenho e composição botânica;

- Método de potenciação;

- Estados de espírito negativos;

- Uma descrição pormenorizada dos estados de espírito negativos;

- Potencialidades positivas, após o tratamento;

- Outras medidas de auto-ajuda;

-A criança para a qual o medicamento é indicado.

Os dois primeiros tópicos dispensam explicações, por isso consideremos o estado de


espírito negativo.

Trata-se de um sumário para facilitar o diagnóstico. Um relato mais pormenorizado vem a


seguir, para verificar se escolheu ou não o Remédio certo. No entanto, a pessoa não tem de
corresponder exactamente à descrição do Remédio para que este lhe seja adequado. É
importante ter-se uma boa noção das várias personalidades do Remédio, juntamente com
um pouco de intuição. Com a prática, rapidamente se tornará mais fácil apercebermo-nos do
estado de espírito da pessoa e receitar de acordo com ele.

As potencialidades positivas a seguir ao tratamento são, obviamente, a transferência final


dos aspectos positivos do intelecto, que são trazidos ao de cima, libertos das correntes do
medo, dúvida, raiva e incerteza.

Seria irrealista, no entanto, sugerir que os Remédios Florais de Bach, por si só, conseguem
em todos os casos tal transformação, especialmente se o problema tem uma origem
demasiado profunda. Daí ser importante, no tratamento do próprio e de outrem, reconhecer
as limitações de cada um e procurar ajuda profissional quando necessário, seja sob a forma
de
consulta, psicoterapia, ou até mesmo terapia física, tal como massagens, tratamentos com
ervas ou tratamento ortodoxo.

Tal como temos visto até aqui, os Remédios funcionam em harmonia com outro tipo de
tratamentos, apressando o processo de cura.

Outras medidas de auto-ajuda como o yoga, pensamento positivo, jardinagem, etc., são de
aconselhar, sempre que possível, pois encorajam uma participação activa das pessoas na
sua própria cura, um princípio muito importante da terapia holística. Qualquer uma destas
actividades pode ser praticada ao mesmo tempo que (ou substituída pela) Análise dos
Sonhos (ver Capítulo 3), ou pelas técnicas básicas de relaxamento
48
e visualização, referidas no capítulo 7.

Por vezes acontece que, quando a pessoa está a tomar mais do que um Remédio de cada
vez (o que é muito comum), não há necessidade de recorrer a todas as medidas de auto-
ajuda aconselhadas para cada um dos Remédios, em particular. Pratique apenas aquelas
que achar mais úteis.

Por vezes poderá ser difícil escolher entre dois remédios de essências parecidas (os
Remédios para o medo: Aspen e Mimulus, por exemplo). Logo, por isto acontecer muitas
vezes, foi feita uma comparação para esclarecer melhor o assunto.

No caso das crianças, embora estas possam não ser muito diferentes de um adulto com a
mesma disposição, é incluída uma pequena descrição, no final de cada esquema, para
ajudar a elucidar e a elaborar um padrão.

Note, por favor que, embora as Personalidades-Tipo dos Remédios sejam descritas como
“ele” ou “ela”, todos os tipos de medicamentos se aplicam a ambos os sexos.

Por fim, o Rescue Remedy é abordado na página 106. Este é um


remédio de primeiros socorros, que reúne as seguintes plantas: Rock Rose, Clematis,
Impatiens, Cherry Plum e Star of Bethlehem

Agrimony Agrimonia eupatoria Agrimónia

Esta planta tem uma leve penugem e está coberta de tufos de flores amarelas com um leve
aroma. Cresce até uma altura entre os 30 e os 60

Nota: Os Remédios Florais de Bach são habitualmente conhecidos pela sua


designação inglesa. Pareceu, no entanto, ao editor que seria útil incluir a designação latina,
bem como o nome da flor em português (Nota do Editor).
49
em. Pode ser facilmente encontrada e é normalmente vista em zonas com muita relva.

É uma planta que aparece entre Junho e Agosto.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: tortura mental envolta numa fachada de alegria.

O tipo de pessoa Agrimony é fácil de reconhecer. É o centro das atenções numa festa: o
exuberante mas gentil brincalhão que nunca goza com ninguém, pois só ri de si próprio.

E que mal tem isso? poder-se-á perguntar. Não teria mal nenhum se
fosse verdadeiro; mas o tipo Agrimony é perito em utilizar a máscara da Comédia ou da
Tragédia. A personalidade pública, alegre, é muito diferente da cara marcada pelo
sofrimento, que só aparece em casa.

Será muito raro o verdadeiro tipo de pessoa Agrimony procurar ajuda por sua própria
iniciativa. Prefere continuar a actuar, para o resto do mundo e muitas vezes para si própria,
fingindo que a vida lhe corre às mil maravilhas. Quando sozinho (situação que tenta evitar a
todo o
custo), tenta ignorar os pensamentos preocupantes que bombardeiam a
sua consciência, mas com muito pouco êxito. São muitas as vezes em
que não consegue dormir e poderá até recorrer ao álcool e à droga para escapar aos seus
problemas.

Apenas uma pessoa de quem goste e em quem confie terá alguma vez
hipótese de conhecer a verdade -e será essa pessoa quem lhe dará o
incentivo e onde, com alguma sorte, poderá encontrar o apoio de que tão desesperadamente
necessita.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de encarar verdadeiramente a


vida a rir, pois os problemas são agora vistos de um ponto de vista mais equilibrado, o de um
optimista por natureza, que possui um dom inato para gerar a harmonia onde “mora” o
desacordo.

Outras medidas de auto-ajuda: dedique-se a aulas de relaxamento, yoga, Tal Chi, ou então
obtenha uma cassete de relaxamento.

Se existirem problemas relacionados com a bebida ou com droga, não deixe de procurar
ajuda profissional. Recorra aos Alcoólicos Anónimos ou a um grupo terapêutico que tenha
como objectivo ultrapassar
50
a dependência da droga. Estes grupos não servem apenas para a dependência de drogas
chamadas “recreativas”; oferecem também apoio às pessoas que estão dependentes de
drogas originalmente receitadas pelo médico, tal como é o caso do Valium.

Onde encontrar informações: procure nos anúncios dos jornais locais, ou nos placards de
informação da sala-de-espera de um consultório, clínica ou até em bibliotecas públicas. A
sua lista telefónica, local, pode ainda fornecer-lhe alguns contactos.

A criança do Tipo Agrimony: esta criança pode parecer alegre por fora mas, tal como a sua
mãe ou ama sabem tão bem, sofre por dentro. Confere-se uma grande importância à
imagem que ela reflecte nos amigos, família e professores.

Aspen Populus tremula Faia Preta

Trata-se de uma árvore pequena, com cerca de 15 metros de altura, da família do grande
choupo negro. Poderá ser encontrada em solos pobres e terra húmida. Floresce de
Fevereiro a Abril.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: medos inexplicáveis de origem psicológica, pesadelos, medo de


um mal iminente.

Comparação: compare com a Personalidade-Tipo Mimulus cujo medo é conhecido e de


carácter circunstancial (medo de um caso que esteja pendente em tribunal, por exemplo).

O tipo de pessoa Aspen é tal como a própria árvore que, sendo delicada, treme com a
mínima brisa. Será uma pessoa muito sensível às
más vibrações” de qualquer natureza, sejam elas a atmosfera “esquisita”
51
de um prédio, ou o desagradável burburinho provocado por diferentes grupos de pessoas a
falar ao mesmo tempo. Este tipo de pessoa será também perturbada pelas “sombras
sinistras” que envolvam certos indivíduos que ela suspeite terem qualquer tipo de
desequilíbrio mental; poderá ainda acordar durante a noite tremendo e suando, aterrorizada
com a impressão de que algo de assustador se encontra atrás da porta.

Embora se diga que os medos da Personalidade-Tipo Aspen provêm da mente, isto não quer
obrigatoriamente dizer que estes sejam fantasias. Embora possa ser uma pessoa activa, em
vez de se virar para os acontecimentos felizes da vida, tende a virar-se para as catástrofes:
a queda recente de um avião ou a explosão de uma bomba, por exemplo.

Potencialidades positivas após o tratamento: perda do medo através da noção de que o


Guardião de cada um é o poder universal do Amor.

Outras medidas de auto-ajuda: tente um controlo da aura (ver pág. 135). A prática regular
desta técnica não diminuirá qualquer capacidade psíquica, mas servirá de protecção e de
filtro contra pensamentos prejudiciais e influências de qualquer natureza. Mais importante
ainda será o facto de permitir à pessoa ter muito mais controlo sobre aquilo que o destino lhe
reservar.

Escolha actividades ligadas à “realidade”, tais como jardinagem, caminhadas a pé, desporto,
cozinhar, dar ou receber massagens - ou até assistir a um filme ou peça de teatro cómicos.

Evite tudo aquilo que possa perturbar a mente, tal como filmes ou
livros de terror; evite também tudo o que for tóxico, seja ingerir álcool ou fumar erva. Será
também de evitar qualquer forma consciente de desenvolvimento psíquico, tais como
práticas ocultas ou o yoga, a não ser
que seja sob o olhar atento de um professor com experiência.

A criança do Tipo Aspen: sofre de pesadelos reincidentes e pode até ser sonâmbula. Muitas
das vezes exige uma luz acesa durante toda a noite.
52
Beech Fagus sylvatica Faia

Trata-se de uma árvore majestosa, que pode crescer até uma altura de cerca de 30 a 40
metros. As flores femininas e masculinas aparecem no mesmo ramo, formando uma borla
em tons de roxo e castanho, assente num longo pé. Floresce entre Abril e Maio.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: intolerância, espírito crítico e arrogância.

Comparações: compare com a Personalidade-Tipo Vine, cuja necessidade principal é


dominar; e com o Tipo Vervain, o fanático que não desiste e cujo objectivo é converter.

A Personalidade-Tipo Beech absorve pouco daquilo que é bom ou


bonito no mundo! Tem poucos amigos, pois a sua natureza hipercrítica e intolerante irrita os
outros para além dos limites do razoável. Não vê qualquer virtude na diversidade da
natureza humana, sendo o seu lema: “Por que razão não farão eles como eu faço?”

O Tipo Beech várias vezes se esquece do facto de nem toda a gente nascer com os
mesmos dons, nem pertencer à mesma classe social e cultural. Até os pequenos hábitos,
gestos e maneiras dos outros se tornam irritantes, não tendo o “grau” de desagrado qualquer
relação com a causa do desagrado em si, Lamentavelmente, a sua vida pode ter sido
composta de ódio, humilhação e desilusão mal “digeridos”. Esta agressividade, que se
manifesta muitas vezes em problemas de digestão, é projectada no mundo circundante, pois
o Tipo Beech tem ainda de
53
encontrar” os seus mais profundos sentimentos. Como resultado desta situação, é incapaz
de penetrar nos sentimentos dos outros.

Potencialidades positivas após o tratamento: tolerância e compreensão pelos sentimentos


dos outros; a capacidade de ver o “bem” em tudo e em todos.

Outras medidas de auto-ajuda: quando criticar os outros repare se são críticas generalizadas
tais como “Ele é estúpido” ou “Ela é uma tonta”. Se assim for, transforme a crítica
generalizada numa descrição específica de comportamento para que a frase “Ela é uma
tonta” se transforme em “Ela dá gargalhadas quando está nervosa” ou “Ela é muito
espampanante”, por exemplo. Depois, comece a procurar as qualidades positivas das
pessoas. Como é que elas se relacionam com os filhos, vizinhos, colegas de trabalho e por
aí adiante? Anote as qualificações e as capacidades dessas pessoas. O acto de,
conscientemente, procurar traços positivos nos outros e de os reter pela escrita, vai
contrariar a sua tendência natural de ver tudo e todos de um ponto de vista negativo.

Comungue com a natureza, o mais que possa. Aprenda um desporto qualquer que acabe
com a rigidez do corpo e da mente, tal como a dança, o yoga, Tai Chi e actividades do
género. Procure alguma frivolidade na vida!

A criança do Tipo Beech: pode estar a reflectir as atitudes dos pais (considere bem este
aspecto), ou talvez se sinta inferiorizada por um
companheiro mais velho, dominador ou mais popular.

Centaury Centaurium erythi-aea Centáurea

54
Tem uma altura variável entre os 5 e os 35 cm (dependendo do habitat). É facilmente
encontrada em locais pobres, secos e com muita erva, não esquecendo as dunas. As
pequenas flores de um rosa-vivo e com o formato das estrelas abrem apenas quando o Sol
está a brilhar.

Floresce entre Junho e Agosto.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: falta de força de vontade para recusar


as ordens dos outros tornando-se, assim, facilmente manobrável.

A pessoa cuja Personalidade-Tipo é o Centaury acredita que nasceu


para servir. Sacrifica as suas próprias necessidades simplesmente para manter a paz e ser
bem vista pelos outros. Pessoas do Tipo Vine ou
Vervain darão conta dela num instante! O Tipo Centaury pode até desistir de casar e de ter a
sua própria família, para cuidar de um parente idoso. Sente-se muitas vezes cansado,
esgotado pelas solicitações dos outros, embora raramente se queixe, pois está resignado
com a sua sorte.

Lamentavelmente, um Centaury perde muitas das coisas boas da vida, especialmente a


alegria e a excitação que a independência e a
aventura por vezes nos fazem sentir.

Caso chegue a casar, é provável que atraia um tirano. Mas por que razão terá escolhido uma
existência de “gato-sapato”? Já foi posta a
hipótese destas pessoas se ligarem a uma personalidade mais forte para evitar ter de passar
pelo processo de crescimento que os levaria a ter de
tomar as suas próprias decisões. No entanto, e tal como uma criança, a
pessoa do Tipo Centaury submete-se, ainda que inconscientemente, a
outra de carácter forte e com tendência para o abuso, por não se conseguir relacionar com a
sua própria força interior.

Potencialidades positivas após o tratamento: saber quando dar e quando se retrair: a


habilidade de se misturar com os outros sem perder, no entanto, a sua própria identidade;
viver a vida de acordo com a sua
própria missão.

Outras medidas de auto-ajuda: aprender uma arte marcial, como por exemplo o judo, que
ajudará a cultivar a sua força interior, postura e autoconfiança; frequentar uma aula de
afirmação pessoal.
Pratique a visualização para fortalecimento da aura (ver pág. 135).
55
A criança do Tipo Centaury: é calma, sensível e reage a estímulos. Quase não dá trabalho,
mas poderá vir a ser “presa fácil de um brutamontes”.

Cerato stigma Willmottiana Orelha de Rato

Sendo a única planta cultivada utilizada no sistema de Bach, Cerato é um arbusto com
flores, proveniente dos Himalaias, com cerca de 60 cm de altura. As bonitas e radiantes
flores azuis, abrem em Agosto e em Setembro.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: falta de confiança em si mesmo para tomar as suas próprias
decisões.

Comparações: O Tipo Scleranthus está dividido entre duas possibilidades mas, ao contrário
de Cerato, raramente aborrece os outros com
a sua indecisão relativa às decisões triviais do dia a dia. O Scleranthus pode eventualmente
tentar encontrar a resposta dentro de si.

A pessoa do Tipo Cerato foi amaldiçoada com a incerteza. Muito embora seja intuitiva e
possua um grande bom-senso, raramente ouve as
opiniões da sua voz interior, não actuando por conseguinte segundo a sua
própria vontade. Por isso põe a família e amigos “doidos” com os seus
incessantes pedidos de opinião, ou de confirmação, acerca de tudo aquilo que faz.

O Tipo Cerato não só é facilmente influenciado pelas opiniões alheias, como também poderá
imitar a maneira de vestir, os gestos ou o “jeito” daqueles que admira, o que por vezes o leva
a fazer “figura de parvo”. Tem, por vezes, momentos de clareza, durante os quais profere
56
o seu lamento favorito: “Eu sabia que devia ter feito aquilo. Agora é tarde demais!” Ou, então,
depois de ter aborrecido toda a gente que o rodeia, acabará por decidir fazer as coisas à sua
maneira!

Potencialidades positivas após o tratamento: confiança na sua


própria capacidade de distinguir o bem do mal; facilidade em agir sem
se deixar influenciar por quaisquer opiniões contrárias à sua resolução.

Outras medidas de auto-ajuda: tente a visualização. Utilizando a


técnica básica descrita no capítulo 7, concentre-se na ideia de “contactar”
com o seu eu superior. Depois, em pensamento, imagine-se a tomar uma
decisão e a agir segundo ela. Saiba que o resultado foi positivo e sinta-se feliz por isso. Uma
prática regular deste tipo de visualização, poderá eventualmente levar a que os seus
objectivos, neste campo, se realizem.

Os sonhos também podem ajudar (ver Capítulo 3).

A criança do Tipo Cerato: este estado de espírito, atrás referido, é mais provável ocorrer
durante o período da adolescência. A criança do Tipo Cerato procura constantemente a
aprovação dos outros (principalmente dos colegas) e insiste em usar a roupa que estiver
mais na moda, quer lhe fique bem ou não! Não será má ideia deixar este jovem sair desta
fase por sua própria iniciativa (pois é uma importante lição da vida). No entanto, se estiver
ligado a “más companhias”, será a combinação de Cerato com WaInut que o ajudará a
quebrar esses laços.

Cherry Plum Prunus cerasifera Ameixoeira (vermelha)

Trata-se de uma árvore pequena e sem espinhos que poderá crescer


até uma altura de 6 a 8 metros. As flores são de um branco-"leite”, pouco maiores que as do
abrunheiro (P. spinosa) com a qual é por vezes
57
confundida. É muito comum no Sul de Inglaterra, sobretudo, onde é utilizada como arbusto
de sebe. Dá flores desde o final de Fevereiro até princípios de Abril.

Método de potenciação: fervura.

Estados de espírito negativos: medo de perder a sanidade mental; explosões incontroladas


de fúria.

Cherry Plum vive num medo mórbido de estar a viver com tempo contado. Pensa que a
qualquer momento pode perder a noção da realidade - o buraco, sem fundo, da loucura
“abre-se” perante ela.

Tem também o terrível impulso de fazer mal aos outros ou a si próprio. Os pensamentos de
suicídio entram e saem da sua cabeça como uma ameaçadora maré negra.

Mas, como se atingiu tal estado de desespero? Poderá ter havido um


longo período de ansiedade ou desgosto e agora a pessoa depara-se com
a iminência de um esgotamento nervoso. Ou então poderá ter gerido as
dificuldades e atribulações da vida de uma forma aparentemente controlada e “digna”.
Porém, a turbulência de emoções recalcadas provoca grande pressão e distorção; imagens
e forças destrutivas acabam eventualmente por vir ao de cima. Cherry Plum deixa de ser
capaz de aguentar e é então que o vulcão entra em erupção! No entanto, com um
apoio emocional adequado, não serão causados danos irreparáveis, pois o tal vulcão é a sua
válvula psíquica de segurança.

A Personalidade-Tipo Cherry Plum está incluída no Rescue Remedy, para ataques violentos
e histeria (ver pág. 108).

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de lidar, espontaneamente e com


muita calma, com grandes forças interiores, pois a angústia é curada pelas forças do espírito
ou do seu eu superior já equilibradas.

Outras medidas de auto-ajuda: se tiver pensamentos suicidas não hesite em procurar ajuda
profissional.

Telefone para os Serviços de Ajuda, tipo SOS Voz Amiga e/ou telefone para o seu médico.
Informe-se sobre a psicoterapia, especialmente se Cherry Plum for o seu Remédio-Tipo.

Em vez de virar a sua energia agressiva para dentro, aprenda a usá-la em seu proveito,
recorrendo ao seu dinamismo para dar mais força
58
aos seus projectos ou actividades: chame a si essa poderosa energia apenas quando
estivera sentir-se agressivo. Ou seja, sinta o vigor, a vibração, o efeito que ela provoca no
seu corpo. Aperceba-se, então, de que estes sentimentos estão à sua disposição e de como,
embora possam magoar, estes também podem transformar-se na força motivadora de
qualquer das suas actividades. Poderá servir de “arranque” para a lida da casa, uma carta
de protesto, há muito adiada, para a Câmara Municipal
- ou porque não para começar então o tal romance?

A criança do Tipo Cherry Plum: poderá haver repentinos e incontroláveis ataques de raiva,
especialmente nos casos em que a criança se
atira para o chão ou bate com a cabeça na parede: a birra típica.

Chestnut Bud Aesculus hippocastanum Rebento de Castanheiro

A árvore do Castanheiro foi trazida da Turquia para a Inglaterra, no


início do século XVII. Apenas os rebentos pegajosos são utilizados para este medicamento,
sendo as flores aproveitadas para a essência de White Chesmut. Os rebentos são
apanhados nos princípios de Abril.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: incapacidade de aprender através da experiência; necessidade


de repetir vivências.

O Tipo Chestnut Bud experimenta o “dejá vu” mais do que qualquer outra pessoa. Mas, em
vez de considerar esse facto como uma experiência agradável e misteriosa, tende a cair,
mais uma vez, na velha exclamação: “ Oh não, outra vez não!” Comete os mesmos erros
vezes e vezes sem conta, não aprendendo com os outros nem com experiências
59
passadas. Na verdade, por colocar obssessivamente “uma pedra sobre o
passado”, assemelha-se a uma casa sem alicerces, sujeita a vergar com a passagem de um
vento mais forte. Porque é que a Personalidade-Tipo Chestnut Bud se depara sempre com
os mesmos problemas? A resposta poderá ser indiferença, demasiada pressa ou pouca
capacidade de observação. De certo modo, é um espírito jovem flutuando em sentido
contrário à maré da vida. Na sua ingenuidade, não consegue aprender a lição mais
importante da vida: que não podemos fugir ao passado saltando para o futuro, pois um é o
reflexo do outro, muito embora o nosso verdadeiro desenvolvimento se dê no presente, no
eterno AGORA.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de fixar no presente a sua


atenção, e de retirar ilações e sabedoria de todas as experiências.

