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Capítulo 5 - A Alta idade Média

O livro segue uma ordem cronológica para apresentar aspectos da chamada alta
idade média, iniciando o conteúdo apresentando império Romano do Oriente e suas
diversos aspectos econômicos e culturais. Os autores definem o fim do império Romano
do Ocidente como o marco cronológico para o fim da Antiguidade e Início da Idade Média.
Periodização é um tema que rende um amplo debate historiográfico já a algum tempo, e
no fim é sempre uma questão de escolha. Porém alguns conceitos já estão
ultrapassados, entre eles, essa noção de ruptura, que o texto transmite, como se a partir
de um ponto específico, nesse caso o fim da Império Romano do Ocidente, uma modelo
de sociedade acabasse e um outro, o feudalismo, se iniciasse. As relações sociais,
políticas e econômicas são muito mais fluidas e permeáveis, ao ponto de alguns
historiadores defenderem a existência de um período de transição entre o fim do Império
Romano e o início da Idade Média, chamada de Antiguidade Tardia.
O texto segue explicando as características políticas e econômicas do Império
Romano do Oriente ou Império Bizantino dando ênfase nas diferenças estruturais da
administração política e na prática religiosa. No império Bizantino a figura do Imperador
se Misturava com a do chefe religioso, uma forma de governo conhecida como
cesaropapismo. Além dessa mescla entre o figura do imperador e a do papa, alguns
conceitos adotados pelo Império Bizantino, geraram conflitos entre a prática religiosa dos
mesmos e os cristãos ocidentais, Duas heresias são destacadas no texto, o monofisismo
e a iconoclastia. Ambas as heresias mereciam ser melhor explicadas pois vão ter papel
central na separação entre os cristãos do oriente e do ocidente. Os primeiros defendiam
o monofisismo, acreditavam em uma única natureza divina, para eles Cristo não tinha a
natureza humana defendida pelos católicos romanos que acreditavam na doutrina da
Santíssima Trindade, onde Deus seria, simultaneamente, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A iconoclastia defendida pelos Bizantinos condenava culto às imagens e relíquias de
santos, o que gerou um forte conflito com o cristianismo católico romano, pois essa
prática de culto ocupava um papel central na expansão do mesmo.
O livro segue para o Império Árabe, fazendo uma breve descrição de como funciona
a dinâmica social nos territórios árabes, dando uma noção superficial do funcionamento
da sociedade onde surgiu o Islamismo. Alguns termos e conceitos como “tribos” para se
referir a grupos étnicos, Jihad sendo associado a Guerra Santa, quando na verdade essa
é apenas uma das interpretações feitas por grupos extremistas, e a utilização do nome
Maomé, forma pejorativa criada pelos cristãos, para se referir ao profeta Muhammad, já
foram superados e merecem serem revistos. A descrição do processo de consolidação e
expansão do Império Árabe merecia melhor atenção, pois foi um evento crucial na
derrocado do Império Bizantino e abalou as estruturas da Igreja Católica. Um império que
se estendeu da Ásia Central a costa do Atlântico e segundo o historiador Albert Hourani:

“No fim do seculo X , passara a existir um mundo islâmico, unido por uma
cultura religiosa comum, expressa em língua árabe, por relações humanas
forjadas pelo comércio, a migração e a peregrinação fetivo. [...]Ter mantido
tantos países, com diferentes tradições e interesses, num único Império por
tanto tempo fora um feito notável. Dificilmente poderia ter sido conseguido
sem a força da convicção religiosa, que formara um grupo dominante e
efetivo na Arábia Ocidental, e depois criara uma aliança de interesses entre
esse grupo e uma parte em expansão das sociedades sobre as quais
governava.”1

Ao tratar das civilizações ocidentais da idade média os autores descrevem bem os


principais movimentos migratórios e os vários reinos que se formarão na europa a partir
desses movimentos. A principal crítica a essa parte está na maneira engessada como
foram descritas a expansão dos povos germânicos. Que segundo os autores a entrada
dos germânicos no mundo romano se dava de duas formas, ou por invasões, ou seja
através da violência da guerra, ou por migrações, essas sendo incentivadas pelo
Romanos, por questões militares. Porém a relação entre Romanos e Germânicos é muito
mais plural e o que se vê é surgimento de um “novo mundo”, com aponta Jacques Le
Goff2, a partir de um intenso movimento de trocas culturais entre romanos e germânicos.

