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provas
resolvidas
Ministério Público – SP
Prova objetiva - 86º
Concurso. Prova
Escrita/Discursiva 87º
Concurso

Organização: Alexandre Demetrius Pereira


Categoria: provas resolvidas
Ministério Público – SP Prova objetiva - 86º Concurso. Prova Escrita/Discursiva 87º Concurso
Organização: Alexandre Demetrius Pereira

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3. Tratando-se de resolução de questões de concursos, as respostas aqui


veiculadas, por mais objetivas que sejam, refletem o entendimento do
elaborador, tomado com base na legislação, doutrina e jurisprudência. Mesmo
seguindo o gabarito oficial da prova, não estão excluídas divergências entre o
que consta neste trabalho e o pensamento da instituição organizadora do
concurso ou da respectiva banca examinadora.

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Ministério Público – SP Prova objetiva - 86º Concurso. Prova Escrita/Discursiva 87º Concurso
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Questões do 86º Concurso – MP/SP – Prova Objetiva

DIREITO COMERCIAL

Assinale a alternativa incorreta.


(A) Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens.
(B) É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da
respectiva sede, antes do início da sua atividade.
(C) A incapacidade superveniente não impede o empresário de dar continuidade à
empresa exercida até então, desde que representado ou assistido.
(D) O empresário casado não pode alienar imóveis que integram o patrimônio da empresa
sem a outorga conjugal.
(E) A sentença que decreta ou homologa a separação judicial do empresário não pode ser
oposta a terceiros antes de arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis.

Resposta: D

A alternativa A está correta, embora possa ser melhorada, pois além dos
bens, a qualidade de empresário pode ser dada também pela prestação
de serviços ao mercado (art. 966 do Código Civil).

A alternativa B encontra-se correta, correspondendo ao art. 967 do


Código Civil.

Do mesmo modo, a alternativa C está correta, pois o art. 974 do CC


dispõe que poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por
seus pais ou pelo autor de herança.

A alternativa E está correta, pois o art. 980 do CC determina que a


sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e
o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de
arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.

O erro da alternativa D está em contrariar o art. 978 do CC, que relata que
o empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal,
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o
patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

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Assinale a alternativa correta.


(A) A notificação destinada à comprovação da mora em dívida garantida por alienação
fiduciária deve trazer o valor total do débito para a devida ciência do devedor.
(B) O protesto do título para a comprovação da mora em dívida garantida por alienação
fiduciária não pode ser feito por edital.
(C) No caso de mora em obrigação garantida mediante alienação fiduciária, o credor não
pode vender a coisa a terceiros antes da avaliação judicial do bem.
(D) É vedada a concessão liminar da busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente,
em respeito ao princípio do contraditório.
(E) Na resposta à ação de busca e apreensão fundada em obrigação garantida por
alienação fiduciária, o devedor pode discutir a legalidade de cláusulas contratuais.

Resposta: E

A alternativa A está errada, pois de acordo com a Súmula 245 do STJ, a


notificação destinada a comprovar a mora nas dívidas garantidas por
alienação fiduciária dispensa a indicação do valor do débito.

A alternativa B encontra-se errada, pois a jurisprudência do STJ tem


permitido, para a comprovação da mora do devedor, a notificação
extrajudicial ou o protesto do título, ainda que levado a efeito mediante
edital.

A alternativa C está errada, pois o art. 2º do Decreto-Lei 911/69 dispõe


que, no caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais
garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou
credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão,
hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou
extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato,
devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das
despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver.

A alternativa D está errada, pois o art. 3º do Decreto-Lei 911/69 dispõe


que o proprietário fiduciário ou credor poderá requerer contra o devedor
ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual
será concedida liminarmente, desde que comprovada a mora ou o
inadimplemento do devedor.

Por fim, a alternativa E está correta, pois, de acordo com a jurisprudência


do STJ (vide AgRg no REsp 1176675 / RJ), é possível a discussão sobre a

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legalidade de cláusulas contratuais como matéria de defesa na ação de


busca e apreensão relacionada à alienação fiduciária em garantia. A
Súmula 381 do STJ, porém, ressalta que, nos contratos bancários, é
vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.

Na _____________________, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente


pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade,
participando os demais dos resultados correspondentes.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
(A) sociedade em conta de participação
(B) sociedade em nome coletivo
(C) sociedade cooperativa
(D) sociedade em comandita simples
(E) sociedade em comum

Resposta: A
A única alternativa correta para a hipótese é a alternativa A, que
corresponde à sociedade em conta de participação, tipo societário não
personificado, formalizado entre sócio(s) ostensivo(s) e sócio(s)
participante(s), antigamente denominado(s) de sócio(s) oculto(s).

