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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO

CAMPUS MONTE CASTELO/DIRETORIA DE ENSINO SUPERIOR


DEPARTAMENTO DE ELETROELETRÔNICA – DEE
ENGENHARIA ELÉTRICA INDUSTRIAL/PROJETO E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
PROFESSOR Dr. RONALDO RIBERO CORREA

CRISTIANA DA SILVA ALEXANDRE

MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA


RESIDENCIAL

São Luís – MA
2017

1
CRISTIANA DA SILVA ALEXANDRE

MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA


RESIDENCIAL

Memorial descritivo apresentado como requisito


para obtenção da primeira nota total da disciplina
Projeto e Instalações Elétricas do 7º período do
curso de bacharelado em Engenharia Elétrica
Industrial do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Maranhão ministrada pelo professor
Dr. Ronaldo Ribeiro Correa.

São Luís – MA
2017

2
SUMÁRIO

1. DADOS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA ......................................................... 3


2. EDIFICAÇÃO ..................................................................................................... 4
3. LEVANTAMENTO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO .................................... 5
4. LEVANTAMENTO DE CARGA DE TOMADA DE USO GERAL ............. 5
5. LEVANTAMENTO DE CARGA DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO ... 5
6. LEVANTAMENTO DA POTÊNCIA TOTAL ................................................. 8
7. TIPO DE FORNECIMENTO ............................................................................ 9
8. DIVISÃO DOS CIRCUITOS ............................................................................. 9
9. LOCAÇÃO DA SIMBOLOGIA ...................................................................... 11
10. CÁLCULO DAS CORRENTES NOS CIRCUITOS ..................................... 12
10.1. Cálculo da corrente dos circuitos terminais ............................................ 12
10.2. Cálculo da corrente do circuito de distribuição ...................................... 12
11. CÁLCULO DO NÚMERO DE CIRCUITOS AGRUPADOS ...................... 14
12. DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO ..................................................... 15
13. DIMENSIONAMENTO DO DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA
SOBRETENSÕES ........................................................................................................ 20
14. DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DOS ELETRODUTOS ..................... 21
15. DIMENSIONAMENTO DO TAMANHO NOMINAL DOS
ELETRODUTOS .......................................................................................................... 24
16. ISOLAÇÃO ........................................................................................................ 26
17. QUADRO RESUMO DO PROJETO .............................................................. 27

3
1. DADOS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Este projeto contempla informações essenciais acerca do projeto elétrico residencial
a ser executado.

As instalações elétricas devem ser executadas respeitando os padrões de qualidade e


segurança estabelecidos nas normas brasileiras, em particular as normas da
concessionária local e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Informações Gerais

 Concessionária local: CEMAR (Companhia Energética do Maranhão)


 Tensão de fase: 220V
 Alimentação: Trifásica (3F + N)

Normas Aplicadas

Todo o projeto elétrico foi elaborado obedecendo rigorosamente todas as diretrizes


normativas vigentes no Brasil, segundo a:

 NBR 5410:2004 – Instalação Elétrica de Baixa Tensão;


 NBR 5410:1997 – Instalação Elétrica de Baixa Tensão;
 NT.31.001.04 – Fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão.

2. EDIFICAÇÃO

O projeto foi desenvolvido levando em consideração os seguintes cômodos: sala,


dormitório 1, dormitório 2, banheiro 1, banheiro 2, cozinha, hall e área de serviço.
Abaixo estão dispostas as dimensões (área e perímetro) de cada cômodo.

 Sala: Área = 20,65 [m2 ] e Perímetro = 19,56 [m]


 Dormitório 1: Área = 9,625 [m2 ] e Perímetro = 12,5 [m]
 Dormitório 2: Área = 10,55 [m2 ] e Perímetro = 14,66 [m]
 Banheiro 1: Área = 3,25 [m2 ] e Perímetro = 7,6 [m]
 Banheiro 2: : Área = 2,8 [m2 ] e Perímetro = 6,8 [m]
 Cozinha: Área = 7,5 [m2 ] e Perímetro = 10,85 [m]
 Hall: Área = 1,421 [m2 ] e Perímetro = 4,86 [m]
 Área de serviço: Área = 10,47 [m2 ] e Perímetro = 13,8 [m]

4
3. LEVANTAMENTO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO

A NBR 5410/04 estabelece que:


 Quantidade mínima de pontos de luz:
Ao menos um ponto de luz por cômodo.
 Potência mínima de iluminação:
Para área inferior ou igual a 6 [m²]: Atribuir um mínimo de 100 [VA].
Para área superior a 6 [m²]: Para os primeiros 6 [m²] – 100 [VA]. Para cada
acréscimo de 4 [m²]: inteiros – 60 [VA].
Para áreas externas: decisão entre cliente e projetista.

4. LEVANTAMENTO DE CARGA DE TOMADA DE USO GERAL

A NBR 5410/04 estabelece que:


 Quantidade mínima de pontos de tomada de uso geral (TUGs):
Área igual ou inferior a 6 [m²]: mínimo de um ponto de tomada.
Salas, quartos ou cômodos com mais de 6 [m²]: uma tomada a cada 5 [m] e a
fração restante do perímetro.
Cozinhas, áreas de serviço: uma tomada a cada 3.5 [m] e a fração restante do
perímetro.
Banheiro: mínimo de um ponto de tomada a distância de 60 [cm] do boxe.
 Potência mínima de tomada de uso geral (TUGs):
Banheiros, cozinhas, área de serviço: mínimo de 600 [VA] por ponto de tomada,
até 3 tomadas e a cada acréscimo de tomada, 100 [VA].
Demais cômodos: atribuir no mínimo 100 [VA] por ponto de tomada.

