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23/03/2019 Psicologia e emergências médicas: uma aproximação possível

Psicologia Hospitalar Serviços Personalizados


versão On-line ISSN 2175-3547
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Psicol. hosp. (São Paulo) v.2 n.2 São Paulo dez. 2004
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Psychology and medical emergencies: a possible Mais


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Luciane De Rossi1; Ana Clara Duarte Gavião2; Mara Cristina Souza de


Lucia3; Soraia Barakat Awada4

RESUMO

Este estudo pretende caracterizar as necessidades afetivo-emocionais de pacientes atendidos pelo Pronto Socorro
do Instituto Central do HC-FMUSP. Segundo a literatura, o Pronto Socorro destina-se a receber pessoas em
situações de emergência, mas tem funcionado como um ambulatório com pronto-atendimento. Essa
descaracterização, aliada à sobrecarga de trabalho e ao contato com a dor, sofrimento e morte afetam a equipe de
saúde e podem comprometer a qualidade da assistência ao paciente. Trata-se de um estudo piloto realizado com
50 pacientes que passaram pela triagem do Pronto Socorro. Para a coleta de dados foram utilizados um
questionário breve e o diário de campo. Observou-se intensa procura de pacientes, que se mantém pela
insuficiência do atendimento na rede pública de saúde e pelo status que o HC carrega. Os pacientes apresentam
idealizações e uma demanda subjetiva que não pode ser devidamente considerada no contexto da
abordagem médica. Diante disso, fica evidente que a intervenção psicológica pode beneficiar tanto pacientes
quanto a equipe de saúde.

Palavras-chave: Psicologia hospitalar, Interdisciplinaridade, Emergências médicas, Pronto-atendimento.

ABSTRACT

This study intends to characterize the affective-emotional necessities of patients taken care of for the Emergency
Room of the Central Institute of the HC-FMUSP. According to literature, the Emergency Room destines to receive
people in emergency situations, but it has functioned as a clinic with soon-attendance. This dynamics, allied to the
overload of work and the contact with pain, suffering and death affects the health team and can compromise the
patient assistance quality. It s a pilot study with 50 patients who had passed for the Emergency Room selection.
For the collection of data a brief questionnaire and the field daily one are used. The patients intense search was
observed, that if keeps for the public health net attendance insufficiency and for the HC "status". The patients
present idealizations and a subjective demand that cannot be considered in the context of the medical boarding
duly. Therefore, it is evident that the psychological intervention can benefit patients and the health team.

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23/03/2019 Psicologia e emergências médicas: uma aproximação possível

Keywords: Hospital psychology, Interdisciplinarity, Medical emergencies, Soon-attendance.

1 - JUSTIFICATIVA DO ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO DO SETOR


O presente estudo se insere no Programa de Assistência Psicológica no Pronto Socorro, implantado em 2002 pelo
Serviço de Assistência da Divisão de Psicologia do ICHC-FMUSP. O programa visa ampliar a rotina assistencial da
psicologia no Pronto Socorro, setor permeado por uma série de limites, intenso sofrimento físico e emocional e
morte, procurando melhorar, assim, a qualidade do atendimento prestado ao paciente. Possui dois focos principais
de investigação e de intervenção. O primeiro inclui um olhar para a demanda institucional e para a subjetividade
nas relações da equipe interdisciplinar, a fim de contextualizar o atendimento oferecido em um setting tão
carregado de experiências emocionais intensas. O segundo foco é a assistência psicológica propriamente dita ao
paciente internado no Pronto Socorro e a seus familiares.

A inserção do psicólogo no contexto hospitalar inclui uma extensa área de atuação. Segundo Chiattone (2000),
para atuar no hospital, o psicólogo inicialmente emprestou recursos técnicos e metodológicos de outras áreas do
saber psicológico. Entretanto, esse conhecimento mostrou-se inadequado a esse contexto, cuja especificidade tem
exigido a construção de um novo saber e a adequação de técnicas.

No que se refere à assistência psicológica em Pronto Socorro, a bibliografia é relativamente escassa. Há literatura
sobre o atendimento psicológico em enfermaria, mas não seria adequado simplesmente transpor esse
conhecimento para o atendimento em Pronto Socorro, que se apresenta como uma realidade singular. É preciso
considerar que a assistência pode se modificar a partir da estrutura e funcionamento do setor, da dinâmica
institucional e do perfil do paciente. Assim, para planejar sua intervenção o psicólogo precisa considerar todos
esses fatores. Como afirma Bleger (1984) não se pode ser psicólogo se não se é, ao mesmo tempo, um
investigador dos fenômenos que se quer modificar e, para ser um investigador, é preciso extrair os problemas da
própria prática e da realidade em que se atua.

