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Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizada na Região Nordeste do

país. Limita-se com três estados brasileiros: Piauí (leste), Tocantins (sul e sudoeste)
e Pará (oeste), além do Oceano Atlântico (norte). Com área de 331 937,450 km² e com
217 municípios, é o segundo maior estado da região Nordeste e o oitavo maior estado do
Brasil. Com uma população de 7 035 055 habitantes[7], é o 11º estado mais populoso do
país. A capital e cidade mais populosa é São Luís. Outros municípios com população
superior a cem mil habitantes são Imperatriz, São José de
Ribamar, Timon, Caxias, Codó, Paço do Lumiar, Açailândia e Bacabal. Em termos
de produto interno bruto, é o quarto estado mais rico da Região Nordeste do Brasil e o 17º
estado mais rico do Brasil. As principais atividades econômicas são a indústria (o trabalho
de transformar alumínio e alumina, celulose, alimentícia, madeireira), os serviços,
o extrativismo vegetal (babaçu), a agricultura (soja, mandioca, arroz, milho) e a pecuária.
Possui um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, com 0,687
pontos.
Localizado entre as regiões Norte e Nordeste do Brasil, o Maranhão possui o segundo
maior litoral do país, resultando em uma grande diversidade de ecossistemas. São 640
quilômetros de extensão de praias tropicais, floresta amazônica, diversas variedades de
cerrados, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milhares de
lagoas de águas cristalinas. Também é perceptível, na maior parte do ano(entre os meses
de maio a novembro), a seca branda na Microrregião das Chapadas do Alto Itapecuru,
acentuadamente em São João dos Patos e Barão de Grajaú. Essa diversidade está
organizada em cinco polos turísticos, cada um com seus atrativos naturais, culturais e
arquitetônicos. São eles: o polo turístico de São Luís, o Parque Nacional dos Lençóis
Maranhenses, o Parque Nacional da Chapada das Mesas, o Delta do Parnaíba e o polo
da Floresta dos Guarás. Com redução de altitudes e regularidade da topografia, é
apresentado um relevo modesto, superior a 90% da superfície inferior a 300
metros. Tocantins, Gurupi, Pindaré, Mearim, Parnaíba, Turiaçu e Itapecuru são os rios
mais importantes e pertencem às bacias hidrográficas do Parnaíba, do Atlântico Nordeste
Ocidental e do Tocantins-Araguaia.
O Rei de Portugal Dom João III dividiu a região do Maranhão em duas capitanias
hereditárias, que o monarca entregou a Aires da Cunha e Fernando Álvares de Andrade,
no ano de 1535[8] (região descrita como "grande baía com uma ilha").[9] A partir de então,
até os franceses se estabelecerem em 1612 (França Equinocial), o conhecimento da área
não foi tomado por Portugal. Em 1615, no contexto da Conquista do Nordeste e Conquista
da Amazônia (período de combate as forças estrangeiras que estabeleceram fortificações
na região), uma expedição com portugueses e brasileiros partiu da Capitania de
Pernambuco, sob ordem do Governador Geral da Armada e Conquista do
Maranhão Alexandre de Moura e liderança de Jerônimo de Albuquerque, visando expulsar
os franceses e consolidar o domínio português.[10] Como recompensa pelo êxito na
empreitada, o General nomeou Jerônimo de Albuquerque Capitão-Mor da Conquista do
Maranhão[11] e, em 1621, foi instituído o Estado do Maranhão, por Filipe II de Portugal (e
Filipe III da Espanha) no Norte do América Portuguesa, porém instalado em
1626[12][13] devido aos conflitos com os holandeses.[9] Sendo o novo Estado uma colônia
independente e autônoma do Estado do Brasil, a criação da Capitania do
Maranhão ocorreu em paralelo à fundação do Estado do Maranhão, ficando a Capitania
subordinação ao Estado.
Em 1641, os neerlandeses ocupam a ilha de São Luís, de onde foram expulsos pelos
portugueses em 1644 consolidado o domínio português. Em 1654, foi criado o Estado do
Maranhão e Grão-Pará,[14][15] devido ao progresso e ascensão da região de Belém, e a
Coroa Portuguesa verificou que tal organização administrativa favorecia apenas aos
interesses pessoais de donatários e sesmeiros.[16] Em 1774, o Estado foi dividido em duas
unidades administrativas por Marquês de Pombal: o Estado do Maranhão e Piauí e Estado
do Grão-Pará e Rio Negro.[17][18] O Maranhão apenas foi conquistado pelo Império do
Brasil em 1823, porque Portugal o defendeu muito fortemente, e somente depois que o
almirante Lord Cochrane interveio, a pedido de Dom Pedro I. Em 1831, foi irrompida
a Setembrada, que pregou que fossem expulsos os portugueses e os frades franciscanos,
e, em 1838, a Balaiada, um movimento popular que contrariava a aristocracia rural. A
economia declinou devido ao fato de que Princesa Isabel aboliu a escravidão, só vindo à
recuperação na época da 1ª Guerra Mundial.

Índice

 1Etimologia
 2História
o 2.1Período pré-cabralino
o 2.2Colonização portuguesa
o 2.3França Equinocial
o 2.4O Estado do Maranhão e a Capitania do Maranhão
o 2.5Ocupação holandesa
o 2.6Estado do Maranhão e Grão-Pará
o 2.7Revolta de Beckman
o 2.8Estado do Grão-Pará e Maranhão
o 2.9Estado do Maranhão e Piauí
o 2.10Independência
o 2.11República
o 2.12Século XX
 3Geografia
o 3.1Geomorfologia e hidrografia
o 3.2Hidrografia e vegetação
o 3.3Vegetação
o 3.4Clima
 4Demografia
o 4.1Indicadores sociais
o 4.2Cidades mais populosas
o 4.3Composição étnica
o 4.4Idiomas
 5Subdivisões
 6Economia
o 6.1Turismo
 7Infraestrutura
o 7.1Energia
o 7.2Transportes
o 7.3Telecomunicações
o 7.4Educação
 8Cultura
o 8.1Culinária
 9Ver também
 10Referências
 11Ligações externas

Etimologia[editar | editar código-fonte]