5. LEVANTAMENTO DE CARGA DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO

A NBR 5410/04 estabelece que:


 Quantidade mínima de pontos de tomada de uso geral (TUEs):
equipamentos fixos que geram reativo no sistema elétrico, demandado pelo
morador ou por estatística de uso.
 Potência mínima de tomada de uso geral (TUEs): atribuir a potência nominal
do equipamento a ser utilizado.

5
Para o dimensionamento correto do condicionador de ar, deve-se estimar a
quantidade de pessoas e equipamentos eletrônicos (como computador e televisões)
presentes no ambiente e levar em consideração a relação do ambiente com a exposição
ao sol. No caso de um condicionador de ar para dormitório, utilizamos a regra de 600
BTUs por metro quadrado para até duas pessoas, mais 600 BTUs por pessoa ou
equipamento que emita calor. Caso o quarto com condicionador de ar sofra com a
exposição ao sol, o cálculo deve ser feito com 800 BTUs por metro quadrado para até
duas pessoas.

No projeto, os dormitórios que possuem condicionador de ar têm as seguintes


características: No dormitório 1, com área de 9.625 [m²] dormem três pessoas e uma
televisão fica ligada durante boa parte do tempo que o condicionador de ar fica ligado,
além disso, o dormitório é exposto apenas ao sol da manhã. Logo, 9.625 𝑚2 × 800 𝐵𝑇𝑈𝑠 =
7700 + 1200 𝐵𝑇𝑈𝑠 = 8900 𝐵𝑇𝑈𝑠 . No dormitório 2, com área de 10.55 [m²], possui uma
televisão e dormem três pessoas, além do dormitório não ficar diretamente exposto ao
sol. Logo, 10.55 𝑚² × 600 𝐵𝑇𝑈𝑠 = 6330 + 1200 𝐵𝑇𝑈𝑠 = 7530 𝐵𝑇𝑈𝑠 . Segundo a
NT.31.001.04 – Fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão (Tabela 3 –
Potência de aparelhos eletrodomésticos), o condicionador de ar do tipo SPLIT com o
valor comercial mais próximo acima do que é demandado pelas condições do
dormitório 1 é 10.000 BTU/h e do dormitório 2 é 8.500 BTU/h.

Os equipamentos que necessitam de TUE para este projeto são: máquina de lavar
roupa, secadora de roupa, computador, chuveiro elétrico, condicionador de ar de 10.000
BTU/h, condicionador de ar de 8.500 BTU/h e microondas. De acordo com a
NT.31.001.04 – Fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão (Tabela 3 –
Potência de aparelhos eletrodomésticos), a potência de cada equipamento em Watts
[W] é: máquina de lavar roupa (400 a 1500), secadora de roupa (2500 a 6000),
computador (180), chuveiro elétrico (2500 a 5400), condicionador de ar de 8.500
BTU/h (1300), condicionador de ar de 10.000 BTU/h (1400), microondas (1200 a
2000).

No projeto foram dimensionadas as TUEs com as seguintes potências: 1 máquina de


lavar roupa – 1000 [W], 1 secadora de roupa – 3500 [W], 1 computador – 180 [W], 2
chuveiros elétricos – 5400 [W] cada, 1 condicionador de ar de 8.500 BTU/h – 1300
[W], 1 condicionador de ar de 10.000 BTU/h – 1400 [W], 1 microondas – 1500 [W].

6
Tabela 1 – Previsão da carga de iluminação

Área
Dependências Potência de Iluminação [VA]
[m²]

Área de
10,47 10,47 = 6 + 4 + 𝟎, 𝟒𝟕 → 100 + 60 = 160 𝑉𝐴 100
serviço
Cozinha 7,50 7,5 = 6 + 𝟏, 𝟓 → 100 𝑉𝐴 100
20,65 = 6 + 4 + 4 + 4 + 𝟐, 𝟔𝟓 → 100 + (3 × 60)
Sala 20,65 280
= 280 𝑉𝐴

Hall 1,421 1,421 𝑚² < 6 𝑚² → 100 𝑉𝐴 100


Banheiro 1 3,25 3,25 𝑚² < 6 𝑚² → 100 𝑉𝐴 100
Dormitório 1 9,625 9,625 = 6 + 𝟑, 𝟐𝟓 → 100 𝑉𝐴 100
Dormitório 2 10,55 10,55 = 6 + 4 + 𝟎, 𝟓𝟓 → 100 + 60 = 160 𝑉𝐴 160
Banheiro 2 2,80 2,8 𝑚² < 6 𝑚² → 100 𝑉𝐴 100
Total − − 1040

Tabela 2 – Quantidade mínima de pontos de tomadas de uso geral e específico

Perímetro Quantidade mínima


Dependências
[m] PTUGs PTUEs
1 máquina de lavar
Área de
13,8 13,8 = 3.5 + 3.5 + 3.5 + 𝟐, 𝟕 → 4 roupa
serviço
1 secadora de roupa

Cozinha 10,85 10,85 = 3.5 + 3.5 + 3.5 + 𝟎, 𝟑𝟓 → 4 1 microondas

Sala 19,56 19,56 = 5 + 5 + 5 + 𝟒, 𝟓𝟔 → 4 1 computador

Hall 4,86 1 −
Banheiro 1 7,6 1 1 chuveiro elétrico
1 condicionador de
Dormitório 1 12,5 12,5 = 5 + 5 + 𝟐, 𝟓 → 3
ar
1 condicionador de
Dormitório 2 14,66 14,66 = 5 + 5 + 𝟒, 𝟔𝟔 → 3
ar
Banheiro 2 6.8 1 1 chuveiro elétrico

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Tabela 3 – Previsão de cargas de pontos de tomadas de uso geral e específico

Quantidade Previsão de carga


Dependências
TUGs TUEs PTUGs [VA] PTUEs [W]

1 × 1000W (máquina de lavar)


Área de serviço 4 2
(3 × 600) + (1 × 100) = 1900 1 × 3500W (secadora de roupa)