O trabalho assistencial do psicólogo hospitalar procura compreender e minimizar o sofrimento relacionado à doença
e à hospitalização. Pode ainda ter um caráter preventivo, o que exige que se desvende os significados pessoais que
as experiências de doença e hospitalização têm para o indivíduo (Spink, 1995, citado por Chiattone, 2000). Exige
ainda que se considere as adversidades de determinado setor do hospital enquanto desencadeantes de
alterações emocionais, pois, como comenta Romano (1999), quando se conhece a demanda é possível se
antecipar a ela. Quanto mais precoce a intervenção, menores as possibilidades de agravamento e maiores as
expectativas de recuperação psíquica dos pacientes (Chiattone, 2000).

Diante disso, fica evidente a necessidade de estudos como esse, que pretende caracterizar as necessidades afetivo-
emocionais dos pacientes que procuram o Pronto Socorro do ICHC-FMUSP, visando obter subsídios para
intervenções mais apropriadas e eficazes.

Segundo documento elaborado pela Diretoria Executiva do ICHC (2003), o Pronto Socorro do Instituto Central do
Hospital das Clínicas foi inaugurado em 1944 e, desde o início, teve o objetivo de integrar assistência, ensino e
pesquisa. Abrange os níveis terciário e quaternário de atenção à saúde, sendo destinado ao atendimento de alta
complexidade, o que exige recursos humanos especializados e equipamentos de alta tecnologia.

Ocupa uma área de cerca de 3000 m2, onde são realizados mais de 15000 atendimentos por mês. Do ponto de
vista operacional, caracteriza-se por um atendimento singular, pois inclui diversas especialidades médicas: Clínica
Médica, Clínica Cirúrgica, Ginecologia, Obstetrícia, Endoscopia/Broncoscopia, Otorrinolaringologia, Oftalmologia,
Urologia e Queimados, com equipes presentes 24 horas por dia e equipe multiprofissional comum (enfermeiros,
assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas). Há ainda três unidades de terapia intensiva e duas
enfermarias de retaguarda exclusivas para pacientes provenientes da unidade de emergência ligadas à Clínica
Cirúrgica e à Clínica Médica. Conta também com outros serviços de apoio: registro, farmácia, banco de sangue,
radiologia, eletrocardiografia, prova de função pulmonar e plantão policial.

A demanda de pacientes pode ser classificada como espontânea e referenciada, ou seja, encaminhada pelo Plantão
Controlador Universitário, órgão que controla o fluxo de pacientes entre hospitais ou dentro do Complexo HC. A
demanda espontânea representava, em 2003, 70% dos pacientes. Destes, apenas 15% necessitavam realmente de
recursos de alta complexidade, enquanto o restante poderia ser atendido na rede pública de saúde de atenção
primária e secundária. Essa procura intensa, aliada ao número insuficiente de pessoal, implica uma sobrecarga de
trabalho para os funcionários da unidade e, conseqüentemente, gera insatisfação. Há ainda a descaracterização dos
serviços prestados e uma exigência prática de priorizar a assistência em detrimento do ensino e da pesquisa.

As metas para o Pronto Socorro, segundo o Planejamento Operacional da Diretoria Executiva, são priorizar o
atendimento de alta complexidade e oferecer assistência de qualidade, valorizando o ensino e a pesquisa. Isso
implica a elaboração de estratégias que permitam a mudança do quadro atual. Uma delas seria disponibilizar para
os pacientes um serviço de psicologia mais efetivo.

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2 - O IMPACTO DO TRABALHO EM PRONTO SOCORRO PARA A EQUIPE DE SAÚDE


O Pronto Socorro é uma das portas de entrada do paciente no hospital. Destina-se a receber pessoas em
situações de emergência, com ou sem risco iminente de morte, que necessitam de um pronto-atendimento
(Coppe & Miranda, 2002).

Há uma literatura generosa sobre o uso da tecnologia disponível para serviços de urgência, principalmente no que
se refere a equipamentos e medicamentos. Porém, os estudos sobre a dinâmica do trabalho em equipe e sobre os
aspectos emocionais de pacientes, familiares e da equipe de saúde são escassos (Coppe & Miranda, 2002; Romano,
1999).

A literatura aponta para uma descaracterização dos serviços prestados pelo Pronto Socorro, que funciona,
atualmente, como um ambulatório com pronto-atendimento (Coppe & Miranda, 2002; Romano, 1999; Sebastiani,
2002b). De um setor destinado ao diagnóstico e tratamento de pacientes acidentados ou acometidos de mal
súbito, o Pronto Socorro passou a ser um serviço que absorve todos os problemas físicos e sociais (Romano, 1999).

