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CARTAS DE UM SUICIDA

Anonimus

A vida já foi uma fonte de alegria de um garotinho que nascera


no campo e se sentia muito amado. A sua infância foi atravessada
pela amorosidade da mãe, os carinhos do pai, apesar de seu jeito
fechado e rude – valores socioculturais que geralmente faz parte do
habitus de camponês. Atenção das tias e avós, principalmente pelo
lado materno. Os complementos da alegria vinham da convivência
animada com os 4 irmãos e as 5 irmãs que viviam em casa, não
entrando na somatória uma que tinha falecido, ainda recém-nascida e
uma outra que fora adotada pelos avós paternos. Além das
brincadeiras bem populares com a criançada da comunidade, entre
elas “peteca”, jogar bola feita de meias velhas nos terreiros
desnivelados que custava a cabaça de alguns dedos dos pés e
ferimentos nos joelhos, “caí no poço”, “pau da bandeira”,
“queimado”, “esconde-esconde”, “cabra cega”, “pega-pega”, uma
adaptação do futebol de botão com caroços de pitomba e pedacinhos
de toco, adaptados também para luta livre, soltar pião, entre outras.
Logo cedo recusou as atividades agrícolas e sua dureza
carregada de primitivismo que envolviam como preparar a terra para
o plantio, cuidar da plantação e em seguida fazer a colheita não
importando se fazia chuva ou sol. Centrou-se nos estudos que por sua
vez eram mais leves e vinham acompanhados da promessa de dias
melhores ou da frase preconceituosa “estude para ser gente”. Dado o
catolicismo fervoroso da família logo surge comentários nos meios
familiares que o menino seria o padre, fato desejado pela mãe e avó
materna, bem como pelas tias de sua mãe que eram freiras, com
quem depois de alfabetizado se correspondia por meio de cartas.
Uma das formas de comunicação mais utilizada no seu tempo de

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infância por quem estava distante daquelas terras sem telefone, sem
energia elétrica, além dos programas de rádio a pilha.
O gosto pela leitura nasceu de contato com livros
paradidáticos que sua mãe-alfabetizadora trazia da livraria da cidade
uma vez por outra quando no início do mês enfrentava uma longa
jornada de 35 km entre caminhadas por veredas e sobre um pau de
arara em estradas carroçais para receber seu parco salário de
professora municipal. Conseguiu se intensificar pelo contato com
cordéis adquiridos por caixeiros viajantes que passavam conduzindo
comboios de jegues e mulas carregados de peças de tecido (fazenda)
e outras bugigangas que vendiam ao longo do seu trajeto aos meeiros
dos sítios por onde passavam. Essa empolgação cresceu quando
recebeu emprestado da avó materna um livro com uma história
dramática de autoria da Condessa de Ségur, intitulado “A irmã de
Simplício”. Em seguida seu primeiro livro em capa dura e repleto de
gravuras coloridas dado de presente por uma freira, irmã de seu avô
materno – “O novo testamento”.
Na adolescência começaram a surgir os traumas e vários
medos pelo afastamento da família e da comunidade para possibilitar
a continuidade dos estudos na cidade mais próxima do sítio. Ali os
primeiros dramas começam a surgir ao perceber que ingressava num
mundo de valores até então diferentes do que tinha vivenciado. A
forma como falava, como andava e se vestia era motivo de chacota e
logo veio a denominação de “matuto” ou “serrano” pelos garotos do
colégio e do bairro em que morava. A convivência com uma das irmãs
mais velhas nada amistosa o incomodava, destarte, como impunha
sofrimentos por considerar que estava sendo humilhado e impotente
por não poder reagir diante de algumas limitações, tais como não
assistir televisão nos horários desejados, ter que lavar louça, varrer a
casa, acompanhar o processo de cozimento da comida e cuidar de
dois sobrinhos, os quais acabavam sendo castigados fisicamente no
horário de orientação sobre as atividades escolares. Sua revolta
contra essas humilhações acabava tendo como alvo os inocentes