Cozinha 4 1 (3 × 600) + (1 × 100) = 1900 1 × 1500W(microondas)

Estar/Jantar 4 1 4 × 100 = 400 1 × 180W (computador)

Hall 1 − 1 × 100 = 100


Banheiro 1 1 1 1 × 600 = 600 1 × 5400W(chuveiro elétrico)

Dormitório 1 3 1 3 × 100 = 300 1 × 1400W(condicionador de ar)

Dormitório 2 3 1 3 × 100 = 300 1 × 1300W(condicionador de ar)

Banheiro 2 1 1 1 × 600 = 600 1 × 5400W(chuveiro elétrico)

Total − − 𝟔𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟗𝟔𝟖𝟎

6. LEVANTAMENTO DA POTÊNCIA TOTAL


 O fator de potência para iluminação (incandescente) é unitário.
Considerando a Tabela 1, a potência aparente de iluminação é 1100 [VA], dessa
forma, a potência ativa de iluminação do projeto em questão é 1100 [W].

 O fator de potência para TUGs é de 0,8.


Considerando a Tabela 3, a potência aparente de tomadas de uso geral é de 6100
[VA], dessa forma, a potência ativa de TUGs do projeto em questão é de 4880
[W].

𝑃𝐼𝑁𝑆𝑇𝐴𝐿𝐴𝐷𝐴 = ∑ 𝑃𝐼𝐿𝑈𝑀𝐼𝑁𝐴ÇÃ𝑂 + ∑ 𝑃𝑇𝑈𝐺𝑆 + ∑ 𝑃𝑇𝑈𝐸𝑆 = 1100 + 4880 + 19680

= 25660 𝑊

8
7. TIPO DE FORNECIMENTO
Em função da potência ativa total prevista para a residência, pode-se determinar o
tipo de fornecimento e a tensão de alimentação. Dos tópicos 6.2.2 – Ligação
Monofásica e 6.2.4 – Ligação Trifásica da NT.31.001.04 – Fornecimento de Energia
Elétrica em Baixa Tensão da CEMAR têm-se:

“A unidade consumidora será atendida através de 01(um) fase e 01(um) neutro – 220
V, até o limite de 12(doze) kW – CEMAR”

“A unidade consumidora será atendida através de 03 (três) fases e 01 (um) neutro –


380/220 V, até o limite de 75 kW – CEMAR”.

Como 12 𝑘𝑊 ≤ 𝑃𝐼𝑁𝑆𝑇𝐴𝐿𝐴𝐷𝐴 = 25,66 𝑘𝑊 < 75 𝑘𝑊, o tipo de fornecimento da


residência é TRIFÁSICO (3 fases + 1 neutro), tensões de 220 [V] e 380 [V].

8. DIVISÃO DOS CIRCUITOS


A NBR 5410/04 estabelece que:
 Circuitos de iluminação separados dos pontos de tomada de uso geral.
 Circuitos exclusivos para tomadas de uso específico que demandam muita
corrente, acima de 10 [A].
 Os pontos de tomadas da cozinha e área de serviço devem ter circuitos que
alimentam exclusivamente estes locais.
A divisão de circuitos foi feita de forma que a potência das TUGs não ultrapasse o
máximo permitido por norma de 2500 [𝑉𝐴].

A potência total de iluminação corresponde a 1100 [𝑉𝐴] < 1800 [𝑉𝐴] (máximo
permitido por norma), porém neste projeto foi dividido em 2 circuitos de iluminação por
questões práticas na instalação. Considerando as tomadas de uso específico, a potência
aparente é igual à potência ativa devido ao fator de potência unitário.

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Tabela 4 – Divisão dos circuitos e potência correspondente

Circuito Potência [VA]


Quantidade e
Número Tipo Local Total
Potência
Sala 1𝑥280
Dormitório 1 1𝑥100
1 Iluminação Área de serviço 1𝑥160 640
Hall 1𝑥100
Cozinha 1𝑥100
Banheiro 1 1𝑥100
2 Iluminação Banheiro 2 1𝑥100 460
Dormitório 2 1𝑥160
Sala 4𝑥100
Hall 1𝑥100
Dormitório 1 3𝑥100
3 TUG Dormitório 2 3𝑥100 2300
Banheiro 1 1𝑥600
Banheiro 2 1𝑥600
4 TUG Cozinha 3𝑥600 + 1𝑥100 1900
5 TUG Área de serviço 3𝑥600 + 1𝑥100 1900
6 TUE Máquina de lavar 1𝑥1000 1000
7 TUE Secadora de roupa 1𝑥3500 3500
8 TUE Microondas 1𝑥1500 1500
9 TUE Computador 1𝑥180 180
10 TUE Chuveiro elétrico [banheiro 1] 1𝑥5400 5400
11 TUE Chuveiro elétrico [banheiro 2] 1𝑥5400 5400
12 TUE Condicionador de ar [dormitório 1] 1𝑥1400 1400
13 TUE Condicionador de ar [dormitório 2] 1𝑥1300 1300

A Tabela 1 apresenta a previsão de carga de iluminação segundo o qual foi


escolhida verificando a área. A Tabela 2 apresenta a quantidade mínima de pontos de
tomadas de uso geral (TUGs) verificando o perímetro e também a quantidade de
tomadas de uso específico (TUEs) segundo o qual foi escolhida de acordo com o
número de aparelhos e sua potência. A Tabela 3 especifica a previsão de carga das
TUGs e TUEs. E a Tabela 4, a divisão e o tipo dos circuitos do projeto, especificando o
local de cada um, bem como a quantidade e potência total. A Tabela 5 acrescenta o tipo
de sistema de cada circuito e a Tabela 6 traz a simbologia empregada na planta baixa do
projeto.

