Anda di halaman 1dari 228

PROGRAMAÇÃO

11/04/18 QUARTA-FEIRA Responsável

8:30-9:00 Recepção e inscrições

Sérgio A.M. Carbonell


9:00-9:30 Abertura
Diretor Geral - IAC
Projeto “Nutrientes para a vida”
Divulgação à sociedade sobre os benefícios dos Heitor Cantarella
9:30-10:10
fertilizantes na produção de alimentos e combate à Centro de Solos - IAC
fome
Fertilizantes, sustentabilidade ambiental e economia
no uso da terra Antonio Roque Dechen
10:10-10:50
Importância dos fertilizantes para a produtividade Esalq - USP
agrícola e economia brasileira
Fontes de fertilizantes e consumo para as culturas de
José Francisco da Cunha
10:50-11:30 citros e café
agroPrecisa
Principais fontes de fertilizantes e eficiência no campo

11:30-12:00 Debate

12:00-13:30 Intervalo para o Almoço

Fundamentos e diagnóstico da fertilidade do solo José A. Quaggio


13:30-14:10
Correção da acidez e construção da fertilidade do solo Centro de Solos - IAC
Eficiência de uso de nutriente pelas plantas
Funções dos nutrientes nas plantas, métodos de Dirceu Mattos Jr.
14:10-14:50
diagnose e caracterização de sintomas de deficiência e Centro de Citricultura - IAC
excesso de nutrientes

14:50-15:20 Intervalo – Café e Suco

Micronutrientes em citros e café Rodrigo M. Boaretto


15:20-16:00
Importância dos micronutrientes e modos de aplicação Centro de Citricultura - IAC
Mudanças climáticas e estresse abiótico em plantas
Franz W.R. Hippler
16:00-16:40 Impactos na produtividade e mecanismos de mitigação
Centro de Citricultura - IAC
de estresses

16:20-17:30 Debate

17:30-20:00 RECEPÇÃO
12/04/18 QUINTA-FEIRA Responsável

Manejo da adubação do café


José Laércio Favarin
8:30-9:10 Nutrientes estratégicos e respostas à adubação para a
Esalq - USP
produção e qualidade do cafeeiro
Manejo da adubação dos citros
Dirceu Mattos Jr.
9:10-9:50 Nutrientes estratégicos e respostas à adubação para a
Centro de Citricultura - IAC
produção e qualidade dos citros

9:50-10:20 Intervalo – Café e Suco

Manejo da irrigação em citros e café


Rubens Duarte Coelho
10:20-11:00 Monitoramento, demanda hídrica e manejo de água
Esalq - USP
para altas produtividades
Avanços na fertirrigação de citros e café
José A. Quaggio
11:00-11:40 Manejo de nutrientes e da acidificação do solo nos
Centro de Solos - IAC
novos ambientes de produção

11:40-12:10 Debate

12:10-14:00 Intervalo para Almoço

Claudio Coelho
14:00-14:40 Qualidade de frutos cítricos para suco
Citrosuco S.A.
Carlos Brando
14:40-15:20 Qualidade do café e sustentabilidade da cafeicultura
P&A Marketing Internacional

15:20-16:10 Intervalo – Café e Suco

José A. Quaggio
16:10-16:50 Novas recomendações para Citros – Boletim 100
Centro de Solos - IAC
Roberto A. Thomaziello
16:50-17:30 Novas recomendações para Café – Boletim 100
Centro de Café - IAC

17:30-18:00 Considerações finais


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Projeto Nutrientes para a Vida:


Divulgação para a sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes
na produção de alimentos e combate à fome

Heitor Cantarella
Instituto Agronômico, Campinas

Grupo de Trabalho, da ANDA, que reúne cientistas, associações & empresas para divulgar o papel dos fertilizantes

www.nutrientesparaavida.org.br

História
• Constatação de que o público leigo desconhece os benefícios dos
fertilizantes.
• Segue modelo da NFL – Nutrients for Life Foundation.
• Formação da NPV - Grupo de Trabalho formado por cientistas,
pesquisadores, representantes de associações, sindicatos e
indústria de fertilizantes.

Nutrientes para a vida 1


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Parceria com a
Fundação
Nutrients for
Life (EUA)
NFL: inicio em
2004 e presente
também no
Canadá,
Colômbia e
México

Produção de alimentos & Fertilizantes

População mundial e projeções de


demanda de alimentos

 A população total deverá aumentar em cerca de 35% até


2050, dos atuais 6,9 bilhões para 9,3 bilhões (United States
Census Bureau).
 A produção de alimentos terá de aumentar em
aproximadamente 70% até 2050 (FAO).
 Outros agentes atuantes no processo serão:
• diminuição na força de trabalho rural;
• mercado provavelmente crescente de biocombustíveis
(etanol de celulose poderá modificar o cenário atual);
• mudança na dieta em países em desenvolvimento (base
grãos para base carne).

Nutrientes para a vida 2


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Mundo: aumento da demanda por


alimentos, fibras e energia

2007 2050 ∆%

Cereais (milhões t) 2.100 3.000 43

Carnes (milhões t) 228 463 103

População (bilhões de pessoas) 6,8 9,2 35

População urbana (bilhões de


3,32 6,44 94
pessoas)

• Adubos/Fertilizantes
–Fontes de nutrientes para as plantas
•E por extensão para homens e criações
–Não têm sucedâneos
•~5% da matéria seca vegetal é composta por
nutrientes minerais
–A produção vegetal, portanto, depende do
suprimento de nutrientes

A natureza dos fertilizantes

• Fontes de nutrientes
–Sem sucedâneos
–Componentes naturais e essenciais das plantas
• 5% da matéria seca dos vegetais são nutrientes minerais
–São fatores de aumento de produção
• Maioria dos outros insumos agrícolas visa proteger a produção pendente
• São provenientes do ar ou de depósitos minerais da natureza

Nutrientes para a vida 3


02/04/2018

NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Nutrientes para os seres humanos

• Minerais
• Compostos
orgânicos Grandes quantidades Elementos traço*
básicos Ca, K, P, Mg, Cl Mn, Fe, Mo, Cu, Zn
C, O, H, N B*, Ni*,
Na** Co, Si, As, Se, I, V,
Cr**

* Essencialidade de alguns elementos ainda a ser comprovada


** Não são essenciais para as plantas

Fixação do N2

Fritz Haber Carl Bosch


Prêmio Nobel em 1918 Prêmio Nobel em 1931

Primeiro reator de NH3:


Source: https://en.wikipedia.org/wiki/Haber_process
Ludwigshafen, Alemanha

“Qual é a mais importante invenção do século XX?


Aviões, energia nuclear, voos espaciais, televisão,
computadores serão as respostas mais comuns. Mas,
nenhum desses bate a síntese de amônia a partir de
seus elementos” (N2 e H2. Prof. Smil faz referência ao
processo Haber-Bosch)

“Sem amônia não haveria fertilizantes inorgânicos e o


mundo estaria faminto. De todas as maravilhas do
século, o processo Haber-Bosch fez a diferença para
nossa sobrevivência Sem este, quase 40% da população
do mundo não estaria aqui – e nossa dependência
apenas aumentará à medida que a população global
cresce de 6 para 10 bilhões de pessoas.”
Vaclav Smil

Nutrientes para a vida


4
02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Produção mundial de cerais e


consumo de fertilizantes: 1961-2011

Bruulsema et al, 2013

Área cultivada, produção de alimentos e


consumo de fertilizantes no Brasil: 1977 a 2017

Dados Aumento
2016/ em 40
2017 anos
Produção 239 Mt + 408%
de grãos
Fertilizan- 36 Mt + 385%
tes
Área 61 Mha +63%

Produtivi- 3,9 t/ha +211%


didade.

Fonte: ANDA/IBGE/CONAB (atualizado DRF & HC)

Exemplo de como fertilizante pode aumentar a


produtividade e a qualidade do alimento

Suprimento adequado de
adubo aumenta a produção
de trigo e o teor de proteína

Boschini et al. 2011 (R. Bras


Eng. Agr e Ambiental

Nutrientes para a vida 5


02/04/2018

NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Exemplo de caso: deficiência de Zn


em humanos
• Trabalho pioneiro de Ismail Çakmak demonstrando
que trigo cultivado em solos pobres em Zn na
Turquia levava à falta de Zn na população
–2 bilhões de pessoas sofrem com falta de Zn
• Dose mínima < 15 mg Zn/dia (Projeto Harvest Zinc)
• Solução Alexander von Humboldt
Award, 2014
–Biofortificação
–A mais prática, fácil e barata: adubar
as plantas com Zn

Agricultura: Importância e Imagem


A agricultura é uma das poucas atividades gerando
crescimento e renda no Brasil atualmente
Reconhecimento pelo papel na economia e negócios
Mas, imagem junto à população nem sempre é favorável
 Fazendeiro = rico
 Uso intensivo de agrotóxicos
Prejuízo ao meio ambiente
 Poluição
 Produtos contaminados

Agricultura: Importância e Imagem


A imagem afeta os mercados e negócios $$$
Produtos agrícolas sujeitos a intensa competição
Mercado Local, mas, principalmente internacional
Outros produtos procurando ocupar espaço:
Exemplo: isotônicos e refrigerantes vs suco de laranja
Chá vs Café
O Cafeicultor/Citricultor precisa conhecer os riscos ocultos ou
potenciais de seu negócio e se posicionar
Engajamento em atividades para informar o público leigo

Nutrientes para a vida 6


02/04/2018

NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Brasil: maior produtor e exportador


de café e citros
Consumo de águas aromatizadas e outros sucos avançam e tomam mercado do suco de laranja

O Brasil tem chances de colher uma grande safra de café em 2018, mas a exportação da commodity não deve se
recuperar...os estoques seguem enxutos e a competição no mercado internacional está cada vez mais acirrada para os
brasileiros, que também lidam com custos crescentes que reduzem sua competitividade.
Maior exportador global de café, o Brasil vem perdendo seu peso no comércio da commodity desde 2015
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1DT2I8-OBRBS

Eficiência de uso do N fertilizante:


Resultados com 15N

Dose média de N Eficiência de


Cultura Número de ensaios
aplicado recuperação
kg ha-1 N %
Milho 36 102 63
Arroz 307 113 44
Trigo 507 117 54
Média dos ensaios 850 51

Dobermann, 2005

Estimativas de consumo e exportação de


nutrientes pela colheita por culturas no Brasil no
período 2009-2012: o caso do café

Fonte: Cunha et al., 2014 (IPNI)

Nutrientes para a vida 7


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

O café parece ter baixa eficiência de


uso do nutrientes
• E daí?
• É só aplicar mais?
• É só problema de dinheiro
gasto com fertilizante?

Nutrientes e ambiente
Exemplos N e P
Eficiência de uso: ≤ 50%
Sujeitos a perdas
Excesso no ambiente = potencial poluidor

Eutroficação e hipoxia:
Golfo do México
Inglaterra
China
Não é problema
visível no Brasil
23

A discussão internacional sobre impactos


do excesso de nutrientes

Nutrientes para a vida 8


02/04/2018

NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Fertilizantes e gases de efeito estufa


• N: alto consumo de energia na fabricação (53
MJ/kg N; 1,400 m3/t NH3) e alto impacto ambiental
devido à emissão de N2O no campo
– 3.2 + 5.1 = 8.3 kg CO2eq/kg N
– Síntese da NH3: 2% da energia e 5% do gás natural
do mundo
• Agricultura: 80% do N2O (antropogênica)
• Fertilizantes: 18% dos GEE da agricultura e
2,5% dos GEE (antropogênico) totais.

Parlamento Europeu
examina proposta para
fortalecer o consumo de
produtos locais… Entre as
razões está diminuir a
pegada de C

Rotulação de pegada de C de suco de laranja

Nutrientes para a vida 9


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

“Carbon footprint”
1,04 kg CO2 eq. L-1

0,90 kg CO2 eq. L-1


1,44 kg CO2 eq. L-1
PepsiCo UK and Ireland (2008) = 1,1 kg CO2 eq. L-1;
Beccali et al. (2009) = 1,0 kg CO2 eq. L-1;
Dwivedi et al. (2012) = 0,84-0,95 kg CO2 eq. L-1;

No Brasil (Delta CO2 e CitrusBR) = 0,319 kg CO2 eq. L-1.


(Síntese Agropecuária; Lopes, 2011)

Estudo de caso:

Fertilizantes nitrogenados :
o Produção, transporte e aplicação

o Uso no solo → ↑N2O


298 x CO2

N2O = 26 % da pegada de C
(Beccali et al., 2009)

Fator de emissão N-N2O:


~ 1 % (IPCC,
2006)

Fertilizantes: 35 % Pegada C
Fonte: Martin (2009)

citrus belt
Área do estudo

Reginopolis-SP

Branco Perez Citrus

Projeto de MS de Acário A. Martins

Nutrientes para a vida


10
02/04/2018

NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Medições dos fluxos de GEEs

Citros fertirrigado
Duas fontes de N: nitrato de amônio e 123
nitrato de cálcio
Duas doses: 160 e 320 kg/ha

Gotejador e entre gotejadores Câmaras do carreador

Emissão acumulada anual de N2O no pomar de citros

Tratamentos Gotejador Entre gotejadores Total (1) FE (2)


-------- mg N-N2O m-2 ano-1 -------- g N-N2O ha-1 ano-1 %
Controle SI 123 ± 10 967 B (3) -
Controle CI 101 ± 10 125 ± 9 943 B -
NA160 395 ± 27 216 ± 13 1.404 A 0,29 A(3)
NA320 320 ± 22 253 ± 24 1.360 A 0,13 B
NC160 307 ± 30 252 ± 13 1.342 A 0,25 A
NC320 314 ± 20 226 ± 24 1.317 A 0,12 B
287 214 1.273 0,20 %

CONCLUSÕES

1. As emissões de N2O foram baixas na fase de produção de laranja sem


diferenças entre fontes ou doses de N.
Média = 0,20 % vs IPCC = 1 %
2. Pomares bem manejados, com altas produtividades e baixas emissões de N2O
podem significativamente contribuir para reduzir a pegada de C do suco de
laranja.
3. A participação dos fertilizantes e corretivos na pegada de C do suco de laranja
foi muito menor do que aqueles reportados na literatura e variou de 0,054 a
0,073 kg CO2 eq. L-1
4. Os cientistas brasileiros precisa se adiantar para obter dados locais e publicá-
los para evitar manipulações.

A.A. Martins, 2013

Nutrientes para a vida 11


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Por que Nutrientes


Para a Vida?

No Brasil, 85% das pessoas vivem


nas cidades

Formadores de opinião
Determinam tendências de mercado
Valorizam (des) marcas e setores da economia
É nossa obrigação informar

Imagem do Setor Agrícola

Nutrientes para a vida 12


02/04/2018

NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Imagem do Setor Agrícola

Imagem do Setor Agrícola, mas...

Pesquisa de Opinião

Nutrientes para a vida 13


02/04/2018

NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Posição da população em relação aos


fertilizantes

Missão

Esclarecer e informar a sociedade brasileira, com


base em estudos científicos, sobre a importância e os
benefícios dos fertilizantes na produção e qualidade
dos alimentos, bem como sobre sua utilização
adequada.

Nutrientes para a vida 14


02/04/2018

NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Valores
• Ética. Nossa conduta é fundamentada em princípios científicos.
• Educação. Nosso foco é educacional e esclarecedor.
• Comunicação. Utilizamos linguagem clara e simples acerca do
tema “fertilizantes” e suas variáveis.
• Responsabilidade. Temos compromisso e cuidado em relação
às informações veiculadas, bem como no tocante ao
tratamento dos grupos não simpatizantes com o tema.

Materiais informativos no site

 Internet
 Perfis nas redes sociais
 Monitoramento de rede

Faça parte desse desafio!


O Brasil precisa conhecer os
benefícios dos fertilizantes

Obrigado
Heitor Cantarella
Cantarella@iac.sp.gov.br

Nutrientes para a vida 15


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Importância dos fertilizantes para a


produtividade agrícola e economia
brasileira

Antonio Roque Dechen – ESALQ/USP


Fundação Agrisus
Conselho Científico de Agricultura Sustentável
Membro do Grupo Nutrientes Para a Vida

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Importância dos fertilizantes para a


produtividade agrícola e economia brasileira

Antonio Roque Dechen – ESALQ/USP


Fundação Agrisus
Conselho Científico de Agricultura Sustentável
Membro do Grupo Nutrientes Para a Vida
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

VIDEO : SOLO A FINA PELE DO PLANETA

Fertilizantes e sustentabilidade 1
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Diametro do planeta:
12.742 km,
ou seja
12.742.000 metros ou
127.420.000 cm .

Dentro desse escopo ,


os 30 cm superficiais
podem realmente ser
Considerados:

A Fina Pele do Planeta.

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Carvalho, L.C.C., 2015

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 2
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

”O Solo é a Pátria, cultivá-lo é


engrandecê-la” Arthur Torres Filho.
Revista O Solo, 8/10/1910, p.12

O solo é um bem ,que tomamos emprestado


dos nossos sucessores. Fernando Penteado Cardoso.
(Fundador e Patrono da Fundação Agrisus)
A. R. DECHEN

A NAÇÃO QUE DESTROI SEUS SOLOS


DESTROI A SI MESMA.
Franklin D. Roosevelt

O QUE NÓS FAZEMOS A TERRA,


NÓS FAZEMOS A NÓS MESMOS.
WENDELL BERRY

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

1987 – 100 ANOS DO IAC


------------------------------------------------------
Trabalho • Pesquisa • Desenvolvimento • Progresso • Dedicação • Apoio •
Seriedade • Profissionalismo • Aprendizado • Fé • Certeza • Cultivo • Expansão
• Vitória • Cultura • Campo • Produção •Feijão • Milho• Soja • Arroz • Alimento •
História • Trigo • Café • Terra • Evolução • Verde • Plantio • Colheita •
Tecnologia• Intercâmbio • Vigor • Imaginação • Solo • Vida • Ensino • Ciência
Compromisso • Benefício • Tradição • Luta • Agricultura • Genética • Natureza
• Conhecimento • Sabedoria • Riqueza • Saúde • Desafio • Solução • Verdade •
Empenho • Participação • Lealdade • Empreendimento • Sensibilidade •
Projetos • Idéias • Esperança • Futuro Ímpeto • Realização • Estímulo •
Prevenção • Afinco • Capacidade • Cooperação • Competência • Determinação
• Inteligência • Dignidade • Avanço •Aprimoramento • Gente •Renovação •
Lavoura • Oportunidades • Recursos • Qualidade • Safra • Sucesso • Confiança
• Fartura • Força • Administração • Seleção •Associação • Segurança • Lição •
Ecologia • Modelo • Cuidado • Companheiro • Avanço • Campinas inas • Brasil •
Legal • Maravilhoso • Parabéns

100 COMENTÁRIOS
--------------------------------------------------------
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 3
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

2018 - 131 ANOS DO IAC


--------------------------------------------------------
Agricultura de Precisão • Instrumentação • Automoção
• Plantio Direto • Certificação • Rastreabilidade •
Agronegócio • Agroenergia • OGM • Cultura de Tecidos •
Plasma • ILPF • Sustentabilidade • ISO-17025 •
Bioenergia • Resina • Poluição • Biotecnologia •
Nanotecnologia • Transgênicos • Ambiente • Premio IAC
• Pioneirismo • Drones • APTA • Bioinformática •
Fitorremediação • PÓS-GRADUAÇÃO • Substratos •
Hidroponia - Sustentabilidade • 1067 CULTIVARES
------------------------------------------------------------------------------------------------
--
131 COMENTÁRIOS
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Dos 1067 cultivares


147 são cultivares de citrus
(laranjas(38), limões, tangerinas(30), pomelos)

70 são cultivares de café

Tempo médio de desenvolvimento

Cafeeiro 20 a 30 anos

Cana até 20 anos

Feijão 6 a 7 anos

Soja 8 a 10 anos
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Dados
2016/
2017
Aumento em
40 anos Área cultivada e
Produção de
grãos
239 Mt + 408% área poupada com o
Fertilizantes 36 Mt + 385% uso de tecnologia:
1977 a 2017
Área 61 Mha +63%
Produtivid. 3,9 t/ha +211%

NPV – SAA CAMARA SETORIAL FONTE: ANDA/IBGE/CONAB (ATUALIZADO DRF/HC)

Fertilizantes e sustentabilidade 4
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

COMPARADO COM A EUROPA O ENSINO E A


PESQUISA AGRONÔMICA NO BRASIL SÃO
MUITO JOVENS:
O IMPERADOR D. PEDRO II CRIOU

1. Imperial Instituto Bahiano de Agricultura


(1859)

2. Estação Agronômica de Campinas (1887)

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 5
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

3. Atribuições dos institutos:


Fundar escolas agrícolas, introduzir
máquinas e instrumentos agrícolas e
estudar, por meio de comissões técnicas, as
causas permanentes ou transitórias da
decadência da agricultura

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

1883: Fundação da Escola de Medicina


Veterinária e de Agricultura Prática (Pelotas),
1895 (1ª Turma).

1877: Escola Agrícola da Bahia

1900: Faculdade de Agronomia de


Porto Alegre (hoje UFRGS).

1901: Escola Agrícola Prática de Piracicaba.

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Entre os anos 1876 e 1883, foram


plantados 105 milhões de pés de
café na região de Campinas

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 6
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Primeiro Diretor do
Instituto Agronômico, 1887
FRANZ WILHELM DAFERT,
alemão, discípulo de Liebig

MISSÃO DE DAFERT:
GARANTIR A SUSTENTABILIDADE DA
AGRICULTURA PAULISTA

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

27 DE JUNHO DE 1887

FUNDAÇÃO DO INSTITUTO AGRONÔMICO

CAMPINAS, SP

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

LEI DO MÍNIMO

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 7
SOLO USO
ADOÇÃO
ANÁLISE
ANÁLISEDE
DESOLO
SOLOEEPLANTAS
PLANTAS

ADOÇÃO DE UM SISTEMA

DE
DE PRODUÇÃO ADEQUADO

PREPARO
DE PRODUÇÃO
NITROGÊNIO NITROGÊNIO

ANÁLISE DE
PREPARO
PREPAROADEQUADO
ADEQUADO DO SOLO
DO SOLO

UM
FÓSFORO FÓSFORO

PLANTAS
ESPAÇAMENTO E DENSDADE

E DENSIDADE
DENSIDADE

E ADEQUADO
ADEQUADOS
ADEQUADOS

DO SOLO
POTÁSSIO POTÁSSIO

E RESÍDUOS
CONTROLE
CÁLCIO CÁLCIO USO
USO ADEQUADO
ADEQUADODE DE FERTIZANTES
FERTIZANTES
EE RESÍDUOS
RESÍDUOSORGÂNICOS
ORGÂNICOS
MAGNÉSIO MAGNÉSIO

MANTER DEDE
MANTER
MANTERNÍVEL
NÍVELADEQUADO
ADEQUADODE
DE MO
MO

ADEQUADO
SISTEMA
ESPAÇAMENTO O
ENXOFRE ENXOFRE

ADEQUADO
ADEQUADO
E PLANTAS
BORO CONTROLE
CONTROLEDEDEDOENÇAS,
DOENÇAS,INSETOS
INSETOS
BORO EEPLANTAS
PLANTASDANINHAS
DANINHAS

ADEQUADOS DE
NUTRIENTES NUTRIENTES

DO
NUTRIENTES

NÍVEL
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ

ORGÂNICOS MO
USO
DE
CLORO CLORO
CONTROLE DE ALELOPATIA

DOENÇAS,

Fertilizantes e sustentabilidade
COBRE COBRE

SOLO
FERTILIZANTES
CONTROLE
DANINHAS
USO
USODE
DEROTAÇÃO
ROTAÇÃODE
DECULTURAS
CULTURAS
FERRO FERRO

MANEJO
E
EVITAR
ALELOPATIA
MANGANÊS MANGANÊS MANEJO
MANEJODA
DAACIDEZ
ACIDEZDO
DO

DE
SOLO
SOLOEESALINIDADE
SALINIDADE

DA
OU
MOLIBDÊNIO MOLIBDÊNIO EVITAR
EVITAR
OUOU
MINIMIZAR
MINIMIZAR

DO
DEINSETOS
CULTURAS
DEFICIÊNCIAS
DEFICIÊNCIAS
HÍDRICAS
HÍDRICAS

DEFICIÊNCIAS
NÍQUEL NÍQUEL

ROTAÇÃO
FATORES
FATORES SÓCIO-ECONÔMICOS
SÓCIO-ECONÔMICOS
ZINCO ZINCO
APROVEITAMENTO DO
APROVEITAMENTO DO POTENCIAL
POTENCIAL
GENÉTICO DAS PLANTAS
GENÉTICO DAS PLANTAS

ACIDEZ
FATORES
EROSÃO
CONTROLE
CONTROLE DA
DA EROSÃO
EROSÃO DO SOLO
DO SOLO

SALINIDADE

PRODUTIVIDADE SUSTENTÁVEL DE CULTURAS


OTIMIZAÇÃO DO USO EFICIENTE DE NUTRIENTES
PRODUTIVIDADE SUSTENTÁVEL DE CULTURAS E

MINIMIZAR

E OTIMIZAÇÃO DO USO EFICIENTE DE NUTRIENTES


SÓCIO-ECONÔMICOS HÍDRICAS
POTENCIAL
APROVEITAMENTO
CONTROLE DE

Lucio Symphronio – SVPGRAF – ESALQ/USP Lucio Symphronio – SVPGRAF – ESALQ/USP

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN
GENÉTICO DAS PLANTAS
DO SOLO

Lucio Symphronio – SVPGRAF – ESALQ/USP

8
IAC 2018
NITROGÊNIO NITROGÊNIO NITROGÊNIO
FÓSFORO FÓSFORO FÓSFORO
POTÁSSIO POTÁSSIO POTÁSSIO
CÁLCIO CÁLCIO CÁLCIO
MAGNÉSIO MAGNÉSIO MAGNÉSIO
ENXOFRE ENXOFRE ENXOFRE
BORO BORO BORO

NUTRIENTES NUTRIENTES NUTRIENTES


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ

CLORO CLORO CLORO

Fertilizantes e sustentabilidade
COBRE COBRE COBRE
FERRO FERRO FERRO
MANGANÊS MANGANÊS MANGANÊS
MOLIBDÊNIO MOLIBDÊNIO MOLIBDÊNIO
NÍQUEL NÍQUEL NÍQUEL
ZINCO ZINCO ZINCO

Lucio Symphronio – SVPGRAF – ESALQ/USP Lucio Symphronio – SVPGRAF – ESALQ/USP Lucio Symphronio – SVPGRAF – ESALQ/USP

9
IAC 2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

PRODUTIVIDADE SUSTENTÁVEL DE CULTURAS


E OTIMIZAÇÃO DO USO EFICIENTE DE NUTRIENTES
NITROGÊNIO

NUTRIENTES

MOLIBDÊNIO
MANGANÊS
FÓSFORO
POTÁSSIO

NÍQUEL
ZINCO
MAGNÉSIO
ENXOFRE
CÁLCIO

FERRO
COBRE
CLORO
BORO

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

NUTRIENTE NA
SOLUÇÃO DO
SOLO
E
EM CONTACTO
COM O SISTEMA
RADICULAR ESLQ
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN
LSO

ANÁLISE DE ESPAÇAMENO
ADOÇÃO DE UM PREPARO E DENSIDADE
SOLO E SISTEMA DE ADEQUADO ADEQUADOS
PLANTAS PRODUÇÃO
DO SOLO
ADEQUADO
USO ADEQUADO DE
APROVEITAMENTO DO RESÍDUOS
ORGÂNICOS E
POTENCIAL GENÉTICO FERTILIZANTES
DAS PLANTAS INORGÂNICOS
SISTEMA
FATORES SÓCIO-
ECONÔMICOS INTEGRADO DE MANTER NÍVEL
ADEQUADO DE MO
FAVORÁVEIS PARA O
PRODUTOR MANEJO DE
EVITAR OU
MINIMIZAR
NUTRIENTES NA CONTROLE DA
DEFICIÊNCIAS
HÍDRICAS
PLANTA EROSÃO DO
SOLO

MANEJO DA
ACIDEZ DO
SOLO E
SALINIDADE CONTROLE DE CONTROLE DE
USO DE ROTAÇÃO ALELOPATIA DOENÇAS,
DE CULTURAS INSETOS E
PLANTAS
DANINHAS

PRODUTIVIDADE SUSTENTÁVEL DE CULTURAS E


OTIMIZAÇÃO DO USO EFICIENTE DE NUTRIENTES
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 10
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

PRODUTIVIDADE
SUSTENTÁVEL
DE CULTURAS E
OTIMIZAÇÃO DO USO
EFICIENTE DE
NUTRIENTES
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Extensão Geográfica e as Principais Limitações para


as Regiões de Solos Ácidos, Inférteis na
América Tropical (Sanchez & Salinas, 1981)

LIMITAÇÕES MILHÕES ha % DA ÁREA TOTAL

FÍSICAS

Falta de Chuva (>3 meses) 299 29

QUÍMICAS

Deficiência de P 1002 96

Baixa CTC Efetiva 577 55

Deficiência de Zn 645 62

Alta Fixação de P 672 74

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Características Químicas de 518 Amostras de Solos


Sob Vegetação de Cerrado no Brasil (Lopes, 1975)

Característica Nível Abaixo do Nível


Química Crítico Crítico (%) (A)
PH (H2O) 5,0 48

Ca Troc. (meq/100 cc) 1,5 96

Mg Troc. (meq/100 cc) 0,5 90

Al Troc. (meq/100 cc) 0,25 91(B)

P Sol. (ppm)(C) 10 99

Zn Sol. (ppm)(C) 1,0 95

(A) De acordo com os laboratórios de análise de solos para Minas Gerais.


(B) % acima do nível crítico.
(C) Extraído por HCl 0,05 N + H2SO4 0,025 N.