Não há uma hipótese consensual para a origem do nome do estado do Maranhão. As
teorias mais aceitas são: referencia a expressão em língua tupi "Mar'Anhan", que significa
"O mar que corre"[19]; Maranhão era o nome dado ao Rio Amazonas pelos nativos da região
antes da chegada dos navegantes europeus (nos países Andinos é chamado de rio
Maranhão, ao entrar no Brasil muda para rio Solimões, na confluência com o rio Negro
muda para rio Amazonas);[20] relação com o Rio Marañón no Peru; o estado ter um
"emaranhado" de rios[carece de fontes].
Em 1720, o jesuíta Domingos de Araújo, publicou a obra "Crônica da Companhia de Jesus
da Missão do Maranhão", na qual sustentou que o nome foi dado por uma expedição
enviada por Cristovão Jaques que ao ver o Rio Amazonas o descreveu como "Maranhão"
(grande mar)[21].
No contexto da história do Brasil, a primeira referência à região como sendo o Maranhão
ocorreu na época antes da criação das capitanias hereditárias, chamada de Conquista do
Maranhão[11] , em seguida foram criadas as duas seções da Capitania do Maranhão, em
1534.[22][23]

História[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: História do Maranhão

Período pré-cabralino[editar | editar código-fonte]


Ver artigos principais: Período pré-cabralino e Povos indígenas do Brasil
Na época do Descobrimento do Brasil, o atual Estado do Maranhão era povoado por
diferentes tribos indígenas. Os primeiros habitantes do Maranhão faziam parte de
dois grupos indígenas: os tupis e os jês. Os tupis habitavam o litoral. Já os jês habitavam
o interior. Os dois povos indígenas que pertencem ao grupo tupi são os guajajaras e
os urubus. Os guajajaras e os urubus apenas foram pacificados em pleno século XX. Os
dois povos indígenas do grupo jê são os timbiras e os sacamecras. Diversas tribos
do Piauí entraram no Maranhão. Isso ocorreu no século XVIII. Naquela época, esses
povos indígenas piauienses escaparam para evitar que os brancos os caçassem.[carece de fontes]

Colonização portuguesa[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Brasil Colônia
Não existem notícias feitas com exatidão a respeito das primeiras expedições que
começaram a explorar a costa maranhense. Reza a crença que, em 1500, o
espanhol Vicente Yáñez Pinzón já navegou por toda a costa norte do Brasil. A viagem feita
por Pinzón na costa norte do Brasil tem origem em Pernambuco e destino na foz do rio
Amazonas.[carece de fontes]
Em 1531, Martim Afonso de Sousa chegou ao Brasil. Esse homem foi o comandante da
primeira expedição que começou a colonizar a região. O militar e nobre português exigiu
que Diogo Leite fosse responsável pela exploração do litoral norte. Diogo Leite aproximou-
se da foz do rio Gurupi. Atualmente, o rio Gurupi serve de divisa entre os Estados do
Maranhão e do Pará. A divisa entre os dois atuais estados brasileiros ficou por muito
tempo conhecida como "abra de Diogo Leite”.[carece de fontes]
Em 1534, quando Dom João III dividiu a Colônia Portuguesa no Brasil em Capitanias
Hereditárias, os portugueses ainda não chegaram a colonizar o Maranhão. Um ano depois,
o monarca português concedeu a terra a três fidalgos que eram homens de sua confiança.
Foram eles: João de Barros, Fernando Álvares de Andrade e Aires da Cunha. Ambos os
primeiros idealizaram seu plano para a tomada de posse da capitania. Os dois donatários
encarregaram sua execução a Aires da Cunha. A Capitania do Maranhão foi uma das
subdivisões do território brasileiro no período colonial. Seu primeiro donatário foi Fernando
Álvares de Andrade, que recebeu a capitania em 11 de março de 1535. Aires da Cunha,
que ficou encarregado de fazer a posse da capitania, veio ao Brasil no mesmo ano da
doação. Durante a viagem, dez veleiros, 900 homens de armas e 130 a cavalo estavam a
caminho. Mas a frota afundou nas costas maranhenses devido a violento temporal e o
capitão faleceu, assim como a maior parte dos integrantes. Os sobreviventes fundaram um
núcleo de povoamento denominado Nazaré e passaram a explorar o terreno através dos
acidentes geográficos fluviais. Entretanto, os indígenas não lhes favoreceram essa
ocupação. Do núcleo de povoamento, não restou nada. Quando essa povoação foi
destruída, os portugueses abandonaram-na.[carece de fontes]
Em 1539, foi a vez de outro fidalgo lusitano denominado Luís de Melo da Silva. Esse
homem também teve seu navio afundado no litoral maranhense. Entretanto, retornou
para Portugal em 1554. João de Barros, em 1555, mandou seus descendentes João e
Jerônimo para a donataria. Naquela época, os franceses já tinham entrado ali. De acordo
com narrativa de Jerônimo dirigida ao monarca português, estiveram na capitania 17 naus
de franceses. Os franceses edificaram, com materiais de construção da época, casas de
pedra e faziam comércio com os indígenas.[carece de fontes]

França Equinocial[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: França Equinocial

Ilustração da obra de Claude d'Abbeville, "Histoire de la mission..." (Paris, 1614): levantamento da


cruz na colônia francesa.