Essa situação tem seu alicerce e se mantém em função da qualidade insatisfatória dos serviços oferecidos pela
saúde pública no Brasil. Na verdade, o sistema de saúde não atende as necessidades do paciente, que é obrigado a
enfrentar longas filas e aguardar meses por uma consulta e para realizar exames e outros procedimentos. Desta
forma, a maioria da população recorre ao Pronto Socorro, que se apresenta como a única possibilidade de ser
prontamente atendida e obter, num curto espaço de tempo, algum encaminhamento para seu problema (Romano,
1999).

A procura intensa gera uma sobrecarga de movimento que, aliada à descaracterização do setor e à tensão devido à
necessidade constante de tomar decisões imediatas, eficazes e eficientes podem provocar na equipe de
saúde a sensação de que o trabalho não é compensador. Há ainda a exigência de se salvar vidas numa unidade em
que a taxa de mortalidade é cinco vezes maior do que nas enfermarias (Romano, 1999).

E essas não são as únicas dificuldades enfrentadas pela equipe de saúde. Seu cotidiano é permeado por vivências
de dor, sofrimento, impotência, angústia, medo, desesperança, desamparo, perdas e morte. É marcado também
pela necessidade de cuidar de pessoas poliqueixosas, refratárias à ajuda, agressivas, hostis, auto-destrutivas,
deprimidas e inseguras e que, muitas vezes, alimentam a fantasia de obterem um tratamento rápido, indolor e que
não implique muito investimento pessoal. Além disso, as jornadas de trabalho são extensas e múltiplas e incluem o
convívio com limitações técnicas e materiais (Sebastiani, 2002b).

Algumas pesquisas apontam para o efeito nocivo dessas condições para o profissional de saúde. Sebastiani
(2002b) relata estudos de Friedman et al. (1971, 1973) sobre a atenção sustentada dos residentes privados de
sono em função das extensas jornadas de trabalho, que demonstraram um aumento na margem de erros na
interpretação de exames simples, dificuldade de concentração, depressão, aumento da irritabilidade, sentimentos
de auto-referência com extrema sensibilidade à crítica, inadequação afetiva e déficit na memória de fixação.

A OMS apresentou, em 1992, relatório sobre estatísticas de suicídio por categoria profissional, no qual os
profissionais de saúde ocupavam o 2º lugar, perdendo apenas para jornalistas. No Brasil, dados da Secretaria de
Saúde do Rio de Janeiro apontam que 40% dos casos de suicídio registrados na cidade do Rio de Janeiro em 1996
foram de médicos (Sebastiani, 2002b).

Outra pesquisa, publicada em janeiro de 2003, verificou que os profissionais de saúde que atuam em Pronto
Socorro possuem alto risco de apresentar sintomas de transtorno de estresse pós-traumático. A prevalência deste
transtorno entre esses profissionais é maior do que na população em geral. A pesquisa revelou que todos os
profissionais que trabalhavam diretamente com o paciente apresentaram pelo menos um dos sintomas do
transtorno de estresse pós-traumático. Destes, 12% preencheram todos os critérios diagnósticos do DSM-IV.
Desconsiderando o critério que exige que os sintomas apareçam em até seis meses após o evento traumático, esse
percentual subiu para 20. Os sujeitos afirmaram ainda que os sintomas atrapalham sua vida social (37%) e
profissional (27%). A pesquisa aponta também que no Pronto Socorro os anos de experiência e outras variáveis,
tais como sexo, nível escolar e cultural, profissão e estado civil, não têm relação com o desenvolvimento do
transtorno. Os sintomas desse transtorno geram absenteísmo, redução da satisfação no trabalho e afastamento
precoce do trabalho (Laposa & Alden, 2003).

Todas essas dificuldades enfrentadas pela equipe de saúde no Pronto Socorro interferem no atendimento ao
paciente e podem comprometer a qualidade da assistência.

3 - O PACIENTE
O paciente que procura o Pronto Socorro, geralmente, teve sua vida desestruturada a partir da instalação abrupta
de um processo mórbido, da vivência de acidente ou de uma descompensação em casos de doenças crônicas.