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 11
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Produção de Grãos de Arroz (IAC 25), Zinco no Solo e na Folha,


em Função da Aplicação de Cobalto e Micronutrientes num
Latossolo Vermelho-Escuro Argiloso de Planaltina, (Galrão, 1984)

TRATAMENTOS GRÃOS SOLO(1) FOLHAS


(kg ha-1) (mg kg-1) (mg kg-1)
“Completo” 1.170 A 2,1 A 20,7 AB
Omissão de B 1.191 A 2,5 A 18,4 B
Omissão de Co 1.179 A 2,2 A 20,1 AB
Omissão de Cu 1.156 A 2,2 A 20,0 AB
Omissão de Fe 1.210 A 2,1 A 17,8 B
Omissão de Mn 1.196 A 2,3 A 23,0 A
Omissão de Mo 1.188 A 2,4 A 21,0 AB
Omissão de Zn
Cv(%) 22,7 16,0 12,3
(1) Extrator de Mehlich 1 (HCl 0,05 N + H 2 SO 4 0,025 N)

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Produção de Grãos de Arroz (IAC 25), Zinco no Solo e na Folha, em


Função da Aplicação de Cobalto e Micronutrientes num Latossolo
Vermelho-Escuro Argiloso de Planaltina, (Galrão, 1984)

TRATAMENTOS GRÃOS SOLO(1) FOLHAS


(kg ha-1) (mg kg-1) (mg kg-1)
“Completo” 1.170 A 2,1 A 20,7 AB
Omissão de B 1.191 A 2,5 A 18,4 B
Omissão de Co 1.179 A 2,2 A 20,1 AB
Omissão de Cu 1.156 A 2,2 A 20,0 AB
Omissão de Fe 1.210 A 2,1 A 17,8 B
Omissão de Mn 1.196 A 2,3 A 23,0 A
Omissão de Mo 1.188 A 2,4 A 21,0 AB
Omissão de Zn 118 B 0,4 B 7,6 C
Cv(%) 22,7 16,0 12,3
(1) Extrator de Mehlich 1 (HCl 0,05 N + H 2 SO 4 0,025 N)

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fornecimento de Zn – EDTA em Solo Calcário


Deficiente em Zn, Teor de Triptofano de Grãos de
Arroz (Singh, 1981)

Zinco Aplicado Teor de Triptofano


(mg kg-1 solo) (mg kg-1 MS)

0 830
5 1.476
10 2.011

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 12
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

CICLO
DE
PRODUÇÃO

37
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

DETALHES DE UM PELO RADICULAR ABSORVENDO


ÁGUA E NUTRIENTES DA SOLUÇÃO DO SOLO

ABSORÇÃO
DE ÁGUA E
NUTRIENTES

RAIZ

RADICELAS
AR

PARTÍCULAS
SOLUÇÃO DO SOLO
DO SOLO

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

ESQUEMA SIMPLIFICADO DA PRODUÇÃO DE SUBSTÂNCIAS


ORGÂNICAS NAS PLANTAS (BERGMANN & NEUBERT, 1976)
COMPONENTES DE TRANSFORMAÇÕES ACUMULADORES DE
FORMAÇÃO ENERGÉTICAS ENERGIA
(4% DA ENERGIA SOLAR É
APROVEITADA)
FATORES CLIMÁTICOS
TEMPERATURA
LUZ
OUTRAS RADIAÇÕES
CO2

FATORES
H 2O FOTOS-
SÍNTESE
DO SOLO REAÇÕES
REVERSÍVEIS
MINERAIS
SUBSTÂNCIAS
FÍSICOS
N, P, K,
Ca, Mg, S, POTENCIAL ORGÂNICAS
QUÍMICOS
B, Cl, Cu, GENÉTICO DAS
PLANTAS
BIOLÓGICOS Fe, Mn,
Mo, Zn, Ni
ENERGIA
RESPI- Tecidos de
MINERAIS H2O CO2
RAÇÃO Armazenamento

RETORNO POR VIAS


DIRETAS OU INDIRETAS

(Bergmann & Neubert, 1976),Modificado DEON, 2006


1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 13
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

SINTOMATOLOGIA
É CONSEQUÊNCIA:

ABSORÇÃO
TRANSPORTE
REDISTRIBUIÇÃO
FUNÇÕES

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

SOLUÇÃO
DO
SOLO
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN
SUBSTÂNCIAS
ACUMULADORES

ORGÂNICAS

Armazenamento
DE ENERGIA

Tecidos de
(4% DA ENERGIA SOLAR É
APROVEITADA)

REVERSÍVEIS
REAÇÕES
TRANSFORMAÇÕESÕES
ENERGÉTICAS

RAÇÃO
RESPI-
GENÉTICO DAS
POTENCIAL
SÍNTESE

PLANTAS
FOTOS-
OUTRAS RADIAÇÕES
TEMPERATURA

LUZ

ENERGIA

DIRETAS OU INDIRETAS
RETORNO POR VIAS
FATORES CLIMÁTICOS

MINERAIS

Ca, Mg, S,
COMPONENTES DE

Mo, Zn, Ni
BIOLÓGICOS B, Cl, Cu,

NUTRIENTE NA
Fe, Mn,
N, P, K,
CO2

H2 O

CO2
FORMAÇÃO

SOLUÇÃO DO
H2 O

SOLO E
QUÍMICOS
DO SOLO
FATORES

FÍSICOS

MINERAIS

NA FORMA
EM EM QUE É
ABSORVIDO

Fertilizantes e sustentabilidade 14
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

SUBSTÂNCIAS

Armazenamento
TRANSFORMAÇÕESÕ ACUMULADORES

ORGÂNICAS

Tecidos de
DE ENERGIA

(4% DA ENERGIA SOLAR É


APROVEITADA)

REVERSÍVE
REAÇÕES

IS
ES ENERGÉTICAS

RAÇÃO
RESPI-
DAS PLANTAS
POTENCIAL
GENÉTICO
SÍNTESE
FOTOS-
OUTRAS RADIAÇÕES
TEMPERATURA
LUZ

DIRETAS OU INDIRETAS
ENERGIA

RETORNO POR VIAS


MINERAIS

Ca, Mg, S,

Mo, Zn, Ni
B, Cl, Cu,

MINERAIS H2O CO2


CO2

H 2O

Fe, Mn,
N, P, K,
COMPONENTES
DE FORMAÇÃO

SOLUÇÃO
CLIMÁTICOS
FATORES

DO
QUÍMICOS

BIOLÓGIC
DO SOLO
FATORES

FÍSICOS

OS

SOLO

SUSTENTABILIDADE

QUALIDADE
DOS PRODUTOS

PRODUTIVIDADE

NUTRIÇÃO
MINERAL DE
PLANTAS

A. R. DECHEN

Bioquímica Vegetal
Sistema complexo de reações
nas quais os elementos minerais
são essenciais:
• Participam da composição,
regulação e catálise;
• de tecidos, reações e produtos

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 15
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Bioquímica Vegetal
• Problemas na nutrição mineral
provocam reação em cadeia de
prejuízos ao funcionamento do
vegetal:

• Manifestação de sintomas
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Bioquímica Vegetal
• Um exemplo:
nutrientes nas
reações da
fotossíntese

Luz H2O CO2 N, Fe, Mg

NADP+ Protoheme
ADP Fe-N
C.
Calvin
ATP
N, Fe
NADPH
N, Cu
Complexo de
O2 CH2O N, Fe
citocromo
Luz PSII Luz PSI
Mn, Zn,
Estroma
Cl, Ca NADP
Pheo +2H+ Fd redutase

Pq NADPH + 2H+
Pc CO2
Membrana do
tilacóide
H 2O
O2
+2H+ C. Calvin
Lume

CH2O
N, Mg ATP
sintase ADP
K, Mg, P
ATP
H+

Fertilizantes e sustentabilidade 16
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Ondino Cleante Bataglia

DRIS
SISTEMA INTEGRADO DE DIAGNOSE E RECOMENDAÇÃO
BEAUFILS, 1973 - África do Sul

SIMM
SISTEMA INTEGRADO DE MONITORAMENTO E MANEJO
MEDINA et al., 2007 - Brasil

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Ondino Cleante Bataglia

DRIS
DRIS

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Ondino Cleante Bataglia


Produtividade
e
Qualidade

Resposta
da Tratamento
planta foliar

Condições Resposta Práticas


climáticas do solo culturais

Tratamento do Propriedades
solo do solo
Fonte: Beaufils (1973)
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 17
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Ondino Cleante Bataglia

Atenção !!
• A sustentação da produtividade e a qualidade
dos frutos dependem do fornecimento
adequado de água, luz e nutrientes ao longo dos
anos !!

• Cada caixa de laranja exporta muitos nutrientes


(Ex: Nitrogênio 90 g; Potássio, 80g)

• A eficiência e economia dos pomares


dependerão de como tratamos o solo e a planta
ao longo do tempo

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Ex: Absorção de água e nutrientes pela planta em solo úmido

Camada Superior: Boa


concentração de P, K,
Ca, Mg e B

Camada Inferior: Baixa concentração


de P, K, Ca, Mg e B

x
Absorção de água e nutrientes em solo
parcialmente úmido com gradiente químico

Camada Superior Boa


concentração de P, K,
Ca, B e Zn

Camada Inferior. Baixa Frutos pequenos


concentração de P, K, Ca, B ou Zn Aborto de flores, etc.

Fertilizantes e sustentabilidade 18
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Extração de Água e Nutrientes

A profundidade e distribuição das raízes


determina a capacidade da planta em
explorar os recursos que existem no
solo
Ondino Cleante Bataglia

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Eficiência na adubação é influenciada pela


densidade e distribuição das raízes !!

Baixo Alto
aproveitamento aproveitamento

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Métodos SIMM
SISTEMA INTEGRADO DE MONITORAMENTO E MANEJO

1- Análises de solo não convencionais

Químicas: Alumínio, Enxofre, Boro e Zinco


(Rotina).

2- Física: Concentração de Argila,


exame de camadas adensadas

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 19
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Conceito SIMM

A profundidade efetiva das raízes é


possível de ser alterada

Para tanto, é necessário atuar sobre


impedimentos, químicos, físicos e
biológicos que impedem o
desenvolvimento do sistema radicular

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Vigor da Copa

Planta Forte pode ter


Raiz Forte !!

Valência / Swingle 6 anos de idade

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Progressos na Agricultura Brasileira


nos últimos 50 anos

Revolução Verde – Norman Borlaug

Integração Lavoura x Pecuária x Floresta

Plantio Direto

Agroenergia

1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 20
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS REAIS DA CESTA BÁSICA NA


CIDADE DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE JANEIRO DE 1975
A ABRIL DE 2010

Fonte: dados do DIEESE (2010)


1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

População Rural e Urbana no Brasil


1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Plantio Direto na Palha


A prática teve início no Brasil em 1972/73, quando foram plantados 180 ha.
milhões ha

Sequestro de C
0,5 t / ha / ano
Anual:~ 13 milhões de t de
C

Benefícios da Prática:
* Diminui o número de operações com máquinas * Reduz o consumo de óleo diesel
* Viabilizou a 2ª safra de verão (safrinha) * Melhora o planejamento da lavoura
Fonte: FEBRAPDP – Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha Elaboração: GV Agro
Fonte: FEBRAPDP – Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha Elaboração: GV Agro

Fertilizantes e sustentabilidade 21
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Dados
2016/
2017
Aumento em
40 anos Área cultivada e
Produção de
grãos
239 Mt + 408% área poupada com o
Fertilizantes 36 Mt + 385% uso de tecnologia:
1977 a 2017
Área 61 Mha +63%
Produtivid. 3,9 t/ha +211%

NPV – SAA CAMARA SETORIAL FONTE: ANDA/IBGE/CONAB (ATUALIZADO DRF/HC)

”O Solo é a Pátria,cultivá-lo
é engrandecê-la”
Arthur Torres Filho

A. R. DECHEN

”O Solo é a Pátria,
cultivá-lo e conservá-lo
é engrandecê-la
e garante a
sustentabilidade
e a vida
Arthur Torres Filho
Revista O SOLO, 1910
A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 22
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

?
COMO SERÁ

A AGRICULTURA NO FUTURO !!!!!!


SÓ SERÁ POSSIVEL SE TIVERMOS
O SOLO COMO MEIO SUSTENTÁVEL
PARA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS,
FIBRAS E ENERGIA,

COM SUSTENTABILIDADE.
Carvalho, L.C. C. 2015

COMPONENTES DE FORMAÇÃO TRANSFORMAÇÕES ENERGÉTICAS ACUMULADORES DE


ENERGIA
(4% DA ENERGIA SOLAR É
APROVEITADA)
FATORES CLIMÁTICOS

CO2

FATORES H2O FOTO-


SUBSTÂNCIAS
SINTESE REAÇÕES
DO SOLO REVERSÍVEIS
MINERAIS
FÍSICOS ORGÂNICAS
N, P, K,
Ca, Mg, S,
QUÍMICOS
B, Cl, Cu,
BIOLÓGICOS Fe, Mn,
Mo, Zn, Ni

MINERAIS
H2O CO2 ENERGIA
RESPI- Tecidos de
RAÇÃO Armazenamento

Nutrientes
Sustentabilidade
Qualidade

“A Agricultura é uma
Ciência e uma Arte”
Liebig, 1840

A Agricultura e a pesquisa
tem que avançar.
Paulinelli, 2015

O FUTURO DEPENDE DA CIÊNCIA


1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 23
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Norman Borlaug

Prêmio Nobel da Paz


1970

Pai da
Revolução Verde
1914 a 12-09-2009
Sem Fertilizantes o Jogo Acabou
1914 a 12/9/2009
1 SIMPÓSSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – IAC – Campinas 11 e 12 de abril de 2018 – A. R. DECHEN

EDITORIAL DA FOLHA DE SÃO PAULO 2 DE AGOSTO DE 2015

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO – NUTRICÃO MINERAL DE PLANTAS – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 24
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

QUANDO A GENTE PENSA


QUE SABE TODAS AS
RESPOSTAS
VEM A VIDA
E MUDA TODAS AS
PERGUNTAS..
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO – NUTRICÃO MINERAL DE PLANTAS – A. R. DECHEN

Fertilizantes e sustentabilidade 25
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

FONTES DE FERTILIZANTES E CONSUMO


PARA AS CULTURAS DE CITROS E CAFÉ

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP.

Instituto Agronômico de Campinas, 11 e 12 de abril de 2018

ADUBO É TUDO IGUAL!


•Essa é uma afirmação ouvida muitas vezes, principalmente
quando o vendedor não tem muito a oferecer e usa apenas
argumentos como preço ou a relação pessoal

•Vamos conhecer melhor as características dos fertilizantes

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Um pouco de história:
A produção de fertilizantes teve início em 1840 a
partir da solubilização de ossos com ácidos.

No século 20 houve um grande avanço após a


síntese de amônia em 1908.

Entre 1930 e 1960 pesquisas do TVA (Tennessee


Valley Authority’s) desenvolveram fertilizantes
concentrados e de custo mais baixo

Apesar de decorrido muito tempo, estes processos


de produção de fertilizantes continuam sendo a
forma mais eficaz e econômica de obter os
nutrientes necessários para a adubação eficiente
e equilibrada.

O fluxograma ao lado mostra de forma


simplificada os principais processos de obtenção
da maioria dos fertilizantes disponíveis.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 1
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Nem todo • Produtos similares podem ter


fertilizante é igual diferenças de:
Apesar do processo genérico de
• Qualidade física como dureza,
obtenção da maioria dos fertilizantes ser granulometria e uniformidade
o mesmo, existem muitas diferenças • Matérias-primas com características
entre fertilizantes.
diferentes
Produtos granulados são mais uniformes
e de melhor qualidade de aplicação do • Composição química dos nutrientes
que misturas de fertilizantes.
• Tratamentos com diferentes
Um mesmo produto pode ter níveis de
nutrientes diferente como Enxofre por finalidades
exemplo
• Fornecer outros nutrientes como
Outras diferenças são destacadas ao lado
Cálcio e Enxofre por exemplo

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

• 46% de Nitrogênio (amídico)


UREIA • Teor mínimo de 45% de N.
Será transformada no solo pela uréase em amônia e
fica sujeita a perdas que podem variar de 0 (zero) a
80% em função das condições da aplicação.
• R$1.345,00/t
A perda pode ser evitada:
• Aplicação enterrada à pelo menos 5 cm.
• Aplicação deve ser realizada antecipadamente a • R$29,24/pt% de N ou R$2,92
ocorrência de pelo menos 20 mm de chuva ou de
irrigação para que a ureia seja infiltrada e as
por kg de N
transformações ocorram abaixo da superfície

A Ureia é um produto uniforme e que permite boa


• Se for considerado uma perda
distribuição se apresentar-se em boas condições média de 20%, o custo médio
físicas
Na forma Prill os grânulos são menores
poderia ser considerado de
Granulada: os grãos são maiores R$36,55/pt%
José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

NITRATO DE
AMÔNIO • 34% de Nitrogênio (50% amoniacal
e 50% nítrico).
Nitrogênio em duas formas químicas: amoniacal e
que no solo pode ser absorvido ou transformado em
nitrato e nitrato de absorção mais rápida.
• Teor mínimo de 32% de N.
Não deve ser aplicado após a aplicação de calcário
na superfície
• R$1.074,00/t
Produto higroscópico e sujeito a esfarelamento

• Custo do N: R$31,59/pt% de N
Devido a necessidade do controle do seu comércio, o
produto pode ser encontrado como complexos do
tipo 33-03-00, 30-03-03 ou outras similares
chamadas de estabilizadas.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 2
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

NITRATO DE • 27% de Nitrogênio (50% amoniacal


AMÔNIO e CÁLCIO e 50% nítrico).
• Mínimo de 20% de N.
O Nitrato de Amônio é granulado com calcário para
se obter maior resistência física e estabilidade dos
grânulos • Avaliar o custo comparativo com o
Nitrato de Amônio e a Ureia.
Não deve ser aplicado após a aplicação de calcário
na superfície
• Como não há produção nacional, as
melhores condições de preços
devem ser mais próximas dos locais
Deve ser dada atenção ao teor de N do produto pois
é ampla a faixa de garantia: 20 a 27% de N
de importação

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

SULFATO DE • 21% de Nitrogênio (amoniacal)


AMÔNIO • Mínimo de 20% de N.
• 24% de Enxofre (sulfato)
Nitrogênio na forma amoniacal e que no solo • Mínimo de 22%.
pode ser absorvido ou transformado em nitrato

• R$954,00/t
Não deve ser aplicado após a aplicação de
calcário na superfície
• Considerando R$31,59/pt% de N, o
restante do valor refere-se ao valor
Existe uma grande diferença de preços entre as do Enxofre contido.
formas fareladas ou cristal e a forma granulada

• Valor do Enxofre: R$12,11/pt% de S.


O dose mais adequada deve ser determinada
pela necessidade de enxofre Obs.: com o N a R$29,24/pt (ureia) o valor do S sobe para
R$14,16/pt

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

• Nitrato de Cálcio, geralmente utilizado em


OUTROS fertirrigação ou necessidade de cálcio
solúvel.
FERTILIZANTES • Ureia - Sulfato de Amônio: alia os custos da
NITROGENADOS ureia com suprimento de Enxofre.
• Sulfonitrato de Amônio – alia as vantagens
Outros fertilizantes nitrogenados podem ser do Nitrato de Amônio com suprimento de
ofertados em alguns locais mediante a importação e
enxofre
diante das necessidades específicas das culturas e de • Ureia – enxofre: revestimento ou
vantagens que os produtos podem oferecer incorporação com enxofre elementar.
• Aduto de ureia neutro: granulação da ureia
solubilizada com sulfúrico e neutralizado
com calcário.
Deve ser dada atenção ao teor de N do produto pois
os produtos são oferecidos com ampla faixa de
garantias e ser avaliado o valor dos nutrientes • Avaliar o custo comparativo com o
contidos como Cálcio, Enxofre ou outro.
Nitrato de Amônio e a Ureia e a
valorização dos nutrientes contidos

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 3
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

SUPERFOSFATO • 46% de Fósforo – P2O5 solúvel em


TRIPLO CNA+água
• Mínimo de 41%. Teor solúvel em
água acima de 36% de P2O5.
Apesar de conter Cálcio, é praticamente uma fonte
destinada a fornecer fósforo.
• 12% de Cálcio – fosfato de cálcio
Geralmente é a opção mais apropriada somente se • Mínimo de 10%.
não for requerida adubação com Nitrogênio ou
Enxofre, casos em que outras fontes podem
apresentar uma soma para os custos dos nutrientes
mais favorável. • R$1.491,00/t

• R$32,41/pt% de P2O5, ou R$3,24


por kg de P2O5
José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

SUPERFOSFATO SIMPLES • Superfosfato Simples: teor mínimo de


e outros 18% de Fósforo – P2O5 solúvel em CNA+água
e deve possuir no mínimo 15% de P2O5
FOSFATOS ACIDULADOS solúvel em água. Enxofre mínimo de 8%. Teor
de Cálcio acima de 16%.
São os fertilizantes fosfatados de maior amplitude de
oferta no Brasil, com produção em diversos locais e • Fosfatos Acidulados Sulfúricos: teor
importação nos locais distantes das produções.
mínimo de 15% de Fósforo – P2O5 solúvel em
CNA+água e deve possuir no mínimo 60%
Podem ser considerados similares produtos deste teor solúvel em água. Enxofre mínimo
complexos de baixa concentração com garantias de 10%. Teor de Cálcio acima de 15%.
semelhantes como 00-20-00 por exemplo.
Apresentam como maior diferencial a presença de Como exemplo, um produto com 20%
enxofre que está na forma de sulfato de cálcio P2O5 sol. em CNA+água e 10% de S:
(gesso) e que tem o efeito nutricional como também
o papel de melhoria do perfil do solo em condições • R$1.017,00/t
de uso frequente ou em doses elevadas. • Considerando o valor do fósforo igual ao do
TSP (R$32,41/pt% de P2O5), o valor do Enxofre
Os teores de fósforo estão entre 18 e 21% e de (S) será de R$36,88/pt%.
enxofre entre 10 e 12%. Devido a variação dos teores • Considerando o valor do enxofre igual ao do
de P e de S, deve-se dar atenção para as garantias Sulfato de Amônio (R$12,11/pt% de S), o valor
oferecidas para avaliação adequada do custo. do Fósforo (P2O5) será de R$44,79/pt%.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

MAP e • MAP: 52% de Fósforo – P2O5 sol. em


CNA+água (mínimo de 48%) e 11% de N
DAP (com mínimo de 9%). Teor solúvel em
água acima de 44% de P2O5.
• DAP: 46% de Fósforo – P2O5 sol. em
CNA+água (mínimo de 45%) e 18% de N
Fornecem a maior quantidade de fósforo utilizada no (com mínimo de 17%). Teor solúvel em
Brasil e contém nitrogênio contribuindo na adubação água acima de 38% de P2O5.

• MAP 11-52-00: R$1.930,00/t


O DAP tem oferta mais frequente na região sul
devido ao uso em culturas de cereais como trigo, • Considerando o valor do N igual ao
cevada e milho. Nitrato de Amônio (R$31,59/pt% de N)
o custo médio do P2O5 será de
R$30,43/pt% ou R$3,04 por kg de P2O5
• Sem considerar o valor do N o custo
médio do P2O5 será de R$37,11/pt% ou
R$3,71 por kg de P2O5

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 4
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Complexos N-
N-P • 11-44-00
• 12-46-00 + S
Existem diversas variações de produtos complexos • 10-46-00 + S
com Nitrogênio e Fósforo e são alternativas
interessantes oferecidas por diversas empresas,
• 13-33-00 + S
Podem conter outros nutrientes como Enxofre e
micronutrientes que devem ser levados em
consideração para avaliar o custo do produto. • Avaliar o custo comparativo
com as fontes de fósforo e
Devido a variação dos teores de N e P, deve-
deve-se dar adicionando-se a valorização
atenção para as garantias do produto para avaliação
adequada do custo. de outros nutrientes contidos

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

FOSFATOS NATURAIS • Fosfato Natural: devem ser finamente moídos, passando pelo

e FOSFATOS NATURAIS menos 85% em #200 (0,075 mm). O teor mínimo de P2O5 Total é
de 5% e com 15% deste teor solúvel em ácido cítrico (AC).

REATIVOS Também fornecem Ca e geralmente um leve efeito corretivo.


• Podem apresentar custo baixo para o fosforo contido mas a oferta
é bastante limitada e o custo se eleva muito devido aos custos de
Os fosfatos naturais são produtos que sofreram frete.
apenas tratamentos físicos que podem ser desde a • O valor do fósforo contido pode ser equiparado a uma fração baixa
simples mineração ou resultado de concentração e em relação aos fosfatos solúveis – 30 a 50%
moagem das rochas fosfáticas.
Para se solubilizarem no solo precisam ser • Fosfato Natural Reativo: são fosfatos de origem sedimentar e
incorporados em solos com leve acidez. com substituições em sua estrutura que os tornam mais
solúveis. São extraídos em diversos locais sendo os mais comuns
Embora solos com acidez muito elevada acelerem a
o Fosfato de Bayovar (Sechura), Gafsa, Arad, Djebel Onk. O teor
solubilização, as reações de imobilização do fósforo
mínimo de P2O5 Total é de 27%, sendo pelo menos 30% do seu
solúvel também é mais intensa e por este motivo
teor total sol. em ácido cítrico (AC). Devem ter no mínimo 28%
desfavorável.
de Ca.
Mostram-se adequados para aplicações de correção • O seu custo tem um agravamento pelas despesas logísticas de
e com bons resultados em culturas com elevada portos e fretes para longas distâncias
capacidade de aproveitamento dó fósforo. • Como cada fosfato tem uma origem, teor e característica, a
avaliação deve ser específica de cada um.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

TERMOFOSFATO e • TERMOFOSFATO: o fosfato natural é fundido com minerais


FOSFATO CALCINADO contendo sílica e magnésio e submetido a esfriamento e
posterior moagem. É encontrado com garantias de 18% de
P2O5 Total, 16,5% em Ácido Cítrico, 7% de Mg, 18% de Ca e
10% de Silício (Si). Os fabricantes ainda podem oferecer
São fertilizantes submetidos a processos térmicos variações que contenham micronutrientes e/ou enxofre.
para favorecer a solubilização do fósforo.
• Devido aos custos energéticos e aos baixos teores de fósforo
Solos com acidez leve e a incorporação melhoram apresentam valor desvantajoso em comparação com as outras
a solubilização destes fosfatos. fontes de fósforo. Apresenta também oferta limitada, localizada e
O Termofosfato tem efeito corretivo da acidez, o pequena escala.
que favorece a disponibilidade do fósforo
solubilizado que também é favorecida pelo Sílicio.
• FOSFATO CALCINADO: há apenas uma produção no Brasil, no
Devido as características de solubilidade precisam
estado do Pará o que pode favorecer o seu uso mais próximo.
estar na forma de pó ou farelada.
É obtido a partir de um fosfato aluminoso, com processo
similar ao obtido no Senegal. O teor de P2O5 Total é de 23%,
com 20% solúvel em CNA+água.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 5
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Outros • Farinha de ossos: foi um fertilizante


fertilizantes importante no passado mas atualmente tem
produção limitada e seu uso é mais
fosfatados frequente na agricultura orgânica

• Fosfato decantado: tem baixo teor, sendo


Outras fontes de fertilizantes fosfatados podem ser obtido no processo de produção de ácido
oferecidas e devem ter sua viabilidade e eficiência fosfórico e pode alcançar condições
avaliadas e custos comparáveis aos fosfatos com competitivas à menores distâncias das fontes
desempenho conhecidos. produtoras.

• Fosfatos parcialmente acidulados: já foram


produzidos em condições de alto custo de
enxofre e visando o aproveitamento de
fosfatos de menor qualidade.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

CLORETO DE
POTÁSSIO • Cloreto de potássio: tem como teor padrão
internacionalmente 60% de Potássio – K2O
sol. em água. No Brasil passou a ser exigido
um teor mínimo de 50%.
• Tem 41% de Cloro (Cl) que é um
É a fonte mais abundante de potássio, e embora na micronutriente e é lavado com facilidade do
maior parte importado apresenta os menores custos perfil dos solos após as chuvas.
para o nutriente.

• R$1.421,00/t

• Custo de R$23,68/pt% de K2O ou R$2,37 por kg


de K2O

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

SULFATO DE POTÁSSIO, • Sulfato de potássio: tem como teor corrente


POLIHALITA, 50% de Potássio – K2O sol. em água e 18% de
S. Teor mínimo deve ser de 48% de K2O sol.
Outros POTÁSSICOS em água e 15% de S.
Sulfatos de potássio é um fertilizante de uso nobre e • Polihalita: é um mineral formado por
custos mais elevados e por isto geralmente é usado sulfatos de potássio, cálcio e magnésio,
em culturas com exigências especiais. sendo portanto uma fonte destes nutrientes.
Pode ser uma fonte competitiva para o
Minerais compostos de sulfatos de K, Mg e Ca, fornecimento de S e atender parte das
conhecidos como Polihalita pode ser encontrado necessidades de K, Mg e Ca. Pode ter teor de
mais recentemente e utilizado como fonte destes 19% de S, 14% de K2O, 12% de Ca e 3% de
nutrientes. Mg.
• Outros potássicos: produtos alternativos a
Alternativas de adubação com minerais contendo partir de rochas moídas podem ser
potássio, geralmente com teores baixos, devem ter a disponibilizados mas deve ser avaliada a sua
sua eficiência reconhecida e a viabilidade econômica
deve ser avaliada. viabilidade econômica e eficiência
relativamente às fontes reconhecidas.
José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 6
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Fertilizantes compostos • As mais diversas composições de N-P, N-K, P-


Fórmulas K, N-P-K , podem ser obtidas com os
fornecedores e contendo frequentemente
As necessidades dos nutrientes podem ser atendidas outros nutrientes como S e micros.
por fertilizantes compostos, balanceados e
equilibrados contendo os nutrientes que são • A composição de matérias-primas pode
necessários. variar para uma mesma fórmula, inclusive
Estes produtos correspondem a maior parte do com o uso de inertes ou óxidos de Ca/Mg
consumo de fertilizantes. com perdas de nutrientes como S e portanto
com menor valor.
A principal vantagem é a facilidade de combinação
dos teores dos nutrientes de acordo com as
• Avaliar o custo dos produtos
necessidades de cada cultura e região. comparativamente com as fontes primárias
dos nutrientes que são fornecidos nas
Geralmente são atendidos por misturas de grânulos
fórmulas e levando em conta a confiabilidade
mas também podem estar disponíveis como e praticidade do uso desta forma de
granulados, farelados ou mesmo pó. Cada um com adubação.
suas características, vantagens e custos.
José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

CÁLCIO,
• Calcários: apresentam teores variáveis de Ca
MAGNÉSIO e e Mg e são importantes pelo seu papel
ENXOFRE corretivo de acidez.
• Óxido de Magnésio: quando o fornecimento
de Mg for insuficiente pelas formas mais
O suprimento de Cálcio e Magnésio deve ser comuns, pode-se recorrer ao seu uso para
atendido preferencialmente pelo uso de calcário e atingir o nível de suprimento adequado de
pelo uso de fertilizantes que os contenham, assim Mg. Também é corretivo de acidez.
como o Enxofre.
• Gesso: é uma fonte importante para S e Ca.
Além de fornecer os nutrientes também é
Além destes fertilizantes, outras fontes podem ser utilizado como condicionador para melhorar
utilizadas com propósito de atender as necessidades o perfil dos solos.
destes nutrientes e deve ser avaliado quando é
necessário e econômico recorrer a estas fontes. • Enxofre: pode ser atendido pelas fontes
tradicionais citadas mas também é disponível
em suspensões e pastilhas degradáveis.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

• Sulfatos, cloretos e nitratos: são fontes de


custos mais altos e podem atender a
MICRONUTRIENTES adubação de Zn, Cu, Mn, Fe, Co e Ni.
• Mo pode ser atendido por óxidos e sais de
sódio, amônio ou potássio.
Em muitas situações a deficiência de micronutriente • Boro: as principais fontes são os minerais de
é evidente, sendo necessário mantê-los em nível boro. Também pode ser utilizado fontes de
adequado. Os micronutrientes são o Zinco (Zn), maior custo mas eficientes como o ácido
Cobre (Cu), Boro (B), Manganês (Mn), Ferro (Fe), bórico e diferentes boratos de sódio.
Molibdênio (Mo) e Cloro (Cl). Acrescente-se a este
grupo o Cobalto (Co), o Níquel (Ni) e o Silício (Si). • Óxidos e oxisulfatos: geralmente disponíveis
para Zn, Cu e Mn.
• Produtos com mais de um micronutriente:
Quando o fertilizante utilizado não possuir os empresas especializadas podem fornecer
micronutrientes em quantidades suficientes, a
adubação com estes elementos deve ser feita com
composições de micronutrientes ou estes
fontes e quantidades adequadas. podem ser adicionados ao fertilizante por
diferentes processos como misturas,
incorporação, revestimento como pó ou
líquido.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 7
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

FERTILIZANTES • Podem conter qualquer um dos nutrientes e


FOLIARES frequentemente estão disponíveis com mais
de um nutriente que são balanceados e
equilibrados para as condições das culturas e
Os nutrientes podem ser fornecidos com maior exigências locais.
aproveitamento e efeito mais rápido.

• As necessidades nutricionais devem indicar


Devem ser identificadas as principais carências ou os nutrientes, quantidades e frequência que
demandas que não estão atendidas pelo solo e pela devem ser utilizados.
adubação e que podem ser fator limitante ao
desenvolvimento das plantas
• Além de recomendações genéricas para
O uso de aplicações foliares tem sido sistemático em estas culturas, empresas especializadas
citros e café. possuem um direcionamento dos seus
produtos para atender a adubação foliar.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

FERTILIZANTES • Inibidores de uréase: para proteger a ureia de perdas por


volatilização podem ser usados inibidores da formação de
amônia sujeita a perda. Estes produtos inibem a uréase e
ESPECIAIS estendem o período sem perdas por alguns dias, em geral
em torno de 7. Podem ser substâncias como o NBPT ou
micronutrientes como o Cobre e Boro.

Não é uma categoria com características • Produtos com liberação lenta ou controlada: são eficientes
únicas e determinadas mas contempla em oferecer uma marcha de disponibilidade que atenda o
fertilizantes submetidos a tratamentos e crescimento das plantas mas tem a desvantagem de
adição de complementos com o propósito de apresentarem custos altos.
melhorar a eficiência e/ou desempenho das
culturas. • Extratos de algas: extraídos de diversas espécies de algas e
que podem proporcionara efeito estimulante.

Cabe a cada fornecedor destas alternativas


oferecer informações relevantes e confiáveis • Ácidos húmicos: extraídos por diferentes processos de
materiais orgânicos fósseis como a leonardita.
dos resultados esperados pelo uso destes
produtos
• Adição de substâncias com efeito estimulante ou tônico
para a melhoria do desempenho como extratos de plantas,
bioreguladores, aminoácidos, etc.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

FERTILIZANTES
ORGÂNICOS • Utilizados em altas dosagens podem ter
papel importante na melhoria de condições
Todo material orgânico disponível deve ser físicas e biológicas dos solos.
aproveitado, inclusive para evitar a deposição
inadequada destes resíduos e devem ser observadas
eventuais restrições ao seu uso. • Nem sempre estes fertilizantes apresentam
os nutrientes de forma equilibrada para as
Geralmente o conteúdo de nutrientes é muito baixo e condições de cada caso, ora com falta de
o valor contido em nutrientes é muito menor que o algum nutriente, ora com quantidades mais
equivalente em fertilizantes. elevadas que o necessário.

Os produtos podem ser enriquecidos com nutrientes • Em geral não são incorporados e a perda de
e evidentemente melhoram o seu potencial
fertilizante mas os custos adicionados são os mesmos nitrogênio também podem ocorrer.
dos nutrientes utilizados no enriquecimento.

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 8
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

FINALMENTE, ADUBO É TUDO IGUAL?


•Alguns exemplos das diferenças.....