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sobrinhos. A falta de dinheiro para acompanhar os garotos da cidade
em algumas festas causava desconforto e o fazia se sentir um
miserável que não tinha sorte na vida pelos pais não serem ricos.
A timidez e a dependência da mãe para enfrentar os fatos da
realidade concreta, tais como tentar arranjar um trabalho que
pudesse lhe proporcionar alguma renda foi o primeiro obstáculo que
como consequência aumentava o drama de viver. Isso fazia com que
não possuísse iniciativa e fez desenvolver as primeiras revoltas contra
o mundo e a vida, além do autoboicote e a sensação de vítima do
sistema. Veio o primeiro emprego e com ele a primeira situação
diante do fracasso para atuar no comércio. A lanchonete e loja de
vinis e fitas cassetes que tomava de conta foi a bancarrota e com isso
o primeiro sentimento de culpa de que era alguém que não tinha
responsabilidade suficiente para conduzir um negócio. Naquele
momento, já se manifestava um dos sintomas da bipolaridade que é
agir sem pensar nas consequências na tentativa de se afirmar como
alguém que tem “poder”. Situação que na vida de um bipolar causa-
lhe perdas e danos e vai conduzindo às ideias de que o suicídio é a
saída. Esses fatores se acentuavam com associação de suas atitudes
com o pecado, esse ressentimento que a moral cristã acaba
imprimindo em quem a ela é submetido. A relação conflituosa entre
os prazeres da vida e o pecado, este último como caminho que
conduzia ao inferno por muito tempo lhe atormentou.
Ao iniciar o ensino médio, logo ficou claro que o desejo familiar
de o tornar padre não seria possível por sua recusa de conviver em
um seminário e essa convivência lhe impedir de jogar bola, ter a
possibilidade de beber mais livremente, além de exigir uma vida de
celibato e o voto de castidade, bem como o receio de sofrer abuso
sexual por parte dos religiosos que apresentavam sinais claros de
homossexualidade. À época era completamente corrompido pelo
machismo e a orientação sexual fora do padrão dominante da
heteronormatividade era na sua opinião uma aberração pavorosa.

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Vários conflitos nesse período começam a persegui-lo. As
descobertas sexuais em confronto com os valores toscos do
cristianismo o atormentavam. Os desejos reprimidos pelas amigas
das irmãs que iam passar finais de semana na casa em que
moravam, as quais transitavam pelos cômodos só de blusa e
calcinha. As primeiras masturbações inesquecíveis pelos rompantes
de prazer que proporcionavam, a ponto de sentir sensações de
desmaio, logo eram ofuscados pelo medo do pecado e a ideia de que
Deus estava vendo e poderia puni-lo. Esse talvez tenha sido um dos
seus maiores dilemas existenciais infanto-juvenis.
Com o ensino médio finalizado, vem o drama do vestibular e a
completa desorientação sobre que profissão lhe satisfazia, associada
a falta de opção sobre os cursos para os quais concorrer. Na cidade só
existia o curso de Licenciatura em Pedagogia, somado às condições
materiais dos pais e o próprio ensino precarizado que tinha recebido
na escola pública, os colocavam diante da circunstância de que não
adiantava tentar outra formação universitária que não fosse a
Licenciatura em Pedagogia. Aos 17 anos, após enfrentar sua primeira
recuperação na trajetória escolar na disciplina de Física, tenta o
vestibular e não obtém êxito. A não aprovação gera uma frustração e
com isso reacende o sentimento de fracasso, o que desencadeia de
forma mais evidente os sintomas de sua bipolaridade latente, com os
primeiros pensamentos suicidas. Depois da reprovação passou a
achar que não merecia viver por não ter dado uma resposta a
contento como forma de retribuição aos investimentos que a mãe e o
pai tinham feito durante três anos de estudos.
A existência suicida de que a vida não merecia ser vivida,
cessa, após seis meses, quando finalmente, na segunda tentativa do
vestibular consegue a aprovação no curso de Licenciatura em
Pedagogia. Um curso com o qual nos cinco primeiros semestres
frequentados como muita irregularidade e desinteresse não
conseguiu estabelecer qualquer vínculo identitário. Nem tão pouco
imaginava que pudesse vir a assumir a função de professor. A