O atendimento em Pronto Socorro envolve a imprevisibilidade e provoca, no paciente, reações psicológicas


bastante variadas, incluindo ansiedade, medo, ressentimentos, perda de autonomia e auto-domínio, sensação de
estranheza, alteração da auto-estima e da imagem corporal (Coppe & Miranda, 2002). Segundo Moura (1996), a
doença ou acidente provocam uma crise e fazem com que o sujeito entre em contato com possíveis
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situações de perda: perda de alguém querido (morte), perda do corpo saudável (doença) e da condição de
inteiro (fraturas, mutilações, procedimentos cirúrgicos). Nesse momento, o paciente teme tudo aquilo que
a dor possa representar, inclusive a morte e o sofrimento. Esse medo baseia-se em dados de realidade, tais como a
sensação de dor e de outros sintomas físicos, a dependência da equipe de saúde e o sentimento de impotência
(Coppe & Miranda, 2002; Sebastiani, 2002a).

Quando chega ao Pronto Socorro, o paciente se vê imerso numa situação de desamparo e, de certa forma, perde
sua dignidade quando deixa sua posição de sujeito passando a objeto de intervenção (Moura, 1996). É submetido a
procedimentos médicos que, embora visem sua melhora, podem adquirir um caráter ameaçador e invasivo. Assim,
ele vive um momento de perda de referencial, que é acompanhado por vivências de isolamento, abandono e
rompimento de laços afetivos, profissionais e sociais (Coppe & Miranda, 2002).

Mas esse sofrimento que permeia a passagem do paciente pelo Pronto Socorro pode ser minimizado pela
intervenção psicológica. Mohta, Sethi, Tyagi e Mohta (2003) ressaltam a importância do atendimento psicológico a
pacientes traumatizados. O tratamento de traumas requer uma abordagem multidisciplinar, que considere as
manifestações clínicas e os aspectos psicológicos relacionados a elas, que afetam os pacientes e seus
familiares. Segundo os autores, esses aspectos, muitas vezes, são ignorados, levando a uma alta incidência de
distúrbios psiquiátricos. Os problemas psicológicos estariam relacionados à natureza súbita ou inesperada dos
eventos, à dor e ao ambiente do hospital, que é desconhecido para os pacientes. Estes apresentam sentimentos de
desamparo, humilhação, alteração da imagem corporal, regressão, negação, raiva, ansiedade e depressão.

Diante de todas essas dificuldades, o trabalho do psicólogo é bastante oportuno. No Pronto Socorro o psicólogo,
assim como toda a equipe de saúde, não pode prever seu dia de trabalho. A imprevisibilidade atravessa o contexto,
pois nunca se sabe quantos pacientes procurarão o Pronto Socorro e que tipo de atendimento eles vão precisar. No
caso do psicólogo, o que se tenta é resguardar o paciente na medida do possível. Os atendimentos são breves,
focais e buscam minimizar o sofrimento de pacientes e familiares. O psicólogo procura "resgatar" o sujeito, a partir
do oferecimento de uma escuta, que permite a explicitação do sofrimento. A partir dessa escuta é possível
discriminar entre a urgência médica e a subjetiva (Moura, 1996).

A intervenção do psicólogo pode auxiliar o tratamento médico na medida em que sensibiliza a equipe para aspectos
psicossociais que dificultam a comunicação com o paciente, facilita a implicação do paciente em seu tratamento e
reabilitação e oferece um acolhimento para a família (Romano, 1999).

Melhorando a qualidade de trabalho da equipe e intervindo junto ao paciente e familiares, o psicólogo contribui
para a melhora da rotina assistencial no Pronto Socorro.

4 - A TRIAGEM NO PS DO ICHC
Apresentaremos aqui dados qualitativos preliminares de um estudo voltado a um grupo composto por 50 pacientes
que passaram pela triagem do Pronto Socorro do ICHC, selecionados por conveniência, tendo sido excluídos
aqueles que não apresentavam o nível de consciência necessário para responder ao questionário. A coleta foi
realizada no período de 24 de maio a 29 de junho de 2004. A psicóloga permaneceu na unidade 15 horas
semanais, distribuídas em três dias (segunda-feira, terça-feira e quinta-feira). Os pacientes foram avaliados
mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, quando já haviam passado pelo atendimento
da enfermagem e aguardavam o atendimento médico.5 Foi aplicado um questionário (anexo), cujas
questões se referem aos motivos da procura pelo Pronto Socorro do ICHC, às experiências emocionais
vivenciadas durante a permanência no setor e à percepção do paciente de sua vida afetiva, familiar, social e
profissional. Os dados referentes ao contexto e à dinâmica institucional, falas significativas de pacientes e da
equipe de saúde e impressões pessoais da psicóloga foram registrados em diário de campo, ao final de cada
dia de coleta.