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

CITROS
Fórmula tradicional 12-
12-06-
06-12 tem origem na época da
disponibilidade de fertilizantes de baixa concentração
12-06-12 kg/t
12-06-12 kg/t 12-06-12 kg/t
Sulfato de Amônio 575
Sulfato de Amônio 345 Nitrato de Amônio 325
FFB-20% 175
Nitrato de Amônio 155 MAP 115
MAP 50
FFB-20% 300 Cloreto de Potássio 95
Cloreto de Potássio 200
Cloreto de Potássio 200 Polisulfato 465
Valor R$ 1.107,00
Valor R$ 1.085,00 Valor R$ 1.018,00
Teor de Enxofre % 15,9
Teor de Enxofre % 11,8 Teor de Enxofre % 8,8

12-06-12 kg/t 12-06-12 kg/t


Nitrato de Amônio 325 Ureia 240
MAP 115 MAP 115
Cloreto de Potássio 200 Cloreto de Potássio 200
Carga 360 Carga 445
Valor R$ 974,00 Valor R$ 976,00
Teor de Enxofre % 0 Teor de Enxofre % 0

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

CITROS
Fórmula modernizada 19-19-10-
10-19 com a produção de
fertilizantes de alta concentração
19-10-19 kg/t
Nitrato de Amônio 460
DAP 220
Cloreto de Potássio 320
Valor R$ 1.368,00
Teor de Enxofre % 0

19-10-19 kg/t 19-10-19 kg/t 19-10-19 kg/t


Sulfato de Amônio 200 Ureia 375 Ureia 375
Ureia 285 MAP 195 MAP 195
MAP 195 Cloreto de Potássio 285 Cloreto de Potássio 320
Cloreto de Potássio 320 Polisulfato 145 Carga 110
Valor R$ 1.405,00 Valor R$ 1.383,00 Valor R$ 1.372,00
Teor de Enxofre % 4,8 Teor de Enxofre % 2,7 Teor de Enxofre % 0

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 9
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

CAFÉ
Fórmula modernizada 20-20-05-
05-20 com a produção de
fertilizantes de alta concentração
20-05-20 kg/t
Nitrato de Amônio 555
DAP 110
Cloreto de Potássio 335
Valor R$ 1.282,00
Teor de Enxofre % 0

20-05-20 kg/t 20-05-20 kg/t


Sulfato de Amônio 260 20-05-20 kg/t
Ureia 420 Ureia 420
Ureia 305 MAP 100
MAP 100 MAP 100
Cloreto de Potássio 290 Cloreto de Potássio 335
Cloreto de Potássio 335 Polisulfato 190
Valor R$ 1.327,00 Carga 145
Valor R$ 1.298,00 Valor R$ 1.282,00
Teor de Enxofre % 6,2 Teor de Enxofre % 3,6 Teor de Enxofre % 0

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

ADEQUADO
Os nutrientes necessários são definidos e a mistura é determinada
pela composição das matérias-
matérias-primas:
100 kg de N + 50 kg de P2O5 + 100 kg de K2O
kg kg
Nitrato de Amônio 270 Ureia 200
MAP 100 MAP 100
Cloreto de Potássio 170 Cloreto de Potássio 170
Valor R$ 725,00 Valor R$ 704,00
18,5-9,3-18,5 21,2-10,6-21,2

José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

ADAPTADO
Os nutrientes necessários são definidos e a mistura é determinada pela
composição das matérias-
matérias-primas:
100 kg de N + 50 kg de P2O5 + 100 kg de K2O + 30 kg de S

kg kg kg kg
Sulfato de Amônio 125 Sulfato de Amônio 125 Ureia 200 Nitrato de Amônio 270
Nitrato de Amônio 195 Ureia 145 MAP 100 MAP 100
MAP 100 MAP 100 Cloreto de Potássio 130 Cloreto de Potássio 130
Cloreto de Potássio 170 Cloreto de Potássio 170 Polisulfato 160 Polisulfato 160
Valor R$ 763,00 Valor R$ 749,00 Valor R$ 754,00 Valor R$ 775,00
16,9-8,5-16,9 + 5,1S 18,5-9,3-18,5 + 5,6S 16,9-8,5-16,9 + 5,1S 15,2-7,6-15,2 + 4,5S

ADUBO NÃO É TUDO IGUAL!


José Francisco da Cunha – Tec-fértil, Vinhedo/SP. 1º. Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café, IAC – Campinas - 2018

Fontes Fertilizantes 10
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

1º. Simpósio sobre avanços na nutrição de Citros e Café


Instituto Agronômico de Campinas- 2018

José Francisco da Cunha


FONTES DE FERTILIZANTES E cunha@agroprecisa.com.br
CONSUMO PARA AS CULTURAS DE
CITROS E CAFÉ Tec-fértil
Vinhedo/SP

Aviso: os valores aqui apresentados são estimados e não podemos estabelecer que sejam os custos apropriados para cada local e produtor.

Fontes Fertilizantes 11
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Fundamentos e diagnóstico da
fertilidade do solo para citros e café

Instituto Agronômico - IAC José A. Quaggio

Avaliação da disponibilidade de
nutrientes no solo

Necessidade de bom
diagnóstico!

Conceitos de acidez do solo e calagem

pH = - log (H+) acidez ativa

H + Al = acidez potencial

CTC = SB + H + Al3+

SB = Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+

V = 100 SB / CTC

m = 100 Al3+ / (Al3+ + SB)

Fundamentos da fertilidade do solo 1


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Solos com capacidade tampão diferentes

Dificuldades no diagnóstico da fertilidade do


solo em culturas perenes já formadas

Variabilidade em torno da linha de plantio:


horizontal e vertical;

Acidificação maior no local de aplicação de N;

Elevada acidificação no bulbo de molhamento


em culturas irrigadas e fertirrigadas

Efeitos da aplicação de 150 kg ha-1 de N durante


12 anos em cafezais

Fontes de N pH do Ca + Mg Al
solo
mmolc dm-3
Sem N 6,2 52 0
Nitrocálcio 5,0 22 0
Salitre Chile 5,8 21 0
Sulfato amônio 4,3 7 15
Uréia 4,4 12 9
Fonte: Moraes et al, (1976)

Fundamentos da fertilidade do solo 2


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Fósforo no solo de cafeeiro adensado em


dois locais de amostragem

40
P-RESINA, mg/dm 3

Saia
30
R2 = 0.99**

20

10
Rua
R2 = 0.96**
0
0 30 60 90
FÓSFORO APLICADO, kg/ha

Fonte: Gallo et al. (1999)

Correlações entre teor de Mg no solo


e folhas de laranjeira

5,0
Copa
Magnésio nas folhas, g/kg

4,0 Rua

3,0

2,0

1,0
R=0,20ns R = 0.72**
0,0
0,0 5,0 10,0 15,0 0,0 5,0 10,0 15,0

Fonte: Quaggio (1992)


Magnésio no solo, mmol c dm-3

Correlações entre notas


de deficiência e teor de
Mg solo, em dois locais
de amostragem

Fonte: Quaggio, 1992

Fundamentos da fertilidade do solo 3


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Resposta dos citros à calagem

Fonte: Quaggio. (1991)

Como coletar amostras de solo em


plantas perenes?

Avaliação da disponibilidade de
fósforo em solos tropicais

Fundamentos da fertilidade do solo 4


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Equilíbrio do
fósforo no solo e
extração por
resina

P-nlábil P-lábil P- solução P-raiz

P-nlábil P-lábil P- solução P-resina

Calibração de análises de solo para


fósforo e potássio para citros

Fonte: Quaggio et al. (2001)

Calibração de P no solo por por dois extratores


usados no Brasil, em 26 ensaios com algodão

120 120
110 110
P r o d u ç ã o r e la t iv a , %
P r o d u ç ã o r e la t iv a , %

100 100
90 90
80 Pr= 103.8 - 61.1 X-1 80 Pr = 1.05- 2.02 X-1
r = -0,70** r = -0.85**
70 70

60 60

50 50
0 20 40 60 0 40 80 120
-3
P H2SO4, mg dm-3 P- resina, mg dm

Fundamentos da fertilidade do solo 5


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Curvas de reposta dos citros à


potássio
20
M uito baixo
Aumento de produção, t/ha

15

10 Baixo

5 Mé dio

0
Alto

-5

-10
0 100 200 300
100
Fonte: Quaggio et al. (1998)

Curvas de reposta dos citros à fósforo

25
Aumento de produção, t/ha

20 Muito baixo

15

10 Baixo

5 Alto

0 M édio

-5
0 50 100 150

Fósforo, kg/ha
Fonte: Quaggio et al. (1998)

Curvas de reposta dos citros à nitrogênio

15
N=23
Aumento de produção, t/ha

12
N=25

9
lim ão

6
3 N=28

0
-3
0 100 200 300

Nitrogênio, kg/ha
Fonte: Quaggio et al. (1998)

Fundamentos da fertilidade do solo 6


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

CURVAS DE CALIBRAÇÃO 120


DE NITROGÊNIO NAS Limão
FOLHAS DE CITROS 100

120 80
Laranjas
100 60 y = -1,356x2 + 44,1x - 259,4
Produção relativa, %

R2 = 0,61
80
40
60 10 12 14 16 18 20 22
40 Y= -1131+86.4N-1.51N 2 Leaf N, g kg-1
(R=0.98*)

20 N nas folhas, g/kg


22 24 26 28

N nas folhas, g/kg Fonte: Quaggio et al. ( 1998, 2001)

Nitrogênio nas folhas como


critério para a recomendação de
nitrogênio para plantas perenes Manga

120

100
Produção relativa, %

120 80 Avilan
(1974)
Café Young &
P rod uçã o re la tiva , %

100 60 Koo (1965)


Young &
Koo (1974)
40
Produção relativa, %

Young &
80 Koo (1962)
20
60 0
0.8 1.0 1.2 1.4 1.6
40 Y=-7 19 .0+49 .7 N - 0.42 N 2
(R =0 .8 7**)
N nas folhas, g/kg
20
22 24 26 28 30 32
Fonte: Quaggio et al. ( 1998, 2001)
N nas folhas, g/kg

Magnésio : nutriente esquecido na nutrição


de plantas

Fundamentos da fertilidade do solo 7


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Calagem para os citros : a grande


importância do magnésio

Fonte: Quaggio et al. (1991)

Calibração do teor de Mg solo e


produtividade da laranjeira

Fonte: Quaggio, 1992

Calagem para os citros : a grande


importância do magnésio
80
-1
Produção de laranjas, t ha

60

40
2
R = 0,95

20

0
2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0
Magnésio na folhas, g/kg

Fonte: Quaggio et al. (1991)

Fundamentos da fertilidade do solo 8


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Padrões para interpretar a fertilidade


do solo para citros: Macronutrientes

Saturação
Classes P resina Potássio Magnésio por bases

mg/dm3 ----- mmolc dm3 (1)----- %

Baixo <6 <1,5 <4 <50


Médio 6-30 1,5-3,0 4-9 50-70
Alto >30 >3,0 >9 >70

Fonte: Quaggio et al. ( 1997)

Preparo do solo:
“alicerce do sucesso”

Cálculo da calagem

CTC (V2 – V1)


NC = ————————
10 PRNT

NC= necessidade de calagem, t ha-1 de calcário


CTC= capacidade de troca de cátions, mmol c dm-3
V2, %= saturação de bases desejada (café & citros 70%)
V1, %= saturação de bases atual do solo

PRNT= Poder relativo de neutralização do calcário, em


equivalente CaCO3 puro (%)
Fonte: Quaggio, 1981

Fundamentos da fertilidade do solo 9


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Calagem e gesso na cafeicultura: ensaio de


São Sebastião do Paraíso.

Gesso, Calcário, Kg ha-1 Média com


Kg ha-1 0 750 1.500 3.000 gesso

O 20,6 28,2 25,7 30,7 26,3


1.290 36,3 35,9 39,8 43,0 39,0
2.580 39,0 37,8 43,0 40,0 39,9
Média com 32,3 34,0 36,2 37,9
calcário
Sacas por hectare
Fonte: Guimarães et al. (1988)

Resposta de laranjeira à calagem: valores


médios de oito anos de ensaio
Calcítico Dolomítico, t ha-1 Média
t ha-1 0 3 6 9 t ha-1

1986 - 1989
0 14,2 21,6 23,4 22,1 20,3
3 18,2 22,3 21,3 23,0 21,5
6 22,1 20,6 25,7 23,5 23,0
9 23,4 22,8 25,0 23,8 23,4
Média 19,7 21,8 23,9 23,1 22,1
1990 - 1994
0 29,3 38,7 46,9 45,3 40,1
3 38,0 45,7 44,7 47,4 44,0
6 36,6 41,0 47,9 44,0 42,4
9 38,8 44,2 44,8 43,6 42,8
Média 35,7 42,4 46,1 45,0 42,3

Fonte: Quaggio, 1991

Solo bem corrigido é alicerce da


citricultura moderna

30
PRODUÇÃO DE FRUTOS, t/ha

25

20

15

10
0 20 40 60 80
SATURAÇÃO POR BASES, %

Resposta dos citros à


calagem Fonte: Quaggio et al. (1991)

Fundamentos da fertilidade do solo 10


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Equipamentos especiais: Sulcador triplo

Plantio sem solo


compactado e
calagem em ruas
alternadas.

Citricultura moderna

Fundamentos da fertilidade do solo 11


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Aplicação de 10 t ha-1 de gesso

Gentileza: A. P. Romero

Reação do calcário no solo

CaCO3 + H2O Ca2+ + CO32-


Solubilidade = 0,015 g L-1
Explo: Região com 1450 mm de chuva 215 kg/ha de Calcário

CaCO3 + H2O + CO2 Ca2+ + OH1- + HCO31-


Solubilidade X 20 = 0,30 g L-1
Explo: Região com 1450 mm de chuva 4300 kg/ha de Calcário

Solubilidade de fontes de cálcio para uso


na agricultura

Produtos Solubilidade em água

g L -1
Calcário 0,015

Gesso agrícola 2,50

Cloreto de cálcio 770,0

Nitrato de cálcio 1000,0

36

Fundamentos da fertilidade do solo 12


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Reações de diferentes tipos de calcários

Fonte: Quaggio et al. (1995)

Resposta da soja à doses de diferentes


tipos de calcários: Média de 4 safras
Doses Tipos de calcário Média
Fino Tradicional Calcinado
t/ha ------------------------------- kg/ha ----------------------------------
0 2542 2528 2397 2489c
2 3030 2853 2818 2900b
4 3087 3226 3412 3242a
6 3282 3298 3129 3234a
8 3227 3413 3340 3327a

Média 3034a 3064a 3018a 3038

Fonte: Quaggio et al. (1995)

Micronutrientes na citricultura e
cafeicultura

Necessidade de bom
diagnóstico!

Fundamentos da fertilidade do solo 13


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Micronutrientes:
Dificuldade com a análise foliar

A coleta de folhas para análise química é


definida para o melhor diagnóstico dos
macronutrientes;
A deficiência de alguns micronutrientes
afeta o crescimento do limbo foliar, o que
aumenta a concentração deles nas folhas
Aplicações foliares com fertilizantes ou
defensivos com micronutrientes, deixam
resíduos na superfície das folhas

Correlações entre análises de solo e de


folhas para micronutrientes em citros

400 60
Bo ro na fo lha, (mg kg -1)

R2 = 0,98*
R2 = 0,96*
Z n na folha, (mg kg-1 )

300 50
R2 = 0,97*
R2 = 0,99*
200 40

100 30

0 20
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 0,0 3,0 6,0 9,0 12,0 15,0
B no solo, (mg dm -3) Zn no solo, (mg dm-3)

24 meses após aplicação dos


fertilizantes
Fonte: Quaggio et al. (2003)

Curvas de calibração de análises de solo


para micronutrientes na citricultura

30 32
R2 = 0,85*
Produção, (t ha-1 )

P rodução, ( t ha -1 )

30
25
R2= 0,86*
28
2 R2 = 0,97*
20 R = 0,96**
26

15 24
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 0,0 3,0 6,0 9,0 12,0 15,0
B no solo, (mg dm-3 ) Zn no solo, (mg dm-3)

Fonte: Quaggio et al. (2003)

Fundamentos da fertilidade do solo 14


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Dificuldade com a análise foliar


Deficiência de boro em citros

Sintomas Análise foliar


Análise
de solo
4a folha 2a folha

mg dm-3 --------- mgkg-1 ---------

Leves 0,23 23,1 12,0

Severos 0,13 21,0 6,0

Quaggio et al. (1996)

Padrões para interpretar a fertilidade do


solo para plantas perenes: Micronutrientes

Classes S-SO4 B Cu Mn Zn
-3
-------------------mg dm -------------------

Baixo <10 <0,6 <2,0 <5,0 <5,0


Médio 10 -20 0,6 – 1,0 2,0 - 5,0 5,0 - 10 5,0 – 10
Alto >20 >1,0 >5,0 >10 >10

Fonte: Quaggio et al. ( 1997)

Muito obrigado !!

Fundamentos da fertilidade do solo 15


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Eficiência de uso de nutrientes


pelas plantas
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE
CITROS E CAFÉ
12 de abril de 2018

Dirceu de Mattos Jr.


Laboratório de Nutrição e Fisiologia

Centro de Citricultura Sylvio Moreira


Pesquisa para o agronegócio
1928 - 2018

Programa de pesquisa:
principais resultados e perspectivas

Fator de Produção
produção

Nutriente mineral Valor integral de


resposta da planta

Somatório de eventos
Eficiência de Uso Fertilizantes
Eaquisição Nutrientes
EU Nutrientes:
respostas bioquímicas e
respostas fisiológicas da planta
etc.

Nutrição mineral de plantas


 nutrientes minerais:
macronutrientes: N, P, K, Ca, Mg e S [ g/kg]
micronutrientes: Cu, Fe, Mn, Zn, B, Cl, Mo e Ni [mg/kg]

5% matéria seca

Eficiência de uso de nutrientes 1


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Base teórica: nutrientes minerais


Função principal Nutriente Função específica

componente estrutural N, P, S constituinte de proteínas e ácidos nucleicos


P ATP

Mg e micros estruturas orgânica (clorofila), ppalmente enzimas,


(-Cl) direta/ indiretamente envolvidos e funções catalíticas

Ca, Mg, B estabilidade da parede e integridade de membrana

ativador enzimático K, Mo diversas enzimas

Ca, Mg modulador (calmodulina, quinases, …)

(B) (algumas enzimas)

carregador eletrônico/ K, Cl manutenção do equilíbrio eletroquímico na célula


osmoregulador e seus compartimentos, movimento estomático

Fe, Cu, Mn manutenção do equilíbrio eletroquímico,


Cl transporte e- (fotossistemas)

Nutrição mineral de plantas


 Formas absorvidas e redistribuição:

N NO3-, NH4+, NOx, NH3


P H2PO4-
K K+ móvel
Mg Mg+2
Ca Ca+2
S SO4-2, SO2, H2S
Cu Cu+2
Fe Fe+2 Imóvel
Mn Mn+2
Zn Zn+2
B H3BO4
Cl Cl-
Ni Ni+2
Mo MoO4- móvel

Composição
das plantas

Eficiência de uso de nutrientes 2


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Estado nutricional das plantas

Amostragem de
folhas para +4
+1
análise química:
+3 2-4 cm diâm.

citros e café +2

Informações Agronômicas, 64 - dez/93

Faixas adequadas para teores de


nutrientes nas folhas de café e citros
Nutriente Café Citros
------------------ g kg-1 -----------------
N 25-30 25-30
P 1,2-2,0 1,2-1,6
K 20-30 12-16
Ca 10-15 35-50
Mg 3,0-5,0 3,5-5,0
S 1,5-2,0 2,0-3,0
------------------- mg kg-1 ------------------
B 60-100 75-150
Cu 10-20 10-20
Fe 50-200 50-150
Mn 50-200 35-75
Zn 20-40 50-75
Mo 0,1-0,2 0,5-2,0

Eficiência de uso de nutrientes 3


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Métodos de interpretação:
faixas suficiência x DRIS x CND em
citros
CND IBN
N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn -r² m
-------------------- g kg-1 -------------------- --------------- mg kg-1 ---------------

25,0 1,4 12,5 40,0 3,3 2,5 68 7 85 167 63

0,1 -0,4 -0,1 1,5 -0,8 -0,5 -0,6 -1,9 -1,3 2,8 1,3 18,8

0,00 -0,3 -0,1 0,9 -0,5 -0,2 -0,5 -1,8 -1,1 2,4 1,1 0,81

Rozane et al. (dados não publicados)

Análises bioquímicas: Cu/Zn


isoformas SOD Mn
Hippler (2012) Fe
P 1 2 3 1 2 3 1 2 3

I
1 - Controle II e III
2 - ZnSO4 1,0 g de Zn IV
3 - ZnSO4 5,0 g de Zn
V
VI

P 1 2 3 1 2 3 1 2 3

I
1 - Controle II e III
2 - MnSO4 0,7 g de Mn IV
3 - MnSO4 3,5 g de Mn
V
VI

120 dias 150 dias 180 dias

Métodos de interpretação:
Extratos de seiva

Souza (2008)

Eficiência de uso de nutrientes 4


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Extrato de seiva
Fonte: Souza (2010)
1400

1200
DMS Tukey P < 0,05
1000
Ca (mg L-1 )

800

600
N=0
400
N=120
200 N=240
0 N na seiva de citros
N= 0
jul/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09
N= 120
250 Meses
N= 240"

200
N(mgL )
-1

150

100

50

0
ago/07 out/07 dez/07 fev/08 abr/08 jun/08 ago/08

Meses

Absorção de nutrientes, assimilação e


utilização envolvem vários processos
eficiência de eficiência de
absorção do utilização do
nutriente nutriente
exudato
radicular
arquitetura
eficiência de
de raízes
assimilação e
eficiência de remobilização
transporte
intercelular
transportadores
e bombas
redes e
simbioses mecanismos
regulatórios

microbiota
rizosférica

Relações da produção agrícola –


médias mundiais
Epstein and Bloom (2005)

Eficiência de uso de nutrientes 5


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Eficiência N
aplicação do fertilizante

6 6 = chuva
= chuva

N, valores relativos
5 5
N, valores relativos

4 4
120 kg N/ha
3 200 kg N/ha 3
N disp. solo
10 N disp. solo Volk-7
2 2 Demanda N
Swg-7
N-solução, mg/L

Demanda N
1 8 1 Volk-7-210
0 0 Swg-7-210
6 0 3 6 9 12
-1 0 3 6 9 12 -1
0 0

4
0 2
N-lixiv.

4 6 8
N-lixiv.

0 2 4 6 8 10 12
-0.5
-0.5
-1

-1.5 2 -1

Primav. Verão Outono Inverno Primav. Verão Outono Inverno


0
200 kg/ha: 1 aplicação
0 1 2 3 4 120
5 kg/ha:
6 7 78 aplicações
Bottcher
Dias&de
Rhue (2000)
absorção
Scholberg et al. (1999)

750 A 750
B
N eff iciency, k g fruits k g N -1

K e fficie ncy, k g fruits k g K -1

123%
114%
600 125% 600 100%
112%
100%
450 450

300 300

150 150

0 0
DRY IRRIGATED F ERTIGATED DRY I RRIGATED F ERTIGATED
Application method Application method

Figura. Comparação das eficiências de uso de N e K na adubação sólida


convencional, irrigado e fertirrigados (adaptado de Quaggio et al., 2006b)

Nitrogênio:
excesso NH4+
• desbalanço carga e absorção íons
• redução gradiente de pH na célula
• desbalanço formação ácidos
orgânicos
• formação NH3
• resposta ao ambiente externo
• outros...

Britto & Kronzuckeret (2002)

Eficiência de uso de nutrientes 6


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Balanço de cargas na planta

Somatório de cátions = Somatório de ânions

(+) = (-)
2+
Ca NO31-
K1+ SO42-
2+
Mg H2PO41-
NH4+
Quaggio et al. (1991)

Absorção de N-NO3-:NH4+ em plantas


jovens de cafeeiro
Crescimento do cafeeiro em SN com níveis
de N-NO3-:NH4+

Carr (2018)

Eficiência de uso de nutrientes 7


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Balanço de cargas

Carr (2018)

Uso N-NO3-:NH4+ em plantas jovens de


cafeeiro: análise química de folhas

Razão NO3-:NH4+ N P K Ca Mg S
% ------------------------- g kg-1 -------------------------
0:100 44.8 a 2.4 a 14.0 c 9.3 b 1.6 2.1
50:50 43.4 ab 2.5 a 16.6 bc 11.6 ab 1.6 2.2
87.5:12.5 41.0 b 2.4 a 18.9 ab 10.9 ab 1.9 2.0
100:0 37.9 c 1.6 b 20.7 a 12.7 a 1.7 1.9
CV (%) 5.1 15.7 15.2 17.2 16.7 16.5
Carr (2018)
extração K2O:
3,0 kg/saca

Nitrogênio e cálcio

Quaggio et al. (2014)

Eficiência de uso de nutrientes 8


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Nitrogênio e cálcio

Quaggio et al. (2014)

1
80 kg/ha de
N 36,2 μm

146,3 μm

25,4 x 25,9 μm

NA
Figura 1: Folha no tratamento AN1.

NCa
2
41,6 μm

136,9 μm

73,8 x 60,8 μm

7x
Figura 2: Folha no tratamento CN1. Petená (2016)

3
320 kg/ha de N
32,5 μm

182,3 μm

34,4 x 44,7 μm

NA
Figura 3: Folha no tratamento AN4.

64,3 μm 4

194,4 μm

79,5 x 72,7 μm

3,8 x NCa
Figura 4: Folha no tratamento CN4.
Petená (2016)

Eficiência de uso de nutrientes 9


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Análise química de folhas Quaggio et al. (2014)

Ferreira et al. (2018)

Análise das Características de


Eficiência do Uso de Fósforo nos
Genótipos de Coffea arabica e Coffea
canephora Revela Contrastes da
Absorção de Fósforo e da Eficiência de
Utilização

NER: não eficiente e responsivo


ER: eficiente e responsivo
NER: não eficiente e respnsivo
ENR: eficiente e não responsivo

Eficiência de uso de nutrientes 10


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Fatoriais NPK: demanda de


nutrientes por porta-enxertos
120
Relative fruit yield, %

100 120 B
Relative fruit yield, %

80
100 C
120
Relative fruit yield, %

RL
60
80 Cleo
100
Sw
40 RL
60
0 500 80
1000 1500 2000 2500
Cleo
Sw
RL
N,40g tree-1 60 Cleo
0 200 400 600 800 1000 Sw

P, g40tree
-1

0 320 640 960 1280 1600


Mattos Jr. et al (2006)
-1
K, g tree

Absorção e
eficiência de
uso do P em
citros
Zambrosi et al. (2012)

Pré-condição | condição

D = deficiente
S = suficiente

Porta-enxertos: Cléo e Cravo

Atividade fosfatase ácida:


folhas e raízes

Porta-enxerto P-solução (mmol L-1)


0,0125 0,8
AFAFolhas μmol nitrofenol g-1 min-1
Cléo 0,45 0,25
Cravo 0,42 0,18
AFARaízes
Cléo 0,35 0,19
Cravo 0,54 0,24
ADAPTADO: Zambrosi et al. (2012)

Eficiência de uso de nutrientes 11


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Remobilização
de P
Zambrosi et al. (2012)

Pré-condição | condição

D = deficiente
S = suficiente

Porta-enxertos: Cléo e Cravo

EUNt x disponibilidade de P
para diferentes porta-
enxertos

Zambrosi et al. (2013)

Distúrbios fisiológicos da falta de boro

Eficiência de uso de nutrientes 12


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Boro
Absorção por diferentes porta-enxertos de citros

BxK
Boron Year K B
kg/ha g/kg mg/kg
1999
interaction 0
2
7,1
7,1
63
141
4 7,8 292
Valencia/Cleo and 6 9,7 348
grapefruit/SO 2000
Cooper et al. (1951) 0 6,8 70
2 7,2 217
Sicilian/SO or RL 4 8,1 308
Grassi et al. (2004) 6 9,0 334
2001
Valencia/RL or Swingle 0 7,8 64
Boaretto et al. (2008) 2 8,3 229
4 9,3 329
Pera and Valencia/RL 6 10,3 358
Quaggio et al. (2011) F test ** **

Natal/Cravo, Swingle or Sunki Sta. Cruz Rio Pardo


Pêra/Cravo
Mattos Jr. et al. (201_)
Quaggio et al. (2003)

Evidências da sunflower

hiperpolarização de Blevins et al. (1990)

membrana

lilly pollen grains

Obermeyer et al. (1996)

Eficiência de uso de nutrientes 13


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Hidrólise do ATP
Méadia
B solução Porta-enxerto (PE) Média B Teste F
DAI
CR SW B PE B*PE
mg L-1 ----- µmol Pi mg-1 protein h -----
0 DAI (inicial)
0 396 424 - 410 a - ns -
3 DAI
0 393 Aa 314 Bb 353
0.5 400 Ba 483 Aa 441
390 ab ** ** **
2.5 412 Ba 502 Aa 457
5.0 162 Bb 455 Aa 309
Mean RS 342 438

ALL CAPS: compare columns; small caps: compare lines; Prob <0.05 or 0.01

B e absorção de
nutrientes
120 C
Relative fruit yield, %

100

80
RL
60 Cleo
Sw
40
0 320 640 960 1280 1600
-1
K, g tree

Ferreira et al. (201_)

Sintomas
visuais de
desordens
nutricionais:
interpretação

• exige experiência do técnico


• existem padrões de ocorrência
• deve ser pautada com análises químicas
• mascarados/confundidos com outras desordens
nutricionais e problemas fitossanitários
• aparecem quando há comprometimento planta

Eficiência de uso de nutrientes 14


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

“A melhor forma de lidar com


emoções é falar de ciência e fazer
recomendações com base nelas”
Christian Lindmeier, Porta voz da OMS
Estadão 7-jun-2016

43

Eficiência de uso de nutrientes 15


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Micronutrientes em Citros e Café

1º Simpósio sobre os avanços na nutrição


de citros e café
Campinas - 11 de abril de 2018

Rodrigo M. Boaretto
boaretto@iac.sp.gov.br
rmboaretto@gmail.com

Micronutrientes na citricultura e cafeicultura


Principais características

Áreas mais produtivas: vigor e precocidade (↑ demanda)


- Citros: 70’ = 340; 90’ = 490; 2010’ = 680; 2016/17 = 930 (cx/ha)
- Café: 2001/02 = 18; 2009/10 = 21; 2017/18 = 24 (sc/ha)

Problemas mais frequente: (deficiência ou excesso)


- B, Cu, Mn, (Mo) e Zn

Novos cenários de produção


(Mudanças no adensamento, materiais genéticos + exigentes, podas,
fertirrigação, volume de calda, fontes e formas de aplicação)

Limitações com a análise foliar


 Formulações diversas: Marketing
Ampla gama de produtos comerciais sem embasamento científico

Limitações com a análise foliar


Micronutrientes

A coleta de folhas para análise é definida para o melhor


diagnóstico dos macronutrientes

Aplicações foliares com fertilizantes ou defensivos com


micronutrientes, deixam resíduos na superfície das folhas

Testes bioquímicos para a avaliação do estado


nutricional são de difícil uso na rotina

A deficiência de alguns micronutrientes afeta o


crescimento do limbo foliar, o que aumenta a
concentração nas folhas

DIAGNOSE VISUAL: FERRAMENTA NO MANEJO DE MICRONUTRIENTES

Micronutrientes 1
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Teor foliar
IAC: Boletim 100
CITROS Baixo Adequado Alto
------------ mg kg-1 --------------
B <50 75-150 >150
Cu <10 10-20 >20
Fe <50 50-150 >150
Mn <35 35-70 >70
Mo <0,5 0,5-2,0 >2,0
Zn <50 50-75 >75

CAFÉ Baixo Adequado Alto


------------ mg kg-1 --------------
B <50 50-80 >80
Cu <10 10-20 >20
Fe <50 50-200 >200
Mn <50 50-200 >200
Mo <0,1 0,1-0,2 >0,2
Zn <15 15-20 >20

Estratégias de Fornecimento
Micronutrientes – Preventivo

Folhas (Principal estratégia!!!??)


(mobilidade no floema)

Solo (Viável !!!???)


