país. Limita-se com três estados brasileiros: Piauí (leste), Tocantins (sul e sudoeste)
e Pará (oeste), além do Oceano Atlântico (norte). Com área de 331 937,450 km² e com
217 municípios, é o segundo maior estado da região Nordeste e o oitavo maior estado do
Brasil. Com uma população de 7 035 055 habitantes[7], é o 11º estado mais populoso do
país. A capital e cidade mais populosa é São Luís. Outros municípios com população
superior a cem mil habitantes são Imperatriz, São José de
Ribamar, Timon, Caxias, Codó, Paço do Lumiar, Açailândia e Bacabal. Em termos
de produto interno bruto, é o quarto estado mais rico da Região Nordeste do Brasil e o 17º
estado mais rico do Brasil. As principais atividades econômicas são a indústria (o trabalho
de transformar alumínio e alumina, celulose, alimentícia, madeireira), os serviços,
o extrativismo vegetal (babaçu), a agricultura (soja, mandioca, arroz, milho) e a pecuária.
Possui um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, com 0,687
pontos.
Localizado entre as regiões Norte e Nordeste do Brasil, o Maranhão possui o segundo
maior litoral do país, resultando em uma grande diversidade de ecossistemas. São 640
quilômetros de extensão de praias tropicais, floresta amazônica, diversas variedades de
cerrados, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milhares de
lagoas de águas cristalinas. Também é perceptível, na maior parte do ano(entre os meses
de maio a novembro), a seca branda na Microrregião das Chapadas do Alto Itapecuru,
acentuadamente em São João dos Patos e Barão de Grajaú. Essa diversidade está
organizada em cinco polos turísticos, cada um com seus atrativos naturais, culturais e
arquitetônicos. São eles: o polo turístico de São Luís, o Parque Nacional dos Lençóis
Maranhenses, o Parque Nacional da Chapada das Mesas, o Delta do Parnaíba e o polo
da Floresta dos Guarás. Com redução de altitudes e regularidade da topografia, é
apresentado um relevo modesto, superior a 90% da superfície inferior a 300
metros. Tocantins, Gurupi, Pindaré, Mearim, Parnaíba, Turiaçu e Itapecuru são os rios
mais importantes e pertencem às bacias hidrográficas do Parnaíba, do Atlântico Nordeste
Ocidental e do Tocantins-Araguaia.
O Rei de Portugal Dom João III dividiu a região do Maranhão em duas capitanias
hereditárias, que o monarca entregou a Aires da Cunha e Fernando Álvares de Andrade,
no ano de 1535[8] (região descrita como "grande baía com uma ilha").[9] A partir de então,
até os franceses se estabelecerem em 1612 (França Equinocial), o conhecimento da área
não foi tomado por Portugal. Em 1615, no contexto da Conquista do Nordeste e Conquista
da Amazônia (período de combate as forças estrangeiras que estabeleceram fortificações
na região), uma expedição com portugueses e brasileiros partiu da Capitania de
Pernambuco, sob ordem do Governador Geral da Armada e Conquista do
Maranhão Alexandre de Moura e liderança de Jerônimo de Albuquerque, visando expulsar
os franceses e consolidar o domínio português.[10] Como recompensa pelo êxito na
empreitada, o General nomeou Jerônimo de Albuquerque Capitão-Mor da Conquista do
Maranhão[11] e, em 1621, foi instituído o Estado do Maranhão, por Filipe II de Portugal (e
Filipe III da Espanha) no Norte do América Portuguesa, porém instalado em
1626[12][13] devido aos conflitos com os holandeses.[9] Sendo o novo Estado uma colônia
independente e autônoma do Estado do Brasil, a criação da Capitania do
Maranhão ocorreu em paralelo à fundação do Estado do Maranhão, ficando a Capitania
subordinação ao Estado.
Em 1641, os neerlandeses ocupam a ilha de São Luís, de onde foram expulsos pelos
portugueses em 1644 consolidado o domínio português. Em 1654, foi criado o Estado do
Maranhão e Grão-Pará,[14][15] devido ao progresso e ascensão da região de Belém, e a
Coroa Portuguesa verificou que tal organização administrativa favorecia apenas aos
interesses pessoais de donatários e sesmeiros.[16] Em 1774, o Estado foi dividido em duas
unidades administrativas por Marquês de Pombal: o Estado do Maranhão e Piauí e Estado
do Grão-Pará e Rio Negro.[17][18] O Maranhão apenas foi conquistado pelo Império do
Brasil em 1823, porque Portugal o defendeu muito fortemente, e somente depois que o
almirante Lord Cochrane interveio, a pedido de Dom Pedro I. Em 1831, foi irrompida
a Setembrada, que pregou que fossem expulsos os portugueses e os frades franciscanos,
e, em 1838, a Balaiada, um movimento popular que contrariava a aristocracia rural. A
economia declinou devido ao fato de que Princesa Isabel aboliu a escravidão, só vindo à
recuperação na época da 1ª Guerra Mundial.
