Esse sentimento que é capaz de transformar vidas, que traz consigo uma
explosão de sensações como euforia, desejos, confiança, contentamento,
prazer, angústia, tristeza e tantas outras emoções que nos fazem muitas vezes
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até mesmo agir como tolos! Quando estamos apaixonados acontecem inúmeras
explosões químicas dentro de nosso corpo. O beijo, o cheiro, o ciúme, o carinho,
a primeira relação sexual; para todos esses momentos a ciência tem uma
explicação e revelações espantosas.
E o sexo? O sexo é uma palavra que pode ser facilmente usada para distinguir
um homem de uma mulher, ou seja, sexo masculino e sexo feminino, no entanto,
tal palavra também pode ser usada quando se trata de órgãos sexuais, ou a
prática de atividades sexuais. (HOUAISS, 2009).
O sexo é o ato, a parte física, e precisa ser visto como uma atividade que pode
proporcionar muitos benefícios à saúde. Porém, é importante saber que ele não
se resume apenas ao ato sexual propriamente dito. É muito mais do que isso.
Envolve carícias, afeto, respeito às individualidades e gostos do (a) parceiro (a).
Mas o que acontece durante o sexo? O cérebro é o maior responsável por todo
o processo. Ele regula a produção de adrenalina, hormônio que faz aumentar a
frequência dos batimentos cardíacos, e também manda produzir dopamina, que
é o neurotransmissor associado aos desejos de uma forma geral, como a
vontade de comer, de beber e de fazer sexo.
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Agora que você já sabe o que acontece com seu corpo durante o ato sexual,
confira os benefícios:
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O carinho dado pelo toque é algo que também nos dá muito prazer, pois debaixo
da pele, 1,5 milhão de receptores registram as sensações que são transmitidas
para milhares de terminações nervosas. O contato desencadeia uma corrente
elétrica que viaja através da medula espinhal e chega ao cérebro, liberando mais
endorfina. A endorfina atua no sistema límbico, que é a área do cérebro
responsável pelo prazer.
A atração sexual nada mais é do que o desejo sexual por outra pessoa e pode
estar relacionada, segundo alguns estudos, com os nossos genes. Esse desejo,
diferentemente do que muitos pensam, vai além do simples fato de outra pessoa
obedecer aos padrões de beleza da sociedade. Geralmente fatores psicológicos,
sociais, econômicos e, até mesmo, genéticos podem influenciar nossas escolhas
que nem sempre são conscientes como pensamos.
Amor e sexo não tem que andar juntos necessariamente! Podemos fazer sexo
sem amor e amar alguém, sem que façamos sexo com essa pessoa. Mas
quando fazemos sexo com quem amamos... ahhh! É maravilhoso!
Penso que você também não conheça nada mais chato e desinteressante que
aquele sexo cheio de regras, de cobranças, preocupações e pensamentos de
isso é "certo ou errado", não é mesmo? A responsabilidade por um sexo bom e
gostoso é dos dois e se a sintonia, a dedicação e a cumplicidade estiver
equilibrada entre ambos, as chances de terem relações muito prazerosas é
maior.
Um bom sexo é aquele que a gente se perde nas emoções, deixa de pensar e
começa a sentir. Por que afinal, não existe certo, errado, perfeito, bonito ou feio,
quando se trata de sexo. Tem que haver sim, o consenso. Ambos precisam estar
de acordo em todos os aspectos, sem que algo ou alguma atitude seja forçada.
A atividade sexual tem que ser consensual para ser boa. Você precisa estar
desejando fazer sexo e deve respeitar sua vontade ou a falta dela. Por exemplo,
se não lhe agrada o sexo anal, ou o oral, ou seja lá o que for, você precisa
comunicar ao seu parceiro/a e respeitar seus próprios limites. Não pratique
alguma modalidade sexual que te agrida. O fundamental para sentir prazer é
estar confortável, só assim você consegue se entregar totalmente ao sexo e
desfrutar desses momentos de prazer.
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Um fator que atrapalha muito o desempenho sexual de mulheres, mas muitas
vezes também o de homens é o tabu! A marginalização da sexualidade tem
raízes firmadas na história somos educados por mulheres, numa sociedade onde
a virilidade e o prestígio do macho estão longe de serem apagados, as mulheres
são educadas para agirem como filhas e mães sem passar pelo estágio de
mulher.
Existe muito preconceito em torno do assunto, o que ajuda a piorar ainda mais
a situação, pois nos foi passado através das gerações muitas crenças a respeito
do tema, ou mesmo relacionando a sexualidade a religião. Desta forma sexo
deve ser mantido em segredo, entre quatro paredes, e ainda assim muitas vezes
carregado de pecado, ou visto como algo sujo, aonde explorar o corpo do outro
ou o seu próprio pode condená-lo ao inferno. Daí tanto desconhecimento e tantas
relações mal sucedidas.
Uma grande pesquisa realizada em 2002 constatou que é possível uma pessoa
trabalhar no sentido de ser sexualmente mais inteligente e assim, trilhar uma
vida sexual mais satisfatória. Dentre os requisitos apontados pela pesquisa, ficou
muito claro, o quanto estamos distantes de uma sexualidade inteligente e
consequentemente mais feliz.
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Hoje temos disponíveis vários recursos como filmes eróticos, livros explicativos,
sex shops, cursos sobre sexualidade e sensualidade, mas o ingrediente mais
importante na busca dessas mudanças é a disposição, o desejo de se conhecer,
de conhecer o desejo do outro, preocupar-se com a satisfação do parceiro.
A mulher precisa de outros estímulos, não é um homem com uma cueca bonita
que irá encher a mulher de tesão... seja ela nova ou velha! A mulher precisa ser
seduzida, conquistada ou convencida de que está com vontade de fazer sexo!
Afinal a sexualidade faz parte da vida, assim não há como negar que o prazer
também, e cuidar desse aspecto só trará vantagens a você e ao seu parceiro/a,
deixando para trás os problemas que podem estar afetando o casal, nutrindo
uma vida de mais satisfação.
Tenho ajudado muitas pessoas e casais a terem uma vida sexual mais plena e
feliz, as vezes com pequenos ajustes de sintonia. O que percebo nos meus
atendimentos é que o principal fator influenciador de casos de
descontentamentos é a falta de diálogo. Falar com o parceiro/a é fundamental,
e algumas práticas como:
– sentir que existe uma integração de todo o Ser (físico, psicológico, espiritual)
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– aprender que a sexualidade e a sensualidade podem ser integradas com
naturalidade à sua vida diária
“Amor é um fogo arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um
contentamento descontente, é dor que desatina, ferida sem doer”…
(Camões)