Outras medidas de auto-ajuda: num estado de relaxamento profundo (ver Capítulo 7) ou


mesmo antes de adormecer, pergunte a si próprio: porque estou eu sempre a “tropeçar” nos
mesmos obstáculos? O que deverei aprender com esta experiência? Depois pergunte: quais
as mudanças que me são necessárias para progredir? Pratique isto diariamente até que
obtenha respostas satisfatórias às suas perguntas.

Estas poderão vir de diferentes maneiras e por diversas vias: talvez num momento de
inspiração, durante ou imediatamente a seguir ao exercício; a mensagem poderá vir mais
devagar e de um modo mais subtil, para que, passado algum tempo, você repare que a sua
maneira de ver a vida é agora muito mais clara, embora não possa indicar o
momento exacto dessa “viragem”. A resposta poderá chegar-lhe, também, através de um
sonho ou, mais curioso ainda, pelo sincronismo; ou
seja, através de um elemento pertencente ao meio-ambiente, que você considere
significativo. Poderá ser uma frase lida por acaso num livro, um acontecimento que não faça
parte da sua rotina habitual, o título de um filme, as palavras de um amigo, etc. Na verdade,
a resposta pode estar a “pairar no ar”. Cabe-lhe a si apanhá-la!

A criança do Tipo Chestnut Bud: de aprendizagem lenta, esta criança tem dificuldade em se
concentrar. Mesmo sendo constantemente repreendida continuará a esquecer-se dos seus
livros, cadernos ou do estojo de lápis, por exemplo.
60
Chicory Chicorium intybus Chicória

Comum em pisos de terra batida a chicória é uma erva perpétua que poderá crescer até um
metro de altura, em terrenos baldios, na margem dos campos ou à beira da estrada. As
belas flores azuis abrem de Julho a Setembro, mas duram apenas um dia, morrendo assim
que são apanhadas.

Método de potenciação: o Sol.

Estados de espírito negativos: possessividade; autopiedade. A Personalidade-Tipo Chicory


não consegue exprimir o amor desinteressado, pois para ela esta questão está implícita na
corrente externa do ser e encontra-se “virada” para dentro de si própria. Chicory exige
simpatia e apreço da parte dos outros, mas raramente mostra esses mesmos sentimentos
para quem quer que seja; ou, se o fizer, há-de exigir sempre algo em troca: “Eu gosto de ti
se...”

Caso não receba o amor e afecto que julga merecer, tornar-se-á manipuladora e falsa,
criando um sentimento de culpa naqueles que sabe serem susceptíveis à chantagem
psicológica.

Como pai ou mãe Chicory tende a ser possessiva e demasiado protectora, fazendo os seus
filhos sentirem-se “abafados” com uma educação tão rígida. Tem tendência para controlar e
ordenar, organizando, criticando e, em geral, compelindo a família a marchar pelas estradas
da vida. E, como é óbvio, sofrerá bastante quando, mais tarde, estes se revoltarem.

A triste verdade é que Chicory pode ter tido uma infância com pouco amor. Sente um
profundo vazio e falta de realização pessoal, logo anseia
61
por reconhecimento e afecto por parte dos outros. Mas essa sua necessidade é tão vasta
como um POÇO sem fundo, que nunca poderá ser cheio.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de dar, sem receber nada em


troca; aquisição de segurança em si próprio.

Outras medidas de auto-ajuda: se o problema é de natureza profunda em vez de ser um


estado de espírito temporário, seria benéfico procurar ajuda profissional ou uma terapia
natural, tal como a aromaterapia (a qual inclui uma massagem muito suave).

Comunique com a natureza sempre que puder. Até o parque ao pé de sua casa poderá ser
uma fonte de cura. Encontre a paz interior praticando exercícios de relaxamento, respiração
e meditação (ver Capítulo 7).

Comece a mudar a sua maneira negativa de pensar, afirmando repetidamente a seguinte


frase, antes de adormecer: “Estou a encontrar segurança dentro de mim. Permito que a
alegria percorra o meu corpo e mente e se estenda aos outros”.

A criança do Tipo Chicory: esta criança requer muita atenção; não suporta o facto de estar
sozinha e poderá até fingir estar doente para assim conseguir aquilo que pretende.

Clematis Clematis vitalba Clematite

Trata-se de uma trepadeira encontrada em sebes e terrenos arborizados, especialmente em


solos de terra batida e pedra calcária. Estes tufos têm um odor suave e flores verdes e
brancas que florescem entre Julho e
Setembro. A planta é também conhecida por Barba de Velho pois, no
Outono, os estiletes transformam-se em plumas cinzentas e brancas, com uma textura tipo
lã.
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Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: sonhar acordado; sentir indiferença; prestar pouca atenção ao
presente; uma mente confusa; inconsciência.

A Personalidade-Tipo Clematis não pertence a este mundo. O seu


olhar distante e falta de vitalidade é indicador de que estas pessoas moram no mundo da
fantasia e do sonho. Revelam pouco ou nenhum interesse no presente, pois os seus
pensamentos estão virados para o
futuro, para os tempos mais felizes que por certo virão.

Tem sido dito, acerca do Tipo Clematis, que ouve sem escutar e olha sem ver, esquecendo
por isso a maioria das coisas que lhe são ditas. Também gosta de dormir, não só à hora de
se deitar, mas num autocarro, numa palestra, em frente da televisão. Em suma, em quase
todo o lado
e a qualquer hora. Com as suas energias vitais assim enraizadas dentro de si próprio nunca
se torna violento, nem fica zangado, extremamente deprimido ou alegre. As boas notícias
são recebidas com a mesma
indiferença que as más.

Quando doente, Clematis faz pouco ou nada para ficar melhor, podendo até agradar-lhe a
ideia da morte na esperança de encontrar, no
mundo espiritual, alguém que lhe era querido e que perdeu. A enorme falta de vontade de
recuperar de uma doença, levou a que Bach chamasse ao estado de espírito Clematis “uma
forma educada de suicídio”.

Ocasionalmente, este estado pode ter uma natureza passageira, quando ocorrerem sinais
de inconsciência, desmaios ou qualquer outro sintoma provocado por um choque. Por esta
razão, Clematis está incluído no Rescue Remedy (ver pág. 106).

Potencialidades positivas após o tratamento: se possuir uma certa


criatividade, tal como a maioria dos Clematis, terá a capacidade de concretizar a sua própria
inspiração criativa. Começará a revelar um forte interesse em tudo, pois o sentido da vida é
agora grandemente apreciado.

Outras medidas de auto-ajuda: escolha actividades como a prática da jardinagem, dar ou


receber massagens, cozinhar ou assistir a um filme ou a uma peça de teatro cómicos.

Procure uma forma de exprimir a sua criatividade, tal como a pintura, a escrita, arranjos
florais, etc.
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Poderão existir capacidades psíquicas, mas os trabalhos esotéricos indisciplinados poderão
provocar certos problemas psicológicos, por isso procure os conselhos de um professor ou
de um profissional entendidos na matéria.

A criança do Tipo Clematis: é pálida e sonolenta, dispersa e distraída. Tem pouca presença
física e tende a ir sempre de encontro às coisas. Os seus olhos estão, normalmente,
desfocados e tem uma expressão sonhadora estampada no rosto.

Crab Apple Malus punila ou sylvestris Macieira Brava

A verdadeira macieira brava é uma árvore pequena e caduca com o


tronco torto, fendido e fissurado. Encontrada em sebes, bosques e terrenos arborizados,
poderá atingir uma altura máxima de 10 metros. Os rebentos cor-de-rosa e brancos
aparecem em Maio.

Método de potenciação: fervura.

Estados de espírito negativos: a sensação de não estar limpo; falta de amor próprio; a
preocupação excessiva com pequenos pormenores.

A Personalidade-Tipo Crab Apple não tem amor próprio. Sente-se, por qualquer razão, suja
tanto mental como fisicamente. Poderá ter uma pequena irritação de pele, como por
exemplo uma borbulha no queixo, que examinará atentamente com uma lupa imaginando
que toda a gente está a olhar para a sua grande pústula! Ou talvez tenha um problema de
pele mais grave, tal como um eczema ou psoríase, que a desespera e a
faz ter nojo de si própria. Desta forma, poderá sentir-se revoltada por certas funções físicas
tais como a amamentação, o sexo e a doença. A sua tendência para se concentrar nos
pormenores, para aumentar as
coisas através das lentes do seu próprio ponto de vista, também interfe-
64
rirá noutros campos da sua vida. Poderá por exemplo acontecer que o
cachorro tenha sujado o chão da cozinha acabado de lavar; mas o facto, mais importante, de
o animal ter ferido a pata, só se torna relevante depois de o chão ter sido lavado segunda
vez.

Nota: Crab Apple é também particularmente útil em tratamentos externos (ver págs. 111-
112).

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de ver as


coisas na sua perspectiva correcta; aquisição de respeito por si próprio.

Outras medidas de auto-ajuda: pratique a visualização para o fortalecimento da aura (ver


Capítulo 7).

Entregue-se a actividades que lhe dêem prazer, tal como um banho aromático contendo 5-8
gotas do seu óleo de essências favorito, seja ele alfazema, bergamota, ylang-ylang, limão ou
pau sândalo. (Os óleos de essências podem ser adquiridos em quase todas as lojas de
artigos naturais). Adicione, também, 5 gotas de Crab Apple à água do banho.

Compre uma pequena lembrança para si todos os dias durante uma semana: umas flores,
um postal bonito, uma peça de fruta exótica, etc.

Para problemas mais profundos que se manifestem por um compulsivo lavar das mãos, por
exemplo, será melhor procurar ajuda profissional ou psicoterapia.

A criança do Tipo Crab Apple: esta criança é muito sensível; sente nojo de coisas, como
insectos ou minhocas, de comer do prato dos outros, e receia sujar-se. (A criança pode estar
a imitar o comportamento de um parente Crab Apple). O remédio poderá ser útil durante a
puberdade, para as raparigas que achem a menstruação repugnante ou para o jovem que
tenha vergonha da sua pele com manchas.

EIm Ulmus procera Ulmeiro

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Embora a praga do ulmeiro holandês tenha destruido a maioria das árvores adultas de
Inglaterra, muitas árvores “bebés”, começam a nascer.

Algumas espécies de árvores já adultas ainda podem ser encontradas nalgumas áreas mais
a Norte e em zonas de paisagem protegida. As flores do ulmeiro são pequenas e têm uma
cor vermelho-acastanhada, aparecendo em cachos em Fevereiro e Março, antes de as
folhas nascerem.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: sentimentos temporários de imperfeição, mesmo quando se


estiver a cumprir qualquer missão na vida.

Comparações: compare com o Tipo Hornbeam cujo cansaço tem a


ver com o facto de não gostar do trabalho que está a fazer, enquanto o
Olive está arrasado devido ao longo e contínuo stress em que se encontra. Contrariamente,
o cansaço do Elm é apenas temporário.

O Tipo de pessoa Beech pode até estar a obter sucesso ou a exercer a sua missão na vida,
que ainda assim de vez em quando entra em
desespero. Ele sente, de repente, que aceitou responsabilidades a mais
e teme o facto de poder vir a falhar.

Tem normalmente uma posição de relevo e é uma pessoa em quem os outros se apoiam. Na
verdade, todos têm por ele grande admiração, pois é trabalhador, capaz e de confiança. No
entanto Elm é por vezes tão altruísta que se esquece de si próprio e de que também ele tem
limites físicos e emocionais. Uma repentina exaustão e crise psicossomática é o pedido da
mente e do corpo por um pouco de descanso e moderação, em tudo. Nessas alturas e como
prática regular, precisa de encontrar um sítio calmo de onde possa analisar os problemas
com frieza, para assim reconquistar a confiança em si próprio, temporariamente perdida.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de analisar os problemas com


frieza; uma convicção interior de que a ajuda virá sempre nas alturas certas.

Outras medidas de auto-ajuda: passeie, regularmente, pelo campo ou pelo parque; quando
estiver a trabalhar, permita-se fazer muitos intervalos. Não se esqueça de gozar umas bem
merecidas férias, periodicamente.
Receba uma massagem aromática.

A criança do Tipo Elm: Elm é um estado de espírito que não é


66
normalmente associado a crianças pequenas, embora o Remédio possa ser aplicado em
crianças, que sofram de excesso de tensão, antes dos exames. No entanto, precisaríamos
de analisar cada situação em particular, para assim se descobrir a combinação certa dos
Remédios Florais para as necessidades individuais de cada criança.

Gentian Gentiana amarefia (Felwort) Genciana

A genciana é uma planta bienal, com cerca de 15 a 20 cm de altura, geralmente encontrada


em solos secos, de terra batida ou de pedra calcária, nas montanhas e dunas. As suas flores
são roxas ou violeta, mas não azuis nem às pintas, como acontece noutras variedades de
genciana. Floresce apenas no Outono, de fins de Agosto até princípios de Outubro.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: desencorajamento, cepticismo, dúvida acerca de tudo.

Comparações: Gentian é a primeira fase de falta de esperança, antes do desespero se


instalar - o sentimento de desânimo de quem vê “a vida a andar para trás”. A segunda fase é
o Gorse, quando a pessoa pensa que nada a vai ajudar a ficar boa. Finalmente temos a fase
Sweet Chesmut, em que a pessoa acredita que nada mais do que esquecimento e
desespero total a esperam.

Tal como a personagem Eeyore, em Winnie the Pooh, o Gentian tem uma visão da vida
muito negativa. Diz-se desse tipo de pessoas que “se tivesse a Lua, quereria o Sol”. São
pessimistas inatas que sentem um
certo prazer em dizer “eu bem te avisei”. Não conseguem aperceber-se de que a sua visão
negativa das coisas acaba por lhes traçar os caminhos
67
da própria vida, atraindo-os para essas mesmas situações que tanto temem.

Como estado de espírito temporário, Gentian é para aquelas pessoas que sofrem de uma
recaída durante a convalescença, por exemplo, ou
têm dúvidas em relação à eficácia do tratamento que lhes está a ser
aplicado. A sua depressão tem uma origem conhecida, fruto de atrasos ou impedimentos: a
negatividade que gera um sentimento de fracasso.

Potencialidades positivas após o tratamento: adquirirá perserverança e a fé de um céptico


positivo - uma pessoa que vê as dificuldades, mas
que não desespera por causa delas; adquirirá a convicção de que não há fracasso quando a
pessoa está a dar o seu melhor, seja qual for o
resultado aparente.

Outras medidas de auto-ajuda: antes de adormecer, todas as noites, profira as seguintes


palavras: “Não há fracasso possível quando eu estou
a dar o meu melhor”.

A criança do Tipo Gentian: desencorajada com os seus resultados na escola, por exemplo,
poderá não querer voltar para lá; ou poderá ainda tratar-se de uma criança despedaçada
emocionalmente em virtude de ser “arrastada”, de um lado para o outro, por pais
divorciados.

Gorse Ulex europaeus Giesta

A giesta é uma moita ou arbusto verde e espinhoso geralmente encontrado em solos duros e
com muita erva, especialmente em matagais e vales espaçosos. As flores amarelo-claras e
com cheiro a amêndoa aparecem de Fevereiro em diante, embora sejam mais abundantes
em Abril e Maio.

Método de potenciação: o Sol.


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Estado de espírito negativo: falta de esperança e desespero.

Comparações: compare com a Personalidade-Tipo Wild Rose que é ainda mais passiva e
apática, sendo incapaz de reunir forças para tentar de novo. Já a personalidade Gorse
poderá ser convencida a fazê-lo.

O Gorse sofre da falta de esperança característica de uma pessoa a quem foi dito “nada
mais se pode fazer para te ajudar”. Acredita que o
destino só lhe guardou sofrimento, logo desenvolve pouco esforço mental para melhorar a
sua situação. “De que serve” diz, “já tentei tudo o que é humanamente possível”. No entanto,
a voz interior da sabedoria ainda consegue fazer-se ouvir, embora muito longe, sobreposta
ao desespero. Em certos e raros momentos, poderá até ver brilhar uma luz através da
parede de vidro que separa a sua personalidade da própria origem - o eu superior. É nessas
alturas, ao contrário de Wild Rose, que ele poderá ser convencido por aqueles que lhe
querem bem a tentar de novo, embora o faça sem muita convicção.

A lição da sua vida é a aceitação de que o eu superior é o condutor


do destino de cada um e de que deverá navegar ao sabor da corrente da vida, em vez de
provocar tempestades mentais, bloqueando o caminho entre a personalidade e a sua
essência.

Gorse é também o Remédio ideal para as pessoas que sofrem, ou


sofreram, uma doença prolongada. Instiga esperança e a esperança é o
primeiro passo para a recuperação total.

Potencialidades positivas após o tratamento: a noção de que mais tarde ou mais cedo todas
as dificuldades serão ultrapassadas.

Outras medidas de auto-ajuda: leia um romance alegre ou a autobiografia de uma pessoa


que tenha conseguido ultrapassar momentos terríveis, mesmo contra todas as expectativas.

Se o seu ambiente em casa é pouco animado, faça todos os possíveis para que deixe de o
ser. Ponha, por exemplo, jarras com flores frescas em toda a casa. Se possível, mude a
decoração de pelo menos um quarto e use cores alegres e positivas, como os tons de
amarelo ou dourado, salmão, verde-claro e alguns tons de cor-de-rosa.

Crie um ambiente alegre, perfumando a sua casa com os seus óleos aromáticos favoritos
(os óleos e vaporizadores podem ser adquiridos em
muitas lojas de produtos naturais ou de artesanato).
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Contacte com a natureza o mais que puder.

A criança do Tipo Gorse: este Remédio poderá ajudar a levantar a moral de uma criança que
esteja doente há muito tempo.

Heather Cafluna vulgaris Urze

A urze é um arbusto de folhagem perene que, no fim do Verão, cobre a vastidão da charneca
com um manto púrpura. As flores nascem entre
Julho e Setembro e são cor de malva, cor-de-rosa e, por vezes, brancas.

Método de potenciação: o Sol.

Estados de espírito negativos: egocentrismo, medo da solidão, dificuldade em ouvir os


outros. “Oh, não! Vem aí a Heather. Rápido, escondam-se!” mesmo o ca
rinhoso Centaury se sentiria tentado a evitar Heather tal é a sua capacidade de esgotar as
reservas emocionais de quem quer que seja.

As pessoas do Tipo Heather adoram estar sempre a falar. Monopolizam qualquer audiência
e têm uma misteriosa capacidade para desviar a conversa para a sua pessoa: a sua vida
amorosa, as suas doenças, êxitos e fracassos, a sua psique, todo o seu ego até à exaustão.
Mais ninguém tem oportunidade de se fazer ouvir! E, caso alguém se atreva a afastar-se,
irão atrás, puxando o braço ao pobre interlocutor e continuando a sufocá-lo com uma
avalanche de calamidades.

Porque serão as pessoas do Tipo Heather tão egocêntricas? Diz-se


70
que são crianças carentes e adultos solitários cuja necessidade de afecto e reconhecimento
provém de uma infância infeliz. É esta a razão da sua incapacidade de manterem um
verdadeiro interesse pelas necessidades dos outros.

O estado de espírito negativo, que apelidamos de Heather, poderá evidentemente ser


temporário e resultante de uma doença, ou de situações de grande privação tais como a
morte de alguém, um divórcio ou outro tipo de perdas emocionais.

Potencialidades positivas após o tratamento: o dom da empatia como resultado do


sofrimento vivido, a capacidade de prestar atenção aos outros, maior autoconfiança.

Outras medidas de auto-ajuda: envidar todos os esforços para ouvir os outros; fazer
perguntas e esperar pelas respostas.

Praticar o fortalecimento da aura através da visualização (ver Capítulo 7). Fortificando o


próprio campo energético, a necessidade de absorver as energias dos outros diminuirá
consideravelmente.

A criança do Tipo Heather: terá tendência para falar de si com


grande exuberância e exagero. Na realidade o estado de espírito Heather é uma fase própria
da infância e nunca deverá ser considerado um problema.

Holly flex aquifolium Azevinho

O azevinho é um arbusto pequeno de folhagem perene com folhas de um verde-escuro,


brilhantes e cheias de espinhos, em vivo contraste com as bagas vermelhas. Encontram-se
espalhados pelos bosques e pelas matas e compõem sebes.

Método de potenciação: fervura.


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Estados de espírito negativos: inveja, ciúmes, acessos de fúria, desconfiança ou ódio.

Comparações: compare com a Personalidade-Tipo Willow que é introvertida, com tendência


para a depressão e autopiedade. Já o carácter de Holly apresenta uma maior actividade e
capacidade de exprimir abertamente o que sente, pelo menos com aqueles que conhece
bem.

A componente negativa do estado de espírito Holly corresponde à subpersonalidade jazente


na psique de cada um de nós. É uma espécie de reino das trevas, composto de inveja,
ciúme e despeito. Ao alimentar as raízes do ódio, este reino é a causa de todo o sofrimento
humano, já que este sentimento não é mais do que a antítese da maior de todas as forças, a
do amor.

De tempos a tempos este estado de espírito pode emergir como um


latente fogo composto de raiva, desprezo e ressentimento. Porém, se as chamas da ira
forem abafadas durante muito tempo, e não havendo outro escape, estas invadirão o sono,
sob a forma de sonhos de grande turbulência que levarão a pessoa a reagir, expelindo
abertamente todo o seu
veneno.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de dar sem a preocupação de


receber e de se regozijar com a felicidade dos outros, mesmo quando tenha as suas
próprias preocupações.