As naus vindas da França continuaram a navegar no século XVI. Da tripulação dos


três navios que se direcionavam ao Maranhão a maioria das pessoas permaneceu no
terreno, após o fracasso da expedição. O comandante dos três navios foi
o capitão Jacques Riffault. Um dos tripulantes, Charles Des Vaux, estudou o idioma
indígena e prometeu que trouxesse-lhes demais franceses para governá-los e defendê-los.
De retorno à França, Des Vaux adquiriu do rei Henrique IV que Daniel de la Touche,
senhor de La Ravardière, fosse junto com o tripulante ao Maranhão, para comprovar as
maravilhas que lhe narrara. Foi prometida a conquista do novo território para a coroa
francesa.[carece de fontes]
Depois do falecimento de Henrique IV, La Ravardière retornou à França. Naquele país
europeu lutou num período de 15 anos pelo projeto de fundação da denominada França
Equinocial. François de Razilly, senhor de Aumelles e Razilly, e Nicolas de Harlay, senhor
de Sancy, barão de Molle e de Grosbois, estiveram interessados pelo empreendimento.
A rainha regente da França e Navarra, Maria de Médici, permitiu que participassem os
religiosos da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos na expedição.[carece de fontes]
A esquadra francesa era constituída de três navios. Os comandantes dessa esquadra
foram La Ravardiére e Razilly. Ambos foram solidários com Nicolas de Harlay. A esquadra
deixou o porto de Cancale, na atual região francesada Bretanha e chegou em 26 de julho
de 1612 numa enseada maranhense. Deram o nome de Sant'Ana à ilha de menor porte
onde chegaram a encostar o navio. A pequena ilha recebeu esse nome em honra à santa
do dia. Ali levantaram a primeira cruz latina feita de madeira em solo maranhense. Os
tripulantes da embarcação ficaram nessa ilha. Enquanto isso, Charles Des Vaux começou
a conversar com os indígenas na ilha de Upaon-Açu. O segundo nome da ilha foi ilha do
Maranhão e posteriormente ilha de São Luís. Ali, em 12 de agosto, foi celebrada a primeira
missa solene. Foi escolhido o lugar da primeira fortificação. Com a cooperação dos
indígenas, edificaram a primeira capela. Em 8 de setembro foi levantada a cruz na ilha de
Sant'Ana. Abençoou-se o terreno e a fortificação recebeu o nome de Forte de São Luís. A
origem do nome da cidade é uma homenagem ao rei santo da França Luís IX. Esse foi o
início da cidade de São Luís.[carece de fontes]
Em julho de 1615, Francisco Caldeira de Castelo Branco, representando a Capitania de
Pernambuco, exigiu que La Ravardière abandonasse a terra que conquistou. Jerônimo de
Albuquerque mudou-se para a ilha, construiu o Forte de São José de Itapari e passou a
lutar. Em 17 de outubro, uma frota pernambucana de nove navios e mais de 900 homens
sob o comando de Alexandre de Moura se aproximou da baía de São Marcos. Os
portugueses desafiavam assim a fortaleza dos franceses. Durante o confronto entre as
tropas francesa e portuguesa, Jerônimo de Albuquerque atacou por terra. La Ravardière
não resistiu: em 3 de novembro devolveu a colônia, o forte, os navios e as armas.[24] De
Pernambuco, o francês foi para Lisboa, onde esteve aprisionado antes de voltar à
França.[carece de fontes]

O Estado do Maranhão e a Capitania do Maranhão[editar | editar


código-fonte]
Em 13 de junho de 1621, foi instituído o Estado do Maranhão, por Filipe II de Portugal (e
Filipe III da Espanha, devido União Ibérica) no Norte do América Portuguesa, porém sua
instalação ocorreu em 1626,[12] junto com o primeiro Governador, o Capitão-
GeneralFrancisco Coelho de Carvalho,[13] devido aos conflitos na tentativa de
invasão holandesa na região.[9] A vila de São Luis, sede da Capitania do Maranhão, foi
mantida como sede do novo Estado.[13]
Sendo o novo Estado uma colônia independente do Estado do Brasil. Uma entidade
autônoma política e economicamente, subordinado diretamente a Lisboa, separado
do Estado do Brasil em 1618.
A criação da Capitania do Maranhão ocorre em paralelo a fundação do Estado do
Maranhão, ficando a Capitania subordinação ao Estado.

Ocupação holandesa[editar | editar código-fonte]


Ver artigos principais: Nova Holanda e Invasões holandesas no Brasil

Maragnon, de Frans Jansz, 1645


São Luís do Maranhão em mapa de 1629 por Albernaz I

Na época da invasão holandesa no Maranhão esteve aprisionado o aventureiro Gedeon


Morris. Depois esse homem estaria no comando da guarnição de Flandres na capitania
brasileira do Ceará. As notícias transmitidas por Gedeon Morris a respeito das condições
de vida em São Luís foram ouvidas interessadamente pelos invasores do Recife.
Os portugueses defendiam com dificuldade seu entendimento. A paz entre Portugal e
os Países Baixosestava firmada. Naquela época, em novembro de 1641 uma frota
holandesa penetrou pela barra de São Luís e depois desceu pelo Desterro e destruiu a
cidade. A frota holandesa foi encabeçada por Pieter Baas. O governador Bento Maciel
Parente foi aprisionado irresistivelmente. Bento Maciel Parente era veterano do sertão e
assassino de indígenas.[carece de fontes]
Em Tapuitapera, atual município de Alcântara, no continente, Teixeira de Melo recebeu
emissários do príncipe Maurício de Nassau. Maurício de Nassau lhe ofereceu o governo
dos portugueses do Maranhão. Se a proposta fosse aprovada, o político teuto-neerlandês
já teria se recolhido a São Luís. Mas como a proposta foi recusada, a luta continuou até
fevereiro de 1644. Nessa data, os holandeses se retiraram depois de um período de 27
meses de ocupação intranquila. Desses 27, 17 meses foram um longo período de
lutas.[carece de fontes]
Sobrou dos holandeses a ruína do casarão onde residiu o governador Pieter Baas. Este
casarão foi derrubado em 1939. A vista do porto e a planta da cidade foram registradas
por Frans Post. Os originais desses desenhos hoje são parte integrante da exposição
permanente no Museu Britânico. As gravuras foram reproduzidas no grande livro
de Gaspar Barlaeus sobre o Brasil holandês. Depois a gravuras foram copiadas depois
para a obra de santa Teresa sobre os conflitos militares entre Portugal e os Países
Baixos.[carece de fontes]

Estado do Maranhão e Grão-Pará[editar | editar código-fonte]


Em 1654, foi criado o Estado do Maranhão e Grão-Pará,[14][15][25][26] devido ao progresso e
ascensão da região de Belém, e a Coroa Portuguesa verificou que a organização
administrativa anterior favorecia apenas aos interesses pessoais de donatários e
sesmeiros.[16]