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Tabela 5 – Divisão da instalação em circuitos

Circuito
Tensão [V] Potência [VA] Tipo de sistema
Número Tipo
1 Iluminação 220 640 Monofásico (F+N)
2 Iluminação 220 460 Monofásico (F+N)
3 TUG 220 2300 Monofásico (F+N)
4 TUG 220 1900 Monofásico (F+N)
5 TUG 220 1900 Monofásico (F+N)
6 TUE 220 1000 Monofásico (F+N)
7 TUE 220 3500 Monofásico (F+N)
8 TUE 220 1500 Monofásico (F+N)
9 TUE 220 180 Monofásico (F+N)
10 TUE 220 5400 Monofásico (F+N)
11 TUE 220 5400 Monofásico (F+N)
12 TUE 220 1400 Monofásico (F+N)
13 TUE 220 1300 Monofásico (F+N)
Circuito de distribuição 380 22371 Trifásico (3F+N)

9. LOCAÇÃO DA SIMBOLOGIA
Tabela 6 – Simbologia empregada no projeto

Ponto de luz teto

Interruptor simples

Ponto de tomada baixa

Ponto de tomada média

Ponto de tomada alta


Quadro de Distribuição
Quadro de Medição
Eletroduto na laje
Eletroduto na parede
Fase
Neutro
Retorno
Proteção

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10. CÁLCULO DAS CORRENTES NOS CIRCUITOS
10.1.Cálculo da corrente dos circuitos terminais
Para o cálculo das correntes monofásicas dos circuitos terminais foi utilizada a
equação abaixo. A Tabela 7 abaixo mostra os valores de corrente calculados.

𝑺 [𝑽𝑨]
𝑰= (1)
𝑽
Tabela 7 – Corrente por circuito terminal

Circuito
Tensão [V] Potência [VA] Corrente [A]
Número Tipo
1 Iluminação 220 640 2,91
2 Iluminação 220 460 2,10
3 TUG 220 2300 10,45
4 TUG 220 1900 8,63
5 TUG 220 1900 8,63
6 TUE 220 1000 4,54
7 TUE 220 3500 15,91
8 TUE 220 1500 6,82
9 TUE 220 180 0,82
10 TUE 220 5400 24,54
11 TUE 220 5400 24,54
12 TUE 220 1400 6,36
13 TUE 220 1300 5,91

10.2. Cálculo da corrente do circuito de distribuição


Para o cálculo da corrente no circuito de distribuição, somam-se os valores das
potências ativas de iluminação e pontos de tomadas de uso geral (PTUGs).
𝑃𝐼𝐿𝑈𝑀𝐼𝑁𝐴ÇÃ𝑂 + 𝑃𝑇𝑈𝐺𝑆 = 1100 + 4880 = 5980 [𝑊]. Multiplica-se o valor calculado pelo
fator de demanda correspondente a esta potência de acordo com a Tabela 8 (retirada de
“Instalações Elétricas Residenciais” – Prysmian, dezembro de 2006, página 91). O
fator de demanda equivale a 0,45. Logo, 𝑷𝟏 = 𝟓𝟗𝟖𝟎 × 𝟎, 𝟒𝟓 = 𝟐𝟔𝟗𝟏 [𝑾].

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Tabela 8 – Fator de demanda para iluminação e PTUGs

Potência [W] Fator de Demanda


0 𝑎 1000 0,86
1001 𝑎 2000 0,75
2001 𝑎 3000 0,66
3001 𝑎 4000 0,59
4001 𝑎 5000 0,52
𝟓𝟎𝟎𝟏 𝒂 𝟔𝟎𝟎𝟎 𝟎, 𝟒𝟓
6001 𝑎 7000 0,40
7001 𝑎 8000 0,35
8001 𝑎 9000 0,31
9001 𝑎 10000 0,27
Acima de 10000 0,24

Multiplica-se o valor das potências das PTUEs pelo fator de demanda


correspondente. O fator de demanda para as PTUEs é obtido em função do número de
circuitos de PTUEs previstos no projeto e de acordo com os valores da Tabela 9
(retirada de “Instalações Elétricas Residenciais” – Prysmian, dezembro de 2006,
página 92). 𝑃𝑇𝑈𝐸𝑆 = 19680 [𝑊]. Como são oito circuitos de TUEs, tem-se um fator de
demanda de 0,57. Logo, 𝑷𝟐 = 𝟏𝟗𝟔𝟖𝟎 × 𝟎, 𝟓𝟕 = 𝟏𝟏𝟐𝟏𝟕, 𝟔 [𝑾].

Tabela 9 – Fator de demanda para PTUEs

Número de circuitos PTUEs Fator de demanda


1 1,00
2 1,00
3 0.84
4 0,76
5 0,70
6 0,65
7 0,60
𝟖 𝟎, 𝟓𝟕
9 0,54
10 0,52

Somam-se os valores das potências ativas já corrigidas. 𝑃1 + 𝑃2 = 2691 +


11217,6 = 13908,6 [𝑊]. E em seguida, divide-se o valor obtido pelo fator de potência
médio de 0,95, exigido pela Norma NBR5410/04, obtendo assim a potência do circuito
13908,6
de distribuição. 𝑃𝑄𝐷 = = 14640,63 [𝑉𝐴]. Para o cálculo da corrente do circuito
0.95

de distribuição utiliza-se a equação (2).

13
𝑺[𝑽𝑨]
𝑰= (2)
√𝟑.𝑽

14640,63
Dessa forma, 𝐼𝑄𝐷 = = 22,24 [𝐴].
√3×380

Porém, de acordo com a NBR 5410/04, a corrente 𝐼𝑄𝐷 < 𝐼𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜10 = 𝐼𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜11 é
incoerente, logo, desconsideraremos o fator de demanda das TUEs. E então, 𝑃1 =
22371
2691 [𝑊] e 𝑃2 = 19680 [𝑊]. Logo, 𝑃𝑄𝐷 = 𝑃1 + 𝑃2 = 22371 [𝑊] e 𝐼𝑄𝐷 = =
√3×380

34 [𝐴].