Índice
1Etimologia
2História
o 2.1Período pré-cabralino
o 2.2Colonização portuguesa
o 2.3França Equinocial
o 2.4O Estado do Maranhão e a Capitania do Maranhão
o 2.5Ocupação holandesa
o 2.6Estado do Maranhão e Grão-Pará
o 2.7Revolta de Beckman
o 2.8Estado do Grão-Pará e Maranhão
o 2.9Estado do Maranhão e Piauí
o 2.10Independência
o 2.11República
o 2.12Século XX
3Geografia
o 3.1Geomorfologia e hidrografia
o 3.2Hidrografia e vegetação
o 3.3Vegetação
o 3.4Clima
4Demografia
o 4.1Indicadores sociais
o 4.2Cidades mais populosas
o 4.3Composição étnica
o 4.4Idiomas
5Subdivisões
6Economia
o 6.1Turismo
7Infraestrutura
o 7.1Energia
o 7.2Transportes
o 7.3Telecomunicações
o 7.4Educação
8Cultura
o 8.1Culinária
9Ver também
10Referências
11Ligações externas
Com a Segunda República, foi aprovada pela Assembleia Constituinte estadual uma nova
constituição datada de 28 de julho de 1947. José Sarney da Costa tomou posse do
governo estadual em 1966. Por iniciativa de Sarney foi iniciado o período modernizador
"Maranhão Novo", dos quais se destacavam o porto de Itaqui a ser construído e a rodovia
São Luís-Teresina a ser pavimentada.[carece de fontes]
Apenas nas posteriores décadas, com os recursos da Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste (Sudene), foi sobrevindo o que mudou na economia estadual, com a solidez das
repercussões no Maranhão: foi entrada em operação a Usina Hidrelétrica de Boa
Esperança em 1970 e em 1973 ocorreu a inauguração da indústria papeleira (Cepalma),
onde a matéria-prima da região é utilizada. Foi inaugurada a primeira etapa da indústria
aluminífera do consórcio Alumar em 1984. Esta fábrica de alumínio foi o primeiro projeto
do programa Grande Carajás. Teve o início da construção do Centro de Lançamento de
Alcântara em 1987.[carece de fontes]
Ficha técnica
Área 331.983,293 km²[32]
População 7.000.229 hab. (2017)[32]
Densidade 19,81 hab/km² (2010)[33]
Crescimento demográfico 1,5% ao ano (1991-2006)[33]
População urbana 68,1% (2004)[33]
Domicílios 1.442.500 (2005)[33]
Carência habitacional 570.606 unidades[34]
Acesso à água 61,3% (2005)[33]
Acesso à rede de esgoto 49,5% (2005)[33]
IDH 0,683 (2005)
Número de Municípios 217.[32]
Brancos (24.9%)
Negros (5.5%)
Pardos (68.8%)
Indígenas (0.7%)
O Maranhão é um dos estados mais miscigenados do Brasil, o que pode ser demonstrado
pelo número de 69,9% de pardos autodeclarados ao Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, resultado da grande concentração de escravos indígenas e africanos nas
lavouras de cana-de-açúcar, arroz e algodão; os grupos indígenas remanescentes e
predominantes são dos grupos linguísticos macro-jê e macro-tupi. No tronco macro-Jê,
destaca-se a família jê, com povos falantes da língua Timbira (Mehim), Kanela
(Apanyekra e Ramkokamekra), Krikati, Gavião (Pukobyê), Kokuiregatejê, Timbira do
Pindaré e Krejê. No Tronco macro-tupi, a família tupi-guarani, com os povos falantes das
línguas tenetehára: Guajajara, Tembé e Urubu-Kaapor, além dos Awá-Guajá e de um
pequeno grupo guarani, concentrados principalmente na pré-Amazônia, no Alto Mearim e
na região de Barra do Corda e Grajaú.
De acordo com John Hemming [37], havia por volta de 1 milhão de indígenas no
Maranhão em 1500.
Houve forte tráfico negreiro entre os séculos XVIII e XIX, que trouxe milhares de negros
da Costa da Mina e da Guiné, mais precisamente do Benim, antigo Daomé, Gana e Togo,
mas também em levas não menos importantes de africanos
do Congo, Cabinda e Angola [38]. Muitas tradições maranhenses têm a forte marca das
culturas africanas: culinária (Arroz de Cuxá), religião (Tambor de Mina e Terecô), festas
(Bumba-Meu-Boi e Tambor de Crioula) e músicas (Reggae no Maranhão). Atualmente, o
Maranhão conta muitas comunidades quilombolas em toda região da Baixada, rio
Itapecuru e Mearim.