(alta adsorção no solo e baixa disponibilidade)

Fertirrigação (???)
(fontes)

Boro (B)
Funções: estabilidade de membranas, malformação tecidos
vasculares, envolvido em processos na membrana celular
DEFICIENTE SUFICIENTE

Xilema DIÂMETRO DE RAIZ


DEF SUF
µm
1157 B 1318 A

Parênquima do xilema

Raiz de laranja em SW (Mesquita et al., 2016) Floema

Nervura principal da folha de cafeeiro (Leite, 2004)

Micronutrientes 2
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Boro (B) Café

Sintomas
Redução sistema radicular, morte da
gema apical, superbrotamento
Citros

Thomaziello

+B
+B

-B
+B -B
Citros (Boaretto, 2006) -B Café (Leite, 2004)

Boro (B)
Mobilidade
POLIOL – B – POLIOL
Dependente da espécie (Sorbitol, Manitol e Dulcitol)

Móvel: Pêssego, Amêndoa, Oliva, Mobilidade restrita: Citros, Manga,


Ameixa, Maçã, Uva, Pêra, (Café) Noz, Pistacho, Banana, Abacateiro

Boro (10B)
Redistribuição x Estado nutricional

Valencia / Cravo ou Swingle


Solução nutritiva:
Ade – Adeq (10B)
Def – Adeq (10B) Boaretto et al. (2008)

Micronutrientes 3
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Boro Foliar
Absorção e Redistribuição

Aplicado na folha: 100%


Absorvido: 8%
Redistribuído (absorvido): 3%
Redistribuído (aplicado): 0,3%
Novo fluxo ≈ 1 mg kg-1

Dias após aplicação


30 75 120 240
------------------ % ------------------
Parte nova 0 0,3 0,4 2,5
Parte aplicada 100 99,7 99,4 96,8
Parte velha 0 0 0,1 0,7
Total redistrib. 0 0,3 0,5 3,2
Boaretto et al. (2005)

Macedo et al. (2017)

Boro Foliar
Fontes Fonte Fonte
pouco solúvel solúvel

120 60
y = 0,0377x + 34,224 y = 0,0421x + 18,455
100 R² = 0,78* 50 R² = 0,96*
Boro folhas

Boro folhas
(mg kg -1)

(mg kg -1)

80 40

60 30

40 20 y = 0,0346x + 20,983
y = 0,125x + 32,026
R² = 0,93* R² = 0,93*
20 10
0 130 260 390 520 0 130 260 390 520

250 380 y = -0,0002x2 + 0,1537x + 288,5


R² = 0,88*
340
(g planta-1)

(g planta-1)
MS folhas

MS folhas

200
300

150 260
y = -0,0004x2 + 0,2346x + 178,67 y = -0,0005x2 + 0,2686x + 283,96
R² = 0,89* R² = 0,95*
220
100

2,2 4,0
(m2 planta-1)

3,6
(m2 planta-1)
Área foliar

Área foliar

1,8

3,2

1,4
y = -4E-06x2 + 0,0024x + 1,6678 2,8 y = -4E-06x2 + 0,0025x + 2,8782
R² = 0,99*
R² = 0,94*
1,0 2,4

Boro (mg L -1) Boro (mg L -1)

BORO (10B)
Fertirrigado x Folha

Valência/Swingle
4 anos – fertirrigado
Solo arenoso

3X

Boaretto et al. (2010)

Micronutrientes 4
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Boro – Porta-Enxerto
110 500
A Fruit yield Leaf B
Limão Cravo 100 400
Leaf B: ^y= 70.81 + 59.35x
90 300
R² = 0.99**

80 200

70 Fruit yield: ^y = 67.95 + 6.07x - 1.07x


2 100
Cumulative fruit yield (kg/plant)

R² = 0.99**
60 0
B
100 400

Leaf B (mg kg )
Tangerina Sunki

-1
90 300

80 200

70 Leaf B: ^y = 49.57 + 52.87x 100


R² = 0.99**
60 0
C
100 Fruit yield: ^y = 77.46 + 8.36x - 1.30x
2 400
Citrumelo Swingle 90
R² = 0.99**
300

80 200

70 Leaf B: y^ = 72.48 + 64.37x 100


R² = 0.99**
60 0
0 2 4 6
Experimento de campo: Natal/CR, -1 -1
SW e SK (3-4 anos) B rates (kg ha year ) Mattos et al. (2017)

Boro x Potássio
Interação

Boro B K
kg/ha ANO 1 mg/kg g/kg
0 63 7,1
2 141 7,1
4 292 7,8 Valência/Cleo e
6 348 9,7 pomelo/Azeda
Cooper et al. (1951)
ANO 2
0 70 6,8 Siciliano/Azeda ou Cravo
2 217 7,2 Grassi et al. (2004)

4 308 8,1
6 334 9,0
ANO 3
0 64 7,8
2 229 8,3
4 329 9,3
6 358 10,3
Teste F ** ** Pêra/Cravo

Mattos-Jr et al. (2017)

Potássio x Boro
Interação

Quaggio et al. (2011)

Micronutrientes 5
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Micronutrientes catiônicos
Cobre, Ferro, Mannganês e Zinco

 Baixa mobilidade no floema;


Absorvido nas formas: Cu2+; Fe2+; Mn2+; Zn2+

DEFICIÊNCIA TOXICIDADE

Cu Fase de formação Pomares adultos


(uso de defensivos)

Mn pH elevado Solos ácidos


Solos de cerrado Áreas fertirrigadas

Zn Generalizadas

Micronutrientes catiônicos
SOLO INTEMPERIZADO
Disponibilidade no solo x pH

Coloide Coloide Coloide


Mo
Zn Mn

pH solo
<4,0 ≈ 5,0 > 6,0

Zinco (Zn)
Funções: metabolismo AIA, síntese de proteínas,
desintoxicação EROs, expansão celular
Deficiência: redução limbo foliar, clorose internerval,
redução no comprimento de internódio e ramos

(Favarin, 2010)

Micronutrientes 6
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Manganês
Funções: participa na fotossíntese e evolução de CO2, síntese de
lipídeos, proteínas, CH

Foto: Thomaziello

Mn e Zn
Absorção e mobilidade

Parte da planta absorção localização


54Mn %
Folhas pulverizadas 6,3 87
Orgãos acima 0,7 10
Orgãos abaixo 0,2 3
65Zn %
Folhas pulverizadas 4,6 77
Orgãos acima 0,9 15
Orgãos abaixo 0,5 8

Redistribuição Novos Aumento nos


Mn ou Zn fluxos novos fluxos
25 -75 mg ≈ 30 g MS 1-3 mg kg-1 65Zn

Adaptado Boaretto et al. (2003, 2004)

Zinco Foliar
Macedo (2017)

Fontes
Fonte Fonte
pouco solúvel solúvel

380
250 y = -3E-05x2 + 0,0257x + 184,9
R² = 0,98*
340
(g planta-1)

(g planta-1)
MS folhas

MS folhas

200
300

150 260

220
100
4,0
2,2 y = -2E-07x2 + 0,0005x + 3,1923
R² = 0,94*
(m2 planta-1)

3,6
(m2 planta-1)
Área foliar

Área foliar

1,8
3,2

y = -5E-07x2 + 0,0008x + 3,2168


1,4 2,8 R² = 0,83*
y = -2E-07x2 + 8E-05x + 1,848
R² = 0,99*
2,4
1,0

500 300
y = 0,1925x + 35,243
Zinco folhas

400 R² = 0,99* 250 y = 0,123x + 6,299


Zinco folhas

(mg kg -1)

R² = 0,99*
(mg kg -1)

200
300
150
200
100
100 y = 0,0727x + 35,777 50 y = 0,0559x + 31,064
R² = 0,97* R² = 0,94*
0 0
0 300 600 900 1200 1500 1800 0 300 600 900 1200 1500 1800

Zinco (mg L -1)


Zinco (mg L -1)

Micronutrientes 7
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Zinco Foliar
Fontes
Teor no solo Teor na folha
Leaf spray Leaf spray
20 20 160 160
Year 1 Year 2 Year 1 Year 2
a a
15 15 ab 120 120
b a
10 10 c 80 80
Soil Zn 0-20 cm (mg dm )
-3

b
5 5 c

Leaf Zn (mg kg )
40 d 40 b b
-1
b
0
20
-Zn Nitr Sulf EDTA
20
0
-Zn Nitr Sulf EDTA Leaf spray
0
-Zn Nitr Sulf EDTA
0
-Zn Nitr Sulf EDTA
160 160
Year 3 Year 4
Year 3 a Year 4 a
15 a 15 a a a
ab b b 400 120 120
b
Accumulated yield

10 b 10 b
80 bc 80
c
5 5 c d
(kg per tree)

350 40 40
0
-Zn Nitr Sulf EDTA
0
-Zn Nitr Sulf EDTA
a 0 a 0
-Zn Nitr Sulf EDTA -Zn Nitr Sulf EDTA
300 b
b
250

200
-Zn Nitr Sulf EDTA

Boaretto et al. (não publicado)

Zinco – Solo
Pêra/Cravo

6 meses
Sequeiro 0-20 cm
Solo textura média arenosa

24 meses 24 meses

□ 0-20 cm  20-40 cm
Quaggio et al. (2003)

Redistribuição Zinco
Reserva da planta

Remobilizado = 21% do total


de Zn já existente na planta

Rn = Ramo novo
Fn = Folha nova
FR = Fruto

150 dias após aplicação 65Zn - Solução nutritiva Sartori et al. (2008)

Micronutrientes 8
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Mn - Foliar
Café fertirrigação- Relação NO3/NH4

Quaggio et al., (não publicado)

Mn - toxicidade
Café fertirrigação- ácidificação de bulbo

Fertirrigação
Toxidez – Mn

pH solo x teor Mn foliar

(Quaggio et al., 2014)

Micronutrientes 9
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Manganês
Toxidez

 Mn (µmol L-1) = 400


2300 - 2800 mg/kg

 Necrose raiz

Ferrreira, et al. (não publicado)

Cobre
Funções: metabolismo de carboidrato, lipídeos e N, fotossíntese,
formação e fertilização de pólen, inibição de lignificação

Deficiência: áreas em formação e


com doses elevadas N

Cobre
Toxidez -solo

Micronutrientes 10
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

O Cu é acumulado principalmente
Partição de Cu (%) •90 dias
nas raízes

Relação entre a produção de Teor de Cu (mg kg-1)


MS total e Cu nas folhas 20
Folhas
90 y = -2,48x + 72,98 15
R² = 0,31ns a
75
Matéria seca (g)

ab
10
60 b
45 5
30
0
15
0,015 µmol/L 0,6 µmol/L 24 µmol/L
0 0
0 4 8 12 16 20
15
c
Cu nas folhas (mg kg-1)
30 b
45

O teor de cobre nas 60


folhas não indica 75
condições de excesso Raízes a
90
SW CR

Molibdênio
Disponibilidade no solo x pH
MoO4-2

Solos acima de pH 3, a cada incremento de umaH2PO -2


unidade
4
de pH, aumenta a solubilidade MoO4-2 aprox. 100 vezes
(Lindsay, 1979)

Teor foliar de Mo
Café - Relação NO3/NH4

Quaggio et al., (não publicado)

Micronutrientes 11
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Teor foliar de Mo
Fontes de N e pH solo

pH (CaCl2) Folha Nova Folha Velha


------ mg/kg -----
Nitrato de - Mo 5,8 0,32 0,78
Cálcio + Mo 5,8 60,90 86,84
Média 5,8 30,61 43,81
Nitrato de - Mo 4,1 0,25 0,97
Amônio + Mo 4,1 3,82 13,81
Média 4,1 1,97 7,48
Sulfato de - Mo 3,8 0,21 0,24
Amônio + Mo 3,7 0,65 1,28
Média 3,7 0,43 0,76
Teste F
Fontes * *
Mo * *
Fontes*Mo * *

Fontes de N x Mo
Biomassa e área foliar

Caule Folha Folha Massa Área


Raiz +Ramo Nova Velha Total Foliar
--------------- g/planta --------------- cm2
Nitrato de - Mo 286 231 21 125 637 9654
Cálcio + Mo 316 212 22 107 586 10426
Média 301 A 221 A 22 A 116 A 612 A 10040 A
Nitrato de - Mo 227 172 24 98 505 9074
Amônio + Mo 244 175 28 101 500 10007
Média 236 A 173 B 26 A 99 A 503 B 9541 A
Sulfato de - Mo 164 120 7b 35 b 361 3256 b
Amônio + Mo 192 122 19 a 50 a 374 4597 a
Média 178 B 121 C 13 B 43 B 368 C 3926 B
Teste F
Fontes N * * * * * *
Mo ns ns ns * ns ns
Fontes*Mo ns ns ns * ns ns

Fertirrigação
Micronutrientes

-Parcelamento e uniformidade de distribuição dos


fertilizantes
-melhora na localização
-maior potencial de acidificação do solo na região do
bulbo úmido

Micronutrientes 12
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Fertirrigação
pH x (Zn e Mn)

pH --------- Zn --------- --------- Mn ---------


Val./Sw.
CaCl2 Solução Folha Seiva Solução Folha Seiva
mg L-1 mg kg-1 mg L-1 mg L-1 mg kg-1 mg L-1
T1 (0%) 5,7 1,6 41 2,6 1,0 79 0,9
T2 (25%) 5,2 2,5 44 3,1 1,9 113 1,4
T3 (50%) 3,8 5,5 51 4,2 5,2 143 2,2
T4 (100%) 3,6 6,6 50 4,2 6,8 206 3,7
T5 (200%) 3,3 7,6 45 4,5 7,0 238 4,4
Teste F 117,9 ** 24,3 ** 2,9 ** 22,2 ** 34,3** 151,7** 114,0**

Tratamentos - 5 doses N, P e K Fontes


T1 – sem nutriente N = nitrato de amônio
T2 – 25% de N, P e K (35, 10 e 33 kg ha-1) P = ácido fosfórico
T3 – 50% de N, P e K (70, 20 e 65 kg ha-1) K = cloreto de potássio branco
T4 – 100% de N, P e K (140, 40 e 130 kg ha-1)
T5 – 200% de N, P e K (280, 80 e 260 kg ha-1)
(adaptado de Souza, 2010)

Fertirrigação
Tratamento Zn Mn Fe Cu
----------------- mg/kg ----------------
Exp. 1: 6 semanas após a adubação
Controle 27 b 15 b 72 a 11 a
(Mn + Zn)-
43 a 31 a 78 a 8a
glucoheptanato Na
Exp. 2: 4 semanas após a 3ª adubação
Controle 50 a 41 a 99 c 16 a
Fe(NO3)2 (14 g/pl) 49 a 38 a 99 c 14 a
Fe-EDDHA (7 g/pl) 44 a 37 a 112 b 15 a
Fe-EDDHA (14 g/pl) 57 a 38 a 141 a 15 a
Exp. 3: 4 semanas após a 2ª adubação
Controle 41 a 26 b 64 a 12 c
CuSO4 (50 g/pl) 42 a 29 b 67 a 21 b
CuSO4 (100 g/pl) 40 a 38 a 61 a 27 a

Valência/Rugoso
Adaptado Zekri & Koo (1992)
Solo arenoso (pH 5,8-6,0)

Fertirrigação
Teor no solo Teor na folha
Fertigation Fertigation
20 20 60 60
Year 1 Year 2 Year 1 Year 2
15 15 45 45
a a a a
10 ab ab b
b 10 30 30
Soil Zn 0-20 cm (mg dm )
-3

Fertigation
Leaf Zn (mg kg )

5 5 15 15
-1

0 0 0 0
-Zn Nitr Sulf EDTA -Zn Nitr Sulf EDTA -Zn Nitr Sulf EDTA -Zn Nitr Sulf EDTA
20 20 60 60

15
Year 3
15
400
Year 4
a 45
Year 3
a 45
Year 4
ab
Accumulated yield

ab ab ab
a a a b b
10 b 10 30 30 a
ab ab
350 b
(kg per tree)

5 5 15
a 15

0
-Zn Nitr Sulf EDTA
0
-Zn Nitr Sulf EDTA
ab 0 abNitr 0
-Zn Sulf EDTA -Zn Nitr Sulf EDTA

300
b
250

200
-Zn Nitr Sulf EDTA
Boaretto et al. (não publicado)

Micronutrientes 13
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Estratégia de Manejo
Micronutrientes - solo

 Implantação: aplicação de fosfatos solúveis contendo Zn (0,5%).


Citros: 100 g de P2O5 por metro de sulco 2-3 kg/ha de Zn
Café: 60g de P2O5 por metro de sulco

 Produção: aplicação de B, preferencialmente via solo, junto com


herbicidas de contato (6,0 kg de Ác. Bórico / 200 L de calda).

- Citros: aplicar 2 kg ha-1 de B independente da idade do pomar


(parcelar). Para o citrumelo ‘Swingle’, aumentar a dose para 3 kg
ha-1 de B ano

-Café: cultivares
Porte baixo 2 – 4 kg/ha ano
Porte alto 1 – 3 kg/ha ano

Estratégias de Manejo
Micronutrientes - foliar

 Fase de formação:
Citros (< 4 anos): aplicação foliar mensal, out-mai, de B, Zn, Mn e Cu.
Café (<2 anos): 4 a 6 aplicações, out-mar, B e Zn –(Cu e Mn –sintomas)

Áreas em produção:
Citros: 3 a 4 pulverizações, com Zn e Mn nos principais fluxos de brotações
Café: 3 a 4 pulverizações, com Zn, início da primavera até o final das chuvas

 Concentração dos nutrientes na solução foliar


CITROS CAFÉ
- B: 200 - 300 mg L-1 - B: 300 - 500 mg L-1
- Cu: 100 - 125 mg L -1
- Cu: 3250 mg L-1 (Hidróxido)
- Mn: 300 - 700 mg L-1 - Mn: 1000 - 2000 mg L-1
- Zn: 500 - 1000 mg L-1 - Zn: 1200 - 1800 mg L-1
- Mo: 20 - 40 mg L-1 - Mo: 20 - 40 mg L-1

Considerações finais
 Plantas mais vigorosas e de alta produtividade, maior
demanda por micronutrientes!!!

Manejo nutricional de cultura perenes deve ser pensado


em longo prazo!!!

Adubação com micronutrientes no solo:


Boro!!!
Zn (plantio!), Mn e Cu!?!?!? Ainda carece de mais pesquisas,
(em função: forma de aplicação, fontes e tipo de solos).

Adubação foliar: ainda é a principal estratégia


fornecimento dos micro metálicos (Zn, Mn e Cu);

As recomendações de nutricionais demandam de


embasamento experimental !!!

Micronutrientes 14
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Se você acha que pesquisa custa


caro, experimente a ignorância!!!

Obrigado pela atenção...

Rodrigo M. Boaretto
boaretto@iac.sp.gov.br 1928-2017

Micronutrientes 15
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

1 º SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E ESTRESSE ABIÓTICO EM PLANTA


IMPACTOS NA PRODUTIVIDADE E MECANISMOS DE MITIGAÇÃO DE ESTRESSES

Franz W. R. Hippler
(CCSM-IAC/ESALQ-USP)

SUMÁRIO

CONCEITOS BÁSICOS

A PRODUÇÃO DE CITROS E CAFÉ NESTE NOVO CENÁRIO

FORMAS DE MITIGAÇÃO DOS ESTRESSES CAUSADOS PELO AQUECIMENTO


GLOBAL

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

• AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SÃO ALTERAÇÕES QUE


OCORREM NA TEMPERATURA MÉDIA DA TERRA

• ANTIGAMENTE, AS PRINCIPAIS MUDANÇAS OCORRIAM


DEVIDO ÀS CAUSAS NATURAIS COMO VARIAÇÕES ÓRBITA DA
TERRA E NA QUANTIDADE DE LUZ SOLAR

• ATUALMENTE, A MAIOR PARTE DESSA MUDANÇA É


ATRIBUÍDA ÀS ATIVIDADE HUMANAS.

Mudanças climáticas 1
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

O PAPEL DOS GEE

Sol
CO2
N2O
CH4
GASES DO EFEITO ESTUFA

Terra

OCORRÊNCIA DO AUMENTO NA CONCENTRAÇÃO DE CO2 NA ATMOSFERA

(Fonte: IPCC)

AS TEMPERATURAS MÉDIAS GLOBAIS ESTÃO AUMENTANDO

(Fonte: IPCC)

Mudanças climáticas 2
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

AS TEMPERATURAS MÉDIAS GLOBAIS ESTÃO AUMENTANDO


1950

1970 1990 2000 2010 2017

COMO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS AFETAM


A PRODUÇÃO AGRÍCOLA?

• AUMENTO DA TEMPERATURA E RADIAÇÃO

• ALTERAÇÕES NOS PADRÕES DE PRECIPITAÇÃO

• PERÍODOS DE SECA OU INUNDAÇÃO

• AUMENTO NA CONCENTRAÇÃO DE GEE NA


ATMOSFERA

• OUTROS FENÔMENOS

BRAZIL
BRAZIL ORANGES
ORANGES

PROBABILITY
PROBABILITY OF
OF OCCURRENCE
OCCURRENCE
common unlikely
severe

25 24 22 19 15
IMPACT
OF IMPACT

23 21 18 14 10
SEVERITY OF

20 17 13 9 6
SEVERITY

16 12 8 5 3
insignificant

11 7 4 2 1

Mudanças climáticas 3
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

O AUMENTO NA TEMPERATURA DO AR DO CINTURÃO CITRÍCOLA TEM CAUSADO QUEDA


DE FLORES E FRUTINHOS DURANTE OS ESTÁGIOS INICIAIS DE PEGAMENTO DE FRUTO

O aumento na temperatura média máxima nas principais regiões produtoras de citros (SP & TM)

Histórico de produção de laranja – Estado de São Paulo e Triângulo Mineiro


450 428 436
416
Fruit yield (Tons per year)

378 387
400 367 362
350 351
350 371
318 356 314 309
338 301
300
302 307 303 304
290
250 273 279
268
247 256 246
200

(PES - Fundecitrus, 2017)

TEMPERATURAS MÉDIAS ANUAIS PARA O ESTADO DE SÃO PAULO

> 23 °C

21-23 °C

18-20 °C

OCORRÊNCIA DE DIAS MAIS QUENTES


Temepratura do ar (°C) Radiação total (W m-2)

Horas do dia Horas do dia

Temperatura da folha (°C)


45
42
39
36
> 10 °C
33
30
27
24
21 Laranjeira Valência
18
06:00:00 08:00:00 10:00:00 12:00:00 14:00:00 16:00:00 18:00:00

Horas do dia Hippler et al., dados não publicados

Mudanças climáticas 4
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

TEMPERATURA E RADIAÇÃO - ATIVIDADE FOTOSSINTÉTICA DOS CITROS

Eficiência de carboxilação Assimilação de CO2


Valência
Murcote
Tahiti

Temperatura da folha (°C)

Machado et al., 2005

ESTRESSES CLIMÁTICOS E A QUEDA DE FLORES E FRUTINHOS

Indução e Desenvolvimento Inicio da Desenvolvimento Maturação


diferenciação inicial das flores
Florescimento do fruto
frutificação do fruto

Período mais sensível à ocorrência


de abscisão por estresses climáticos

Sawicki et al., 2015

PROJEÇÃO DE RISCOS NAS REGIÕES SUL E SUDESTE DO BRASIL – CAFÉ

(Pinto & Assad, 2008)

Mudanças climáticas 5
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

PROJEÇÃO DE RISCOS NAS REGIÕES SUL E SUDESTE DO BRASIL – CAFÉ

(Pinto & Assad, 2008)

[CO2] – ALIADO OU VILÃO EM ALTAS TEMPERATURAS?

Coffea arabica L. CV. ICATU

ATÉ 2 SEMANAS SOB ALTAS TEMPERATURAS

Temperatura diurna durante a colheita


Parâmetro
[CO2] (µL L-1) 25 °C 30-35 °C 36-40 °C

AMassa de 100 grãos (g)


EXPOSIÇÃO DAS PLANTAS À380 9,6 aA
TEMPERATURAS 7,2 abA
ELEVADAS DURANTE 5,0 bA
A MATURAÇÃO
700
DO GRÃO ALTEROU 10,3 aA
NEGATIVAMENTE 8,0 abA
A QUALIDADE 6,4 bA

Densidade (g mL; -1C) AFÉÍNA; TRIGONELINA


CQA TOTAIS 380 ; ÁCIDO CUMÁRICO
0,69 bA 0,69 AMARGOR
 MAIOR bA A 0,75 aA
BEBIDA
700 0,65 aA 0,65 aA 0,70 aB

Produtividade (%) 380 16,0 aA 12,5 bA 11,9 bA


700 16,3 aA 13,9 abA 12,1 bA

Ramalho et al., 2018

COMO PODEMOS MITIGAR O ESTRESSE OXIDATIVO


DEVIDO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

Mudanças climáticas 6
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

ORIENTAÇÃO DE PLANTIO DO POMAR

Norte-Sul Leste-Oeste

PLANTIO - MANEJO DA ENTRELINHA


Fotos: Fernando Azevedo

PD - Plantio direto sem herbicida PDH - Plantio direto com herbicida

CM – Cultivo mínimo CONV - Plantio convencional

PLANTIO - MANEJO DA ENTRELINHA


a
PDH – Plantio direto com herbicida
PD – plantio direto
CM – cultivo mínimo b
b b
CONV – Plantio Convencional

Potencial de água em folha


(Ψw) e umidade do solo na
linha de plantio (%) –

setembro /2016

Dados: R. Moreira & F. Azevedo (CCSM)

Mudanças climáticas 7
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

PLANTIO - MANEJO DA ENTRELINHA

Potencial de água em folha


(Ψw) e umidade do solo na
linha de plantio (%) –

Verão /2017

Dados: R. Moreira & F. Azevedo (CCSM)

PLANTIO - MANEJO DA ENTRELINHA


2° semestre /2017 Julho a Dezembro

~ 3 X > CONV

PD PDH CM CONV
Produtividade de frutos das plantas de lima ácida ‘Tahiti’ no 2° semestre de 2017 em
diferentes sistemas de plantio: PD = plantio direto sem herbicida; PDH = plantio direto com
herbicida na linha dos citros; CM = cultivo mínimo; CONV = plantio convencional. Obs:
*médias seguidas de mesma letra não diferem entre si, Tukey, 5% (Araras/SP, 2017).

MANEJO DA ENTRELINHA

“Utilizar vegetação intercalar (natural


ou introduzida) do pomar como aliada”

Mudanças climáticas 8
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Fotos: F.A. Azevedo

ECOLÓGICA CONVENCIONAL

(F.A.Azevedo – Dados não publicados)

QUAL O PAPEL DO MANEJO NUTRICIONAL


NA MITIGAÇÃO DO ESTRESSE?

Mudanças climáticas 9
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

FORMANDO UM BOM SISTEMA RADICULAR

AVALIAÇÃO CRESCIMENTO DE RAÍZES (2013)


EXPERIMENTO FERTIRRIGAÇÃO, REGINÓPOLIS - SP

pH 3.8 pH 6.7

Dose de N= 160 kg/ha


Nitrato de amônio Nitrato de cálcio
Martins 2014

O PAPEL DO MAGNÉSIO

Até 35% do Mg na planta está ligado as clorofilas

Cakmak & Kirkby, 2008

O PAPEL DO MAGNÉSIO

Cakmak, 2013

Mudanças climáticas 10
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

ESTRESSE OXIDATIVO EM PLANTAS


O2
hv e-
._
O2
H2O2

Membrana DNA Clorofila Proteína

Quebra Mutação Clorose Disfunção


lipídios proteína

Morte celular Cakmak (1995)

O PAPEL DO MAGNÉSIO

Trigo

Milho

Cakmak, 2013

O PAPEL DO MANEJO NUTRICIONAL

Temepratura do ar (°C) Radiação total (W m-2)

Horas do dia Horas do dia

Lima-ácida Tahiti com diferentes manejos nutricionais

Tratamentos:
1º - Est Nutri Adeq (Controle)
2º - Est Nutr Adeq + Estresse
3º - +Mg +Estresse
4º - +Mg +N +Estresse
5º - +N +Estresse

Hippler et al., dados não publicados

Mudanças climáticas 11
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

DIAS MAIS QUENTES – PLANTAS CÍTRICAS


Lima-ácida Tahiti com diferentes manejos nutricionais
2.5
Magnésio e Nitrogênio

Chlorophyll (mg g FW)


2.0
a
a

-1
ab
1.5
b b
Temperatura do folha (°C)
1.0
45
Controle sombreado
Cont
Estresse 0.5
Str
40
Est +Mg
S+Mg
Est +MgN 0.0
S+MgN Cont Str S+Mg S+MgN S+N
Est +N
S+N 2.0

P N ( µmol m s )
35

-1
6 13 h a
-2
a
ab
30
3 b b

25 0

Estresse

Estresse +N
Controle sombreado

Estresse +Mg

Estresse +MgN
20

8 10 12 14 16 18
Time of the day (hours)
Horas do dia

Hippler et al., dados não publicados

REDUZINDO A TEMPERATURA DA FOLHA

Temperatura da folha (°C)


45
42
39
36
~ 10 °C
33
30
27
24
21
18
06:00:00 08:00:00 10:00:00 12:00:00 14:00:00 16:00:00 18:00:00

Horas do dia

Syvertseen, 2014

Mudanças climáticas 12
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

CAULIM E FOTOSSÍNTESE DE CITROS

Larnajeiras

Jifon & Syvertsen 2003

“SUNBLOCKERS” EM PLANTAS DE CAFÉ

Catuaí amarelo - 2 anos


[Coffea arabica (L.)]
Nov/17
Tratamentos
· Controle
· Caulim
· Extrato vegetal
· Caulim + Extr.Veg

Mar/18

Panza, Não publicado

“SUNBLOCKERS” EM PLANTAS DE CAFÉ

Jan/Fev-18
Temperatura da folha (°C) Catuaí amarelo
39
Caulim
Caulim 2 anos
Controle
Controle
37
Caulim + Extr.Veg
Croda+Caulim
Extr.Veg
Croda ~3,3 °C
35

33

31

29 4,0
ACO2 (µmol m-2 s-1)
a
3,0
27 ab ab
2,0
b
25
9 Hrs 10 Hrs 11 Hrs 12 Hrs 13 Hrs 14 Hrs
1,0 15 Hrs 16 Hrs

0,0
Controle Caulim Extr.Veg. Caulim+Extr.Veg

Panza, Não publicado

Mudanças climáticas 13
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

DANOSCAUSADOS POR ESCALDADURA EM CAFÉ - DIAS QUENTES


Catuaí amarelo
2 anos Março/18

Panza, Não publicado

DANOSCAUSADOS POR ESCALDADURA EM CAFÉ - DIAS QUENTES

Valores SPAD - Índice indireto de clorofila


50

45

40

35 a ab
30
ab
25
b
Controle Caulim Ext Vegetal Cau+EV

Catuaí amarelo
2 anos

Março/18

Panza, Não publicado

FOTOSSINTESE EM PLANTAS DE CAFÉ EM DIAS QUENTES

26-28 °C 34-35 °C
12,00 12,00
9h 13 h
10,00 10,00
a a a
ACO2 (µmol m-2 s-1)

8,00 8,00
b
6,00 6,00

4,00 4,00

2,00 2,00

0,00 0,00
Controle Caulim Ext. Veg Caulim + Controle Caulim Ext. Veg Caulim +
E.V. E.V.

6 6,00
9h 13 h a a
5 5,00
a a ab
ACO2 (µmol m-2 s-1)

4 ab 4,00
b
3 3,00
b
2 2,00

1 1,00

0 0,00
Controle Caulim Ext. Veg Caulim + Controle Caulim Ext. Veg Caulim +
E.V. E.V.

Panza et al.; Não publicado

Mudanças climáticas 14
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

CONSIDERAÇÕES FINAIS

MUDANÇAS CLIMÁTICAS ESTÃO OCORRENDO

CONHECER O AMBIENTE DE PRODUÇÃO PARA BUSCAR ESTRATÉGIAS DE


MITIGAÇÃO

NOVAS ESTRATÉGIAS DE MITIGAÇÃO – MATERIAL GENÉTICO?! MANEJO?!

MUITO OBRIGADO

Franz W. R. Hippler
franz@ccsm.br

Mudanças climáticas 15
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

"Feliz aquele que transfere o que


sabe e aprende o que ensina"
Cora Coralina

Simpósio sobre os avanços na nutrição de Citros e Café


Nutrientes estratégicos para a produção e qualidade do cafeeiro

Prof. José Laércio Favarin


MSc. Laís Teles de Souza
USP/Esalq
Piracicaba/SP Departamento de Produção Vegetal
abril - 2018 Setor Agricultura

Grande inovação na cafeicultura nacional...


O ganho de produtividade nos últimos 20 anos, ocorreu sem muita variação
de cultivares, pois ± 80% da produção ainda é de Mundo Novo e Catuaí.

Média da produtividade
nos últimos 40 anos

7,1 mil plantas

Fenótipo α genótipo x ambiente

Genótipo não mudou -, o cafezal sim! Saiu de ± 2 mil plantas para mais de 5
mil plantas/ha. E adubação? Um absurdo: 900 N, 450 P2O5, 750 K2O (kg/ha).

Produtividade e recomendação oficial


Produções individuais ultrapassam 100 sacas, mais que a prevista nos boletins.
O desconhecimento levou a esse absurdo - 900 kg N, 450 kg P2O5, 750 kg K2O.

100
Produção relativa - %

80

60
Neto (2009)

26-32 g/kg (Raij, 1996)


40
0 200 400 600 800
N - kg/ha
27 28 29 30
Neto & Favarin (2011) N-foliar - g/kg

Por que, o aumento da dose não mantém a concentração foliar na granação?


A dose aplicada no ano de alta produção é a mesma no ano de baixa?
Quanto da dose recomendada no boletim é para frutos? E para vegetação?