Tabela 10 – Corrente dos circuitos terminais e de distribuição

Circuito Tensão Potência Corrente


Local
Número Tipo [V] [VA] [A]
Sala, dormitório 1, área de
1 Iluminação 220 640 2,91
serviço, hall
Cozinha, dormitório 2,
2 Iluminação 220 460 2,10
banheiro 1, banheiro 2
Sala, hall, dormitório 1,
3 TUG dormitório 2, banheiro 1, 220 2300 10,45
banheiro 2
4 TUG Cozinha 220 1900 8,63
5 TUG Área de serviço 220 1900 8,63
6 TUE Máquina de lavar 220 1000 4,54
7 TUE Secadora de roupa 220 3500 15,91
8 TUE Microondas 220 1500 6,82
9 TUE Computador 220 180 0,82
10 TUE Chuveiro elétrico 220 5400 24,54
11 TUE Chuveiro elétrico 220 5400 24,54
Condicionador de ar
12 TUE 220 1400 6,36
[dormitório 1]
Condicionador de ar
13 TUE 220 1300 5,91
[dormitório2]
Distribuição Quadro de distribuição 380 22371 34

11. CÁLCULO DO NÚMERO DE CIRCUITOS AGRUPADOS

No cálculo do número de circuitos agrupados, deve-se observar a planta baixa com a


representação gráfica da fiação e seguir o caminho que cada circuito percorre,
observando nesse trajeto qual o maior número de circuitos que se agrupa a eles em um

14
mesmo eletroduto. Tendo essas informações em mãos a Tabela 11 é preenchida com os
respectivos valores dos circuitos agrupados.

Tabela 11 – Quantidade de circuitos agrupados

Número do circuito Número de circuitos agrupados


1 3
2 3
3 3
4 3
5 3
6 2
7 2
8 2
9 2
10 2
11 2
12 2
13 2
Distribuição 1

12. DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO

Desde a NBR 5410/97, tem-se que:


 A utilização de proteção diferencial residual (disjuntor) de alta
sensibilidade em circuitos terminais que sirvam a:
Circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, lavanderias, áreas de serviço,
garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a
lavagens;
Tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
Tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam
alimentar equipamentos de uso em áreas externas;
Aparelhos de iluminação instalados em áreas externas.
 A utilização de proteção diferencial residual (disjuntor) de alta
sensibilidade:
Em instalações alimentadas por rede de distribuição pública em baixa tensão,
onde não puder ser garantida a integridade do condutor PEN (proteção +
neutro);
Em circuitos de tomadas de corrente em banheiros.

15
 Na proteção com DR deve-se tomar cuidado com o tipo de aparelho a ser
instalado:
Chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores de passagem com carcaça metálica
e resistência nua apresentam fugas de corrente muito elevadas (maiores que 30
[mA]), que não permitem que o IDR fique ligado. Portanto, esses aparelhos
devem ser substituídos por outros com carcaça plástica ou com resistência
blindada.
Dimensionar o dispositivo DR adequadamente é determinar o valor da corrente
nominal e da corrente diferencial residual nominal de atuação de tal forma que garanta a
proteção de pessoas contra choques elétricos que colocam em risco suas vidas.
Para calcular a corrente diferencial residual nominal de atuação a NBR 5410/04
estabelece que, no caso de IDRs de alta sensibilidade o valor máximo para esta corrente
é de 30 [mA]. De modo geral, as correntes nominais típicas disponíveis no mercado,
seja para Disjuntores IDR ou Interruptores IDR, são: 25, 40, 63, 80 e 100 [A]. Portanto,
não será permitido usar um Disjuntor IDR de 25 [A], por exemplo, em circuitos de 1,5
[mm²] e 2,5 [mm²]. A solução é utilizar uma combinação de disjuntor termomagnético +
interruptor diferencial residual.

Tabela 12 – Relação entre a corrente do disjuntor e a do interruptor


diferencial residual
Corrente nominal do disjuntor [A] Corrente nominal mínima do DR [A]
𝟏𝟎, 𝟏𝟓, 𝟐𝟎, 𝟐𝟓 𝟐𝟓
30, 40 40
50, 60 63
70 80
90, 100 100

Os disjuntores termomagnéticos são destinados a proteger os condutores e demais


equipamentos da unidade consumidora, contra sobrecarga e curto-circuito, não tendo
proteção contra choques elétricos, porém sua utilização é feita levando em conta o fator
econômico e a sensibilidade (DRs são muito sensíveis, tornando dessa forma, os
circuitos muito susceptíveis ao seu acionamento). A corrente nominal dos disjuntores é
dimensionada de acordo com a corrente do circuito e a categoria é dimensionada de
acordo com a característica da carga.

16
ABNT NBR-IEC-60947-2: Norma Brasileira, baseada na norma internacional IEC-
60947-2, que especifica o uso e aplicação de disjuntores para instalações em geral de
baixa tensão em qualquer corrente (disjuntor caixa moldada ou aberta).
Os disjuntores termomagnéticos são chaves automáticas que se desarmam ou se
desligam quando atravessadas por uma corrente elétrica que ultrapassa os valores de
segurança previstos ou em caso de um curto-circuito. Os disjuntores se dividem em três
tipos de curvas de disparo ou desarme: B, C e D. Os disjuntores de curva B são
indicados para cargas resistivas com pequena corrente de partida, como é o caso de
aquecedores elétricos, fornos elétricos e lâmpadas incandescentes. Os de curva C são
indicados para cargas de média corrente de partida, como motores elétricos, lâmpadas
fluorescentes e máquinas de lavar roupas. Por fim, os disjuntores de curva D são
indicados para cargas com grande corrente de partida, a exemplo de transformadores
BT/BT (baixa tensão). Logo, foram escolhidos de acordo com o tipo de carga instalada.