Outras medidas de auto-ajuda: se o estado de espírito Holly se


tornou crónico, ou se a negatividade emergir, há formas de descarregar inofensivamente
essa agressividade. Em vez de expelir a sua ira sobre a família e os amigos, procure um
local isolado, como o meio de um campo, o topo de uma colina, ou as margens de um rio de
forte corrente. Então, dê um profundo suspiro e grite com todas as suas forças, libertando o
ciúme, a raiva ou o ódio, ou seja o que for que esteja reprimido. Se o isolamento estiver fora
de questão, o que normalmente acontece, abafe o som dos seus gritos no travesseiro e
expulse todo esse inferno batendo mesmo numa almofada com os seus pulsos ou com um
bastão de cricket.

Infelizmente, as pessoas que mais precisam de se libertar desta forma, são demasiado
reservadas para o fazer e racionalizam o seu medo apelidando o exercício de infantil,
indignificante ou simplesmente de inútil.
72
Alguns poderão considerá-lo perigoso, talvez por perderem facilmente o autocontrolo, ou por
questões de insanidade mental. Se este for o caso, então talvez Cherry Plum seja o
Remédio mais adequado. Procure uma
consulta especializada ou faça mesmo psicoterapia, se sentir que esta pode ajudar.

A criança do Tipo Holly: Holly é um Remédio muito útil durante a infância, sobretudo nos
casos em que a criança mais velha tem ciúmes do bebé recém-nascido.

Honeysuckle Lonicera caprifoflum Beija-Flor

Trata-se de uma trepadeira silvestre de grande fragrância, que cresce


nos bosques, na orla das florestas ou nos matagais. A variedade de flores usada para a
preparação do Remédio apresenta um tom avermelhado no exterior (e não amarelo, como a
variedade mais comum) e a parte interior é branca, ficando amarela durante a polinização.
As flores desabrocham entre Junho e Agosto.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: nostalgia e saudosismo.

Comparações: comparável com a Personalidade-Tipo Clematis, cujos pensamentos se


projectam para o tempo futuro, para os tempos melhores que virão. Já Walnut, tal como
Honeysuckle, sente necessidade da ruptura com o passado, mas acha difícil a transição.

Honeysuckle senta-se à janela sonhando com os tempos passados, tempos de risos e de


alegrias, lágrimas e sofrimento, de oportunidades perdidas e de arrependimento. Enquanto o
corpo luta para sobreviver no
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presente, o seu espírito vagueia pelas rotas da nostalgia. E, à medida que se afunda mais no
passado, as suas energias vitais começam a estagnar no lodaçal da reminiscência, e desta
forma atinge um estado de grande falta de vitalidade. Há também o perigo de vir a perder
todo o interesse nos acontecimentos e solicitações do presente. Pela mesma razão, não
atribuirá grande importância à vida que tem à sua frente.

Honeysuckle é um Remédio que pode proporcionar um grande conforto aos enlutados ou às


pessoas mais velhas que vivam sozinhas. Outros há a quem este Remédio pode aliviar: os
que tiverem mudado de casa ou de emprego e que agora lamentam tê-lo feito, repisando nas
suas mentes as saudades da vida que deixaram. Curiosamente, o Remédio também pode
ajudar os que não conseguem suportar a ideia de envelhecerem e de perderem o seu
aspecto físico. (Na realidade, este estado negativo de tristeza e mágoa é propício ao
envelhecimento da pele).

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de retirar ensinamentos da


experiência passada, sem se agarrar a essas memórias e sem comprometer o presente.

Outras medidas de auto-ajuda: faça tudo o que puder para se


ocupar com o presente. Por exemplo, interesse-se pelos temas da actualidade, ouvindo
programas de grande informação na rádio ou na televisão. Para além disso dedique-se a
actividades que o obriguem a manter
os pés bem assentes na terra”, tais como a jardinagem, a dança, a
cerâmica, a ginástica de manutenção, ou qualquer outra forma de exercício físico.

Tente sempre planificar a sua vida, criando assim expectativas em relação a umas férias, um
passeio, ou a uma visita ao Museu de Ciência.

Conviva com crianças. Fale com elas, mas sobretudo preste atenção ao que elas dizem.

A criança do Tipo Honeysuckle: pode sentir saudades de casa, enquanto estiver com outras
pessoas e poderá também ter pesadelos decorrentes de alguma perturbação anterior.
74
Hornbeam Carpinus betulus Álamo Branco

O álamo branco assemelha-se à faia, embora seja mais pequeno, crescendo até aos 19
metros. É muito comum em bosques ou matas. As flores masculinas, pendentes, e as
femininas mais direitas, são verde-acastanhadas e abrem em Abril ou Maio.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: fadiga, tédio, “síndroma da 2. feira”.

Comparações: compare com o Tipo Olive, cujo cansaço é mais intenso e tem origem em
tensões emocionais e físicas, resultantes de uma longa doença, ou convalescença
prolongada. No caso presente, Hornbeam, é sempre a perspectiva do que virá a seguir que
causa o cansaço. “Oh, não, já é 2.a feira!”, lamenta-se Hombeam. “Não sei se consigo
aguentar mais uma semana na loja. Ainda me sinto mais em baixo do que ontem à noite
quando me fui deitar”. Porém, assim que começa a trabalhar e a envolver-se na rotina
habitual, a fadiga desaparece, para só voltar na semana seguinte!

Durante uma eventual convalescença, o seu comportamento é semelhante, duvidando que


tenha suficiente energia mental para voltar ao
trabalho, ou mesmo para enfrentar a rotina de sempre.

Potencialidades positivas após o tratamento: aquisição da capacidade e energia necessárias


para enfrentar sem pânico a perspectiva de dificuldades; o renascer de um interesse
renovado pela vida.

Outras medidas de auto-ajuda: esforce-se o mais possível por quebrar a sua rotina diária;
faça um percurso diferente para o trabalho; visite um lugar que não conheça, pelo menos
uma vez por semana; leia
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um livro, revista ou jornal diferentes dos habituais; procure uma nova
actividade desportiva ou um hobby diferente e por aí adiante.

A criança do Tipo Hornbeam: este Remédio será de grande utilidade para as crianças
mentalmente esgotadas depois da excitação (ou tensão) que se segue ao regresso às aulas,
após as férias, por exemplo,
ou na sequência de uma doença prolongada.

Impatiens Impatiens glandulifera (I. roflei) Impaciente

Trata-se de uma planta alta e imponente que chega a atingir os


180 cm de altura. Encontra-se junto aos rios e correntes. As flores variam entre o rosa-malva
mais claro e o mais escuro, embora apenas as
primeiras sejam utilizadas para a obtenção do Remédio. Florescem de Julho a Setembro.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: impaciência e irritabilidade.

“Por amor de Deus, deixa lá que eu faço isso!”, resmunga Impatiens. “Assim, vais levar o dia
todo!” É uma pessoa rápida no pensar e no agir, podendo irritar-se num ápice se as coisas
não correm tão depressa como
gostaria. Explode com facilidade, pressionando os outros ao ponto destes se sentirem
autênticos escravos das galeras. Porém, tal como as pessoas do Tipo Vine ou Vervain, estas
do Tipo Impatiens são líderes autocratas, preferindo trabalhar sozinhas e à sua vontade.

Nos momentos de menor tensão poderão mesmo prestar-se a ouvir


conselhos dos outros, já que são essencialmente sensatos e abertos a novas ideias. No
entanto, e regra geral, seguem sempre o impulso ditado
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pela sua grande impaciência. Apreendem as situações num instante, tomando decisões da
maior importância antes de os outros poderem sequer abrir a boca para falar. Ocasiões há,
porém, em que se superam a si próprios, gastando assim as suas energias e tornando-se
irritáveis e mal-humorados. A lição que a vida tem para lhes ensinar é, obviamente, a virtude
da paciência.

Impatiens é um dos componentes do Rescue Remedy pelo seu efeito


calmante em casos de grande agitação, decorrente de um dado trauma.

Potencialidades positivas após o tratamento: uma maior capacidade de empatia, mais


paciência e tolerância, especialmente com as limitações dos outros.

Outras medidas de auto-ajuda: pratique exercícios de relaxamento e de respiração (ver o


Capítulo 7) e comunique com a natureza o mais possível (um tranquilizante excepcional). De
vez em quando, aplique a
si mesmo uma massagem de aromaterapia.

Para resultados mais duradouros, dedique-se ao Yoga, ao Tai Chi, ou tente a terapia de
Alexander: a reeducação da postura e dos movimentos, de forma a que todo o potencial do
corpo e da mente possa ser utilizado da melhor maneira.

A criança do Tipo Impatiens: é normalmente irritável e conflituosa com as outras crianças ou


propensa a birras. No entanto, se a criança se molestar a si própria, deverá utilizar-se Cherry
Plum.

Larch Larix decidua Larício

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O larício é uma árvore alta e graciosa, cujo comprimento pode atingir os 42 metros. É
frequente encontrar-se na orla das florestas montanhosas. As flores masculinas e as
femininas crescem no mesmo ramo, as primeiras num tom de amarelo-dourado e as
segundas de vermelho-vivo. Os botões abrem em meados de Março a Maio.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: falta de confiança. As pessoas da Personalidade-Tipo Larch


acreditam convictamente que são inferiores a toda a gente. Repetem a si mesmas, como se
de um disco riscado se tratasse, as palavras: “Não sou capaz, não sou capaz”. A certeza de
que possuem algumas limitações foi-se enraizando no seu espírito, reforçada talvez por
fracassos do passado. E assim, sempre foram permanecendo na sombra, permitindo que
outros, provavelmente menos talentosos, tomem o seu lugar nas luzes da ribalta.

O Dr. Bach descrevia o Remédio Larch como a Flor que nos ajuda a ganhar confiança e
coragem para retirar da vida o que esta tem de melhor e, assim fazendo, cumprirmos a
nossa função na Terra, a saber, adquirir experiência e conhecimento.

Potencialidades positivas após o tratamento: superação dos bloqueamentos relacionados


com incapacidades próprias; aquisição de eficácia, determinação e perseverança, mesmo
quando as contrariedades persistem.

Outras medidas de auto-ajuda: se necessário, procure ajuda especializada e siga as


instruções do Capítulo 3, respeitantes à análise dos sonhos.

Desenvolva novas competências, inscrevendo-se num curso para adultos. Se puder dar-se
ao luxo de trabalhar sem remuneração, dedique-se a qualquer espécie de trabalho
voluntário. A experiência será enriquecedora, nem só pela sua projecção em eventuais
futuros empregos, mas sobretudo por reforçar a sua auto-estima.

A criança do Tipo Larch: tal como o adulto, esta criança sente-se incapaz de vencer por si
só, tem pouca auto-estima e precisa de muito encorajamento por parte dos pais e
professores.
78
Mimulus Mimulus guttatus Mímulo

Trata-se de uma atraente trepadeira com cerca de 30 cm de altura, que cresce em solos
húmidos, especialmente junto a correntes de água de pouca profundidade. As flores, de um
amarelo-vivo, abrem de Junho a Setembro.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: medo de situações como andar de avião, falar em público, ir ao
dentista, por exemplo, e ainda medo de animais.

Comparações: este estado de espírito é comparável ao de Rock Rose, cujo medo está
profundamente enraizado, e pode resultar de um acidente grave, por exemplo. Já o medo de
Mimulus é menos grave e mais
comum. No entanto, se realmente passa por situações de pânico ao
confrontar o objecto que está na base do seu medo, seja ele uma aranha, um gato, ou
qualquer outra coisa, nesse caso, tome Rock Rose ou Rescue Remedy. Doses regulares de
Mimulus também ajudarão a atenuar e
eventualmente a transmutar o medo.

O recatado e sensível Mimulus senta-se a um canto, com um copo de “Sheri-y” entre as


mãos premido de encontro ao peito. Preferia não ter de estar ali, mas o persuasivo Vervain
convenceu-o ajuntar-se àquela animada festa do escritório. Acha a exuberância ridente e
gritante dos outros colegas de trabalho perfeitamente assustadora. Olha insistentemente
para as escadas de emergência, planeando a sua saída pelas escadas de ferro abaixo,
passando por aquele intimidante gato da entrada,
79
até à segurança do seu acolhedor quartinho, na sossegada zona limítrofe da cidade.

Potencialidades positivas após o tratamento: a obtenção da coragem e calma necessárias


para enfrentar os desafios e as dificuldades; a capacidade de se tornar compreensivo ao
ponto de apoiar os outros em situações semelhantes.

Outras medidas de auto-ajuda: siga as instruções relacionadas com


a Análise dos Sonhos no Capítulo 3 e pratique a técnica do fortalecimento da aura, presente
no Capítulo 7.

Se sofre de uma fobia específica, tal como o medo de gatos, de acidentes, de problemas de
saúde, de espaços abertos, e coisas do género, deverá também procurar a ajuda de um
profissional. Paralelamente, aceite o facto de que a sensibilidade é um dom precioso, e que
pode ser
usada de modo muito positivo aconselhando os outros ou praticando um
trabalho de cura de qualquer natureza.

Repita a afirmação seguinte, todas as noites antes de adormecer: “Eu relaciono-me com o
meu eu superior, que é feito de amor, Onde há amor, não há lugar para o medo.”

A criança do Tipo Mimulus: pode recear o escuro, outras crianças,


animais ou mesmo as águas de uma piscina.

Mustard Sinapis arvensis Mostarda

A mostarda é uma planta anual, com 30 a 60 cm de altura, que cresce nos campos e à beira
das estradas. As flores, de um amarelo-vivo, aparecem entre Maio e Julho.
80
Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: ciclos reincidentes de profunda depressão.

Mustard tem tudo o que qualquer pessoa gostaria de ter na vida: uma mulher maravilhosa,
duas lindas crianças, a ausência de preocupações económicas e uma casa magnífica com
vista para o mar. Mas já há muito tempo que é vítima de ciclos regulares de melancolia. Sem
qualquer aviso ou razão aparente, cai sobre o seu espírito uma pesada nuvem negra que lhe
retira toda a alegria de viver. Este estado pode prevalecer durante dias e semanas, até se
evaporar tão rapidamente como surgiu, para voltar apenas mais tarde, em toda a sua
escuridão destruidora.

Potencialidades positivas após o tratamento: serenidade interior; a capacidade para


transformar a melancolia em sentimentos de paz e de alegria.

Outras medidas de auto-ajuda: a princípio, este estado que apelidamos de Mustard pode
assemelhar-se a masoquismo, mas se o aceitarmos tal como é, ou seja, uma oportunidade
de aprendizagem e de crescimento para o espírito, poderemos passar das trevas para a luz
do nosso eu superior. Ao combatermos a negatividade, que é exactamente como quando
contraímos os músculos perante a dor física, apenas conseguimos conferir-lhe mais energia.
Então, em vez de combatê-la, seja permeável a ela, lendo um romance triste, ouvindo
música melancólica, mergulhando num estado de nostalgia e os Remédios Florais farão o
resto.

Dedique-se ao Tai Chi, que também ensina a arte da submissão à força, com o objectivo de
a enfraquecer.

Acompanhamento especializado ou a psicoterapia também poderão ajudá-lo, caso não


consiga superar sozinho a depressão.

A criança do Tipo Mustard: se uma criança revelar os sintomas anteriormente descritos,


procure ajuda especializada, paralelamente ao
tratamento com o Remédio. Se o seu médico apenas lhe prescrever antidepressivos,
considere a possibilidade de consultar um terapeuta holístico ou reputado curador espiritual.
81
Oak Quercus robur Carvalho

O majestoso carvalho pode atingir a altura de 30 metros e tem uma vida bastante
prolongada, provavelmente mais de 800 anos. No passado, grande parte da Grã-Bretanha
estava coberta de florestas de carvalhos. As flores masculina e feminina desenvolvem-se no
mesmo ramo, abrindo em meados de Abril ou Maio.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: desânimo resultante de uma luta obstinada e implacável contra
todas as contrariedades.

O trabalhador esforçado que é Oak tem reservas de energia e de força de vontade realmente
espantosas. Deixa na sombra outras pessoas igualmente cheias de recursos como são os
Vervain ou Vine. Quando o desânimo se instala, em resultado de um esforço perseverante,
recusa submeter-se à doença ou à adversidade. Raramente procura conselhos ou ajuda,
escondendo dos outros o seu cansaço, antes que se descubra a sua “fraqueza”.
Consequentemente, a sua vida é, como é óbvio, uma luta crescente.

Infelizmente, uma tal atitude pode levar a um esgotamento nervoso. A lição que Oak tem a
retirar da vida é a noção de que o trabalho e a realização pessoal têm o seu lugar, mas não
constituem o objectivo mais importante da existência. Também precisamos de alguma
frivolidade e
desses preciosos momentos de sublime choro, como suave chuva de Verão refrescando e
revitalizando os ressequidos prados.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de ultrapassar todas as


vicissitudes da vida com coragem e de se tornar forte, paciente, e cheio de senso comum.
82
Outras medidas de auto-ajuda: procure alguma frivolidade! Paralelamente, pratique Yoga
para estimular a flexibilidade mental e física.

A criança do Tipo Oak: tal como o adulto, trabalha muito, encarando os trabalhos de casa
como um dever de importância vital que deve fazer bem, a todo o custo. Ao contrário da
criança Elm, que pode momentaneamente perder a confiança em si própria, a criança Oak
não desiste, esforçando-se até aos limites do suportável, mesmo quando isso não sirva para
nada. Deverá averiguar-se se a criança não estará a ser pressionada por pais demasiado
ambiciosos.

Olive Olea europoea Oliveira

A oliveira é uma árvore perene, própria dos países mediterrânicos. Apenas as árvores
silvestres poderão servir para o Remédio. Os esbranquiçados raminhos de flores aparecem
em grande número na Primavera, normalmente em Abril ou Maio, ou conforme o clima local.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: total exaustão física e mental.

Comparações: comparável com o estado Hombeam, cujo cansaço


tem uma origem mental e se prende com a tal síndrome da 2. feira. A exaustão de Olive é
completa, tanto física como mental, e resulta por exemplo do excesso de trabalho após o
nascimento de uma criança ou
de uma doença prolongada. “Fico cansada só de pensar em tudo o que tenho de fazer”, diz
Olive. “Mesmo o simples passeio ao parque me parece uma autêntica maratona.
83
Às vezes sinto-me tão cansada que até parece que vou desmaiar”. E, na
verdade, a sua lassidão é de tal ordem que, mesmo as coisas que em tempos lhe traziam
alegria, já não lhe dizem agora nada.

Potencialidades positivas após o tratamento: paz de espírito; vitalidade; um renovado


interesse pela vida.

Outras medidas de auto-ajuda: naturalmente que, se a exaustão se tornou um modo de vida,


e não é apenas o resultado de um período de bastante trabalho, faça um check-up médico
e/ou consulte um terapeuta holístico, quer um homeopata, quer um médico naturista. Cuide
de si: durma bastante, apanhe ar puro, sol, e pratique exercícios físicos adequados - uma
combinação revitalizante. (veja Capítulo 7)

A criança do Tipo Olive: este Remédio tem um valor inestimável para as crianças, actuando
como fortalizante, quando doentes ou convalescentes.

Pine Pinus sylvestris Pinheiro-Bravo

Trata-se do único pinheiro originário da Grã-Bretanha que se encontra em estado selvagem


na Escócia, (pinheiro-bravo) mas que é plantado um pouco por toda a parte. Cresce até uma
altura de 36 metros, e a sua casca tem um tom castanho-avernelhado na base e é
escamosa, em castanho-alaranjado, na parte posterior. As flores masculina e feminina
crescem no mesmo ramo e são amarelas e vermelhas, respectivamente. Estas surgem
entre Maio e Junho.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: autocensura; sentimento de culpa. Pine carrega em si o peso do


pecado original, não se culpando apenas
84
pelos erros dos outros, mas pedindo mesmo desculpa por existir, acreditando que a
autopunição é a sua única possibilidade de redenção. “Ai! Peço desculpa”, diz quando
alguém a pisa. “A culpa é minha por ter posto o pé no seu caminho.” Ou: “Desculpe-me, mas
o senhor enganou-se no troco. A culpa foi minha que o distraí!”

Ao contrário de Larch, que não fará qualquer tentativa, com medo


de falhar, Pine lançar-se-á para a frente, apenas para ficar deprimido quando falha os seus
elevados ideais que, por sinal, jamais imporia aos
outros. A lição que deve retirar da vida é a capacidade de assumir que o arrependimento é
um sentimento muito bonito, mas que também devemos aprender a perdoar a nós próprios e
a retirar ilações dos nossos próprios erros. Como o Dr. Bach escreveu: “Os pensamentos
relativos aos erros passados não deverão deprimir-nos nunca; estão mortos e
enterrados e a experiência que deles retirámos deverá apenas ajudar-nos a não os
repetirmos.”

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de sentir mais pena do que culpa
e de saber autoperdoar-se assumindo responsabilidades com uma atitude justa e
equilibrada.

Outras medidas de auto-ajuda: num estado de meditação, ou enquanto estiver


profundamente relaxado, (ver o Capítulo 7), procure pensar num animal para criar e
acarinhar. Tanto pode ser um coelho, um gatinho, um cão, uma águia, ou mesmo um
golfinho. Seja qual for o animal
que lhe venha à ideia, aceite-o corno representando o seu eu superior. Alimente o animal,
acaricie o seu pêlo macio, ou suaves penas, sinta o seu corpinho quente e irradie para o
animal todo o seu calor humano e
a sua capacidade de amar. Veja como o bichinho responde alegremente ao seu contacto.
Como poderá fazer mal a um ser tão bonito? Assuma então que não serve de nada continuar
a castigar-se, pois os seus erros
passados já estão perdoados.

Pratique este tipo de visualização pelo menos duas vezes por semana, durante o tempo que
considerar necessário. Ocasionalmente, e seja onde for que os pensamentos de culpa lhe
ocorram, pense no seu bichinho.