Manejo da adubação do café 1


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Lixiviação de N e oferta de N pelo solo


Textos agronômicos são unânimes sobre a lixiviação de N. No entanto, as
pesquisas indicam que é inferior a 10% da dose aplicada, apesar da pouca
afinidade do N-NO3- e do N-NH4+ com a matriz do solo.

N NRF Lixiviação N N NRF NTP NPS


kg/ha kg/ha % kg/ha % kg/ha kg/ha % kg/ha %
200 149 75 3 1,3 300 117 39 504 387 77
400 164 41 15 3,7
400 164 41 713 549 77
600 273 46 46 7,6
800 229 29 104 13 280 112 40 413 301 73
Bortolotto (2010) - 15% argila e 1,2% MO Bortolotto (2010) - 15% argila e 1,2% MO

A explicação para uma perda inferior ao que podia depreender da literatura


internacional é singela - imobilização de N pelos viventes do solo.
Pela mesma razão, acho muito difícil aumentar a eficiência de recuperação
do N-fertilizante.

Antecipar a aplicação de nutrientes


Primeira parcela do fertilizante deve esperar a chuva no cafezal. Nesse caso,
não se deve usar fonte de N-amídico -, a fim de evitar a volatilização.

Richart (2018)

N-superfície, época chuvosa

Nos primeiros 30 cm de solo há grande reserva de N - 1.000 kg a 8.000 kg/ha


de nitrogênio, não prontamente disponível. Para liberá-lo é preciso ativar a
microbiologia do solo.
As duas principais chaves que ativam os viventes do solo são: chuva e adição
de N. É conveniente que se faça mais de um parcelamento de N.

Demanda de N: produção esperada x modelo fisiológico


Comparação entre a dose de N pela produtividade esperada e por meio do
modelo fisiológico, ainda em desenvolvimento.

Produtividade N-foliar: 26 a 30 g/kg


esperada Frutos Vegetação DTN
sacas/ha kg/ha kg/ha
< 20 120 36 59 95
21 a 30 140 47 53 100
31 a 40 160 69 43 112
41 a 60 200 102 36 138
61 a 80 250 135 40 195
> 80 300 100 169 53 222
Raij et al. (1996) Souza (2018)-dados não public.

Cafeicultura atual: recuperação de N pelo café x braquiária - 69%, e a mesma


dose apenas no café - 39% (Pedrosa, 2013). Aumentaram os teores de Ca, Mg
e K no solo de 900 plantas para 7,1 mil plantas/ha (Pavan et al., 1999).

Manejo da adubação do café 2


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Demanda de K: produção esperada x modelo fisiológico


Comparação entre a dose de K pela produtividade esperada e por meio do
modelo fisiológico, ainda em desenvolvimento.

Produtividade K-solo: 1,6 a 3 mmolc/dm3


esperada Frutos Vegetação DK2O
sacas/ha kg/ha kg/ha
< 20 70 60 83 143
21 a 30 90 79 74 153
31 a 40 110 116 60 176
41 a 60 140 154 54 208
61 a 80 170 209 54 263
> 80 200 100 283 74 357
Raij et al. (1996) Souza (2018)-dados não public.

O aumento da população de plantas e a implantação da foram, sem dúvidas,


avanços da cafeicultura. Outros fatos podem ser elencados - o uso de gesso
e o preparo profundo. Mas, ainda persiste a questão da dose nutriente!

O caso magnésio...
Doses elevadas de K desencadeiam sintomas de deficiência de Mg, a qual é
atribuída a inibição competitiva provocada pelo desequilíbrio entre Mg/K.

K-foliar: 18-25 g/kg (Raij et al, 1996)

24
K-foliar: g/kg

VG FL CH GR MA
22

20 jan
314 kg/ha K2O/70%
18
- 56 0 42 126 168 266
Neto (2009) Dias após florada

Regra prática: “teor de potássio não deve superar o de magnésio” (Raij, 2011;
p.268, final 2° parágrafo). Problema é maior na época chuvosa, por que essa
regra não é levada a sério. Deficiência Mg é inevitável e prejudica a granação.

Forrageira e ciclagem de potássio


Dose elevada de K causa deficiência de Mg -, atribuída a inibição competitiva
de K, evidenciada pela relação entre Mg/K do solo. Há, também, a lixiviação!
Maior carga e menor raio hidratado - maior força retenção: Al> Ca> Mg > K = NH4 >Na

Solo 26 kg K2O/t MS
Ciclagem de K - kg/ha

...30cm 30-60 60-90cm


Risco de o K lixiviar tem a ver com a dose. Ciclagem depende: 1°) Quantidade
biomassa e 2°) Concentração K no tecido (22 g/kg). Forrageira ciclou muito
mais K das camadas profundas (30 a 90 cm) do que dos primeiros 30 cm (Rb).

Manejo da adubação do café 3


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Boro no cafeeiro
Quando a concentração de B aumenta simultaneamente na folha e no fruto,
indica transporte de longa distância - o B chega no órgão direto do solo. A
remobilização de B das folhas para os frutos é inferior a 5% (Leite et al., 2007).

CH ER GR MA
Aumento B no fruto

Aumento B na folha
Pedicelo b.floral
sem-xi
Muita
cera

Neto (2009)

Assim, preferir a aplicação de B no solo, com fonte de solubilidade gradual -,


principalmente em solo de textura média e arenosa.

Zinco e boro no cafeeiro


Concentração adequada de Zn na folha se obtém facilmente por meio da
aplicação foliar. No entanto, em razão da “imobilidade” da folha que recebeu
Zn para as folhas recém lançadas será preciso 3 a 4 aplicações foliares.

Zinco Folha Ramo Fruto


Sacas/ha
mg/dm mg/kg - 128 DAP

4,8 10,0 26,2 4,0 59,9a


116 13,0 39,5 5,3 45,6a
193* 11,8 83,0 5,0 55,1a
Tezotto & Favarin (2010) - DTPA *morte Deficiência de Zn Deficiência de B

Não se espera resposta a aplicação de Zn no solo e/ou foliar quando o teor é


adequado - 2,5 mg a 5 mg/dm-3 (5 a 10 kg/ha de Zn).
Se preciso, aplicar Zn via foliar, principalmente em solo argiloso, em razão da
fixação no solo, e por que o Zn acumula nas raízes e nos ramos produtivos.

“Profissional sábio sabe


praticar a teoria!
Favarin

Até mais...
favarin.esalq@usp.br

Prof. José Laércio Favarin


Departamento de Produção Vegetal
Setor agricultura

Manejo da adubação do café 4


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Pavan et al. (1999) Recuperação pelo cafeeiro


80

N fertilizante recuperado (%)


4 mil plantas/ha 69%
60
39%
40

20
N-folha: 26-32 g/kg 0
100% cafeeiro 50% caf + 50% braq

Parte vegetativa Frutos Raízes


Café em formação

Variáveis ...20cm ...5cm

pH CaCl2 4,5 6,0


P (mg dm-3) 12 62
Neto (2009) Ca (cmolc dm-3) 1,2 8,1
Raij (1992)

Manejo da adubação do café 5


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Manejo da adubação dos citros


SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE
CITROS E CAFÉ
12 de abril de 2018

Dirceu de Mattos Jr.


Laboratório de Nutrição e Fisiologia

Centro de Citricultura Sylvio Moreira


Pesquisa para o agronegócio
1928 - 2018

Características da citricultura
brasileira
o Negócio: destaque no cenário
produção de frutas no Brasil
o Cultura perene: copa e porta-enxerto
o Manejo de nutrientes:
plantio | formação | produção
o Solos tropicais: ácidos e de baixa
fertilidade natural
o Sustentabilidade: pressões para maior
eficiência de produção
o Fatores de produção: material
genético | água | nutrientes

Programa de pesquisa IAC


Projetos 1990-2020

Superfície de resposta a calagem


Estabelecimento de curvas de resposta N, P e K
Avaliação eficiência de uso de fertilizantes (N)
Respostas produção x qualidade da fruta
Adubação micronutrientes
Adubação citros formação x PE
Eficiência de uso de N e fertirrigação
Eficiência de uso de P e K
Respostas de PE à adubação
Novas estratégias micronutrientes
Estresses (a)bióticos e estado nutricional

Manejo da adubação dos citros 1


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Eficiência de uso de água e nitrogênio na


SPde2017-18
produção de citros: uma análise meta-dados
~1000 caixas/ha
Fundecitrus (2017)

◼ USA

● Brazil

+ World

▲ China

Adubação como “moeda de


troca”
Composição de custos:
insumos | operações mecanizadas | operações manuais
e colheita | administrativo

Custo dos insumos:


fitossanitários | fertilizantes custo
fertilizantes/total
Custos de produção: 10-15%
R$ total | R$ fertilizantes

Bases para as
recomendações de
adubação para a N K
P

citricultura B

| plantio | formação | produção

Manejo da adubação dos citros 2


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Citricultura
moderna: preparo
avançado do solo

descompactação

calcário e gesso

cobertura
fósforo e zinco
em profundidade

Calagem para citros


Quaggio et al. (1992a)

30
PRODUÇÃO DE FRUTOS, t/ha

Quaggio et al.,
1992
25

20

15

10
0 20 40 60 80
SATURAÇÃO POR BASES, %

Manejo da adubação dos citros 3


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Calagem para citros


Camacho et al. (2007)

toxicidade de alumínio

Zhou (2011)

Calagem para
citros
Auler et al. (2011)

Manejo da adubação dos citros 4


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

… preceitos para o manejo


eficiente de fertilizantes na
citricultura, com base no
método certo, fonte certa,
dose certa e época certa
(= 4 C´s).

P-res = 4 mg dm-3

Pêra/Cléo

Pêra/Cravo

Fotos:
D.Mattos Jr.

P-res = 47 mg dm-3

Pêra/Cravo
Pêra/Cléo

Fotos:
D.Mattos Jr.

Manejo da adubação dos citros 5


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Absorção, eficiência de uso e


fracionamento do P em citros

Camadas Tratamentos
contêiner
(cm) T1 T2 T3 T4 T5

0-30 P0 P1 P0,5 P2 P1

31-60 P0 P0 P0,5 P0 P1
Zambrosi et al (2013)
i) testemunha - sem aplicação de P (P0)
ii) dose 1 - metade da dose (P0,5 = 10 mg/dm3 de P)
iii) dose 2 - nível adequado (P1 = 20 mg/dm3 de P)
iv) dose 3 - dobro da dose 2 (P2 = 40 mg/dm3 de P)

Produção de massa seca


laranjeira = f(distribuição P solo)

Tratamento Partes das plantas


Folhas Ramos Total PA Raiz
-------------------------- g /planta -----------------------
P0 P0 73,0 d 92,5 b 165,3 c 104,0 b
P1 P0 79,4 cd 99,3 ab 178,8 bc 118,7 a
P0,5P0,5 88,1 bc 100,6 ab 188,7 b 121,7 a
P2 P0 92,1 ab 105,1 ab 196,2 ab 125,7 a
P1 P1 98,9 a 112,5 a 211,4 a 126,5 a
Zambrosi et al. (2013)

Fatoriais NPK longa duração –


curvas de calibração pomares em
formação

Manejo da adubação dos citros 6


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Demanda de NPK para


laranjeiras em formação
120
Relative fruit yield, %

100

80

RL
60 Cleo
Sw
40
0 500 1000 1500 2000 2500

N, g tree-1

RL: Limão Cravo


Cleo: Tangerina Cleópatra
SW: Citrumelo Swingle
Mattos Jr. et al (2006)

Demanda de NPK para


laranjeiras em formação

120 B
Relative fruit yield, %

100

80
RL
60 Cleo
Sw
40
0 200 400 600 800 1000
-1
RL: Limão Cravo P, g tree
Cleo: Tangerina Cleópatra
SW: Citrumelo Swingle
Mattos Jr. et al (2006)

Absorção e
eficiência de
uso do P em
citros
Zambrosi et al. (2012)

Pré-condição | condição

D = deficiente
S = suficiente

Porta-enxertos: Cléo e Cravo

Manejo da adubação dos citros 7


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Demanda de NPK para


laranjeiras em formação

120 C
Relative fruit yield, %

100

80
RL
60 Cleo
Sw

RL: Limão Cravo 40


Cleo: Tangerina Cleópatra 0 320 640 960 1280 1600
SW: Citrumelo Swingle K, g tree
-1

Mattos Jr. et al (2006)

ANO 1 ANO 2 ANO 3

408 plantas
7,0 x 3,5 m
24,5 m2

550 plantas
6,5 x 2,8 m
18,2 m2

700 plantas
6,5 x 2,2 m
14,3 m2

Fatoriais NPK longa duração –


curvas de calibração produção
N (30, 100, 170 e 240 kg ha-1 de N)
P (20, 60, 100 e 140 kg ha-1 de P2O5)
K (30, 110, 190 e 270 kg ha-1 de K2O); desenho (½) 43

Cantarella et al. (1992); Quaggio et al. (1998)

Manejo da adubação dos citros 8


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

F 63.2 F 30.3

Conteúdo de
R 34.7

Tree component
R 53.5
Tree component

L1 40.2 L1 57.1

S2 31.6 S2 71.2

nutrientes em
L2 19.7 L2 39.2

TR 10.2 TR 13.7
Total = 234.7 g N Total = 273.8 g Ca
S1 9.5 S1 19.1
LSD0.05 = 2.7 LSD0.05 = 4.0

laranjeira
T 6.9 T 8.6

0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100

g N per tree g Ca per tree

Mattos Jr. et al. (2002)


da planta

da planta

F 81.4 F 6.3
R 33.8 R 9.1
Tree component

Tree component

L1 22.0 L1 4.7
S2 17.6 S2 5.8
L2 8.6 L2 1.6
TR 6.8 TR 0.7
Partes

Partes

Total = 181.5 g K Total = 30.2 g Mg


S1 6.5 S1 1.3 LSD0.05 = 0.9
LSD0.05 = 3.1
T 4.8 T 0.7

0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100

g K per tree g Mg per tree

F 9.6 F 4.9

R 5.7 R 7.3
Tree component

Tree component

L1 3.7 L1 3.6

S2 5.6 S2 3.5

L2 1.3 L2 2.7

TR 1.1 TR 0.9

S1 1.8 Total = 29.8 g P S1 0.9 Total = 24.1 g S


LSD0.05 = 0.5 LSD0.05 = 0.5
T 1.1 T 0.6

0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100

g P per tree g S per tree

Remoção de nutrientes pela


colheita de frutos (laranjas)

Nutriente estimativa
kg/t kg/60 t
N 1,9 - 2,4 114,0 - 144,0
P 0,15 - 0,21 9,0 - 12,6
K 1,3 - 2,1 78,0 - 126,0
Ca 0,45 - 0,64 27,0 - 38,4
Mg 0,11 - 0,15 6,6 - 9,0
S 0,10 - 0,18 6,0 - 10,8
Bataglia et al. (1977)

Remoção de nitrogênio pela


colheita de frutos (laranjras)

Nutriente estimativa
kg/t
N 1,9 - 2,4
P 0,15 - 0,21
K 1,3 - 2,1
Ca 0,45 - 0,64
Mg 0,11 - 0,15
S 0,10 - 0,18
Bataglia et al. (1977)

Mattos Jr. et al. (2003)

Manejo da adubação dos citros 9


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Recomendações adubação citros –


Boletim 100

Classes de N foliar, g kg-1 P-resina, mg dm-3 K-trocável, mmolc dm-3


produção <25 25-30 >30 <15 15-30 >30 <1,6 1,6-3,0 >3,0
t ha-1 ------------------- N - P2O5 - K2O (kg ha-1) -------------------
<30 160 140 90 80 60 30 100 80 60
31 - 40 180 160 120 100 80 40 120 100 80
41 - 50 200 180 160 120 100 50 160 140 100
51 - 60 220 200 180 140 120 60 180 160 120
>60 260 220 200 160 140 70 200 180 140

Interpretação
de resultados
de análise
de folhas de
citros

Quaggio et al. (1998)

Resposta dos citros à


adubação N (fontes e doses):
sequeiro
Produção (t ha )

50
-1

2
y = -0,0004x + 0,164x + 27,3
2
45 R = 0,99**

40

35
2
y = -0.0001x + 0,086x + 26,4
30 2
R = 0,99**
25
nitrato de amônio uréia
20
0 50 100 150 200 250 300
Dose N (kg ha-1)

Cantarella et al. (2003)

Manejo da adubação dos citros 10


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Acidificação do solo e perda de


bases
pH (CaCl2) Ca2+ + Mg2+ + K+ Saturação
Dose do por bases
fertilizante
Uréia NA Uréia NA Uréia NA
N, kg ha-1 mmolc dm-3 %
Profundidade amostragem: 0 a 20 cm
20 5,6 5,8 47 64 67 77
100 5,5 4,9 40 40 65 51
180 4,9 4,4 45 28 58 38
260 4,7 4,1 33 19 47 24
Profundidade amostragem: 20 a 40 cm
20 5,3 5,6 27 36 55 68
100 5,8 5,3 35 37 69 64
180 5,5 5,1 40 32 67 59
260 5,3 4,8 33 27 62 48
Cantarella et al. (2003)

Solubilidade e potencial de
acidificação do solo
Solubilidade em Índice de acidez (eq. CaCO3)
Fertilizante
água kg/kg N kg/100 kg adubo

Uréia Alta -1,80 -148


Nitrato de amônio Alta -1,80 -79
Sulfato de amônio Alta -5,35 -107
MAP Alta -5,00 -45
Nitrato de potássio Alta +2,00 +26
Nitrato de cálcio Alta +1,35 +19

50 N fertilization, kg ha-1
NH3 losses, % of applied N

A: 1996 AN 6.7

40 AN 86.7

Perda de N
UR 6.7
30 AN 33.3
AN 86.7

por volatilização de 20

10
amônia 0
0 3 6 9 12 15 18

50
nitrato de amônio x
NH3 loss, % of applied N

B: 1997
40
uréia 30

20

10

0
0 3 6 9 12 15 18 21

50
NH3 loss, % of applied N

C: 1999
40

30

20

10

0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33
Cantarella et al. (2003) Days after fertilizer application

Manejo da adubação dos citros 11


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Absorção NH3 volatilizada do


15N-uréia
folhas laranjeiras; 1/3 dose anual N

• Guacho, pomar 4 anos


7 x 3,5 m (408 pl/ha = padrão),
100 g/planta de N

• Agrindus, pomar 8 anos


6 x 2,7 m (617 pl/ha = adensado),
133 g/planta de N

Perdas de N
volatilização de N-amônia

Espaçamento padrão Espaçamento adensado


4 anos 8 anos
Boaretto et al. (2012)

Recuperação de N
absorção pelas folhas

Espaçamento
Estimativas
padrão - 4 anos adensado - 8 anos
N recuperado do volatilizado 3,2 % 7,3 %
N recuperado do aplicado 1,7±0,1 % 6,1±0,3 %
N recuperado (área) 0,7±0,05 kg ha-1 4,9±0,4 kg ha-1

Boaretto et al. (2012)

Manejo da adubação dos citros 12


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Perdas de N-amônia em campo


Brasil

Volatilização NH3 (% de redução


Cultura/Local comparada à uréia)
UR UR-NBPT
-------- % N aplicado --------
milho / Mococa 45 24 (47)
milho / Rib. Preto 37 5 (85)
milho / Mococa 64 22 (65)
milho / Pindorama 48 34 (29)

pastagem 1 18 6 (69)
pastagem 2 51 22 (56)
pastagem 3 18 3 (83)
pastagem 4 18 2 (89)

Média 37 15 (60)
Cantarella (2005)
NBPT = triamida n-(n-butil)thiofosfórica

Resposta dos citros à


adubação N (fontes e doses):
fertirrigado

Quaggio et al. (2014)


Fonte: Quaggio et al. unpublished

Deficiência de
P nas folhas
laranjeira
NO CAMPO

Manejo da adubação dos citros 13


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Interpretação
de resultados
de análise
de solo – P res

Quaggio et al. (1998)

Interpretação de resultados de
análise de solo para P (resina)

Potássio

Potássio
Efeitos sobre crescimento e
qualidade interna de frutos

Fontes do fertilizante
cloreto de potássio
sulfato de potássio
nitrato de potássio

Figure 2. Correlation between exchangeable soil-K determined in


samples taken at the beginning of each trial and the corresponding
relative yields averaged over the years of data collection.

Quaggio et al. (1998)

Manejo da adubação dos citros 14


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Potássio

Quaggio et al. (2003)

Potássio

Quaggio et al. (2003)

Produção e qualidade da fruta

suco
Rendimento em SS

in natura
Qualidade externa

Manejo da adubação dos citros 15


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Qualidade da fruta:
respostas N e K

Quaggio et al. (2002)

Quaggio et al. (2006)

Qualidade da fruta:
modelo de resposta N e K

tamanho
SS/ha
Produção
N ou K Brix
frutos
cx/t suco
%suco

maior/menor maior/menor
Tendência de variação

Cálcio
principais funções

• componente estrutural
• “regulador” metabólico
balanço de cátions/ ânions
mensageiro secundário

Forma absorvida: Ca2+


Baixa mobilidade no floema

Manejo da adubação dos citros 16


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Disponibilidade de nutrientes, estado


nutricional e qualidade da lima ácida
Tahiti
Variable Ksoil Casoil Nleaf Kleaf Caleaf Nfruit Kfruit Cafruit PT CI Mass WL7 WL14 WL21
Ksoil -
Casoil 0.13ns -
Nleaf 0.02ns 0.12ns -
Kleaf 0.26ns -0.35ns -0.64 * -
Caleaf 0.25ns -0.13ns -0.05ns -0.19ns -
Nfruit 0.53ns -0.01ns 0.44ns -0.16ns -0.13ns -
Kfruit 0.35ns -0.31ns 0.33ns 0.15ns -0.20ns 0.79** -
Cafruit -0.56ns 0.10ns -0.20ns -0.07ns 0.36ns -0.56ns -0.41ns -
PT -0.44ns -0.37ns 0.27ns 0.06ns -0.52ns 0.24ns 0.53ns -0.16ns -
CI -0.39ns -0.11ns -0.71** 0.50ns -0.24ns -0.49ns -0.16ns 0.27ns 0.12ns -
Mass 0.03ns -0.39ns -0.04ns 0.34ns -0.34ns 0.61 * 0.80** -0.16ns 0.65 * 0.20ns -
WL7 0.16ns -0.46ns -0.02ns 0.56ns -0.13ns 0.33ns 0.50ns -0.09ns 0.32ns 0.22ns 0.67 * -
WL14 0.09ns -0.12ns 0.19ns 0.20ns -0.54 * 0.66 * 0.66 * -0.29ns 0.46ns 0.06ns 0.75** 0.69** -
WL21 0.11ns -0.30ns 0.26ns 0.29ns -0.45ns 0.58 * 0.64 * -0.21ns 0.39ns -0.13ns 0.66 * 0.68 * 0.90** -
Mattos Jr. et al. (2010)

NA, 320 kg ha-1 NCa, 320 kg ha-1


Folhas
Pétalas de flores

Magnésio
principais funções

• elemento estrutural
(estabilidade da parede,
formação moléculas e
estabilidade de proteínas)
• ativador metabólico
(enzimas)
• ajuste pH celular e
balanço cátions/ânions

Forma absorvida: Mg2+


Alta mobilidade no floema
Absorção competitiva: K+,
NH4+, Ca2+

Manejo da adubação dos citros 17


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Mg x partição CH

Cakmak et al. (1994)

Quaggio et al. (1992)

Magnésio

Cakmak & Kirkby (2008)

Manejo da adubação dos citros 18


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Micronutrientes

11/04/2018 - Quarta-feira

15:20 - 16:00 Micronutrientes em citros e café


Importância dos micronutrientes e modos de aplicação Rodrigo Boaretto

Manejo da adubação para aumento


da produtividade
estratégias

monitoramento da avaliações dos resultados das análises de


fertilidade do solo solo e de folhas e do diagnóstico de campo

definição de doses de corretivos e


tomada de decisão fertilizantes, observando-se a demanda e a
produtividade esperada dos talhões

definição de fontes,
épocas e modo de adubo sólido ou fertirrigado, precisão etc.
aplicação

avaliação da qualidade do trabalho,


análise de pontos manutenção de históricos e evolução da
críticos produtividade e qualidade dos frutos

Manejo da adubação dos citros 19


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Manejo de Água e Fertirrigação


em Citros e Café

Prof. Rubens Duarte Coelho


ESALQ - LEB: INCT Irrigação
rdcoelho@usp.br

CÁLCULO - Necessidade de Irrigação

1 – Métodos Climatológicos
Tanque A x Estações Automatizadas

2 – Métodos de Solo
Tensiometria e TDR

3 – Métodos de Planta
Câmera de Scholander / Imagem Termal

Manejo da irrigação em citros e café 1


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

CÁLCULO - Necessidade de Irrigação

1 – Métodos Climatológicos
Tanque A x Estações Automatizadas

2 – Métodos de Solo
Tensiometria e TDR

3 – Métodos de Planta
Câmera de Scholander / Imagem Termal

Conceitos Básicos : Evapotranspiração

• Evaporação (E) - Perda de água de uma superfície para a atmosfera;

• Evapotranspiração (ET) - Perda de água por evaporação da superfície do solo mais


transpiração da planta;

• Evapotranspiração Potencial (ETp) - É a demanda de água em uma superfície


extensa vegetada por uma cultura, em crescimento ativo, cobrindo totalmente o
terreno, em condição ideal de disponibilidade hídrica no solo (capacidade de
campo), sem advecção / somente trocas verticais. Thornthwaite 1948.

• Evapotranspiração de Referência (ETo) - Evapotranspiração ocorrente em uma


superfície de solo vegetada com grama batatais (2,88 m2 de folha / m2 de solo  8 a 15 cm de
altura) ou alfafa (30 – 50 cm de altura), bem suprida de água em fase de desenvolvimento ativo
e com bordadura adequada. Doorenbos & Pruitt (1977)

Manejo da irrigação em citros e café 2


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Tanque Classe A : ETo - Cálculo

Evaporação do Tanque Classe A (ECA)

x Kp (Coeficiente de Tanque)
Função do Vento e UR %

Evapotranspiração de Referência (ETo)

Doorenbos & Pruitt (1977)

Manejo da irrigação em citros e café 3


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ 02/04/2018
IAC - 2018

Lâmina de Irrigação - Cálculo

Evapotranspiração Máxima (ETm) – Estação Meteorológica


ETm = ETo . Kc
Kc - Coeficiente de cultura

Evapotranspiração Máxima (ETm) – Tanque Classe A


ETm = ECA . Kp . Kc
Kp - Coeficiente de Tanque
Kc - Coeficiente de cultura

Manejo da irrigação em citros e café 4


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ 02/04/2018
IAC - 2018

Kc Aspersão x Kc Gotejamento
Evapotranspiração Máxima (ETm Asp) – Sistema Aspersão
ETm Asp = ETo . Kc Asp

Kc Asp - Coeficiente de cultura : Irrigação por Aspersão

Evapotranspiração Máxima (ETm Got) - Sistema Gotejamento


ETm Got = ETo . Kc Got Kc Got = Kc Asp . Kr
Kc Got - Coeficiente de cultura : Irrigação por Gotejamento
Kr - Coeficiente de Localizada : Converte Kc Asp em Kc Got

ETm Got = ETo . Kc Asp . Kr

Manejo da irrigação em citros e café 5


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ 02/04/2018
IAC - 2018

Método Climatológico - Turno Rega Fixo

Manejo da irrigação em citros e café 6


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Dificuldades - Métodos Climatológicos

1 - Instalação e manutenção da Estação Meteorológica


Calibração dos sensores x área de bordadura

2 - Calibração dos valores de Kc no campo

3 - Variabilidade espacial das chuvas, do solo e das plantas

Temática : Irrigação de Precisão

Projeto Citrus

Aplicação de Água em Taxa Variável

Manejo da irrigação em citros e café 7


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

IRRIGAÇÃO DE PRECISÃO – NOVOS CONCEITOS

Manejo da irrigação em citros e café 8


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Princípio - Métodos de Solo


Manter a umidade do Solo próximo da Capacidade de Campo
sem ocorrência de Drenagem Profunda no Perfil de Solo

Força Gravitacional
Força Matricial -50 a -70 cmca

Proposta - Física de Solos


Sensores - Umidade na Capacidade de Campo

Manejo da irrigação em citros e café 9


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Diagrama de um TDR (Time Domain Reflectometer)

Cálculo da Lâmina de Irrigação - Tensiômetros

Manejo da irrigação em citros e café 10


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

• Umidade com Base em Volume ()

Cálculo da Lâmina de Irrigação - Tensiômetros

Manejo da irrigação em citros e café 11


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

www.tensiometro.com.br

Temática 3 : Irrigação de Precisão


Projeto de Pesquisa 2
Atividade de Extensão

Desenvolvimento da Metodologia de
“Amostragem Cirúrgica” da CAD do Solo

Prof. Rubens Duarte Coelho / ESALQ - USP

Manejo da irrigação em citros e café 12


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Umidade do Solo x Classe Textural do Solo

10 % 25 % 55 %
5% 15 % 35 %

Lâmina CC 20 mm 50 mm 110 mm

Lâmina para encher reservatório do solo


na profundidade de 0 - 20 cm a partir do
solo seco - Umidade 0 %

Manejo da irrigação em citros e café 13


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Laboratório de Solos
www.tensiometro.com.br

CÁLCULO - Necessidade de Irrigação

1 – Métodos Climatológicos
Tanque A x Estações Automatizadas

2 – Métodos de Solo
Tensiometria e TDR

3 – Métodos de Planta – Varibilidade Espacial


Câmera de Scholander / Imagem Termal

Manejo da irrigação em citros e café 14


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Camera de Scholander

Câmara de Scholander

“Revolução Azul na Agricultura“

Temática 3 : Irrigação de Precisão

Projeto Café
Colheita Seletiva de Café com Base em Imagens Termais

Prof. Rubens Duarte Coelho / ESALQ - USP

Manejo da irrigação em citros e café 15


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Câmera Térmica
Infravermelho

Força de Sucção que


a planta executa para
retirar a água do solo

Potencial Matricial +

Potencial Osmótico +

Potencial Gravitacional

Manejo da irrigação em citros e café 16


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Manejo da irrigação em citros e café 17


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Tomate - Casa Vegetação : 180 MT /ha

Manejo da irrigação em citros e café 18


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Floração Café
Manejo da Irrigação

FISIOLOGIA DO CAFEEIRO ARÁBICA

• OUTONO (mar/ abr / mai) - Maturação Frutos (Colheita)


e Diferenciação Floral

• INVERNO (jun / jul / ago) – Dormência / Floração

• PRIMAVERA (set / out / nov) - Expansão do Chumbinho

• VERÃO (dez / jan / fev) - Granação dos Frutos

Manejo da irrigação em citros e café 19


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

FLORAÇÃO DO CAFÉ

1° Fase - Diferenciação Floral (abril – maio)


Gema vegetativa - Gema floral

2° Fase - Desenvolvimento do Botão Floral


e Fase Dormência (junho – julho)

3° Fase - Quebra de Dormência


e Florada (agosto - setembro)

Gemas Florais - Quebra de Dormência


INTERAÇÃO DE DIVERSOS FATORES

- Estresse Hídrico na Planta :


CAD do Solo e Demanda Atmosférica
- Temperatura Ambiente / Choque Térmico
- Fotoperíodo / Radiação ??
- Condições internas da Planta
. Níveis nutricionais / época de colheita
. Níveis hormonais
. Presença de folhas no nó das gemas
seriadas

STRESS HÍDRICO FIXO (60 DIAS)


MESES DE JUNHO E JULHO (Cooxupé)

VANTAGENS : SIMPLICIDADE DE USO

DESVANTAGENS: NÃO LEVA EM CONSIDERAÇÃO :

1) AS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE CADA ANO


(CONDIÇÃO DINÂMICA)

2) A TEXTURA DO SOLO E A PROFUNDIDADE


RADICULAR (ARMAZENAMENTO H20 NO SOLO)

3) AS CARACTERISTICAS PARTICULARES DE
CADA PROPRIEDADE

Manejo da irrigação em citros e café 20


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

STRESS HÍDRICO VARIÁVEL


DESVANTAGEM: EXIGE MAIS TÉCNICA DO IRRIGANTE

VANTAGENS - LEVA EM CONSIDERAÇÃO :

1) AS VARIAÇÕES CLIMÁTICAS DE CADA ANO ;

2) O RESERVATÓRIO REAL DE ÁGUA NO SOLO


TEXTURA E PROFUNDIDADE RADICULAR ;

3) PERMITE AO IRRIGANTE PESQUISAR A SUA


PRÓPRIA LAVOURA E COM ISTO APRENDER
COMO IRRIGAR O CAFÉ EM DIFERENTES
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS !!