Tabela 13 – Disjuntores dos circuitos


Circuito
Disjuntor DTM Disjuntor DR
Número Tipo
1 Iluminação Curva B 25A (30mA)
2 Iluminação Curva B 25A (30mA)
3 TUG Curva B 25A (30mA)
4 TUG Curva B 25A (30mA)
5 TUG Curva B 25A (30mA)
6 TUE [máquina de lavar] Curva C 25A (30mA)
7 TUE [secadora de roupa] Curva C 25A (30mA)
8 TUE [microondas] Curva C 25A (30mA)
9 TUE [computador] Curva B 25A (30mA)
10 TUE [chuveiro elétrico] Curva B 25A (30mA)
11 TUE [chuveiro elétrico] Curva B 25A (30mA)
12 TUE [condicionador de ar] Curva B 25A (30mA)
13 TUE [condicionador de ar] Curva B 25A (30mA)

17
Dimensionaremos a corrente do disjuntor (Tabela 14). A seção adotada é <
16 [𝑚𝑚²], portanto os condutores Neutro, Fase e Terra terão a mesma seção.

Tabela 14 – Seção dos condutores adotados e corrente nominal dos disjuntores

Número do circuito Valor de seção dos condutores adotados [mm²] Disjuntor [A]

1 1,5 10
2 1,5 10
3 2,5 15
4 2,5 10
5 2,5 10
6 2,5 10
7 4,0 25
8 2,5 10
9 2,5 10
10 4,0 25
11 4,0 25
12 2,5 10
13 2,5 10
QD 6,0 40

Para o correto dimensionamento do disjuntor de distribuição, é necessário consultar a


NT.31.001.04 - Fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão (Tabela 1 –
Dimensionamento do ramal de ligação e entrada das instalações em 220/380 V –
CEMAR) (representada abaixo na Tabela 15) qual disjuntor a concessionária exige para
o determinado valor de demanda do projeto. O mesmo necessitou fornecimento trifásico
com demanda de 25.66 [𝑘𝑊]. Consultando tal Tabela, o valor do disjuntor
correspondente é de 63 [A] tripolar.

18
Tabela 15 – Tabela 1 da NT.31.001.04 - Fornecimento de Energia Elétrica em
Baixa Tensão

CONDUTOR DE ATERRAMENTO (AÇO COBRADO) [mm²]


Condutor cobre isolado mínimo do cliente fase (neutro) [mm²]
RAMAL DE LIGAÇÃO

ELETRODUTO DE AÇO GALVANIZADO [pol]


DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO [A]

ELETRODUTO ATERRAMENTO [pol]


TIPOS DE FORNECIMENTO

DISTÂNCIA DISTÂNCIA A
MÉTODO DE CÁLCULO

DIÂMETRO NOMINAL Ø

DIÂMETRO NOMINAL Ø
DE ATÉ 2 km PARTIR DE 2 km
DA ORLA DA ORLA
CARGA [kW]

MARITMA MARITMA

CABO DE
CABO DE COBRE CONCENTRADO

ALUMINIO
MULTIPLEXADO [mm²] MULTIPLEXADO
[mm²]
OU DUPLEX [mm²]

CABO DE COBRE

CONCENTRADO

QUADRUPLEX
DUPLEX/
CARGA INSTALADA

𝐴𝑡é 4 25 𝐴 4 − 10 − 4 1 6 ½’’
MONOFÁSICO

𝐷𝑒 4 𝑎 8 50 𝐴 6 − 10 − 6 1 6 ½’’

𝐷𝑒 8 𝑎 12 63 𝐴 10 − 16 − 10 1 6 ½’’

𝐷𝑒 12 𝑎 20 40 𝐴 (𝑇𝑅𝐼) − 6 − 10 6 2 6 ½’’
DEMANDA

TRIFÁSICO

𝑫𝒆 𝟐𝟎 𝒂 𝟑𝟎 𝟔𝟑 𝑨 (𝑻𝑹𝑰) − 𝟏𝟎 − 𝟏𝟔 𝟏𝟎 𝟐 16 𝟏’’
𝐷𝑒 30 𝑎 40 80 𝐴 (𝑇𝑅𝐼) − 16 − 25 16 2 25 1’’
𝐷𝑒 40 𝑎 50 100 𝐴 (𝑇𝑅𝐼) − 25 − 35 25 2 35 1’’
𝐷𝑒 50 𝑎 75 125 𝐴 (𝑇𝑅𝐼) − 35 − 50 35 2. ½’’ 35 1’’

O dimensionamento dos disjuntores é mostrado na Tabela 16. Considerando todos os


dispositivos utilizados na instalação.

19
Tabela 16 – Dimensionamento dos disjuntores

Circuito Proteção
Corrente Número de circuitos
[A] agrupados Número Corrente
Número Tipo Tipo
de polos Nominal
1 10
1 Iluminação 2,91 3 DTM + IDR
2 25

1 10
2 Iluminação 2,10 3 DTM + IDR
2 25
1 10
3 TUG 10,45 3 DTM + IDR
2 25
1 10
4 TUG 8,63 3 DTM + IDR
2 25
1 10
5 TUG 8,63 3 DTM + IDR
2 25
1 10
6 TUE 4,54 2 DTM + IDR
2 25
1 10
7 TUE 15,91 2 DTM + IDR
2 25
1 10
8 TUE 6,82 2 DTM + IDR
2 25
1 10
9 TUE 0,82 2 DTM + IDR
2 25
1 10
10 TUE 24,54 2 DTM + IDR
2 25
1 10
11 TUE 24,54 2 DTM + IDR
2 25
1 10
𝑘12 TUE 6,36 2 DTM + IDR
2 25
1 10
13 TUE 5,91 2 DTM + IDR
2 25
3 20𝑘
QD Distribuição 34 1 DPS + DTM
3 40

Os disjuntores dos circuitos terminais são monofásicos e o disjuntor do quadro de


distribuição é trifásico. No quadro de distribuição foi acrescentado 3 (três) disjuntores
(mínimo exigido por Norma) termomagnéticos de 10 [A] (2 de Categoria B e 1 de
Categoria A) a mais que o total de circuitos com o objetivo de servir de reserva.
Como a carga instalada é de 25.660 [W], o disjuntor do ramal de ligação é um
disjuntor termomagnético trifásico de 63 [A].

