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1 - Um juiz substituto ficou inconformado por ter sido transferido para uma comarca do

interior pois alega que há uma afronta ao princípio constitucional da inamovibilidade do


magistrado. Além disso, ele é um juiz que sempre decide afirmando inexistir valores
absolutos, universais, mas existem regras elaboradas por seres racionais que devem
sempre ser respeitadas. Por fim, esse magistrado afirma que por sua independência
garantida na CRFB/88, não pode receber qualquer tipo de fiscalização. Sobre o tema
responda de forma fundamentada: a)assiste razão em relação a inamovibilidade?; b)
quais as teorias éticas mencionadas pelos magistrado na questão?; c) Assiste razão ao
magistrado em sua alegação de independência e impossibilidade de fiscalização? (valor
4 pontos)

R: Primeiramente, por mais que a CRFB/88 não explicite distinção entre juiz titular e
substituto, o próprio cargo de juiz substituto pressupõe que ele poderá ser deslocado
para comarca diversa para atender a finalidade pública, e sendo assim, o fato do
magistrado substituto ter se recusado a residir na comarca a qual foi transferido irá
afrontar o dispositivo constante do inciso V do artigo 35 da LC35/79 (LOMAN).
Posteriormente, quando afirma que inexiste valores universais, o magistrado está
criticando a teoria ética kantiana que acredita na existência de valores morais universais.
Quando ele afirma existirem normas elaboradas por serem racionais que devem ser
respeitadas, ele está utilizando a teoria da ética contratualista, que entende que desde a
criação (fictícia diga-se de passagem) do contrato social e com a elaboração de normas,
do início das leis, tais leis devem ser elaboradas de forma racional e se efetivamente
forem, nenhum ser racional deverá desrespeitá-las. Por fim, quando ele afirma que não
pode ser fiscalizado em razão de sua independência consagrada do texto constitucional,
equivoca-se pois tal independência não pode ser interpretada absoluta, como alias
nenhum artigo da constituição. Essa independência seré no que diz respeito no livre
convencimento do magistrado ao dar sua sentença, mas nada obsta, pelo contrário, que o
mesmo não possa sofrer algum tipo de controle, seja por sua corregedoria, ou
atualmente também pelo Conselho Nacional de Justiça, conforme reza artigo 14 do
código de ética da magistratura.

2 – No julgamento sobre a permissão ou não do aborto dos fetos anencéfalos em uma


corte constitucional, um dos ministros afirmou que, por sua convicção religiosa, não
poderia votar pela autorização pois isso iria lhe trazer um desconforto espiritual muito
grande. Um outro ministro afirmou que o Direito deve buscar levar felicidade a um
maior número possível de pessoas, e por mais que tal decisão possa desagradar algumas
pessoas, um número muito maior de gestantes ficaria aliviada por poder realizar esse
aborto. Por fim, o ministro presidente da corte, que tinha um entendimento contrário a
autorização do aborto, ao perceber que perderia a votação, passou a determinar que os
demais ministros votassem de forma rápida, sem grande elucubrações pois os votos dos
ministros até então foram ridículos e muito superficiais e que ele não queria mais perder
seu tempo ouvindo besteira. Analise os pronunciamentos dos ministros afirmando quais
as teorias éticas utilizadas pelos dois primeiros e se o ministro presidente infringiu
alguma norma contida no código de ética.(3 pontos)

R: O primeiro ministro utilizou-se da teoria do egoísmo psicológico, onde o magistrado


opta em dar uma decisão pois essa decisão lhe traz um maior conforto. O segundo
ministro adotou a teoria ética utilitarista, que entende que devemos buscar levar a um
maior número possível de pessoas a felicidade, sabendo que é impossível levar a todas,
assim se deve fazer opções, e tal opção deve privilegiar uma maioria, em levar a
felicidade a essa maioria caso não se possa levar a todos. Por fim, o ministro presidente
infringiu o artigo 22 do código de ética da magistratura que determina que o mesmo
sempre trata a todos os colegas com a cortesia devida e também o seu parágrafo único
que determina o uso pelo mesmo de uma linguagem polida, educada e não como o
mesmo se referiu.

3 - Immanuel Kant vai afirmar em sua Metafísica dos Costumes que “(...) não devo
mentir, não importa quão grandes pudessem ser os benefícios para mim e meu amigo.
Mentir é torpe e torna o ser humano indigno de felicidade. Aqui existe uma necessidade
incondicional através de um comando (ou proibição) da razão que tenho que obedecer;
e perante ele todas as minhas inclinações devem silenciar”. Já Nietzsche vai afirmar
em sua Genealogia da Moral que “A rebelião escrava na moral começa quando o
próprio ressentimento se torna criador e gera valores: o ressentimento dos seres aos
quais é negada a verdadeira reação”. A partir das transcrições, compare os
entendimentos desses filósofos sobre ética, moral, razão e instinto. (3 pontos)

R: Para Kant, a ética e moral seriam sinônimos. A busca kantiana, seguindo a tradição
socrática-platônico da busca pela verdade, era por construir um sistema filosófico
seguro para que a verdade seja encontrada. Kant então idealiza um sistema filosófico
onde o imperativo hipotético será para apresentar ao interlocutor as possibilidades de se
chegar a um objetivo, entretanto, não fornecerá “a” resposta correta, onde esta será
encontrada pelo imperativo categórico que, dentre as hipóteses apresentadas pelo
imperativo hipotético, encontrará a resposta moral e racionalmente mais correta, que
será aquela que poderá ser universalizada. Portanto, os imperativos kantianos serão
baseados em uma moral racional onde o aplicador encontrará a resposta universalmente
mais correta, e assim, a racionalidade dominando os instintos. Já para Nietzsche, moral
e ética seriam diferentes, onde a moral seria sempre opressora, seriam os valores
externos e a ética seriam os valores de cada pessoa. Nietzsche não acredita na existência
de apenas uma única resposta correta, mas sim em múltiplas respostas. Para ele, a razão
não deve dominar os instintos, mas sim estar em perfeito equilíbrio, nos dizeres de
Nietzsche, seria o equilíbrio entre o dionisíaco e o apolíneo. Para ele, o homem deve
sempre buscar ser ético, transvalorando os valores que recebeu buscando encontrar
quais seriam efetivamente os valores que aumentassem sua potência de agir, se
afastando daqueles valores que baixem essa potencia de agir. O pensamento
nietzschiano será então uma busca pelos valores éticos e pelo equilíbrio entre razão e
instinto.

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