A população branca, 20,6 por cento, é quase exclusivamente composta de descendentes
de portugueses, dada a pequena migração de outros europeus para a região. Ainda no
início do século XX a maior parte dos imigrantes portugueses era oriunda dos Açores e da
região de Trás-os-Montes. Também no século XX, vieram contingentes significativos
de sírios e libaneses, refugiados do desmonte do Império Otomano e que hoje têm grande
e tradicional presença no estado. A proximidade com a cultura portuguesa e o isolamento
do estado até à primeira metade do século XX gerou um sotaque local próprio e ainda
bastante similar ao português falado em Portugal, praticando os maranhenses uma
conjugação verbal e pronominal próxima da portuguesa.[carece de fontes]
A região do Maranhão é considerada a primeira a receber colonos ilhéus (açorianos) de
forma organizada. Em 1619, cerca de 300 casais chegaram ao Maranhão, sendo que o
número total de pessoas girava em torno de mil pessoas, número significativo para a
época. Além dos casais iniciais, vindos com Estácio da Silveira em 1619, outros se
seguiram: em 1621 chegaram 40 casais com Antonio Ferreira de Bettencourt e Jorge de
Lemos Bettencourt; em 1625 chegaram outros casais com Francisco Coelho de Carvalho;
nos navios N. S. da Palma e São Rafael, tendo como capitão Manoel do Vale, chegaram
50 casais em 1676; e nos navios N. S. da Penha de França e São Francisco Xavier vieram
mais colonos.[39]
Pinheiro 210002 11
Chapadinha 210003 10
Itapecuru
210004 9
Mirim
São Luís 2101 73
Viana 210005 10
Barreirinhas 210006 4
Tutóia-
210007 7
Araioses
Cururupu 210008 9
Bacabal 210010 16
Santa Inês-
2102 59
Bacabal
Governador
210011 14
Nunes Freire
Pedreiras 210012 14
Região Número Regiões Número
geográfica Códig de geográfica Códig de
intermediária[4 o município s o município
1]
s imediatas s
Caxias 210013 6
Codó 210015 4
Presidente
210016 13
Dutra
Colinas 210018 4
Imperatriz 210019 17
Barra do
210020 9
Corda
Imperatriz 2105 43
Açailândia 210021 5
Balsas 210022 12
A economia maranhense foi uma das mais prósperas do país até a metade do século XIX.
Mas após o fim da Guerra Civil Americana, quando perdeu espaço na exportação de
algodão, o estado entrou em colapso, agravado pelo abandono gerado pelos governos
imperial e republicano; somente após o final da década de 1960 no século XX o estado
passou a receber incentivos e saiu do isolamento, com ligações férreas e rodoviárias com
outras regiões. A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, um dos mais profundos e
movimentados do país, serviu para escoar a produção industrial e de minério de ferro
vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Vale. A estratégica
proximidade com os mercados europeus e norte-americanos fez do Porto uma atraente
opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem. A economia
estadual atualmente se baseia na indústria de transformação de alumínio, alimentícia,
celulose, madeireira, extrativismo (babaçu), agricultura (soja, mandioca, arroz, milho),
na pecuária, produção de gás natural e nos serviços.[carece de fontes]
São Luís concentra grande parte do produto interno bruto do estado; a capital passa por
um processo marcante de crescimento econômico, sediando mais de três universidades
(duas públicas e uma privada), além de uma dezena de centros de ensino e faculdades
particulares. A expansão imobiliária é visível, mas o custo de vida ainda é bastante
elevado e a exclusão social acentuada. Há grande dependência de empregos públicos.
Sua pauta de exportação, em 2012, se baseou principalmente em Soja (25,93%), Oxido de
Alumínio (23,99%), Minério de Ferro (17,54%), Ferro Fundido 16,47%) e Alumínio Bruto
(5,35%).[45]
A agricultura e a pecuária são atividades importantes na economia do Maranhão, além da
pesca, que lhe dá a liderança na produção de pescado artesanal do país. Afinal, o estado
possui 640 km de litoral, o segundo maior do Brasil, que fornece produtos bastante
utilizados na culinária regional, como o camarão, caranguejo e sururu. O Maranhão
aumentou a produção de grãos, em 2000, e teve significativo crescimento industrial, de
acordo com a Sudene. Apesar disso, o estado está entre os mais pobres do país.[carece de fontes]