Revolta de Beckman[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Revolta de Beckman
A Coroa Portuguesa decidiu criar a Companhia de Comércio do Maranhão em 1682. Essa
era a fórmula daquela época para o desenvolvimento das regiões que os europeus
colonizaram como os seguintes objetivos: o sistema de estanco a ser monopolizado, que
teve o privilégio garantido para o comércio de produtos primeiramente necessários; a
compra exclusiva e obrigatória de toda a produção do estado; e o fornecimento
comprometido de escravosvindos da África, mais adequados para a dureza atarefada
da agricultura em terras de clima equatorial, como forma de compensação proibitiva da
caça ao indígena.[carece de fontes]
Mas a estratégia não surtiu efeito, ou seja, houve a degeneração do sistema: para a
compra, o pagamento do indivíduo que representava a companhia era muito barato. A
transformação da indignação foi em revolta. O mais importante líder do movimento
foi Manuel Beckman. Beckmann nasceu em Lisboa. Seu pai era alemão e sua mãe
portuguesa. A profissão de Beckmann era a de senhor de engenho no Mearim. Consta que
foi assinado pelos conspiradores um papel em círculo. O objetivo desse documento era
para que ninguém tivesse o direito de acusação contra nenhum deles por liderar o motim.
Foi confundido por Beckmann a liberdade instintiva do comércio com o preconceito feroz
contra o escravo: a vulnerabilidade era do indígena vitimado. A prisão doméstica
do capitão-morBaltasar Fernandes estava perante a custódia da esposa. Em seu colégio,
ficou a incomunicabilidade do jesuítas. O fechamento das entradas do estanco
armazenado foi definitivo.[carece de fontes]
Não era desejo da Junta dos Três Estados (clero, nobreza e povo) a independência.
Naquela época esta junta já estava constituída. O governo colonial do Brasil enviou Tomás
Beckman ao reino de Portugal. Tomás era irmão de Manuel. Foi explicado por ele
ao monarca lusitano que não houve revolta contra Tomás. O desejo dos conspiradores foi
ser livre para comerciar—o motivo era o fechamento do estanco armazenado—e para a
caça ao indígena. Por essa razão, foram expulsos pelos conspiradores os religiosos da
Companhia de Jesus, que embarcaram em dois navios.[carece de fontes]
Decidiu-se criar uma guarda cívica e foram demitidos funcionários que não tiveram certeza
se eram leais. Foi enviado por Beckmann um ministro plenipotenciário a Belém. Manuel
Beckman dirigiu-se a Alcântara. Entretanto, não foi apoiado em ambos os lugares. Não foi
aceito por Beckman uma proposta de corromper o governador Francisco de Sá de
Meneses. Entretanto, foi iniciado o fracasso da chama do levante. São Luís recebeu o
novo governador Gomes Freire de Andrade em 15 de maio de 1685. O militar português
era comandante de uma tropa formada por 150 soldados, que confraternizaram com os
soldados terrestres. Os mais importantes conjurados foram embora. O desembarque foi
presenciado por Beckmann e apenas no dia posterior serviu como refúgio seu engenho.
Em seu engenho ocorreu o aprisionamento do líder da revolta. A explicação para o motivo
da prisão de Beckmann é essa: traiu seu afilhado Lázaro de Melo.[carece de fontes]
Foi concluído pela abertura da devassa que a introdução e a manutenção do sistema de
estanco era sinônimo de calote, engano e hostilidade. Mas Gomes Freire assinou
sentença lavrada contra Jorge de Sampaio, Francisco Deiró e Manuel Beckman. Foi feita a
declaração de culpa destes três homens por serem criminosos contra a autoridade real.
Veio a fuga de Deiró e seu enforcamento em efígie. O padecimento de Sampaio e
Beckman foi causada pela coragem da pena de morte. Foi declarada a extinção por
Gomes Freire do contrato do estanco. Os jesuítas foram devolvidos pela mesma pessoa
que extinguiu o estanco e acertado o governo.[carece de fontes]

Estado do Grão-Pará e Maranhão[editar | editar código-fonte]


Em 1751 o Estado do Maranhão e Grão-Pará passou a se chamar Estado do Grão-Pará e
Maranhão, com capital transferida de São Luís para Belém, devido ao crescimento
econômico com a produção de açúcar, algodão, tabaco e das drogas do sertão (sobretudo
na capitania do Pará).[27] Compreendia os atuais Estados
do Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão e Piauí.[28][29] O crescimento econômico
intensificou as disputas pela exploração e comércio das drogas, que levaram em 1759 a
expulsão dos jesuítas, que controlavam estas atividades.[27]

Estado do Maranhão e Piauí[editar | editar código-fonte]


Em 1772, Marquês de Pombal dividiu o Estado em duas unidades administrativas: Estado
do Maranhão e Piauí (com sede em São Luís);[30] e Estado do Grão-Pará e Rio Negro (com
sede em Belém).[27][17][18]

Independência[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Independência do Brasil
Lord Cochrane

Mapa do Estado do Maranhão. Arquivo Nacional.