A criança do Tipo Pine: tende a ser o “bode expiatório” da turma, ficando com as culpas dos
outros e aceitando os castigos sem se queixar.
85
Red Chestnut Aesculus carnea Castanheiro Vermelho

Menos robusta que o castanheiro vulgar, esta espécie atinge entre 18 a 25 metros. As flores
cor-de-rosa são de forte textura e crescem aglomeradas em forma de pirâmide, nos fins de
Maio ou no início de Junho.

Método de potenciação: fervura.

Estados de espírito negativos: receios e excessiva preocupação relativamente à saúde e


bem-estar dos outros.

É perfeitamente natural que fiquemos apreensivos pelos nossos entes


queridos, quando estes se metem em alguma aventura nova e arriscada, ou quando estão
doentes, mas o tipo de receios de Red Chestnut ultrapassa todas as medidas: “Oh, meu
Deus, ela ainda não voltou! Já devia ter chegado há 15 minutos! O comboio deve ter tido
algum problema!”

E, na verdade, habitualmente, Red Chestnut preocupa-se com os seus


familiares, atormentando-os a ponto de os exasperar e abafar com os
seus receios, Se o Joãozinho apanhar uma constipação, há logo o medo de esta se
transformar em pneumonia. Se a Susana não telefona após a última badalada das 6,
começa a andar para cá e para lá como um animal encurralado.

Red Chestnut é também o Remédio ideal para aqueles que habitualmente se sentem
angustiados ao lerem ou ouvirem notícias relativas a catástrofes que tenham ocorrido no
outro lado do mundo. Este tipo de pessoas identifica-se fortemente com o sofrimento alheio
(de animais como de pessoas), confrontando-se, assim, com uma impotência perfei86
tamente destruidora. Como Bach disse, os nossos pensamentos negativos tanto nos
prejudicam a nós, como àqueles sobre os quais se projectam.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de emitir pensamentos positivos


de segurança, saúde e encorajamento para quem deles precisa; de manter a cabeça fria em
situações de emergência; de permanecer física e mentalmente calmo.

Outras medidas de auto-ajuda: pratique a visualização para fortalecimento da aura (ver


Capítulo 7). Treine para conseguir imaginar a
pessoa por quem se sente preocupado, em segurança, fechada na sua
própria esfera de luz. Evite imaginar logo o pior, a queda do avião, um acidente de carro,
seja o que for. Em vez disso, visualize a pessoa que está no centro das suas preocupações
a chegar a casa segura e sorridente.

A criança do Tipo Red Chestnut: poderá ter assumido precocemente responsabilidades em


excesso, talvez cuidando de um irmão mais novo; o seu comportamento, similar ao do
adulto Red Chesmut, poderá reflectir a atitude de um familiar ou educador.

Rock Rose Helianthemum nummularium Variedade de Esteva

Trata-se de um arbusto baixo, bastante frondoso que cresce em solos


calcários e musgosos. As flores, de um amarelo-vivo, abrem normalmente em pares, entre
Junho e Setembro.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: medo, terror e pânico, que tenham atingido proporções de
grande gravidade.

Comparações: compare com Aspen, cujo medo é do foro mental, o


medo de algo de terrível que está prestes a acontecer, mas cuja natureza
87
se desconhece. O medo de Mimulus reporta-se a causas específicas e
bem identificadas: o medo da solidão ou de determinados animais, por exemplo. No caso de
Rock Rose, porém, o medo é o terror puro, tão profundamente sentido que causa uma
intensa sensação de medo em
todos os que estão à sua volta.

O estado negativo que apelidamos de Rock Rose, apenas ocorre


temporariamente durante uma dada crise: por exemplo, o terror que se sente no local de um
acidente de terríveis consequências. É esta a razão pela qual Rock Rose faz parte da
composição do Rescue Remedy. Na verdade, este último é mais utilizado nas situações de
emergência, havendo mesmo quem costume andar sempre munido de um frasco deste
Remédio.

Rock Rose é ainda muito útil para a cura de crises de pânico geradas pelo stress.

Potencialidades positivas após o tratamento: a aquisição de uma


grande coragem, e de predisposição para arriscar a sua própria vida pelos outros.

Outras medidas de auto-ajuda: qualquer das prescrições que seguem não são obviamente
praticáveis em situações de emergência. Assim, se tem acessos de pânico, faça exercícios
de respiração, relaxamento, meditação e harmonização (veja o Capítulo 7) e pratique a
análise de sonhos (Capítulo 3). Um aconselhamento especializado ou mesmo psicoterapia
também poderão ajudar.

A criança do Tipo Rock Rose: este Remédio ajudará eficazmente a criança que acorde a
gritar, com pesadelos.

Rock Water Água de uma Nascente em Sotweli

88
Esta não é uma planta, mas sim água da nascente em SotwelI, perto de Motint Vemon. O Dr.
Bach descobriu que a água continha propriedades benéficas para os olhos, embora tenha
outras virtudes, quando preparada para o Remédio. A água da nascente é potenciada em
Junho e Julho, época em que o Sol está mais forte. Mesmo assim, qualquer nascente que
não for potenciada e continuar no seu estado normal (não os poços nem as nascentes sobre
os quais as capelas e os santuários são construídos) poderá ser utilizada para o Remédio.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: uma autodisciplina demasiado rígida; repressão e auto-


renúncia.

É hora de jantar no retiro de meditação, a única refeição decente do dia. O Rock Water está
sentado, muito direito, à mesa, com o seu cabelo curto e escuro esculpido na perfeição.
Enquanto os outros “atacam” a refeição vegetariana com prazer, ele olha à sua volta em
silenciosa desaprovação. Num perfeito contraste, o fastidioso Rock Water come frugalmente,
evitando o iogurte e o requeijão com medo que as proteínas animais “façam mal” às suas
vibrações. Embora Rock Water nunca critique os outros abertamente, tenta sempre dar o
exemplo e tem muito orgulho no seu rígido modo de vida. Mas, verdade seja dita, anseia
pela liberdade de ser espontâneo, de rir e de chorar, pelo simples prazer de viver a vida o
melhor possível.

É claro que o tipo de personalidade Rock Water é também reconhecido pelo fanatismo
relativo à manutenção da linha ou, então, pela mania de andar sempre em dietas muito
rigorosas. No entanto, muitos de nós precisamos do Remédio, de tempos a tempos, quando
as nossas próprias necessidades começam a ser, consciente ou inconscientemente,
descuradas.

Potencialidades positivas após o tratamento: um idealismo mais permissivo; convicção


suficiente para não ser influenciada por outros; a capacidade de irradiar alegria e paz,
constituindo, assim, um exemplo para os outros.

Outras medidas de auto-ajuda: procure alguma frivolidade na sua


vida! Permita, a si mesmo, algumas extravagâncias: um bolo de choco~ late, dormir até mais
tarde num Domingo de manhã, umas férias de preguiça, uma peça de roupa colorida e por aí
adiante. Se por acaso for
89
muito rígido nos seus hábitos alimentares, verá que até é benéfico “descuidar-se”
ocasionalmente! De acordo com a nutricionista inglesa Celia Wright, uma vez por semana
você pode e deve quebrar um pouco a sua dieta. Coma e beba tudo o que lhe apetecer -
sim, tudo, seja chocolate, fritos, bebidas com gás ou cafés com natas. Isto activará o fígado,
pois este terá muito pouco que fazer, quando você estiver a fazer uma dieta
muito rigorosa.

A criança do Tipo Rock Water: este não é um estado normalmente associado às crianças,
embora o Remédio possa ajudar a criança que tenha falta de apetite.

Scleranthus Scleranthus annuus Esclerântio

Trata-se de uma planta anual, pequena, que passa facilmente despercebida, embora seja
vigorosa e bastante farfalhuda. Poderá crescer até uma altura de 50 a 70 cm. Cresce em
searas e em terrenos arenosos e com gravilha.

As flores pálidas ou verde-escuras e sem pétalas aparecem entre Julho e Setembro.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: indecisão, incerteza; mudanças repentinas de disposição.

O errático Scleranthus tem uma mentalidade inconstante, nunca sabendo às quantas anda e
estando sempre dividido entre duas possibilidades: “Visto a camisa azul ou a verde?”
pergunta a si próprio (pois ao contrário de Cerato, raramente pede conselhos). Ou “O que é
que eu lhe vou responder? Sim ou não?”
90
Mesmo quando se resolve, não é certo que não mude de opinião. Não é, então, de espantar
que as outras pessoas o achem pouco fiável e uma
perda de tempo.

Quando doente e, de acordo com o que seria de esperar, Scleranthus não consegue
determinar em que parte do corpo sente a dor, sendo normal que os sintomas se desloquem
de um lado para o outro, primeiro aqui depois ali, irritando assim o seu médico.

Será também interessante notar que o Remédio poderá constituir uma


boa ajuda quando em movimento e em viagem.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de tomar uma decisão rápida e


de actuar de acordo com ela, com eficácia; manter uma posição tomada e o equilíbrio, sejam
quais forem as circunstâncias.

Outras medidas de auto-ajuda: as mesmas de Cerato.

A criança do Tipo Scleranthus: tal como o adulto, será dada a mudanças extremas de
disposição, chorando agora e rindo daqui a um
bocado. Quando doente, os sintomas são também contraditórios: prisão de ventre, diarreia,
calor e frio, uma fome imensa e depois falta de apetite e assim por diante.

Star of Bethlehem Ornithogalum umbellatum Leite-de-Galinha

É uma planta com folhas delicadas, da família da cebola e do alho. Poderá crescer até uma
altura de 15 a 30 cm e poderá ser encontrada nos bosques e nas florestas. As flores são às
riscas verdes, na parte de fora e de um branco-brilhante, por dentro, abrindo apenas à luz do
Sol.

Método de potenciação: fervura.


91
Estado de espírito negativo: choque físico e mental. Star of Bethlehem, o remédio para os
estados de choque, é visto por muitos praticantes da terapia com flores, como o componente
mais importante do Rescue Remedy, estando em perfeita harmonia com as outras quatro
plantas, não deixando, no entanto, de accionar a acção do próprio Remédio.

Embora não seja um Remédio-Tipo, o Star of Bethlehem poderá servir de ajuda para
aquelas pessoas que sofram de desgaste físico e
emocional, devido a um trauma do passado. Poderá tratar-se de uma
privação, um divórcio, notícias desagradáveis ou o presenciar de um
acontecimento chocante. E um facto que a maioria das pessoas já passou, algures durante a
sua vida, por um episódio traumatizante.

Phillip Chancellor cita alguns exemplos dramáticos do efeito do choque psicológico no corpo.
Uma mulher anteriormente saudável, por exemplo, estava sentada nos degraus da cave
durante um bombardeamento em Londres. Depois do ataque, quando se tentou levantar,
descobriu que mal o conseguia fazer. As suas ancas estavam paralisadas, literalmente
congeladas devido ao medo. O seu médico descobriu então que ela sofria de artrite. Uma
outra mulher criou nevralgias tremendas quando lhe foi dada a notícia de que a sua filha fora
morta num ataque aéreo. Sofreu de dores de cabeça durante muitos anos até que foi
finalmente curada pelos Remédios Florais de Bach (’). O efeito do choque pode por vezes
ser tão retardado que só depois de muitos anos passados é que o verdadeiro impacto se faz
sentir sob a forma de sentimentos de culpa, depressão, ansiedade, fúria, ou até talvez sob a
forma de algum sintoma físico.

Embora seja preferível tratar o choque o mais depressa possível, Star of Bethlehem poderá
muitas vezes funcionar como catalisador, no caso do choque ter sido reprimido e poder ser
identificado como a causa daquele problema.

Potencialidades positivas após o tratamento: uma neutralização dos efeitos do choque, quer
estes sejam imediatos ou retardados.

Outras medidas de auto-ajuda: embora não sejam muito viáveis em casos de emergência,
as seguintes medidas poderão ser úteis em casos de efeitos retardados: massagem
aromaterapêutica (essência de
92
óleo de flor de laranjeira é frequentemente recomendada), e curas espirituais.

A criança do Tipo Star of Bethlehem: este medicamento pode ser


dado a bebés recém-nascidos (talvez na água do banho) para ajudar a dissipar o choque do
primeiro contacto com o mundo.

Sweet Chestnut Castanea sativa Castanheiro Manso

Esta árvore poderá atingir os 30 metros de altura em florestas e parques. À medida que vai
envelhecendo, a casca grossa, castanho-acinzentada e muito enrugada, começa a moldar-
se, em forma de espiral, à volta do tronco. As flores pouco aromáticas, de um amarelo
pálido, aparecem depois das folhas, de Junho a Agosto.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: extrema angústia mental; proximidade dos limites máximos de
resistência; incapacidade até de rezar.

Comparação: compare com a Personalidade-Tipo Mustard cuja depressão vai e vem como
uma nuvem negra, sendo a sua causa desconhecida. A depressão da Personalidade Sweet
Chesmut é accionada por um episódio bastante trágico da vida da pessoa em questão mas,
ao contrário do Tipo Cheri-y Plum, não leva a pensamentos suicidas. Tal como o Agrimony,
Sweet Chesmut tenta esconder dos outros o seu desespero.

A Sweet Chesmut está agachada contra a parede, desesperada e


completamente sozinha, com a vida desfeita em mil pedaços. Para ela
93
não há o ontem nem o amanhã, existe apenas um negro e pouco promissor presente. Nem a
própria morte lhe oferece uma verdadeira libertação, pois a dor que sente, atinge-lhe a
alma...

É esta a dimensão do estado de espírito da Personalidade-Tipo Sweet Chesmut. O Remédio


ajuda a descongelar o tempo permitindo que o Sol volte a brilhar e, aos poucos, uma nova
imagem de esperança e de uma
vida melhor comece a delinear-se no horizonte: a Fénix emerge das cinzas.

Potencialidades positivas após o tratamento: a esperança volta a


aparecer; o final do tormento começa a tornar-se cada vez mais visível. Começa a ter
experiências que lhe demonstram o verdadeiro sentido da vida e/ou de Deus.

Outras medidas de auto-ajuda: não são normalmente possíveis num estado já avançado,
especialmente se a pessoa em questão estiver presa num campo de guerra, por exemplo,
ou a viver uma catástrofe qualquer. No entanto, e durante o período de convalescença, esta
deverá relacionar-se o mais possível com a natureza e considerar a hipótese de uma cura
espiritual.

A criança do Tipo Sweet Chestnut: o Remédio poderá ser receitado para crianças que
sofram de angústia mental, resultante do divórcio dos pais ou qualquer outro tipo de
privação.

Vervain Verbena offcinalis Verbena

A verbena é uma planta rija e perpétua com 30 a 60 cm de altura. É facilmente encontrada


em solo seco e com muita erva, especialmente
94
em terra batida e solos rochosos. Os rebentos das flores pequenas e
lilazes abrem de Junho a Setembro.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: cansaço e tensão, como resultado de entusiasmo excessivo;


demasiada ansiedade.

Comparação: comparável com o Tipo Vine que é teimoso e


dominador para assim atingir os seus objectivos egoístas. O Vervain, no
entanto, é movido pela sua preocupação pelos outros e por um desejo de animar e
converter.

O Tipo de Personalidade correspondente a Vervain é dado a excessos de entusiasmo. Vive


num nervosismo constante e é incapaz de relaxar. Como consequência, sofre de rigidez e de
dores musculares, tendo também dores de cabeça, em redor dos olhos. O seu impulso
direccionador é a vontade tenaz de converter os outros à sua maneira de pensar, com um
zelo de missionário. Embora se possa dizer que o faz com boas intenções, na ideia de que
está a fazer bem, bombardeia os outros com os seus argumentos, acabando assim por os
afastar. É raro que consiga ouvir outros pontos de vista. Revoltado pela injustiça, fica sempre
do lado do mais fraco, formando grupos de pressão, participando em reuniões e, como não
podia deixar de ser, escrevendo diariamente para o Primeiro-Ministro!

A lição que terá de aprender é que demasiada pressão irá gerar uma situação de contra-
pressão e eventualmente esgotar as energias de cada um. Tal como Bach disse, muitas
vezes é mais pelo que se é, do que pelo que se faz, que grandes objectivos são alcançados.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de se


afastar dos problemas e de relaxar, quando necessário. A capacidade de aceitar que as
outras pessoas têm o direito de ter as suas próprias opiniões.

O adquirir da sabedoria suficiente para levar os outros a mudarem de opinião mediante a


apresentação de bons argumentos, durante uma discussão.

Outras medidas de auto-ajuda: embora o respirar fundo e os exercícios de relaxamento


sejam úteis, poderá ser mais fácil começar por uma actividade física que combata a rigidez
do corpo e da mente, tal 95
como o Tai Chi, Yoga ou uma qualquer arte marcial. Tente ainda relacionar-se o mais
possível com a natureza.

Receba uma massagem terapêutica, pratique a aromaterapia ou aprenda a técnica de


Alexander.

A criança do Tipo Vervain: esta criança é tensa e frustrada, também talvez hiperactiva; tem
dificuldade em dormir ou necessita de menos
horas de sono do que o normal.

vine videira brava

A videira é uma trepadeira de vida bastante prolongada, podendo atingir 15 metros de


comprimento. É natural de países mais quentes tal como Portugal, a Grécia e o Sul de
França. As flores são pequenas, verdes e cheirosas, aparecendo na Primavera (dependendo
do clima local, mas normalmente em Maio). Apenas a videira brava é utilizada para o
Remédio.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: uma personalidade dominadora e inflexível, sempre sedenta de


poder e implacavelmente ambiciosa.

Comparação: compare com o Tipo Vervain que tenta convencer os


outros através de explicações e do debate. Vine não debaterá o assunto. Expõe o seu ponto
de vista e fica à espera que os outros lhe obedeçam.

A pessoa cuja Personalidade-Tipo é o Vine governa a sua família


96
como uma rainha guerreira; as crianças, e até o cão, põem-se literalmente em sentido
sempre que ela lhes grita as suas ordens.

“Arruma o quarto já, ou ficarás quinze dias de castigo!” E depois para o marido “E tu (Pine)
devias ter vergonha! Que raio de homem és tu ao
deixares o idiota fugir depois de te ter batido no carro? Vai já falar com
ele, seu banana! “

No emprego não é diferente, aterrorizando todos aqueles que se


atreverem a atravessar-se no seu caminho. “Exactamente, aqui está o bilhete do parque de
estacionamento. Você deveria cá ter chegado há exactamente um minuto e trinta segundos
atrás. Não sei se poderei deixar passar isto!”

Curiosamente, e tal como Mechthild Scheffer, praticante da terapia de Bach menciona, por
vezes o estado de espírito negativo do Vine aparece ligado a características mais fracas tais
como as do Mimulus, Pine ou Larch, sendo as fraquezas da personalidade compensadas
pelo excesso de força de vontade e dureza.

Potencialidades positivas após o tratamento: a capacidade de se


tornar um chefe sábio e compreensivo, líder ou professor capaz de servir de inspiração para
os outros; a possibilidade de utilizar as suas extraordinárias capacidades de líder para guiar
e não para dominar.

Outras medidas de auto-ajuda: o facto de uma pessoa do Tipo Vine se aperceber de que
precisa de ajuda já é um grande passo em frente.

Poderá só se aperceber desse facto quando o Remédio já lhe estiver a


ser administrado sub-repticiamente (no chá, por exemplo), pelo seu desesperado marido.

Dedique-se ao Yoga ou ao Tai Chi; siga as sugestões do Capítulo 3, no que diz respeito aos
sonhos e, se necessário, considere a hipótese de consultas ou psicoterapia, principalmente
se for inserida num grupo, o
que lhe instigará um sentimento de união.

A criança do Tipo Vine: esta criança será sempre o líder do grupo


ou o capitão da equipa; terá tendência para ser agressiva e, num caso
extremo, poderá tornar-se o “terror” da escola.
97
Walnut Juglans regia Nogueira

A nogueira é uma árvore que poderá crescer até 30 metros de altura. Dá-se bem em jardins
e outros locais protegidos. As flores masculinas
e as femininas, pequenas e verdes, aparecem na mesma árvore. Floresce em Abril e Maio,
antes ou imediatamente a seguir ao aparecimento dos rebentos das folhas.

Método de potenciação: fervura.

Estado de espírito negativo: dificuldade em adaptar-se a mudanças de qualquer ordem.


Hipersensibilidade no que respeita a ideias e influências.

Comparação: ao contrário do Tipo Honeysuckle, o Walnut deseja seguir em frente, mas acha
difícil a ruptura com o passado, ou até com certos indivíduos.

O estado negativo do Walnut, é geralmente passageiro. Este é o


Remédio ideal para aqueles que sentem dificuldade em se adaptar a uma
situação nova, seja ela uma mudança de emprego, uma casa nova, um país estrangeiro,
uma nova crença, casamento, divórcio, paternidade ou
maternidade, etc. O Remédio ajuda a quebrar a ligação com o passado para que se possa
começar de novo, sem a influência de velhas ligações e memórias. Walnut mostra-se ainda
útil no atenuar de mudanças físicas, tal como o nascimento ou mudança dos dentes, a
puberdade, a gravidez, ou a menopausa. Muitas mulheres acham este remédio útil, também
para a fase pré-menstrual. É normalmente combinado com o Scleranthus (devido às
possíveis mudanças de disposição) e com outras plantas, consoante os casos.
98
Walnut é também utilizado pelos praticantes da Terapia de Bach e
outros terapeutas, como um meio de “protecção física” (ver pág. 134).

Poderá acontecer, embora seja raro, que a pessoa seja de um tipo Walnut positivo. O próprio
Dr. Bach já assim foi considerado. Este tipo de pessoas são os pioneiros, inventores e
exploradores do mundo. São normalmente muito sensíveis e idealistas.