Os pacientes são recepcionados em um balcão onde uma atendente lhes entrega uma senha. O painel na sala de
espera indica a senha e a sala em que o paciente deverá entrar. Alguns pacientes se confundem e chegam a perder
a vez, precisando então pegar uma nova senha. São três salas de atendimento, onde as enfermeiras coletam
alguns dados, verificam temperatura e pressão arterial e encaminham o paciente para fazer a ficha no guichê. Em
seguida, o paciente retorna para outra sala de espera, entrega a ficha para a atendente e aguarda até que o
médico o chame. As fichas são encaminhadas pela atendente e distribuídas entre os médicos (geralmente são três
médicos). O paciente é atendido e, se necessário, é encaminhado, medicado ou internado. Esse é o fluxo de
atendimento dos clínicos gerais. Quando o paciente precisa de oftalmologista, otorrinolaringologista ou obstetra (no
caso de gestantes) ele recebe um papel com a sigla da especialidade, abre ficha no guichê e entra no Pronto
Socorro para ser atendido.

5 - O PRONTO SOCORRO DO ICHC-FMUSP: UM RETRATO DA ROTINA


Verificou-se, a partir dos dados coletados, que os pacientes procuram o Pronto Socorro do ICHC por motivos
variados, com diferentes níveis de gravidade. Os casos realmente graves, que necessitam de cuidados médicos
imediatos, são admitidos diretamente, sem passar pela triagem. Na triagem, os motivos da procura referidos são,

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geralmente, dor (de cabeça, abdômen, estômago e garganta), mal estar geral, paralisias (facial ou de membros)
ou descompensação de doenças crônicas, tais como diabetes, hipertensão, doença de Chron e câncer.

Rey (1999) define emergência como uma condição imprevisível ou inesperada que requer ação imediata, ou uma
alteração súbita do estado de saúde, ou grave complicação de uma doença que exige cuidados médicos urgentes. A
partir dessa definição é possível questionar se os pacientes atendidos na triagem estão mesmo em situação de
emergência. Isso porque, em alguns casos, referem que o sintoma já estava instalado há algum tempo. Uma
paciente, por exemplo, estava com paralisia facial há 15 dias . Outro disse que a cefaléia já o perturbava há
duas semanas . Além disso, muitos pacientes passam pela triagem e são encaminhados para atendimento
ambulatorial, o que mostra que, na avaliação médica, o problema apresentado de fato não necessita de um
cuidado urgente. Muitos pacientes desejam simplesmente passar por uma consulta, fazer exames ou conseguir
encaminhamento para se tornar um paciente HC. Um paciente afirmou que procurou o PS do ICHC porque faz
mais de um ano que eu estou tentando fazer um exame (ultrassonografia de testículo) e não consigo .

Como já apontado pela literatura, verificou-se, na triagem, uma descaracterização dos serviços prestados pelo
Pronto Socorro, que parece se manter em função da insatisfação com o atendimento na rede pública de saúde de
atenção primária e secundária. Muitos pacientes justificaram a procura pelo Pronto Socorro do HC afirmando que
não conseguiram atendimento nos postos de saúde: Estou batendo de porta em porta e ninguém resolve , Faz
tempo que vou nos postos de saúde e não consigo vaga , Não consigo passar no posto. Quando passo no posto
eles mandam passar no Pronto Socorro . Essas falas ilustram a insatisfação e também parecem reforçar o caráter
de não urgência dos casos.

Essa insatisfação e o próprio fato de o HC ser considerado referência no cenário da saúde pública no Brasil parecem
fazer com que o paciente apresente expectativas altas ou idealizações: ... o HC é o melhor. É demorado,
mas ainda é um dos melhores , Sempre venho aqui e eles sempre acertam o remédio , Eu sempre venho aqui.
Como é hospital-escola acho que é melhor , Eles sempre têm a solução , O atendimento todo mundo conhece,
a fama do HC é de os médicos serem bons (...) A gente conhece a qualidade do hospital , Eu bato cartão aqui .

Os dados coletados apontam ainda para uma discrepância entre a urgência médica e a urgência psíquica. Os
pacientes solicitam atendimento imediato, embora os médicos não evidenciem a mesma necessidade. Diante disso,
é possível afirmar que a demanda do paciente é de outra ordem, ou seja, é subjetiva. Observou-se que os
pacientes pedem atenção, escuta e acolhimento. Verificou-se que todos os pacientes se mostraram muito
satisfeitos ao responder o questionário. Quando a aplicação terminava, a psicóloga agradecia ao paciente pela
colaboração. Nesse momento, muitos pacientes diziam que eles deveriam estar agradecendo. Uma paciente
afirmou estou emocionada porque você está conversando comigo . O momento da coleta, de escuta, sempre se
mostrou terapêutico. Muitos choraram ao falar de suas dificuldades. Uma paciente disse: Estou com vontade de
chorar, porque hoje estou me sentindo muito sozinha. Queria ter alguém comigo (...) A sensação que tenho desde
ontem é que vou morrer .