A Capitania do Maranhão teve como último governador o Marechal do Exército de


Portugal Bernardo da Silveira Pinto da Fonseca. A qualidade desse político foi a de um
excelente administrador. O militar português imprimiu o jornal mais antigo já publicado no
estado, O Conciliador do Maranhão, fato que marca a chegada da tipografia em território
maranhense. Mas naquela época, a independência já era prevista pelo sentimento
de nativismo. As duas forças que concorreram para a independência foram: uma decisiva
e outra circunstancial. A força decisiva era a rebelião local. Apoiavam a rebelião local os
cidadãos do Piauí e os sertanejos cearenses. Foi repetido pelos cidadãos do Piauí e
sertanejos cearenses os mesmos caminhos que os índios andaram 300 anos antes
na Serra da Ibiapaba. A segunda força foi circunstancial, quando estiveram presentes os
navios de Lord Thomas Cochrane. Em 1823, o imperador Pedro I do Brasil contratou Lord
Thomas Cochrane para ser o comandante da esquadra brasileira em combate com os
colonizadores vindos de Portugal. Quando o almirante inglês esteve presente no Brasil, foi
desencorajado por ele qualquer resistência tentada por parte dos colonizadores vindos de
Portugal que moravam em São Luís.[carece de fontes]
Os separatistas já haviam feito o domínio das terras em direção ao litoral. Foi completada
a vitória por Cochrane e assegurada a independência durante a entrada no porto e foram
obrigados a se render os reforços portugueses que chegaram nos dias anteriores. Foi
iniciada uma fase de disputas pelo governo. Marcou esta fase de disputas políticas o
contraste entre o nativismo exaltado e o conservadorismo moderado. As disputas políticas
foram redundantes em violências contrárias aos portugueses. A linha radical teve como
principal representante o profissional do direito provisionado Miguel Inácio dos Santos
Freire Bruce. O advogado provisionado expulsou todos os colonizadores vindos de
Portugal. A redução da expulsão foi para os portugueses que não tivessem propriedade ou
não fossem profissionais.[carece de fontes]
Enquanto ocupava o cargo de primeiro presidente provincial, Lord Cochrane acusou Bruce
por causa da veiculação das ideias pró-república, pelo que foi preso e deposto pelo oficial
da marinha britânica. O almirante inglês mandou o infrator ao Rio de Janeiro, onde foi
julgado inocente. O principal expoente da tendência moderada foi José Félix Pereira de
Burgos. Nomeou-se ainda primeiro comandante de armas na vila de Itapecuru
(atual Itapecuru-Mirim). Foi passado então o comandante para o lado em que se
encontravam os independentes. Foi assegurado a eles que o vale fosse dominado
totalmente. Em troca desse favor, a ação dos portugueses foi limitada.[carece de fontes]

República[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Proclamação da República do Brasil
Desde o movimento revolucionário da balaiada, a Província do Maranhão tornou-se
política e socialmente estável. A atividade econômica da agricultura na época era
o trabalho escravo e de uma vez ou outra a estabilidade política e social teve desafios
excessivos. Mas havia a persistência do ideal republicano. Como foi visto antes, Lord
Cochrane depôs e prendeu Bruce, primeiro presidente da Província do Maranhão que
Pedro I do Brasil nomeou, devido à veiculação das ideias pró-república. Como Bruce foi
acusado, o conselho de guerra ouviu a sua resposta e foi julgado inocente; mas o
acontecimento, por sua vez, teve expressividade. Em 1824, pelos chefes da Confederação
do Equador que nasceram no Ceará, foram enviados emissários ao povo maranhense, na
certeza de que seu liberalismo permitiria a participação revolucionária. Os chefes
cearenses da Confederação do Equador estiveram presentes no Maranhão com as forças
expedicionárias. As forças expedicionárias tiveram decisão no processo da independência.
Em 1829, os revolucionários leram proclamações republicanas em Pastos Bons.[carece de fontes]
Por quem a província teve como último presidente, o desembargador Tito Augusto Pereira
de Matos, depois que foi abolido o regime monárquico, foi passado a administração ao
tenente-coronel João Luís Tavares. Tavares integrava uma junta de sete cidadãos, dois
quais cinco são militares e dois são civis. Foi entregado o poder pela junta ao primeiro
governador que Manuel Deodoro da Fonseca nomeou em 17 de dezembro de 1889. A
chegada ao Rio de Janeiro foi de Pedro Augusto Tavares Júnior. A Assembleia Legislativa
promulgou a primeira constituição política estadual datada de 4 de julho de 1891. Em
1892, mais precisamente no dia 28 de julho, foi promulgada uma nova constituição,
acrescida das emendas em 1898, 1904 e 1919.[carece de fontes]

Cartão-postal de São Luis (1910)

Século XX[editar | editar código-fonte]


O século XX teve como primeiro governador do Maranhão o senhor João Gualberto
Torreão da Costa. Durante a administração de Benedito Pereira Leite, pelo presidente
eleito do Brasil Afonso Pena, o Maranhão foi visitado em 1906. O movimento
revolucionário que entrou no Brasil Meridional tornou-se mais extensa e os revolucionários
depuseram o governador José Pires Sexto em 1930.[carece de fontes]
A Assembleia Legislativa aprovou uma nova constituição do estado datada de 16 de
outubro de 1934, durante administração de Antônio Martins de Almeida. A Assembleia
Legislativa emendou a constituição estadual em 1936 e a administração de Paulo Martins
de Sousa Ramos tomou posse. Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas nomeou Sousa
Ramos como interventor.[carece de fontes]

Torre Móvel de Integração do Centro de Lançamento de Alcântara

Com a Segunda República, foi aprovada pela Assembleia Constituinte estadual uma nova
constituição datada de 28 de julho de 1947. José Sarney da Costa tomou posse do
governo estadual em 1966. Por iniciativa de Sarney foi iniciado o período modernizador
"Maranhão Novo", dos quais se destacavam o porto de Itaqui a ser construído e a rodovia
São Luís-Teresina a ser pavimentada.[carece de fontes]
Apenas nas posteriores décadas, com os recursos da Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste (Sudene), foi sobrevindo o que mudou na economia estadual, com a solidez das
repercussões no Maranhão: foi entrada em operação a Usina Hidrelétrica de Boa
Esperança em 1970 e em 1973 ocorreu a inauguração da indústria papeleira (Cepalma),
onde a matéria-prima da região é utilizada. Foi inaugurada a primeira etapa da indústria
aluminífera do consórcio Alumar em 1984. Esta fábrica de alumínio foi o primeiro projeto
do programa Grande Carajás. Teve o início da construção do Centro de Lançamento de
Alcântara em 1987.[carece de fontes]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Morro do Chapéu no Parque Nacional da Chapada das Mesas


Lago na Chapada das Mesas

Parque Estadual da Lagoa da Jansen

Mata dos cocais no Maranhão

Geomorfologia e hidrografia[editar | editar código-fonte]