Potencialidades positivas após o tratamento: aquisição da determinação necessária para


avançar com os ideais e ambições que lhe são próprios, ignorando circunstâncias adversas
e não ligando a comentários e pormenores ridículos.

Outras medidas de auto-ajuda: leia Cutting the Ties that Bind de PhyIlis Krystal. Repita a
seguinte afirmação antes de se deitar, todas as noites: “Eu sigo as orientações do meu eu
superior”.

A criança do Tipo WaInut: para além de ajudar a criança a atravessar os vários marcos
importantes da sua vida (o nascer dos dentes, o começar das aulas e a puberdade, por
exemplo), Walnut poderá apoiar a adaptação a outras mudanças, como ficar longe de casa
pela primeira vez (talvez com os avós), ou quando a criança sofre com o divórcio dos pais e
com outras grandes mudanças.

Water Wolet Hottonia palustris Violeta Aquática

A violeta aquática é uma planta graciosa, flutuante e quase sem penugem, geralmente
encontrada em valas e pequenos lagos, permanecendo as frágeis folhas debaixo de água.
Os rebentos das flores lilazes e brancas aparecem em Maio e Junho.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: orgulho e distanciamento.


99
A pessoa do Tipo Water Violet é solitária, serena e possui um grande autocontrolo. Ela é a
professora sábia, a terapeuta, a construtora da paz, aquela que é procurada para dar
conselhos. No entanto o seu papel é o
de ouvinte e não o de conselheira, pois nunca procura interferir nem
influenciar, não compartilhando também os seus próprios problemas, nem mesmo os de
saúde, com os outros. Logo, quando não está bem, prefere que a deixem em paz. Todos
conhecem a sua capacidade de aguentar a mais intensa dor, com silenciosa dignidade.

Um carácter admirável, diriam muitos. Sem dúvida, mas Water Violet corre o risco de se
tornar demasiado contraída e distante; esse mesmo véu de separação superior correndo o
risco de endurecer até se transformar numa armadura impenetrável, isolando-a, assim, do
resto da humanidade. Os outros tendem então a vê-la como fria, convencida ou arrogante.
Como consequência, acaba por conhecer o verdadeiro significado da solidão, dentro da sua
torre de marfim e de orgulho, por ela construída.

Potencialidades positivas após o tratamento: embora permaneça confortável com a sua


própria companhia, a pessoa adquirirá a sensatez
e a empatia necessárias para pôr as suas próprias capacidades ao serviço dos outros.

Outras medidas de auto-ajuda: pratique actividades ou hobbies que tenham a ver com a
terra, como por exemplo jardinagem, desporto, olaria, cozinha, dança, passeios, dar e/ou
receber massagens.

A criança do Tipo Water Violet: tal como o adulto, ela é bastante orgulhosa e independente.
Uma criança fora do comum. Passa muitas horas sozinha, a brincar alegremente.

White Chestnut Aesculus hippocastanum Castanheiro Branco

100
Um castanheiro branco normal poderá atingir os 30 metros de altura. As flores são brancas
com uma parte amarelo-avermelhada, na base das pétalas. Em forma de “candelabro”,
florescem desde o final de Maio até ao princípio de Junho.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: pensamentos preocupantes, persistentes e debates internos.

Comparação: ao contrário do Tipo Clematis, o sonhador que fica contente por poder
escapar-se ao mundo real, White Chesmut daria tudo para escapar aos seus pensamentos e
penetrar no mundo real.

O White Chesmut sofre de uma “mente em carrocel”, debatendo sempre os mesmos velhos
argumentos à volta na sua cabeça, nunca chegando a nenhuma conclusão satisfatória,
gerando insónias e causando a si próprio muita tensão. Sente-se exausto e é incapaz de se
concentrar.

Como consequência, poderá ser um pouco atreito a acidentes, tornando-se distraído a ponto
de não ouvir, quando lhe é dirigida a palavra.

Potencialidades positivas após o tratamento: paz de espírito e a


visualização de uma solução à vista, para os problemas que o apoquentam.

Outras medidas de auto-ajuda: em alguns casos, uma mente demasiado activa que
provoque insónias, poderá indiciar uma deficiência de zinco em conjunto com um excesso
de cobre e/ou outras deficiências nutritivas (leia the Wright Diet de Celia Wright).

Comunique com a natureza o mais frequentemente possível e combine isto com uma
actividade física (se conseguir), tal como a marcha, passeios pela montanha ou pelo vale,
natação, ciclismo, etc. Considere também a prática de Yoga.

A criança do Tipo White Chestnut: o Remédio tem-se demonstrado útil em casos de crianças
mais velhas que têm insónias devido ao excesso de trabalho em períodos de exames.
101
Wild Oat Bromus ramosus Aveia Silvestre

Trata-se de uma erva facilmente encontrada em terrenos aráveis, em


bosques húmidos, em matas e na beira das estradas. As flores aparecem em Julho e
Agosto.

Método de potenciação: o Sol.

Estado de espírito negativo: insatisfação pelo facto de não ter ainda encontrado a sua
verdadeira vocação. Tédio e frustração.

Comparação: compare com o Scleranthus que vacila entre duas possibilidades, até entre as
mais triviais. Wild Oat não tem a certeza da sua missão na vida, mas nos outros assuntos é
decidido e tem uma visão clara.

Wild Oat é como uma folha ao sabor do vento, é algo como uma alma perdida que ainda tem
de encontrar o seu caminho na vida. Já viajou muito, já viveu um estilo de vida e depois
outro, já teve uma grande variedade de empregos, mas no entanto continua à procura
daquele estado ilusório que é a realização total.

A lição que terá de aprender prende-se com a assumpção de que terá melhores resultados
se encaminhar os seus talentos para uma só via, pois dispersar as suas energias em todas
as direcções apenas servirá para semear o próprio descontentamento.
102
Potencialidades positivas após o tratamento: a descoberta da verdadeira vocação da
pessoa.

Outras medidas de auto-ajuda: pratique a meditação para ajudar a


focar a sua atenção numa só direcção (ver Capítulo 7).

Repita a seguinte afirmação antes de se deitar, todas as noites: “Eu guio-me pelo meu eu
superior”.

A criança do Tipo Wild Oat: esta criança é normalmente muito capaz mas, tal como o adulto,
tende a espalhar as suas energias, raramente se identificando com um grupo de colegas, em
particular.

Wild Rose Rosa canina Roseira-Brava

A roseira brava é geralmente encontrada em sebes sobre as quais incida o Sol e nas matas.
As fragrantes flores são brancas, cor-de-rosa claro ou cor-de-rosa vivo, abrindo sozinhas ou
em grupos de três, entre Junho e Agosto.

Método de potenciação: fervura

Estados de espírito negativos: resignação e apatia. Há muitos anos que o Wild Rose acorda
às 6:30 da manhã, com o irritante tocar do despertador. Levanta-se da cama como um
zombie, nem contente nem triste, nem bem disposto nem deprimido. Depois de uma insípida
chávena de chá e de uma torrada seca, arrasta-se para fora de casa até à fábrica, que fica
ao fundo da rua. Depois, segue a mesma velha rotina dia após dia encaixotando chapéus
para festas, bandeirolas, foguetes de Natal e bonecos de plástico. Às 4 da tarde volta para
casa para beber mais uma chávena de chá, ver televisão, ir novamente dormir e... depois é
o começo de outro dia.
103
Esta é a extensão do estado de espírito negativo da Personalidade-Tipo Wild Rose. A
pessoa vive sem alegria ou prazer, fazendo pouco esforço para melhorar ou até para
procurar um emprego mais enriquecedor. Sem contestar, aceita a doença, a pouca sorte, a
monotonia, como se de um castigo predestinado se tratasse, sem dúvida provocado pelos
“pecados dos pais”.

Potencialidades positivas depois do tratamento: Um interesse renovado pela vida e, com o


retorno da vitalidade, o gosto pelo enriquecimento das amizades e fortalecimento da saúde.

Outras medidas de auto-ajuda: para além de tomar os Remédios Florais (um grande passo,
não haja dúvida), poderá também necessitar de uma outra terapia que liberte a corrente de
energias vitais, especialmente se o modo de vida característico do Wild Rose já datar de há
muito tempo atrás.

As terapias sugeridas são: a acupunctura, a cura espiritual, a cromoterapia e a psicoterapia.

A criança do Tipo Wíld Rose: peça ajuda profissional ao seu


nutricionista, caso o estado de espírito se tenha tornado crónico. É comum aparecer, durante
a adolescência, um certo estado de espírito tipo Wild Rose, embora seja normalmente uma
fase passageira.

willow Salix viminalis Salgueiro

Trata-se de uma árvore pequena que poderá crescer até 10 m de altura


e que pode ser encontrada em terrenos húmidos e baixos. Os ramos flexíveis poderão ser
utilizados para fazer cestos. No Inverno, os galhos tomam um tom amarelo-alaranjado. Os
amentilhos masculinos e femininos nascem em árvores diferentes, abrindo em Abril e Maio.
104
Método de potenciação: fervura

Estados de espírito negativos: severidade e ressentimentos; depressão.

Comparação: compare com o Holly que não é depressivo por natureza e que consegue,
mais facilmente, exprimir fúria e inveja. O Willow é muito mais reservado e deprimido,
considerando-se sempre uma vítima e adoptando uma atitude de autopiedade.

A Personalidade-Tipo Willow, propensa a amuos e resmungos, culpa o resto da humanidade


ou mesmo Deus pela sua vida “miserável e cruel”. “É tão injusto” lamenta-se ela. “Eu não
mereço isto”. Porém, nem por um instante admite que talvez seja a sua atitude que esteja
errada. Não manifesta interesse por quem quer que seja a não ser para falar com aspereza
e desagrado da boa sorte dos outros. É assim que se considera no direito de aceitar todo o
tipo de ajudas sem proferir qualquer forma de agradecimento. Não é surpreendente que já
tenha conseguido afastar amigos ou parentes que inicialmente lhe tenham oferecido uma
mão amiga, compreensão e amizade. Como é lógico, acabará por guardar rancor a esses
“desertores”, para todo o sempre. E é desta maneira que a sua angústia se vira para dentro
de si, destruindo-se interiormente. Muitos de nós precisamos de uma dose de Willow de
quando em quando, especialmente naqueles dias em que nada corre bem e começamos a
maldizer a sorte dos outros.

Potencialidades positivas depois do tratamento: optimismo e sentido de humor; a


capacidade de aceitar a responsabilidade da própria vida e de ver as coisas na sua
perspectiva correcta.

Outras medidas de auto-ajuda: comece a assumir uma maior responsabilidade pela sua
própria vida e saúde, procurando informar-se o
mais possível sobre a filosofia e a prática do holismo.

Se puder trabalhar sem ser remunerada, envolva-se em qualquer tipo de trabalho voluntário
ou ofereça-se para ajudar os seus amigos, parentes ou vizinhos, pois só dando é que a
pessoa poderá realmente receber. Pratique as fórmulas habituais de agradecimento, dizendo
“obrigado”, por exemplo, e depois progrida para “amo-te”.

Comunique o mais possível com a natureza; consulte ainda o exercício de auto-ajuda


recomendado para o Holly.
105
A criança do Tipo Willow: amua e faz birras, mas a razão para tal comportamento nem
sempre está à vista. Quando é levemente repreendida por qualquer razão, acha que não
merece um castigo tão grande.

Rescue Remedy Remédio de Emergência

Este Remédio é uma combinação de cinco das trinta e oito flores. Tal como o nome sugere,
trata-se do Remédio para todas as emergências: casos de pânico, histeria, apatia, ou até
perda de sentidos. Embora o Remédio não possa substituir a assistência médica, poderá
aliviar o sofrimento da pessoa enquanto se espera pela chegada da ambulância, permitindo
ainda que o processo de cura “corpo-mente”, comece sem demoras.

O Rescue Remedy também se tem mostrado útil noutras situações traumatizantes, tais
como ir ao dentista, receber más notícias, responder a um julgamento, depois de uma
discussão ou em situações em que uma criança se encontre sugestionada por um filme de
terror ou uma cena de violência.

Bach aconselha, que as pessoas tenham sempre um frasco de Rescue Remedy consigo.
Será também uma boa ideia ter sempre um frasco deste Remédio no armário da casa de
banho ou na caixa de primeiros socorros.

As cinco plantas que compõem o Rescue Remedy são: Star of Bethlehem: para o choque e
apatia; Rock Rose: para o terror e o pânico; Impatients: para o excesso de agitação, irritação
e tensão; Cherry Plum: para os ataques violentos e crises de histeria; Clematis: para as
sensações de confusão e de distanciamento, que muitas vezes se seguem a um desmaio, e
para a perda dos sentidos.
106
O Dr. Bach começou por usar o Rescue Remedy na sua forma original, a qual consistia em
Rock Rose, Clematis e Impadens, em
1930 - antes de ter descoberto os outros dois remédios. Administrou-o
a um jovem que acabara de sobreviver a um naufrágio. Este estava inconsciente e com a
cara azul. Enquanto estava a ser levado da praia para um hotel ali perto, Bach molhou-lhe os
lábios, a parte de trás das orelhas e os pulsos, com o Remédio. O jovem recuperou os
sentidos
antes de chegar ao hotel e, quando o pousaram à chegada, levantou-se e pediu um cigarro!
107
DOSAGENS E OUTRAS APLICAÇõES

A elegância simples das pequenas e negras garrafas conta-gotas do Concentrado, reflectem


bem a suavidade, beleza e a simplicidade do método de cura do Dr. Bach. Poderá obter o
Concentrado na maioria dos ervanários, ou através de alguns laboratórios químicos.

Os Remédios Florais são acessíveis em termos de preço e económicos quanto à dosagem:


pouca quantidade faz grande efeito. Por exemplo, uma garrafa de Concentrado de 7,5 mI, se
correctamente diluída, dará aproximadamente para quarenta e cinco tratamentos. Ainda
mais, o Concentrado poderá durar para sempre. No entanto, uma vez diluído em água para o
tratamento e guardado num local fresco, não durará mais de três ou quatro semanas. A água
poderá eventualmente deteriorar-se, especialmente se for água da torneira. Por esta razão,
recomenda-se a utilização de água das fontes ou de água mineral, por serem mais
duradouras, embora, na sua falta, possa obviamente usar-se a água da torneira. Será no
entanto boa ideia fervê-la, deixando-a arrefecer antes da adição dos Remédios. Uma colher
de chá de brandy ou de vinagre acrescentada ao conteúdo da garrafa (veja a seguir) servirá
de conservante, prolongando a duração dos Remédios por mais uns dias.
109
Preparação do tratamento

A diluição normal faz-se com 2 gotas de cada Concentrado (vertidos num frasco conta-gotas
de 30 mI, normalmente obtido na maioria das farmácias) que terá três quartos de água
mineral e por cima brandy ou
vinagre. Se for difícil obter um frasco tipo conta-gotas de 30 mI, poderá utilizar um frasco de
dimensões aproximadas.

Importante: com o Rescue Remedy (um composto de cinco plantas) a dosagem será
aumentada para 4 gotas. Convém sublinhar que, mesmo
combinado com outras plantas, continua a ser considerado um Remédio (ver também pág.
113).

Dosagem

Utilização genérica

Tome 4 gotas do Remédio diluído, pondo-o na língua, 3 a 4 vezes por dia. Em alternativa,
poderá pôr o mesmo número de gotas num copo de sumo feito com água mineral, ou
qualquer outra bebida. No entanto, para situações mais graves (ver a seguir), não é
necessário preparar uma
garrafa de tratamento; basta adicionar duas gotas do Concentrado (4 de Rescue Remedy)
directamente num copo ou chávena de água mineral e
beber espaçadamente.

Será bastante vantajoso reter o Remédio na sua boca durante um bocado, antes de o
engolir, procurando visualizar a vibração das plantas a invadir todo o seu ser.

Bebés e mães a amamentar

O número de gotas utilizadas na dosagem para bebés (e para crianças mais velhas) é a
mesma dos adultos. São adicionadas 4 gotas do Remédio no biberon do bebé ou então
numa colher de chá de água mineral ou sumo de fruta. As senhoras que estiverem a
amamentar também podem tomar este Remédio, diluído em água mineral. As vibrações das
plantas serão então transmitidas ao bebé através do leite da mãe.
110
Animais

Embora não seja um remédio universal, o Rescue Remedy é o principal medicamento


utilizado para o tratamento dos animais. Muitos houve que, já sem esperança de vida,
recuperaram quando lhes foi administrado o Rescue Remedy. A dose normal para todos os
animais domésticos são
4 gotas do Rescue Remedy (2 gotas de outra planta qualquer), em água ou leite, ou em
salpicos por cima da comida. Para animais maiores, tal como os cavalos, utiliza-se 10 gotas
do Rescue Remedy (5 gotas de outra planta qualquer) para um balde de água ou, se for
mais fácil de administrar, 4 gotas de Rescue Remedy por diluir (2 gotas de outra planta
qualquer) num torrão de açúcar.

Plantas

O Centro de Bach sugere 10 gotas de cada Remédio escolhido, para um regador, dos
grandes. Uma planta que tenha sido desenterrada por acidente, precisa do Rescue Remedy
para o choque e, provavelmente, também necessitará de Walnut se tiver de ser novamente
plantada. Como tónico normal de jardim, especialmente se as plantas estiverem
enfraquecidas devido a pestes, é recomendada uma combinação de Rescue Remedy e de
Crab Apple. Para evitar regar demais a planta, o Remédio poderá ser administrado
diariamente numa colher de sobremesa com água e com a dose normal de 4 gotas de
Rescue Remedy e de um outro Remédio. Uma técnica já experimentada e testada para a
conservação das flores cortadas, é uma combinação de Walnut, Wild Rose e Rescue
Remedy. Adicione 4 gotas de Rescue Remedy e 2 gotas de outros Remédios para um vaso
de tamanho normal.

Aplicações externas

Compressas

Bach aconselha a aplicação de compressas, para além das doses internas dos Remédios,
quando houver lesões externas, tais como irritação da pele ou inflamações. 6 gotas de
Concentrado são adicionadas a meio
111
litro de água fria. Ponha uma toalha pequena, um bocado de linho ou qualquer tecido macio
sobre o recipiente da água. Torça o tecido até retirar o excesso de água e aplique-o sobre o
local a ser tratado. Deixe a toalha em cima da ferida até esta estar à mesma temperatura do
corpo, substituindo-a sempre que necessário.

Banhos

Muitos utilizadores dos Florais de Bach põem os Remédios na água do banho para
aumentar o poder das doses orais dessas flores. Por exemplo: Olive ou Hornbeam para o
cansaço, Crab Apple para a falta de amor próprio e para problemas de pele. Os banhos com
Remédios Florais também são benéficos para os bebés e para as crianças, e até para o cão!
Adicione à água do banho 5 gotas do Concentrado que escolheu.

Tratamento do rosto

Crab Apple é muitas vezes utilizado como cura externa (combinado com outros tratamentos)
no caso dos problemas de pele, tais como equizemas ou borbulhas próprias da
adolescência. Encha uma garrafa de
50 ml com água destilada ou uma mistura a 50% de hamamélide e água destilada e junte 2
gotas de Crab Apple. Agite bem antes de utilizar e aplique 2 ou 3 vezes por dia.

Duração do tratamento

Não existem regras fixas, no que respeita ao tempo durante o qual cada pessoa deverá
tomar os Remédios. O tratamento deve ser sempre adequado às necessidades individuais
de cada paciente. Para situações delicadas tal como a recepção de más notícias (Rescue
Remedy ou Star of Bethlehem), aquele sentimento típico de Segunda-Feira de manhã
(Hornbeam) ou a ansiedade antes de uma entrevista (Rescue Remedy ou
Mimulus) por exemplo. Para estas situações tome as gotas quantas vezes precisar. Poderá
tomá-las de quinze em quinze minutos até se sentir melhor. A maioria das pessoas sentem,
quase de imediato, um grande alívio.
112
Perante um sentimento derrotista já muito enraizado, uma personalidade dominadora e
inflexível, por exemplo, ou uma tendência para ser possessivo ou ter pena de si próprio, o
processo de mudança e o retorno ao estado saudável poderá demorar muitos meses. À
medida que as camadas do cérebro começam a descascar-se tal como as várias camadas
de uma cebola, diferentes emoções começarão a surgir, sentimentos que poderemos ter
escondidos desde há muitos anos. Tome nota de qualquer mudança negativa (é óbvio que
os sentimentos positivos também virão ao de cima) e adicione o remédio apropriado ao
frasco de tratamento. Não há necessidade de preparar um frasco novo de cada vez que se
tem de tomar o Remédio, pois um frasco de 30 ml dura cerca de três semanas mas,
passado um tempo, será aconselhável rever a condição em que se
encontra e receitar um Remédio adequado a essa nova situação.

Uma indicação de melhoras será, como é óbvio, o facto de nos começarmos a sentir bem,
tanto física como mentalmente, e o facto de os nossos familiares e amigos darem pela
diferença. Porém, ainda mais significativo será o facto de nos esquecermos de tomar os
Remédios! Isto demonstra que nos estamos a tornar menos egoístas e mais interessados
nos outros e no mundo que nos rodeia.