É importante ressaltar que, em relação instituto em questão, muitos


doutrinadores recusam a qualificação ou natureza de sociedade,
atribuindo-lhe essência jurídica de mero contrato de investimento
comum.

Considere as assertivas seguintes:


I. É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito, independentemente de
indicação da causa de emissão.
II. É admissível a execução fundada em cheque prescrito, desde que a causa de emissão
seja indicada.
III. Não é admissível execução fundada em nota promissória vinculada a contrato de
abertura de crédito, dada a falta de autonomia e, consequentemente, de liquidez.
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Assinale a alternativa correta.


(A) Somente I é verdadeira.
(B) Somente I e II são verdadeiras.
(C) Somente I e III são verdadeiras.
(D) Somente II e III são verdadeiras.
(E) Todas as assertivas são verdadeiras.

Resposta: C
De acordo com a jurisprudência do STJ, é desnecessária a descrição da
“causa debendi” no ajuizamento de ação monitória baseada em cheque
prescrito (AgRg no Ag 965195 / SP). Isso torna correta a primeira
afirmação. Vide também a Súmula 299 do STJ que admite ação monitória
fundada em cheque prescrito.

A prescrição do cheque retira do documento a exigibilidade da pretensão,


tornando incabível a execução do título, não influenciando nessa
circunstância a descrição da causa da emissão. Logo, errada a segunda
afirmação.

De acordo com a Súmula 258 do STJ, a nota promissória vinculada a


contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da
iliquidez do título que a originou, tornando correta a terceira afirmação.

Assinale a alternativa correta.


(A) O Ministério Público não tem legitimidade para impugnar a relação de credores que
instrui o pedido de recuperação judicial.
(B) O devedor pode, unilateralmente e a qualquer momento, desistir do pedido de
recuperação judicial, em razão do princípio dispositivo.
(C) O Ministério Público tem legitimidade para a ação revocatória, que deve ser proposta
no prazo de três anos da decretação da falência.
(D) É vedada a reunião de credores em litisconsórcio para alcançar o valor mínimo exigido
pela lei para o requerimento de falência, em razão do princípio da continuidade da empresa.
(E) Não é admissível a nomeação de pessoa jurídica para a função de administrador
judicial, que deve ser necessariamente desempenhada por profissional de nível universitário,
inscrito no órgão de classe competente.

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Resposta: C

O MP tem legitimidade para oferecer impugnação à relação de credores


(art. 8º da Lei 11.101/05). Portanto, incorreta a alternativa A.

A alternativa B encontra-se errada, pois, nos termos do art. 52, § 4o, da Lei
11.101/05, o devedor não poderá desistir do pedido de recuperação
judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se obtiver
aprovação da desistência na assembleia-geral de credores.

A alternativa C está correta, pois o MP tem legitimidade para a


revocatória (art. 132 da Lei 11.101/05).

A alternativa D está errada, pois o litisconsórcio mencionado é permitido


expressamente pelo art. 94, §1º, da Lei 11.101/05.

Por fim, a alternativa E está errada, pois é possível a nomeação de pessoa


jurídica para o cargo de administrador judicial (art. 21 da Lei 11.101/05),
procedimento que vem se tornando cada vez mais comum, principalmente
em falência de grandes empresas.

Considere as assertivas seguintes:


I. A sociedade cooperativa e a sociedade em nome coletivo não estão sujeitas a falência.
II. Nos casos em que não couber no processo falimentar pedido de restituição, fica
resguardado o direito dos credores de opor embargos de terceiro.
III. A declaração de ineficácia de atos em relação à massa falida depende da propositura
de ação revocatória.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente I é verdadeira.
(B) Somente II é verdadeira.
(C) Somente III é verdadeira.
(D) Somente I e III são verdadeiras.
(E) Todas as assertivas são falsas.

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Resposta: B

Vejamos cada uma das afirmações:

I – errada, pois as sociedades em nome coletivo são sociedades


empresárias, podendo ser declaradas falidas. Veja-se que as sociedades
cooperativas são consideradas sociedades simples, independente de seu
objeto (art.982, parágrafo único, do CC), não se aplicando a elas a Lei
11.101/05 (Súmula 49 do TJSP).

II – correta, correspondendo ao teor do art. 93 da Lei 11.101/05.