É interessante ressaltar que nenhum paciente se queixou do atendimento em seu aspecto técnico. Apesar disso, a
idealização aliada ao caráter subjetivo da demanda podem levar à frustração com o atendimento recebido,
surgindo queixas relacionadas ao sentimento de desamparo. Uma paciente estava respondendo ao questionário
quando foi chamada pela médica. Quando ela saiu da sala disse que estava decepcionada, pois, embora tivesse
sido bem atendida, desejava mais atenção.

Um paciente, logo depois de ser atendido, comparou sua profissão de mecânico com a de médico, comentando, um
tanto quanto revoltado, que é importante ter amor pela máquina e por gente também . Percebe-se que sua
falta de amor não pôde ser trabalhada e, de fato, nem poderia, já que tal demanda excede os limites de uma
consulta médica.

As queixas se estendem a outros serviços de saúde pública. Um paciente que estava com dor no tórax disse:
Passei ontem em outro hospital, não fiz nenhum exame e o médico disse que estava tudo bem e que coração não
dói .

Outro paciente surpreendentemente abordou a psicóloga e entregou o seguinte texto, escrito por ele em um
folheto sobre vacinação contra a paralisia: Sabe o por que de tanta espera? Porque pessoas como vocês
aquinhoadas pela fortuna não podem enxergar-nos além de nossos contra-cheques, mas tão somente como coisas
quando não podemos pagar seus honorários. Afinal nem sequer almoço é grátis, quanto mais o serviço prestado
por vocês . Foi convidado a participar da pesquisa e aceitou imediatamente. Referiu possuir transtorno de
personalidade borderline e que estava em terapia, porém foi encaminhado para o Instituto de Psiquiatria, pois sua
terapeuta se mudou para o Rio de Janeiro. Referiu não estar bem em função de ainda não ter sido chamado
para atendimento. Precisava de atenção e aproveitou o momento da coleta para obtê-la. Afirmou: Estou num
eterno conflito; numa espera aflita, infinita . Quando terminou de responder ao questionário, entregou a senha
para a psicóloga e disse: Pode entregar para ela (atendente), porque eu não vou mais precisar. O que eu vim
procurar aqui você já me deu .

O caso acima é ilustrativo do que refere Moura (1996), quando afirma que o psicólogo oferece uma escuta, que
permite a explicitação do sofrimento e a discriminação entre urgência médica e subjetiva.

Outra paciente demonstrou a mesma necessidade de ser acolhida. Referiu ter transtorno bipolar e discutiu com a
atendente. Disse que se não estivesse em um dia bom, teria batido nela . Enfatizou que o paciente precisa de

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respeito, de dignidade e que seria muito bom se existisse atendimento psicológico no Pronto Socorro. Aliás,
muitos pacientes disseram isso. Uma mãe que acompanhava um adolescente afirmou que seria muito bom poder
contar com psicólogos no PS, pois era realmente muito difícil ficar esperando . Normalmente os pacientes, ao
responderem ao questionário, falavam muito mais do que as perguntas pediam, aproveitando a oportunidade de
escuta.

A assistência psicológica também pode beneficiar outros pacientes, que atribuem aos sintomas apresentados
fatores emocionais: Acho que foi nervoso que passei no sábado , Além dos problemas físicos, existem os
emocionais (...) fiz vários exames e nunca deu nada. Então acho que tem muito do emocional envolvido , Talvez
possa ser pânico, nervoso. Já tive, há muitos anos, estado de pânico. Vi uma reportagem sobre infarto e pode ser
até auto-sugestão .

Outra paciente relatou que os sintomas surgiram assim que ela soube da morte de um amigo muito próximo.
Segundo ela, o amigo era saudável e a morte foi súbita. Quatro dias depois do óbito, ela ainda desconhecia sua
causa. Simplesmente recebeu a notícia e não conseguiu participar do velório, nem do enterro. Referiu ter ficado
chocada e, desde então, sentia-se fraca, apresentava um mal estar geral, dor de estômago e vômito, não se
alimentava bem, nem dormia o suficiente. A aplicação do questionário transformou-se num breve atendimento de
suporte psicológico. A paciente pôde relatar toda a dor e tristeza que sentia. Ao final, referiu sentir-se melhor, mais
calma e com menos dor.