STRESS HÍDRICO
IDEAL Floração Forte e Uniforme
Sem abortamento de Chumbinhos
Emissão > Número Ramos Vegetativos

EXCESSIVO
Morte de radicelas
Desfolha da Planta
Abortamento de Chumbinhos
Flores Defeituosas / Estrelinha
FRACO
Florada Fraca e Desuniforme
Emissão < Número Ramos Vegetativos

Floração Citros
Manejo da Irrigação

Manejo da irrigação em citros e café 21


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Matão SP
Faz. Cambuhy

Sub-lâmina de Irrigação Manter a Murcha sem perder


folhas na planta

Manejo da irrigação em citros e café 22


02/04/2018
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

CONSIDERAÇÕES FINAIS
rdcoelho@usp.br

Agradecimentos : IAC - Dirceu Mattos / José A. Quaggio

Manejo da irrigação em citros e café 23


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Avanços na fertirrigação dos


citros e café no Brasil

José A. Quaggio

Evolução da área cultivada e produtividade de


café arábica no Brasil

15% irrigado

Fuente: CONAB (2018)

Evolução da área cultivada e produtividade de


laranjas no Estado de São Paulo

25% irrigado

Fonte : Fundecitrus- Projeto PES, (2018)

Avanços na fertirrigação 1
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Fertirrigação na agricultura brasileira

Prática recente em solos tropicais;

A pesquisa esta correndo para alcançar o


crescimento da área fertirrigada;

A eficiência fertilizante na fertirrigação é


semelhante à adubação convencional ??

A fertirrigação permite ajustar a aplicação do


nutriente com a demanda da planta

Sinergia entre
água e nutrição:
Safra> 2000cx/ha

Fertirrigação em cafeeiros: grande sinergia entre irrigação


e nutrição. Produção >100 sacas por ha

Avanços na fertirrigação 2
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

O desenvolvimento tecnológico sobre


nutrição de citros e café incrementou
com os ensaios de fertirrigação e
análise de seiva

Análise de seiva é sensível ao estado nutricional


(1) (2) (3)

(2)

Ramos novos Separação de folhas Lavangem

(4) (5)

Corte de ramos Éter


(2) etíco e freezer (6) (7)
Separação da seiva Seiva

Procedimento Extração da Seiva “Café”


(1) (2) (3)

Coleta - Ramos Separação Ramo/Folha Limpeza Ramos

(4) (5)

Corte Ramos Inserir Éter Etílico


(2) Congelar (7)
(6)
Seiva
Separar Éter/Seiva
9

Avanços na fertirrigação 3
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Existe dependência forte na absorção de N


e Ca pelas plantas perenes

0,4
up, g g

0,3
uptaked,

0,2
taken

y = 0,734x + 0,0026
Ca

0,1 R2 = 0,85**
Ca

0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
N uptaked,
N taken up, g g

Source: Boaventura & Quaggio (2003)

Equilibrio ionico en plantas de cítricos

Suma de cationes Suma de aniones

(+) = (-)
2+
Ca NO31-
K1+ SO42-
2+
Mg H2PO41-
NH4+

Fonte: Quaggio et al. (1991)


11

Balanço de cargas elétricas folhas de cítricos:


Valores médios de 6 colheitas

Limestone Soil N ∑+ ∑- (C+ - A-) - N


-1
t ha pH Ca + Mg + K P+S
mmol c kg-1
0 3,8 2171 1794 155 -532
3 3,9 2321 2266 144 -155
6 5,0 1979 2310 198 89
12 5,5 2171 2348 179 2

Fonte: Quaggio et al. (1991) 12

Avanços na fertirrigação 4
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Demanda da laranjeira por nutrientes em fases fenológicas


240
N=0
N=70
LSD Tukey P < 0.05
180 N=140
-1
N Sap, mg L

120

60

0
jul/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09
Months
1600 N=0
N=70 Freezing
N=140
1200
-1

LSD Tukey P < 0.05


Ca Sap, mg L

800

400

0
jul/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09
Months

Source: Souza et al, (2010)

Equilíbrio iônico no cafeeiro: valores médios de


vários ensaios

Cations Anions (C+ - A-) - N


+ -
Ca2+ K + Mg 2+ ∑ N SO42- H2PO4 -1 ∑
mmol c kg-1
ALTA 625 480 481 1586 2279 127 39 2445 -859

BAIXA 615 616 337 1568 2586 138 50 2774 -1206

Fonte: Quaggio & Raij unpublished

Demanda do cafeeiro por nutrientes: N e Ca

Set SetOut Out Dez Dez


Nov Nov Jan Jan
Fev Fev
Mar Mar
Abr Abr Jun JunJul JulAgo Ago
Mai Mai

Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

20

Avanços na fertirrigação 5
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Demanda do cafeeiro por potássio

Floração Expansão
Expansão frutos Maturação
Dos frutos

Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

21

Demanda do cafeeiro por boro

Floração

Diferenciação
floral

Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

22

Equipamentos modernos de automação


garantem maior precisão na fertirrigação

Avanços na fertirrigação 6
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Ganhos na eficiência de uso de nutrientes

550
-1
N efficiency, kg fruit kg N

c
125
500
b
112

450 a
100

400
Non-Irrigated Irrigated Fertigated

•Fonte: Quaggio et al. (2010)

Eficiência de uso de P
Distância horizontal a partir do ponto de emissão (cm) Distância horizontal a partir do ponto de emissão (cm)
0 25 50 75 0 25 50 75
-10 -10

-20 -20
Profundidade (cm)

Profundidade (cm)

-30 -30

-40 -40
1 Line
2 Lines
-50 -50
Distância horizontal a partir do ponto de emissão (cm)
0 25 50 75
-10

-20
Profundidade (cm)

-30

-40

Micro jet Fonte: Laurindo et al. (2010)


-50

Isoquantas de
distribuição de Ca no
Sample
Soil- Ca

solo por diferentes


emissores 1 drip line
Soil- Ca

Micro jet

Distance from emitters

Avanços na fertirrigação 7
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

A acidificação do solo compromete a


sustentabilidade da fertirrigação nos solos
tropicais

Ionic equilibrium on citrus nutrition

Sum of cations Sum of anions

(+) = (-)
2+
Ca NO31-
1+
K SO42-
2+
Mg H2PO41-

NH4+

Source: Quaggio et al. (1991)

Dinamica de íons na solução do solo:


relações pH & NH4+ entre 2004 a 2007
AN CN AN CN
1,5 7,5

6,5
-1

Soil solution pH
NH4 , mmol c L

1,0
Liming
5,5

0,5
4,5

0,0 3,5
jan/04 ago/04 fev/05 set/05 m ar/06 out/06 abr/07 jan/04 ago/04 fev/05 set/05 m ar/06 out/06 abr/07

Per iod Period

•AN= NH4NO3 and CN= Ca(NO3)2


Source : Quaggio et al. (2014)

Avanços na fertirrigação 8
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

A busca por lavouras de café e de


citros com alta performance
 Talhões de citros com porta-enxerto e
copas responsivas à fertirrigação;
 Variedades de café ajustadas à fertirrigação;

 Ajustes de densidade de plantio ao novo


ambiente de produção;

 Fertilizantes mais ajustados às condições


da fertirrigação em solos tropicais.

Avanços na fertirrigação dos citros: fertilizantes


apropriados à fertirrigação 2003

Valencia/Swingle: 3 anos idade

Participantes : IAC /YARA /Branco Perez &


Netafim Brazil
2008

Resposta da laranjeira Valencia a doses e fontes de N e


nitrato de amônio (AN) nitrato de cálcio (CN)

Fonte: Quaggio et al. (2012)

Avanços na fertirrigação 9
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Highest fruit yield equivalent to 140 t ha -1

•N= 240 kg ha-1 with calcium nitrate

Fonte: Quaggio et al. 2014

Concentração de nutrientes no bulbo:


valores médios de 2010-2011
N Rates pH N-NH4 N-NO3 Ca Mg K Mn
kg ha-1 mmolc L-1
Ammonium Nitrate
80 4,0 b 0,06 a 0,8 0,15 a 0,31 1,4 0,017 a
160 3,8 b 0,07 a 2,0 0,32 b 0,36 1,9 0,023 a
240 3,0 b 0,96 a 3,0 0,35 b 0,57 2,6 0,015 a
320 3,0 b 0,95 a 3,2 0,30 b 0,30 1,7 0,009 a
Average 3,5 B 0,51 A 2,3 0,28 B 0,39 A 1,9 0,016 A
Calcium Nitrate
80 6,3 a 0,05 a 1,2 1,53 a 0,19 1,6 0,002 b
160 6,7 a 0,10 a 1,5 3,29 a 0,28 2,1 0,002 b
240 6,9 a 0,10 b 2,4 5,43 a 0,33 1,1 0,001 b
320 6,5 a 0,18 b 2,6 7,17 a 0,29 1,3 0,005 a
Average 6,6 A 0,11 B 1,9 4,35 A 0,27 B 1,5 0,002 B

Source (S) ** ** ns ** * ns *
Rate (R) ** ** ** ** * ns ns
S*R ** ** ns ** ns ns *
Model AN L** L** ns L*
L** Q* ns
Model CN Q** ns L** ns

•Source: Quaggio et al. (2014)

Effect of nitrate and ammonium ratio on calcium


absorption and orange fruit yield

2500
-1

2000
Ca in sap, mg L

1500
y = 1285 + 116,1x
R2 = 0,76**

1000
0 2 4 6 8
- +
NO3 / NH 4 ratio in sap

Source: Quaggio et al. 2014 30

Avanços na fertirrigação 10
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Distribuição de raízes após 10 anos

% white pixels

Distribuição de raízes após 10 anos


N = 320 kg ha -1

Nitrato de Ca
Nitrato de amônio

Densidade de raízes após 10 anos


pH 3,9
NA 320
3,6
3,4 1.300 cm2 root m-2 soil
3,5
Profundidade, cm

3,7
3,5
pH 5,5
5,5 NC 320
5,3
5,1 6.760 cm2 root m-2 soil
4,7
4,6

Distancia do tronco, cm
Source: Martins et al, submmited to publication

Avanços na fertirrigação 11
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Produção acumulada de laranjas com a dose de N


de 240 kg ha-1, com dois fertilizantes

•Fonte: Quaggio et al. 2014

Ensaio pioneiro com café: Tratamentos


Tratamentos AN CaN KN UR KN KCl
---------------- % of N fonte ----------------- -- % of K fonte --

T1 100% 0% 0% 0% 0% 100%
T2 75% 25% 0% 0% 0% 100%

T3 50% 50% 0% 0% 0% 100%

T4 37% 50% 13% 0% 50% 50%


T5 74% 0% 26% 0% 100% 0%
T6 49% 25% 26% 0% 100% 0%

T7 31% 50% 19% 0% 75% 25%


T8 24% 50% 26% 0% 100% 0%

T9 0% 0% 0% 100% 0% 100%

Doses: 400 - 60 - 350 kg ha-1 N - P2O5 - K2O

AN = nitrato de amônio; CaN = nitrato de cálcio; KN = nitrato de potássio; UR = ureia e KCl = cloreto de potássio
4

Tratamentos do ensaio de fertirrigação com


café

Avanços na fertirrigação 12
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Produção e Qualidade
Tratamientos Produccion Clasificación (1)
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 de la bebida
-1
bolsas ha
T1 100AN + 100KCl 4 45 ab 8 72 bc 78 a
T2 75AN + 25CaN + 100KCl 6 47 a 6 79 bc 62 b
T3 50AN + 50CaN + 100KCl 7 48 a 8 84 ab 77 a
T4 37AN + 50CaN + 50KN + 50KCl 8 47 a 16 85 ab 79 a
T5 74AN + 100KN 5 40 ab 9 73 bc 74 ab
T6 49AN + 25CaN + 100KN 13 44 ab 19 82 ab 72 ab
T7 31AN + 50CaN + 75KN + 25KCl 5 46 a 6 93 a 79 a
T8 24AN + 50CaN + 100KN 12 47 a 17 92 a 81 a
T9 100UR + 100KCl 12 35 b 8 68 c 71 ab

Teste F ns ** ns *** **
CV (% ) 75,7 10,3 68,3 6,9 8,3
DMS de tukey (5% ) 14,4 11 17,6 13,5 14,8
(1) Clasificación oficial brasilena del café

AN = nitrato de amónico; CaN = nitrato de calcio; KN = nitrato de potasio; UR = urea; KCl = cloruro de potasio

23

A B

A -Tratamento T4 (50% nitrato de cálcio e 50% nitrato de potássio)


B - Tratamento T9 (100% ureia e 100% cloreto de potássio)

27

A - Tratamento T9 (100% ureia e 100% cloreto de potássio)


B - Tratamento T6 (25% nitrato de cálcio e 100% nitrato de potássio)
29

Avanços na fertirrigação 13
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Relação nitrato/amônio nos fertilizantes e na seiva do


café (média de 3 primeiras safras)
50
50

-1
Seiva
Produção, sacas ha-1

Produção, sacas ha
45
45

40
40

y = -9.96x2 + 117.15x - 296.19


y= -0,51x2+ 4,59x + 37,33 35 R² = 0.98**
35 R² = 0,62

30 30
0 1 2 3 4 5 6 7 4,5 5,0 5,5 6,0

N-NO 3:N-NH4 na seiva


Relação N-NO3:N-NH 4

24

Relação nitrato/amônio nos fertilizantes e


produtividade de café na safra 2014

19

Floração e safra zero em 2014

Avanços na fertirrigação 14
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Produção de café na safra 2016


Tratamento Verde Cereja Seco Planta Varição Total
% sacas/há
1 22,3 38,1 39,7 105,5 7,9 113,5
2 18,1 34,6 50,2 104,2 11,1 115,3
3 13,9 37,6 48,6 113,9 9,7 123,6
4 21,7 32,3 46,1 124,2 10,3 134,5
5 19,5 33,8 46,8 110,4 11,7 122,1
6 16,6 41,5 45,0 109,0 12,8 121,8
7 12,1 47,6 40,3 138,2 11,1 149,3
8 20,3 43,3 36,4 139,1 14,5 153,5
9 20,7 42,5 36,8 105,8 11,5 117,3
F test
Treatment 0,8 3,2* 1,2 8,2** 2,3 6,3**
Block 0,4 8,9** 2,0 6,4** 0,8 3,9**
CV, % 41,1 14,5 20,8 8,2 21,9 8,7

Fontes de nitrogênio e potássio na fertirrigação:


Análise de solo em agosto de 2015 0-20cm

Tratamentos MO pH P-resina K Ca Mg C.T.C. V%


g kg-1 mg dm-3 mmol c dm-3
NA100% e KCL 100% 12 4,2 62 2,7 14,0 2,8 59,3 33
NA75%+CN25% e KCl 100% 14 5,3 53 3,0 34,8 9,3 71,3 65
NA50%+CN50% e KCl 100% 14 5,1 70 3,5 34,5 8,8 72,3 63
NA37%+CN50% e KNO3 50%+50KCl % 14 5,5 78 3,5 35,3 13,8 73,3 71
NA75% e KNO3 100% 14 5,5 96 3,6 42,8 16,5 88,8 70
NA50%+CN25% e KNO3 100% 13 5,8 129 3,8 43,0 15,3 78,8 79
NA30%+CN50% e KNO3 75%+25KCl % 13 5,8 136 3,4 42,5 14,3 77,5 77
NA25%+CN50% e KNO3 100 % 17 5,9 140 3,4 41,5 13,8 76,3 77
Ureia 100% e KCl 100% 12 4,2 91 2,7 13,3 3,5 66,0 30
Media 13,6 5,3 94,9 3,3 33,5 10,9 73,7 62,7

Teste F 3,7** 12,2** 6,4** 4,9** 8,4** 8,9** 3,0 19,1


CV, % 10,1 7,6 26,5 10,6 24,2 31,2 13,1 13,5

UR = ureia, NA = nitrato de amônio, CN = nitrato de cálcio


30

Fontes de nitrogênio e potássio na fertirrigação:


Análise de folhas em abril 2016

Tratamento N P K Ca Mg S Fe Mn Cu Zn B Cl
-1 -1
g kg mg kg
1 26 1,2 15 18 3,0 2,6 116 341 2,9 11,0 76 1618
2 27 1,2 15 17 2,6 2,3 121 379 4,9 10,5 70 2197
3 25 1,1 13 20 2,5 2,4 144 386 3,8 11,0 78 1855
4 24 1,1 14 21 3,2 2,5 141 271 3,6 9,5 75 1790
5 26 1,3 15 19 3,3 3,0 168 260 3,7 10,5 79 278
6 25 1,2 14 20 3,1 2,8 147 210 3,2 9,5 78 351
7 25 1,1 13 20 3,1 2,7 153 226 3,2 10,3 70 751
8 25 1,1 14 22 3,0 2,8 144 141 2,4 9,8 77 374
9 24 1,2 14 16 3,0 2,7 148 361 2,8 9,5 73 2785
Teste F
Trat 3,4** 1,9 1,3 12,2** 2,8* 4,7** 2,5 7,5** 1,9 0,7 1,4 139,1**

UR = ureia, NA = nitrato de amônio, CN = nitrato de cálcio


30

Avanços na fertirrigação 15
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Resultados de análises de flores na


safra 2015/16
Treatmento N P K Ca Mg S Fe Mn Cu Zn B Cl Mo
g kg-1 mg kg-1

1 35,4 3,1 29,3 8,5 3,0 2,1 106 129 22,5 11 16 1263 0,27
2 35,8 3,4 30,2 9,9 3,2 2,2 109 254 23,3 12 16 1292 0,34
3 36,6 3,3 30,5 11,6 3,2 2,2 107 216 23,8 11 16 1207 0,31
4 35,7 3,2 28,7 10,1 2,9 2,2 113 126 22,0 11 16 1164 0,34
5 35,5 3,1 28,5 9,9 3,1 2,3 98 131 22,8 11 17 586 0,32
6 35,9 3,4 30,5 10,8 3,0 2,3 100 116 24,0 12 18 568 0,27
7 36,2 3,4 30,1 10,7 3,0 2,3 108 149 24,0 12 18 857 0,32
8 35,4 3,3 29,4 12,3 3,1 2,3 103 77 22,5 12 19 611 0,32
9 36,2 3,3 30,5 7,6 3,0 2,2 97 229 22,8 11 19 1283 0,23
Mean 35,8 3,3 29,7 10,2 3,0 2,2 104 159 23,1 11 17 981 0,30
F-test

Treatment 0,9ns 3,6** 2,4* 93,5** 3,0* 2,8* 1,4ns 23,9** 1,0ns 0,9ns 4,9** 11,4** 4,0*

Block 1,1 5,3 3,1 11,3 3,0 12,2 0,6 0,5 5,1 0,5 4,8 0,7ns 0,7ns

CV,% 2,4 3,4 3,4 2,9 3,3 3,2 8,7 15,4 6,3 5,9 6,8 19,9 12,2

Relação nitrato/amônio nos fertilizantes e


produtividade de café na safra 2016

19

Relação nitrato/amônio nos fertilizantes e


concentração de Mn nas folhas (safra 2016)

19

Avanços na fertirrigação 16
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Safra 2016: 100% ureia + KCl

Fotos em 30/03/2016

Safra 2016
100%NA+100KCl,

O futuro !
Plantas de citros e café com maior
tolerância as principais doenças

Avanços na fertirrigação 17
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

AAN, 320 Kg ha -1
e
Number of cells
pp P. Palisade N= 320 kg ha -1

x 5,0
N= 80 kg ha -1 Bb

4,0 Aa Aa

cells per mm2


3,0 Aa

2,0

1,0
0,0
30 35 41 44
AN CN Leaf- Ca, g kg-1

BCN, 320 Kg ha -1

B
A
B

Source: Petená et al. 2016

AAN, 320 Kg ha e -1

A
B B

BCN, 320 Kg ha -1
PETALAS

A
B B
B

34 37 39 48

FOLHAS
e
AN, 320 Kg ha-1
pp Ca= 30 g kg-1

e
CN, 320 Kg ha-1
Ca= 44 g kg-1

pp
Source: Petená et al. 2016

Avanços na fertirrigação 18
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

PETAL’S

AN, 320 Kg ha-1


Ca= 6,8 g kg -1

p
CN, 320 Kg ha-1
Ca= 8,4 g kg -1

Mesofilo em microscopia eletrônica de varredura.

T1 T4 T6

N: 100% NH4NO3 N: 37% NH4NO3 + 50% CaNO3 + 13% N: 49% NH4NO3 + 25% CaNO3 + 26% KNO3
K: 100% KCl KNO3 K: 50% KNO3 + 50% KCl K: 100% KNO3

T8 T9 FOLHAS DE
CAFÉ

800 vezes de aumento


N: 24% NH4NO3 + 50% CaNO3 + 26% KNO3 N: 100% Ureia Barras: 50 µm
K: 100% KNO3 K: 100% KCl

Epiderme e parênquima paliçádico em microscopia eletrônica de varredura.

T1 T4 T6

N: 100% NH4NO3 N: 37% NH4NO3 + 50% CaNO3 + 13% N: 49% NH4NO3 + 25% CaNO3 + 26% KNO3
K: 100% KCl KNO3 K: 50% KNO3 + 50% KCl K: 100% KNO3

T8 T9

FOLHAS DE
CAFÉ

2000 vezes de aumento


N: 24% NH4NO3 + 50% CaNO3 + 26% KNO3 N: 100% Ureia Barras: 70 µm
K: 100% KNO3 K: 100% KCl

Avanços na fertirrigação 19
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

Feixe vascular em microscopia de luz.

T1 T4 T6

N: 100% NH4NO3 N: 49% NH4NO3 + 25% CaNO3 + 26% KNO3


K: 100% KCl N: 37% NH4NO3 + 50% CaNO3 + 13% K: 100% KNO3
KNO3 K: 50% KNO3 + 50% KCl

Área de condução de água das células


No. de células
Área dos(espaços
xilemáticas feixes: abertos – sem a
T9 xilemáticas
T8 parede = 700 µm2
- T1celular): - T1 = 20
- -T1 T4 = 700
= 350 µmµm 2 2
- T4 = 17
2
- -T4 T6 = 1000
= 300 µm µm2
- T6 = 50
- -T6 T8 µm2µm2 - T8 = 80
= 2400
= 650
2 - T9 = 35
- -T8 T9 = 1900
= 1800 µmµm 2

- T9 = 700 µm2

N: 24% NH4NO3 + 50% CaNO3 + 26% KNO3 N: 100% Ureia


K: 100% KNO3 K: 100% KCl

Imagens com 400 vezes de aumento


Fonte: Petená et al. 2016
Barras: 20 µm

Feixes vasculares em microscopia eletrônica de varredura.


T1 T4 T6

N: 100% NH4NO3 N: 37% NH4NO3 + 50% CaNO3 + 13%


K: 100% KCl N: 49% NH4NO3 + 25% CaNO3 + 26% KNO3
KNO3 K: 50% KNO3 + 50% KCl
K: 100% KNO3

T8 T9

3000 vezes de aumento


N: 24% NH4NO3 + 50% CaNO3 + 26% KNO3 N: 100% Ureia
Barras: 20 µm
K: 100% KNO3 K: 100% KCl

Muito obrigado !!

Avanços na fertirrigação 20
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Qualidade de Frutos
Cítricos para Sucos
Abril de 2018

Qualidade de fruto cítrico para suco 1


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Juice Category by Flavor – Billion Liters


 Sabor Laranja “Puro”
106
deve crescer abaixo da
3
4 média do setor mas
88 5
3
5
5
6 Todos continuará sendo o
Sabores
sabor líder;
8
66 3
8 105 - 107 (sem
5
2
8 laranja)
6
4
7
36
46  Por outro lado, tem
24
oportunidades para
20 22 21 21 -23 Laranja crescer na categoria
2005 2010 2015 2020
blends;

 Posicionamento
institucional adequado e
adequação de produtos
para cada tipo de
mercado por agregar
maior valor sabor
laranja;

Fonte: Canadean, Nielsen, USDA, e análises internas

FRUTA

Qualidade de fruto cítrico para suco 2


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Maturação da Fruta :Qualidade...


2) Análises no Laboratório – “Ponto dePartida”

Amostragem

Separação e contagem

Acompanhamento de MaturaçãoMensal
Objetivo: monitorar taxas de crescimento mensais das características da fruta por
região, variedade, idade e florada.

RATIO Safra Atual


Safra Anterior
Safra Modelo
(Histórico)

BRIX
Safra Atual
Safra Anterior
Safra Modelo
(Histórico)

Supply Chain
Macro Processo - Originação de Fruta

Origination Plants Storage Plant Land Transp. Storage Term Vessels Storage Customer
Exterior

Origination Production Distribuition Commercial

Conflicts between productivity and market specification


Solids (Productivity) Ratio (acids and sugars)
High Solids by High Demand
boxes

Low Low Supply


Jun – Jul – Aug – Sep – Oct – Nov – Dec
Jun – Jul – Aug – Sep – Oct – Nov – Dec

Supply Chain Planning andControl

Qualidade de fruto cítrico para suco 3


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Supply Chain
Macro Processo - Distribuição

Origination Plants Storage Plant Land Transp. Storage Term Vessels Storage Customer
Exterior

Origination Production Distribuition Commercial

Bulk inventory operations

Supply Chain Planning andControl

Supply Chain
Macro Processo - Cliente

Origination Plants Storage Plant Land Transp. Storage Term Vessels Storage Customer
Exterior

Origination Production Distribuition Commercial

Impacts on chain when we have variation on demand and / or fruit supply

Fruit Customer

Fruit Customer

Supply Chain Planning andControl

Complexidade...

 Oque podemos fazer para


Laranja.....
melhorar colheita?
Clima
 Oque podemos fazer para
melhorar Nutriçãoe
Manejo?

Nutrição e Colheita
Manejo

Qualidade de fruto cítrico para suco 4


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Nossa fruta, nosso suco

Abril 2018

A Viagem

Do Brasil para o mundo


Bilhões de copos de suco
Uma grande história

Suco
CPP
Óleos
 Nossos produtos são importantes Polpa
como alimento e alguns
ingredientes são também Essências
utilizados na indústria química,
farmacêutica e automobilística. D’Limonene

Os pré-requisitos e o passaporte

Disponibilidade de fruta
Qualidade de Fruta
Combate doenças
Gestão Agroquímicos
Estimativa
Análise de tendências (floradas, clima, Brix/Ratio)
Monitoramento pomares
Planejamento de Colheita
Colheita
Gestão da mão-de-obra
Transporte
Processamento da fruta
Produção sucos e ingredientes
Classificação e padronização
Armazenagem
Movimentação Interna
Certificação Fazendas, Fábricas e Produtos
Pesquisa e Desenvolvimento
...

Qualidade de fruto cítrico para suco 5


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Cor e Sabor

Características Sensoriais para Suco de Laranja (NFC e FCOJ)

Variáveis da Rotina

Safraanterior
Colheita
Plano Produção
Norte
Cliente
Centro Inventário
Chuva Brix
Ratio Mercado
Sul

Próxima safra
Temperatura
Doenças Floradas

Variáveis e Tendências

Brix

Ratio

Vit C

Color

Limonin

Qualidade de fruto cítrico para suco 6


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Importância da Qualidade daFruta?

Produto
Acabado

Produção Fruta Colheita Recepção Processamento

Caminhões

Terminais Exterior Navios Terminais Locais


Consumidor Suco

Ponto de Encontro

Laranja boa para chupar


=
Suco bom parabeber

Qualidade da Fruta vs.Suco

Fruta no estágio Idealde


Maturação Sabor Fresco e Natural

Limonin Baixo

Brix e Ratio adequados

Microbiologia Ok

Qualidade de fruto cítrico para suco 7


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Qualidade da Fruta vs.Suco

Fruta Verde
Sucocom “gosto de casca”

Suco ácido

Suco amargo

Limonin Alto

Qualidade da Fruta vs.Suco

Fruta Passada Suco com sabor de fermentadoe


queimado

Diacetil

Mold

Microbiologia

Resíduos de Agroquímicos

Um mundo de Restrições

Lista PIC
Agrofit

PICvs.Agrofit

AtivosAutorizados
Aplicação
Carência
Registros
Limite de Quantificação
Antecipaçãode Mudanças

Qualidade de fruto cítrico para suco 8


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC 2018

Obrigado!!!

Qualidade de fruto cítrico para suco 9


NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

QUALIDADE DO CAFÉ
E SUSTENTABILIDADE DA CAFEICULTURA

81021013 1º Simpósio sobre os avanços na nutrição de citros e café


Carlos H. J. Brando
© Copyright P&A
Abril 2018

QUALIDADE, OPORTUNIDADES E PREÇOS:


CAFÉS ESPECIAIS, DIFERENCIADOS E COMERCIAIS
R$ 650/700
A ESPECIAIS
1.000 ‐ Qualidade MICRO‐
(5 A 10%) ‐ Fidelidade LOTES
‐ Consistência
B2C

R$ 600/700 DIFERENCIADOS
(15 A 20%)
‐ Volume consistente
‐ Fidelidade/parceria BLENDS
‐ Qualidade MUNDIAIS?
‐ Certificados ou não

B2B

R$ 400/450
(70 A 80%)
© Copyright P&A
COMERCIAIS

QUALIDADE
– Variedade
• Bourbon Amarelo
• Gueisha

– Clima
• Cerrado
• Sul de Minas
• Quênia
• Colômbia

– Processamento pós-colheita
• cereja descascado / honey
• passa e verde lavado
• robusta lavado indiano
• naturais

– Rebenefício
• separação de defeitos
• ligas (“blends”)

© Copyright P&A

Qualidade do café 1
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

AGREGADORES DE VALOR 1
– Sustentabilidade
• certificação
• verificação
• indicadores e aplicativo GCP
• regiões sustentáveis
• outros

– Forma de comercialização
• exportadores
• cooperativas / associações $
• comércio “direto”
• própria
• outras
AGREGAÇÃO DE VALOR E
PARTICIPAÇÃO DO PRODUTOR NO VALOR AGREGADO
© Copyright P&A

AGREGADORES DE VALOR 2

– Tamanho do lote e embalagem


• qualidade consistente
• micro lotes
• embalagens novas
 Grain pro
 papel
• outras

– Concursos de qualidade $
– Marketing

AGREGAÇÃO DE VALOR E
PARTICIPAÇÃO DO PRODUTOR NO VALOR AGREGADO
© Copyright P&A

MARKETING

– País

– Região

– Indicação geográfica

– Produto

– Produtor

© Copyright P&A

Qualidade do café 2
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

ENTENDIMENTO DE MERCADOS
E TENDÊNCIAS DE CONSUMO

– Internet / mídia

– Participação em eventos e feiras

– Participação em associações
• cooperativas
• BSCA
• outras

– Concursos de qualidade

– Parceiros comerciais
© Copyright P&A

QUALIDADE E O PRODUTOR
– Variedade
• Bourbon Amarelo MUDAR / LENTO
• Gueisha

– Clima
• Cerrado
DADO
• Sul de Minas
• Quênia
• Colômbia

– Processamento pós-colheita
• cereja descascado / honey
• passa e verde lavado ESCOLHER
• robusta lavado indiano
• naturais

– Rebenefício
• separação de defeitos DEPENDE
• ligas (“blends”)
© Copyright P&A

QUALIDADE NÃO PODE SER CRIADA PELO


PROCESSAMENTO...

MAS QUALIDADE PODE SER DESTRUÍDA PELO


PROCESSAMENTO!

EVITE RISCOS E
APROVEITE OPORTUNIDADES

OPORTUNIDADE ÚNICA
PARA O PRODUTOR

© Copyright P&A

Qualidade do café 3
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

COMO O PROCESSAMENTO AFETA AQUALIDADE?