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irregularidade ficou representada pela reprovação em Estatística e a
desistência de todas as disciplinas em que estava matriculado por um
semestre. Novos dramas surgem e se acentuam nessa época com o
contato excessivo e descontrolado com o álcool. Aquilo que por um
tempo tinha ficado adormecido voltava novamente à tona – os
pensamentos suicidas como fórmula definitiva para resolução de
todos os problemas que o cercavam em função da vida desregrada e
sem disciplina.
Sem conseguir entender o que se passava com seu estado
psíquico, ao atravessar as fases de angústia voltava a empolgação
pelo que estava fazendo e dava continuidade ao que considerava
sonho. A partir do sexto semestre na universidade e seu ingresso
mais efetivo nas atividades do movimento estudantil e motivado
pelas ideias sociológicas, filosóficas e históricas que tinha entrado em
contato tem um salto qualitativo na formação e se dedica
apaixonadamente por um tempo ao curso. Nesse momento o dilema
mais profundo é seu rompimento com o cristianismo e negação de
Deus, dois espectros que não se encaixavam mais na sua forma de
ver o mundo. As tormentas em relação a essa questão mais uma vez
tomam conta de si e lhe acompanham aproximadamente por uma
década e meia. Até que os grilhões são quebrados e se torna um
agnóstico convicto, ainda não completamente ateu.
Nessa época da vida, mesmo ainda desconhecidos os sintomas
do transtorno afetivo, nomeado de bipolaridade, estes vão estar
presentes nos relacionamentos amorosos, sempre instáveis e pouco
duradouros. Nesse campo afetivo os tumultos foram sempre latentes.
Os inícios eram sempre intensos e repletos de euforia e regados pela
paixão possessiva, os quais sucumbiam na mesma intensidade pela
impulsividade e irritabilidade que o colocavam numa situação de não
compreensão das necessidades reais da parceira. Tal dificuldade,
implodia em pouco tempo a relação e com isso surgiam as angustias
e o sofrimento. Em várias ocasiões acompanhados pela ideia de
suicídio...

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Caso a coragem de escrever se mantenha aguardem as
próximas cartas que continuarão a ser publicadas por esse meio.

II

Como se pode perceber pelo final da carta primeira o menino


do campo já não é mais um menino, porque atingiu a fase juvenil,
vivendo no contexto universitário e com o acúmulo de muitos dramas
experimentados pelo fardo da existência. Fardo este problematizado
por Milan Kundera em “A insustentável leveza do ser” – uma
excelente obra literária desse escritor maravilhoso de nacionalidade
tcheca, a qual tem uma passagem forte e digna de citação por
representar a síntese dos experimentos existenciais que deixam
qualquer pessoa visceralmente conectada com a realidade:

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O mais pesado fardo nos esmaga, nos faz dobrar sob ele, nos
esmaga contra o chão. Na poesia amorosa de todos os
séculos, porém, a mulher deseja receber o peso do corpo
masculino. O fardo mais pesado é, portanto, ao mesmo
tempo a imagem da mais intensa realização vital. Quanto
mais pesado o fardo, mais próxima da terra está nossa vida,
e mais ela é real e verdadeira.
Por outro lado, a ausência total de fardo faz com que o ser
humano se torne mais leve do que o ar, com que ele voe, se
distancie da terra, do ser terrestre, faz com que ele se torne
semi-real, que seus movimentos sejam tão livres quanto
insignificantes.
Então, o que escolher? O peso ou a leveza?