1
. HOURANI, Albert. "Sociedades Muçulmanas Árabes". In: Uma História dos Povos Árabes.
São Paulo: Companhia de Bolso, 1991. p. 68
2
LE GOFF, Jacques. A instalação dos Bárbaros ( séculos V-VIIi), In: A civilização do ocidente medieval -
vol. I. Lisboa: Estampa, 1995. p 48.
A maior parte do capítulo é dedicada a explicação do que é feudalismo, e seus
aspectos econômicos e culturais, uma decisão acertada pois com a ponta Le Goff e Alain
Guerreau3, dentre os vários e plurais conceitos e definições que a historiografia vem
dando para a o período que conhecemos por idade média, feudalismo é o que guarda
melhor coerência ao exemplificar com relativa precisão o fato de tratar-se de um sistema
global.
As relações entre suseranos, vassalos e servos, dominium, são bem resumidas nos
aspectos econômicos assim como a importância da Igreja para manutenção dessa
relação, minha principal crítica a esse capítulo é falta de definição mais detalhada do
papel da igreja enquanto instituição. A ecclesia é o sustentáculo do feudalismos, como a
aponta Guerreau no trecho abaixo:

“A ecclesia foi a instituição dominante do sistema feudal europeu. Entendamos


como instituição uma forma social de organização pensada como estável e perene,
fundada sobre regras de funcionamento explícitas, distribuindo a seu membros ou
aos indivíduos relacionados a ela papéis diferenciados articulados uns aos outros
A ecclesia é uma instituição dominante na medida em que todos todos os
habitantes da Europa medieval estavam obrigatoriamente relacionadas com ela,
que as regras ditadas por ela tinham um valor geral (pan-europeu) e coativo, e que,
acessoriamente, nem de longe sua posses fundiárias e sua capacidade de
acumulaçãomaterial tinham equivalente.”4
Os aspectos da formação social da sociedade medieval e sua rígida estratificação
com quase nenhuma mobilidade social também é bem resumida e os principais aspectos
são apresentados, inclusive as rebeliões organizadas por servos insatisfeitos com a
constante exploração dos senhores e da igreja, assim como as festas religiosas e pagãs
que guardavam especial importância na dinâmica social pois representavam momentos
em que a ordem social imposta como natural pelos estamentos dominantes era
subvertida por um breve momento.
A literatura paródica, importante aspecto cultural da Idade média, tem seu espaço
no capítulo de maneira bem apresentada, a apresentação de algum trecho de uma

3
GUERREAU, Alain. "Feudalismo". In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-Claude (cord).
Dicionário Temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006. p. 444.
4
GUERREAU, Alain. "Feudalismo". In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-Claude (cord).
Dicionário Temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006. p. 447.
dessas obra enriqueceria muito o material, pois além ser uma boa fonte primária poderia
trazer um tom lúdico que sempre é um bom atrativo. O teatro também é mencionado
como forma de manifestação cultural que hora era usado pela própria igreja para facilitar
a transmissão de suas mensagem, como o era apropriado pelos cidadãos como para
fazer críticas a sociedade.
No geral considero o conteúdo bom, bem resumido e apesar de conter alguns
conceitos já ultrapassados, ainda é possível trabalhar seu conteúdo, fazendo alguns
ajustes pontuais.

ANÁLISE DOS EXERCÍCIOS:


Os exercícios seguem um modelo pedagógico bem conservador, a maioria das
questões são objetivas e retiradas de vestibulares como FUVEST e ENEM, entre outros.
As questões discursivas tem uma caráter mais abrangente e visam englobar de maneira
mais totalizante o conteúdo dos capítulos. São questões que dialogam bem com o
conteúdo apresentado e o aspecto prático presente no fato de trazer questões de
vestibulares que os estudantes vão se deparar no futuro próximo, caso pretendam
ingressar em uma universidade a meu ver enriquece o conteúdo.

BIBLIOGRAFIA:

HOURANI, Albert. "Sociedades Muçulmanas Árabes". In: Uma História dos Povos
Árabes. São Paulo: Companhia de Bolso, 1991.

LE GOFF, Jacques. A instalação dos Bárbaros ( séculos V-VIIi), In: A civilização do


ocidente medieval - vol. I. Lisboa: Estampa, 1995.

GUERREAU, Alain. "Feudalismo". In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-Claude


(cord). Dicionário Temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006.

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