Como a topografia do relevo do Maranhão é plana, são pertencentes ao estado 75% do
território inferiores a 200m de altura e somente dez por cento superiores a 300m. As duas
unidades geomorfológicas são: a baixada litorâneae o planalto. A baixada litorânea é
dominada por um relevo cujos acidentes geográficos são colinas e tabuleiros, que se
dividem em arenitos que pertencem à série Barreiras.[carece de fontes]
Em algumas partes que ficam no litoral, incluindo a ilha de Upaon-Açu, que se situa no
coração do que os geógrafos chamam de Golfão Maranhense, o alcance desse relevo vai
em direção à linha da costa. Nas demais, o mar separa o golfão maranhense através de
uma faixa de terrenos que são planícies, tendo sujeição à ocorrência de inundações no
período chuvoso. É a planície litorânea propriamente dita, que no fundo do golfão passa a
se denominar Campo de Perizes. Na parte oriental do golfão maranhense, são assumidos
por esses terrenos o caráter da amplitude dos areais com formações dunares, que por elas
é integrada a região litorânea entre a costa dos Lençóis e a baía de Tutóia.[carece de fontes]
É ocupado pelo planalto a totalidade do interior do estado cujo relevo é de um tabuleiro. É
apresentado pelo planalto um conjunto feito de chapadões que se dividem
em terrenos de sedimentação (arenitos xistosos e folhelhos).[carece de fontes]
Perto do golfão maranhense são alcançadas pelas elevações somente as altitudes entre
150 e 200m; na extremidade sul, entre 300 e 400m; e perto do divisor de águas, entre
as bacias hidrográficas do Parnaíba e do Tocantins, são atingidas as cotas altimétricas de
600m. São delimitados pelos talvegues do planalto os chapadões uns dos outros através
da profundidade de entalhes, e por isso são apresentados pelos chapadões
as escarpas de difícil subida que contrastam com a regularidade do topo.[carece de fontes]

Hidrografia e vegetação[editar | editar código-fonte]


A quase totalidade das bacias hidrográficas do estado é feita da parte meridional para
a parte setentrional por meio da quantidade de rios independentes que deságuam
no oceano Atlântico: Gurupi, Turiaçu, Maracaçumé, Pindaré, Grajaú,
Mearim, Itapecuru e Parnaíba. Na parte sul-ocidental do estado uma pequena parte das
águas escoadas dirige-se para a parte ocidental. São integrados no sudoeste pequenos
afluentes que deságuam na margem oriental do rio Tocantins. Veja a lista de rios do
Maranhão.[carece de fontes]

Vegetação[editar | editar código-fonte]


A cobertura vegetal do Maranhão é composta basicamente
de floresta, campos e cerrados. São ocupadas pelas florestas a totalidade da porção norte-
ocidental do estado (Amazônia maranhense), isto é, muitas partes estão situadas na parte
ocidental do rio Itapecuru. Nessas matas é muito abundante a palmeira do babaçu (mata
dos cocais), produto básico do extrativismo vegetal da região. Os campos são dominantes
ao redor do Golfão Maranhense e no litoral ocidental. São revestidas pelos cerrados as
regiões leste e sul. No litoral, são assumidas pela vegetação feições variadas: campos de
inundação (Baixada Maranhense), mangues e arbustos.[carece de fontes]

Clima[editar | editar código-fonte]


No Maranhão, existem três tipos distintos de clima: o tropical superúmido de monção, o
tropical com chuvas de outono e o tropical com chuvas de verão. São apresentados pelos
três as semelhanças que existem entre os três regimes térmicos, com elevação
das temperaturas médias anuais, que oscilam perto de 26 °C, mas são diferentes quanto
ao comportamento das chuvas.[carece de fontes]
Pelo primeiro tipo, que domina no oeste do estado, são apresentados a maior elevação
dos totais (mais de 2 000 mm ao ano); é apresentado pelos outros dois chuva entre 1 250
e 1 500 mm ao ano e estação seca com boa marcação, e são diferentes entre si, como é
indicado pelo seu próprio nome, pela época em que caem as chuvas. Os verões são
quentes, com máximas ultrapassando os 40 °C com frequência, e no inverno, que coincide
com a estação seca, as temperaturas podem chegar próximo dos 10 °C em cidades do sul
maranhense, configurando assim, uma grande amplitude térmica.[carece de fontes]
Em outra classificação adotada, o clima no estado pode ser assim definido[31]:

 Equatorial: ocorrendo no extremo oeste, sendo quente e chuvoso, regido pelo


deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e pela Massa Equatorial
Continental (mEc), ambas com marcante atuação no outono e inverno. Registra-se
curto período seco de inverno e parte da primavera, variando de dois a três meses. A
pluviosidade gira em torno de 2.000 a 2.500 mm ao ano.[31]
 Tropical semi-úmido: na região central e leste, apresenta um período seco entre
quatro a seis meses, entre o inverno e a primavera, em razão de uma influência
menos expressiva das massas de ar citadas. O regime pluviométrico é de 1.000 a
1.200 mm ao ano.[31]

Demografia[editar | editar código-fonte]


Demografia do Maranhão

Ficha técnica
Área 331.983,293 km²[32]
População 7.000.229 hab. (2017)[32]
Densidade 19,81 hab/km² (2010)[33]
Crescimento demográfico 1,5% ao ano (1991-2006)[33]
População urbana 68,1% (2004)[33]
Domicílios 1.442.500 (2005)[33]
Carência habitacional 570.606 unidades[34]
Acesso à água 61,3% (2005)[33]
Acesso à rede de esgoto 49,5% (2005)[33]
IDH 0,683 (2005)
Número de Municípios 217.[32]

O Maranhão possui 217 municípios distribuídos em uma área de


331.983,293 km²,[32] sendo o oitavo maior estado do Brasil, um pouco menor que
a Alemanha. Sua população estimada em 2017 é de 7.000.229 habitantes,[32]sendo o
décimo estado mais populoso do país, com população superior à da Jordânia.
Cerca de setenta por cento dos maranhenses vivem em áreas urbanas.[33] O Maranhão
possui 18,43 habitantes por km², sendo o décimo sexto na lista de estados brasileiros por
densidade demográfica.