Nesse caso deve-se optar pela vida com seus dilemas, sonhos,
fantasias e ilusões, ou seja, conviver tanto com o fardo quanto com a
leveza. É dentro dessa linha que o jovem saído do campo e agora
fixado na cidade resiste, apesar das manifestações do transtorno
afetivo que lhe afeta e insiste em lhe deixar envolto a pensamentos
suicidas.
No decorrer da trajetória na Faculdade, na estepe da vida
estudantil sua euforia pelo calor da luta política vai sendo constituída
pelos embates que trava também externa e internamente com
camaradas de militância que discordam e comungam com suas ideias
e ideais. A intensidade desmedida também aparece na sua forma de
atuação política dentro movimento estudantil que tem um início
tímido, mas com o tempo vai mudando de ares e ganhando uma
figuração contundente, autoconfiante e com rompantes enérgicos nas
discussões acalouradas e atitudes autênticas e eivadas de rebeldia.
Nasce nesse período o mal-estar interno e mais um “demônio”
é parido na sua existência, a possibilidade de se tornar uma liderança
política e com ela o medo de assumir as responsabilidades de ser um
líder junto aos seus. Fato que não se concretizou justamente pelos
arroubos de instabilidade emocional conduzidos pela bipolaridade ou
transtorno maníaco-depressivo. Essa dificuldade lhe sufoca por dentro
e a indecisão invade o seu ser, característica que o acompanhou até
então. Tomar decisões difíceis nunca foi o seu forte e para isso
sempre contou com o suporte de sua idolatrada, mas maltratada mãe

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e, na sequência, das suas companheiras com quem experimentou
relacionamentos que apesar de conturbados foram mais duradouros.
Eis diante de si o paradoxo da tragédia shakespeariana, exposta pelo
monólogo de Hamelet, na primeira cena do terceiro ato “ser ou não
ser, eis a questão”!
O paradoxal drama hameletiano, talvez seja a síntese mais
completa para definir um bipolar ao se esforçar para se manter vivo
diante de seus demônios, pois como define Kay Jamison – psiquiatra
estadunidense, especializada em transtornos afetivos – os maníacos-
depressivos travam uma guerra consigo mesmo e

[...] em decorrência da falta de informação, de falhas na


atenção médica, do estigma ou do medo de consequências
em termos pessoais e profissionais, eles simplesmente não
procuram tratamento. A doença maníaco-depressiva deforma
o estado de humor e os pensamentos, estimula
comportamentos aterradores, destrói a base do pensamento
racional e, com enorme frequência, solapa o desejo e a
vontade de viver. É uma doença biológica nas suas origens,
mas que dá a impressão de ser psicológica na vivência que
se tem dela; uma doença sem par no fato de proporcionar
vantagens e prazer e que, no entanto, traz como
consequência um sofrimento quase insuportável e, não
raramente, o suicídio. (JAMISON, 2104, p. 7).

Diante desse tipo especial de dor, exultação, solidão e pavor


fugas inconsequentes são as primeiras janelas que se abrem para
aliviar o conjunto da obra e, como efeito dominó só conseguem
acelerar e fazer crescer o bolo do desequilíbrio que devasta qualquer
sentimento de paz interior e uma vida tranquila, afetando
diretamente não só quem padece do transtorno, mas quem está no
convívio cotidiano do transtornado. As janelas de fuga, portanto,
consistem na vulnerabilidade para experiências exageradas com
substâncias psicoativas e junto com elas a ânsia de desfrutar de
prazeres orgiáticos, numa espécie de transe dionisíaco no seu
formato mais insano que une a dupla: obsessão-compulsão.
O comportamento aqui descrito como parte da vida do jovem
universitário, o transformava numa bomba relógio-ambulante que a
qualquer momento poderia explodir e causar muito sofrimento ao seu