13. DIMENSIONAMENTO DO DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA


SOBRETENSÕES
Os dispositivos de proteção (DPS) devem ser instalados na origem da instalação
(painel geral de baixa tensão) e devem ser do tipo não curto-circuitante, constituídos por

20
pára-raios de resistência não linear ou por pára-raios de expulsão, instalados entre cada
fase e a barra BEP.
Os dispositivos de proteção primária devem possuir corrente nominal igual ou
superior a 10 [𝑘𝐴] (20 [𝑘𝐴] em áreas críticas, com elevada exposição a raios) com
máxima tensão residual de 700 [𝑉] (valor de pico). São as seguintes tensões nominais:
𝑉𝑛 > 175𝑉 – para tensões fase-terra < 127𝑉; e 𝑉𝑛 > 280𝑉 – para tensões fase-terra <
220𝑉.
A NBR 5410/04 indica as condições e obrigatoriedade de uso do DPS em seu Item
5.4.2. Da Norma, tem-se:
"As pessoas, os animais domésticos e os bens devem ser protegidos contra as
consequências prejudiciais devidas a uma falta elétricas entre partes vivas de circuitos
com tensões nominais diferentes e a outras causas que possam resultar em sobretensões
(fenômenos atmosféricos, sobretensões de manobra, etc.)."
Os DPS devem atender à IEC 61643-1 e serem selecionados minimamente com
base nas seguintes características: nível de proteção, máxima tensão de operação
contínua, suportabilidade a sobretensões temporárias, corrente nominal de descarga e/ou
corrente de impulso e suportabilidade à corrente de curto-circuito. Além disso, quando
utilizados em mais de um ponto da instalação (em cascata), os DPS devem ser
selecionados levando em conta também sua coordenação.
Da Tabela 4.9 do livro “Instalações Elétricas, Hélio Creder, 16ª edição”, tem-se:
DPS UNIC (corrente nominal de descarga = 20 [𝑘𝐴], corrente máxima de descarga =
45 [𝑘𝐴], nível de proteção por corrente nominal = 1,5 [𝑘𝑉], modelo = 610003). A
corrente nominal escolhida do DPS foi de 20 [𝑘𝐴], visto que o Brasil é o país com
maior incidência de raios do mundo.
A linha elétrica de energia que chega à edificação inclui neutro, portanto o esquema
de conexão a ser adotado é o esquema 1 descrito na NBR 5410/04:
“Os DPS devem ser ligados: a cada condutor de fase de um lado e ao BEP ou à barra
PE do quadro de outro.”

14. DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DOS ELETRODUTOS

O dimensionamento da seção dos eletrodutos pode ser feito de três formas. São elas:
Critério da seção técnica, Critério da capacidade de condução de corrente e Critério da

21
queda de tensão. Para este projeto, serão considerados os dois primeiros critérios, visto
que o terceiro é mais utilizado em aplicações industriais.
O Critério da seção térmica estabelece a seção de 1,5m [m²] para condutores
correspondentes a circuito de Iluminação e seção de 2,5 [mm²] para condutores
correspondentes a circuito de Força. Conforme a Tabela 17.

Tabela 17 – Critério da seção mínima segundo a NBR5410/04

Seção Mínima de Condutores


Tipo de Circuito Seção Mínima [mm²]
Iluminação 1,5
Força 2,5

A Tabela 18 (retirada de “Instalações Elétricas Residenciais” – Prysmian,


dezembro de 2006, página 97) é a forma de definir a seção dos condutores pelo Critério
de Capacidade de Condução de Corrente, que é feita através do número de circuitos
agrupados e pela Corrente Nominal do Disjuntor:

Tabela 18 – Critério de condução de corrente

Seção dos Corrente nominal do disjuntor [A]


Condutores 1 circuito por 2 circuitos por 3 circuitos por 4 circuitos por
[mm²] eletroduto eletroduto eletroduto eletroduto
1,5 15 10 10 10
2,5 20 15 15 15
4 30 25 20 20
6 40 30 25 25
10 50 40 40 35
16 70 60 50 40
25 100 70 70 60
35 125 100 70 70

22
Tabela 19 – Critério da capacidade de condução técnica e critério da seção técnica

Valor da seção dos


Circuito Valor da seção dos
condutores – critério da
condutores – critério da
capacidade de condução
Número Tipo seção técnica [mm²]
técnica [mm²]
1 Iluminação 1,5 1,5
2 Iluminação 1,5 1,5
3 Força [TUG] 2,5 2,5
4 Força [TUG] 1,5 2,5
5 Força [TUG] 1,5 2,5
6 Força [TUE] 1,5 2,5
7 Força [TUE] 4,0 2,5
8 Força [TUE] 1,5 2,5
9 Força [TUE] 1,5 2,5
10 Força [TUE] 4,0 2,5
11 Força [TUE] 4,0 2,5
12 Força [TUE] 1,5 2,5
13 Força [TUE] 1,5 2,5
Quadro de Força
6,0 2,5
distribuição [Distribuição]

Podemos unir os valores adequados de cada circuito (critério da capacidade de


condução técnica) com os valores mínimos exigidos por norma NBR 5410/04 (critério
da seção técnica) em apenas uma tabela, para assim escolher qual dos valores serão
utilizados, tendo em vista que deverá ser o maior valor encontrado através dos dois
critérios utilizados. Por exemplo, o circuito 4, tem 8,63 [A] e 3 circuitos agrupados, pelo
critério da capacidade de condução técnica a seção adequada a este circuito é de 1,5
[mm²], no entanto, pelo critério da seção técnica, é 2,5 [mm²]. Logo o valor escolhido
da seção deve ser o maior entre as duas análises, ou seja, 2,5 [mm²]. De maneira geral, é
feita a interseção entre os dois critérios, de forma a privilegiar os valores de seção mais
altos. Assim, tem-se a Tabela 20 abaixo.