Utilização do Rescue Remedy

Tal como já vimos, o Rescue Remedy é normalmente utilizado em


situações de emergência, embora também possa ser utilizado em tratamentos mais
demorados, em vez do Star of Bethlehem, por exemplo. Para condições extremas, tal como
choque e histeria, ponha 4 gotas de Concentrado num copo de água ou de qualquer outra
bebida. Peça à pessoa que beba o líquido intervaladamente, até que a sensação de angústia
desapareça. Se não tiver à mão qualquer líquido adequado, o Remédio poderá ser
administrado puro, directamente do frasco de Concentrado. Ponha 4 gotas na língua, as
vezes que for preciso. Se o paciente estiver inconsciente poderá proceder-se a uma
administração externa das gotas, quer diluídas, quer directamente de frasco do
Concentrado. Molhe os lábios, as gengivas, as têmporas, a nuca, a parte de trás das orelhas
ou os pulsos.
113
Como medida de primeiros socorros, por exemplo no caso de entorses, mordidelas de
insectos, inchaços e nódoas negras, aplique o Remédio puro ou diluído num pouco de água.
Em alternativa, poderá aplicar o Rescue Remedy em creme, que poderá ser obtido através
dos fornecedores habituais dos Remédios Florais.

Importante: queimaduras e escaldões deverão ser sempre arrefecidos debaixo de água fria a
correr, antes da aplicação do Rescue Remedy líquido. Não utilize o creme nestes casos. De
acordo com as normas dos primeiros socorros, não é aconselhável a aplicação de
substâncias gordurosas, tais como óleos, nas queimaduras recentes, especialmente se
elas não foram ainda esfriadas debaixo de água a correr, pois o óleo tem tendência a fritar a
pele e, eventualmente, poderá vir a causar mais dores e tornar a pele mais receptiva a
infecções. Ao ser administrado internamente, o Rescue Remedy irá, como é óbvio, atenuar o
choque. Como não poderia deixar de ser, as queimaduras mais sérias precisam de cuidado
médico imediato.
114
6

EXPERIÊNCIAS COM A TERAPIA DE BACH

Não seria mentira nenhuma se disséssemos que Bach tinha como


objectivo que as suas curas com flores superassem os propósitos da homeopatia ou que
substituíssem mesmo algumas outras formas de tratamento. A homeopatia adopta como
princípio o tratamento com uma substância semelhante, ou seja, a aplicação em
quantidades mínimas de substâncias que, se administradas em quantidades maiores,
poderão causar
sintomas semelhantes ao da doença que se propõem tratar. De acordo com Bach, a Lei das
Semelhanças da homeopatia nasce de um conhecimento incompleto da natureza do todo,
pois a própria doença é, em si, uma forma de cura. A razão de ser da doença é prevenir-nos
e impedir que a nossa negatividade vá longe demais:

É uma lição que nos irá ensinar a corrigir os nossos comportamentos e a harmonizar a
nossa vida de acordo com os veredictos da nossa alma... Quando a lição da dor, sofrimento
e angústia estiver aprendida, não haverá mais razão para ela existir e desaparecerá
automaticamente (’).

Logo, a verdadeira cura ocorre não com o repelir da doença através de substâncias
duvidosas de vibração igualmente baixa, mas com o invadir do nosso ser por vibrações
superiores, na presença das quais a115
doença, tal como a necessidade espiritual para a sua existência, são eliminadas.

Sejam quais forem os argumentos a favor ou contra este ponto de vista, os Remédios
Florais nas mãos de Bach provaram ser extremamente eficazes e até miraculosos, em
certas ocasiões. No entanto, deveremos analisar aquilo que realmente se deve à
extraordinária habilidade de cura de Bach e o que deve ser atribuído aos próprios Remédios
Florais. Na minha própria experiência, que se reflecte em todos os outros terapeutas de
diferentes escolas que foram entrevistados, os Remédios não podem negar por completo a
homeopatia nem qualquer outro tipo de tratamento, especialmente no caso de doenças
crónicas ou graves. No entanto, os Remédios são muito úteis e, em certas ocasiões,
bastam-se a si próprios, tal como evidenciam os casos estudados e que abaixo se relatam.

Alguns casos estudados

Michael: Michael está na casa dos trinta anos e, na altura da sua consulta, sofria de dores
agudas ao fundo das costas, como resultado de esforço físico exagerado. Recusou-se a
admitir as suas próprias limitações e referiu também que já tivera problemas semelhantes
várias vezes, em circunstâncias parecidas. Embora ele achasse que o seu problema era
apenas físico, chegou-se à conclusão que já se sentira tenso e ansioso durante alguns dias
antes do acidente. No entanto, já fora “avisado” das suas limitações em relação a esforços
físicos (o terceiro incidente idêntico em dois anos).

O tratamento começou com massagens aromaterapêuticas. Michael estava muito tenso; os


músculos do fundo das costas estavam em espasmo e o pescoço e ombros estavam
também tensos. Exprimiu o desejo de melhorar depressa, pois não gostava de ficar de
baixa, apesar de ter à sua frente apenas mais dois meses de permanência naquele
emprego. Eu senti que ele não estava a corresponder ao meu toque, pelo que interrompi as
massagens (normalmente não é aconselhável, pois quebra o ritmo de cura) para lhe dar um
copo de água contendo Impatiens para a sua irritabilidade, tensão e ansiedade por voltar a
trabalhar; Chestnut Bud, pois não havia aprendido com as suas experiências passadas o
116
inconveniente do esforço em demasia e Star of Bethlehem para o choque de ir perder o seu
emprego.

Quase de imediato detectei uma alteração. Começou a relaxar com a massagem, em vez de
a combater, a sua respiração tornou-se mais profunda e começou a ficar sonolento. No final
do tratamento já a dor havia diminuído consideravelmente. Depois de duas semanas a tomar
os já mencionados Remédios Florais três ou quatro vezes por dia e a receber o tratamento
aromaterapeutico duas vezes por semana, começou a sentir-se mais optimista. Não só a dor
nas costas havia diminuído, como as suas hemorróidas (das quais ele sofria há já muitos
anos) deixaram de o incomodar! No que diz respeito ao campo profissional, decidiu começar
a trabalhar por conta própria: organizar cursos e aulas práticas sobre os diversos aspectos
da conservação. Sempre que a dúvida se começa a instalar ele toma uma dose de Gentian
para se manter sempre na linha.

Judy: Quando conheci a Judy, ela estava a tentar tudo por tudo para conseguir manter o seu
emprego como técnica de laboratório. Aos trinta e dois anos já tomava Valium e outros
antidepressivos há seis anos, desde a altura em que havia sofrido um esgotamento e,
consequentemente, dado entrada no hospital. A sua história revelava uma infância infeliz,
numerosas relações amorosas, nas quais ela era normalmente a parte rejeitada, e um
período de contacto com numerosos produtos intoxicantes. Deixava transparecer uma
grande necessidade de ter controlo sobre a sua
vida, pois sentia-se como um pedaço de madeira à deriva no alto mar.

O caminho de Judy até à paz de espírito foi longo, doloroso e cheio de vicissitudes, mas ao
fim de nove meses começou a ver a luz ao fundo do túnel. Recebia massagens
aromaterapeuticas uma ou duas vezes por mês, consultas, terapia de relaxamento e os
Remédios Florais de Bach. Com o consentimento do seu médico e com o apoio do seu
grupo de auto-ajuda “Narcóticos Anónimos”, conseguiu deixar o Valium e reduzir bastante as
doses de drogas antidepressivas, embora tenha sofrido um
difícil período de “ressaca”, devido à suspensão daquele calmante.

Durante as várias etapas foram-lhe dados vários Remédios. Começou por Star of
Bethlehem, para o choque e traumas do passado, Larch, para a falta de confiança em si
própria, Mimulus, para os seus medos, Cherry
117
Plum e Gentian quando sofria algum contratempo e temia uma recaída. Demos-lhe ainda
Scleranthus para evitar as mudanças súbitas de disposição e a falta de segurança no andar,
consequência de ter deixado o Valium; e, finalmente, Agrimony provou ser útil sempre que
ela tentava mostrar-se mais contente do que realmente estava, para esconder dos outros a
sua confusão interior, o que lhe exigia um esforço quase sobre-humano. No entanto o
Remédio mais interessante e o maior catalisador da mudança foi revelado pela análise dos
sonhos.

Judy tivera vários sonhos centrados no tema de pedir conselhos. Num sonho muito
significativo deu consigo a consultar um homem com um ar muito autoritário e de fato e
gravata. Ele estava sentado num trono
e ela perguntou-lhe se deveria vender o seu carro para poder comprar um cavalo. Depois
deu consigo a imitar os seus gestos, expressões faciais e até o seu tom de voz, mas quando
acordou não se conseguiu lembrar da resposta à sua pergunta.

O Remédio que nos ocorreu de imediato foi o Cerato, o Remédio para os que procuram
sofregamente conselhos, ignorando a sabedoria da sua voz interior, e que tendem a imitar
aqueles a quem admiram.

Uns meses mais tarde Judy redescobriu o seu jeito para as plantas e desistiu do seu
emprego para se estabelecer como florista por conta própria. Por essa altura também lhe foi
oferecida psicoterapia no Serviço Nacional de Saúde (uma oportunidade rara), que ela
aceitou de bom grado.

Sylvester: Sylvester, um gato castrado, apareceu durante o rigoroso Inverno de 1990. Nos
finais da Primavera do ano seguinte, o veterinário diagnosticou-lhe SIDA felina, embora este
diagnóstico não fosse confirmado por exames ao sangue. De qualquer forma, estava muito
doente e ninguém esperava que ele sobrevivesse mais do que uma semana. No entanto, eu
não estava preparada para dizer adeus ao meu novo amigo e achei que também ele não
estava pronto para se separar de nós. Por isso dediquei-me a tratá-lo em casa. A cura foi
dirigida no sentido de alimentar” o seu aspecto físico e espiritual. Os Remédios Florais
tiveram um papel predominante, especialmente o Olive e o Rescue Remedy, não
esquecendo as doses homeopáticas de Sulphur e Arsenicum album em diferentes fases da
doença.
118
Tenho no entanto de confessar que este foi um golpe de sorte; tanto podia conseguir como
falhar, pois eu não sou homeopata. Uma essência de óleo de Tea-Tree (um óleo antivirulento
utilizado para o tratamento holístico da SIDA em humanos), era esfregado na sua barriga,
dia sim dia não. Também lhe foi feita uma cura espiritual.

Passada uma semana, começou a mostrar sinais de recuperação. Hoje, seis meses mais
tarde, Sylvester voltou a ser o mesmo gato brincalhão e terrorista que sempre havia sido até
ficar doente, embora, devido à sua
fisionomia marcada pela doença, nunca venha a ser famoso pela sua beleza!

Jack: o caso seguinte foi-nos relatado por Susan Morgan, de Merthyr Tydfil, no Sul da
Escócia.

O marido, Jack, tem cinquenta e três anos de idade e é motorista de autocarro. Havia já
muitos anos que ele sofria de um eczema nas mãos e nos pés que lhe dava muita comichão
e até dores. O médico receitou vários óleos de hormonas que de início pareciam ajudar, mas
que depois faziam a alergia ainda pior. Jack começou a ficar tão deprimido com a
comichão e as feridas profundas na sua pele, que decidiu procurar um praticante de
medicinas alternativas. Foi testado para alergias e comida (através da cinesiologia) e
também para os Remédios Florais de Bach.
O terapeuta receitou-lhe uma dieta em que não entrava o leite nem o queijo e prescreveu os
seguintes Remédios: Rescue Remedy, Holly, Crab Apple e Chestnut Bud. Seis meses mais
tarde Jack ficou espantado com as melhoras, não só na sua pele, mas também nele próprio,
como pessoa. Tinha um olhar mais meigo e um andar mais ligeiro, como se lhe tivessem
tirado um grande peso de cima dos ombros.

Lenny Sykes: Lenny é uma homeopata praticante em Stratford-upon-Avon, em Inglaterra,


que também utiliza os Remédios Florais de Bach no seu trabalho de cura. Embora considere
os Remédios como bons apoios, especialmente em doenças crónicas, não deixa de
reconhecer a importância do seu papel como agentes únicos de cura para certos indivíduos,
e especialmente na cura de animais.

Os Remédios mostraram-se muito benéficos no caso do seu próprio cão que tinha tendência
para ser agressivo para com os outros animais, era muito irritadiço por natureza e tinha
terror da água. Depois de três
119
semanas de tratamento com os Remédios Florais de Bach, já não resmungava com todos os
cães da vizinhança e, mais surpreendente ainda, foi tomar um banho ao lago!

Para além do Rescue Remede, foram-lhe também administrados Remédios como o Mimulus
para o medo da água; Holly para o seu comportamento de inveja para com os outros cães;
Crab Apple para o seu modo irritadiço; e Chestnut Bud para a sua incapacidade de aprender
com anteriores encontros com cães ferozes!

Lenny também descobriu que os Remédios eram benéficos para a sua própria doença.
Durante muitos meses sofreu de encefalomelite miálgica, uma doença debilitadora devida a
uma disfunção do sistema imunitário e para a qual não existe nenhum remédio tradicional.
Alguns sintomas são depressão, perdas de memória de curto prazo, dores em todo o corpo
e um cansaço devastador. Embora estivesse a tomar medicamentos homeopáticos, os
Remédios Florais provaram ser um óptimo complemento, ajudando a levantar o seu estado
de espírito durante os períodos em que, inevitavelmente, se sentia mais em baixo. Deste
ponto de vista, considerou o Gorse indispensável. Ainda mais, Lenny, tal como muitos outros
homeopatas, acredita que os Remédios Florais reduzem os desconfortáveis, embora
temporários, efeitos secundários dos remédios homeopáticos de grande potência, que são
normalmente receitados para doenças crónicas.

Embora Lenny ainda não estivesse completamente curada na altura desta entrevista, estava
no caminho certo para a recuperação total. Expressou o desejo de se especializar na cura
de animais e é uma admiradora assumida do muito conhecido veterinário homeopático,
George Macleod.

Violet: Este caso trata de crescimento pessoal e não do tratamento de uma doença. Devido à
falta de espaço, esta é uma versão resumida da história original que nos foi fornecida por
Judite Kidd, qUe trabalha perto de Abergaveriny, no Sul da Escócia. Judite utiliza o,,,
Remédio,, Horai.,’ como complemento da Terapia de Zonas Reflexas dos pé,, (Rcl'lcxolo,-
@i@.t) e da Terapia com Cores de Aura Soma, um método que CnVO]Ve @I

infusão de óleos coloridos com extractos de ervas e essência.,, de ôlew, potenciados por
cristais.

120
Violet era uma mulher de meia idade, mas fora do vulgar, na medida em que expressava a
maioria dos seus problemas a Judite, através do simples relato dos seus sonhos, o que não
teria acontecido se ela não tivesse sido inspirada pelos frascos coloridos de Aura Soma que
se
encontravam expostos na sala de tratamento. As cores fizeram-na compreender que Judite
não a acharia louca se ela lhe contasse os seus sonhos estranhamente poderosos e, muitas
vezes, proféticos.

O primeiro sonho que ela contou foi bastante interessante. O guia espiritual de Violet levou-a
de volta à época em que a Terra era ainda nova, onde lhe mostraram lindas flores e cores
que não lhe eram familiares. Ela deparou depois com duas tribos de pessoas distintas: umas
de pele escura e estatura baixa e outras de estatura mais alta, alouradas e com feições mais
bonitas. Descobriu ainda que conseguia entender a língua em que se exprimiam. Ela não
queria abandonar aquele mundo fascinante, mas o seu guia insistiu que era tempo de
partirem. Entrou, então, para dentro de um barco que a levou de volta a casa.

Pela conversa que se seguiu chegou-se à conclusão que Violet estava infeliz com a sua vida
rotineira. Como esposa e mãe, sempre dedicara todo o seu tempo à família, raramente
prestando atenção às suas próprias necessidades. Quando Judite lhe perguntou o que
poderia eventualmente alegrar a sua vida, Violet respondeu que gostaria de pintar.

Continuou depois a conversa, descrevendo as circunstâncias do seu primeiro e infeliz


casamento e o desgosto que isso tinha trazido aos seus três filhos. Sentia-se, ainda, culpada
pelo facto de a sua filha sofrer de anorexia. (Judite acha que um pai demasiado dominador
poderá dar aso
a casos de anorexia nos filhos).

Antes de conhecer o seu segundo marido, Violet tinha um sonho


muito real. Encontrava-se no quarto de uma mulher muito doente, deitada numa cama de
casal, num quarto do andar de baixo. Comovida pelo sofrimento da mulher, Violet sentou-se
na beira da cama e confortou-a, abraçando-a até ela acabar por adormecer. Depois, os filhos
da mulher que estava doente passavam ao lado da cama, recusando-se a dar conta da
presença das duas mulheres...

O significado deste sonho brevemente se materializou: o segundo marido de Violet tomou


conta da sua mulher doente, até à hora da sua
121
morte, na cama de casal que ele mais tarde mudou para o andar de baixo. Tal como o sonho
havia mostrado tão claramente, os seus filhos eram extremamente egoístas, não mostrando
ter qualquer tipo de consideração quer pela mãe, quer por Violet.

Judite receitou-lhe Walnut para permitir a Violet sentir que a sua vida havia mudado e para a
ajudar a ser mais compreensiva. Receitou ainda Pine, para sentimentos de culpa e de
autocrítica, e para ajudar ainda a

tolerar a situação. Foi-lhe também prescrito Indian Paint Brush (não é um Remédio Floral de
Bach, mas sim uma essência floral californiana) o qual a ajudaria a expressar-se a nível
artístico.

Alguns meses passados, Violet começou a sentir-se mais relaxada e com pensamentos
mais positivos. Do quarto de hóspedes fez um estúdio para si. Trabalhando naquilo de que
mais gostava, encontrou uma nova identidade e estava agora apta a ver os seus problemas
de um ponto de vista novo e menos doloroso.

A utente dos Remédios Florais de Bach, Heather Weaver, de Shropshire, Inglaterra,


contribuiu gentilmente com as seguintes situações, bem curiosas:

Leonard: Encontramos Leonard, o gato do nosso vizinho, a arrastar-se uma destas tardes,
pelo nosso jardim. Tinha o fundo das costas paralisado e as suas patas traseiras estavam
inutilizadas. Suspeitámos que tivesse sido atropelado por um carro. O gato estava tonto, mal
sabia onde estava e fazia-nos lembrar aqueles cães horrorosos que se costumam ver nas
janelas de trás dos carros. Deixámos cair gotas de Rescue Remedy em cima do nariz e das
patas do gato, que ele lambeu instintivamente. Demos-lhe ainda Rescue Remedy diluído no
seu prato da água, para ele beber antes de o dono o levar para o veterinário. Foi aí que o
veterinário disse que a única coisa que não fazia sentido era o facto de o gato não estar em
estado de choque, situação que seria normal devido ao acidente que havia sofrido, facto que
ele não conseguia compreender... Chega de efeito de placebo!

Heather: Comecei a sentir que me estavam a “pisar” demais no meu local de trabalho, por
isso comecei a tomar Centaury para me ajudar a perder a minha tendência para servir de
tapete a toda a gente. Dois dias
122
mais tarde experimentei um efeito secundário bastante agradável: sem suspeitar, o meu
companheiro, apareceu ao pé de mim com questões do foro doméstico e eu dei por mim a
dizer “ ... aliás Paul eu não vou continuar a cozinhar o jantar duas vezes enquanto tu apenas
cozinhas uma, por isso é bom que arranjes outro prato para cozinhar até ao fim da semana”.
Para não ter que suportar, dia sim, dia não os seus pratos feitos à base de ovos (o seu único
meio de sobrevivência) ofereci-me para cozinhar duas vezes enquanto ele cozinhava só
uma, até que ele arranjasse outra receita. Fiquei espantada quando me apercebi de que
aquilo já durava havia seis meses. O Centaury ajudou-me a melhorar numa área da minha
vida onde eu não me tinha apercebido que estava
a ser explorada.

Vamos concluir este capítulo com uma história fora do comum e que nos foi relatada por
Sophie Richards, uma música londrina.

Sophie: para além dos resultados específicos e incontestáveis dos Remédios (pois muitas
vezes eu não sabia quais os Remédios que me tinham sido receitados até me dirigir ao meu
terapeuta e lhe relatar os efeitos que eles tinham em mim), comecei a aperceber-me de
outro aspecto. Inesperadamente, comecei a ter umas sensações muito reais, que só
poderiam ser atribuídas à “aura”.

Há uns anos atrás já tinha tentado ver e perceber as auras, mas sentia que nunca o havia
conseguido. Agora, por acaso, quase como que um efeito secundário dos Remédios,
comecei a aperceber-me da existência muito real da minha aura. Apenas a consigo
descrever como uma suave, quase líquida e etérea substância que irradiava da minha pele e
que parecia tornar o meu corpo mais leve e renová-lo.

Cheguei à conclusão que não só a minha aura reforçava o efeito dos Remédios, como
também as pessoas com quem eu às vezes contactava sentiam o seu poder específico e
directo - específico porque o Remédio tomado estava de acordo com o efeito sentido. Houve
até uma vez em que o Remédio que eu estava a tomar fez primeiro efeito numa colega
minha do que em mim! (ver ainda pág. 135).
123
PARA UMA SAúDE TOTAL

De acordo com os princípios da cura natural (naturopatia) e toda a homeopatia em geral, a


comida que ingerimos, a água que bebemos, o ar que respiramos, as estações do ano e até
as fases da Lua podem afectar a maneira como nos sentimos. Assim, ao influenciarem a
nossa disposição, irão influenciar também o nosso estado físico.

Na verdade e tal como Bach disse, “Nada nos consegue atingir quando estamos felizes e em
harmonia”. No entanto, o verdadeiro equilíbrio entre corpo, mente e espírito, não é fácil de
conseguir - pelo menos não como estado permanente. Notáveis praticantes de yoga e
grandes professores espirituais conseguiram atingir tal ideal, mas a maior parte de nós não
vai conseguir lá chegar devido à falta de incentivo, ou por fraqueza, hereditariedade, Kariria
(sorte ou destino), ou seja o que for. E existe ainda a possibilidade de ocorrer algo de
importante na vida de uma pessoa, algo absolutamente imprevisível, mas que poderá ser o
suficiente para desequilibrar os pratos da balança.