III – errada, pois a ineficácia poderá ser declarada de ofício pelo juiz,
alegada em defesa ou pleiteada mediante ação própria ou
incidentalmente no curso do processo (art. 129, parágrafo único, da Lei
11.101/05).

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Questões do 87º Concurso – MP/SP – Prova Escrita/Discursiva

DIREITO COMERCIAL

Em processo falimentar, o crédito fiscal tem preferência ou igualdade ao crédito trabalhista no


quadro geral de credores? Justifique.

Resposta:

Primeiramente, deveremos separar os créditos estritamente trabalhistas


daqueles devidos em função de indenizações provenientes de acidentes do
trabalho.

Em relação aos créditos oriundos de indenizações por acidentes de


trabalho, estes possuem prioridade em relação ao crédito fiscal na
classificação do quadro geral de credores, qualquer que seja seu valor.

Os créditos estritamente trabalhistas têm preferência ao crédito fiscal até


o montante máximo de 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por
credor (art. 83, I, da Lei 1.1011/05). Os valores que superarem tal limite
serão considerados como créditos quirografários (art. 83, VI, “c”, da Lei
1.1011/05), sendo pagos, portanto, após a satisfação dos credores
tributários. Na mesma situação estarão os créditos trabalhistas cedidos a
terceiros (art. 83, § 4º, da Lei 1.1011/05).

Duas situações ainda devem ser consideradas: 1) os casos de


contribuições previdenciárias descontadas pelo empregador, mas não
repassadas à Previdência Social; 2) as multas tributárias. No primeiro,
caso, as contribuições podem ser objeto de pedido de restituição (art. 51
da Lei 8.212/91), razão pela qual será necessária sua separação da massa
falida, mesmo que anteriormente ao pagamento dos créditos trabalhistas.
Em relação à segunda hipótese, as multas são consideradas crédito
quirografário.

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O credor por cédula de crédito industrial com garantia hipotecária pode adjudicar os imóveis
dados em garantia. Se eles foram arrecadados na massa falida, o credor deve concorrer com os
demais credores? Justifique.

Resposta:
A jurisprudência vem decidindo no sentido de que o credor titular de
cédula de crédito industrial não pode adjudicar imóvel dados em garantia
por devedor falido. Isso porque isso violaria o princípio da paridade de
tratamento dos credores (“pars conditio creditorum”).

Veja-se a decisão do TJSP no feito 994.09.280946-3: “FALÊNCIA - Crédito


Privilegiado - Cédula de crédito industrial com garantia hipotecária -
Pretensão de adjudicar os imóveis que foram dados em garantia -
Inadmissibilidade - Imóveis arrecadados na massa falida - O crédito da
agravante concorre com os demais credores da falência - Observância do
princípio do ‘pars conditio creditorum’ - Necessidade de habilitar o crédito
como todos os outros credores, respeitando a classificação dos créditos,
prevista no artigo 102 do Decreto-lei 7.661/45 - Agravo de instrumento
improvido”.

Em uma sociedade comercial limitada, ocorrendo a falta de pluralidade de sócios, em


decorrência do falecimento de um deles, no período ulterior para a sua reconstituição, a
responsabilidade do sócio remanescente será limitada ou ilimitada? Justifique.

Resposta:

A hipótese trata da unipessoalidade temporária ou falta de pluralidade de


sócios por prazo determinado, permitida por cento e oitenta dias sem
operar a dissolução da sociedade (art. 1.033, IV, do Código Civil).

Considerando que a unipessoalidade só dissolve a sociedade se


ultrapassados os seis meses determinados no artigo supracitado, durante
o período mencionado, a sociedade continuará subsistente,
permanecendo a autonomia patrimonial e a limitação de
responsabilidade daí derivadas. Dessa forma, a responsabilidade do sócio
remanescente é limitada durante o prazo para a recomposição da
pluralidade de sócios.

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Nesse sentido, doutrina Arnoldo Wald:

“Com o advento do Código Civil, ficou estabelecido expressamente que a


unipessoalidade temporária não é causa de dissolução da sociedade. De
fato, conforme o art. 1.033, IV, a unipessoalidade somente é causa de
dissolução se, dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, não for
restabelecida a pluralidade dos sócios. O sócio remanescente pode, ainda,
caso não queira restabelecer uma pluralidade de sócios, requerer a
transformação do registro da sociedade para empresário individual no
Registro Público de Empresas Mercantis” (Comentários ao Código Civil, Do
Direito de Empresa, Coordenador Sálvio de Figueiredo Teixeira,
gen/Forense, 2ª edição, vol. XIV, p. 235).

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