23
Tabela 20 – Seção dos condutores adotados

Circuito Valor de seção dos condutores adotados

Número Tipo [mm²]

1 Iluminação 1,5
2 Iluminação 1,5
3 Força [TUG] 2,5
4 Força [TUG] 2,5
5 Força [TUG] 2,5
6 Força [TUE] 2,5
7 Força [TUE] 4,0
8 Força [TUE] 2,5
9 Força [TUE] 2,5
10 Força [TUE] 4,0
11 Força [TUE] 4,0
12 Força [TUE] 2,5
13 Força [TUE] 2,5
Quadro de Força
6,0
distribuição [Distribuição]

15. DIMENSIONAMENTO DO TAMANHO NOMINAL DOS


ELETRODUTOS

O tamanho dos eletrodutos devem ser tais que os condutores possam ser facilmente
instalados ou retirados. A NBR5410 exige que os condutores ocupem no máximo 40%
da área útil dos eletrodutos.

Figura 1 - Detalhe Interno dos Eletrodutos

24
Considerando a exigência da norma, existe uma tabela que fornece diretamente o
tamanho dos eletrodutos.

Tabela 21 – Tamanho nominal dos eletrodutos

Número de condutores no eletroduto


Seção Nominal [mm²] 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tamanho nominal do eletroduto [mm]
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25 25 32 32 40 40 40 50 50 50
35 25 32 40 40 50 50 50 50 60

O procedimento para escolha do eletroduto é o que segue:


 Verificar o trecho onde se localiza o eletroduto;
 Contar o número de condutores no trecho;
 Verificar qual a maior seção dentre os condutores que passam por esse trecho;
 Verificar na Tabela 21 acima qual o eletroduto equivalente.

Por exemplo, em um eletroduto com 7 condutores de 1,5 [mm²] e 2,5 [mm²], a


maior seção é de 2,5 [mm²] e então o eletroduto deve ter diâmetro de 20 [mm]. O
diâmetro dos eletrodutos é especificado na planta baixa.

Figura 2 – Exemplo de uma ramificação do eletroduto

25
16. ISOLAÇÃO

A isolação dos condutores de cobre é em PVC: temperatura de serviço de 70 °C e a


maneira de instalar: condutores isolados em eletrodutos embutidos na alvenaria – B1.

26
17. QUADRO RESUMO DO PROJETO
Tabela 22 – Quadro de distribuição de cargas
Circuito Potência Proteção

dos condutores
Nº de circuitos
agrupados
Corrente
Tensão

Número de
[mm²]
Seção

Corrente
[A]

nominal
[V]
Local Quantidade

polos
Total
[VA]

Tipo
Número Tipo e
Potência

Sala 1𝑥280
Dormitório 1 1𝑥100 DTM + 1 10
1 Iluminação 220 640 2,91 3 1,5
Área de Serviço 1𝑥160 IDR 2 25
Hall 1𝑥100

Cozinha 1𝑥100
Banheiro 1 1𝑥100 DTM + 1 10
2 Iluminação 220 460 2,1 3 1,5
Banheiro 2 1𝑥100 IDR 2 25
Dormitório 2 1𝑥160

Sala 1𝑥280
Hall 1𝑥100
Dormitório 1 1𝑥100 DTM + 1 10
3 TUG 220 2300 10,45 3 2,5
Dormitório 2 1𝑥160 IDR 2 25
Banheiro 1 1𝑥100
Banheiro 2 1𝑥100

3𝑥600 DTM + 1 10
4 TUG 220 Cozinha 1900 8,63 3 2,5
+ 1𝑥100 IDR 2 25

3𝑥600 DTM + 1 10
5 TUG 220 Área de serviço 1900 8,63 3 2,5
+ 1𝑥100 IDR 2 25

DTM + 1 10
6 TUE 220 Máquina de lavar 1𝑥1000 1000 4,54 2 2,5
IDR 2 25

DTM + 1 10
7 TUE 220 Secadora de roupa 1𝑥3500 3500 15,91 2 4
IDR 2 25

DTM + 1 10
8 TUE 220 Microondas 1𝑥1500 1500 6,82 2 2,5
IDR 2 25

DTM + 1 10
9 TUE 220 Computador 1𝑥180 180 6,82 2 2,5
IDR 2 25

Chuveiro elétrico DTM + 1 10


10 TUE 220 1𝑥5400 5400 24,54 2 4
[banheiro 1] IDR 2 25

Chuveiro elétrico DTM + 1 10


11 TUE 220 1𝑥5400 5400 24,54 2 4
[banheiro 2] IDR 2 25

Condicionador de ar DTM + 1 10
12 TUE 220 1𝑥1400 1400 6,36 2 2,5
[dormitório 1] IDR 2 25

Condicionador de ar DTM + 1 10
13 TUE 220 1𝑥1300 1300 5,91 2 2,5
[dormitório 2] IDR 2 25

Quadro de
DPS + 3 20𝑘
Distribuição 380 Distribuição 22371 22371 34 1 6
DTM 3 40
Quadro Medidor

27
18. INSTALAÇÃO ELÉTRICA

28
19. QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

29
20. DIAGRAMA UNIFILAR

30

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