No entanto, tal como a maioria dos médicos e terapeutas homeopatas concordariam, um


corpo bem alimentado e tratado irá, muito mais facilmente, resistir e aderir a qualquer tipo de
tratamento do que um corpo que esteja “entupido” com tabaco, “comida sintética” e todos os
outros hábitos de um modo de vida pouco saudável. Isto não serve para minimizar
125
a superioridade da mente/espírito - algumas pessoas não respondem bem ao tratamento,
mesmo seguindo-o “à risca”. Serve sim para mostrar que o aspecto físico, sendo uma parte
do todo, necessita de ser alimentado tanto por meios materiais como por meios espirituais. É
claro que ao
nível da vibração ou nível quântico (ver capítulo 2) não existe uma verdadeira alienação do
corpo, mente e espírito, mas nós consideramos ainda assim uma separação pois o Todo (tal
como qualquer tentativa de estabelecer a infinitude do Cosmos) está para além da nossa
experiência sensível. Como ponto de interesse, não só é possível o nosso estado físico
influenciar o nosso intelecto, como poderá, em casos extremos, afectar a nossa sanidade
mental. Certas formas de esquizofrenia, por exemplo, poderão ser activadas por alergias a
substâncias como o café, glúten de trigo e álcool(’’).

Depois, temos a questão da tensão pré-menstrual ou UM, tal como é denominada


actualmente. Alguns terapeutas esotéricos, embora não seja o caso do Dr. Bach, sugeriram
que essa condição é a “rejeição dos processos femininos”. Isto faz-me pensar na teoria de
Freud da “inveja do pénis do outro”. Será esta outra ilusão?

Embora possa ser verdade em alguns casos, de certo não poderá ser verdade para os
milhares, ou até milhões, de mulheres que sofrem de TPM!

Eu acredito que um certo grau de UM, não incluindo tendências suicidas e criminosas, é
perfeitamente normal, na medida em que é uma resposta de um sistema reprodutor
saudável ao estado “anormal” da não-gravidez. É óbvio que eu não estou a dizer que as
mulheres devam ceder à biologia (esqueçam essa ideia), mas sim que a TPM tem uma
origem, em parte, física (a não ser que uma pessoa considere a contracepção ou o celibato
como uma rejeição dos processos femininos). O verdadeiro culpado, tanto quanto nós no
mundo terreno nos conseguimos aperceber, é a retenção de fluídos, que é causada pelas
modificações naturais do corpo. A TPM é também acentuada pelo stress e por uma má
alimentação e é por isto que poderá, na maioria das vezes, ser remediada, tal como muitas
mulheres já descobriram.

Em poucas palavras, todas as terapias verdadeiramente holísticas procuram fortalecer a


habilidade inata de autocura, tanto do corpo como da mente. Embora umas pessoas nasçam
mais saudáveis do que outras,
126
a maioria poderá tornar-se mais saudável e evitar as chamadas doenças da civilização, tal
como o cancro do intestino, diabetes e problemas de coração. A chave para se ser saudável
e nos sentirmos bem está no facto de nos apercebermos de que não precisamos de ser
simples vítimas do stress e da angústia, que são responsáveis por muitas doenças.
Enquanto a nossa alimentação e estilo de vida têm um papel importante, precisamos
também de alimentar a nossa parte espiritual, pois somos muito mais do que apenas um
corpo e uma mente.

O nosso aspecto espiritual é difícil de definir, mas tem a ver com o tipo de relação que temos
connosco próprios, com os outros, com o nosso próprio sentido de utilidade e razão de ser e,
ainda, com a “saúde” do nosso planeta. Sem razão para viver sentimo-nos deprimidos ou
apáticos; nessa altura a vida parece-nos negra e sem sentido. Mesmo quando não seguimos
um determinado caminho espiritual em termos de fé cristã, poderemos eventualmente
descobrir a nossa razão de ser de qualquer outra forma. Poderá ser através da música ou
qualquer outro tipo de arte, não interessa se for humilde, ou simplesmente através da
família, do trabalho, relações de amizade ou até mesmo através do amor pelos animais e
pela natureza - ou, mais activamente, empenhando-nos numa causa humanitária ou
ambiental.

A visão do verdadeiro terapeuta holístico (incluindo, obrigatoriamente, Bach) e de todos os


seguidores do Movimento Ambiental, é que a expressão de qualidades como a compaixão,
intuição e estímulo aumentarão a consciência da Humanidade como um Todo. Ao fazê-lo
começaremos de novo a honrar a Terra, tal como o fizeram os curadores de antigamente,
apercebendo-se de que os homens e a terra se movimentam na mesma direcção. No
entanto, devolver a intuição à medicina não significa que tenhamos de exagerar no que
respeita à Magia Terrestre, sacrificando assim a lógica. É necessário que se juntem dois
princípios aparentemente opostos: os arquétipos “feminino” e “masculino”. Por outras
palavras, precisamos de “misturar” ciência com misticismo e o melhor da medicina ortodoxa
com o melhor das medicinas alternativas. Tal como o dia não pode existir sem a noite, nem o
Sol sem a Lua, a lógica torna-se desumanizada sem o equilíbrio da intuição e do sentimento.
127
Pôr em prática

O resto deste capítulo é dedicado a traçar sugestões para a criação de condições favoráveis
a todos os níveis do nosso Ser, para assim podermos aumentar a acção dos Remédios
Florais. Você é, obviamente, livre de aceitar, negar, modificar ou melhorar qualquer destes
exercícios ou actividades do corpo e da mente, de acordo com as suas próprias
necessidades ou nível de percepção.

A origem do stress

Ao contrário das ovelhas, nós, humanos, necessitamos de uma grande quantidade de


estímulo para nos motivar e nos fazer progredir. É um facto que, sem uma razão para viver,
nos começamos a sentir desesperados ou apáticos. Lembra-se do Wild Rose? No entanto,
quando as obrigações da vida excedem a nossa capacidade de resolução, começamos a
sentir os efeitos da chamada sobrecarga. Em ambas as situações sentimos desespero, o
que poderá conduzir à doença.

O stress não provém tanto das pressões exteriores e problemas que se nos impõem, mas
sim do modo como reagimos às pessoas e coisas que nos rodeiam. Todos conhecemos
pessoas que se mantêm calmas, relaxadas e compostas quando confrontadas com as mais
desesperantes situações, mas também conhecemos pessoas que “perdem a cabeça” ao
deparar com dificuldades mínimas. O segredo é encontrar e manter o nível ideal de stress
que torne a nossa vida interessante e cheia, equilíbrio esse que é diferente para cada
indivíduo.

Se a sua vida for monótona, faça os possíveis por quebrar a rotina. Isto poderá parecer
óbvio, mas é fácil de ignorar quando a pessoa está habituada a uma mesma situação. Visite
sítios novos o mais frequentemente possível; seja espontâneo; arranje um hobby novo; faça
exercício físico através de longas caminhadas, ciclismo, natação, etc.

Em ambos os tipos de stress, o exercício regular mas moderado ajuda a circulação, o que
por sua vez facilita a chegada de oxigénio ao sangue. Isto tem um efeito muito positivo no
seu estado de espírito. Qualquer pessoa que pratique desporto há pouco tempo,
especialmente se for algo de que realmente goste, dir-lhe-á que isso lhe trouxe mais energia
mental
128
e poder de concentração, capacidade de dormir mais profundamente e uma incrível
sensação de bem-estar. Nadar, andar ou simplesmente dançar são as formas mais naturais,
logo mais benéficas, de movimento.

No entanto, se já for mais velho, deficiente físico ou demasiado doente para poder fazer
muito exercício, massagens regulares (se forem feitas com suavidade) poderão ser muito
benéficas para o corpo, mente e espírito. A massagem é uma óptima terapia para todos nós,
quer soframos de stress, ou não.

Harmonia com a natureza

A natureza, nas suas formas múltiplas, é talvez a mais potente fórmula anti-stress - um
simples facto tantas vezes ignorado pelos profissionais do campo de “gestão do stress”. Ela
oferece tranquilidade aos excitados e levanta a moral aos desesperados. Tudo o que pede
em troca é um pouco do nosso tempo e atenção. Embora possamos gostar da vida da
cidade, poderemos, sem nos apercebermos disso, sentir-nos desorientados quando
afastados das correntes naturais da Terra.

Se apenas pode deixar a cidade, ocasionalmente, para visitar o campo, o mar ou as


montanhas, não desespere: até o parque perto de sua casa pode ser uma fonte de cura.
Tente arranjar tempo todos os dias (pelo menos meia hora) para apreciar o cheiro das flores,
árvores e relva; para escutar os pássaros; para sentir o tronco enrugado de um velho
carvalho; para caminhar na terra macia e para apreciar tudo o que o rodeia. Não tenha medo
do vento e da chuva, neve ou geada. Agasalhe-se bem para que não tenha de se encolher
para escapar ao frio, criando assim mais tensão. Deixe-se ir e divirta-se!

Como já deve saber, quando os índios americanos ficavam doentes, uma das primeiras
coisas que faziam era entrar numa floresta e sentar-se de costas viradas para uma árvore já
“crescida”. Procuravam, desta forma, ligar-se”, “sentar-se ao colo da Mãe”, como eles
diziam, para assim receberem cura. Tal como eles, também nós podemos beneficiar deste
ritual tão simples.

Se estiver a tomar qualquer um destes três Remédios (Oak, Hornbeam, ou Red Chestnut)
tente encontrar a árvore adequada, aquela que tenha
129
a ver consigo. Respire fundo e deixe-se inundar pelas vibrações de qualquer outra planta tal
como o Gorse, o Mimulus, o Impatiens ou o
Honeysuckle. Muito do prazer deste exercício está em procurar e encontrar as plantas.
Mesmo quando não estão floridas, uma contemplação silenciosa da planta ou da árvore
poderá tornar-se uma experiência de cura.

A contemplação silenciosa de água em movimento poderá ser também benéfica. Feche os


olhos e escute o suave murmurar de um riacho, de um rio, cascata ou das ondas do mar. Se
morar longe de qualquer tipo de nascentes naturais de água, uma fonte bonita num parque
ou jardim terá o mesmo efeito.

Para aqueles cuja compleição física lho permite, que maneira melhor para comunicar com a
natureza do que passar algum tempo na natureza em estado selvagem? Existe algo de
especial no simples escalar de uma montanha, especialmente se for a primeira vez, em
acampar numa floresta à beira de um lago ou, ainda, em passear pelos vales no Verão, o
vento fazendo esvoaçar o nosso cabelo, sentindo o aroma das flores silvestres, a relva que
pisamos polvilhada de água e no ar o som de gaivotas e do rebentar das ondas... Há de
facto algo de especial, algo místico mas muito real, quando nos aproximamos da mãe
Natureza.

Procura interior

Para além de comunicar com a natureza, poderá ainda praticar uma forma mais consciente
de cura do corpo e da mente, respirando fundo, relaxando, criando visualizações e
meditando. Aprendendo a relacionar-se com os seus poderes interiores você encontrará uma
fonte de autocura que funcionará em perfeita harmonia com os Remédios Florais de Bach.
Passado algum tempo, vai começar a aperceber-se de que já não reage de uma forma tão
autodestruidora às pressões da vida, tornando-se até mais autosuficiente quando em
confronto com diversas adversidades. É facto que o corpo e a alma podem prender ou
libertar o lado espiritual de cada um. As condições de prisão ou liberdade do espírito
dependem de muitos factores que estão inter-relacionados, mas especialmente da forma
como respiramos e pensamos. Embora nem sempre
130
possamos alterar a nossa situação no mundo exterior, podemos sempre mudar a nossa
atitude perante ela, que por seu turno modificará muita coisa:

Dois homens observam o mundo através das grades da sua cela, Um vê lama, o outro
estrelas...

Respiração: O poder da respiração sempre foi associado à energia física e metafísica. De


acordo com os praticantes de Yoga, e sem dúvida de acordo com a opinião de adeptos de
outras escolas de misticismo, a respiração é a chave para a transformação espiritual. Até na
Bíblia, a palavra traduzida como “espírito” pode também ser traduzida como “ar”. É a força
invisível da vida. Para os Chineses, que tentam manipulá-la através da acupunctura, é o Chi;
para os Aborígenes é o Kuranita; para os Polinésios é o manas; para os praticantes de Yoga
é o prana.

Visto a respiração ser o único “movimento” físico que pode ser


executado voluntária ou involuntariamente (pelo menos até um certo ponto), poderá criar
uma ponte entre o consciente e o inconsciente. Influenciando a nossa respiração, podemos
alterar os nossos níveis de energia e a nossa disposição. Para provar este ponto, comece a
respirar pouco profundamente; inspire e expire rapidamente durante cerca de meio minuto.
No final deste tempo irá sentir-se, necessariamente, ansioso. O seu coração estará a bater
muito depressa e poderá até sentir medo. Como antídoto, respire fundo umas três ou quatro
vezes partindo do abdómen, e expire devagar. Verá que o seu corpo e mente se encontrarão
num estado de calma absoluta.

Muitos de nós respiramos demasiado depressa; utilizamos apenas a parte de cima dos
nossos pulmões, o que quer dizer que os resíduos tóxicos não são totalmente expelidos.
Como resultado, o sangue não recebe todo o oxigénio de que necessita para alimentar os
tecidos do corpo; assim, poderemos sentir-nos apáticos e com a cabeça vazia. Ao mesmo
tempo, o défice de oxigénio dificulta a assimilação dos nutrientes da comida que ingerimos.

Uma das maneiras mais fáceis de aprender a respirar correctamente é praticar “a forma
completa de respirar” , do Yoga. Este exercício é
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também muito benéfico para as pessoas que sofram de problemas respiratórios, tal como a
asma, alergias ou bronquite.

1. Deite-se num tapete, no chão (até talvez no chão do jardim), ou


numa cama rija, com os braços ao longo do corpo, alguns centímetros afastados, devendo
as palmas das mãos estar viradas para baixo.

2. Feche os olhos e comece a inspirar, muito devagar, pelo nariz.

Relaxe ligeiramente o seu abdómen e puxe o ar para as costelas e depois para o peito. O
seu abdómen ficará de imediato contraído, enquanto as costelas saem para fora e o peito
incha. Deixe-se ficar assim durante alguns segundos.

3. Agora comece a expirar devagar, pela boca, de uma forma contínua e suave até o
abdómen voltar ao seu lugar inicial e as costelas e o peito ficarem relaxados. Mantenha-se
assim durante uns segundos, antes de repetir o exercício duas ou três vezes.

4. Respire fundo, mas devagar, tal como fez no ponto 1, levantando os braços ao ritmo da
respiração até que as costas das suas mãos toquem no chão, atrás de si.

5. Deixe de respirar durante dez segundos enquanto se estica o mais possível, da ponta dos
dedos até às pontas dos pés.

6. Expire novamente, à medida que vai baixando as mãos até ficarem de novo ao longo do
seu corpo. Repita estes movimentos duas ou três vezes.

Este exercício também pode ser praticado de pé. Para facilitar a operação de se esticar
(etapa 5), ponha-se em bicos de pés fazendo os calcanhares assentar de novo no chão, à
medida que vai expelindo o ar cá para fora.

Relaxar profundamente: o relaxamento total é um pré-requisito da arte de visualização e


meditação. Afastando-se um pouco do consciente, a descontracção total vai aumentar a
nossa capacidade de concentração e de utilização de imagens mentais para efeitos de
autocura e mesmo
132
para a cura de outras pessoas. É ainda a chave que abre a porta para o conhecimento do eu
superior.

Antes de começar, procure um sítio bem arejado, calmo e com uma decoração relaxante.
Vista uma roupa larga e confortável e descalce os sapatos. Se morar numa zona barulhenta
talvez seja aconselhável pôr um disco ou uma cassette de música calma, mas não muito
alta, pois os seus sentidos estarão especialmente sensíveis. Muito importante, também, será
o facto de não dever ser interrompido durante pelo menos um quarto de hora.

No que respeita à decoração e de acordo com terapeutas de cores, as vibrações


dissonantes dos padrões aos ziguezagues ou de cores vivas tal como o cor-de-rosa forte
combinado com o cor-de-laranja vivo, ou o vermelho combinado com o amarelo, podem
afectar-nos mesmo estando nós com os olhos fechados. As cores neutras ou pastel
provocar-nos-ão muito mais facilmente a descontracção e a meditação.

1. Deite-se no chão ou numa cama firme com almofadas, caso o


desejar - uma debaixo da cabeça e outra debaixo dos joelhos, que irá apoiar as coxas.

2. Feche os olhos, respire fundo uma ou duas vezes pelo nariz,


depois expire pela boca, sob a forma de suspiro...

3. Agora concentre-se nos seus pés. Inspire pelo nariz, contraia os pés, esticando e flectindo
os dedos, puxando-os para si. Deixe-se ficar nesta tensão durante cerca de cinco segundos,
deixando depois os seus pés relaxarem, à medida que vai expirando pela boca, com um
suspiro.

4. Enquanto inspira, contraia a barriga das pernas contando até cinco. Agora relaxe-se à
medida que vai expirando, acompanhando este movimento com um prolongado suspiro.

5. Prossiga para os joelhos, para as coxas, nádegas, abdómen, peito, ombros, mãos,
braços, pescoço, cabeça e cara. Contraia cada uma destas partes enquanto inspira e deixe-
as descontrair à medida que vai expirando, com um suspiro, e experimentando uma enorme
sensação de liberdade.
133
6. Respire fundo três vezes, inspirando a partir do abdómen, mas sem o forçar. Retenha
cada respiração durante alguns segundos e expire devagar, pela boca.

7. Agora, concentre-se no seu corpo e “veja” se tem alguma parte ainda tensa, repetindo o
contrair e o descontrair dos músculos até se sentir completamente relaxado e calmo.

8. Quando se sentir preparado (depois de pelo menos cinco minutos sossegadamente


deitado e a respirar normalmente), estique-se bem, das extremidades das mãos até à ponta
dos pés, antes de começar a levantar-se, lentamente.

Este exercício será mais benéfico se praticado uma ou duas vezes por dia, de estômago
vazio, ou pelo menos meia hora depois de comer uma refeição leve ou um lanche.

Protecção física

Ainda que tenhamos escolhido não atribuir importância à questão, é facto que nós,
humanos, somos bastante sensíveis ao campo de energia dos outros na nossa própria
esfera, em maior ou menor grau, consoante as pessoas. Quantas vezes você já se sentiu,
por exemplo, pouco à vontade na presença de outrem, sem saber bem porquê? Por outro
lado, já alguma vez sentiu uma alegria inexplicável quando se encontra na
presença de determinada companhia e já se sentiu mais bem disposto quando se relaciona
com alguém especialmente exuberante?

Algumas pessoas mais sensíveis prezam-se por apenas conseguirem dar-se com pessoas
com um “desenvolvimento” semelhante ao delas, dado que os “menos dotados” as fazem
sentir pouco à vontade. As pessoas deste tipo queixam-se muitas vezes de cansaço depois
de terem andado de autocarro ou de Metro. Na verdade, uma pessoa com uma aura
equilibrada pode ir para onde quiser e dar-se com todo o tipo de pessoas sem, por isso, se
sentir mal ou de alguma forma desconfortável. É facto que o medo e a ansiedade
enfraquecem o campo de energia, produzindo uma forma maligna e incontrolada de
vulnerabilidade áurea. No entanto, e ao contrário do que muita gente pensa, uma aura forte
não
134
é sinónimo de “armadura”. Por outras palavras, não é uma barreira impenetrável que nos
afasta dos outros e do mundo exterior; pelo contrário, funciona como um filtro, permitindo
apenas a entrada a coisas que não nos possam magoar. Aprendendo a fortalecer as nossas
próprias vibrações, ajudaremos a levantar a moral daqueles que procuram a nossa
ajuda. Continuaremos a ser sensíveis a atmosferas e às necessidades dos outros (talvez
ainda mais), mas não absorveremos a negatividade como uma esponja humana, esgotando
as nossas próprias energias pelo caminho.

Fortalecer a aura

A aura não é mais do que uma emanação do pensamento e, como tal, facilmente pode ser
controlada por ele. É muitas vezes benéfico aprender a controlar e fortalecer a aura
imediatamente a seguir à sequência anteriormente esquematizada, da respiração e/ou do
relaxamento.

Quando estiver de pé ou deitado de costas, feche os olhos e respire fundo, devagar e


profundamente, durante alguns segundos. Depois, imagine que está no centro de uma
esfera de luz branca, que também atravessa o seu corpo. Sinta que está protegido por esta
esfera de luz, tal como a gema está protegida pela casca do ovo, e imagine que a
energia que o rodeia é contínua, especialmente por cima da sua cabeça. Algumas pessoas
pensam numa luz azul ou dourada; outras, podem até nem pensar em nenhuma cor em
especial e sentir apenas que estão rodeados por uma esfera. Com a prática, esta
visualização, ou reconhecimento do seu espaço áureo, tornar-se-á secundário. Poderá ser
posto em prática sempre que precisar, sem primeiro ter que recorrer aos exercícios de
respiração ou de relaxamento. Pense na sua aura quando estiver perto de uma pessoa com
uma constipação ou engripada; quando você ou qualquer outra pessoa estiverem a deixar-
se levar pela negatividade; em ambientes barulhentos; logo de manhã e à noite, antes de se
deitar; depois de meditar ou de dar consultas de Terapia de Bach.

Outra forma de acabar com sentimentos negativos impostos pelos outros será tomar uma
dose de Rescue Remedy e Walnut diluídos num copo de água. Na verdade, a própria água
ajuda a purificar a aura, logo,
135
um banho ou um duche poderão também ser úteis. Como alternativa, poderá ainda dedicar-
se à jardinagem ou dar um passeio pelo campo; a Terra absorverá qualquer desconforto
pendente.