A importância da aproximação empática com o paciente pode ser ilustrada pelo caso de uma paciente, de 42 anos,
que concordou em participar da pesquisa, mas mostrou-se receosa e respondia às questões com o mínimo
possível de palavras. Sua postura só mudou quando falou de seu problema de hirsutismo, que, coincidentemente,
a psicóloga também possui. No momento em que a psicóloga compartilhou isso e mostrou os pêlos no pescoço, a
paciente exclamou: Então, menina, minha vida acabou por causa disso! . Ela contou que deixou de viver, se
isolou, não namorou mais, abandonou sonhos e ideais, por causa dos pêlos (bigode e barba). Quando ela se sentiu
compreendida, percebeu que a psicóloga realmente era capaz de entender seu problema, conseguiu conversar
mais e saiu com outra expressão, parecendo mais leve, aliviada.

Uma senhora abordou a psicóloga durante a aplicação do questionário com outro paciente. Ela estava com a filha e
carregava uma sacola com receitas médicas e medicações. Estava muito aflita, pois havia percebido que
estava confundindo os remédios da filha, que é paciente do Instituto de Psiquiatria. A psicóloga colocou-se à
disposição para ajudá-la. Conferiu as medicações, que estavam corretas, e anotou com letras grandes na
receita e nas caixas da medicação a posologia correta. A paciente se acalmou e foi agradecendo e pedindo para
Deus abençoá-la, do balcão da atendente até a porta de saída do PS. Esse é um tipo de apoio egóico que pode ser
oferecido por qualquer profissional e que, como parece ter ocorrido neste caso, pode ser bastante significativo para
o paciente.

Percebe-se que, como afirma a literatura, também para o psicólogo o inesperado se faz presente e exige uma
intervenção focal, capaz de acessar e compreender o sofrimento de pacientes e familiares, o que pode minimizá-lo.

A última questão do questionário pede que o paciente diga três palavras que mais representem a maneira como se
sente naquele momento. Um dado positivo é que mais da metade dos pacientes (52%) citaram palavras como
esperança e confiança, mostrando uma boa expectativa. Entretanto, outras palavras citadas foram ansiedade (38%
dos pacientes), impaciência (30%), tristeza ou depressão (20%), insatisfação, decepção ou frustração (14%), o
que evidencia o sofrimento emocional que pode estar associado à demanda pelo atendimento emergencial.

Os dados coletados apontam, ainda, o estresse vivenciado pela equipe de saúde. A literatura ressalta a sobrecarga
de movimento gerada pela procura intensa dos pacientes. Neste estudo percebeu-se que a equipe de saúde vive
imersa na ação, já que o fluxo de pacientes é ininterrupto. A atendente entrega as senhas, encaminha as fichas e
exames e orienta e encaminha os pacientes. É interessante notar como a postura de um atendente parece de fato
influenciar a reação dos pacientes e, consequentemente, a dinâmica do local. Observou-se que, quando a
atendente informava sobre o funcionamento e orientava o paciente, este se mostrava mais calmo e ocorriam
menos problemas (como por exemplo: discussões ou erro no encaminhamento das fichas). Quando a
informação não era fornecida, o paciente sentia-se confuso quanto à entrada na sala de triagem, quanto ao que ele
deveria fazer ou onde deveria colocar a ficha. Isso causava certa irritação levando, muitas vezes, a
agressões verbais.

Percebe-se, assim, como pode ser útil a capacitação da equipe assistencial no que se refere a uma compreensão
psicológica dessas situações de pressão emocional na relação com pacientes.

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível observar que na triagem do Pronto Socorro há demandas que extrapolam os objetivos mais diretos de
uma consulta médica emergencial. Para a equipe de saúde o trabalho é intenso, não apenas do ponto de vista
técnico, mas, também, emocional. Os profissionais vivem sobrecarregados, imersos na ação, sendo difícil refletir
sobre a própria prática. Uma atendente disse para a psicóloga: Você é que deveria ficar aqui (no balcão de
recepção), tem que ser psicóloga para agüentar isso . De fato a intervenção do psicólogo pode ser útil tanto no
que se refere ao paciente e seu familiar, como no que diz respeito à equipe.

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Mas esse retrato inicial apresenta um desafio à psicologia e, nesse momento, traz mais indagações do que
respostas. Quais as principais necessidades dos pacientes? Que tipo de intervenção psicológica seria mais
adequada e eficaz neste contexto? Que tipo de suporte o psicólogo pode oferecer à equipe? Como conseguir um
espaço para a subjetividade nesse cotidiano tão marcado pela ação?

Essas são algumas das questões que se pretende discutir com a continuidade desse estudo.

6 - REFERÊNCIAS
Bleger, J. (1984). Psico-higiene e psicologia institucional. Porto Alegre: Artes Médicas.