Indicadores sociais[editar | editar código-fonte]


O Maranhão tem um Índice de Desenvolvimento Humano igual a 0,683, comparável ao do
Brasil em 1980 e superior apenas ao de Alagoas na lista dos estados brasileiros por IDH.
O estado possui a segunda pior expectativa de vida do Brasil, também superior apenas à
de Alagoas.
Déficit habitacional
De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas em 2007, o Maranhão
é o estado com o maior déficit habitacional relativo do país. O Maranhão apresenta um
índice de 38,1 por cento (que equivale ao número de imóveis existentes, dividido pelo de
moradias necessárias para suprir a demanda da população). Em termos absolutos,
o déficit no estado chega a 570 606 unidades, o quinto maior do país. O déficitmaranhense
representa 7,14 por cento do déficit absoluto total brasileiro, estimado em 7 984 057. A
média maranhense é quase três vezes maior do que a nacional, de 14,6 por cento. Para
a Fundação Getulio Vargas, as causas do déficit no estado estariam relacionadas à má
distribuição de renda, à inadimplência do estado e Municípios e à política aplicada no
setor. O então secretário-adjunto da Secretaria de Estado das Cidades, Desenvolvimento
Regional Sustentável e Infraestrutura, Heraldo Marinelli, contestou parte dessas causas.
Para ele, o déficit "não tem correlação com a falta de políticas ao setor e com a
inadimplência de estado e municípios" e também influenciaria o "processo histórico de
concentração de renda" no estado.[34]
Mortalidade infantil
O Maranhão apresenta o segundo maior índice de mortalidade infantil do Brasil, sendo
superado apenas pelo Amapá. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, de cada mil nascidos no Maranhão por ano, 39 não sobreviverão ao primeiro
ano de vida. Vários fatores contribuem para o alto índice de mortalidade infantil no estado:
dentre eles, o fato de que apenas metade da população tem acesso à rede de esgoto e o
de que quase quarenta por cento da população não tem acesso a água tratada.[33]

Cidades mais populosas[editar | editar código-fonte]


 ver
 discutir
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Municípios mais populosos do Maranhão
(estimativa 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[35]
Posi Locali Microrr Posi Localid Microrr Pop
Pop.
ção dade egião ção ade egião .
Barra Alto
São 1 027 83 5
1 São Luís 11 do Mearim
Luís 429 81
Corda e Grajaú
Baixada
Impera Imperatri 250 0 Pinheir 78 8
2 12 Maranhe
triz z 63 o 75
nse
São
José
165 4 Santa 78 1
3 de São Luís 13 Pindaré
18 Inês 82
Ribam
ar
155 2 Santa 74 5
4 Caxias Caxias 14 Pindaré
02 Luzia 00
São José de
São Luís 150 6 Chapad Chapadi 74 2 Ribamar
5 Timon Caxias 15
35 inha nha 73
118 5 Buriticu 66 3
6 Codó Codó 16 Pindaré
67 pu 25
Paço Microrre
107 7 62 1
7 do São Luís 17 Coroatá gião de
64 89
Lumiar Codó
Imperatriz Itapecu
Açailâ Imperatri 105 2 Itapecur 63 0 Caxias
8 18 ru-
ndia z 54 u-Mirim 23
Mirim
Alto
Bacab Médio 101 1 63 2
9 19 Grajaú Mearim
al Mearim 59 03
e Grajaú
Gerais Lençóis
85 32 Barreiri 56 1
10 Balsas de 20 Maranhe
1 nhas 23
Balsas nses

Composição étnica[editar | editar código-fonte]

Composição étnica do Maranhão (2010)[36]

Brancos (24.9%)
Negros (5.5%)
Pardos (68.8%)
Indígenas (0.7%)
O Maranhão é um dos estados mais miscigenados do Brasil, o que pode ser demonstrado
pelo número de 69,9% de pardos autodeclarados ao Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, resultado da grande concentração de escravos indígenas e africanos nas
lavouras de cana-de-açúcar, arroz e algodão; os grupos indígenas remanescentes e
predominantes são dos grupos linguísticos macro-jê e macro-tupi. No tronco macro-Jê,
destaca-se a família jê, com povos falantes da língua Timbira (Mehim), Kanela
(Apanyekra e Ramkokamekra), Krikati, Gavião (Pukobyê), Kokuiregatejê, Timbira do
Pindaré e Krejê. No Tronco macro-tupi, a família tupi-guarani, com os povos falantes das
línguas tenetehára: Guajajara, Tembé e Urubu-Kaapor, além dos Awá-Guajá e de um
pequeno grupo guarani, concentrados principalmente na pré-Amazônia, no Alto Mearim e
na região de Barra do Corda e Grajaú.
De acordo com John Hemming [37], havia por volta de 1 milhão de indígenas no
Maranhão em 1500.
Houve forte tráfico negreiro entre os séculos XVIII e XIX, que trouxe milhares de negros
da Costa da Mina e da Guiné, mais precisamente do Benim, antigo Daomé, Gana e Togo,
mas também em levas não menos importantes de africanos
do Congo, Cabinda e Angola [38]. Muitas tradições maranhenses têm a forte marca das
culturas africanas: culinária (Arroz de Cuxá), religião (Tambor de Mina e Terecô), festas
(Bumba-Meu-Boi e Tambor de Crioula) e músicas (Reggae no Maranhão). Atualmente, o
Maranhão conta muitas comunidades quilombolas em toda região da Baixada, rio
Itapecuru e Mearim.
A população branca, 20,6 por cento, é quase exclusivamente composta de descendentes
de portugueses, dada a pequena migração de outros europeus para a região. Ainda no
início do século XX a maior parte dos imigrantes portugueses era oriunda dos Açores e da
região de Trás-os-Montes. Também no século XX, vieram contingentes significativos
de sírios e libaneses, refugiados do desmonte do Império Otomano e que hoje têm grande
e tradicional presença no estado. A proximidade com a cultura portuguesa e o isolamento
do estado até à primeira metade do século XX gerou um sotaque local próprio e ainda
bastante similar ao português falado em Portugal, praticando os maranhenses uma
conjugação verbal e pronominal próxima da portuguesa.[carece de fontes]
A região do Maranhão é considerada a primeira a receber colonos ilhéus (açorianos) de
forma organizada. Em 1619, cerca de 300 casais chegaram ao Maranhão, sendo que o
número total de pessoas girava em torno de mil pessoas, número significativo para a
época. Além dos casais iniciais, vindos com Estácio da Silveira em 1619, outros se
seguiram: em 1621 chegaram 40 casais com Antonio Ferreira de Bettencourt e Jorge de
Lemos Bettencourt; em 1625 chegaram outros casais com Francisco Coelho de Carvalho;
nos navios N. S. da Palma e São Rafael, tendo como capitão Manoel do Vale, chegaram
50 casais em 1676; e nos navios N. S. da Penha de França e São Francisco Xavier vieram
mais colonos.[39]