Criar um canal de cura

Se lhe parecer apropriado ao seu caso, a visualização que se segue será bastante benéfica
minutos antes de uma consulta.

1. De pé, ou deitado numa superfície confortável, respire fundo várias vezes (ver pág. 132).

2. Feche os olhos e pense na sua aura tal como fez no exercício anterior. Imagine, depois,
que está posicionado sobre uma linha recta, a qual passa pela sua cabeça até aos pés
(sendo isto conhecido por “centralização”). Sinta-se totalmente equilibrado e calmo.

3. O passo a seguir será tornar-se um canal de energia com poderes de cura - não a origem
pois isso apenas iria esgotar a sua própria vitalidade. Para se tornar um canal, imagine (ou
sinta) uma fonte de energia por cima da sua cabeça, seja uma bola de luz branca ou o Sol.
Nessa altura poderá dirigir-se ao seu eu superior, ou rezar, pedindo que lhe seja enviada
energia cósmica (ou que lhe seja dada capacidade) que o ajude, satisfazendo da melhor
forma as suas necessidades específicas.

4. Agora respire fundo várias vezes. À medida que inspirar, imagine que está a receber
energia da fonte de luz, energia essa que 1. entra” pela sua cabeça e “sai” pelas suas mãos
e pés, quando expira.

Durante a consulta poderá ainda imaginar que estão ambos centrados numa esfera de luz
branca (alguns terapeutas preferem imaginar um triângulo) acima da qual está um símbolo
de protecção. Os símbolos normalmente mais utilizados são uma cruz equidistante dentro
de um círculo, uma rosa branca ou um ankh (uma cruz de pau com uma presilha em cima,
que simboliza a vida eterna). A visualização poderá ser feita num instante, sem que a outra
pessoa se aperceba (nem toda a
136
gente será adepta deste método). No entanto, se a pessoa for receptiva à cura por intuição,
tanto melhor. Também ela poderá pensar na sua própria aura, unindo ambos as suas
energias numa grande esfera ou triângulo de luz.

No final da consulta, envie um pensamento para a outra pessoa; certifique-se de que ela
está separada de si, bem envolta na sua esfera espiritual.

Então separe-se e desça à terra, isto é, pense na sua própria aura, imagine-se centrado
numa linha recta tal como já o havia feito anteriormente e concentre-se no facto de os seus
pés estarem em contacto com o chão. Se necessário, peça licença e afaste-se para outro
lugar qualquer, para assim poder concretizar esta visualização.

O poder do pensamento é tudo. Se for capaz de fazer isto com êxito e se conseguir
identificar-se com a outra pessoa e vice-versa, não só as suas capacidades intuitivas e de
conselheiro melhorarão, como a experiência poderá ser benéfica para ambas as partes.

Meditação projectada

Esta é uma forma activa de meditação ensinada pela Fundação Pegasus (pelos meus
próprios professores) que tem a sede em Malvem, Inglaterra. A maioria das abordagens
orientais são passivas, pois têm como objectivo esvaziar as nossas mentes ou tornar-nos
meros observadores dos nossos próprios pensamentos, uma tarefa difícil para os
principiantes. A meditação projectada, por outro lado, implica que pensemos num
dado assunto, tema, pensamento ou palavra.

A meditação que se segue pode ser gravada numa cassette, mas não se esqueça de fazer
as pausas necessárias para efectuar as necessárias visualizações, desta forma indicadas: ...
Poderá também convencer um amigo com uma voz suave (muito importante) a ajudá-lo. A
meditação deveria ser praticada todos os dias, durante quinze ou vinte minutos, de
preferência logo de manhã. No entanto, duas ou três sessões semanais poderão ajudar a
reduzir o stress, a melhorar a concentração e a incentivar a criatividade e a inspiração.

O carvalho: Antes de começar, sente-se confortavelmente num quarto sem barulho, ou num
jardim, se preferir. Poderá sentar-se de pernas
137
cruzadas se a isso estiver habituado caso contrário sente-se numa cadeira com as costas
direitas, com os pés firmemente assentes no chão e as mãos ao colo.

1. Feche os olhos. Esvazie os pulmões e comece a respirar fundo, pelo nariz. Não esforce a
respiração, apenas se aperceba dela e sinta-a a entrar e a sair... (dois minutos).

2. Concentre-se nos seus pés; descontraia-os pensando no relaxamento de cada um...


agora repita este passo para cada uma das diferentes partes do seu corpo, cada uma de sua
vez, relaxando a barriga das suas pernas... joelhos... coxas... ancas... abdómen... depois o
seu peito... mãos e braços... ombros... pescoço... em seguida a cara... os seus olhos... a
testa... o seu couro cabeludo... e até a língua.

3. Agora imagine que está centrado numa esfera de luz branca: a sua aura...

4. Imagine um carvalho de figura majestosa e tronco rugoso, plantado no meio de um prado


verdejante; alto, forte e frondoso. Repare na largura do seu tronco; no buraco escuro perto
da raiz da árvore - o esconderijo de muitas crianças pequenas. Olhe para dentro deste
abrigo escuro. Pense na forma como esta grande árvore evoluiu a partir de uma mera
semente, durante tantos anos; na forma como os seus antepassados forneceram fruta aos
javalis e lenha e abrigo aos seres humanos. Há ainda uma outra dádiva do carvalho: uma
oferta muito preciosa e que emana das suas flores amarelo-pálido - o poder de o curar e
confortar quando as
responsabilidades da vida se tornam um fardo demasiado pesado para carregar sozinho. O
carvalho dá-lhe força para enfrentar adversidades, ajudando-o a ultrapassar todas as
incertezas da vida, com coragem e firmeza...

5. Sinta agora o tronco rugoso do carvalho... Nessa mesma rugosidade existe um sorriso
simpático, um sorriso afável que faz lembrar o
138
sorriso de um pai já “gasto” pelo tempo e que tem trabalhado muito para o proteger, a si, seu
filho...

6. Aproxime-se cada vez mais do tronco da árvore até finalmente se sentir absorvido por
ele... Agora já não está a observar o carvalho, pois você é agora o próprio carvalho. Você é
agora alto e forte. Sente o movimento dos seus ramos. Concentre-se agora no som dos
pássaros, insectos e dos esquilos enquanto estes brincam, estando você em segurança,
envolto naquele paternal abraço... Respire fundo, purifique o ar através das suas folhas...
Irradie luz verde para que todos os seres vivos da Terra possam ser curados... Concentre-se
nas suas raízes; aperceba-se de como elas se vão infiltrando no solo escuro e húmido,
esticando-se para longe, tal como os seus ramos, ancorando-o à Terra. Experimente o
sossego... Apenas as suas folhas são movidas pela suave dança da brisa quente e da fresca
chuva de Verão...

7. Agora é altura de, devagar, começar a separar a sua existência da da árvore. Dê um


passo para o lado. Certifique-se de que o carvalho está ao seu lado. Sinta o seu poder de
protecção, mais uma vez, antes de permitir que essa imagem desapareça... Voltou a ser
você mesmo.

8. Dirija a sua consciência, de novo, para o seu corpo. Imagine-se centrado numa linha
recta, que vai do topo da sua cabeça até à ponta dos seus pés... Sinta-se seguro dentro da
sua esfera de luz.

9. Abra os olhos. Abane os braços e as pernas, esticando-se depois o mais possível.

Poderá ainda querer meditar sobre qualquer dos outros Remédios Florais, ou Árvores. Siga
os mesmos passos da Meditação projectada para o carvalho. Siga os passos de 1 a 3 e
dirija a sua atenção para o objecto (árvore ou planta) que escolheu. Primeiro, temos a
visualização intelectual: imagine claramente a árvore ou planta; observe-a e considere os
seus poderes de cura. Depois passamos à visualização emocional: disponha-se a tocar no
tronco da árvore ou nas frescas e sedosas pétalas
139
das flores, sinta o cheiro do Pine ou do Honeysuckle. A seguir vem a visualização espiritual:
é nesta fase que vai conseguir identificar-se com a árvore ou a planta; já não pensa nela
porque é sua parte integrante. Dá-se, finalmente, a desintegração: vá-se autonomizando do
objecto com
que se identificou inicialmente; veja-o novamente como estando separado de si e dirija a sua
consciência de novo para o seu corpo, respeitando os passos.

E finalmente ...

Todos nós temos poderes de cura e, com o amor e a simpatia próprios da nossa natureza,
poderemos ainda ajudar todos aqueles que desejem ser saudáveis. Procure o principal
conflito mental do paciente, receite-lhe o
medicamento natural que o ajudará a ultrapassar essa dissonância particular e dê-lhe toda a
força e esperança que puder; depois é só esperar que a
capacidade de cura, latente nele próprio, faça o resto (”).

Dr. Edward Bach

140
NOTAS

1. Howard, J. e Ramsell, J. The Original Writings oj'Ed",ai-d Bach.


2. Howard, J. e RarnselI, J. The Original Writings qf Edwai-d Bach.
3. Chopra, Dr. D. Cura Quântica.
4. Capra, F. O Tão da Física.
5. Bach, Dr. E. Heal Thyself.
6. VIamis, G. Flowers to the Rescue.
7. VIamis, G. Flowers to the Rescue. S. Chancellor, P. Handbook of the Bach Flou,ei-
Remedies.
9. Howard, J. e RamselI, J. The Original Writings ql» Edward Bach.
10. Wildwood, C. Aromaterapia.
11. Brick1in, M. The Practical Encyclopaedia qfNatural Healing.
12. Howard, J. e RamselI, J. The Original Wiltings of Ed",ai-d Bach.
OUTRAS LEITURAS

Bach, E. Heal Thyself, C. W. Daniel, 1931. Bernard, J. e Barnard, M. The Healing Herbs of
Edward Bach, The Flower

Rernedy Programme, 1988. Brick1in, Mark Practical Encyclopaedia of Natural Healing,


Rodale Press, 1976. Capra, Dr. F. The Tao of Physi(-s, Flamingo, 1985. [0 Tao da Física, na
ed. port.

public. pela Presença.] Chancellor, P.M. Handbook of the Bach Flower Remedies, C. W.
Daniel, 1971. Chopra, Dr. D. Quantum Healing, Bantam Books, 1989. [Cura Quântica. -
Novos

Caminhos para a Saúde e Bem-Estar, na ed. port- publ. pela Difusão Cultural.] Howard, J.
The Bach Flower Remedies Step by Step, C. W. Daniel, 1990. Howard, J. e RarnselI, J. The
Original Writings of Edward Bach, C. W. Daniel, 1990.

Kenton, L. The Biogenic Diet, Century Arrow, 1986. Krystal, P. Cutting The Ties That Bind,
Element Books, 1987. Scheffer, M. Bach Flower Therapy, Thorsons, 1986. Vlarnis, G.
Flowers to the Rescue, Thorsons, 1986. Weeks, N. The Medical Discoveries of Edward Bach,
PhYsician, C. W. Daniel,

1989.

Wright, C. The Wright Diet, Piatkus, 1986.

143
MAPA DE CONSULTA RÁPIDA

Se ainda houver dúvidas, o seguinte resumo servirá para ajudar a esclarecê-las. Tenha em
conta que foi elaborado como guia para consulta e deverá sempre ser utilizado em conjunto
com as descrições mais detalhadas do capítulo 4.

REMÉDIO

Agrimony:

Aspen:

Beech:

Centaury:

Cerato:

ESTADO DE ESPÍRITO/ PERSONALIDADE

uma fachada alegre que esconde um tormento interior; tem medo de estar sozinho; é
ansioso; raramente se queixa; revela por vezes pouca forç a de vontade; deseja actividade;
tem medo das doenças; inquieto; é alvo de troça; revela tendências suicidas.

medo de um mal desconhecido; ilusões; pesadelos; tendências suicidas; desadaptação;


perturbações esporádicas.

crítico relativamente aos outros; arrogante; tem elevados ideais; é irritadiço; rígido mental e
fisicamente; incapaz de se identificar com os outros; bastante teimoso.

bajulador; escravo por opção própria; não se auto-estima; convencional; “pisado” pelos
outros; hipersensível; por vezes com capacidades mediú nicas.

sempre à procura de conselhos; sequioso de inforrnações; instável; irrequieto; ultrapassa


outros; imitador;

145
Cherry Plum:

Chestnut Bud:

Chicory:

Clematis:

Crab Apple:

revela falta de concentração; convencional; facilmente manobrável; tonto.

teme a insanidade mental; é atreito a desilusões; sente-se desesperado: tem tendências


suicidas; teme magoar-se a si próprio ou aos outros; tendência para esgotamentos
nervosos; temperamento violento accionado pelo medo.

não aprende com os erros do passado; falta-lhe poder de observação; lentidão na


aprendizagem; sonha acordado; projecta-se para o futuro.

possessivo (em relação a coisas e pessoas); não gosta de estar sozinho; gosta de discutir;
dominador; exigente; mentalmente confuso; teme perder amigos; é mal-humorado; finge-se
doente para captar atenção; poderá utilizar chantagem psicológica; é ansioso; egocêntrico;
chora com

facilidade; muito teimoso; consome os outros; tem muito orgulho naquilo que é seu.

distraído; sonha acordado; não tem ambições; é apático; não teme a morte; não é realista;
não é muito activo; pouco prático; precisa de dormir muito; imaginativo; projecta-se para o
futuro; refugia-se na “doença” para não ter de encarar a realidade; é utilizado pelos outros;
não se queixa; muitas vezes tem veia artística; revela por vezes, capacidades de médium.

não se aceita a si próprio; dá demasiada atenção aos pormenores; sente-se sujo; é exigente;
tem orgulho naquilo que lhe pertence; é ansioso; poderá ter problemas de pele.

Elm:

deprimido por se sentir deslocado; sente-se desencorajado, embora nonnalmente reaja bem
a esse sentimento.

Gentian:
deprimido devido a eventuais obstáculos que enfrentou no passado; duvida de tudo.

146
Gorse:

Heather:

Holly:

Honeysuckle:

Hombeam:

Impatiens:

Larch:

Mimulus:

sente-se deprimido devido à falta de esperança; consegue ser persuadido a tentar de novo,
embora não com o mesmo empenho; poderá ser um doente crónico.

egocêntrico; falador; aproveita-se dos outros; finge estar doente para ser o centro das
atenções; não gosta de estar sozinho; é muitas vezes um solitário; mentalmente confuso;
demasiado ansioso relativamente ao seu Ego; chora facilmente.

ciumento; cheio de ódio; despeitado; zangado; amargurado; apenas vê defeitos nas outras
pessoas; temperamento violento; desconfiado; aproveita-se dos outros.

nostálgico; vive no passado; distraído; sonhador; inerte; caseiro; não tem poder de
observação; muitas vezes, falador; triste; consome os outros.

falta de confiança em si próprio por falta de energia; cansado; aborrecido; preguiçoso (a


sensação de ‘Segunda-Feira de manhã”).

impaciente; irritadiço; prefere trabalhar sozinho, com

calma e em paz; trabalha demasiado; tem grandes ideais; é auto- suficiente; encontra
defeitos em toda a gente; tem uma mente e um corpo rápidos; sofre de tensão nervosa; por
vezes sujeito a fúrias ou violência.

tem falta de confiança em si próprio; está sempre à espera de falhar; indeciso; finge-se
doente para fugir às responsabilidades; pouca força de vontade; poderá também sofrer de
impotência.
nervoso por natureza; tem medo de coisas que lhe são familiares tal como a solidão, a
pobreza, uma ida ao

dentista, animais, festas, falar em público, etc.; é envergonhado; tem pouca confiança em si
mesmo; hiper-sensível ao barulho, discórdias e controvérsias; tendências suicidas; por
vezes falador; os outros tiram proveito de si; é facilmente dominado.

147
Mustard:

Oak:

Olive:

Pine:

vê a depressão como uma nuvem negra; a causa é desconhecida e tem uma natureza
cíclica;

carrega uma cruz durante toda a sua vida; luta contra o

impossível; tristonho por problemas de saúde; pouca autoestima; raramente se queixa;


poderá ter um esgotamento

ou um colapso nervoso; temperamento violento devido à instabilidade.

falta de força de vontade devido ao cansaço físico e psíquico; medo de perder os amigos;
não sente prazer na vida.

sente culpa, desespero e autocritica-se; culpa-se pelos erros alheios.

Red Chestruit:

Rock Rose (ou Rescue Remedy):

Rock Water:

Scleranthus:

Star of Bethlehem (também Rescue Remedy):

preocupa-se demasiado com os outros; não teme pela sua própria segurança; espera
sempre o pior; incomoda- ~se com reportagens sobre a guerra, a fome ou outros desastres;
mentalmente confuso; tenso.

sente um grande medo, terror ou pânico, o suficiente para amedrontar aqueles que o
rodeiam; sofre de pesadelos; vive situações de vida ou de morte.

muito exigente consigo próprio; autocritica-se; gosta de ser um bom exemplo para os outros;
tem ideias e opiniões fixas; é um perfeccionista; intolerante, mas é raro criticar os outros,
abertamente; automartiriza-se; ansioso; tenso; teimoso.

disposição variável; indeciso; não se pode contar com

ele; pouca capacidade de concentração; falta de confiança em si próprio; pouco convicto das
coisas; hesitante; instável; possibilidade de esgotamentos ou colapsos nervosos; falta de
equilíbrio; inquieto; pode ter um temperamento violento.

existência de choques emocionais e físicos; problemas bastantes graves devido a traumas


do passado; dor; dorinência emocional; recusa piedade; tenso.

148
Sweet Chestnut:

Vervain:

Vine:

WaInut:

Water Violet:

Wihte Chestnut:

Wild Oat:

Wild Rose:

Willow:

angústia tão profunda que parece quase intolerável; profundo desespero; incapaz até de
rezar.

demasiado entusiasta; zelo de missionário; gosta de debater e discutir; teimoso; mete-se na


vida dos outros; esforça-se demais; rígido no que diz respeito à mente e

ao corpo; impulsivo; intolerante; um mártir pela causa

que defende; poderá ter um esgotamento ou colapso nervoso; natureza irritável; rápido em
termos intelectuais e físicos; falador.

ditatorial; imensamente ambicioso; teimoso; exigente; intolerante; não se identifica com os


outros; temperamento violento; nasceu para liderar.

dificuldade em se desligar de objectos velhos; tem uma

ambição muito própria; vê dificuldade na mudança; muitas vezes é retraído ou mal


direccionado pelos outros; sente-se frustrado.

orgulhoso e distante; sofre em silêncio; rigidez física; conta apenas consigo mesmo; deseja
estar sozinho; tenta evitar discussões; equilibrado; triste; irradia superioridade.

vive atormentado por discussões mentais; é indeciso; poderá sofrer de insônias; falta de
capacidade de observação; preocupado.

sente-se insatisfeito devido a ambições não concretizadas; incerteza em relação ao futuro;


pretende fazer muitas coisas ao mesmo tempo, acabando depois por não terminar nenhuma;
incapaz de assentar.

apático (muitas vezes sem razão aparente); cansado; triste; não se queixa; não gosta da
mudança; tem uma atitude conforrnista para com as coisas.

constantemente a lamentar-se; amargo e desdenhoso; egoísta; adora discutir; culpa sempre


os outros; mal disposto; impertinente; poderá simular urna doença para obter piedade;
irritadiço; birrento.

149
EMIMIMA “ LHEMNUTeVMS

Volumes publicados:

1 - A CURA PELA COR / Ted Andrews


2 - ACUPUNCTURA / Peter Mole
3 - MANUAL COMPLETO DE MEDICINA NATURAL / Marcia Starck
4 - IRIDOLOGIA / James e Sheelagh Colton
5 - HOMEOPATIA / Anne Clover
6 - REFLEXOLOGIA / Inge Dougans e Suzanne Ellis
7 - O DIAGNóSTICO PELA RADIESTESIA / Arthur Bailey
8 - AROMATERAPIA / Christine Wildwood
9 - A CURA ESPIRITUAL 1 Jack Angelo
10 -REMÉDIOS FLORAIS 1 Christine Wildwood
11 -A TÉCNICA ALEXANDER / Richard Brennan
12 - NUTRIÇÃO E SAúDE 1 Hasnain Walji
13 - SHIATSU / Elaine Liechti
14 - CUIDADOS COM O CORPO E A PELE 1 Sidra Shaukat
15 - A MASSAGEM TERAPÊUTICA / Stewart Mitchell
16 - CHI KUNG / James MacRitchie
17 - CROMOTERAPIA / Pauline WilIs
18 - AYURVEDA / Scott Gerson
19 - OS CRISTAIS E A SAúDE 1 PhyIlis Galde
20 - VISUALIZAR PARA CURAR 1 Pierluigi Lattuada
21 - GUIA DE MASSAGEM MÁGICA 1 Angela Donetti e Valerio Lupano
22 - COMO CURAR COM A ENERGIA DAS MÃOS / Valerio Sanfo
23 - SAúDE E ENERGIA EM 16 ETAPAS 1 Pauline WilIs e Theo Gimbel
25 - HIPNOTERAPIA Hellmut W. A. Karle
26 - QUIROPRÁTICA Michael B. Howitt Wilson
27 - CINESIOLOGIA Maggie La Tourelle e Anthea Courtenay
28 - MANUAL PRÁTICO DE HOMEOPATIA 1 Ruggero Dujany
29 - A MEDICINA CHINESA / Tom Williams
30 - FITOTERAPIA / Vicki Pitman
31 - MANUAL DE MEDICINA ORTOMOLECULAR / Ana Paula Ivo

A publicar:

24 - OSTEOPATIA / Edward Triance

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