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redor. A “pulsão de morte”, ou “Tânato” nos termos que a ela atribuiu
Sigmund Freud é reivindicada a cada movimento intempestivo,
promovido por tais atitudes e como a consequência é o desespero,
após a efemeridade do intenso prazer, acaba que seu repositório final
é a perspectiva que traz à baila a tendência suicida. Essa última deve
sua intensidade ao tamanho da extravagância envolvida no frenesi
das experiências.
Retomando parte do que foi mencionado na carta primeira de
que o início do curso de Licenciatura em Pedagogia foi acompanhado
de irregularidades, estas repercutiram em dificuldades para sua
conclusão no tempo previsto, principalmente porque a Faculdade
atravessou um período que a carência de professoras e professores
foi sintomática e colossal. Dura realidade enfrentada até hoje pela
universidade pública brasileira como evidência da dinâmica de
expoliação do capital que envolve a precarização da formação e do
trabalho docente. O resultado foi que a conclusão do curso superior
lhe custou quase sete anos da vida. Antes do seu encerramento, o
jovem retorna ao sítio em que viveu na infância, agora como
professor do município, assumindo a polivalência em turmas de 5º e
4º anos. Trabalho compartilhado com a tarefa de concluir o curso.
Esse foi um tempo que o fardo realmente veio para esmaga-lo
quando se envolveu em um trágico acidente de motocicleta e teve
como resultante do processo, a morte de um agricultor inocente e
que o jovem se quer conhecia. O homem que faleceu no local da
batida, estava a margem da estrada aguardando o ônibus para vir
visitar sua esposa no hospital da cidade, em virtude de ter dado à luz
a um bebê. O acidente lhe rendeu um coma por três dias, sob a
suspeita de traumatizo craniano, que após realização de exames na
capital do Estado ficara descartado. O sentimento de culpa e a
violenta dor que o perseguirá por ter sido o responsável pela morte
acidental de um pai de família, o qual nunca tinha visto na vida será
uma tormenta e um trauma que acentuará a condição infernal de sua
existência dali em diante.

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Sua fase de recuperação fisiológica pelas inúmeras
escoriações provocadas pela queda da motocicleta e o choque do
corpo contra o asfalto torna-se um pesadelo constante,
principalmente por ter fica imobilizado, deitado na mesma posição
por um mês sobre duas camas de solteiro. Como as nádegas ficaram
extremamente estragadas só conseguia se manter deitado com o
tronco sobre uma cama e as pernas sobre a outra, deixando a bunda
no espaço livre que separava as duas camas. Por outro lado, com a
face coberta de ferimentos e a boca toda cortada e suturada se
alimentava com líquidos através de um canudo e com sensações de
dores lancinantes que quebravam inclusive sua alma. Nesse período a
morte ficou lhe rondando constantemente e a sua vida passou a ser
literalmente um pesadelo, estivesse dormindo ou acordado. Para
intensificar a pulsão de morte e o terror que lhe acompanharam feitos
sombras constantes, no mês seguinte ao seu acidente se depara com
o corpo do tio sobre uma mesa, vítima de enforcamento. Resistir ao
suicídio após esse cataclismo existencial tornou-se uma missão
heroica.
Os dois fatos foram os experimentos mais perturbadores que o
jovem de vinte três com promessas de futuro acadêmico e uma
militância social no campo da esquerda, arregimentou na sua
trajetória até os dias atuais. As perturbações o levaram a tentar
aliviá-las com manguaça, entretanto, tanto corroía seu fígado como o
próprio espírito, fazendo-o cada vez mais estilhaçado. Com isso
começou a provar do “paradoxo de Epicuro” e negar a existência de
um Deus onipotente, onisciente e onibenevolente. Por esse viés
quanto mais as desgraças de sua vida eram vistas pelos tementes a
Deus como consequência da sua descrença, mas este as utilizava
para anunciar a “morte” da crença na divindade. Naturalmente estes
fatores acentuaram seus conflitos de ordem judaico-cristã pela
formação religiosa da infância e também por não querer magoar mais
ainda sua mãe e seu pai – católicos apostólicos romanos convictos,
nem tão pouco sua inesquecível vó materna, por quem nutria um

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carinho exponencial e assim o sentimento de dar cabo da própria vida
só se avolumava em número, grau e gênero.
A tragédia continua nas próximas cartas, caso elas sejam
possíveis...

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