Chiattone, H. B. C. (2000). A significação da psicologia no contexto hospitalar. In V. A. Angerami-Camon, Psicologia


da saúde: Um novo significado para a prática clínica (pp. 73-165). São Paulo: Pioneira.

Coppe, A. A. F., & Miranda, E. M. F. (2002). O psicólogo diante da urgência no Pronto Socorro. In V. A. Angerami-
Camom (Org.), Urgências psicológicas no hospital (pp. 61-80). São Paulo: Pioneira.

Diretoria Executiva do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo. (2003). Planejamento operacional. São Paulo: Autor.

Laposa, J. M., & Alden, L. E. (2003). Postraumatic stress disorder in the emergency room: Exploration of a
cognitive model. Behaviour Research and Therapy, 41, 49-65.

Mohta, M., Sethi, A. K., Tyagi, A., & Mohta, A. (2003): Psychological care in trauma patients. Injury, 34(1), 17-25.

Moura, M. D. (1996). Psicanálise e urgência subjetiva. In M. D. Moura (Org.), Psicanálise e hospital (pp. 3-19). Rio
de Janeiro: Revinter.

Rey, L. (1999). Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Romano, B. W. (1999). Princípios para a prática da psicologia clínica em hospitais. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Sebastiani, R. W. (2002a). Aspectos emocionais e psicofisiológicos nas situações de emergência no hospital. In V.


A. Angerami-Camom (Org.), Urgências psicológicas no hospital (pp. 9-30). São Paulo: Pioneira.

Sebastiani, R. W. (2002b). A equipe de saúde frente às situaões de crise e emergência no hospital geral: aspectos
psicológicos. In V. A. Angerami-Camom (Org.), Urgências psicológicas no hospital (pp. 31-39). São Paulo: Pioneira.

1Psicóloga,Especialista em Psicologia Hospitalar pelo Instituto do Coração - HCFMUSP.


Endereço para correspondência: Rua Dezoito, 02 - apto. 24A - Vila Mariana. CEP 04120-021 - São Paulo-SP.
2Diretora do Serviço de Assistência da Divisão de Psicologia - ICHCFMUSP.
3Diretora da Divisão de Psicologia - ICHCFMUSP.
4Diretora do Pronto Socorro do ICHCFMUSP.
5Alguns pacientes foram chamados pelo médico durante a aplicação do questionário, retomando a entrevista com a
psicóloga após a consulta médica.

ANEXO
QUESTIONÁRIO

Divisão de Psicologia – ICHC – FMUSP

Pronto Socorro

Nome: ________________ Idade: ______ anos Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

Estado Civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Separado / Divorciado ( ) Amasiado ( ) Viúvo

Escolaridade: ( ) Ensino fundamental ( ) incompleto ( ) completo

( ) Ensino médio ( ) incompleto ( ) completo

( ) Ensino superior ( ) incompleto ( ) completo


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23/03/2019 Psicologia e emergências médicas: uma aproximação possível

( ) Pós-graduação ( ) incompleto ( ) completo

Profissão/Ocupação:_______________ Procedência (bairro/cidade/Estado):____________________________

Diagnóstico:________________ ( ) Triagem ( ) Internado. Tempo de Internação:______________________

1.Por que você procurou o pronto socorro do Hospital das Clínicas?

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

2. É a primeira vez? ( ) Sim ( ) Não. Quantas vezes já procurou? _____________________________

Por que? ____________________________________________________________________________________

3. Você utiliza outros serviços de saúde (postos de saúde, ambulatórios, clínicas particulares ou outros
hospitais)? ( ) Não ( ) Sim. Quais? ___________________________________________

4. A que você atribui essa emergência? (Investigar possíveis causas emocionais ou atuações auto-
destrutivas relacionadas às circunstâncias que culminaram na internação)

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

5. O que você espera daqui?

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

6. Como está se sentindo aqui? (Focalizar vivências emocionais)

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

7. Como você avalia sua vida afetiva? Boa Regular Ruim Péssima

Por que?_____________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

8. Como você avalia sua vida familiar? Boa Regular Ruim Péssima

Por que?_____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

9. Como você avalia sua vida social? Boa Regular Ruim Péssima

Por que?_____________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

10. Como você avalia sua vida profissional? (Caso trabalhe) Boa Regular Ruim Péssima

Por que?_____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

11. Diga 3 palavras que mais representem como você se sente aqui?

____________________/________________________/___________________

Data da aplicação: ____/___/ 2004.


http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-74092004000200009 8/9
23/03/2019 Psicologia e emergências médicas: uma aproximação possível

Psicóloga: ____________________________

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Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas


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