FASES DO PROCESSAMENTO CARACTERÍSTICAS DO CAFÉ


Colheita
Separação ‐ Cor
Despolpamento ‐ Tamanho
Remoção de mucilagem
‐ Uniformidade
Secagem
Armazenagem ‐ Integridade Física
Limpeza
‐ Sem defeitos
Descasque
Polimento ‐ Qualidade na xícara
Separação por tamanho * Aroma
Separação por densidade * Corpo
Separação por cor * Acidez
Liga
* Outros
Pesagem, ensacamento,
granel

Contaminação da água Contaminação do ar Cria defeitos Elimina defeitos

Ruído: quase todos


© Copyright P&A

O PASSADO

‐ Lavado

‐ Natural

© Copyright P&A

ÚLTIMAS TRÊS DÉCADAS

‐ Lavado
• Fermentado
• Desmucilado mecanicamente

‐ Cereja descascado / honeys

‐ Naturais

© Copyright P&A

Qualidade do café 4
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

AGORA

‐ Lavado

‐ Cereja descascado / honeys

‐ Verde e sobre-maduro despolpado

‐ Naturais em todo lugar

‐ Novas formas de fermentação

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DO PROCESSAMENTO


© Copyright P&A

PROCESSAMENTO NÃO CRIA QUALIDADE

‐ Mas pode modificá-la ao


• ressaltar características de qualidade específicas
• explorar diferentes nuances de qualidade

NATURAL CEREJADESCASCADO/ HONEY LAVADO


© Copyright P&A

TENDÊNCIAS DO PROCESSAMENTO: RUMO A


MAIOR QUALIDADE, EFICIÊNCIA E RENTABILIDADE
- Separação mecânica
Mistura de cerejas • impurezas
• cerejas sobre maduras
• cerejas verdes

(Obtenha o melhor de cada qualidade: produtos diferentes)

‐ Despolpador zero (ou pouca) água


‐ Desmucilador mecânico
Sustentabilidade • menos água
‐ Fermentação seca
‐ Tratamento ou uso correto de
sub-produtos

Concorrência de ‐ Nenhum dano ao grão


mercado • despolpamento
• remoção da mucilagem
‐ Secagem controlada
‐ Armazenagem adequada
© Copyright P&A

Qualidade do café 5
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

LAVADOR-SEPARADOR
(BOIA & CEREJA + VERDES)

© Copyright P&A

VANTAGENS DO LAVADOR-SEPARADOR

‐ Remove folhas, areia e impurezas

‐ Remove pedras

‐ Separa
• os mais leves dos
• mais pesados

‐ Elimina sabores indesejados

‐ Baixo consumo de água (recirculação)

MENOS ÁGUA / MENOS TRABALHO /


MAIOR EFICIÊNCIA
© Copyright P&A

SISTEMA ÚMIDO: SEPARAÇÃO INICIAL DE CEREJAS


(BOIA & CEREJA + VERDES)

SEPARATE
AND
PULP

© Copyright P&A

Qualidade do café 6
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

SEPARAÇÃO DE CEREJAS VERDES E


PARCIALMENTE MADURAS
ANTES DO DESPOLPADOR DE CAFÉ
Entrada da cereja

Verdes +
Pergaminho
parc maduras
das
cerejas maduras
Despolpar?
© Copyright P&A

SEPARAÇÃO DE CEREJAS VERDES E


PARCIALMENTE MADURAS

AJUSTE DE CONTRAPESO
© Copyright P&A

DESPOLPADOR ECO SUPER

© Copyright P&A

Qualidade do café 7
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

SUB-PRODUTOS DO DESPOLPAMENTO
DESCARTADO DE MANEIRA SUSTENTÁVEL

• de volta para para a


plantação
• compostagem
© Copyright P&A

DEPOIS DO DESPOLPAMENTO: DESMUCILADOR


FERMENTAÇÃO DESMUCILADOR

+
?
OU

‐ grande consumo de água ‐ sem perda de qualidade


‐ grande necessidade de mão de ‐ processo contínuo
obra
‐ sem perda de peso
‐ tanques de fermentação caros
‐ qualidade consistente
‐ perda de peso
‐ total controle
©‐ dificuldade
Copyright P&A de controle

DEPOIS DO DESPOLPAMENTO: DESMUCILADOR


FERMENTAÇÃO SECA DESMUCILADOR

+
?
OU

‐ grande consumo de água ‐ sem perda de qualidade


‐ grande necessidade de mão de ‐ processo contínuo
obra
‐ sem perda de peso
‐ tanques de fermentação caros
‐ qualidade consistente
‐ perda de peso
‐ total controle
‐ dificuldade
© Copyright P&A de controle © Copyright P&A

Qualidade do café 8
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

FERMENTAÇÃO SECA

© Copyright P&A

DESMUCILADOR

• Consistência ($)
Entrada • Confiabilidade ($)

Saída

GARANTIA DE QUALIDADE

Mucilagem
© Copyright P&A

CEREJA DESCASCADO OU HONEY

REMOÇÃO DE MUCILAGEM:
SIM SIM NÃO
© Copyright P&A

Qualidade do café 9
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

COMO O PEQUENO PRODUTOR PODE PROCESSAR


CAFÉS DE ALTA QUALIDADE?

– Difícil de fazer sozinho, individualmente


• dificuldade de acesso a máquinas mais sofisticadas
• dificuldade de vender lotes pequenos de diferentes
produtos
• “deseconomias de escala“

‐ Solução: benefício úmido central


• acesso a máquinas mais sofisticadas
• separação de cerejas de diferentes qualidades /
níveis de maturação
• lotes maiores de diferentes produtos
• melhores condições de venda: escala
• possibilidade de secagem mecânica

BENEFÍCIO ÚMIDO CENTRAL:


MICRO, PEQUENOS, MÉDIOS E GRANDES LOTES
© Copyright P&A

BENEFÍCIO ÚMIDO CENTRAL

– Maior eficiência
– Melhor qualidade
– Melhores condições de
vendas
• volume
• qualidade NATURAL CEREJADESCASCADO/HONEY LAVADO

• consistência
– Facilidade em assistência/treinamento técnico
– Compra conjunta
– Venda conjunta

OPORTUNIDADES ADICIONAIS:
MICRO LOTES E ENVOLVIMENTO
DOS JOVENS
© Copyright P&A

BENEFÍCIO ÚMIDO GRANDE NA COLÔMBIA

DESPOLPADORES

LAVADORES SEPARADORES
DESMUCILADORES

© Copyright P&A
MAIOR COOPERATIVA DE CAFÉ DO PAÍS

Qualidade do café 10
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

SECAGEM: TECNOLOGIAS MODERNAS VS.


CONVENCIONAIS

CAMAS AFRICANAS PÁTIOS DE SECAGEM

© Copyright P&A
SECADOR ROTATIVO

SECAGEM

SOL MECÂNICA

COMBINADA

© Copyright P&A

QUALIDADE NA SECAGEM DO CAFÉ

‐ Temperatura abaixo de 40/45 ºC

‐ Distribuição uniforme de calor

‐ Equilíbrio do fluxo de ar e
volume de água (umidade) a
retirar

‐ Permite que água passe do


centro para a periferia do grão

© Copyright P&A

Qualidade do café 11
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

SECADOR ROTATIVO BI-PARTIDO

(SRE 050/100X)

MICRO E PEQUENOS LOTES


© Copyright P&A

SECAGEM DE CAFÉ CEREJA DESCASCADO /


HONEY

1 DIA DE PRE-SECAGEM
SOB O SOL

2 DIAS EM SECADORES
ROTATIVOS
© Copyright P&A
SRE-50X

PLATAFORMA GLOBAL DO CAFÉ


Programa Brasil

© Copyright P&A

Qualidade do café 12
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

MEMBROS

CESAR
CANDIANO

Fazenda Rio Brilhante&


Pirulito

MC Coffeedo BrasilLtda

© Copyright P&A

CURRÍCULO DE SUSTENTABILIDADE DO CAFÉ (CSC)


– Elaboração coletiva – Escolha livre de verificadoras /
• PI-Café (Consórcio / Embrapa) certificadoras
• agências estaduais de extensão rural • ...se quiser
• entidades de classe
• verificadoras / certificadoras – Relação “ganha-ganha”
• produtor mais eficiente e
lucrativo
– Temas centrais e referência comum
• mão de obra contente
• produtores
• meio ambiente protegido
• técnicos/
extensionistas

– Unificar linguagem
• fortalece ações
• acelera o processo
• pequenos e médios
É MEMBRO
© Copyright P&A

CURRÍCULO DE SUSTENTABILIDADE DO CAFÉ


SUSTENTABILIDADE: O GRANDE BENEFICIÁRIO É O PRODUTOR E A SUA PROPRIEDADE.

© Copyright P&A

Qualidade do café 13
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

18 ITENS FUNDAMENTAIS E
32 INDICADORES DO CSC Manejo domato

Maior
produtividade

Irrigaçãoracional Boascondições Tratamento de


de moradia água e esgoto
Conservaçã
ovegetação
EPIs
natural

Reciclagem

Serviçose
exames
médicos
Análise de Envolvimento
solo e folha
de mulherese
jovens

Controlede Gerenciamento Treinamentose Depósito de Agroquímicos com Controlede Conformidade coma


erosão integrado depestes capacitações agroquímicosseguro registro e devolução custos legislaçãotrabalhista

© Copyright P&A 20% ITENS / 80% PROBLEMAS

APLICATIVO GCP PARA


MONITORAR AS PRÁTICAS
DO CSC

• Para uso em notebook, tablet ou smartphone (android).

• Inclusão de dados off-line, simples e amigável

• Avaliar implementação das práticas e indicadores

• Relatórios de situação e evolução, comparação entre


membros, diferentes regiões

• Disponívelpara membros e parceiros

NÃO BASTA FAZER, PRECISAMOS DE DADOS PARA


MOSTRAR, COMPARAR EMEDIR EVOLUÇÃO

FERRAMENTAS DE APOIO À MELHORIA CONTÍNUA

Treinamentos
Treinamento no CSC
no aplicativo CSC básico &
avançado

18 Itens
Aplicativo
Fundamentais

Treinamento
no SIG SIG Indicadores
GCP

Manual dos 18
Itens Fundamentais
© Copyright P&A

Qualidade do café 14
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

SIG

CSC

SIG

Aplicativo
do CSC SIG
Itens
Fundamentais
do CSC&
Indicadores de
Sustentabilidade

© Copyright P&A

PEQUENOS EMÉDIOS PRODUTORES


SÃO O DESAFIO

Área Produção Produção Número de %de


(ha) (milhões desacas) (%) produtores produtores

0-10 15,7 36% 230.000 79


10-20 6,7 16% 20.000 7
20-50 7,8 18% 10.000 3
>50 13,0 30% 30.000 10
Total 43,2 290.000
Fontes: IBGE Censo Agropecuário 2006 e CONAB 2015; adaptados por P&A, valores arredondados.

52% 86%

O foco não é saber


muito de poucos...

Qualidade do café 15
NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ IAC - 2018

...mas ofundamental
de muitos!

REGIÕES PRODUTORAS SUSTENTÁVEIS

• Ferramentas / Instrumentos
• Indicadores (CSC)
• Aplicativo
• Sistema Interno de Gestão (SIG)

• Gestão
• Cooperativa
• Exportador
• Associação

• Auditoria doSIG

DESCRIÇÃO DASUSTENTABILIDADE POR REGIÃO


(conceito flexível deregião)

MUITO OBRIGADO!

Envie-nos um e-mail para receber nosso boletim mensal

e continuar conhecendo nossas ideias

peamarketing@peamarketing.com.br
www.peamarketing.com.br
© Copyright P&A

Qualidade do café 16
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

RECOMENDAÇÕES PARA CALAGEM E ADUBAÇÃO DE CITROS

Para pomares de alta produtividade é indispensável um bom programa de calagem e


adubação, cujo sucesso requer o uso de ferramentas de diagnósticos (análise química de
solo e de planta) que permitem adequar o suprimento de nutrientes fornecido pela
adubação em função dos níveis de fertilidade do solo e da demanda da cultura,
aumentando a eficiência no uso de insumos. Assim, torna-se essencial à amostragem
correta de solo e planta e a escolha de um bom laboratório de análises. Cabe ainda
ressaltar que, por melhor que seja a análise química, ela não pode corrigir falhas na
retirada da amostra e na sua representatividade.
Amostragem e análise química de solo: os métodos empregados para a análise
química de solo no Estado de São Paulo são referentes ao Sistema IAC de Análise de
Solo. As principais características desses métodos são a extração simultânea de fósforo
(P), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) com a resina trocadora de íons e a
recomendação de calagem pelo método da saturação por bases. Esses métodos são
ajustados às condições de solos tropicais e subtropicias, porém apresentam boa
adaptação as características dos solos calcários e salinos.
A eficiência da análise de solo depende da representatividade da amostra de terra em
relação à área ou talhão a ser considerado. A amostragem de solo deve ser feita em
glebas ou talhões homogêneos quanto à cor e textura do solo, posição no relevo e
manejo do pomar, idade das árvores, combinações de copa e porta-enxerto e
produtividade. As amostras de solo devem ser coletadas nas profundidades de 0-20 cm,
com o intuito de recomendar a adubação e a calagem, e de 20-40 cm, com o objetivo de
diagnosticar barreiras químicas ao desenvolvimento das raízes, ou seja, deficiências de
Ca e ou excesso de Alumínio (Al).
Para maior eficiência e representatividade da amostragem de solo, deve-se coletar 10 a
15 subamostras por talhão, com trados do tipo holandês ou sonda. Antes da implantação
do pomar a amostragem deve ser realizada nas profundidades de 0-20 cm e 20-40 cm
percorrendo a área em zigue-zague para a subamostras por talhão. Após o plantio, a
amostragem deve ser feita anualmente, sendo a melhor época entre a segunda e terceira
parcelas de adubação, garantindo-se um intervalo mínimo de 30 dias após a última
adubação. Para melhor representar o sistema radicular dos citros, em pomares não
irrigados, as subamostras devem ser retiradas na faixa de adubação, sendo uma
subamostra coletada cerca de 50 cm para dentro e outra 50 cm para fora da projeção da
copa das árvores. Para pomares fertirrigados, a coleta das subamostras deve ser feita
em pontos do lado de fora do bulbo úmido, distante cerca de 2/3 da largura do bulbo da
linha de emissores. Geralmente essa distância é de 30 a 50 cm da linha de gotejadores.
A época mais apropriada para coleta é de fevereiro a abril, garantindo-se um intervalo
mínimo de 60 dias após a última adubação.
Padrões de fertilidade do solo foram definidos por meio de curvas de calibração das
análises de macro (Tabela 1) e de micronutrientes (Tabela 2) no solo, específicas para
citros. Como recomendação geral, o citricultor deve procurar manter os solos dos
pomares nas classes de teores médios para todos os nutrientes e para a saturação por
bases, evitando, assim, deficiências ou excessos, pois ambos limitam a produtividade e a
qualidade dos frutos cítricos.
1
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Tabela 1. Interpretação de resultados de análise de solo para macronutrientes e


saturação por bases na camada arável do solo para a citricultura.
Classes de teores P-resina K Mg Saturação por bases
mg dm-3 mmolc dm-3 %
Baixo <15 <1,5 <5 <50
Médio 15-30 1,5-3,0 5-9 50-70
Alto >30 >3,0 >9 >70

Tabela 2. Interpretação de resultados de análise de solo para micronutrientes na camada


arável do solo para a citricultura.
Classes de teores B Cu(1) Mn Zn
-3
---------------- mg dm ----------------
Baixo <0,6 <2,0 <5,0 <5,0
Médio 0,6-1,0 2,0-5,0 5,0-10,0 5,0-10,0
Alto >1,0 >5,0 >10,0 >10,0
-3
(1) Valores acima de 10 mg dm podem causar toxicidade às raízes dos citros

Amostragem e análise química de folha: os citros armazenam na biomassa, grande


quantidade de nutrientes que podem ser redistribuídos, principalmente, para órgãos em
desenvolvimento como folhas e frutos. Por essa razão, a análise foliar é uma ferramenta
bastante útil para complementar a análise de solo na avaliação da fertilidade dos solos e
também para aferir o equilíbrio nutricional da planta cítrica. Além disso, para o caso do
nitrogênio (N), cujos métodos de analise de solo não têm consistência no diagnóstico, o
teor do nutriente nas folhas tem sido usado como critério direto de avaliação da
disponibilidade de N para as plantas cítricas. Ao contrário da análise de solo, a análise
química de folhas determina os teores totais dos nutrientes, no tecido vegetal, e é menos
sujeita interferência devido ao método empregado.
Os teores foliares dos nutrientes não dependem unicamente da disponibilidade do
elemento no solo, pois sofrem influência de vários outros fatores como taxa de
crescimento da planta, idade da folha, combinações copa e porta-enxerto, e interações
com outros nutrientes. Os teores de nutrientes com boa redistribuição dentro da planta
como N, P e K diminuem com a idade da folha, enquanto que os teores de nutriente
imóveis como Ca e boro (B), por exemplo, aumentam nas folhas mais maduras. Assim,
pelos motivos citados, as folhas coletadas para análise devem apresentar mesma idade
daquelas que foram usadas nas tabelas de interpretação.
A amostragem deve ser feita coletando-se a 3a ou 4ª folha, do ramo com fruto
terminal, geradas na primavera, com aproximadamente seis meses de idade,
normalmente de fevereiro a março, em ramos com frutos de 2 a 4 cm de diâmetro.
Recomenda-se amostrar pelo menos 25 árvores por talhão, coletando-se quatro folhas
não danificadas por árvore, uma em cada quadrante e na altura mediana da copa.
Pulverizações com adubos foliares e ou o uso de defensivos contendo nutrientes podem
manter esses elementos aderidos na superfície do limbo foliar por vários meses, é
recomendável não coletar folhas em um intervalo mínimo 30 dias após a última
pulverização. As amostras devem ser acondicionadas em sacos de papel e enviadas
para o laboratório em período inferior a dois dias após a coleta no campo.
2
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

A interpretação do resultado da análise foliar é feita comparando-se os resultados


do laboratório com valores apresentados na Tabela 3. O programa de adubação do
pomar também deve ser ajustado de modo que os teores foliares estejam na faixa
adequada. Às vezes teores excessivos dos micronutrientes metálicos podem ser
encontrados na análise de folha sem que esta apresente sintomas de toxicidade, o que
pode levar a interpretação errada do estado nutricional, pois estes nutrientes podem
apenas estar aderidos na superfície da folha sem exercer papel metabólico na planta.

Tabela 3. Faixas para interpretação de teores de macro e micronutrientes nas folhas de


citros, geradas na primavera, com seis meses de idade, de ramos com frutos de 2 a 4 cm
de diâmetro.
Nutriente Baixo Adequado Alto
-------------------- g kg-1 --------------------
N (1) <25 25-30 >30
P <1,2 1,2-1,6 >1,6
K <12 12-16 >16
Ca <35 35-50 >50
Mg <3,5 3,5-5,0 >5,0
S <2,0 2,0-3,0 >3,0
-1
-------------------- mg kg --------------------
B <50 75-150 >150
Cu <10 10-20 >20
Fe <50 50-150 >150
Mn <35 35-70 >70
Zn <50 50-75 >75
Mo <0,5 0,5-2,0 >2,0
-1
(1) Para limões e lima ácida Tahiti, as faixas de interpretação do teor de N foliar (mg kg ) são:
<20 (= baixo), 20 - 24 (= adequado) e > 24 (alto).

RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM E ADUBAÇÃO: BOLETIM 100 – IAC 2018

Calagem: aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 70% e manter o teor de
Mg em pelo menos 9 mmolc dm-3 na camada de 0 a 20 cm de profundidade. Antes da
implantação do pomar, o calcário deverá ser aplicado em área total, com bastante
antecedência ao plantio das mudas, e incorporado o mais profundamente possível. Além
da calagem em área total, uma quantidade extra de calcário deverá ser aplicada também
no sulco de plantio, com profundidade de 25 a 30 cm na dose de 0,5 kg por metro de
sulco, e posteriormente misturada ao solo com subsolador de três hastes. Em pomares já
plantados, cerca de 70% da dose de calcário deverá ser aplicado sob a projeção das
copas das plantas e o restante na rua, e em pomares fertirrigados 100% da dose deverá
ser aplicada sob a projeção da copa, devido à acidificação do solo ser mais intensa nesta
região.

3
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Gessagem: Além da calagem, recomenda-se a aplicação de gesso com objetivo de


fornecer Ca em forma mais solúvel que o calcário e melhorar o ambiente radicular com o
aumento da disponibilidade de Ca nas camadas mais profundas dos solos, cuja resposta
tem sido mais frequentes em solos com caráter distrófico ou álico. As doses de gesso
podem ser definidas através do teor de argila dos solos: em solos arenosos e de textura
média (argila <40%) aplicar 1,0 t ha-1 de gesso por ano e em solos de textura argilosa
(argila >40%), aplicar 1,5 t ha-1 de gesso por ano. O efeito da aplicação do gesso será
otimizado com antecedência à floração das plantas.
Adubação de sulco de plantio: a experiência de campo de vários anos somada a
resultados de pesquisas têm demonstrado as vantagens da incorporação de P em
profundidade no sulco de plantio após a calagem. Por essa razão, o citricultor deve dar
preferência por fontes de fosfatos solúveis em água (como superfosfato simples) e se
possível contendo zinco (0,4-0,5% de Zn) na sua composição. Recomenda-se a
aplicação de 100 g de P2O5 por metro de sulco, independente do teor de P no solo, o que
resultará na dose de 140 a 160 kg ha-1 de P2O5. A importância dessa aplicação e que
esta será a única oportunidade para se aplicar P em profundidade. Para facilitar a
incorporação de calcário no sulco e simultaneamente aplicar P em profundidade, poderá
ser um subsolador triplo, o qual é dotado de dispositivo capaz de aplicar o fertilizante
junto das hastes do subsolador.
Adubação de formação: durante a fase de formação do pomar, até o quarto ano, as
doses de N, P2O5 e K2O recomendadas levam em conta a idade do pomar e também os
resultados da análise de solo para P e K para atender as necessidades de crescimento
da copa e o início de produção de frutos (Tabela 4). Ajustes nas doses recomendadas de
P e K devem ser feitos tomando em conta o porta-enxerto escolhido. As doses de N e K
devem ser parceladas de 4 a 6 vezes, entre setembro a março. Os maiores números de
parcelamentos são necessários nos primeiros anos após o plantio das mudas no campo.
A aplicação de P deve ser preferencialmente feita em dose única, juntamente com o
primeiro parcelamento de N e K.

Tabela 4. Recomendações de adubação para citros em formação, em função da idade da


planta e da análise do solo(1).
Idade N P-resina, mg dm-3 K-trocável, mmolc dm-3
<15 15-30 >30 <1,5 1,5-3,0 >3,0
Anos N - P2O5 - K2O (kg ha-1)
0-1 70 15 15 15 12 0 0
1-2 100 60 45 30 54 30 0
2-3 140 90 60 45 90 60 36
3-4 180 120 90 60 120 90 60
(1) Para copas sobre tangerinas Cleópatra e Sunki, aumentar a dose de P 2O5 em 20%; para
aquelas sobre citrumelo Swingle aumentar a dose de K2O em 20%.

Adubação de produção: a adubação para pomares em produção, leva em conta, além


da produtividade esperada a disponibilidade de nutrientes no solo e teores foliares.
Foram estabelecidas recomendações da adubação N, P e K para os grupos de
variedades de laranjas, considerando a qualidade e o destino da fruta, que pode ser para
a indústria (Tabela 5) ou para o mercado in natura (Tabela 6). A Tabela 6 também deve

4
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

ser utilizada para as recomendações de adubação de tangerinas e do tangor Murcott, os


quais possuem demandas por nutrientes semelhantes a das laranjas para consumo in
natura. A lima ácida Tahiti e os limões (tipo Siciliano) têm recomendações distintas e para
esses devem ser utilizado a Tabela 7. A adubação deve ser feita no período das águas,
pois a demanda por nutrientes pelos citros é maior no início da primavera, quando ocorre
o fluxo mais intenso de vegetação, e se estende até o início do outono, quando deve
haver boa reserva e equilíbrio na biomassa das plantas para garantir os processos
normais de diferenciação floral, floração e fixação dos frutos.
O parcelamento das doses de N e K deve ser feita em 3 ou 4 aplicações durante o ano, o
que aumenta a eficiência da adubação, por reduzir as perdas de nutrientes no solo com a
água de drenagem, principalmente em solos arenosos, e por adequar a demanda de
nutrientes em diferentes períodos do desenvolvimento das plantas. Recomenda-se
aplicar de 40% do N e K na época do florescimento e o restante é dividido entre os
meses de outubro a março do ano seguinte. Já o P pode ser aplicado numa só vez,
pouco antes do primeiro parcelamento, especialmente quando o solo do pomar
apresentar teor de P abaixo de 15 mg dm-3. Em variedades precoces, tais como Hamlin,
Valência Americana, Rubi e Westin, é recomendado antecipar o parcelamento da
adubação da seguinte forma: 40% na primeira, 40% na segunda e 20% na última parcela
de adubação a qual deverá ser aplicada até o final de março.

Tabela 5. Recomendações de adubação de laranjas para a indústria, em função das


análises de solo e folhas e classes de produção.
Classes de N foliar, g kg-1 P-resina, mg dm-3 K-trocável, mmolc dm-3
produção <25 25-30 >30 <15 15-30 >30 <1,5 1,5-3,0 >3,0
-1 -1
t ha N - P2O5 - K2O (kg ha )
<30 160 140 90 80 60 30 100 80 60
31 - 40 180 160 120 100 80 40 120 100 80
41 - 50 200 180 160 120 100 50 160 140 100
51 - 60 220 200 180 140 120 60 180 160 120
>60 260 220 200 160 140 70 200 180 140

Tabela 6. Recomendações de adubação de laranjas para consumo in natura, tangerinas


e tangores, em função das análises de solo e folhas e classes de produção.
Classes de N foliar, g kg-1 P-resina, mg dm-3 K-trocável, mmolc dm-3
produção <25 25-30 >30 <15 15-30 >30 <1,5 1,5-3,0 >3,0
t ha-1 N - P2O5 - K2O (kg ha-1)
<30 120 100 80 80 60 30 120 100 80
31 - 40 140 120 100 100 80 40 160 140 100
41 - 50 180 160 120 120 100 50 200 180 140
>50 200 180 160 140 120 60 220 200 160

5
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Tabela 7. Recomendações de adubação para lima ácida Tahiti e limões, em função das
análises de solo e folhas, e classes de produção.
Classes de N foliar, g kg-1 P-resina, mg dm-3 K-trocável, mmolc dm-3
produção <20 20-24 >24 <15 15-30 >30 <1,5 1,5-3,0 >3,0
-1 -1
t ha N - P2O5 - K2O (kg ha )
<30 100 80 60 60 40 20 140 120 100
31 - 40 120 100 80 80 60 30 160 140 120
41 - 50 160 140 100 100 80 40 200 180 160
51 - 60 180 160 120 120 100 50 240 220 180
>60 220 180 160 140 120 60 260 240 200

Adubação com micronutrientes: Na citricultura brasileira os sintomas visuais de


deficiência B, Zn e Mn são os mais frequentes em pomares de citros. A deficiência de Cu
é mais comum na fase de formação do pomar, uma vez que, as pulverizações com
fungicidas cúpricos são pouco utilizados. A adubação foliar tem sido a forma mais
utilizada para se aplicar micronutrientes metálicos na citricultura, não somente pela
quantidade necessária ser pequena, mas também para se evitar adsorção dos elementos
metálicos, aos coloides do solo, o que reduz a disponibilidade dos micronutrientes
metálicos para as plantas. Entretanto, os micronutrientes têm baixa mobilidade no floema,
como são os casos do Cu, Mn, Zn e B, o que demonstra que devem ser feitas aplicações
foliares nos principais fluxos de vegetação, especialmente entre a primavera e o início do
outono, quando as folhas são ainda jovens e têm cutícula pouco desenvolvida, o que
facilita a absorção e fornece os micronutrientes aos novos órgãos em desenvolvimento.
Em pomares em formação com plantas com idade inferior a 4 anos, recomenda-se 4 a 6
aplicações anuais com B, Cu, Mn e Zn nas folhas, entre setembro a maio. Em pomares
em produção realizar 3 a 4 pulverizações com Mn e Zn, desde o início da primavera até o
final das chuvas, procurando atingir as brotações novas, com as folhas já expandidas na
planta. Para a maior eficiência de absorção dos micronutrientes essas aplicações foliares
devem buscar bom molhamento das plantas.
As fontes mais recomendadas de micronutrientes metálicos para aplicação foliar são sais
solúveis formados com íons sulfato. Existem no mercado sais formados por íons de
cloreto ou nitrato e também produtos quelatizados. Em relação ao Cu, o uso da mistura
sulfato e hidróxido tem sido a forma mais eficiente para fornecer o nutriente e evitar
fitoxicidade devido ao uso exclusivo na forma de sulfato. É importante ressaltar que o oxi-
cloreto de Cu, comumente utilizado como fungicida, tem eficiência limitada como fonte do
nutriente.
Assim, a recomendação da adubação foliar com micronutrientes consiste em preparar
soluções com sais solúveis e ácido bórico nas seguintes concentrações, em mg L-1: B
(200 a 300), Cu (100 a 125) Mn (300 a 700), e Zn (500 a 1000), contendo como
coadjuvante a ureia a 5 g L-1. No preparo da solução com Cu, para cada 1 kg de
CuSO4.5H2O deve acrescentar 1,5 kg Cu(OH)2. Essas concentrações foram definidas
para fornecer anualmente, via aplicação foliar, as seguintes quantidades de
micronutrientes: Cu (1,5 a 3,0 kg ha-1), Mn (1,8 a 4,2 kg ha-1) e Zn (3,0 a 6,0 kg ha-1).
As quantidades inferiores são recomendadas para a manutenção, enquanto as
superiores devem ser empregadas quando há sintomas visíveis de deficiência. As
soluções mais concentradas devem ser aplicadas durante as horas mais frescas do dia,

6
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

evitando também mistura com óleos mineral ou vegetal, para não causar queimaduras
das folhas e dos frutos. Quando as fontes de micronutrientes estiverem nas formas de
cloreto ou nitrato, as quais causam queimaduras em folhas quando em concentrações
mais elevadas. Portanto, é necessário maior número de aplicações para manter as doses
recomendadas acima.
A adubação foliar com B deve ser praticada somente como complemento à adubação via
solo, geralmente em plantas jovens. A adubação com B via solo deve ser feita com ácido
bórico dissolvido na solução de herbicidas de contato que constitui a forma mais prática e
eficiente de aplicação desse nutriente. Geralmente são feitas de 2 a 3 aplicações por ano,
com o volume de calda de 200 L ha-1 de área tratada com o herbicida, com o qual é
possível dissolver a dose de 1 kg ha-1 de B (≈ 6 kg ha-1 de ácido bórico). Recomenda-se a
aplicação de 2 kg ha-1 de B, independente da idade do pomar, porém procurando-se um
maior parcelamento em pomares recém-plantados. Quando o solo possuir teor de B
abaixo de 0,6 mg dm-3 ou o porta-enxerto for o citrumelo Swingle, que é mais exigente em
B, aumentar a dose anual para 3 kg ha-1 de B.
Adubação foliar complementar: O Mg tem sido nutriente pouco utilizado no manejo da
adubação dos citros, apesar dos novos resultados de pesquisa demonstrarem sua maior
importância na nutrição de plantas e no aumento da produtividade das culturas e
qualidade dos produtos. A adubação foliar com o Mg é uma estratégia eficiente para
corrigir a deficiência desse nutriente nos pomares, principalmente pela facilidade de
aplicação e possibilidade de misturas com outros produtos na calda de pulverização.
Recomenda-se a aplicação de 7 a10 kg de MgSO4 7H2O para cada 2000 L de calda de
pulverização.
Apesar de ainda não ter sido obtidas respostas à aplicação de molibdênio (Mo) em
pomares de citros, ensaios recentes têm demostrado ganhos de eficiência de uso de N
em condições controladas. Essas respostas deverão ocorrer em pomares com altas
produtividades, em solos com acidez moderada, arenosos e com baixo teor de matéria
orgânica. A adubação foliar é também a forma mais eficiente para fornecer Mo para os
pomares cítricos, devido à pequena quantidade do nutriente a ser aplicado, por ser
micronutriente móvel no floema e por não ser adsorvido pela matriz coloidal do solo.
Recomenda-se de 2 a 3 aplicações anuais de solução contendo de 20 a 40 mg L-1 de Mo,
o que corresponde aproximadamente de 100 a 200 g molibdato de amônio ou de sódio
para 2000 L de calda.

José Antonio Quaggio


Dirceu de Mattos Jr.
Rodrigo Marcelli Boaretto

7
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

RECOMENDAÇÕES PARA CALAGEM E ADUBAÇÃO DE CAFÉ

Informações gerais sobre a cultura: Até meados do século passado, a elevada


fertilidade do solo, principalmente das ”terras roxas” de São Paulo e do Paraná, foi um
dos principais fatores responsável pela posição do Brasil como maior produtor e
exportador mundial de café. Posteriormente, o esgotamento do solo pela
mineralização da matéria orgânica, erosão e colheitas sem reposição adequada de
nutrientes, começava a mostrar os efeitos da falta de nutrientes na produtividade,
exigindo medidas corretivas e preventivas.
Calagem e adubação impulsionaram a modernização da cafeicultura brasileira em São
Paulo, a recuperação da lavoura cafeeira em solos degradados e a ocupação das
terras de baixa fertilidade com vegetação nativa do cerrado. A pesquisa abordou os
mais variados aspectos da nutrição do cafeeiro e a cafeicultura se modernizou com o
uso rotineiro de corretivos da acidez e fertilizantes. Isso interferiu, também, na
localização geográfica da cultura que, pelas possibilidades criadas pela tecnologia,
com destaque para calagem e adubação, buscaram regiões de maior altitude, embora
de menor fertilidade do solo, em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Bahia,
onde se produz café de qualidade superior.
Nos últimos anos o café vem aumentando a sua participação em áreas irrigadas e
fertirrigadas o que desenvolveu um novo ambiente de produção para a cultura, de
limites ainda insuspeitados. As maiores produtividades obtidas em cafezais adultos
irrigados exigem práticas de podas periódicas, sendo a mais utilizada o sistema ”safra
zero”, havendo necessidade de adequação das adubações, suficientes apenas para a
produção de novos ramos e, ainda, considerar a devolução ao solo dos nutrientes
contidos na biomassa das partes podadas da planta.
Informações gerais sobre calagem e adubação do cafeeiro: A calagem e a
adubação são práticas rotineiras, devendo ser monitoradas pela análise de solo e, no
caso do nitrogênio (N), pela análise de folhas. O gesso pode ser utilizado como
melhorador do ambiente radicular e como fonte de enxofre (S) e cálcio (Ca) com baixo
custo. O cafeeiro requer mais fósforo (P) no plantio; em cafezais formados, as
necessidades maiores são de N e potássio (K). Há necessidade de outros nutrientes,
sendo bastante comuns as deficiências de S, boro (B), zinco (Zn) e manganês (Mn).
Os principais problemas, que exigem atenção, são os seguintes: acidificação
excessiva, causada pela adubação nitrogenada; calagem insuficiente; uso rotineiro de
fórmulas NPK concentradas, muitas vezes sem atentar para as reais necessidades em
cada caso; acúmulo de K no solo; não aplicação de S; aplicação insuficiente de P em
solos com baixa disponibilidade do nutriente e também insuficiente para os
micronutrientes.