Idiomas[editar | editar código-fonte]


O estado tem a fama, entre os maranhenses, de ser o local onde se fala o
melhor português do Brasil. No entanto, linguistas como Marcos Bagno e Pasquale Cipro
Neto questionam esse título: o primeiro, por argumentar que nenhuma fala ou dialeto pode
ser considerado melhor ou pior que outro; o segundo, por argumentar que tal título
pertence, na verdade, à cidade do Rio de Janeiro.[40]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]


O Maranhão é composto por 217 municípios, que estão distribuídos em 22 regiões
geográficas imediatas, que por sua vez estão agrupadas em cinco regiões geográficas
intermediárias, segundo a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
vigente desde 2017. [41][42]
As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da
divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que
estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez,
substituíram as microrregiões.[43] Na divisão vigente até 2017, os municípios do estado
estavam distribuídos em 21 microrregiões e cinco mesorregiões, segundo o IBGE.[44]

Região Número Regiões Número


geográfica Códig de geográfica Códig de
intermediária[4 o município s o município
1]
s imediatas s

São Luís 210001 13

Pinheiro 210002 11

Chapadinha 210003 10

Itapecuru
210004 9
Mirim
São Luís 2101 73
Viana 210005 10

Barreirinhas 210006 4

Tutóia-
210007 7
Araioses

Cururupu 210008 9

Santa Inês 210009 15

Bacabal 210010 16
Santa Inês-
2102 59
Bacabal
Governador
210011 14
Nunes Freire

Pedreiras 210012 14
Região Número Regiões Número
geográfica Códig de geográfica Códig de
intermediária[4 o município s o município
1]
s imediatas s

Caxias 210013 6

Caxias 2103 14 Timon 210014 4

Codó 210015 4

Presidente
210016 13
Dutra

Presidente Dutra 2104 28 São João dos


210017 11
Patos

Colinas 210018 4

Imperatriz 210019 17

Barra do
210020 9
Corda
Imperatriz 2105 43

Açailândia 210021 5

Balsas 210022 12

Economia[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Economia do Maranhão
Exportações do Maranhão - (2012)[45]

A economia maranhense foi uma das mais prósperas do país até a metade do século XIX.
Mas após o fim da Guerra Civil Americana, quando perdeu espaço na exportação de
algodão, o estado entrou em colapso, agravado pelo abandono gerado pelos governos
imperial e republicano; somente após o final da década de 1960 no século XX o estado
passou a receber incentivos e saiu do isolamento, com ligações férreas e rodoviárias com
outras regiões. A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, um dos mais profundos e
movimentados do país, serviu para escoar a produção industrial e de minério de ferro
vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Vale. A estratégica
proximidade com os mercados europeus e norte-americanos fez do Porto uma atraente
opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem. A economia
estadual atualmente se baseia na indústria de transformação de alumínio, alimentícia,
celulose, madeireira, extrativismo (babaçu), agricultura (soja, mandioca, arroz, milho),
na pecuária, produção de gás natural e nos serviços.[carece de fontes]

São Luís, o principal polo econômico do estado

São Luís concentra grande parte do produto interno bruto do estado; a capital passa por
um processo marcante de crescimento econômico, sediando mais de três universidades
(duas públicas e uma privada), além de uma dezena de centros de ensino e faculdades
particulares. A expansão imobiliária é visível, mas o custo de vida ainda é bastante
elevado e a exclusão social acentuada. Há grande dependência de empregos públicos.
Sua pauta de exportação, em 2012, se baseou principalmente em Soja (25,93%), Oxido de
Alumínio (23,99%), Minério de Ferro (17,54%), Ferro Fundido 16,47%) e Alumínio Bruto
(5,35%).[45]
A agricultura e a pecuária são atividades importantes na economia do Maranhão, além da
pesca, que lhe dá a liderança na produção de pescado artesanal do país. Afinal, o estado
possui 640 km de litoral, o segundo maior do Brasil, que fornece produtos bastante
utilizados na culinária regional, como o camarão, caranguejo e sururu. O Maranhão
aumentou a produção de grãos, em 2000, e teve significativo crescimento industrial, de
acordo com a Sudene. Apesar disso, o estado está entre os mais pobres do país.[carece de fontes]

Plantação de soja em Balsas (MA)

Conforme dados da CONAB, o Maranhão é o segundo maior produtor agrícola do


Nordeste[46].O setor agrícola maranhense se destaca na produção de arroz (5º estado de
maior produtividade de arroz do país e o 1º do Nordeste.)[47], cana-de-açúcar, mandioca (2º
posição no Nordeste de área plantada)[47], milho, soja (2º maior produtor da região
Nordeste)[47], algodão (2º maior produtor do Nordeste) e eucalipto.[47]
O sul do estado é um dos maiores polos de produção de grãos do país. A região a cada
ano alcança novos recordes de produtividade. O principal produto agrícola é a soja, que
chegou a 2 milhões de toneladas na última safra, em 2015.[47] Tal produção coloca o
Maranhão como o segundo maior produtor da região, atrás da Bahia. A região sul do
Estado concentra a produção de soja, com destaque ao município de Balsas que em 2015
produziu 501.668 toneladas, com 181.764 de área plantada e 181.764 de área colhida,
rendimento médio 2.760 kg/ha. Outros municípios que se destacam na produção de soja
são: Tasso Fragoso, Sambaíba, Riachão, Alto Paraíba e Carolina. [47]
Com a construção do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) no Porto de Itaqui,
ampliou-se a capacidade de armazenamento e exportação de grãos como soja, milho e
arroz, utilizando-se da infraestrutura da Ferrovia Carajáse da Ferrovia Norte Sul para
escoamento da produção do sul do estado, bem como dos estados
de Tocantins, Goiás e Mato Grosso.[48]

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