1
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Espaçamento: As melhores opções são espaçamentos entre linhas de 3,0 a 3,7m e


entre plantas de 0,5 a 0,7m (3.860 a 6660 plantas/ha). Com a ampliação da colheita
mecanizada e a introdução da irrigação do cafeeiro, vem ocorrendo maior
diversificação desses espaçamentos.
Amostragem de solo: Antes da formação do cafezal, deve-se retirar amostra
composta da área total. Em cafezal formado, a amostragem deve ser feita a cada ano,
na faixa de solo onde são aplicados os adubos, de preferência próximo da projeção da
copa do cafeeiro (0,5 m para dentro e 0,5 m para fora, misturando ambas). Essas
amostras devem ser retiradas anualmente na profundidade de 0-20 cm, e a cada dois
anos, retirar amostras compostas de 20 a 40 cm de profundidade.
Os padrões de interpretação da fertilidade do solo para cafeeiros foram definidos por
meio de curvas de calibração das análises de macro (Tabela 1) e de micronutrientes
(Tabela 2) no solo, específicas para culturas perenes. Como recomendação geral, o
produtor deve procurar manter os solos dos cafezais nas classes de teores médios
para todos os nutrientes e para a saturação por bases, evitando, assim, deficiências
ou excessos, pois ambos limitam a produtividade e a qualidade.

Tabela 1. Interpretação de resultados de análise de solo para macronutrientes e


saturação por bases na camada arável do solo para a cafeicultura.
Classes de teores P-resina K Mg Saturação por bases
mg dm-3 mmolc dm-3 %
Baixo <15 <1,5 <5 <50
Médio 15-30 1,5-3,0 5-9 50-70
Alto >30 >3,0 >9 >70

Tabela 2. Interpretação de resultados de análise de solo para micronutrientes na


camada arável do solo para a cafeicultura.
Classes de teores B Cu Mn Zn
---------------- mg dm-3 ----------------
Baixo <0,6 <2,0 <5,0 <5,0
Médio 0,6-1,0 2,0-5,0 5,0-10,0 5,0-10,0
Alto >1,0 >5,0 >10,0 >10,0

Amostragem de folha: deve ser coletando o 3a par de folhas a partir do ápice de


ramos com fruto, entre os meses de dezembro a fevereiro. Recomenda-se amostrar
pelo menos 50 árvores por talhão, coletando-se duas folhas não danificadas por
árvore, uma em cada lado na altura mediana da planta. Pulverizações com adubos
foliares e ou o uso de defensivos contendo nutrientes podem manter esses elementos
aderidos na superfície do limbo foliar por vários meses, é recomendável não coletar
folhas em um intervalo mínimo 30 dias após a última pulverização. As amostras devem
ser acondicionadas em sacos de papel e enviadas para o laboratório em período
inferior a dois dias após a coleta no campo.

2
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

A interpretação do resultado da análise foliar é feita comparando-se os


resultados do laboratório com valores apresentados na Tabela 3.

Tabela 3. Faixas para interpretação de teores de macro e micronutrientes nas folhas


de café, coletadas em ramos com frutos.
Nutriente Baixo Adequado Alto
-1
-------------------- g kg --------------------
N <25 25-30 >30
P <1,2 1,2-2,0 >2,0
K <20 20-30 >30
Ca <10 10-15 >15
Mg <3,0 3,0-5,0 >5,0
S <1,5 1,5-2,0 >2,0
-1
-------------------- mg kg --------------------
B <60 60-100 >100
Cu <10 10-20 >20
Fe <50 50-200 >200
Mn <50 50-200 >200
Zn <20 20-40 >40
Mo <0,1 0,1-0,2 >0,2

RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM E ADUBAÇÃO: BOLETIM 100 – IAC 2018

Correção da acidez do solo: Aplicar calcário para elevar a saturação por bases da
camada arável a 70% e o teor de Mg a um mínimo em 9 mmolc dm-3. Na formação do
cafezal, distribuir o corretivo uniformemente sobre o terreno e incorporá-lo ao solo o
mais profundamente possível. Se a saturação por bases na camada 20-40 cm do solo
for inferior a 25%, aumentar a dose calculada para a camada arável em 50%. Além da
calagem em área total, aplicar 0,5 kg de calcário dolomítico por metro de sulco.
Em cafezal já formado, distribuir o corretivo de preferência logo após a colheita,
aplicando 70% da dose recomendada na faixa que recebe a adubação e o restante
30% mais no centro das ruas. A calagem preventiva é muito importante em solos
de textura arenosa: nesses casos, acrescentar 2 kg de calcário dolomítico por kg
de N a ser aplicado na adubação. Esta dose é somada à calagem para corrigir a
acidez definida pela análise do solo.
Gessagem: Aplicar gesso, com base na análise de solo da camada de 20-40 cm, se
for constatada saturação de alumínio acima de 50% ou saturação por bases inferior a
25%. Da mesma forma que o calcário, o gesso deve ser distribuído de forma
localizada na faixa de adubação, usando os mesmos critérios da calagem. As
quantidades podem ser estimadas de acordo com a textura do solo. Assim, aplicar 1, 2
ou 3 t/ha de gesso, respectivamente, para solos arenosos, de textura média ou
argilosos.

3
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Adubação orgânica: Se disponível, aplicar por metro de sulco um dos seguintes


adubos orgânicos: 20 litros de esterco de curral ou 2 litros de esterco de galinha ou 5
litros de cama de frango ou 10 litros de palha de café ou 2 litros de torta de mamona.
Atenção especial deve ser dada às cascas de café, que são ricas em nutrientes,
contendo, em g/kg, aproximadamente 15 de N, 0,2 de P2O5 e 30 de K2O, sendo assim
do maior interesse retorná-las ao cafezal. É fundamental a utilização desses
materiais bem compostados.
Adubação de sulco de plantio: durante o plantio é uma oportunidade de aplicar P em
profundidade no solo em culturas perenes. Assim, independentemente da análise do
solo, aplicar 60 g de P2O5 por metro de sulco, que, de acordo com espaçamento, varia
de 160 a 200 kg ha-1 de P2O5. Dar preferência para fontes de fosfatos solúveis em
água, e se possível contendo 0,5% de Zn na sua composição. Para facilitar a
incorporação de calcário no sulco e simultaneamente aplicar P em profundidade, usar
subsolador com três hastes, dotado de dispositivo capaz de aplicar P junto das hastes.

Adubação mineral de formação: Após o pegamento das mudas, aplicar as doses de


nutrientes da Tabela 4, divididas em pelo menos quatro parcelas com intervalos de
aproximadamente 30 a 45 dias, até o final do período chuvoso. Aplicar os fertilizantes
em faixas ao lado das plantas.

Tabela 4. Recomendações de adubação para café em formação, em função da idade


da planta e da análise do solo.
P-resina, mg dm-3 K-trocável, mmolc dm-3
Idade N
<15 15-30 >30 <1,5 1,5-3,0 >3,0
-1
Anos N - P2O5 - K2O (kg ha )
0-1 90 30 20 0 30 20 0
1-2 140 60 40 20 90 60 30
2-3 160 90 60 40 120 90 60

Adubação mineral de produção: Aplicar os adubos minerais, a partir do 3o ano após


o plantio, em função do teor de N nas folhas, dos teores de P, K, revelados pela
análise de solo e da produtividade esperada em kg/ha de café beneficiado, de acordo
com a Tabela 5.
Parcelar a adubação em três aplicações, sendo a primeira com 40% da dose e as
demais com 30% cada entre outubro a março. Procurar aplicar até o final de dezembro
70% das doses de N e K. Em solos arenosos ou com recomendações de doses muito
altas de nutrientes, parcelar a aplicação em quatro vezes, evitando aplicar mais do que
80 kg/ha de N ou de K2O por aplicação.
Em solos com teores baixos de P aplicar preferencialmente as doses recomendadas
do nutriente em dose única, logo após a colheita. Em solos com teores médios ou
altos de P, as doses do nutriente poderão ser parceladas juntamente com o N e K.

4
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Tabela 5. Recomendações de adubação para café em produção, em função das


análises de solo e folhas e classes de produção.
Classes de N foliar, g kg-1 P-resina, mg dm-3 K-trocável, mmolc dm-3
produção(1) <25 25-30 >30 <15 15-30 >30(2) <1,5 1,5-3,0 >3,0(2)
sacas ha-1 N - P2O5 - K2O (kg ha-1)
< 20 180 140 120 20 20 20 120 100 80
20 - 30 200 160 140 40 20 20 140 120 100
30 - 40 240 200 160 60 40 20 160 140 120
40 - 50 260 220 180 80 60 40 220 180 140
50 - 60 300 240 200 80 60 40 260 220 180
60 - 70 350 260 220 100 80 60 300 260 220
70 - 80 400 280 240 120 80 60 360 300 260
>80 450 350 240 140 100 60 400 340 300
(1)
Devido à bienalidade do ciclo de produção do café no ano de safra baixa, recomenda-se
utilizar a produtividade média do biênio para o cálculo da adubação.
(2) -3 -3
Para solos com teores muito altos de K (>6,0 mmolc dm ) e de P (>80 mg dm ) não aplicar
esses nutrientes para evitar desequilíbrios entre os nutrientes

Adubação com enxofre: Acrescentar S à adubação, na proporção de


aproximadamente 1/8 do N aplicado. Essa adubação pode ser dispensada se a
análise de solo revelar teores na camada 20-40 cm acima de 20 mg/dm3 de S. A fonte
mais barata para o fornecimento de S para o cafeeiro é o gesso, que contém
aproximadamente 20% de Ca e 15% de S com boa solubilidade. O superfosfato
simples, que contém 50% de gesso na sua composição também poderá ser fonte
estratégica para o suprimento de S para o cafeeiro.
Adubação com micronutrientes: Os sintomas visuais de deficiência de B e Zn são
os mais comuns na cafeicultura paulista, enquanto que o Mn aparece mais em solos
de cerrado, sendo mais frequente a toxicidade de Mn devido à acidificação do solo
pelos fertilizantes. A deficiência de cobre (Cu) ocorre mais no período de formação dos
talhões, uma vez que as pulverizações com fungicidas cúpricos são menos frequentes.
Em plantas com idade inferior a três anos, recomendam-se quatro a seis aplicações
anuais, entre outubro e março, de B e Zn nas folhas. Em talhões em produção realizar
três a quatro pulverizações com Zn, desde o início da primavera até o final das
chuvas, procurando atingir as brotações novas, com as folhas já expandidas na planta.
A adubação foliar com B deve ser praticada somente como complemento à adubação
via solo, em plantas em formação.
A aplicação de B em talhões adultos deve ser feita preferencialmente via solo na forma
de ácido bórico dissolvido na solução de herbicidas, como o glifosato, que é a forma
mais prática e eficiente de aplicação do nutriente. Geralmente são feitas de duas a três
aplicações de herbicidas por ano, com o volume de calda de 200 L ha-1 de área
tratada, com o qual é possível dissolver a dose de 1 kg ha-1 de B, ou seja, 6 kg ha-1 de
ácido bórico. O B é nutriente muito importante para a produtividade do cafeeiro e há
variações de demanda entre cultivares. As doses recomendadas estão descritas na
Tabela 6.

5
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Quando for necessário aplicar doses maiores de B, isso poderá ser feito através de
aplicações solteiras do nutriente com a barra herbicida ou usar outras fontes do
elemento como complemento àquelas aplicadas via herbicida.
As concentrações recomendadas para aplicações foliares de Zn e complementares de
B variam respectivamente 6 a 8 g L-1 de sulfato de Zn e 2 a 3 g L-1 de ácido bórico. Em
cafezais deficientes em Mn aplicar, entre outubro e março, três pulverizações foliares
com o nutriente, empregando solução contendo 4 a 8 g L-1 de sulfato de Mn. As
quantidades inferiores são recomendadas para a manutenção, enquanto as superiores
devem ser empregadas quando há sintomas visíveis de deficiência.

Tabela 6. Recomendações de boro no solo e zinco nas folhas para café em produção,
em função dos teores dos nutrientes no solo e cultivares.
Teor no solo Cultivares
mg dm-3 Porte baixo Porte Alto
(1) -1
Boro kg ha de nutriente
<0,6 4,0 3,0
0,6 a 1,0 3,0 2,0
>1,0 2,0 1,0

Zinco (2)
<5,0 4,0 3,0
5,0 a 10,0 2,0 2,0
>10,0 1,0 1,0
-1
(1) Teores de B extraídos com água quente ou solução 0,01M L de CaCl2.
(2) Teores de Zn extraídos com solução de DTPA-TEA, a pH 7,5.

Caso seja constatada a deficiência de Cu, aplicar, entre outubro e março, três
pulverizações foliares com o nutriente, empregando solução contendo 5 g L-1 de
hidróxido de Cu. Vale lembrar que o oxi-cloreto de Cu, muito usado como fungicida,
têm eficiência restrita como fonte prontamente disponível de cobre.
As fontes mais recomendadas de micronutrientes metálicos para aplicação foliar são
sais solúveis formados com íons sulfato, cloreto ou nitrato.
A recomendação da adubação foliar consiste em preparar soluções de micronutrientes
contendo como coadjuvante a ureia a 5,0 g L-1. As soluções mais concentradas devem
ser aplicadas durante as horas mais frescas do dia, evitando também mistura com
óleos mineral ou vegetal, para não causar queimaduras das folhas e dos frutos.
Quando as fontes de micronutrientes estiverem nas formas de cloreto ou nitrato, as
concentrações devem ser reduzidas de 2 a 3 vezes, portanto, número maior de
aplicações será necessário para manter a dose do nutriente desejada.

6
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Adubação foliar complementar: o Mg tem sido nutriente pouco utilizado no manejo


da adubação dos cafezais, apesar de resultados de pesquisa demonstrarem sua maior
importância na nutrição de plantas e no aumento da produtividade das culturas e
qualidade dos produtos. A adubação foliar com o Mg é uma estratégia eficiente para
corrigir a deficiência desse nutriente nos cafezais, principalmente pela facilidade de
aplicação e possibilidade de misturas com outros produtos na calda de pulverização.
Recomenda-se a aplicação de 0,5 – 1,0 % de sulfato de Mg hidratado por aplicação na
calda de pulverização.
Apesar de ainda não ter sido obtidas respostas à aplicação de molibdênio (Mo) em
cafezais, ensaios recentes com culturas perenes têm demonstrado ganhos de
eficiência de uso de N em condições controladas. Essas respostas poderão ocorrer
em cafezais com altas produtividades, em solos com acidez moderada, arenosos e
com baixo teor de matéria orgânica. A adubação foliar é também a forma mais
eficiente para fornecer Mo para os cafezais, devido à pequena quantidade do nutriente
a ser aplicado, por ser micronutriente móvel no floema e por não ser adsorvido pela
matriz coloidal do solo. Nessas condições, recomenda-se de 2 a 3 aplicações anuais
de solução contendo de 20 a 40 mg L-1 de Mo, o que corresponde aproximadamente
de 5 a 10 mg de molibdato de amônio ou de sódio para 100 L de calda.

Adubação de cafezais sob diferentes sistemas de poda: A poda vem sendo cada
vez mais utilizada na cafeicultura moderna, em consequência do uso de
espaçamentos mais adensados e também após o crescimento de áreas com irrigação
e fertirrigação. Os tipos de poda mais frequentes são: o decote, geralmente numa
altura entre 2,0 a 2,2m; o esqueletamento com poda dos ramos plagiotrópicos,
deixando ramos com comprimento entre 30 a 40 cm, sendo normalmente associado
ao decote; a recepa, que consiste na poda do ramo ortotrópico, numa altura de 30 a
40 cm. Essa técnica é a mais drástica e onerosa, devendo ser usada somente em
casos extremos quando as demais podas não são recomendadas.
O sistema “safra zero” é uma pratica crescente na cafeicultura moderna, muito
empregada em cafezais irrigados e fertirrigados, que consiste no esqueletamento
associado ao decote em anos alternados, realizada sempre após a colheita do ano de
safra alta. Os materiais oriundos dessa poda devem ser mantidos no terreno e
triturados através de equipamentos como roçadeiras e preferencialmente a trincha,
que reduz esses resíduos em partículas pequenas facilitando assim a decomposição
deles no solo.
Estudos conduzidos 1987 por Antonio Wander R. Garcia e colaboradores, mostraram
que a poda “safra zero” introduz no solo cerca de (em kg/ha): N= 260; P2O5=16 e
K2O=270. Estima-se que 50% desses nutrientes estarão disponíveis para a planta de
café no período de um ano. Assim, deverão ser considerados no plano de adubação
do cafeeiro após a poda. Recomenda-se aplicar apenas 250 kg ha-1 de N quando os
teores de P e K no solo estiverem entre médio a alto. É importante aplicar cerca de
70% desse N até o final de dezembro, devido à imobilização temporária desse
nutriente provocada pela decomposição dos resíduos da poda.

7
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Caso os teores de P e K estiverem baixos no solo, aplicar 40 e 120 kg ha-1,


respectivamente de P2O5 e K2O. No ano seguinte à “safra zero”, seguir as
recomendações de adubação para cafezais em produção constantes da tabela 2.
No caso da poda de decote, como a maior parte da estrutura da planta é mantida,
seguir as recomendações de adubação da tabela 2, conforme a produtividade
esperada.
Quando for realizada a poda de recepa, a produção também será nula no primeiro
ano. Dessa maneira, a demanda por nutriente será ainda mais baixa que a “safra zero”
Portanto, aplicar apenas nitrogênio nas doses entre 70 a 100 kg ha-1, de acordo o
desenvolvimento dos novos ramos. Como a brotação da planta é lenta, devem-se
iniciar as adubações somente quando os ramos possuírem cerca de 20 cm de
comprimento, para evitar as perdas de N.

José Antonio Quaggio


Roberto Antonio Thomaziello
Heitor Cantarella
Bernardo van Raij

8
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

MANEJO DA FERTIRRIGAÇÃO EM SOLOS TROPICAIS

1. INTRODUÇÃO

Fertirrigação é a técnica de aplicação de fertilizantes dissolvidos na água de irrigação.


Trata-se de uma prática com uso recente em solos tropicais e que vem crescendo de
forma espantosa nas condições brasileiras nos últimos anos. Ela esta sendo
empregada em vários grupos de culturas como frutíferas, café, cana-de-açúcar e
hortaliças, tanto no cultivo no campo como em ambiente protegido.
Na citricultura brasileira existem hoje cerca de 100 mil hectares com irrigação
localizada, que representa 25% do ambiente de produção, a maioria com algum tipo
de fertirrigação. Esse fato está muito relacionado com mudanças nas práticas de
produção, devido à substituição de porta-enxerto de Limão Cravo por outros cultivares
mais sensíveis ao déficit hídrico.
Na cafeicultura as áreas irrigadas e fertirrigadas ultrapassam 200mil hectares,
distribuídos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Como a cultura do café
é muito sensível ao estresse hídrico durante a floração e fixação dos frutos a irrigação
e fertirrigação têm proporcionado ganhos expressivos de produtividade e com maior
qualidade dos frutos produzidos, do que resulta em bebida de qualidade superior. Isso
explica o grande avanço da fertirrigação observado na cafeicultura nacional.
Em fruticultura, a fertirrigação se apresenta como uma ferramenta de manejo que
viabiliza o fornecimento dos nutrientes às plantas maximizando a eficiência dos
fertilizantes. Ao mesmo tempo, possibilita atender às necessidades nutricionais no
momento e nas quantidades exigidas de modo a também incrementar a qualidade dos
frutos produzidos.
O avanço nas técnicas de irrigação tem facilitado maior adoção da fertirrigação
especialmente para culturas perenes. A fertirrigação pode ser feita através de
equipamentos de pivô-central, tubos gotejadores enterrados ou de superfície ou por
meio de micro aspersores. Entretanto, devido a maior eficiência de uso de água e com
os desenvolvimentos tecnológicos mais recentes, os métodos de irrigação localizada,
por microaspersão e principalmente o gotejamento, têm acelerado a adoção de
fertirrigação para uma ampla gama de culturas, desde frutíferas até cana-de-açúcar.
A fertirrigação permite maior uniformidade de distribuição de água e de nutrientes
fornecidos via irrigação. Além disso, o manejo de irrigação é fundamental para
minimizar a percolação da água abaixo da profundidade de enraizamento das culturas
e, assim, reduzir as perdas por lixiviação de nutrientes abaixo da zona radicular.
Entre as vantagens da fertirrigação destacam-se: a) maior facilidade de aplicação de
nutrientes nas quantidades e momento certos para atender a demanda diferencial das
plantas nos estágios fenológicos da cultura. Através dessa técnica os nutrientes
podem ser aplicados até diariamente, com diferentes combinações entre eles; b)
ganhos de eficiência de uso de nutrientes em relação aos fertilizantes sólidos
tradicionais, devido ao melhor sincronismo entre demanda e suprimento de nutrientes
para a planta; à redução das perdas nutrientes por lixiviação ou volatilização,

9
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

especialmente no caso do nitrogênio e c) melhor localização e uniformidade de


distribuição dos fertilizantes junto às raízes das plantas e ausência de segregação de
nutrientes, quando comparado com o uso de misturas de fertilizantes granulares
aplicados com máquinas na superfície. Além disso, reduz o custo com operações
mecanizadas e, por conseguinte, a compactação do solo, evitando o tráfego de
equipamentos pesados através do campo para aplicar fertilizantes, menor gasto com
mão de obra devido a maior facilidade operacional e ao emprego de equipamentos de
automação.
Através da fertirrigação é possível aplicar os principais nutrientes, incluindo nitrogênio
(N), fósforo (P), potássio (K); os nutrientes secundários, tais como magnésio (Mg),
cálcio (Ca), enxofre (S); e micronutrientes, incluindo boro (B), cobre (Cu), ferro (Fe),
manganês (Mn), molibdênio (Mo), e zinco (Zn). A principal vantagem da aplicação dos
fertilizantes é que os nutrientes são aplicados na forma de solução, assim, estão
imediatamente disponíveis para as plantas.
As fontes mais comuns de nutrientes utilizados na fertirrigação, e compatibilidade
entre diferentes fertilizantes líquidos são mostrados nas Tabelas 1 e 2.
A compatibilidade entre os fertilizantes para fertirrigação é importante para evitar a
precipitação e o entupimento das linhas de irrigação. Estes problemas, também
surgem associados à má qualidade da água, sejam pelo excesso de ferro ou conteúdo
de carbonato ou pelo crescimento microbiano, especialmente algas. Por essas razões,
as linhas de irrigação precisam ser lavadas depois de períodos de aplicação de
nutrientes pela fertirrigação. Recomenda-se aplicar apenas água por pelo menos 30
minutos após fertirrigação. Periodicamente, é necessário fazer a limpeza do sistema
de irrigação empregando-se cloro ou hipoclorito de sódio na concentração de 2,0 mg
L-1, de preferência junto com ácido fosfórico na concentração de 1,0 mg L-1, cuja
frequência depende da qualidade da água. É recomendável aplicar esses produtos no
final da tarde e deixar durante toda a noite para que possam reagir com os diversos
sedimentos dentro das tubulações e emissores de irrigação. Na manhã seguinte deve-
se aplicar apenas água e abrir os finais das linhas de irrigação para que esses
sedimentos deixem as tubulações. Essa manutenção periódica é fundamental para se
assegurar maior uniformidade de distribuição de água e nutrientes às plantas, bem
como a vida útil do equipamento de irrigação.
Nos últimos anos vem crescendo o emprego de irrigação por pivô central para
diferentes culturas desde anuais até perenes proporcionando maior uso de
fertirrigação. Com esse equipamento os nutrientes são aplicados à superfície da
folhagem das plantas, o que torna necessário aplica-los com alta diluição para evitar-
se qualquer potencial para queimadura das folhas. Da mesma forma que na irrigação
localizada, a seguir à aplicação da solução de nutrientes é necessário aplicar água
abundante para lavar a folha tornando-a livre de nutrientes, porém sem excesso ao
ponto de causar perdas por lixiviação.

10
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Tabela 1. Composição de nutrientes das fontes mais comuns de nutrientes para a fertirrigação.

Fertilizantes para fertirrigação N-NO3 N-NH4 P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Mo Zn Na


Concentrações de nutrientes, %
Ácido bórico - - - - - - - 17,0 - - - - - -
Ácido fosfórico, 85% D=1,7 - - 27,0 - - - - - - - - - - -
Cloreto de potássio - - - 52,0 - - - - - - - - - -
FeEDTA - 13%Fe - - - - - - - - - 13,0 - - - -
FE-FeDTPA (4,5%Fe) D=1,33 - - - - - - - - - 4,5 - - - -
FERRILENE (6% Fe) Fe-EDDHA - - - - - - - - - 6,0 - - - -
Fosfato monopotássico - - 22,0 28,0 - - - - - - - - - -
Molibdato de sódio - - - - - - - - - - - 40,0 - -
MAP -fosfato monoaminico - 11,0 26,0 - - - - - - - - - - -
Nitrato de amônio 16,5 16,5 - - - - - - - - - - - -
Nitrato de cálcio 15,5 1,0 - - 19,0 - - - - - - - - -
Nitrato de magnésio, 41% D=1,35 7,0 - - - - 6,0 - - - - - - - -
Nitrato de potássio 13,0 - - 36,5 - - - - - - - - - -
Sulfato de potássio - - - 41,0 - - 17,0 - - - - - - -
Sulfato de cobre - - - - - - - - 25,0 - - - - -
Sulfato de magnésio - - - - - 9,5 13,0 - - - - - - -
Sulfato de manganês mono hidratado - - - - - - - - - - 32,0 - - -
Sulfato de zinco, heptahidratado - - - - - - - - - - - - 23,0 -
TENSO FERRO (6%Fe) FeDTPA - - - - - - - - - 6,0 - - - -

11
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

A fertirrigação por pivô é um meio conveniente de aplicação de nutrientes em áreas


extensas como, por exemplo, 80 a 140 hectares sem custo adicional para a aplicação
de fertilizantes. Nesse sistema os nutrientes são lavados para o solo sendo que a
absorção deles ocorre pelas folhas e predominantemente através das raízes. Como as
lâminas de irrigação são geralmente maiores nesse sistema do que na irrigação
localizada, o manejo de irrigação deve ser muito bem realizado para evitar o
movimento de água e nutrientes abaixo da zona radicular. Portanto, o manejo de
irrigação é fundamental para maximizar a eficiência de uso de água e nutrientes.
O objetivo deste capítulo foi de resumir os avanços recentes da fertirrigação em solos
tropicais, com especial ênfase na produção de frutíferas como cítricos, banana e
também na cafeicultura. Porém, a base das informações aqui descritas poderá ser
facilmente adaptada também às demais culturas.

Tabela 2. Compatibilidade entre fertilizantes minerais para uso em fertirrigação.


Nitrato de amônio

Sulfato de amônio
Ureia

Nitrato de cálcio

Nitrato de potássio

Nitrato de amônio O
Cloreto de potássio

Sulfato de amônio O O
Sulfato de potássio

Nitrato de cálcio O O X

Nitrato de potássio O O O O
Sulfato de magnésio

Cloreto de potássio O O O O O

Sulfato de potássio O O CL X O CL
Sulfato de Fe, Zn, Cu, ou Mn
Ácido fosfórico
MAP

MAP O O O X O O O

Sulfato de magnésio O O O X O O CL X
Ácido nítrico

Ácido fosfórico O O O X O O O O O

Ácido nítrico O O O O O O O O O O

Sulfato de Fe, Zn, Cu, ou Mn O O O X O O CL X O O O

Quelato de Fe, Zn, Cu ou Mn O O O CL O O O CL O CL X O

O=Compatível; X=incompatível e CL=Compatibilidade limitada

11
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS PARA A FERTIRRIGAÇÃO DAS


CULTURAS DE CITROS E CAFÉ EM SOLOS TROPICAIS

A prática da fertirrigação de frutíferas perenes em geral foi desenvolvida inicialmente


em solos da região zona mediterrânea na qual predominam solos desenvolvidos de
diversos substratos calcários, portanto sem problemas com acidez. Na realidade,
normalmente os solos dessas regiões apresentam excesso de alcalinidade e, assim, a
acidificação é desejável para facilitar o manejo de nutrientes com alta capacidade de
fixação em pH alto, com por exemplo o ferro. Nos solos tropicais a situação é inversa,
pois a maioria desses solos são ácidos ou muito ácidos como o caso dos solos
originalmente sob vegetação de cerrados, nos quais a acidificação poderá
comprometer a sustentabilidade da produção de culturas fertirrigadas se houver a
acidificação da área de influência do bulbo molhado. Esse processo é mais
preocupante quando menor for a área molhada, ou seja, o sistema de gotejamento
com uma linha é mais acentuado do que duas linhas de emissores, enquanto que na
microaspersão o problema é menor.
Para reduzir o processo de acidificação do solo em áreas fertirrigadas é fundamental o
uso de fertilizantes com baixo poder de acidificação. Por exemplo, o ácido fosfórico
pode ser usado como fonte de fósforo (P), porém o seu uso deve ser restrito apenas
na limpeza do sistema de irrigação, como um coadjuvante das fontes de cloro,
normalmente empregadas nesse processo de limpeza. Para tanto, deve-se limitar a
dose anual a 10 kg ha-1 de P2O5 que é suficiente para limpar o sistema.
Dessa maneira, em áreas fertirrigadas nos solos tropicais é recomendável o uso de
fertilizantes fosfatados sólidos granulados em dose única, de preferência antes da
floração das culturas. Deve-se ressaltar que existem fertilizantes fosfatados solúveis
como o MAP purificado e fosfato monopotássico que são excelentes para fertirrigação,
porém apresentam custo muito elevado e o uso deles geralmente se restringe a
cultivos com alto valor agregado e em ambiente protegido.
Os fertilizantes nitrogenados com nitrogênio (N) na forma amoniacal também tem
poder acidificante muito elevado. Portanto, tomando-se como base o nitrato de amônio
que possui metade do N na forma nítrica, que não acidifica o solo e o restante 50% na
forma amoniacal, com forte capacidade de acidificação, a participação desse
fertilizante não deve ser superior a 40% da dose total anual de N aplicado via
fertirrigação. O restante deve ser aplicado na forma de nitrato de cálcio que não
acidifica o solo e ainda fornece cálcio (Ca) na forma solúvel, cujo uso tem trazido
excelentes resultados, tanto na citricultura como na cafeicultura fertirrigadas.
Alguns produtores têm usado ureia na fertirrigação por gotejamento que é uma prática
não recomendada pelo fato do N contido nesse fertilizante ser transformado em
amônio após a hidrólise pela ação da enzima urease. É importante reforçar que a
reação de hidrolise não ocorre totalmente quando faltar oxigênio no meio, o que é
frequente no bulbo úmido. Isso implica em maior perda potencial de N por lixiviação e
ainda, a absorção de ureia diretamente pela planta o que irá provocar grande
desequilíbrio iônico na planta.

12
SIMPÓSIO SOBRE OS AVANÇOS NA NUTRIÇÃO DE CITROS E CAFÉ – BOLETIM 100 (IAC 2018)

Outra recomendação fundamental no manejo da fertirrigação nos solos tropicais é não


fornecer todos nutrientes por essa via. Isso porque, durante a primavera até o final do
verão ocorrem chuvas que provocam crescimento de raízes para fora da zona do
bulbo úmido e essas raízes também precisam receber nutrientes para garantir o bom
manejo nutricional. Essa situação é completamente diferente de regiões semiáridas,
que devido à precipitação média anual entre 300 a 700 mm, mantêm as raízes
confinadas quase totalmente dentro do bulbo.
Por essas razões, nossa experiência de campo de alguns anos recomenda que em
sistema de fertirrigação por gotejamento, cerca de 30 a 40% das doses de N e de
potássio devem ser aplicadas através de adubação sólida convencional logo após a
floração das culturas, o que irá contribuir para a maior fixação dos frutos.
Em sistemas de fertirrigação por microaspersão essa recomendação não é tão
relevante, pois contribui apenas para reduzir custos com fertilizantes mais caros,
porém mais apropriados para a fertirrigação como o nitrato de cálcio, nitrato e sulfato
de potássio.

José Antonio Quaggio


Luiz Antonio Junqueira Teixeira

13

Anda mungkin juga menyukai